Junho 22, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

A Caixa Econômica Federal registrou um lucro líquido recorrente de R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa um aumento expressivo de 71,5% em relação ao mesmo período de 2024 e de 7,9% frente ao quarto trimestre do ano passado. Já o lucro contábil alcançou R$ 5,8 bilhões, com alta de 133,9% em 12 meses e 27,5% no trimestre.

Apesar do desempenho financeiro robusto, o número de trabalhadores(as) e unidades da Caixa continua em queda. Em 12 meses, foram fechadas 117 agências, 8 postos de atendimento, 21 unidades lotéricas e 234 unidades de correspondentes Caixa Aqui. Também houve uma redução de 3.024 postos de trabalho no mesmo período, ainda que o banco tenha registrado leve crescimento de 463 empregados(as) em relação ao trimestre anterior. Ao final de março de 2025, a instituição contava com 83.770 trabalhadores(as).

Carteira de crédito cresce, mas receitas de serviços caem

O total de ativos da Caixa atingiu R$ 2,091 trilhões, com aumento de 11,1% em 12 meses. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela alta de 10,7% na Carteira de Crédito Ampliada, que totalizou R$ 1,266 trilhão. Houve avanço em diversas frentes, como crédito imobiliário (+12,7%), agronegócio (+9,9%), saneamento e infraestrutura (+6,7%), crédito para pessoa jurídica (+6%) e crédito comercial para pessoa física (+5,5%).

No entanto, as receitas com prestação de serviços apresentaram queda: -1,4% na comparação anual e -11,5% em relação ao trimestre anterior. Segundo o próprio banco, a retração foi impactada pela Resolução CMN nº 4.966/21, em vigor desde 1º de janeiro de 2025, que alterou regras sobre tarifas e serviços bancários.

Queda nas despesas de pessoal e redução da cobertura com receitas secundárias

As despesas de pessoal, incluindo a PLR, caíram 2,4% em 12 meses e 3,4% no trimestre. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 78,8%, indicando menor margem de sustentação dos gastos com trabalhadores por outras fontes de receita que não o crédito.

A provisão para perdas esperadas teve recuo expressivo: -57,7% em 12 meses e -55% em comparação ao quarto trimestre de 2024, o que também contribuiu para o lucro elevado. Por outro lado, a inadimplência para atrasos acima de 90 dias subiu, chegando a 2,49%, com elevação de 0,15 ponto percentual (p.p.) em 12 meses e 0,52 p.p. no trimestre.

Lucro bilionário, mas com impacto social preocupante

A rentabilidade da Caixa também subiu: a rentabilidade sobre o patrimônio líquido foi de 11,77%, com aumento de 2,76 p.p. em 12 meses. O patrimônio líquido da instituição cresceu 6,5% no período.

Embora o banco celebre seus indicadores financeiros, os números revelam uma contradição entre o lucro bilionário e a redução de sua estrutura física e humana. Para a Contraf-CUT, esse modelo de gestão ignora o papel social da Caixa e prejudica o atendimento à população, especialmente em regiões que dependem do banco público para acessar serviços essenciais, como habitação, FGTS, programas sociais e crédito rural. “O Lucro da caixa é reflexo da qualidade e esforço de seus trabalhadores. Esperamos que isso seja reconhecido e valorizado nas futuras negociações para avançarmos nos direitos dos empregados”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco.

Fonte: Contraf-CUT

O movimento sindical bancário, representantes dos bancos e do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) se reuniram na tarde desta quinta-feira (5), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), para realizarem mais um passo na construção do 4º Censo da Diversidade.

O grupo de trabalho (GT) para avançar na consolidação do censo foi estabelecido na última sexta-feira (30), durante a mesa “Negociação Nacional Bancária sobre Diversidade, Inclusão e Pertencimento”.

“O censo é uma conquista dos trabalhadores, na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A partir deste levantamento, é possível diagnosticar o perfil da categoria bancária e, assim, desenvolver de forma mais eficiente as nossas reivindicações nas mesas de negociação com os bancos”, explica a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis. “O censo, portanto, nada mais é que um instrumento fundamental na luta por igualdade de oportunidades na categoria bancária”, completa.

