O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense vem esclarecer, devido à alta procura por informações, sobre a ação do FGTS.
Entenda
Os saldos da contas individuais do FGTS eram corrigidos pela TR, em detrimento aos índices inflacionários, gerando um grande prejuízo aos saldos de FGTS das contas dos trabalhadores.
Diversas ações foram ajuizadas questionando o índice TR como fator de correção do FGTS.
Com decisão do STJ desfavorável para os trabalhadores, foi ajuizado um recurso extraordinário admitido sobre esta decisão, cuja apreciação está pautada para o dia 13 de maio, no plenário do STF.
Mesmo após o ano de 2019, quando o prazo para ajuizamento das ações terminou, o Sindicato continuou a promover essas ações, com o pedido da extensão do prazo prescricional, diante da possibilidade de mudança de decisão por parte do STF.
O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esclarece que nenhum trabalhador ganhou essa ação ou já está recebendo por ela. Esclarece, ainda, que a propositura de novas ações somente terá eficácia se o STF modificar a decisão do STJ e reconhecer o direito do trabalhador à nova correção do FGTS.
Atendimento Jurídico
O Departamento Jurídico, através de seus advogados de plantão, estará à disposição para atendimento, nos seguintes dias e horários:
- Sede / Duque de Caxias: Quintas-Feiras das 8h às 11h. - Sub Sede / Nova Iguaçu: Terças-Feiras das 14h às 17h.
Os saques da nova rodada do auxílio emergencial começam nesta sexta-feira (30). Inicialmente os pagamentos estavam previstos para começar no dia 4 de maio (confira tabela abaixo). Como a ordem de liberação segue o calendário de nascimento, os primeiros a poder fazer a retirada serão os beneficiários nascidos em janeiro. A programação continua na segunda-feira (3), com os nascidos em fevereiro, e segue nos demais dias de semana até 17 de maio, para quem é de dezembro. Os valores vão de R$ 150 a R$ 375 por parcela, dependendo da família.
Para o beneficário conseguir o acesso ao dinheiro, terá de usar o aplicativo Caixa Tem seguindo os mesmos moldes da rodada anterior, em 2020. Após acessar o aplicativo, deve-se clicar em “saque com cartão” e digitar o valor desejado. Será informado um código, necessário para fazer o saque nos terminais de autoatendimento da Caixa Econômica, lotéricas ou nos correspondentes Caixa Aqui. O beneficiário também pode comparecer em uma agência para solicitar o código.
Calendário de saque da primeira parcela (divulgação / Caixa Econômica Federal)
É possível também transferir o valor para outra conta bancária pelo Caixa Tem, usando TED, DOC ou Pix. A transferência é feita sem o pagamento de tarifa. Segundo a Caixa, o dinheiro normalmente entra na conta indicada no dia seguinte de manhã.
Os valores são de R$ 150 para quem mora sozinho; mãe solteira que sustenta a família tem direito a R$ 375 e as demais famílias recebem R$ 250. No total, serão quatro parcelas mensais.
Beneficiários do Bolsa Família
Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do NIS.
O pagamento da primeira parcela aos inscritos no Bolsa Família começou no último dia 16 e segue até esta sexta. O auxílio emergencial somente será pago quando o valor for superior ao benefício do programa social.
As eleições da Fundação Itaú começam na próxima quarta-feira (5), por voto digital. Até o 13 de maio, os bancários ativos e assistidos poderão escolher os representantes dos participantes ativos, autopatrocinados, optantes pelo BPD e em fase de opção e dos participantes assistidos no Conselho Deliberativo, no Conselho Fiscal e nos Comitês de Planos.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) apoia a “Chapa 1 – Fundação para todos, o futuro é nosso”. Para Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, este apoio é fundamental para conferir mais força e autoridade aos representantes na gestão do fundo de pensão. “A parceria entre nossos representantes e as entidades sindicais é ainda uma garantia de que os dirigentes eleitos da Fundação Itaú-Unibanco e dos Comitês de Gestão dos planos atuarão em defesa dos interesses dos participantes e dos trabalhadores”. Jair lembra que a Contraf-CUT preparou um material de apoio, que está disponível para download na área de acesso restrito do site.
