Maio 06, 2025
Slider
Super User

Super User

Selfies labore, leggings cupidatat sunt taxidermy umami fanny pack typewriter hoodie art party voluptate. Listicle meditation paleo, drinking vinegar sint direct trade.

Aconteceu nesta segunda-feira (21) mais uma reunião do Grupo de Trabalho (GT) Bipartite para Análise de Causas de Afastamento no Trabalho entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban, em São Paulo.

O GT está previsto na cláusula 61ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), foi conquista da Campanha Nacional de 2013 e o seu objetivo é discutir o alto índice de adoecimento e as causas de afastamento do trabalho na categoria bancária.

Durante a reunião o Comando Nacional, com a participação do Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador, apontou problemas sobre os dados fornecidos pela Fenaban e solicitou esclarecimentos sobre a metodologia que foi utilizada para a organização dos dados.

Os bancos se comprometeram a dar informações detalhadas sobre afastamentos que geraram benefícios previdenciários, tanto de acidentes do trabalho como por problemas de saúde, que possibilitam fazer uma radiografia do que vem ocorrendo com a saúde dos bancários.

“Nós analisamos e detectamos que os dados apresentados são insuficientes, propusemos ampliar a base de informações e a estratificação, para que se cumpra o previsto na cláusula 61ª da Convenção Coletiva de Trabalho. Também propusemos que os dados não fossem apresentados em formato de planilha, mas sim de banco de dados” afirmou Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

A Fenaban concordou em melhorar as informações repassadas à Contraf-CUT e uma nova reunião acontecerá entre os representantes dos trabalhadores e dos empregadores.

“Avançamos nessa reunião, pois para nós é muito importante ter acesso efetivo aos dados. Já sabemos de antemão, com as informações de que dispomos, que tem aumentado os casos de afastamentos motivados por transtornos mentais e LER/Dort nos últimos anos. Nossa preocupação é ter informações detalhadas que nos apontem para a efetiva dimensão do problema e que o GT nos possibilite avançar e propor políticas que caminhem no sentido da prevenção dos adoecimentos e afastamentos e da promoção da saúde em todos os ambientes de trabalho”, destaca Walcir.

Combate ao assédio moral

Na próxima quinta-feira (24), às 15h, haverá nova reunião com a Fenaban, desta vez para avaliar o instrumento de prevenção e combate ao assédio moral, previsto em acordos firmados entre sindicatos e bancos aderentes, conforme estabelece a cláusula 56ª da CCT, conquistada na Campanha Nacional de 2010.

Pelo instrumento, os bancários podem fazer denúncias aos sindicatos acordantes. O denunciante deve se identificar somente para a entidade para que possa receber o devido retorno do banco.

Fonte: Contraf-CUT

O executivo-chefe do banco britânico Barclays, Bob Diamond, apresentou nesta terça-feir (3) a sua demissão com efeito imediato, após o escândalo da manipulação das taxas de juros interbancários, informou a instituição bancária.

 

A saída de Diamond acontece um dia depois da renúncia do presidente do Barclays, Marcus Agius, e após o anúncio feito pelo primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, de que haverá uma investigação parlamentar sobre o setor bancário.

 

O escândalo explodiu na semana passada, quando os organismos reguladores do Reino Unido e dos Estados Unidos multaram o banco britânico em 290 milhões de libras (US$ 456,5 milhões) por manipular o Libor – a taxa de juros interbancária fixada diariamente em Londres – e seu equivalente europeu, o Euribor, entre 2005 e 2009.

 

Ao anunciar sua demissão, Diamond admitiu que tomou a decisão de manipular a taxa devido à forte pressão recebida, que ameaçava prejudicar a reputação da instituição bancária.

 

Diamond, americano de 60 anos, confirmou que pensa em comparecer amanhã ao Comitê do Tesouro da Câmara dos Comuns para responder a perguntas sobre o escândalo.

 

Outros bancos britânicos estão sendo investigados por esse caso de manipulação das taxas, entre eles o Royal Bank of Scotland (RBS), propriedade do Estado em 84%.

