Maio 06, 2025
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Seguindo orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, a grande maioria das assembleias realizadas nesta sexta-feira 11 em todo o país aprovou a proposta da Fenaban, assim como os acordos específicos do Banco do Brasil e da Caixa, encerrando a maior greve da categoria nos últimos 20 anos, com 23 dias de duração.

 
A proposta dos bancos eleva para 8,0% (aumento real de 1,82%) o índice de reajuste sobre os salários e demais verbas, para 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Também aumenta de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR e avança em outras reivindicações econômicas e sociais.

 
A nova proposta da Fenaban, apresentada no 22º dia da greve e após 18 horas de duras negociações, avançou depois que os bancos recuaram da proposição inicial de compensar todos os dias de greve em 180 dias, aceitando compensar no máximo uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro – a partir da assinatura do acordo.

 
Ela inclui ainda quatro novas cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano, constituição de grupo de trabalho com especialistas para apurar as causas dos adoecimentos dos bancários e adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês.

 
Vitória da mobilização, da ousadia e da unidade

 

“Os bancários estão de parabéns. Deram mais uma grande demonstração de força, dobrando a intransigência dos bancos, que este ano tinham a estratégia clara de acabar com os aumentos reais e rebaixar conquistas para reduzir custos, de vencer os bancários pelo cansaço e de punir os grevistas com o desconto dos dias parados. Foi a vitória da mobilização, da ousadia e da unidade”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

Levantamento feito pela Contraf-CUT até as 23h desta sexta-feira indica que a maioria das assembleias aprovou tanto a proposta dos bancos quanto os acordos específicos do BB e da Caixa. Algumas bases sindicais realizarão assembleias nesta segunda-feira 14 e alguns bancos regionais continuam paralisados.

 

 

Encerraram a greve:

 

São Paulo
Rio de Janeiro – nova assembleia da Caixa na segunda
Belo Horizonte
Pernambuco
Curitiba
Bahia – continua greve na Caixa e BNB
Campina Grande – continua no BNB
Ceará – continua greve no BB, Caixa e BNB
Piauí
Paraíba – continua greve no BNB
Sergipe – continua greve no BNB
Bahia – continua na Caixa e BNB
Mato Grosso – continua greve na Caixa
Londrina
Campo Grande
Espírito Santo
Alagoas – continua greve no BNB
Niterói
Campinas
ABC
Araraquara
Assis
Barretos
Bragança Paulista
Catanduva
Limeira
Mogi das Cruzes
Presidente Prudente
Vale do Ribeira
Taubaté
Petrópolis
Angra dos Reis
Caxias do Sul – greve continua no Banrisul
Rondônia
Amapá
Joaçaba
São José do Rio Preto
Sorocaba
São José dos Campos
Juiz de Fora
Guaratinguetá
Araçatuba
Ribeirão Preto
São Carlos
Franca
Jaú
Tupã
Votuporanga
Presidente Wenceslau
Campos de Goytacazes
Itaperuna
Apucarna
Arapoti
Campos Mourão
Cornélio Procópio
Guarapuava
Toledo
Umuarama
Paranavaí
Jacobina
Feira de Santana – continua Caixa e BNB
Ilhéus – continua BB e BNB
Itabuna
Jequié
Vitória da Conquista – continua BB, Caixa e BNB
Barreiras – continua Caixa e BNB
Juazeiro – continua Caixa e BNB
Camaçari – continua BB e BNB
Dourados
Ipatinga
Uberaba
Divinópolis
Campos dos Goytacazes
Itaperuna
Passo Fundo – greve continua no Banrisul
Ijuí – greve continua no Banrisul
Alegrete – greve continua no Banrisul
Novo Hamburgo – greve continua no Banrisul
Horizontina – greve continua no Banrisul
Guaporé – greve continua no Banrisul
São Luiz Gonzaga – greve continua no Banrisul
Vacaria – greve continua no Banrisul
São Borja – greve continua no Banrisul
Santa Rosa – greve continua no Banrisul
Carazinho – greve continua no Banrisul
Livramento – greve continua no Banrisul
Araranguá
Bagé
Bento Gonçalves
Cachoeira do Sul – continua Banrisul
Camaquã – continua na Caixa e no Banrisul
Frederico Westphalen – continua Banrisul
Rio Grande
Santiago
São Gabriel
Concórdia – continua no BB e na Caixa
Chapecó – continua no BB e na Caixa
Criciúuma
São Miguel do Oeste – continua BB e Caixa
Naviraí
Acre – continua no Banco da Amazônia

 

 

Assembleias nesta segunda-feira:

 

Brasília, Porto Alegre, Pará, Guarulhos, Blumenau, Santa Maria (RS), Pelotas (RS) e Litoral Norte (RS).

 

 

Plenária:
Florianópolis

 

 

A proposta da Fenaban

 

> Reajuste: 8,0% (1,82% de aumento real).