A ampliação da representação dos participantes nos Conselhos e criação dos Comitês de Gestão por grupos de plano é uma conquista dos funcionários do Itaú-Unibanco, depois de muita negociação e muitas lutas. O movimento sindical sempre teve a convicção de que podia melhorar a Fundação Itaú-Unibanco, aumentando a fiscalização, ampliando a representação dos participantes e conquistando melhorias contínuas nos planos.
“É o nosso futuro que está em jogo, portanto temos que ficar atentos ao novo calendário e às regras do processo que será de maneira virtual. Como houve alteração na forma de votação, chamamos a atenção do participante, para que ele possa ter tempo hábil para cadastrar sua senha junto à Fundação Itaú Unibanco, caso ainda não tenha uma senha”, ressaltou a dirigente da Fetec-CUT/SP Erica Godoy, atual conselheira deliberativa da Fundação.
Poderão votar os bancários ativos e assistidos, que sejam participantes da Fundação Itaú e estejam alocados em um plano. Cada eleitor poderá votar apenas uma vez, independentemente do número de benefícios que receba da Fundação. Para a votação nos conselhos, o participante vota na chapa. Já para a eleição dos Comitês de Gestão de Planos, o voto é individual.
A votação será virtual, somente pelo site: www.fundacaoitauunibanco.com.br, com o participante utilizando sua senha cadastrada junto à Fundação. A apuração será dia 13 de maio e a divulgação dos eleitos entre os dias 14 e 17 de maio.
Em caso de dúvidas, ligue para os telefones da Fundação: Capitais e regiões metropolitanas 4002-1299; demais localidades 0800 770 2299; deficientes auditivos ou de fala 0800 770 2399.
Chapa 1 – Fundação para todos, o futuro é nosso
Confira, abaixo, a composição da Chapa 1:
Para o Conselho Deliberativo: Carlos Damarindo (diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo) e Mauri Sérgio (efetivos); e Erica Godoy e Kelly Fernanda, como suplentes. Para o Conselho Fiscal: Onisio Paulo Machado e Liliane Oliveira (efetivos); e na suplência por Adriano Campos Rodrigues e Antonio Augusto B de Borges.
Os candidatos aos Comitês de Gestão dos Planos da Chapa 1 são:
Ativos: Marcelo Abraão (PAC 3); José Geraldo Martins (Prebeg); Maikon Azzi (Futuro Inteligente e Itaubank-Ativos); Marco Antonio Pereira (Itaubanco CD – Ativos); Denia Almeida (Itaulan, Franprev, outros)
Assistidos: Maria Helena Francisco (Itaubanco CD); Roberto Alvez de Souza (Itaucard); Clarice Torquato (Futuro Inteligente); Carlos Gouveia, o Carlinhos (Pac).
Para a votação nos conselhos, o participante vota na chapa. Já para a eleição dos Comitês de Gestão de Planos, o voto é individual. Os candidatos formam uma chapa ampla, com representantes de várias regiões do país.
Veja as principais propostas da Chapa 1
Previdência para todos: queremos um fundo de pensão privado fechado para todos os funcionários que ainda não possuem um plano de previdência fechada.
Para aproximadamente 21 mil participantes do plano Itaubanco CD, debater sobre a distribuição de saldo excedente em 2020 do fundo previdencial.
Criar alternativas para os participantes do Franprev num modelo semelhante ao Itaubanco CD.
Queremos que os participantes tenham direito a uma vaga na diretoria da Fundação.
Queremos, no Futuro Inteligente, fazer revisão das condições atuais do plano, introduzindo o Benefício Mínimo e análise do valor da UP.
Reabertura da migração do PAC para o Itaubanco CD.
O banco Santander obteve no Brasil um lucro líquido gerencial de R$ 4,012 bilhões no primeiro trimestre de 2021. O valor é 4,1% maior do que o obtido no mesmo período em 2020 e 1,4% maior do que o obtido no trimestre passado. É o maior lucro trimestral do banco desde o segundo trimestre de 2010.
“Chega a ser assustador! O país vive uma crise sanitária que está deixando nossa economia em frangalhos, mas o Santander, que já havia lucrado quase R$ 14 bi em 2020, continua aumentando seus lucros”, observou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia. “E, analisando os dados do balanço, vemos que esse crescimento é impulsionado não apenas pelas extremamente lucrativas operações financeiras, mas também pelo aumento das receitas de taxas e tarifas cobradas de seus clientes e do arrocho aos funcionários”, completou.
