Junho 22, 2025
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Nos dias 28 e 29 de abril, o Palácio do Planalto, em Brasília, sediou a 4ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor do Plano Juventude Negra Viva (PJNV), convocada pelo Ministério da Igualdade Racial e pela Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria da Juventude. O encontro reuniu representantes de diversos ministérios, movimentos sociais e entidades da sociedade civil comprometidas com o enfrentamento da violência e das desigualdades que atingem a juventude negra no Brasil.

Uma luta histórica do movimento negro

O Plano Juventude Negra Viva é fruto de uma reivindicação histórica do movimento negro e tem como principal objetivo conter o extermínio da juventude negra — segmento mais atingido por ações violentas da polícia em favelas e comunidades pobres do país.

"Ações da polícia em nosso país matam um negro a cada quatro horas em nove estados brasileiros. No Rio de Janeiro, cerca de 86% das vítimas fatais em intervenções policiais são negros. As estatísticas mostram o volume de mortes dessa população, e o Plano chegou com o objetivo de envolver os estados e municípios para conter essa violência de cunho racial, como também criar políticas públicas de educação, esporte, cultura e geração de empregos para a juventude negra", explicou Almir Aguiar, Secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT e representante da CUT no Comitê Gestor do PJNV.

Combate à violência e ao racismo estrutural

O Plano busca reduzir a violência letal e as vulnerabilidades sociais enfrentadas por jovens negros e negras, além de combater o racismo estrutural enraizado na sociedade brasileira. Ao todo, 16 ministérios estão envolvidos na elaboração e execução das ações previstas.

A reunião contou com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.

Encaminhamentos estratégicos

Durante o encontro, foram definidos encaminhamentos importantes para o fortalecimento do Plano, entre eles:

  • Criação de um Laboratório do PJNV, para aprimorar o monitoramento, a comunicação e a articulação territorial do projeto;
  • Realização de um seminário nacional sobre comunicação estratégica;
  • Aprovação de critérios para priorização de municípios com base em indicadores de vulnerabilidade social e acesso a políticas públicas;
  • Inclusão dos programas AfirmaSUS e Jovens Defensores Populares como ações prioritárias do Plano.
  • Compromisso com transformação social

"O Governo Lula segue comprometido com o enfrentamento das desigualdades raciais e da violência que atinge, em especial, a juventude negra das favelas e periferias. Será fundamental envolver a adesão de estados, municípios e entidades da sociedade civil ao Plano, para que estas políticas públicas cheguem a essa juventude com ações concretas que promovam a transformação social, com novas oportunidades para esta parcela excluída da sociedade", concluiu Almir Aguiar.

Fonte: Contraf-CUT

Durante o Sistema Diretivo da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), realizado nesta terça-feira, 6 de maio, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense recebeu das mãos de Marcello Azevedo (ex-diretor do Sindicato dos Bancários dos Rio de Janeiro, da Contraf-CUT e da CUT Rio, o livro “As finanças do dragão - O sistema financeiro chinês”, de sua autoria.

O livro, da Editora Dialética, foi lançado no ano passado, em 2024, e aborda a evolução do sistema financeiro chinês, a partir do processo de abertura e reformas começadas em 1978.

Um sistema que, em 45 anos, evoluiu de um modelo de monobanco para se tornar o segundo maior do mundo. A obra é construída majoritariamente de documentos oficiais chineses.

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado realizou, nesta segunda-feira (5), uma audiência pública para debater a redução da jornada de trabalho no Brasil. A atividade faz parte do ciclo de debates sobre o novo Estatuto do Trabalho (SUG 12/2018), que visa aprofundar a discussão sobre as mudanças nas relações trabalhistas, novas tecnologias e os impactos da inteligência artificial no mundo do trabalho.

A redução da jornada de trabalho, sem redução de salário, é uma das reivindicações históricas da classe trabalhadora e tida como uma das principais pautas para este ano de 2025.