> Pisos: Reajuste de 8,5% (ganho real de 2,29%).
- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.148,97.
- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.648,12.
- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.229,05 (que inclui R$ 394,42 de gratificação de caixa e R$ 186,51 de outras verbas de caixa).

> PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 19.825,86.

> PLR parcela adicional: aumento de 2% para 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).

> Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49. Da parcela adicional, 2,2% do lucro do primeiro semestre, limitado a R$ 1.694,00. O pagamento do restante será feito até 3 de março de 2014.

> Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 23,18 por dia.

> Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> 13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 330,71 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 282,91(para filhos até 83 meses).

> Requalificação profissional: de R$ 1.047,11 para R$ 1.130,88.

> Adiantamento emergencial: Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

> Gestores ficam proibidos de enviar torpedos aos celulares particulares dos bancários cobrando cumprimento de resultados.

> Abono-assiduidade (novidade): 1 dia de folga remunerada por ano.

> Vale-cultura (novidade): R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários mínimos, conforme Lei 12.761/2012.

> Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

> Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

 

 

Compromissos

 

> Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.

> Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Reunião específica para discutir aprimoramento do processo.

> Discutir um novo modelo de PLR antes da campanha nacional de 2014.

 
Fonte: Contraf-CUT

Apesar de serem campeões de reclamações no Procon, os bancos não parecem fazer muita questão de mudar esse quadro. A fundação procurou as 38 empresas que mais geraram notificações na capital em 2011, entre elas oito instituições financeiras, e propôs um plano de metas para diminuição das queixas.

 

As respostas de 32 empresas – seis delas não quiseram participar – foram consideradas “tímidas ou parciais” pelo órgão, atingindo média de 7% de redução.

 

As metas de redução apresentadas pelos bancos são ainda menores que a média geral, não ultrapassando os 5%. Alguns, como Santander e Caixa, que tiveram, respectivamente, 3.126 e 1.425 reclamações na capital em 2011, propuseram reduzir em apenas 1% esses montantes.

 

O Itaú, que foi o campeão entre os bancos com 9.364 queixas no ano passado, propôs reduzir em apenas 2%. O Bradesco, segundo lugar com 5.434 notificações ao órgão, quer diminuir as queixas em somente 1,47%. E o Banco do Brasil, com 2.065 reclamações na capital em 2011, se propõe a diminuí-las em 1,58%.

 

Fonte: Seeb São Paulo com Procon-SP

A pressão da CUT sobre o Congresso Nacional conseguiu suspender a votação do Projeto de Lei (PL) 4330, que permite a terceirização em todos os setores das empresas e retira direitos dos trabalhadores com carteira assinada.

 
Porém, a luta contra a proposta ainda não terminou, conforme destaca a secretária de Relações do Trabalho da Central, Maria das Graças Costa. “É uma grande guerra e não acabou, mas essa batalha estamos vencendo”, ressalta.

 
Em entrevista ao Portal, a dirigente explica que a classe trabalhadora não pode deixar de discutir a regulamentação dos trabalhadores terceirizados, mas sob a ótica da ampliação dos direitos. Por isso, a necessidade de cobrar que a presidenta Dilma Rousseff desengavete o projeto proposto pelas centrais, construído em 2009, hoje parado na Casa Civil, e envie ao Congresso.

 

 

Portal da CUT – A liderança do governo e quatro bancadas fecharam acordo contra o PL 4330. A luta está encerrada ou é preciso manter a mobilização?

 

 

Maria das Graças Costa - Essa é uma guerra do Capital contra o Trabalho e nós estamos resistindo desde 1998, quando o Fernando Henrique Cardoso enviou para o Congresso um projeto para regulamentar a terceirização, que era o PL 4302 e que a CUT conseguiu retirar, quando o Lula ganhou as eleições. Desde 2004, quando o deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), que também é empresário, deu entrada no projeto, temos travado uma grande luta. Entendo que é uma grande guerra e não acabou, mas essa batalha estamos vencendo.

 

Nós conseguimos estabelecer um ambiente de mobilização, tanto no movimento sindical, quando com as lideranças do Congresso por meio das nossas ações. Ganhamos o debate político, ganhamos a consciência dos trabalhadores e os magistrados do Judiciário trabalhista também vieram para essa luta conosco. Porém, temos que manter o monitoramento no Congresso.

 

 

Qual foi o marco do enfrentamento ao projeto?

 

 

Graça - A Comissão Geral, porque vínhamos aumentando o número de militantes que estava indo para ocupar a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde o PL foi discutido), mas, com a Comissão Geral, conseguimos dizer para o Brasil todo o que estávamos divulgando no Portal da CUT e em nossa rede. Por meio da comissão, deixamos claro que o PL 4330 não é para regular a situação dos trabalhadores terceirizados.

 

Ao contrário, no momento em que o país cresce, em que existe uma política de valorização do salário mínimo, em que aumenta o número de empregos com carteira assinada, chega uma proposta que coloca em risco os 44 milhões de empregos formais, que podem se transformar em terceirizados. O documento do TST (Tribunal Superior do Trabalho) mostra e o ministro Maurício Delgado também disse isso na comissão, que a renda do trabalhador poderia cair 30% em muito pouco tempo, caso o PL 4330 fosse aprovado.