Mais-valia
A receita do banco com a cobrança pela prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 8,3% em doze meses, totalizando R$ 4,9 bilhões. Os gastos totais com os funcionários tiveram uma queda de 4,4% no ano.
“O que o banco arrancou de seus clientes com a cobrança pelos serviços realizados daria para pagar mais do que duas vezes as despesas que tem com quem realiza os serviços. É o típico exemplo da exploração do trabalho humano”, explicou Mario Raia.
As despesas do banco com os funcionários somaram R$ 2,2 bilhões. Os R$ 4,9 bilhões arrecadados com a cobrança de serviços e tarifas é 215,74% maior do que os gastos com funcionários.
Uma das formas encontradas pelo banco para reduzir as despesas de pessoal é diminuir o quadro de funcionários. A holding encerrou o primeiro trimestre de 2021 com 44.806 empregados, 2.386 postos de trabalho a menos do que o banco tinha há 12 meses. No período também foram fechadas 140 agências e 91 Postos de Atendimento Bancário.
“O banco lucra ainda mais com a redução do número de funcionários e de agências. Mas, o trabalhador e a população sofrem as consequências com a sobrecarga de trabalho, o adoecimento, a dificuldade para se encontrar uma agência e as longas filas para o atendimento.
Carteira
A Carteira de Crédito Ampliada do banco, no país, teve alta de 7,4% em doze meses, atingindo R$ 497,6 bilhões (alta de 11,4% desconsiderando o efeito da variação cambial). As operações com pessoas físicas cresceram 13,4% em doze meses, chegando a R$ 178,4 bilhões, com crescimento em todas as linhas e impulsionadas por Veículos/Leasing (+27,5%) e pelo crédito imobiliário (+23,2%). A Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 61,1 bilhões, com alta de 3,4% em relação a março de 2020. Do total desta carteira, R$ 51,8 bilhões (ou 84,7% da carteira) referem-se aos financiamentos de veículos para pessoa física, apresentando aumento de 4,1% no período. O crédito para pessoa jurídica cresceu 14,3% em doze meses, alcançando R$ 185,3 bilhões. O segmento de pequenas e médias empresas cresceu 28,4%, e o de grandes empresas cresceu 9,2%. O Índice de Inadimplência Total superior a 90 dias, incluindo Pessoa Física e Pessoa Jurídica, ficou em 2,1%, com queda de 0,9 pontos percentuais em comparação ao primeiro trimestre de 2020. Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) foram reduzidas em 5,8%, totalizando R$ 3,4 bilhões.
Rentabilidade
Tudo isso garantiu ao banco uma rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado –ROE) de 20,9% no Brasil e levasse o país a responder por 21% do lucro mundial do Santander, que chegou aos € 2,138 bilhões, valor 385,8% maior do que obtido no primeiro trimestre de 2020.
Veja abaixo a tabela resumo dos números apresentados pelo banco ou, se preferir, leia a íntegra da análise feitas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A diretoria executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) decidiu intensificar as ações da Campanha Sindicato Solidário, para dar apoio à parcela mais desassistida da população, com o agravamento da crise econômica e da pandemia. Serão retomados os contatos com sindicatos e federações e incentivadas novas iniciativas.
“A cada dia, aumenta o exército de miseráveis, vivendo literalmente nas ruas das cidades. São abandonados pelo governo Bolsonaro que não dá um auxílio emergencial decente, não socorre as pequenas e médias empresas para defender os empregos e promove um verdadeiro caos no combate à pandemia. Cabe às organizações e entidades da classe trabalhadora desempenhar esse papel, pelo menos oferecendo um mínimo para a sobrevivências dessas pessoas”, afirmou explicou Almir Aguiar, membro da Executiva da Contraf-CUT e secretário de Combate ao Racismo da entidade.
Desemprego
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego no país é de 14,2% e atinge 14,3 milhões de pessoas. Um dos efeitos do aumento da miséria no país é o crescimento da população de pessoas em situação de rua. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de pessoas em situação de rua no Brasil cresceu 140% entre 2012 e março de 2020, chegando a quase 222 mil pessoas.