“Trabalhadoras e trabalhadores de todo o país vieram até Brasília e entregaram ao presidente Lula uma pauta de reivindicações. A redução da jornada, sem redução de salário, e o fim da escala 6X1, são dois dos principais temas da pauta”, ressaltou o secretário de Relações do Trabalho e responsável da Contraf-CUT pelo acompanhamento das tramitações dos temas de interesse dos trabalhadores no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão, ao se referir à Marcha da Classe Trabalhadora, ocorrida no dia 29 de abril.

No dia seguinte, em pronunciamento em cadeia nacional, Lula afirmou que o debate sobre a redução da jornada e a escala 6X1 será aprofundado. “Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade para permitir o equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de todos os trabalhadores e trabalhadoras”, disse Lula.

Jefão ressaltou que a luta organizada culminou em conquistas históricas, extremamente benéficas para a classe trabalhadora e que a redução da jornada de trabalho esteve presente em todas as lutas sindicais, mesmo em cenários políticos adversos, como foi o do governo passado, em que a jornada atual foi atacada durante quatro anos, e o movimento sindical esteve de forma combativa, segurando a jornada semanal conquistada. “Agora temos um cenário positivo em âmbito do Executivo Federal e dos parlamentares que representam a classe trabalhadora, mas precisamos pressionar deputados e senadores ligados ao empresariado e à bancada da extrema direita, que tentam evitar qualquer benefício ao trabalhador”.

A audiência

Durante a audiência, o senador Paulo Paim (PT-RS), que requereu a realização da audiência, classificou a atual jornada — de seis dias de trabalho e um de folga — como “escravocrata”. O parlamentar é autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 148/2015, que prevê uma jornada de 36 horas semanais. A legislação atual define a jornada de 44 horas semanais e 8 horas diárias.

“A história nos mostra que a redução da jornada de trabalho é uma luta de décadas da classe trabalhadora. Os benefícios de uma jornada reduzida são inegáveis. Menos horas de trabalho significam mais tempo para lazer, família, estudo e qualificação profissional. Menos doença no trabalho e menos acidente no trabalho”, defendeu Paim.

Representantes de entidades sindicais e dos poderes Judiciário e Executivo também defenderam a redução da jornada.

“A redução da jornada tem sido experimentada em vários países. Isso traz mais satisfação para os trabalhadores e tende a criar mais postos de trabalho”, argumentou a juíza Luciana Paula Conforti, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).

Para a procuradora Cirlene Luiza Zimmermann, do Ministério Público do Trabalho (MPT), a limitação razoável do tempo de trabalho é um direito fundamental para enfrentar a “pejotização”. “Se assegurarmos a contratação fraudulenta de pessoas físicas por meio de contratos de PJ, estaremos jogando por terra tudo que discutimos aqui. Vamos ter 24 horas por dia, 365 dias por ano. Não estaremos discutindo o fim da escala seis por um; estaremos tendo escala sete por zero. Não vai adiantar de nada se estivermos falando em contratar pessoas físicas por meio de PJ: a verdadeira fraude”, alertou.

O Poder Executivo também defende a redução da jornada de trabalho. Para Shakti Prates Borela, representante do Ministério do Trabalho, a mudança deve estar associada a medidas que assegurem a “desconexão” do trabalhador com o ambiente de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT, com informações da Agência Senado
 

 

O Banco Santander Brasil divulgou na última semana seu balanço financeiro referente ao 1º trimestre de 2025. O lucro líquido gerencial alcançou R$ 3,861 bilhões, representando um crescimento de 27,8% em relação ao mesmo período de 2023. Na comparação com o trimestre anterior, a alta foi tímida: apenas 0,2%. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado chegou a 17,4%, com avanço de 3,3 pontos percentuais em doze meses.

Apesar do crescimento expressivo do lucro no ano, impulsionado principalmente pela expansão da margem financeira (+7,7%) e pela margem com clientes (+9,5%), o resultado evidencia uma contradição já conhecida pelos trabalhadores: o aumento da rentabilidade da instituição ocorre ao mesmo tempo em que há redução de postos de trabalho e fechamento de unidades.