Os censos anteriores foram produzidos nos anos 2008, 2014 e 2019. “A partir deles, conseguimos comprovar o que nós já vínhamos detectados nos anos anteriores, nas bases, ou seja, desigualdades salariais e de oportunidades para mulheres, negros e negras, pessoas com deficiência (PCDs) e pessoas da comunidade LGBTQIA+”, explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Neiva Ribeiro. “Então, graças aos censos, passamos a ter embasamentos em nossas reivindicações com os bancos, com dados da realidade, fornecidos pelos próprios trabalhadores. Com isso, conseguimos avanços sociais na CCT, nos últimos anos, como a inclusão de parceiros no plano de saúde e garantia de tratamento isonômico desse direito aos casais do mesmo sexo. A categoria bancária foi a primeira no país a alcançar esse direito na convenção coletiva”, completa.

Cronograma

No cronograma apresentado, inicialmente, a previsão é de que o teste para o censo seja apresentado em agosto, pela Ceert, ao movimento sindical e à Fenaban, e que a coleta de dados comece na terceira semana de setembro, com a divulgação dos resultados em fevereiro de 2026.

Além de Elaine Cutis e Neiva Ribeiro, também participaram do GT que aconteceu nesta quinta-feira (5) os dirigentes Almir Aguiar (secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT); Fernanda Lopes (secretária da Mulher da Contraf-CUT) Bianca Barbelini (secretária da Juventude da Contraf-CUT), Ana Stela Alves de Lima, da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e Francisco Pugliesi, do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Negociação dos empregados do Sistema BNDES — formada pela Contraf-CUT, sindicatos de bancários e associações representativas — se reuniu com representantes do banco nesta quinta-feira (5) para dar continuidade às negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho específico de Jornada de Trabalho (AJT).

Durante o encontro, foram debatidos pontos importantes do ACT vigente, com destaque para as cláusulas que tratam do regime de trabalho remoto (home office), um dos temas centrais desta rodada. A expectativa é que o banco apresente sua proposta formal na próxima semana.

O Sistema BNDES é composto pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, pela BNDESPAR (empresa de fomento a investimentos imobiliários e participações) e pela Finame (voltada ao financiamento da produção e comercialização de máquinas e equipamentos).

Segundo Vinícius Assumpção, vice-presidente da Contraf-CUT e representante da entidade na mesa de negociação, a bancada dos trabalhadores apresentou suas ponderações com responsabilidade e aguarda uma proposta que atenda às necessidades dos empregados.

“Reafirmamos nosso compromisso com o diálogo qualificado e responsável. Esperamos a proposta do banco para a próxima semana e que assim possamos levar para avaliação do corpo funcional”, afirmou Assumpção.

Fonte: Contraf-CUT

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, é mais do que uma data simbólica: é um convite global à reflexão e à ação. Em 2025, o tema escolhido pela ONU é “Nossa terra. Nosso futuro. Nós somos #GeraçãoRestauração”, destacando a urgência de restaurar ecossistemas e combater as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade.

A crise ambiental que enfrentamos — marcada por desmatamento, poluição, degradação do solo, escassez de água e eventos climáticos extremos — exige respostas concretas de governos, empresas e da sociedade civil. No entanto, a transformação necessária depende, sobretudo, da mobilização coletiva.

Por que essa data é importante?

O Dia Mundial do Meio Ambiente surgiu durante a Conferência de Estocolmo, marco da consciência ambiental internacional. Desde então, tornou-se o principal momento de engajamento da ONU em prol do meio ambiente, mobilizando mais de 150 países todos os anos em campanhas de conscientização e ações práticas.

O desafio da restauração

Segundo a ONU, restaurar ecossistemas degradados é uma das estratégias mais eficazes para combater a pobreza, aumentar a resiliência climática e proteger a biodiversidade. Isso pode ser feito por meio do reflorestamento, da recuperação de áreas urbanas verdes, da proteção de nascentes e da promoção de práticas agrícolas sustentáveis.

O papel de cada um

Cada pessoa pode contribuir para um mundo mais equilibrado. Pequenas atitudes cotidianas — como economizar água e energia, separar o lixo corretamente, reduzir o consumo de plástico e valorizar produtos sustentáveis — fazem diferença. Empresas também têm papel essencial, adotando políticas de responsabilidade ambiental e promovendo uma economia de baixo carbono.

Brasil: riqueza e responsabilidade

O Brasil, que abriga a maior parte da Floresta Amazônica e uma das maiores biodiversidades do planeta, ocupa uma posição estratégica na luta ambiental. Proteger nossas florestas, rios e biomas é não só um dever ecológico, mas também uma forma de preservar culturas tradicionais, garantir segurança hídrica e manter nossa economia em funcionamento.