 

O debate deixou de ser uma pauta específica das centrais sindicais, conforme tentou vender o deputado Sandro Mabel, que alegava ser nosso interesse apenas manter os filiados. Derrubamos isso e ficou claro que o projeto é uma reforma escandalosa para permitir a terceirização em todas as áreas das empresas e fragmentar a representação sindical.

 

 

Qual o principal interesse das empresas nesse processo?

 

 

Graça - Ao fazer com que o contrato de trabalho deixe de ser bilateral, entre trabalhador e empresa, e ganha um terceiro componente, a terceirizada que intermediará essa relação, o tomador de serviços vai tirar suas responsabilidades. O trabalhador não terá mais relação direta com quem é dono do Capital.

 

Então, a luta contra o PL 4330 é uma luta ferrenha contra o avanço do neoliberalismo no Brasil e isso deve ficar muito claro para nós. Os trabalhadores terceirizados entenderam que não estamos contra eles, ao contrário, queremos que tenham direitos dignos e emprego de qualidade.

 

 

A CUT tem defendido que não basta barrar o PL, é preciso pensar uma forma de regulamentar o trabalho terceirizado. O que a CUT fará, caso o projeto realmente não vá à votação ou não seja aprovado?

 

 

Graça - A CUT terá três grandes tarefas: primeiro, convencer a presidenta Dilma Rousseff de enviar ao Congresso o PL das centrais (clique aqui para ler), que construímos em conjunto em 2009 com o Ministério do Trabalho e está parado na Casa Civil. Se a presidenta enviar uma regulamentação baseada nos princípios que defendemos, teremos um instrumento de contraponto ao projeto dos empresários, que é o 4330. Nesse não adianta fazer remendos, não aceitaremos isso, porque não atende aos princípios que defendemos.

 

A segunda tarefa é levar esse debate ao processo eleitoral. Vamos discutir com os candidatos e cobrar que assinem compromisso com a classe trabalhadora de não deixar a precarização tomar conta não deixar aprovar essa proposta. Lembraremos que iremos fazer campanha pesada para denunciar quem trair a classe trabalhadora.

 

A terceira tarefa é continuar o debate na nossa base. O trabalho que as CUTs nos estados estão fazendo é de fundamental importância para o êxito da nossa luta. Devemos agora ir aos estados e municípios por meio dos nossos sindicatos e propor que façam audiências públicas nas câmaras municipais e tirem uma resolução sobre isso.

 

 

Apesar de ser um grande problema, o PL 4330 não é o único. Há uma série de pautas que tramitam no Congresso e representam uma ameaça à classe trabalhadora. Sobre quais outros pontos devemos ficar atentos?

 

 

Graça - Temos o PL que trata do Simples Trabalhista e, com o disfarce de formalização de emprego, vai criar uma categoria diferenciada de trabalhadores com direitos menores e risco muito grande, porque o projeto diz que a negociação individual terá mais valor que a coletiva. Isso é um desastre para as relações de trabalho no Brasil, porque leva a submissão do trabalhador ao patrão.

 

Há também a PEC que discute o conceito de trabalho escravo e não podemos deixar que se transforme em uma pauta negativa, precisa ser um marco como foi a CLT, um marco de sair do conceito de subserviência para o de pessoa com direitos sociais.

 

Temos também um projeto que trata da redução da jornada de trabalho com redução de salário e o relator é o Sandro Mabel; há a PEC do trabalho doméstico, que foi aprovada, mas o PL que está fazendo a regulamentação tem apontado travas muito ruins e também define direitos inferiores aos trabalhadores protegidos pela CLT.

 

E temos também o PL 92, que trata das fundações de direito privado, e não podemos deixar aprovar como está, porque fragilizaremos o serviço público. Mas também há várias pautas positivas no Congresso que queremos destravar, como o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. E é por esse caminho que devemos seguir.

 

Fonte: Luiz Carvalho – CUT

O Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha é uma oportunidade para impulsionar o enfrentamento da combinação entre racismo e sexismo.

A discriminação racial e de gênero são eixos extremos de exclusão, aprisionando as mulheres negras nos extratos mais baixos da pirâmide social. Ainda que a população negra tenha sido a grande beneficiada pelas políticas inclusivas dos últimos anos, ela permanece como a principal vítima das desigualdades e da violência, fruto da discriminação e do racismo.

O salário médio da mulher negra com emprego formal, por exemplo, é menos da metade do que o salário de um homem branco, geralmente elas se inserem no mercado de trabalho em condições precárias e de informalidade, são maioria no trabalho doméstico, e as poucas que conseguem romper as barreiras do preconceito e da discriminação racial e ascender socialmente necessitam se empenhar mais e abdicar de outros aspectos de suas vidas, como lazer, relacionamento, maternidade.