A holding encerrou o trimestre com 55.303 empregados — um crescimento de apenas 93 vagas em doze meses, mas com corte de 343 postos de trabalho apenas nos três primeiros meses do ano. No mesmo período, o banco encerrou 299 lojas e 184 Postos de Atendimento Bancário (PABs), demonstrando uma estratégia de enxugamento da estrutura física, que impacta diretamente os trabalhadores e o atendimento à população.

A carteira de crédito ampliada do banco somou R$ 682,3 bilhões, com alta de 4,3% em doze meses e estabilidade no trimestre (-0,1%). O destaque foi a carteira de cartão de crédito, que cresceu 17,9%. Já o saldo das grandes empresas caiu 3,8%, enquanto o das pequenas e médias subiu 13,2%. O crédito ao consumo, majoritariamente fora das agências e concentrado em veículos, teve expansão de 15,7%.

A taxa de inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,3%, estável em relação ao trimestre anterior. No entanto, as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceram 14,2% em doze meses, alcançando R$ 6,3 bilhões — um fator que pressionou negativamente o resultado do banco.

As receitas com tarifas bancárias e prestação de serviços somaram R$ 5,470 bilhões, com alta de 2% em um ano. Já as despesas com pessoal (incluindo PLR) cresceram 4,2% no mesmo período, totalizando cerca de R$ 3,2 bilhões. A cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 171,5% no 1º trimestre, evidenciando mais uma vez que o banco segue mais do que capaz de custear os direitos dos trabalhadores.

Globalmente, o Santander teve lucro de € 3,402 bilhões no trimestre, crescimento de 19% em relação a 2023. No entanto, a instituição deixou de divulgar o resultado detalhado por regiões, impossibilitando saber qual foi a participação da unidade brasileira no desempenho mundial do grupo.

Para a coordenadora da COE Santander, Wanessa Queiroz, os números reforçam a necessidade de fortalecer a mobilização dos trabalhadores, “diante de um cenário em que o banco aumenta seus lucros, mas não reverte esse ganho em valorização dos funcionários, melhores condições de trabalho ou ampliação do atendimento à população”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de meses de debate, o Ministério do Trabalho decidiu manter a data original de entrada em vigor da nova redação da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que trata das disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho. Com isso, a partir de 26 de maio de 2025, as empresas deverão se adequar ao novo texto, publicado por meio da Portaria 1.419/24, que traz como principal avanço a inclusão de diretrizes voltadas à prevenção de riscos psicossociais no ambiente corporativo.

Embora a norma entre em vigor em 2025, o governo anunciou que, durante os primeiros 12 meses, a fiscalização será exclusivamente orientativa. Ou seja, até o final de maio de 2026, as empresas não serão autuadas em caso de descumprimento das novas exigências, mas receberão instruções e orientações dos auditores-fiscais sobre como se adaptar às mudanças.

Saúde mental no centro da pauta

A nova NR-1 marca uma mudança de paradigma ao reconhecer oficialmente que fatores como assédio moral, pressão excessiva por metas e desequilíbrio entre vida pessoal e profissional também impactam diretamente a saúde do trabalhador. Esses aspectos, até então tratados de forma marginal ou indireta, passam a ser considerados riscos ocupacionais que exigem medidas concretas de prevenção e gestão por parte das empresas.

Para garantir a implementação efetiva da nova norma, o governo anunciou a criação de um grupo de trabalho tripartite, composto por representantes dos trabalhadores, empregadores e do próprio Ministério do Trabalho. Esse grupo acompanhará o processo de transição e ajudará a construir soluções para os desafios que surgirem na aplicação das novas diretrizes.

Além disso, o ministério se comprometeu a publicar um guia oficial de orientação, com informações práticas para empregadores, profissionais de saúde e segurança do trabalho e demais interessados.

Segundo Washington Santos (Maradona), coordenador da bancada dos trabalhadores na Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), a nova norma representa um avanço importante na luta por ambientes laborais mais humanos e seguros. “A expectativa é que esse novo ciclo traga avanços significativos na promoção de ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros, com atenção especial à prevenção de adoecimentos relacionados ao estresse, assédio e outros fatores psicossociais”, afirmou.

O que muda com a nova NR-1?

