Maio 06, 2025
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O Sindicato dos Bancários de Brasília obteve na Justiça na tarde desta quarta-feira (25), sétimo dia da forte greve nacional dos bancários, liminar que torna sem efeito documento enviado pela Diretoria de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas (Diref) do Banco do Brasil no início da semana proibindo os administradores de autorizarem a entrada de dirigentes sindicais nas dependências da instituição para fins de reunião com os funcionários.

 

 

Clique aqui para ler a íntegra da liminar

 

 

Na decisão, o juiz Gilberto Augusto Leitão Martins, titular da 11ª Vara do Trabalho de Brasília, sustenta que a medida adotada pelo BB, além de clara “afronta” aos termos da cláusula 51ª do acordo coletivo, “revela-se ofensiva ao direito de greve garantido na Constituição Federal de 1988, transparecendo nítido intuito de enfraquecer o movimento paredista”.

 

 

Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Wescly Queiroz, a determinação da Justiça, ao acatar os argumentos da entidade, deixa claro que a direção do BB vem lançando mão de toda sorte de expedientes que afrontam gravemente o direito constitucional de paralisação e do livre exercício da atividade sindical.

 

 

“Essa é uma importante vitória do Sindicato e dos trabalhadores, que faz frente a essa postura de verdadeira afronta do BB, que não hesita em se valer de interditos proibitórios e normativos internos para tentar enfraquecer nosso movimento, atacando seus funcionários e seus legítimos representantes”, declarou Wescly.

 

 

O juiz determina que o banco se abstenha de “orientar seus prepostos, administradores, gestores ou quem lhes faça as vezes de negar o referido acesso” dos dirigentes às suas dependências. Ainda segundo o magistrado, a decisão “tem força de ordem judicial no sentido de autorizar o oficial de justiça a dar cumprimento, inclusive com uso de força policial”. O valor da multa ao BB é de R$ 10.000 por ato de desobediência.

 

 

“A direção do BB tem insistido em desconstruir a greve e a unidade dos trabalhadores. Vamos ser intransigentes no combate a essa truculência”, acrescentou o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato.

 

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

Os bancários, em greve nacional há sete dias, continuam ampliando e intensificando a paralisação da categoria em todo o país. Nesta quarta (25) 10.024 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram paralisados nos 26 estados e no Distrito Federal. Trabalhadores de setores estratégicos também aderiram à greve, com destaque para a paralisação de call centers.

 

A greve nacional foi deflagrada na quinta-feira (19) e, como nos anos anteriores, vem crescendo a cada dia. No primeiro dia foram fechados 6.145 unidades, subindo para 7.282 no segundo dia, 9015 no quinto dia e 9.665 unidades no sexto dia. Trata-se de um crescimento de 63,12% em relação ao primeiro dia de greve.

 

A (única) proposta da Fenaban de reajuste 6,1%, que repõe apenas a inflação do período foi apresentada no dia 5 de setembro e foi rejeitada pelos bancários rejeitaram em assembleias realizadas dia 12 em todo o país.

 

“Completamos uma semana de uma forte greve nacional, maior do que a do ano passado. Enquanto isso, os bancos estão há vinte dias calados, intransigentes, sem negociar com os bancários, desrespeitando a categoria e a sociedade. Vamos fortalecer ainda mais o movimento, ampliar ainda mais as paralisações, para forçar a reabertura das negociações visando conquistar uma proposta decente , com aumento real de salário, ampliação da PLR, valorização do piso, mais contratações, fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de trabalho com fim das metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e coordenador do Comando Nacional dos Bancários).

 

O Comando Nacional, que representa 95% dos bancários de todo o Brasil, vai se reunir nesta quinta-feira (26), às 14h, em São Paulo, para fazer uma avaliação da primeira semana de greve e definir formas de ampliar e fortalecer ainda mais o movimento.

 

 

Mais passeatas e manifestações

 

Além de paralisar as atividades, os bancários vêm intensificando a realização de passeatas e manifestações em todo o país. Na terça (24) ocorreram caminhadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Campo Grande. Hoje, estavam agendadas mobilizações em Brasília, João Pessoa, Fortaleza e Salvador, entre outras.