O futuro é agora

O planeta enfrenta um ponto de inflexão. Não há mais tempo para discursos vazios ou promessas adiadas. O Dia Mundial do Meio Ambiente deve ser um marco de engajamento verdadeiro, em que cada gesto individual se soma a ações coletivas, pressionando por mudanças estruturais e políticas públicas eficazes.

Como nos lembra o tema deste ano: “Nós somos geração restauração”. Que essa geração seja, de fato, a que vira o jogo em favor da vida.

Para Elaine Cutis, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, o enfrentamento da crise ambiental também passa pelas relações de trabalho e pela atuação sindical. “Não existe justiça ambiental sem justiça social. O movimento sindical tem um papel estratégico na defesa de um modelo de desenvolvimento que respeite os limites do planeta e garanta dignidade para os trabalhadores. No Dia Mundial do Meio Ambiente, reafirmamos nosso compromisso com a sustentabilidade, com a transição ecológica justa e com a construção de uma sociedade que coloque a vida — humana e ambiental — acima do lucro.”

Protestar é preciso

O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, foi lembrado por Rosalina Amorim, secretária do Meio Ambiente da CUT, como um momento estratégico para mobilização social para pressionar a Câmara dos Deputados, onde o projeto se encontra agora para aprovação. “Não é um dia para comemorar, mas para denunciar esse projeto, que pode representar o maior retrocesso ambiental das últimas décadas. O país não pode aprovar um texto que desestrutura a proteção ambiental justamente quando o mundo estará olhando para o Brasil na COP30”, afirma.

Em meio à emergência climática e aos compromissos internacionais do Brasil, especialistas e organizações ambientais alertam: a urgência por eficiência no licenciamento não pode comprometer os fundamentos da proteção ambiental, sob risco de comprometer não só o meio ambiente, mas também a segurança jurídica, a estabilidade institucional e os direitos fundamentais da população brasileira.

Para barrar o avanço do projeto, Rosalina defende ampla mobilização da sociedade. “Precisamos pressionar o Congresso e abrir um debate público qualificado. A luta popular é a única alternativa real para impedir que esse projeto siga como está. Somente com mobilização conseguiremos sensibilizar os parlamentares”, afirma.

Protestos já começam a ganhar corpo

No último dia 1º de junho, as cidades de Manaus, Belém, Santarém, João Pessoa, Salvador, Maceió, Aracajú, Teresina, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, entre outras, realizaram protestos contra a proposta. “Foi um dia nacional de luta. Estamos em diálogo com organizações e movimentos sociais para ampliar essa mobilização e incluir novas datas de protesto”, diz

Rosalina defende a continuidade da mobilização. “Só com pressão popular conseguiremos barrar esse projeto ou alterar seu conteúdo. A sociedade precisa estar atenta, pois os danos afetam a todos.”

Para ela, “o Dia Mundial do Meio Ambiente deve ser usado para fortalecer a luta em defesa do planeta. É preciso levar essa pauta a todos os espaços — no trabalho, na comunidade, onde for possível — para construir uma sociedade mais consciente e comprometida com a proteção ambiental”.

Elaine Cutis, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, completa. “O futuro não é apenas um destino — é algo que construímos hoje, com consciência e ação coletiva. Participar da Marcha do Clima e de outras iniciativas voltadas à pauta ambiental é levantar a voz por um mundo mais justo, por ar puro, por florestas preservadas e por um amanhã onde todas as vidas sejam respeitadas. Cada passo dado nas ruas representa um avanço concreto em direção à mudança que queremos ver. O clima não é só uma questão ambiental — é uma questão de saúde pública, de justiça social, de sobrevivência e de esperança. Estar presente nessas ações não é apenas um ato de protesto, mas um compromisso com o futuro do planeta e das próximas gerações.”

Próximos atos contra o PL da devastação

  • * PE – Recife:

05/06 (quinta-feira) às 13h em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco

  • * RJ – Rio de Janeiro

Dia 05/06 (quinta-feira) 8h – Marcha Pelo Junho Verde – Praça XV de Novembro

Dia 07/06 (sábado), 10h – Marcha Pelo Clima – Museu do Amanhã

  • * SP – São Paulo

07/06 (sábado), 14h – Marcha pelo Clima, MASP, Av. Paulista.