A nova versão da norma reforça a importância de uma abordagem ampliada sobre os riscos ocupacionais, incorporando questões que impactam diretamente o bem-estar dos trabalhadores. Entre os principais pontos estão:

  • Avaliação e gestão dos riscos psicossociais, como assédio moral, metas abusivas e sobrecarga emocional;
  • Fortalecimento da formação e capacitação de trabalhadores em saúde mental e bem-estar no trabalho;
  • Integração com outras NRs, garantindo coerência nas políticas de prevenção e segurança.

Participação dos trabalhadores

Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, lembra que esse debate já foi pautado na mesa de saúde permanente junto à Fenaban. “Será uma discussão contínua, na qual os bancos, a princípio, se mostram dispostos a negociar. Da parte dos trabalhadores, buscamos garantir que não se trate de uma norma meramente burocrática e protocolar — ela precisa ser viva, ouvir de fato os trabalhadores e resultar em medidas concretas, pois o nível de adoecimento entre os bancários é alto e guarda uma inegável correlação com o modelo de gestão adotado pelos bancos, que muitas vezes está em desacordo com as normas existentes.”

“A inclusão dos riscos psicossociais como pauta oficial de saúde e segurança no trabalho é fruto da luta histórica do movimento sindical e reforça a necessidade de manter e ampliar a organização dos trabalhadores para garantir ambientes de trabalho mais justos, seguros e dignos”, afirmou Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O 40º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) já tem data para acontecer. Será nos dias 21 e 22 de agosto, em São Paulo (SP), conforme decisão do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, em reunião realizada, em Brasília (DF), na quarta-feira (30), um dia depois da Marcha da Classe Trabalhadora.

Os debates no 40º Conecef serão feitos por quatro grupos temáticos. Os eixos propostos são Saúde Caixa, condições de trabalho e futuro da carreira, Funcef e defesa da Caixa. A organização do movimento será debatida em comum por todos os grupos. O evento vai reunir delegados de todo o Brasil, entre empregados da ativa e aposentados.

As datas para os congressos ou fóruns estaduais que vão definir as propostas para o 40º Conecef serão definidas oportunamente pelo Comando Nacional dos Bancários, com assessoria da CEE/Caixa. Também, em breve, haverá a definição sobre os critérios de participação de delegados. Os aposentados têm presença garantida na mesma proporção dos ativos, assegurando-se um mínimo de um por estado.

Os integrantes da CEE/Caixa, um por federação e um representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), participam do congresso na condição de delegados natos.

Os fóruns preparatórios são de caráter regional ou estadual. A delegação do 40º Conecef fica limitada a 50% do número de participantes no encontro preparatório. A paridade de gênero é obrigatória.

Proposta de programação para o 40º Conecef

21 DE AGOSTO – QUINTA-FEIRA
- Regimento.
- Grupos temáticos: Saúde Caixa, condições de trabalho e futuro da carreira, Funcef e defesa da Caixa. O tema da organização do movimento será comum a todos os quatro grupos. 
- Abertura conjunta dos congressos dos bancos públicos federais.

22 DE AGOSTO – SEXTA-FEIRA
- Defesa de teses e debates sobre as questões dos grupos temáticos.
- Plenária final. 
- Abertura da Conferência Nacional dos Bancários.

Mudança na coordenação e aposentados

Na reunião de Brasília, agendada para tratar da organização do 40º Conecef, houve o anúncio de mudança na coordenação da Comissão Executiva dos Empregados. O diretor da Contraf-CUT e da Fenae, Rafael de Castro, deixa o cargo e será substituído por Felipe de Albuquerque Pacheco, da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Paraná (Fetec-CUT/PR).

O encontro contou ainda com a participação de Valfrido Oliveira, presidente da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef). Busca-se, assim, ampliar a parceria com os aposentados, de modo a reafirmar a importância das políticas participativas para a defesa da Caixa pública/social e para o respeito aos direitos dos empregados. 

Novos debates

Para fortalecer o debate em preparação ao 40º Conecef, a CEE/Caixa irá participar, no próximo dia 7 de maio, em São Paulo, na sede da Contraf-CUT, de uma reunião das Comissões de Organização dos Empregados (COEs) de bancos públicos e privados, no âmbito do Comando Nacional dos Bancários. Nesse encontro, serão traçadas estratégias para o próximo período.