 

“Vamos aumentar os protestos nas ruas para dialogar com os clientes e a sociedade, mostrando que os bancos, cujos lucros atingiram 29 bilhões de reais no primeiro semestre deste ano, têm plenas condições que atender às reivindicações econômicas e sociais dos bancários, reduzir as altas taxas de juros e tarifas cobrados dos clientes e garantir atendimento de qualidade à população “, conclui Carlos Cordeiro.

 

 

As principais reivindicações dos bancários

 

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários em greve nacional há sete dias receberam o apoio e a solidariedade do “Sindicato de Empleados del Banco del Brasil”, filiado à “Federación de Trabajadores Bancarios y Afines del Paraguay (Fetraban)”. Um documento foi enviado ao presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, na terça-feira, dia 24, manifestando o apoio às legítimas reivindicações dos brasileiros.

 

“Admiramos profundamente a capacidade de mobilização dos companheiros e companheiras na luta pela melhoria constante da qualidade de vida, de suas famílias e da sociedade em geral”, afirma a correspondência.

 

“Estamos convencidos de que o único caminho para que se alcance a igualdade e a justiça é a unidade com mobilização”, ressalta o sindicato paraguaio. “Nossa dignidade não se vende e estamos com vocês”.

 

 

Luta sem fronteiras

 

O presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças, Carlos Cordeiro, agradece a manifestação dos bancários paraguaios, mostrando a importância da organização internacional do movimento sindical. “Esse apoio reforça a solidariedade e a unidade dos bancários neste mundo globalizado em que vivemos, onde precisamos lutar cada vez mais de forma integrada para defender os empregos e direitos dos trabalhadores”, destaca.

 

O secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes, salienta que esse apoio fortalece a greve no Brasil e a rede sindical dos bancários do BB nas Américas, que já conquistou a renovação do acordo marco global.

 

“Destacamos que em mesas de negociação com o BB no Brasil cobramos a direção do BB para marcar uma reunião específica com a UNI Américas e o ‘Sindicato de Empleados del Banco del Brasil’, visando a renovação do acordo coletivo no Paraguai, que está vencido há muitos anos e sem disposição do banco em apresentar propostas para as reivindicações dos bancários”, conclui William.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Santander ingressou, sem sucesso, com ação de interdito proibitório na Justiça do Trabalho, solicitando liminar contra o Sindicato dos Bancários de São Paulo, em função das mobilizações e greve dos bancários.

 

A juíza Adriana Maria Battistelli Varellis indeferiu o pedido destacando que “as fotos juntadas indicam a existência do movimento grevista, anunciado por faixas nas portas das agências, mas não atestam o efetivo impedimento de acesso as mesmas (barreiras físicas ou pessoas em atitudes intimidatórias)”.

 

“O Santander tentou essa liminar em interdito proibitório e se deu mal. Se querem acabar com a greve, não conseguirão com interdito ou contingenciamento, mas com uma proposta decente na mesa de negociação”, destaca a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

 

 

Gravação

 

A ação do Santander menciona, ainda, a gravação feita por um advogado contratado pelo banco que tentou se passar por bancário para gravar imagens que comprovassem o impedimento do ingresso no local de trabalho.

 

A respeito dessa gravação, a juíza destaca “que o autor da mesma não teve qualquer dificuldade para ingressar na área de autoatendimento e que não entrou pela porta giratória porque foi informado que a agência estava fechada”. E completa: “depois, ao dizer que era funcionário do banco, o autor da gravação logo foi inquirido se era daquela agência, tendo respondido que não, que era de outra área. Logo, injustificável que quisesse adentrar para laborar naquela agência”.

 

 

Interdito

 

O interdito proibitório é uma ação judicial prevista no Código de Processo Civil que visa repelir algum tipo de ameaça à posse. Mas é usada de forma inapropriada pelos bancos, que a utilizam com o único propósito de impedir que os trabalhadores exerçam seu direito constitucional de greve.

 

“O interdito proibitório é um instrumento totalmente estranho à relação do trabalho. Querem impedir a presença dos grevistas como se fossem tomar os prédios ou como se os próprios trabalhadores fossem propriedade dos banqueiros”, argumenta o advogado trabalhista Ericson Crivelli.

 

 

Outros

 

O Bradesco e o Banco do Brasil também ingressaram com pedido de liminar na ação de interdito proibitório para São Paulo e o Sindicato já está tomando as medidas judiciais cabíveis. No caso do BB, mandado de segurança impetrado pela entidade proíbe o uso de força policial para o cumprimento do interdito.