Fonte: Contraf-CUT

Na Semana do Meio Ambiente, reforçamos uma certeza: não há direitos no campo sem sindicatos fortes, combativos e respeitados. É com esse entendimento que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) reafirma seu apoio à Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), que há mais de 60 anos representa, com coragem e legitimidade, os agricultores e agricultoras.

Nos últimos dias, a CONTAG tem sido alvo de ataques covardes, baseados em fake news e informações descontextualizadas. Tentativas de criminalizar sua atuação buscam enfraquecer a principal entidade de representação da agricultura familiar da América Latina.

É preciso separar fatos de manipulações. A CONTAG não pode ser confundida com entidades fantasmas criadas nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), hoje investigadas por fraudes envolvendo descontos compulsórios de aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Das 11 organizações investigadas pela Operação Sem Desconto, nove foram constituídas nesse período, com fins fraudulentos e lesivos aos aposentados.

Em manchetes sensacionalistas, tenta-se atribuir à CONTAG a responsabilidade por R$ 90 bilhões em empréstimos consignados — uma distorção grosseira da realidade. “Esses valores não têm qualquer relação com descontos sindicais. São contratos individuais de crédito firmados pelos próprios trabalhadores em 2023”, esclareceu a entidade em nota no Instagram.

A democracia participativa também virou alvo. Parte da ofensiva se baseia na nomeação da CONTAG para o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), insinuando que os assentos seriam um “presente” do governo Lula (PT). A verdade é que os representantes da sociedade civil em conselhos como o Consea são escolhidos por meio de chamamento público, seguindo critérios legais, técnicos e representativos. A CONTAG participa por mérito e história, não por favorecimento político.

Ao longo de sua trajetória, a CONTAG foi responsável por conquistas estruturantes para o campo: da aposentadoria rural prevista na Constituição de 1988 à defesa da reforma agrária, do combate às fraudes no INSS às grandes mobilizações, como o Grito da Terra e a Marcha das Margaridas.

“Os sindicatos rurais são a linha de frente da dignidade no campo. A CONTAG é a voz de quem planta, de quem cuida da terra e de quem sustenta a economia deste país. Merece respeito, não perseguição. Não aceitaremos que joguem na lama a história de quem, há décadas, enfrenta coronéis, grileiros e governos autoritários para garantir direitos básicos à população rural”, enfatizou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Chico, Margarida e tantos outros: a luta sindical que resiste às ameaças

É impossível dissociar a luta sindical no campo da memória de Margarida Maria Alves. Assassinada em 1983 por defender os direitos de trabalhadores e trabalhadoras rurais, Margarida se tornou símbolo da resistência feminina contra as injustiças no campo. “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”,dizia ela.

Seu legado segue vivo na Marcha das Margaridas, um movimento que vai muito além da manifestação quadrienal em Brasília. Trata-se de uma mobilização permanente por igualdade de gênero, políticas públicas e dignidade para as mulheres do campo.

Também resiste na memória do povo a trajetória de Chico Mendes, seringueiro e líder sindical assassinado em 1988 por enfrentar grileiros e defender a floresta e os povos da Amazônia. Sua luta por reforma agrária, justiça social e preservação ambiental segue inspirando gerações e ainda é atacada por setores que rejeitam a força da organização popular.

“O Brasil carrega um histórico cruel de violência contra lideranças sindicais do campo. Muitos pagam com a própria vida por lutar pela titulação da terra, pela agricultura familiar, pela reforma agrária e pelo direito à produção de alimentos saudáveis”, explicou Juvandia Moreira.

Os ataques atuais à CONTAG seguem o mesmo roteiro de criminalização usado contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), igualmente alvo de fake news, manipulações e tentativas de deslegitimação. É uma estratégia conhecida: espalhar desinformação, confundir a opinião pública e enfraquecer aqueles que defendem os direitos dos que vivem no campo, nas florestas e nas águas.

“Assim como Margarida e Chico, milhares de mulheres e homens enfrentam cotidianamente a violência e o abandono institucional. E é graças aos sindicatos rurais que eles seguem de pé”, pontuou a presidenta da Contraf-CUT.

Agricultura familiar é causa de todos

A defesa da agricultura familiar, do meio ambiente e da justiça social é uma causa coletiva — de todos os brasileiros e brasileiras.

“A CONTAG é essencial na construção de um Brasil melhor, onde nenhum trabalhador ou trabalhadora rural precise escolher entre comer e ter seus direitos respeitados”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Neste momento de ataques e desinformação, a solidariedade se transforma em resistência.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quarta-feira, 4 de junho, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou mais uma funcionária do Banco Santander.