“Com pessoas passando fome, morando nas ruas, com o desemprego crescendo a cada mês, o movimento sindical precisa mostrar que a solidariedade é fundamental nesse momento e que falta atitude do governo Bolsonaro. Nossa luta em defesa da classe trabalhadora passa também pelo olhar humano e solidário tão necessário nessa hora”, ressaltou Rosalina Amorim, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
Federações e sindicatos
A Campanha Sindicato Solidário surgiu no ano passado, ainda no começo da pandemia do coronavírus. Inúmeras ações de solidariedade movimentaram a rede de sindicatos e federações ligados à Contraf-CUT. “Vamos intensificar o contato com as federações e com os sindicatos. Aqui, em Minas, estamos com uma campanha de solidariedade em atividade. Queremos juntar os esforços que surgem em todo o País para termos um resultado muito maior”, declarou Magaly Fagundes, a presidenta da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG) e também integrante da executiva da Contraf-CUT. Magaly e outros dirigentes da Contraf-CUT vão entrar em contato com sindicatos e federações para implementar a segunda fase da campanha.
Para a segunda fase da mobilização, a Contraf-CUT disponibilizou às federações e sindicatos as artes de camisetas e máscaras com a logomarca da campanha Sindicato Solidário. Os materiais podem servir para a venda e arrecadação de fundos para o auxílio às populações carentes. Iniciativas de apoio acontecem em todo o país. Um exemplo foi a campanha Sindicato Solidário desenvolvida pelo SEEB de Jundiaí, no Interior de São Paulo, que está arrecadando gêneros alimentícios para entidades da região (veja imagem acima). Para ter mais informações campanha Sindicato Solidário e conhecer a lista de entidades, clique aqui.
O Conselho de Administração da Caixa aprovou, na reunião de abril, o fim da Vice-Presidência de Pessoas (VIPES). Em seu lugar fica a Vice-Presidência de Estratégia e Pessoas (VIEPE). Para a nova área serão transferidas as diretorias de governança e estratégia (DEGOE); de Marketing e Relacionamento Institucional (DEREL), e a Ouvidoria, que passa a ser vinculada à DEGOE. Até então esses setores estavam diretamente ligados à Presidência.
“Votei contra essa mudança, que foi aprovada por maioria. A criação de uma vice-presidência específica para tratar de pessoas é avanço recente, advindo da relevância e complexidade da relação com os empregados, o que envolve direitos trabalhistas, carreira, treinamento, administração de conflitos, relação negocial com entidades sindicais. A pasta veio humanizar a gestão, valorizar o patrimônio humano do banco. O que vemos agora é um retrocesso”, afirmou Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa. “A vinculação das áreas de estratégia e marketing à área de pessoas não é coerente. Essas são áreas transversais em qualquer empresa e normalmente estão alocadas na maior hierarquia executiva”, completou Rita.
Na proposta, a Ouvidoria passa a ser vinculada a uma vice-presidência, quando boas práticas de mercado sugerem (como estabelecido no Manual de Boas Práticas de Ouvidorias Brasil, desenvolvido em parceria pela Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente – ABRAREC e a Associação Brasileira de Ouvidores/Ombudsman – ABO) que: “O Ouvidor deve ser vinculado e subordinado diretamente ao dirigente máximo da organização e deste deverá receber o suporte necessário para o exercício de suas funções, de forma que possa agir com autonomia, imparcialidade e legitimidade junto aos demais dirigentes da organização”.
Da mesma forma, o estatuto padrão da SEST sugere que a Ouvidoria fique diretamente ligada ao Conselho de Administração. “É natural que mudanças, adaptações a novas demandas, façam parte da vida de uma grande empresa como a Caixa, mas isso deve ser precedido de um planejamento detalhado, justificativas palpáveis, estratégia consolidada. O que vemos agora são alterações constantes em toda a estrutura e seus respectivos gestores, sem garantia de tempo para amadurecimento, gerando a ausência de avaliação efetiva e, dessa forma, colocando em risco a continuidade dos processos e a governança do banco”, disse a conselheira.
“É mais uma reestruturação e com sinais claros de retrocesso. Isso reforça a importância da nossa luta contra os desmandos dessa direção. É evidente que querem desestruturar a Caixa. Nós empregados estamos em risco e claro, a sociedade vai sofrer junto porque querem acabar com o banco público e o papel tão importante que ela tem na luta contra a desigualdade”, finalizou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Funcionários do Banco do Brasil estão atentos às tentativas de privatização do banco. Após o apensamento do Projeto de Lei 461/2021, que inclui o Banco do Brasil no Programa Nacional de Desestatização (privatização) ao PL 3091/2019, que trata de assunto correlato, sindicatos de todo o país receberam mensagens de alertas de bancários do BB denunciando o chamaram de “movimentação do projeto”.