 

Fonte: EFE

Diante da recusa dos bancos em apresentar uma proposta que contemple as reivindicações por aumento real, valorização do piso, mais contratações, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades, no 13º dia da greve nacional os bancários ampliaram ainda mais o movimento e fecharam 11.016 agências e centros administrativos em todo o país nesta terça-feira 1º de outubro.

 

“Essa já é a maior greve da categoria bancária dos últimos 20 anos. Não apenas a paralisação cresce a cada dia em todos os estados. Os bancários estão indo pras ruas em manifestações e passeatas, em muitos estados junto com outras categorias de trabalhadores, como ocorre esta semana com os petroleiros, para demonstrar sua indignação com os bancos, que têm no Brasil os maiores lucros e a mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional, pagam salários milionários a seus executivos e desrespeitam os trabalhadores que produzem esses resultados”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

 

A greve foi deflagrada no dia 19 de setembro porque os bancos, em cinco rodadas duplas de negociações, propuseram apenas a reposição da inflação e recusaram as demais reivindicações econômicas e sociais. No primeiro dia, foram fechadas 6.145 agências e departamentos nos 26 estados e no Distrito Federal. Nesses 13 dias em que os banqueiros sustentaram a intransigência, a greve cresceu 79,2%.

 

“O recado dos trabalhadores é claro. A greve continuará crescendo enquanto não houver aumento real, valorização dos pisos, melhoria da PLR, proteção do emprego, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades”, acrescenta Carlos Cordeiro.

 

 

As principais reivindicações dos bancários

 

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 
Fonte: Contraf-CUT

Terá início na próxima sexta-feira (25), às 9h30, a 16ª Conferência Nacional dos Bancários, o maior fórum anual de deliberações da categoria no Brasil. O evento, que vai até domingo (27), será realizado no Hotel Bourbon Atibaia (Rodovia Fernão Dias, km 37,5), em Atibaia (SP). Está prevista a participação de delegados eleitos em todo o país. A todo serão 696 participantes, incluindo os observadores.

 

Haverá painéis sobre conjuntura, sistema financeiro e mundo do trabalho, bem como estarão em debate as propostas aprovadas nas conferências estaduais e interestaduais e encontros preparatórios em todo o país. Também acontecerá a apresentação dos resultados da consulta feita pelos sindicatos aos bancários para ouvir as prioridades de cada colega para a campanha deste ano.

 

Os quatro grandes eixos temáticos são: emprego (corte/demissões, rotatividade e terceirização); reestruturação produtiva no sistema financeiro (banco de futuro, correspondentes bancários e bancos pelo celular); remuneração (aumento real, piso salarial e PCS); e condições de trabalho (metas e segurança bancária). Os trabalhos em grupos serão também permeados pela discussão da estratégia da campanha.

 

“Vamos realizar mais uma grande conferência nacional, coroando esse processo democrático e participativo de construção da campanha, que valoriza a opinião de cada bancário e bancária desde o local de trabalho. E com ousadia, unidade e mobilização, vamos enfrentar os desafios da conjuntura atual e buscar novos avanços para a categoria e a classe trabalhadora”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

 

Na plenária final da 16ª Conferência, será aprovada a pauta nacional de reivindicações, que será entregue para a Fenaban, a fim de ser negociada com os bancos para a renovação da convenção coletiva de trabalho dos bancários. “Com os lucros gigantescos acumulados, os bancos não têm motivos para negar o atendimento das demandas da categoria”, ressalta.