Mônica da Silva Nunes foi demitida sendo portadora de doença ocupacional. Também houve perícia médica de ortopedia, onde foi reconhecido o nexo causal entre a doença e o trabalho.

ENTENDA

A bancária já havia sido demitida em março de 2019. Foi reintegrada e, novamente, demitida em junho de 2020, sendo reintegrada, mais uma vez, em dezembro de 2022.

A sua última demissão ocorreu no mesmo dia do exame de retorno, o que é uma verdadeira armadilha, arquitetada pelo banco, para seus funcionários, pois estes eram convocados para este exame de retorno, onde eram considerados aptos e imediatamente demitidos.

Agora, após muita luta, a bancária foi novamente reintegrada, tendo todos os seus direitos mantidos e garantidos.

Mônica da Silva Nunes é sindicalizada e teve, desde o início de todo este processo, suporte e atendimento do Departamento Jurídico do Sindicato, através do advogado Luiz Paulo, do Escritório Baptista & Reis Advogados Associados, e pelo Departamento de Saúde.

A reintegração foi acompanhada pelos Diretores Claudio Leite Leal, Martins, José Laércio, Ricardo de Sá e Gentil Ramos. 

IMPORTANTE

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

ATENDIMENTO JURÍDICO PRESENCIAL

Nova Iguaçu - às terças-feiras, das 11 horas à 13 horas e das 14 horas às 17 horas (telefone: 21 / 2658-8041)

Duque de Caxias - às quintas-feiras, das 10 horas às 13 horas (telefone: 21 / 26710-110)

SINDICALIZE-SE!

A Funcef iniciou, na última semana, uma pesquisa para ouvir a opinião dos participantes sobre a criação de um novo plano de previdência complementar voltado a seus familiares. O produto, chamado “Plano Família”, está em estudo e será estruturado na modalidade Contribuição Definida (CD), podendo beneficiar parentes até o 3º grau. 

As principais características do plano em estudo são: flexibilidade para o participante definir quem fará os pagamentos, se ele mesmo ou o familiar beneficiado, além do valor das contribuições, que pode ser ajustado a qualquer momento. 

Todo o valor contribuído será integralmente destinado ao saldo de conta, sem cobrança de taxa de carregamento ou de saída. O plano também vai permitir resgates parciais dos valores acumulados, oferecer cobertura para morte e invalidez e vai possibilitar dedução das contribuições na base de cálculo do Imposto de Renda pelo modelo completo, até o limite de 12% da renda bruta anual. 

Além disso, os valores acumulados poderão ser repassados diretamente aos beneficiários indicados, facilitando a sucessão patrimonial.

"A pesquisa é fundamental para sabermos o que os participantes pensam sobre o Plano Família. Essa é uma forma de ampliar os benefícios oferecidos pela Funcef aos participantes e seus familiares", afirmou Jair Pedro Ferreira, diretor de Benefícios eleito pelos participantes.

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, destacou a importância da pesquisa e reforçou que é papel das entidades ouvir os participantes antes de qualquer decisão. “Toda proposta precisa ser amplamente debatida e construída com base no diálogo. Por isso é muito importante que os participantes participem e manifestem suas opiniões”, avaliou.

Os participantes receberam a pesquisa por e-mail. Ela também está disponível no Autoatendimento da Fundação, que pode ser acessada por meio deste link (clique aqui) .

Fonte: Fenae

Junho é o Mês do Orgulho LGBTQIA+, celebrado em memória da Revolta de Stonewall (1969), que marcou um ponto de virada na luta por direitos civis da população LGBTQIA+. Mais do que celebração, a data é um chamado à ação contra a violência, o preconceito e as desigualdades. A LGBTQIA+fobia, entendida como o preconceito, a hostilidade, a exclusão ou agressão contra pessoas em razão de sua identidade de gênero ou orientação sexual, ainda é uma realidade cotidiana no Brasil.

A CUT, neste mês reforça a importância de pautar o trabalho decente, a inclusão no mundo do trabalho formal, a visibilidade das pessoas LGBTQIA+ e as necessidades específicas da comunidade, em especial, diante do envelhecimento dessa população.