“Foi bom recebermos os alertas para sabermos que os funcionários estão atentos e preocupados com uma possível aprovação de um projeto que pode levar à privatização do Banco do Brasil. É sinal de que eles estão sintonizados com o trabalho de acompanhamento da tramitação dos projetos de interesse dos trabalhadores no Congresso”, ressaltou o secretário de Relações do Trabalho, Jeferson Meira, o Jefão, que é o responsável de fazer tal acompanhamento pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Mesmo se tratado de um apensamento, estamos acompanhando a movimentação para fornecer subsídios aos deputados e senadores, para que eles vejam o absurdo da propositura e a rejeitem”, completou.
Segundo as normas da Câmara dos Deputados, projetos mais recentes que tratem de uma mesma questão são apensados ao projeto mais antigo para tramitarem em conjunto. Caso um dos projetos já tenha sido aprovado pelo Senado, encabeçará a lista, tendo prioridade sobre os da Câmara. Quando há movimentação na tramitação, o relator analisa todos os projetos e dá um único parecer. Se usar partes de mais de um projeto, faz um substitutivo ao projeto original, mas ele também pode indicar a aprovação de um projeto apensado e a rejeição dos demais.
Alertas contra a privatização
O PL 461/2021, do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) foi apensado ao PL 3091/2019, do deputado Danilo Cabral (PSB-PE), que tinha sido apensado ao PL 6490/1996, da deputada Angela Albino (PCdoB-SC), que já havia sido apensado ao PL 2728/1989, do Senado Federal.
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga lembrou que são projetos que tratam do mesmo tema, mas alguns deles se contrapõem. “E, neste sentido, é bom que a categoria esteja atenta para pressionar o deputado que for escolhido para a relatoria. Estes alertas de agora não são apenas para os sindicatos, mas também para o relator ver que se fizer alguma proposta de privatização do banco pode não passar impune pelo julgamento dos trabalhadores na próxima eleição”, afirmou.
Para a Conselheira Representante dos Funcionários (Caref) no Conselho de Administração do Banco do Brasil, Débora Fonseca, as muitas mudanças recentes no comando e no Conselho de Administração do Banco do Brasil podem ter ligação com a reação dos bancários. “Naturalmente os funcionários ficaram mais receosos por perceberem que o PL 461/2021 foi apensado a outros que tramitam. É essa reação é muito importante para demonstrar ao governo que, caso se enverede por esse caminho de ataque e privatização, será cobrado e pressionado não só pelos funcionários mas por diversos setores da sociedade que dependem do apoio do Banco do Brasil para o desenvolvimento de suas atividades”, concluiu.
“O dia do basta foi um sucesso. O nosso recado foi dado e ouvido por todos. Basta do desmonte da Caixa, da falta de empregados, da precarização na proteção contra a Covid-19, da falta de vacinas, do assédio moral, do desrespeito ao negociado, à jornada e da sobrecarga de trabalho, entre tantas práticas da Caixa que desrespeitam dos trabalhadores”, declarou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Antes mesmo do dia começar, a Caixa ingressou, na noite de segunda-feira (26), com um pedido de tutela cautelar alegando que a paralisação dos empregados é abusiva, com cunho político e ideológico. No entanto, o juiz do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maurício José Godinho, indeferiu o pedido da Caixa e determinou que apenas os serviços de compensação bancária e o pagamento do auxílio emergencial devem ser realizados, garantindo o direito de greve de 40% dos trabalhadores.
“A Contraf-CUT acatou a determinação do Tribunal Superior do Trabalho. A direção da Caixa e o governo Bolsonaro tentam fragilizar o banco, que é público, além de não cumprir o acordo coletivo. Estão entregando ao mercado financeiro o setor mais estratégico, responsável por 45% do lucro do banco. Tentaram impedir a manifestação dos funcionários e acabaram dando um tiro no próprio pé, pois a decisão da Justiça reconheceu a legalidade da greve e que cumprimos a formalidade para fazer a paralisação. Acabou divulgando ainda mais nossa luta, que é justa”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT.