Texto: Fenae

A Caixa informou à Contraf-CUT, nesta sexta-feira (2), que vai prorrogar para o dia 30 de maio a definição sobre a implementação de mudanças no programa Transformação, Engajamento, Inovação e Aprendizado (Teia), criado para conduzir a Caixa à transformação digital. A decisão veio após intervenção da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), que assessora a Contraf-CUT e o Comando Nacional dos Bancários nas negociações com o banco.

Leia também:

>>>>> Projeto Teia: Suspenso prazo de implementação das mudanças

“A primeira coisa que precisamos deixar claro, é que, apesar de termos algumas críticas, acreditamos na necessidade do programa. Quando a Caixa o implementou, não falou com a gente. Agora, queria fazer mudanças, novamente sem falar conosco. E temos diversas sugestões a apresentar, que nos são trazidas por quem está no dia a dia dos trabalhos deste projeto”, disse o diretor da Contraf-CUT e membro da CEE/Caixa, Rafael de Castro. “Por isso, insistimos na necessidade de a gente fazer parte deste processo de discussão prévia à implementação das mudanças”, completou.

O banco já havia se comprometido a adiar o início da implementação do programa, sem, no entanto, informar até quando. Agora a definição é que estará prorrogado até, pelo menos, 30 de maio.

Os vice-presidentes de Varejo e de Pessoas da Caixa, Adriano Assis Matias e Francisco Egidio Pelúcio Martins, respectivamente, também haviam assumido que não haverá retaliações com quem optar por voltar para as unidades de origem.

A representação dos empregados cobrou que não apenas os gestores, mas o banco também se comprometesse com a não retaliação. “É importante que os gestores tenham assumido esse compromisso, mas amanhã eles podem não estar mais no banco. É preciso que a Caixa assuma de forma clara essa decisão”, cobrou o coordenador da CEE na reunião realizada com os dirigentes da Caixa.

Transparência

O diretor da Contraf-CUT ressaltou, ainda, a importância de o banco informar com transparência e clareza os objetivos e o andamento do programa para todo o banco. “Todos precisam enxergar o que é esse programa, o que as pessoas que foram destacadas para cumprir as tarefas realizam, em que pé estão os processos e os projetos. Isso vai ajudar que todos tenham a clareza da real necessidade e vai impedir, inclusive, de aqueles que voltarem para suas unidades sejam retaliados por quem teve que assumir as tarefas de quem ficou esse tempo destacado”, cobrou o dirigente.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quinta-feira, 1º de Maio, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou de um ato em celebração ao Dia Internacional das Trabalhadoras e Trabalhadores, na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro.

A entidade esteve representada pelas diretoras Renata Soeiro, Elizabeth Paradela e Solange Ribeiro.

Centrais sindicais e movimentos sociais populares pediam, além de melhores condições de trabalho e renda, a redução da jornada sem perdas salariais e o fim da escala 6×1 estavam entre as pautas principais dos trabalhadores.

Segundo a organização, o festival buscou fortalecer a relação entre cultura e política no 1º de Maio, além de garantir um ato representativo das lutas da classe trabalhadora e proporcionar um momento de lazer com artistas diversos.

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As prioridades da Pauta da Classe Trabalhadora para 2025, elaboradas de forma unitária pelas centrais sindicais e apresentadas na Plenária Nacional realizada em Brasília, nesta terça-feira (29), constituem um referencial do movimento sindical para orientar mobilizações, negociações e atuações institucionais nos níveis nacional, regional e setorial. Duas reivindicações vem tendo grande destaque:

  • A aprovação urgente da proposta de isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil/mês, descontos escalonados para quem ganha até R$ 7 mil/mês e instituição de imposto mínimo para quem ganha mais de R$ 600 mil/ano e não paga o imposto cobrado de quem tem esta faixa de renda;
  • A redução da jornada de trabalho, sem a redução salarial.