É preciso, portanto, insistirmos na denúncia tenaz do racismo, operação pela qual se subalterniza e, portanto, se cria cidadãos de segunda classe. Esta realidade, que manifesta resquícios do período de escravidão, tem sido transformada através da luta e da organização das mulheres negras que apesar estar ainda em desvantagem, cada vez mais estão se inserindo na universidade e no mercado de trabalho, estão conquistando espaços importantes na economia, na sociedade, na política.

No ano de 2015 terá início a década dos afrodescendentes e marcará os 320 anos da morte de Zumbi. Neste contexto as mulheres negras realizarão uma grande marcha, da qual a CUT fará parte, que marcará estas importantes datas. Esta marcha, que traz como enunciado “contra o racismo e pelo bem viver”, será um processo liderado pelas mulheres afro-brasileiras, com foco no debate e no posicionamento político e público sobre o racismo, a violência e o bem viver.

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha é mais do que uma data comemorativa; é um marco da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe.

A CUT seguirá trabalhando pela melhoria das condições de vida e de trabalho das mulheres negras para transformar a realidade, superar as desigualdades e construir uma nova cultura na sociedade, de combate à opressão de gênero e ao racismo.

Maria Julia Reis Nogueira
Secretária de Combate ao Racismo da CUT

Fonte: CUT

Conforme esperado, a “Chapa 1 – Somos Fortes, Somos CUT” foi escolhida na quinta-feira (12) por 90,52% dos mais de 2,3 mil delegados que participam do 11º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CONCUT), que ocorre em São Paulo.

 

A nova direção representa a renovação de mais de 30% do quadro à frente da entidade.

 

Pela primeira vez, um bancário ocupará a presidência da maior central sindical do Brasil, representando 38% dos trabalhadores do país, e a quinta maior do mundo. Em 2013, a CUT completa 30 anos.

 

Nascido na capital paulista, Vagner ocupou a direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, da Fetec-CUT/SP e também foi presidente da extinta Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

 

O ex-presidente da CUT, Artur Henrique, assume agora a secretaria adjunta de Relações Internacionais.

 

Compromissos

 

Em seu primeiro discurso como presidente, Vagner afirmou que a nova direção terá o compromisso de defender os direitos da classe trabalhadora, manter as pautas sociais e continuar com as lutas pela reforma tributária e do setor financeiro.

 

“O setor financeiro não é voltado a financiar o crescimento e o desenvolvimento. Precisamos pressionar o governo para realizar uma conferência nacional para que deixemos de ser um paraíso para os bancos.”

 

A visão de que não há crescimento sem distribuição de renda também permanece na nova gestão, assim como a missão de unificar as lutas dos trabalhadores do campo e da cidade.

 

Segundo o dirigente, a Central também manterá a intransigência na defesa do Estado como indutor do desenvolvimento. “As políticas públicas não devem ser dominadas pelo capital privado. O financiamento da saúde, da segurança e da educação são compromisso

 

Artur foi homenageado pelos dois mandatos à frente da Central
s do Estado”, ressaltou, acrescentando que, para isso, é fundamental investir na carreira do servidor público.

 

De acordo com ele, a nova direção assume num momento em que a pauta da classe trabalhadora se encontra engessada no Congresso Nacional. “Para destravar é preciso muita pressão do movimentos sociais. Quando o ex-presidente Lula se elegeu, em 2002, disse que o governo era de coalização e, portanto tínhamos que fazer o nosso papel para que o governo fizesse o dele. E o papel do movimentos sociais é pressionar nas ruas para que outros não ocupem esse espaço e façam com que a política adota seja aquela que não interessa à classe trabalhadora”, definiu.

 

Por fim, Vagner parabenizou as trabalhadoras CUTistas pela conquista da paridade nas instâncias de direção (clique aqui para ler mais) e deixou um puxão de orelhas ao governo, que sinalizou com o corte do ponto dos servidores federais em greve.

 

“Se o Estado é democrático, tem que aprender a lidar com conflitos e não pode punir quem está em greve. Exigiremos o imediato recebimento da CUT por parte do Ministro do Planejamento para solução da paralisação no setor público. Porque a greve existe apenas enquanto o governo somente enrola e não aponta propostas consistentes”, criticou.

 

Fiscalização e homenagens

 

Candidata à presidente pela chapa derrotada, Rejane Oliveira parabenizou a nova direção, mas disse que a corrente cobrará autonomia.

 

“Nós da ‘CUT Pode Mais’ estarmos juntos em todos os momentos em que a CUT se mostrar de luta e combativa e vamos também fiscalizar quando não responder às expectativas da classe trabalhadora. Porque esse é o nosso papel. Acreditamos que a nossa central deve seguir o eixo da autonomia e independência diante de governos e partidos. Que ela seja forte, de luta e saiba seu papel de movimento sindical”, afirmou.

 

A noite também foi de muitas homenagens. A começar por Artur, que recebeu uma bandeira da CUT assinada pelos funcionários da entidade, como forma de agradecimento ao longo dos seis anos de mandato.