 

Em Barueri, o Bradesco também tentou, mas teve a liminar indeferida. A juíza Renata Prado de Oliveira Simões concluiu que “não restou comprovado pelo autor (Bradesco) as alegações descritas na petição inicial, a ponto de se constatar que o movimento grevista esteja impedindo o direito dos trabalhadores, clientes e público em geral de ir e vir, ou ainda, práticas de atos e de ameaça à posse objeto da ação.”

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

No sexto dia da greve nacional, os bancários ampliaram a paralisação nesta terça-feira 24 em todo o país, fechando 9.665 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados, e realizaram passeatas em várias capitais para manifestar a indignação contra o silêncio dos bancos diante de suas reivindicações por aumento real de salário, valorização do piso, mais contratações e fim da rotatividade, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades.

 
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, vai se reunir nesta quinta-feira 26, em São Paulo, para fazer um balanço da primeira semana da paralisação. “Vamos avaliar o movimento, que já é maior do que o do ano passado, e discutir formas de fortalecer e ampliar ainda mais as paralisações, diante do silêncio dos bancos em retomar o processo de negociações”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 
A greve nacional foi deflagrada no dia 19, depois que os bancários rejeitaram em assembleias realizadas dia 12 a (única) proposta apresentada pelos bancos até agora, que apenas repõe a inflação do período (6,1%) e nega as demais reivindicações econômicas e sociais.

 
Como nos anos anteriores, a greve vem crescendo a cada dia. No primeiro dia foram fechados 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal. A paralisação atingiu 7.282 dependências no segundo dia e 9.015 unidades nesta segunda-feira 23.

 
“Os seis maiores bancos lucraram R$ 29,6 bilhões só no primeiro semestre e exibem a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. A categoria já deixou claro que não volta ao trabalho sem aumento real e vai ampliar a greve para quebrar a intransigência da Fenaban”, adverte o presidente da Contraf-CUT.

 
As principais reivindicações dos bancários

 
> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 
Fonte: Contraf-CUT

O tempo fechado e a chuva que caiu no Rio de Janeiro durante quase todo o dia desta terça-feira (24) não tiraram a disposição dos bancários, que realizaram uma passeata no final da tarde da Candelária à Cinelândia, no centro da cidade.

 

O Sindicato voltou a protestar contra a postura dos bancos nas negociações. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) rejeitou praticamente todas as reivindicações da categoria e apresentou, na última rodada, realizada no dia 5 de setembro, apenas um reajuste de 6,1% que só repõe a inflação do período pelo INPC.

 

Assembleias em todo o país rejeitaram no dia 12 de setembro a proposta e deflagraram greve por tempo indeterminado, que já está completando uma semana.

 

O protesto foi também contra o Projeto de Lei 4330/2004, o maior ataque do capital sobre o trabalho desde o período das privatizações nos governos neoliberais de Collor e Fernando Henrique Cardoso.

 

“Esta é mais uma resposta da categoria que realiza este ano uma greve ainda mais forte do que a de 2012. Só vamos arredar pé quando os bancos públicos e privados respeitarem os bancários e apresentarem uma proposta digna, que faça jus aos lucros acumulados pelas empresas”, afirmou o presidente do Sindicato, Almir Aguiar.

 

 

Errata

 

A direção do Sindicato fez uma retificação no total de agências paralisadas na greve, que foi publicado na última edição do Jornal Bancário. O número correto no Rio na segunda-feira (23) foi de 443 e não 658, como foi divulgado. Nesta terça-feira, a adesão cresceu para 489 unidades.

 

 

Assembleia nesta quarta

 

O Sindicato realiza assembleia nesta quarta (25), às 18h, no auditório da entidade (Avenida Presidente Vargas, 502 – 21º andar), no centro do Rio. O objetivo é fortalecer a organização da greve e a Campanha Nacional 2013.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio

O juiz Bráulio Gabriel Gusmão, da 4ª Vara do Trabalho de Curitiba, negou o pedido de interdito proibitório feito pelo Banco do Brasil. Em despacho emitido na última sexta-feira, dia 20, o magistrado observou que não vislumbrava ameaça à posse alegada pelo BB e que “qualquer transgressão para uso dos passeios (calçadas) e vias públicas deve ser analisada pelo órgão de fiscalização do trânsito ou de policiamento”. O banco afirmara que os grevistas estariam impedindo o acesso de empregados, clientes e usuários às suas dependências.