 

 

Programação

 

 

Sexta – dia 25 de julho

8h30 às 18h: Credenciamento
9h30 às 11h: Painel sobre Condições de Trabalho e Remuneração
11h às 12h30: Painel sobre emprego e reestruturação produtiva
12h30 às 14h30: Almoço e “check in” no hotel.
14h30 às 16h: Painel “Em defesa da democracia – Ditadura Nunca Mais”
16h às 18h: Painel do Plebiscito sobre a Reforma Política
19h: Abertura solene.
21h: Jantar

 

 

Sábado – dia 26 de julho 

8h30 às 13h: Credenciamento.
9h às 9h30: Votação do regimento interno.
9h30 às 10h: Apresentação dos resultados da consulta 2014.
10h30 às 12h30: Análise de conjuntura.
12h30 às 14h: Almoço.
14h às 18h: Trabalho em grupos – emprego (1), reestruturação produtiva no sistema financeiro (2), remuneração (3) e condições de trabalho (4).
19h: Jantar.

 

 

Domingo – dia 27 de julho 

9h30 às 9h45: Apresentação da campanha de mídia
9h45 às 13h: Plenária final.
Fonte: Contraf-CUT

A agência dos Correios na cidade de Marizópolis, no Sertão paraibano, foi assaltado na início da tarde de quinta-feira (28). Segundo informação da polícia, dois homens armados chegaram em uma moto e renderam os dois funcionários que estavam fazendo o atendimento no local.

 

O ataque foi sutil e os moradores do local não perceberam o crime, que aconteceu na agência localizada na BR-230, no Centro da cidade. Segundo a polícia, os criminosos passaram 15 minutos dentro da agência, esperando o cofre destravar, e mandavam que os clientes que chegassem ao local que esperassem para que depois eles fossem atendidos normalmente.

 

Os criminosos levavam todo o dinheiro da agência e celulares dos funcionários. As camêras de circuito interno não estavam funcionando no momento do crime. A polícia ainda fez buscas pelos assaltantes, mas ninguém foi preso.

 

Nas agências dos Correios funciona o banco postal do Banco do Brasil.

 

A Polícia Federal (PF) multou nesta terça-feira (1º) 15 bancos em R$ 6,526 milhões por falhas na segurança de agências e postos de atendimento bancário, durante a 98ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. O campeão foi o Bradesco, com multas de R$ 2,363 milhões, seguido do Banco do Brasil com R$ 1,646 milhão, do Itaú com R$ 1,080 milhão e do Santander com R$ 748 mil.

 

Estiveram em pauta 585 processos, abertos quase todos ainda em 2010, contra bancos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp), por causa do descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e de normas de segurança. As principais irregularidades foram redução do número de vigilantes, alarmes inoperantes, transporte ilegal de valores, planos de segurança não renovados e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outros itens.

 

Uma mesma agência do Bradesco no Acre, que obrigou bancários a fazer transportar dinheiro em carro particular ou de táxi, foi punida em 111 processos, totalizando multas de R$ 1,574 milhão. Várias agências do Itaú foram multadas em função da falta de segurança durante as reformas no processo de fusão com o Unibanco. Uma agência do Santander no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, foi interditada por sido inaugurada sem aprovação do plano de segurança.

 

 

Veja o montante de multas por banco:

 

Bradesco – R$ 2.363.332,32
Banco do Brasil – R$ 1.646.802,80
Itaú – R$ 1.080.036,60
Santander – R$ 748.929,38
Caixa – R$ 308.043,96
HSBC – R$ 156.056,88
Banrisul – R$ 42.564,25
Banestes – R$ 31.923,19
Banco da Amazônia – R$ 31.923,19
Mercantil do Brasil – R$ 31.921,06
Safra – R$ 31.920,00
Banco do Nordeste – R$ 21.282,12
Sofisa – R$ 10.641,06
Cruzeiro do Sul – R$ 10.641,06
Banco Triângulo – R$ 10.641,06

 

Total – R$ 6.526.658,93

 

A CCASP é integrada por representantes do governo e entidades dos trabalhadores e dos empresários. A Contraf-CUT é a porta-voz dos bancários e a CNTV, dos vigilantes. A Febraban representa os bancos. A reunião foi presidida pela delegada Silvana Helena Vieira Borges, titular da Coordenadoria-Geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP).

 

Foi a terceira reunião da CCASP em 2013, com o julgamento dos últimos processos em papel e dos primeiros eletrônicos. Houve também aplicação de multas e penalidades contra empresas de segurança, vigilância, transporte de valores e cursos de formação de vigilantes.