 

Dois dirigentes que participaram da gestão mais recente também foram lembrados: o ex-vice presidente da Central e atual assessor da secretaria-geral da Presidência da República, José Feijóo, e o ex-secretário de Relações do Trabalho da CUT e atual secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias.

 

A celebração terminou com a apresentação do grupo “Nóis não Usa Black Tie”, formado por funcionários da CUT-SP e com o show com a Banda Chroma, dando início à festa.

 

Conheça quem irá compor a nova direção da CUT:

 

DIREÇÃO EXECUTIVA NACIONAL DA CUT – GESTÃO 2012/2015

 

Presidente
Vagner Freitas (Bancário-SP)

Vice-presidente
Carmen Foro (Trabalhador Rural-PA)

Secretário-Geral
Sérgio Nobre (Metalúrgico-ABC)

Secretária-Geral Adjunta
Maria Godói Faria (Seguridade Social-SP)

Secretário de Administração e Finanças
Quintino Severo (Metalúrgico-RS)

Secretário Adjunto de Administração e Finanças
Aparecido Donizeti da Silva (Químico-SP)

Secretário de Relações Internacionais
João Felício (Educação-SP)

Secretario Adjunto de Relações Internacionais
Artur Henrique (Urbanitário-SP)

Secretária de Combate ao Racismo
Maria Júlia Nogueira (Seguridade Social-MA)

Secretária de Comunicação
Rosane Bertotti (Rural-SC)

Secretária de Formação
José Celestino (Educação-MG)

Secretário Adjunto de Formação
Admirson Ferro Júnior (Greg) (Processamento de Dados-PE)

Secretário da Juventude
Alfredo Santa Júnior (Químico-BA)

Secretário do Meio Ambiente
Jasseir Fernandes (Rural-ES)

Secretária da Mulher Trabalhadora
Rosane Silva (Vestuário-RS)

Secretário de Organização
Jacy Afonso (Bancário-DF)

Secretário Adjunto de Organização
Valeir Ertle (Comerciário-SC)

Secretário de Políticas Sociais
Expedito Solaney (Bancário-PE)

Secretário de Relações do Trabalho
Graça Costa (Municipal-CE)

Secretário Adjunto de Relações do Trabalho
Pedro Armengol (Servidor Federal-PI)

Secretária de Saúde
Junéia Martins Batista (Servidora Municipal-SP)

Secretário Adjunto de Saúde
Eduardo Guterra (Portuário-ES)

Diretore(a)s Executivo(a)s
Antônio Lisboa Amâncio do Vale (Educação-DF)
Elisângela dos Santos Araújo (Agricultor Familiar-BA)
Júlio Turra (Professor-SP)
Rogério Pantoja (Urbanitário-PA)
Shakespeare Martins de Jesus (Metalúrgico-MG)
Roni Barbosa (Petroleiros-PR)
Vítor Carvalho (Petroleiro-RJ)
Daniel Gaio (Bancário-DF)
Jandira Uehara (Municipal-Diadema/SP)
Rosana de Deus (Química de SP)

Conselho Fiscal

Efetivos
Dulce Rodrigues Sena Mendonça (Metalúrgica-AM)
Manoel Messias Vale (Rural-BA)
Antonio Kuz (Vestuário-RS)

Suplentes
Raimunda Audinete de Araújo (Telecomunicações-RS)
Simone Soares Lopes (Correios-BA)
Severino Nascimento “Faustão” (Químico-PE)

Fonte: Luiz Carvalho e William Pedreira – CUT

Ao boicotarem o diálogo e acreditarem que os trabalhadores bancários não seriam capazes de mobilizar as bases, os donos dos bancos conseguiram ampliar ainda mais a unidade. E, de quebra, ainda viram que a categoria está preparada para um diálogo nacional.

 

Essas foram as avaliações do presidente da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, e da presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Leite, sobre a greve que completou 21 dias nesta quarta-feira (9).

 

“Achavam que não teríamos fôlego para aguentar uma paralisação tão longa, não só aguentamos como estamos fortalecendo a luta”, destaca Cordeiro.

 

A paralisação suspendeu nesta quarta as atividades em 12.136 agências, centros administrativos e call centers em todos os estados e no Distrito Federal. De acordo com a Contraf-CUT, o índice representa um crescimento de 97,5% em relação ao primeiro dia e é a maior greve dos últimos 20 anos.

 

“O resultado dessa greve é a retomada do diálogo, algo que é muito importante para os trabalhadores e para a sociedade. A nossa luta é por melhores salários, condições de trabalho e segurança para que possamos atender melhor a população. E, nesse processo de negociação, a solidariedade da CUT foi fundamental”, afirma Juvandia.

 

Como resposta à pressão dos bancários e a intervenção da CUT, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) finalmente resolveu agendar nova negociação para esta quinta-feira (10), às 10 horas. Em seguida, às 12 horas, haverá novas rodadas sobre as questões específicas com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal e, às 13 horas, com o Banco do Nordeste do Brasil.