A pauta apresentada neste ano traz 26 tópicos subdivididos em três grandes temas:

  • Sindicatos, legislação e direitos trabalhistas (com 13 tópicos);
  • Direitos básicos (com 3 tópicos);
  • Políticas de desenvolvimento e promoção da justiça social (com 10 tópicos).

Todos os tópicos são muito importantes, mas destacamos alguns deles:

Sindicatos, legislação e direitos trabalhistas

  • Reduzir a jornada de trabalho, sem redução de salário, com controle das horas extras e eliminando as formas precarizantes de flexibilização;
  • Acabar com a escala 6x1, com a substituição, em cada setor econômico e categoria profissional, por jornadas que promovam melhores condições de trabalho e de vida;
  • Aprovar o Projeto de Valorização da Negociação Coletiva no Setor Privado e Público (Convenção 151 da OIT);
  • Ampliar as políticas ativas de geração de trabalho decente, para enfrentar o desemprego, o subemprego, a rotatividade, a informalidade, a terceirização, a pejotização, o trabalho intermitente e os impactos da automação e da inteligência artificial.

Direitos básicos

  • Promover mais e melhores serviços públicos em todo o país, aprovando o Plano Nacional da Educação 2024/2034, com a garantia do Piso do Magistério (Lei 11.738/2008) e fortalecendo o Sistema Único de Saúde (SUS), com prioridade para a redução do tempo de espera para consultas, exames e cirurgias;
  • Ampliar o acesso à política de moradia popular e expandir o alcance do Plano Nacional de Saneamento Básico;
  • Implementar a Política Nacional de Cuidados, reconhecendo o cuidado como direito, trabalho e pilar fundamental da proteção social, com ações articuladas entre Estado, famílias e comunidade para garantir igualdade de gênero, inclusão social e bem-estar coletivo.

Políticas de desenvolvimento e promoção da justiça social

  • Combater a carestia e reduzir o custo de vida implementando uma política de abastecimento de alimentos, resiliente à emergência climática;
  • Fortalecer a agricultura familiar, com crédito, assistência, armazenamento e comercialização;
  • Aprovar o Projeto que corrige a tabela do Imposto de Renda e promove a tributação dos mais ricos;
  • Promover isenção tributária para a PLR (Participação nos Lucros e Resultados); progressividade dos impostos sobre a renda, o patrimônio, grandes heranças e riquezas, lucros e dividendos e a correção anual da tabela do imposto de renda;
  • Desenvolver iniciativas estratégicas para a redução da taxa de juros e dos spreads bancários, compatíveis com as melhores práticas internacionais;
  • Incentivar as micro, pequenas e médias empresas, a economia solidária e popular, o trabalho autônomo e as cooperativas, garantindo acesso às inovações tecnológicas, ao crédito com Fundo Garantidor, à assistência técnica e administrativa.

Conclat 2022

Trata-se de um desdobramento e atualização da Pauta da Classe Trabalhadora aprovada na Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat) realizada em abril de 2022, que apresentou 63 diretrizes para o desenvolvimento do Brasil, elaboradas a partir dos desafios e da perspectiva do mundo do trabalho, que já vem sendo cumpridas pelo governo federal.

>>>>> Veja a íntegra da Pauta da Classe trabalhadora de 2025

>>>>> Veja a íntegra da Pauta aprovada no Conclat 2022

Fonte: Contraf-CUT

A CUT e demais centrais sindicais entregaram, na tarde desta terça-feira (29), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pauta de reivindicações da classe trabalhadora. Entre outras demandas urgentes, quatro se destacam: a redução da jornada de trabalho sem redução salarial; o fim da escala 6 x 1; a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos.

Leia a íntegra da pauta aqui.

Além dos presidentes das centrais sindicais, estiveram presentes o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da presidência da República, Gleisi Hoffman, ministro-chefe da secretaria Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

A entrega do documento foi parte da agenda de mobilização em Brasília nesta terça-feira. Milhares de trabalhadores e trabalhadoras de todo o país, organizados pela CUT, centrais e entidades filiadas (confederações, federações e sindicatos) participaram nas primeiras horas do dia da Plenária da Classe Trabalhadora e, logo após, da caminhada na Esplanada dos Ministérios.