 

“Essas multas comprovam que os bancos continuam tratando com irresponsabilidade a segurança dos estabelecimentos”, critica Ademir Wiederkehr, representante da Contraf-CUT na CCASP. “O que se percebe é que eles buscam economizar até na segurança para aumentar ainda mais os lucros, em vez de respeitar a legislação e fazer investimentos para prevenir assaltos e proteger a vida dos bancários, vigilantes e clientes”, destaca.

 

A próxima reunião da CCASP foi agendada para o dia 10 de dezembro.

 

 

Greve dos bancários

 

Ao final da reunião, Ademir, que também é secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, enfatizou aos integrantes da CCASP que a segurança é também uma das prioridades da greve nacional dos bancários, que completou 13 dias nesta terça-feira. “Não é só por salário que estamos em greve, mas também por emprego, saúde, condições de trabalho, segurança e contra o PL 4330 da terceirização”, disse Ademir.

 

“A Fenaban fez somente uma proposta de 6,1%, que apenas repõe a inflação do período, o que é inaceitável. A maioria das categorias vem conquistando aumento real. Além disso, nenhuma proposta de segurança foi apresentada pelos bancos, apesar de tantos problemas, como os sequestros e o transporte de valores feito por bancários”, denunciou Ademir. O diretor da Febraban permaneceu em silêncio.

 

Também participou da reunião o representante da Fetec Centro-Norte e diretor do Sindicato dos Bancários do Pará, Sandro Matos.

 

Fonte: Contraf-CUT

A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho acolheu recurso de uma operadora de telemarketing que tinha o uso do banheiro restringido pela empregadora, com possibilidade de ser advertida na frente dos colegas caso desobedecesse à regra dos cinco minutos para ir ao toalete. A Turma enxergou violação à dignidade e integridade da trabalhadora e impôs à AEC Centro de Contatos o dever de indenizá-la por danos morais no valor de R$ 5 mil.

Na reclamação trabalhista, a empresa negou que houvesse controle rígido e afirmou que a empregada tinha total liberdade, tanto no decorrer da jornada quando nos intervalos, para usar o banheiro e beber água.

A 1ª Vara do Trabalho de Campina Grande (PB) indeferiu o pedido por entender que o controle das idas ao banheiro surgiu da necessidade de cortar abusos cometidos por alguns empregados, não se revelando tolhimento da dignidade da pessoa humana ou ato ilícito.

A trabalhadora recorreu da decisão, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (PB) não enxergou indícios de que a conduta da empregadora tenha repercutido de modo a merecer compensação.

Mais uma vez a empregada recorreu, desta vez ao TST, onde o desfecho foi outro. Para a Oitava Turma, estando caracterizada a restrição ao uso do banheiro, em detrimento das necessidades fisiológicas , inclusive com advertência em caso de desobediência, a trabalhadora tem direito à indenização por dano moral.

No entendimento da relatora, ministra Dora Maria da Costa, é desnecessária, neste caso, a prova de dano efetivo sobre a esfera extrapatrimonial da trabalhadora, pois o dano moral prescinde de comprovação, decorrendo do próprio ato lesivo praticado. A decisão foi unânime.

Fonte: TST

A cliente Eliana, de 40 anos, foi assassinada na última sexta-feira, dia 29, após “saidinha de banco”, na Freguesia do Ó, em São Paulo. Ela tinha acabado de sacar R$ 2.000 em uma agência do Itaú. Ela deixa marido e dois filhos.

 

Eliana era amiga do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, que ficou indignado com mais uma morte em assalto envolvendo bancos. Ele postou mensagem no Facebook. No ano passado, 49 pessoas perderam a vida, na sua maioria clientes.

 

Para a Fenaban, é apenas mais um número, do qual inclusive os bancos duvidam, conforme pronunciamento recente da Fenaban em audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo.