 

O presidente da CUT, Vagner Freitas, ressaltou a importância de frear a tentativa de os empresários emplacarem uma agenda de retirada de direitos e rebaixamento de salários.

 

“O Brasil só passou a distribuir renda porque elegemos um governo comprometido com os trabalhadores(as), o que também aumentou o poder de compra dos trabalhadores, resultado das lutas dos nossos sindicatos e confederações. A mobilização dos bancários estimula as demais categorias e, por isso, a necessidade de essa greve deixar bem claro que não vamos abrir mão de consolidar conquistas”, disse.

 

 

Trabalhadores não vão pagar a conta 

 

De acordo com levantamento da empresa Economática, divulgado em maio deste ano, das cinco empresas que mais lucraram no país no primeiro trimestre, três são grandes bancos.

 

Juntos, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil ganharam R$ 8,948 bilhões nos primeiros três meses deste ano, valores acima do que obtiveram no ano passado. Ainda assim, a última proposta que a Fenaban apresentou foi de 7,1% de reajuste, no dia 4 de outubro, índice que equivale a 0,97% de aumento real (acima da inflação). Em 2012 e 2011, os aumentos foram de 1,5% e 2%, respectivamente.

 

Para Carlos Cordeiro, o retrocesso na tendência de aumentos reais apresentados pelos donos dos bancos é uma forma pressionar o governo, além de compensar as perdas com a política de redução de juros praticada pelo governo da presidenta Dilma Rousseff até o primeiro semestre deste ano.

 

 

Donos de bancos prejudicam o Brasil 

 

Às vésperas do Dia das Crianças, a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) avalia que o comércio pode sofrer perdas de 30% por conta da postura intransigente dos banqueiros, que ignoraram a reivindicação dos trabalhadores bancários.

 

Ainda de acordo com o Serasa Experian, a procura por crédito pelo consumidor também caiu: 9,8% em comparação à setembro.

 

 

Mais investimento 

 

Adotar uma postura inversa e praticar a responsabilidade social que os bancos tanto vendem nas campanhas publicitárias seria fundamental para o país.

 

Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a soma de reajustes, participação nos lucros e resultados (PLR) e vales alimentação e refeição conquistados pelos bancários em 2011 e 2012, injetou na economia R$ 7,197 bilhões e R$ 7,619 bilhões, respectivamente.

 

“Isso representa melhora no consumo e é fundamental para fazer a roda da economia girar”, explica Juvandia.

 

Ao contrário disso, a postura dos banqueiros foi de, novamente, utilizar o interdito proibitório – recurso jurídico para manter os trabalhadores em greve distantes do local de trabalho – e até mesmo disponibilizar helicópteros como forma de pressionar os bancários a furarem a greve e entrarem nas agências.

 

“Estamos denunciando essas práticas antissindicais à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e à OIT (Organização Internacional do Trabalho). Inclusive, o Santander estava demitindo trabalhadores durante a paralisação”, criticou Carlos Cordeiro.

 

 

Consciência nacional

 

O dirigente da Contraf-CUT ressalta que o caminho para enfrentar os ataques dos donos dos bancos é manter a unidade por meio da campanha nacional capaz de enfrentar um setor extremamente organizado e poderoso financeiramente.

 

“Ter uma mesma convenção para bancos públicos e privados, em todo território nacional, faz com que todos os trabalhadores da categoria tenham os mesmos direitos em todas as regiões do país”, salienta.

 

Para Carlos Cordeiro, a consciência da população sobre a necessidade de combater a ganância dos banqueiros por meio das paralisações cresceu após as manifestações de julho. E a expectativa é que a proposta da Fenaban, nesta quinta, represente maior respeito à sociedade.

 

“Esperamos que os bancos apresentem uma proposta para que possamos avançar. Caso contrário a greve continua”, conclui o presidente da Contraf-CUT.

 

Fonte: Luiz Carvalho – CUT

Como vem acontecendo dia após dia desde a deflagração do movimento, em 19 de setembro, a greve nacional dos bancários cresceu novamente nesta quarta-feira 9 em que a categoria arrancou da Fenaban uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional, amanhã, às 10h, em São Paulo.

 

No 21º dia da greve, foram fechados 12.136 agências, centros administrativos e call centers de bancos privados e públicos, nos 26 estados e no Distrito Federal. É um crescimento de 97,5% em relação ao índice de paralisação do primeiro dia, quando 6.145 unidades foram fechadas.

 

“Foi essa extraordinária capacidade de mobilização dos bancários, que estão fazendo a maior greve dos últimos 20 anos, que levou a Fenaban a marcar uma nova rodada de negociação nesta quinta-feira, dia 10. Esperamos que desta vez os bancos apresentem uma proposta que contemple as reivindicações econômicas e sociais da categoria”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

 

A retomada das negociações acontece às 10h, no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. Ao meio-dia, no mesmo local, o Comando Nacional também volta a negociar as reivindicações específicas com os representantes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. E às 13h haverá nova rodada com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), também na capital paulista.