O Dia do Basta, como foi batizado pela categoria, é uma resposta aos ataques que a instituição e seus trabalhadores vêm sofrendo do governo Bolsonaro. Um desses ataques é a abertura de capital da Caixa Seguridade, na quinta-feira (29). Os recursos obtidos com a venda da Caixa Seguridade serão devolvidos ao Tesouro Nacional, por meio dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs).
PLR Social a menor
Outro motivo da paralisação é o pagamento a menor da PLR Social, sem comunicar os empregados. A Caixa fez o pagamento com base na divisão linear entre todos os empregados de apenas 3% do lucro líquido, e não de 4%, como determina o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente. A mudança no cálculo foi identificada pelo Departamento Intersindical de Estatística Estudos e Socioeconômicos (Dieese). Desde a concepção da PLR Social, em 2010, são distribuídos 4%. “A PLR Social é uma conquista dos empregados justamente pelo serviço social que o banco realiza e que não tem como ser mensurado como ganho quando se compara com os outros bancos. Os empregados atenderam mais da metade da população brasileira, não tem justificativa a direção da Caixa rebaixar o valor que é mais do que devido pelo trabalho realizado”, lembrou a coordenadora da CEE/Caixa.
O estado de greve e a paralisação também foram deflagrados, na semana passada, para cobrar melhores condições de trabalho e de atendimento à população, por meio de mais contratações, proteção contra a Covid-19 e vacinação prioritária para os empregados do banco. “Existem aglomerações nas agências e a vacinação é uma questão sanitária. Além disso, o serviço bancário é um serviço essencial que não parou desde o começo da pandemia”, lembrou Fabiana.
Para se protegerem e evitar o contágio de clientes, os empregados pedem que a direção da Caixa negocie com o Governo Federal a prioridade no Plano Nacional de Imunização. “Os empregados da Caixa são os que mais sofrem risco de contaminação pelo novo coronavírus, porque é o único banco que realiza o pagamento do Auxílio Emergencial, além de todas as outras políticas públicas e emergenciais que ajudam a população a enfrentar a crise”, lembrou Edson Heemann, membro da CEE/Caixa.
Para piorar, enquanto na maioria dos outros bancos a vacinação contra a H1N1 já começou, a Caixa sequer informou quando começa a vacinação de seus empregados. “Nas lives em que participa, o presidente Pedro Guimarães gosta de enfatizar que valoriza os empregados da Caixa. Então essa é uma boa hora para sair do discurso e colocar em prática não só a valorização, mas o respeito aos empregados que atuam na linha de frente desde o início dessa pandemia”, completou Heemann.
Nesta terça-feira, dia 27 de abril, mais um bancário do Banco Bradesco foi reintegrado pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.
O bancário Antonio Carlos de Araújo Vasconcellos, da agência de Queimados, foi reintegrado às suas funções através dos Departamentos Jurídico e de Saúde do Sindicato, reparando mais uma injustiça ocorrida em plena pandemia do novo coronavírus.
A decisão foi da 1a Vara do Trabalho de Queimados.
ENTENDA O CASO
Contrariando um compromisso firmado com a categoria bancária de não demitir durante a pandemia, os bancos não vem cumprindo este acordo e estão demitindo.
Logo após sua demissão, Antonio Carlos procurou o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, sendo atendido pelo Departamento Jurídico. Sendo determinante para que, em pouco tempo, obtivesse êxito na sua reintegração aos quadros de funcionários do Banco Bradesco S/A.
IMPORTANTE
Em caso de demissão, a orientação é para que o bancário ou bancária entre em contato imediatamente com o Sindicato.
Considerando a deliberação assemblear que decretou estado de greve e a indicação de paralisação por prazo determinado a partir das 00h00m até às 23h59m do dia 27 de abril de 2021, a critério da diretoria do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, considerando que, até o momento, as razões que motivaram referida deliberação ainda persistem, a Diretoria deste Sindicato comunica que a partir das 00h00m até às 23h59m do dia 27 de abril de 2021 (terça-feira), os bancários da Caixa Econômica Federal, lotados na base territorial deste Sindicato, em conjunto com os demais bancários da Caixa Econômica Federal de todo o país, terão suas atividades paralisadas.