Trabalho decente e inclusão: bandeiras da CUT no Mês do Orgulho

A principal bandeira da CUT neste mês é a promoção do trabalho decente, ou seja, empregos com direitos, segurança, dignidade e igualdade de oportunidades. "Estamos priorizando a discussão sobre a inclusão das pessoas LGBTQIA+ que estão fora do mercado formal de trabalho. Mas isso não significa apenas inserir no mercado, é garantir que sejam reconhecidas e respeitadas como pessoas LGBTQIA+ dentro dos espaços de trabalho”, secretário de Políticas LGBTQIA+ da CUT, Walmir Siqueira, o professor Wal.

A luta, portanto, é também contra a precarização, que atinge de forma desproporcional as populações já marginalizadas, como negros e negras, mulheres, jovens, pessoas com deficiência, idosos e, sendo essas pessoas da comunidade LGBTQIA+, a discriminação é dobrada.

Além da atuação institucional nos locais de trabalho, sindicatos como os de professores e professoras, profissionais da saúde e metalúrgicos estão promovendo encontros e ações de conscientização sobre diversidade e direitos LGBTQIA+ ao longo do mês. “Os bancários também vão fazer uma mesa de negociação específica sobre a diversidade”, acrescenta o professor Wal.

Envelhecer sendo LGBTQIA+: o duplo peso da exclusão

O tema do envelhecimento da população LGBTQIA+ ganhou centralidade neste ano, inclusive sendo o mote da Parada do Orgulho de São Paulo, a maior do mundo. A CUT reconhece a relevância e endossa a urgência do debate. "O idoso LGBT está 15 passos atrás. É discriminado pela idade e também pela orientação sexual ou identidade de gênero", afirma Wal.
Ainda que haja uma carência de dados oficiais sobre o tema, a invisibilidade das pessoas idosas LGBTQIA+ é fato e é alimentada tanto pelo etarismo (preconceito por idade) como pela estrutura familiar tradicional, que muitas vezes exclui afetivamente essas pessoas. Muitos são forçados a esconder sua identidade para poderem acessar serviços de saúde, instituições de longa permanência ou mesmo para receber cuidados em casa.

Por outro lado, muitas pessoas LGBTQIA+ acabam assumindo o cuidado de familiares idosos ou com deficiência. São relações de afeto e responsabilidade que nem sempre são reconhecidas pelo Estado, mas que revelam o papel ativo da comunidade LGBTQIA+ no tecido social.

Direito de acesso à saúde

A questão da saúde da população LGBTQIA+ – especialmente das pessoas trans – é um dos maiores gargalos quando se fala em direitos básicos. Homens trans que necessitam de atendimento ginecológico ou obstétrico enfrentam barreiras desde a marcação de consultas até o acolhimento adequado nas unidades de saúde. Mulheres trans, por sua vez, muitas vezes precisam de acompanhamento urológico ou endocrinológico, mas encontram resistência, desconhecimento ou até violência institucional.

As cirurgias de afirmação de gênero (também conhecidas como redesignação sexual), quando disponíveis pelo SUS, ainda são de acesso extremamente limitado, e a ausência de profissionais capacitados agrava esse cenário. Como alerta o Walmir Siqueira, “a gente não conseguiu discutir nem ginecologista e urologista para pessoas trans; imagina quando essas pessoas envelhecem e precisam de cuidados geriátricos especializados?”.

O envelhecimento da população trans é um ponto crítico: essas pessoas foram historicamente privadas de acesso a direitos como educação, emprego formal e assistência à saúde, o que gera impacto direto na qualidade de vida na velhice. O Brasil ainda é o país que mais mata pessoas trans no mundo, o que torna cada idosa ou idoso LGBTQIA+ um símbolo de resistência.

Trabalho e aposentadoria: lacunas que precisam de resposta

Outro ponto sensível diz respeito à aposentadoria de pessoas trans. “A gente precisa discutir como se aposenta um homem trans que fez a transição e trabalhou sob um nome e gênero anterior. Não há uma regra definida, nem no INSS, nem no STF”, explica Wal.

A ausência de regulamentações específicas para aposentadorias de pessoas trans gera insegurança jurídica e exclusão. Além disso, há a necessidade urgente de formar profissionais e criar serviços públicos que considerem as vivências da população LGBTQIA+ idosa – como geriatras capacitados para lidar com a diversidade de corpos, identidades e histórias.