 

 

O que os bancários querem

 

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 

Fonte: Contraf-CUT

Entraram em vigor na terça-feira (10) as novas regras para a concessão de seguro-desemprego a trabalhadores que solicitarem o benefício pela terceira vez em dez anos. Para ter acesso ao seguro, o trabalhador deverá fazer curso de qualificação profissional ou de formação.

 

Essa nova condição vale em todas as capitais brasileiras e regiões metropolitanas – exceto no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde a regra passa a vigorar a partir da próxima segunda-feira (16). A medidas é prevista pelo Decreto 7.721, de 16 de abril passado.

 

A nova regra de acesso ao seguro-desemprego será progressivamente implantada em outras cidades. A expectativa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é que, até agosto, a qualificação seja uma condição à concessão do benefício em todo o país.

 

Essa exigência será atendida pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), de 2011, que prevê ações para qualificar e dar assistência a cerca de 8 milhões de trabalhadores nos próximos quatro anos.

 

Para receber o seguro-desemprego pela terceira vez em dez anos, o trabalhador deverá apresentar a comprovação de matrícula em curso reconhecido pelo MTE ou pelo Ministério da Educação(MEC), com carga mínima de 160 horas, no ato do recebimento – que é feito na Caixa Econômica Federal.

 

Os trabalhadores receberão o benefício ao longo da realização dos cursos, que serão gratuitos e oferecidos por serviços nacionais de aprendizagem, como o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senac).

 

Casa não haja um curso disponível na área de atuação do trabalhador ou na cidade onde reside, a concessão do seguro deixa de ficar condicionada à realização da qualificação. Nesse caso, o trabalhador poderá receber o benefício normalmente, sem a necessidade de comprovação de matrícula.

 

Fonte: Agência Brasil

A Contraf-CUT recebeu nesta quarta-feira 9 mensagem da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico (CNQ-CUT) manifestando solidariedade e “total apoio” à greve nacional da categoria, cuja “luta não é apenas dos bancários/as, é sobretudo um embate de toda a classe trabalhadora brasileira” por trabalho decente.

 

“Nesta semana, quando se realiza mundialmente uma forte luta contra o trabalho precário e a precarização das relações e condições de trabalho, a luta dos trabalhadores/as bancários/as por trabalho decente, salário digno, segurança, saúde, justiça e dignidade social, se justifica plenamente, uma vez que o setor financeiro estabelece metas abusivas de produção, provocando doenças profissionais, assédio moral e rotatividade de mão de obra”, afirma a carta da CNQ-CUT, assinada pela presidenta Lucineide Varjão Soares.

 

Veja a seguir a íntegra da mensagem enviada ao presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro:

 

 

Companheiros e companheiras:

 

 

A CNQ-CUT (Confederação Nacional do Ramo Químico), em conjunto com os seus sindicatos e federações filiadas, vem a público declarar total apoio à greve nacional dos bancários, e se solidariza aos bancários/as nesta campanha salarial e na luta que já ultrapassa o 20º dia na busca das suas legítimas reivindicações.

 

 

Nesta semana, quando se realiza mundialmente uma forte luta contra o trabalho precário e a precarização das relações e condições de trabalho, a luta dos trabalhadores/as bancários/as por trabalho decente, salário digno, segurança, saúde, justiça e dignidade social, se justifica plenamente, uma vez que o setor financeiro estabelece metas abusivas de produção, provocando doenças profissionais, assédio moral e rotatividade de mão de obra.

 

 

Estudos recentes apontam que só de janeiro a agosto deste ano os bancos privados fecharam 7 mil postos de trabalho. A Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) – realizada pelo Dieese – revela que os cortes de vagas e a alta rotatividade são ingredientes utilizados de forma premeditada para reduzir custos no setor. Por outro lado, os banqueiros continuam faturando alto, os seis maiores bancos do País lucraram quase R$ 30 bilhões apenas de janeiro a junho deste ano – uma alta de 18,21% em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo que também as tarifas bancárias cresceram 12,5% e ultrapassam os R$ 46 bilhões.

 

 

Portanto, os dados econômicos apontados acima, legitimam a reivindicação dos bancários/as, e deixa clara a perversidade dos banqueiros em não apresentar uma proposta salarial condizente com os seus lucros, espoliando os trabalhadores/as para enriquecer cada vez mais e causando prejuízos a população no que se refere a uma prestação de serviços de qualidade.

 

 

Entendemos, portanto, que esta luta não é apenas dos bancários/as, é sobretudo um embate de toda a classe trabalhadora brasileira, sendo assim, repudiamos veementemente a intransigência da Fenaban (Federação dos Bancos) e a exploração patronal dos bancos.

 

 

Parabéns companheiros/as, pela determinação e luta, contem sempre com o ramo químico da CUT para fazer valer a pauta nacional de reivindicações.