 

“Essa irresponsabilidade precisa acabar e só ira acabar quando nossa mobilização for muito mais forte do que é hoje, quando os bancos colocarem as divisórias entre os caixas, os biombos entre a fila e a baterias de caixas, que impedirá a visualização da operação que o cliente está fazendo”, salienta o dirigente sindical.

 

Ele também defende a isenção de tarifas de transferência de recursos, como DOC e TED, para reduzir a circulação de dinheiro e evitar que clientes virem alvos de assaltantes.

 

Na avaliação de Cordeiro, “essa irresponsabilidade irá acabar quando os banqueiros e executivos de bancos forem de fato responsabilizados e punidos, ou quando um filho de banqueiro ou executivo de banco for vitima da própria irresponsabilidade de seus pais”.

 

“A dor das perdas não irá nos desanimar, ao contrário nos fortalecerá para continuarmos lutando por justiça, colocando sempre a vida em primeiro lugar. Quanto a você, Eliana, que com certeza foi acolhida por Deus, reze por nós para nos fortalecer nesta luta pela paz e pela justiça”, conclui o presidente da Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT

 

São Paulo – De um lado da Avenida Lins de Vasconcelos, trabalhadores sem expectativas ou sonhos se depender de suas condições financeiras. Eles são empregados pela Micheletti Processamentos, por sua vez, contratada pelo Itaú. Recebem em média um salário mínimo pelo trabalho que antes era feito por bancários.

 

Do outro lado da avenida, alguns bancários, em greve, com uma trajetória de luta e algumas conquistas arrancadas com muita luta. Neste 13º dia de greve da categoria, eles estão mais um ano lutando por aumento real, piso melhor, PLR maior, valorização dos vales e melhores condições de trabalho, reivindicações que só avançam com mobilização.

 

Todos esses funcionários trabalham juntos nos cinco andares do prédio do GPSA, concentração do Itaú localizada na Vila Mariana. Em mais um dia de greve da categoria eles pararam a microfilmagem e a conferência de cheques, além da agência que funciona no local.

 

Em comum, enfrentam a falta de expectativa na carreira. Enquanto os terceirizados sofrem com as dificuldades ao receber salários tão rebaixados e não terem quase nenhum auxílio, os bancários reclamam da estagnação na carreira e do aumento da terceirização que precariza o trabalho no país.

 

“Uma empresa como essa, em minha opinião, não tem responsabilidade com nada, e esses funcionários acessam dossiês com informações de clientes sem as orientações desejadas para esse trabalho. É um absurdo”, protesta uma funcionária, bancária há sete anos. Do outro lado da rua, a expressão dos jovens com cerca de 20 anos, pressionados pessoalmente e por telefone, era de apreensão.

 

Procuradas pelo Sindicato para falar sobre suas condições de trabalho, duas trabalhadoras mostraram empolgação, um desabafo para desatar o nó na garganta de quem demora duas horas para chegar ao trabalho e não tem as mesmas condições da categoria bancária. Mas logo são assediadas pela supervisora. “Desculpa, não poderemos falar”, dizem com ar de constrangimento. A supervisora, nervosa, informa que não falará com ninguém do Sindicato e fica de olho nos funcionários do setor de microfilmagem.

 

Por volta das 8h40 todos os terceirizados foram dispensados e saíram felizes, engrossando a greve da categoria. Os bancários também seguem em greve. “Hoje foi um dia D para o Sindicato ajudar a parar esse lugar”, diz um dos bancários. O setor, estratégico para o Itaú, presta suporte a 1,9 mil agências em todo o país e é responsável pela conferência de 250 mil cheques por dia. “Mas hoje, dia 1º, esse número chega a 450 mil cheques”, explica.

 

 

Falta respeito e valorização

 

Os bancários não estão na greve somente por aumento real. Condições de trabalho, valorização, fim das metas abusivas são algumas das reivindicações que também não avançaram nas mesas de negociação.