Mobilizações, conferências e a primeira marcha nacional LGBTQIA+ da CUT

A atuação da CUT no Mês do Orgulho não se restringe aos ambientes sindicais. A entidade participa ativamente da “feirinha” da Parada de São Paulo, com distribuição de materiais informativos, rodas de conversa e mobilização política. Além disso, está prevista a realização da primeira Marcha Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras LGBTQIA+, em São Paulo, marcada para o dia 18 de junho, da Praça da República à Praça Ramos.

“É um começo, a marcha ainda será pequena, mas marca nossa posição e abre espaço para que nos próximos anos ela cresça”, projeta Wal. “Queremos trazer um tom mais politizado para a semana da Parada.”

Outro destaque é a 5ª Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, que acontece em outubro. A CUT vem participando ativamente das etapas municipais e estaduais, articulando a inserção de propostas com foco no mundo do trabalho, formação sindical e proteção social. “Nossa expectativa é que muitos delegados e delegadas sejam militantes da CUT, para que possamos levar nossa visão à conferência nacional.”

Próxima parada: São Paulo

O tema da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo, a maior do mundo, em 2025 é "Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro". A parada, que acontecerá em 22 de junho, será uma homenagem às vivências das pessoas LGBTQIA+ de 60 anos ou mais, que abriram caminho para as conquistas atuais através da resistência e do combate ao preconceito. 

Temas destaque:

  • Envelhecer LGBT+: A parada se propõe a celebrar as experiências e a história das pessoas LGBTQIA+ mais velhas, reconhecendo a importância de sua resistência e luta contra a discriminação. 
  • Memória : O tema busca lembrar a história e a importância da memória da comunidade LGBTQIA+ para o presente e para o futuro. 
  • Resistência: A Parada homenageia a resistência e a força de quem lutou por direitos e conquistas, mesmo diante de dificuldades e opressão. 
  • Futuro: O tema também olha para o futuro, buscando garantir que as próximas gerações LGBTQIA+ possam envelhecer com dignidade e orgulho, com o apoio de políticas públicas e o respeito da sociedade. 
  • Local: A Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo acontece na Avenida Paulista

Fonte: CUT

Os bancários e bancárias do Bradesco conquistaram mais um avanço. Após cobrança da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco, a instituição anunciou, nesta segunda-feira (2), o reajuste do valor pago por quilômetro rodado aos gerentes que realizam visitas externas. O valor, que estava congelado desde dezembro de 2021, passou de R$ 1,02 para R$ 1,10.

A reivindicação foi levada à mesa de negociação pela COE como parte das pautas específicas da categoria, na reunião de 6 de maio. “O reajuste é um pedido da COE, atendido pelo banco. Nos grandes centros, essa questão já está apaziguada, pois os gerentes se deslocam na maioria das vezes de táxi ou em carros de aplicativo. O grande problema está nos locais mais afastados dos grandes centros urbanos. Foi importante o banco ouvir e acatar essa demanda dos bancários”, afirmou Erica de Oliveira, coordenadora da COE Bradesco.

Fonte: Contraf-CUT

Na tarde desta sexta-feira (30), foi realizada a mesa de Negociação Nacional Bancária sobre Diversidade, Inclusão e Pertencimento, na qual os representantes dos trabalhadores bancários obtiveram da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) dados sobre os avanços nas cláusulas negociadas na última Campanha Nacional, que resultou na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com vigência até 2026.

A Fenaban apresentou os resultados de uma pesquisa com 35 bancos — que representam mais de 90% da categoria — destacando progressos importantes nas áreas de inclusão de pessoas com deficiência (PCDs), ampliação das licenças maternidade e paternidade, além do compromisso com o 4º Censo da Diversidade e do acolhimento da proposta de criação de um protocolo para enfrentamento à casos de racismo e LGBTfobia, especialmente de clientes contra funcionários.

Pessoas com deficiência (PCD)

O levantamento da Fenaban revelou que 18.528 pessoas com deficiência atuam no setor bancário, o que corresponde a 4,28% da categoria.

Sobre o cumprimento da Cláusula 116 da CCT — que garante abono de ausência para reparo ou conserto de próteses —, foram registradas 101 ocorrências: 52 delas entre setembro e dezembro de 2024 e 49 de janeiro a abril de 2025.