 

 

Lucineide Varjão Soares, Presidenta – CNQ-CUT

 
Fonte: Contraf-CUT com CNQ-CUT

Rede de Comunicação dos Bancários

Coroando uma jornada de muita reflexão e debates no primeiro dia da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, que está sendo realizada em Atibaia (SP), o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, conclamou as entidades sindicais, na abertura solene desta sexta-feira (25) à noite, a ousarem e apostarem na mobilização para que a categoria conquiste novos avanços na campanha deste ano.

Veja aqui entrevista com o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro

Simbolizando a unidade nacional dos bancários, participaram da mesa de abertura todas as federações e sindicatos que representam a categoria, além de centrais sindicais.

No segundo dia da Conferência, os cerca de 700 delegados e observadores vão neste sábado 26 discutir a conjuntura nacional e fazer reuniões em grupos para aprofundar a discussão dos principais temas da campanha.

Primeiro bancário a presidir a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas lembrou as dificuldades que a categoria enfrenta em todas as campanhas, para apostar: “Com a extraordinária militância que nós temos, vamos derrotar os banqueiros e a direita.”

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira , disse ter “orgulho de ser de uma categoria forte como essa, que tem uma Convenção Coletiva de Trabalho válida em todo o país. Nós enfrentamos um dos setores mais poderosos da economia, que mais lucra no Brasil e em todo o mundo. Mas com a certeza de que eles podem atender as reivindicações dos trabalhadores”. Ela lembrou que apenas no primeiro trimestre deste ano a soma dos lucros dos seis maiores bancos no país chegou a R$ 13 bilhões, 15% a mais do que no mesmo período de 2013.

Combater o terrorismo econômico

“Não queremos a sociedade do terrorismo econômico e político do Santander, como vimos hoje. Queremos fortalecer a democracia no nosso país”, disse Carlos Cordeiro, conclamando os participantes da Conferência a refletir sobre a disposição de transformar a sociedade brasileira.

O presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários também se referiu à importância de não se esquecer a história recente do Brasil e da perseguição política e a tortura, que muitos foram vítimas e do papel fundamental dessas pessoas para que hoje haja liberdade de organização sindical, de expressão e democracia no país. “Homenageio com uma rosa a companheira Elisa Ferreira, diretora do Sindicato de Campinas e conselheira deliberativa eleita da Cassi, que é filha de perseguidos políticos, que nasceu no exílio em Portugal, e simbolicamente a todos os que estiveram na luta, na resistência, e combateram a ditadura militar no Brasil”.

Edilson Aparecido da Silva, presidente interino da Feeb São Paulo e Mato Grosso do Sul, disse que sua entidade, “por meio dos sindicatos filiados, percorreu toda a base para buscar as reivindicações dos trabalhadores e trazer à Conferência os principais problemas enfrentados pelos bancários para a construção de uma pauta que contemple os anseios de todos os trabalhadores que representa”.

‘Vamos construir a melhor pauta’

A diretora da Fetrafi-RS Denise Corrêa afirmou que a Campanha Nacional 2014 começou muito bem. “Hoje, discutimos saúde, condições de trabalho e terceirização, temas importantes e profundos para os bancários. Também debatemos outros assuntos de interesse para toda a classe trabalhadora, como a democratização da mídia, a Comissão da Verdade e a reforma política. Nossa pauta vai dialogar com a categoria, diante de toda a sua diversidade e pluralidade.”

O representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Jefferson Tramontini, defendeu posicionamento da categoria bancária na eleição presidencial deste ano. Segundo ele, estão em disputa dois projetos claros de governo, um que está voltado para o desenvolvimento de melhores condições de vida dos trabalhadores e outro que representa a subjugação do Brasil aos interesses do imperialismo. “Os trabalhadores têm que ter posição e tomar lado, defendendo uma sociedade mais justa”.

O presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton dos Santos, o Niltinho, criticou ainda as demissões e as pressões dos bancos para inibir os bancários na luta. “Sempre que acaba nossa campanha salarial, os bancos privados demitem em massa e os bancos públicos fazem ameaças, como o Banco do Brasil, que usa o descomissionamento como instrumento de retaliação contra os trabalhadores que participam das greves.Temos de lutar e derrotar estas práticas dos patrões”.

O presidente do Sindicato de Santos e representante da Intersindical, Ricardo Saraiva, o Big, ressaltou a importância da luta dos bancários contra a terceirização e a precarização do trabalho. “Temos uma categoria forte, que participou ativamente das lutas contra a ditadura, e precisamos manter a unidade para derrotar o projeto dos empresários e dos banqueiros”, ressaltou.

Prefeito dá as boas-vindas

Para dar as boas-vindas, o primeiro a falar na sessão de abertura da Conferência foi o prefeito de Bragança Paulista, o ex-bancário Fernão Dias (PT), cujo sindicato da categoria em sua cidade inclui a base do município de Atibaia, onde está sendo realizada a Conferência. Disse que deixou a profissão de bancário porque “a carga é enorme, eu não suportava o desgaste”, e por isso entende os problemas da categoria, a quem desejou êxito na campanha deste ano.