Marcha deixa sentimento de garra para enfrentar o futuro

Mais cedo, durante a marcha, dirigentes sindicais discursaram ao público sobre a necessidade de a classe trabalhadora estar sempre alerta e preparada para enfrentar os constantes ataques da extrema direita à democracia e, claro, aos direitos sociais e trabalhistas.

O presidente nacional da CUT, Sergio Nobre, além de defender o teor da pauta, lembrou que os direitos dos trabalhadores passam pelas próximas eleições e que, por isso, a manifestação de hoje foi decisiva para enterrar a direita em 2026. “Precisamos reeleger o nosso presidente Lula, que é o grande pai da classe trabalhadora no Brasil, aquele que nos ensinou o caminho da luta para chegarmos até aqui”, afirmou Sergio Nobre.

É preciso ressaltar que a direita e a extrema direita foram responsáveis pela reforma Trabalhista em 2017, que retirou mais de 100 direitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permitindo a pejotização e a terceirização sem fim, e a reforma da Previdência de 2019, que aumentou o tempo de contribuição e diminuiu o valor de aposentadorias e pensões. Hoje o movimento sindical luta para pela ampliação dos direitos trabalhistas.

“A gente sabe que nenhum direito que a classe trabalhadora tem caiu do céu ou foi benefício dado por alguém, foi com muita mobilização e com muita luta”, reforçou Sergio Nobre ao incentivar os trabalhadores a se manterem firmes na luta por seus direitos.

A necessidade do reconhecimento de que o presidente Lula teve e tem um papel importante na defesa dos trabalhadores também foi enfatizada pelo secretário de Administração e Finanças da CUT, Ariovaldo de Camargo, ao ressaltar que é preciso que a pauta da classe trabalhadora seja contemplada pelas decisões governamentais.

“Estamos vivendo um momento de muitas transformações e a Central Única dos Trabalhadores fazendo chegar ao presidente Lula a voz do povo, nossa pauta será entendida e, assim o conjunto dos trabalhadores terá orgulho de ter um operário na Presidência da República”, disse Camargo.

Para o secretário Geral da CUT Nacional, Renato Zulato, a marcha cumpriu o com as expectativas e a presença dos trabalhadores e representantes dos seus sindicatos demonstrou unidade na defesa de direitos e da democracia.

“Temos que ficar mobilizados! Mas voltem aos seus estados com a cabeça erguida, porque vocês estão aqui na rua, mais uma vez, e estão na luta pelo nosso direito à democracia que havia sido tirado de nós no governo passado”, disse Zulato.

A defesa da pauta dos trabalhadores passa também pelo plebiscito popular, lembrou o secretário de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT, Milton dos Santos Rezende, o Miltinho. O plebiscito levará à população brasileira três importantes temas, para que ela responda sim ou não: a redução de jornada de trabalho sem a redução de salário, o fim da escala 6x1 e a justiça tributária, com a isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais e aumento da cobrança para quem ganha acima de 50 mil.

“Há uma identidade política nesse movimento, estamos aqui juntos, fortes, vamos construir esse processo, a nossa ideia de fazer um plebiscito nacional onde milhões de pessoas participem, não só os trabalhadores, não só os sindicalistas, mas o conjunto da cidade e do campo. A largada é agora, nesse dia 29, nessa marcha que as centrais e os movimentos sociais estão construindo”, disse Miltinho.

A presença feminina na luta pela redução da jornada sem redução salarial e o fim da escala 6 X 1 foi elogiada pela secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional, Amanda Corcino.

“As longas jornadas são cruéis em especial às mulheres trabalhadoras, porque nós temos uma jornada de trabalho muito maior, mais exaustiva, nós temos a jornada do trabalho remunerado, mas também temos a jornada que é das atividades de cuidar, das atividades domésticas, então para nós mulheres vai ser um ganho muito grande, que a gente consiga reduzir essa jornada, para que possamos ter mais tempo para nos dedicar aos nossos cuidados, a nossa militância e a gente trazer mais mulheres para a política”, disse Amanda.

Texto: CUT Brasil