“A Cláusula 116 da nova CCT começou a ser aplicada assim que foi assinada. Só entre setembro e dezembro do ano passado, tivemos 52 trabalhadores utilizando esse direito, o que mostra a importância dessa conquista para os PCDs da categoria”, destacou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Licença-maternidade e licença-paternidade

De acordo com os dados apresentados:

84% dos bancos já ampliaram a licença-maternidade de 120 para 180 dias e a licença-paternidade de 5 para 20 dias;

6% disseram que adotarão essa ampliação até o primeiro semestre de 2026;

Outros 6% ainda estão analisando e 4% não deram previsão;

100% dos bancos garantem o mesmo tratamento a casais homoafetivos.

Os números demonstram o avanço na utilização do benefício:

  • Das 7.269 licenças-maternidade concedidas, 99,6% (7.240) foram de 180 dias;
  • Das 6.770 licenças-paternidade, 99,4% (6.732) foram de 20 dias.

Questões LGBTQIA+

Entre os bancos que responderam à pesquisa:

  • 97% reconhecem uniões homoafetivas estáveis e aplicam os direitos da CCT aos cônjuges;
  • 71% orientam que cônjuges do mesmo sexo tenham acesso ao plano de saúde do companheiro bancário;
  • 3257 pessoas já são dependentes nos planos de saúde dos seus cônjuges dentro dessas instituições;
  • Sobre declarações de repúdio à discriminação LGBTQIA+:
    • 71% já publicaram;
    • 14% farão isso até o fim de 2025;
    • 3% até o primeiro semestre de 2026;
    • 11% estão pendentes.
  • Sobre declarações de apoio à igualdade com destaque às pessoas trans:
    • 69% já declararam;
    • 11% farão em 2025;
    • 3% até o primeiro semestre de 2026;
    • 17% estão pendentes.
  • Informações internas sobre respeito à população LGBTQIA+:
    • 91% dos bancos informam seus empregados;
    • 6% farão isso até 2025;
    • 3% estão pendentes.
  • Canais de apoio:
    • 86% dos bancos disponibilizam canais para tratar de temas LGBTQIA+;
    • 8% irão implementar ainda este ano;
    • 3% até o 1º semestre de 2026;
    • 3% seguem pendentes.

Vale destacar que 94% desses canais são os mesmos utilizados para denúncias de assédio moral, sexual e outras formas de violência.

População trans

A pesquisa da Fenaban identificou 233 pessoas trans trabalhando no setor bancário. Os dados mostram que:

  • 77% dos bancos que responderam à pesquisa têm pessoas trans em seus quadros;
  • 20% não forneceram a informação;
  • 3% afirmaram não controlar esse dado.

Além disso:

  • 100% dos bancos garantem o direito ao uso do nome social;
  • Sobre a divulgação de iniciativas de diversidade, inclusão e pertencimento:
    • 74% dos bancos já disponibilizam essas informações aos empregados;
    • 14% farão isso até 2025;
    • 3% até o 1º semestre de 2026;
    • 9% estão pendentes.

4º Censo da Diversidade

O Comando Nacional dos Bancários cobrou a criação de um grupo de trabalho para a construção do 4º Censo da Diversidade, compromisso assumido pelos bancos na última campanha.

A Fenaban informou que contratou o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) para conduzir a pesquisa e apresentou um cronograma: o censo será aplicado na terceira semana de setembro de 2025, com divulgação dos resultados a partir de fevereiro de 2026.

O próximo encontro para definição do questionário e do cronograma acontecerá na quinta-feira, 5 de junho, às 14h, com a participação de bancários, Fenaban, Ceert e o Dieese.

“Conhecer a composição da categoria por meio do Censo da Diversidade é essencial para garantir políticas de inclusão, avanço de direitos e a proteção do que já conquistamos. Não dá para avançar sem diagnóstico”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Protocolo de atuação em casos de racismo e LGBTfobia

Durante a mesa, os representantes dos bancários solicitaram a criação de um grupo de trabalho para elaborar um protocolo de atuação em casos de racismo e LGBTfobia, tanto entre colegas de trabalho quanto de clientes contra trabalhadores.

“A formação precisa vir acompanhada da ação para coibir esses tipos de violência. Recebemos denúncias de diversos casos de funcionários que sofreram racismo e os trabalhadores não souberam como reagir, porque não foram preparados. Então, a nossa proposta é desenvolver um protocolo que acolha e que coíba esses crimes, para proteger a categoria”, explicou a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis.

A Fenaban reconheceu a importância do tema, mas como não estava preparada para tratá-lo nesta reunião, sugeriu que o assunto seja debatido em uma próxima mesa.

Fonte: Contraf-CUT