 

“Ora, não é o banco quem vai trabalhar ou acessar serviços, mas são as pessoas! A posse não está e nunca esteve ameaçada”, destacou Gusmão. Ele ainda reafirmou o direito de greve dos bancários ao dizer que “entender de modo diverso é provocar a destruição ou esvaziamento do conteúdo do próprio direito fundamental ao exercício de greve que possui, como corolário, o efeito de causar prejuízo ao empregador e, por consequência, afetar sua atividade econômica”, enfatizou o juiz.

 

Clique aqui para ler a íntegra da decisão do juiz.

 

A decisão judicial desmonta um dos argumentos do banco, que vem ameaçando os funcionários desde o início da greve. No boletim publicado no site de negociação coletiva do BB, no dia 19, primeiro dia da greve nacional dos bancários, o diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas do BB, Carlos Eduardo Neri, afirmou que “o interdito proibitório é o instrumento legal que, nessa hipótese, visa garantir o direito de acesso à Empresa para aqueles funcionários que, legitimamente, não concordem com uma paralisação”.

 

Para a Contraf-CUT, o posicionamento do juiz comprova o quanto o BB está errado em persistir com práticas antissindicais e em recorrer a essa manobra jurídica, que vem sendo cada vez mais recusada pela Justiça do Trabalho.

 

“O BB faz coro com os banqueiros ao intimidar os funcionários em relação ao exercício do seu legítimo direito de greve, em vez de negociar seriamente a pauta de reivindicações específicas, que busca melhorar as condições de trabalho e garantir respeito e valorização profissional”, ressalta William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Curitiba

Durante a greve no Centro Administrativo Santander 2, na zona sul, e no CA Brigadeiro, do Itaú, na região da Avenida Paulista, trabalhadores que prestam serviços para os bancos alertaram a categoria para a ameaça que a terceirização representa para os direitos garantidos pela CLT e pela convenção coletiva dos bancários.

 

Dentre os relatos coletados na última sexta 20, estão dificuldades para manter a qualidade de vida. Uma das queixas relatadas no Casa 2 é o valor do tíquete para alimentação, agravado pelo fato de a região onde a concentração se localiza não ter opções além dos dois restaurantes do próprio prédio.

 

“Meu tíquete diário é de R$ 12, mal dá para duas semanas. Então, um dia almoço e em outro trago lanche. Assim vou esticando o vale até onde der”, disse um trabalhador.

 

Outro afirma ter apenas horário para entrar. “Quando o serviço aperta, que é quase todos os dias, as pessoas dizem que não posso sair antes de terminar. Às vezes recebo horas extras por isso, mas em outras ocasiões, não”, disse.

 

Um ex-bancário, hoje terceirizado, recorda que quando estava na categoria recebia vale-refeição maior, tinha cesta-alimentação e previdência complementar. “A maioria aqui era funcionário de banco que por extrema necessidade ficou nessa situação, perdendo todos esses direitos. Quando ingressei na categoria, nos anos 90, a gente saía de um banco e logo entrava em outro. Hoje são apenas seis, sendo que dois deles só se entra por meio de concursos públicos. Jamais poderiam ter permitido uma concentração bancária como essa, a categoria começou a sofrer a partir daí”, disse.

 

 

Não ao PL 4330

 

O ex-bancário adverte para os riscos de a terceirização aumentar ainda mais – com a possível aprovação do PL 4330, atualmente em trâmite na Câmara dos Deputados -, reforçando a necessidade de a categoria se mobilizar para que isso não ocorra.

 

“Se esse projeto que anda por aí for aprovado (PL 4330), não vai sobrar ninguém. Os bancários passaram a ser iguais aos dinossauros que, apesar de grandes e fortes, foram extintos”, conclui.

 

 

Problemas comuns 

 

O valor baixo para o vale-refeição, além de outros direitos reduzidos em relação aos dos bancários, também afetam terceirizados que prestam serviços a outros bancos, como no CA Brigadeiro, concentração do Itaú que tem cerca de 1,2 mil terceirizados e 800 bancários.