 

Um dos bancários do GPSA reclama que todo ano é necessário parar para que banqueiros respondam aos trabalhadores com uma proposta melhor. “Isso tudo não é necessário para os bancos. Mas sou bancário há 25 anos e sei que se não for assim nada anda.” O trabalhador nunca teve uma promoção. “São muitas promessas e promoção mesmo nada. Meu sonho era trabalhar no banco. No fim da minha carreira estou frustrado.

 

Imagina quem está entrando no Itaú hoje, nesse cenário precário? É outro banco”, diz. Outro desabafa: “Como eu me sinto? Me sinto um lixo!” Ele trabalha há dez anos no banco, nunca teve promoção. “Não tenho expectativa de nada. Faço a mesma coisa que os colegas e ganho menos. Tenho família pra cuidar e não tenho nenhum incentivo de carreira, nenhuma facilidade para estudar. Eu não quero que as coisas melhorem só pra mim, quero melhoria para todos que estão na minha situação, quero o justo, o correto”.

A greve continua, e as queixas dos trabalhadores não param por aí: geladeira quebrada, poucos aparelhos micro-ondas para esquentar as marmitas, botões do elevador quebrados. “Faz um ano que não vejo alguém fazendo manutenção nesse elevador”, relata outro.

 

 

PL 4330

 

Situações como as dos terceirizados do Itaú podem tornar-se ainda mais frequentes, caso seja aprovado o PL 4330, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO). O projeto de lei na prática legaliza a terceirização fraudulenta para atuar em atividades-fim da empresa, ou seja, uma espécie de subcontratação.

 

Fonte: Seeb São Paulo

Nesta segunda-feira 30, a greve nacional dos bancários entrou na terceira semana seguindo exatamente a trajetória da semana passada: muito forte e crescendo em todo o país. Estão paralisados nos 26 estados e no Distrito Federal 10.822 agências e centros administrativos, apesar da intimidação que a Polícia Militar está fazendo em vários estados, a pedido dos bancos.

 
Na sexta-feira, haviam sido paralisadas 10.633 dependências. Em relação ao primeiro dia da greve, em 19 de setembro, quando foram fechadas 6.145 agências, houve um crescimento de 76,1%.

 
“A intransigência dos banqueiros deixa os bancários cada vez mais indignados. Eles apresentaram a única proposta há 25 dias, repondo apenas a inflação e ignorando as demais reivindicações econômicas e sociais. E silenciaram diante da carta enviada sexta-feira pelo Comando Nacional manifestando a disposição de negociar uma proposta que atenda às demandas da categoria”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

 
Para a Contraf-CUT, a greve é de responsabilidade exclusiva dos presidentes da Fenaban (Murilo Portugal), do Itaú (Roberto Setúbal), do Bradesco (Luiz Carlos Trabuco), do Banco do Brasil (Aldemir Bendine), da Caixa Econômica Federal (Jorge Hereda), do Santander (Jesús Zabalza) e do HSBC (André Brandão), que fecharam o processo de negociação ao ignorarem a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

 

 

‘Bancários se sentem desrespeitados’

 

“Os bancários estão se sentindo desrespeitados com a postura dos banqueiros. São eles que sofrem sobrecarga de trabalho cada vez maior por causa das demissões, e aumentam continuamente a produtividade, o fator preponderante dos lucros recordes dos bancos. E ainda veem os altos executivos sendo premiados com remuneração milionária enquanto eles são tratados com desdém. Eles trabalham para enriquecer os diretores e os acionistas”, protesta Carlos Cordeiro.

 

No Itaú, por exemplo, os executivos da diretoria receberam em 2012, em média, R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 191,8 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsaram R$ 5,62 milhões no ano passado, o que significa 119,2 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que pagou R$ 5 milhões no ano a seus executivos, a diferença é de 106 vezes.

 

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos, o do Santander 10 anos e o do Bradesco 9 anos.

 

 

 

Veja aqui como está aumentando a produtividade dos bancários.

 

compare aqui a evolução do PIB, dos salários dos bancários e dos lucros dos bancos.

 

 

As principais reivindicações dos bancários

 

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 
Fonte: Contraf-CUT