 

Lá, a reclamação de uma prestadora de serviços é contundente: “Faço as mesmas tarefas que os funcionários do banco e às vezes trabalho até mais do que eles, mas o salário não tem nem comparação, fora os benefícios. Eu só tenho plano de saúde e R$ 13 por dia de vale-refeição”, conta a terceirizada.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Diante do silêncio dos bancos, a greve nacional dos bancários entrou na segunda semana ainda mais forte, e continua crescendo em todo o território nacional. Nesta segunda-feira 23, quinto dia do movimento, as paralisações atingiram 9.015 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal, um crescimento de 23,8% em relação à sexta-feira 20.

 

As informações foram enviadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) até as 18h15 pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários. No primeiro dia de greve, na quinta-feira 19, haviam sido fechadas 6.145 unidades. Já no segundo dia as paralisações alcançaram 7.282 dependências, um salto de 18,5%.

 

“Os bancários estão cada vez mais indignados com o silêncio da Fenaban. Por isso o movimento se amplia rapidamente a cada dia em todo o país. Os banqueiros não atenderam as reivindicações da categoria na mesa de negociação e agora estão sentindo a força da mobilização”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

“Os bancos são o setor mais rentável da economia brasileira graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. As seis maiores instituições, que empregam mais de 90% da categoria, tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões só no primeiro semestre. Mais de 84% das categorias que fecharam acordo este ano conquistaram reajustes acima da inflação, mesmo nos segmentos com menor rentabilidade. Os bancários não sairão dessa greve sem aumento real de salário, valorização do piso e melhores condições de trabalho”, adverte Carlos Cordeiro.

 

Confira aqui o aumento da produtividade dos bancários.

 

Os bancários aprovaram a greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, com reajuste de 6,1% (que apenas repõe a inflação), rejeitada pelos bancários em assembleias em todo o país.

 

 

As principais reivindicações dos bancários

 

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 
Fonte: Contraf-CUT

Subiu para 7.282 o número de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados nesta sexta-feira 20, segundo dia da greve nacional dos bancários, conforme balanço realizado pela Contraf-CUT com base nos dados enviados até as 18h pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional da categoria. Os bancários pararam até o Centro Administrativo do Bradesco, na Cidade de Deus, em Osasco. Foi um crescimento de 18,5% na greve em relação à quinta-feira, quando 6.145 unidades haviam sido fechadas.

 

“O movimento está se ampliando rapidamente no Brasil todo, o que demonstra a insatisfação dos bancários com a postura intransigente dos bancos. Os trabalhadores aumentaram a produtividade, contribuindo para que as empresas tivessem lucros recordes – somente as seis maiores instituições lucraram R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre – e a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, mas os banqueiros ignoram as nossas reivindicações”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

Os bancários querem 11,93% de reajuste (inflação mais 5% de aumento real), valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades. Eles aprovaram a greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, com reajuste de 6,1% (que apenas repõe a inflação), rejeitada pelos bancários em assembleias em todo o país.

 

“Os bancos disseram na mesa de negociação que não pretendem conceder aumento real. Mas como é que pode se, segundo o Dieese, 84,5% dos acordos salariais feitos este ano no Brasil têm aumento real de salário, e os bancos, o setor que mais lucra, se recusarem a acompanhar essa tendência?”, questiona Carlos Cordeiro.

 

 

Desconcentrar a renda

 

Para o presidente da Contraf-CUT, lutar por aumento real de salário é combater a concentração de renda no país. “Apesar de ser a sexta maior economia do planeta, o Brasil ocupa ainda o vergonhoso 12º lugar no ranking dos países mais desiguais do mundo. E no sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior”, ressalta.

 

Estudo do Dieese com base no Relatório Social da Febraban mostra que a distribuição do valor adicionado nos bancos entre acionistas, governo (impostos) e trabalhadores vem se alterando, aumentando a fatia do capital e reduzindo a participação do trabalho. Veja aqui o estudo comparativo entre 2004 e 2012.

 

A concentração de renda pode ainda ser medida por outro ângulo. Segundo trabalho do Dieese com base no Censo de 2010, os 10% mais ricos no Brasil têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico.

 

No sistema financeiro a concentração é ainda maior. No Itaú, por exemplo, os executivos da diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 191,82 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 119,25 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 106,09 vezes.

 

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos, o do Santander 10 anos e o caixa do Bradesco 9 anos.

 

 

As reivindicações gerais dos bancários

 

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 
Fonte: Contraf-CUT