Maio 06, 2025
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O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, condena a postura do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal por não terem apresentado propostas para as reivindicações específicas nesta quinta-feira 5, frustrando seus trabalhadores.

 

Além disso, o BB publicou matéria em seu site de negociação coletiva com uma informação divergente daquela informada pela Fenaban na mesa da negociação desta quinta-feira durante a apresentação da proposta global e final como foi afirmado por Magnus Apostólico.

 

O banco informa que, “agora, tanto o índice quanto as demais cláusulas serão avaliadas pelas confederações sindicais. Após essa análise, uma nova reunião entre representantes dos bancos públicos e privados e dos funcionários deverá ser agendada. O mais provável é que esse encontro aconteça já na semana que vem”.

 

Mas isso não é verdade. “Além de frustrar os funcionários e não apresentar proposta específica que atenda e resolva os problemas apresentados nas três rodadas de negociação no mês de agosto, o BB ainda divulga uma informação equivocada para confundir os bancários”, critica William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

 

William critica ainda o BB por ter aproveitado o período de renovação de direitos coletivos para anunciar planos de desligamento voluntário em áreas com reestruturação, fazendo o inverso daquilo que a categoria está reivindicando – mais contratações. “É um total desrespeito aos bancários e suas entidades sindicais. A resposta deve ser mostrada com a participação massiva de todos nas assembleias e nas mobilizações”, afirma William Mendes.

 

Fonte: Contraf-CUT

A terceirização ampla, geral e irrestrita, conforme preconiza o Projeto de Lei 4.330/2004, de autoria de Sandro Mabel (PMDB/GO), que está em discussão na Câmara dos Deputados, é uma destas normas jurídicas que têm ação semelhante a uma bomba de hidrogênio: mantém os prédios em pé, mas acaba com a vida das pessoas.

 

De acordo com estudo da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem jornada semanal de três horas a mais e ganha 27% a menos. Além disso, a cada dez acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados.

 

O componente mortal do PL 4.330 está em permitir que as empresas terceirizem os trabalhadores que atuam em sua atividade-fim. Por exemplo, um banco tem por atividade-fim guardar dinheiro, realizar operações financeiras e orientar seus clientes quanto a investimentos.

 

No cenário da nova norma, as instituições ganham a opção de fazer com que caixas e gerentes deixem de ser funcionários diretos e passem a ser terceirizados. Ou seja, o banco poderá contratar uma outra firma para atender os seus clientes. Essa empresa pode ter vários funcionários (como são as de segurança ou limpeza) ou de ser uma empresa de uma só pessoa, que será contratada como PJ (Pessoa Jurídica).

 

Para o cliente pode não mudar muito, mas para o funcionário significa ficar sem todos os seus direitos trabalhistas. Lá se vão FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), auxílios-doença e acidente do trabalho, licença-maternidade, vale-transporte, vale-refeição, férias e 13º salário. E também os reajustes e melhorias de condições de trabalho, uma vez que os próprios sindicalistas preveem que num cenário como este sua força será atomizada.

 

Hoje, em vários setores, a pejotização já predomina. Ao longo da década de 1990, muitas empresas demitiram funcionários que tinham salários mais altos e os recontrataram como PJ. Ao fim da relação de trabalho, a pessoa entrava com ação de reconhecimento de vínculo empregatício e recuperava os direitos e valores perdidos com a manobra patronal. Se o PL 4.330 passar, não haverá essa oportunidade. A perda dos direitos trabalhistas garantidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) estará institucionalizada.

 

 

Purgatório

 

De acordo com estudo realizado pelo Sindeprestem (Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros) de São Paulo, o setor de terceirizadas (que atuam em segmentos específicos – regulados pela Súmula 331 do TST – Tribunal Superior do Trabalho) emprega 10,5 milhões de pessoas, o que equivale a 31% dos 33,9 milhões de brasileiros com carteira assinada, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

 

Mobilização dos trabalhadores

 

A militância das centrais sindicais conseguiu na manhã de ontem que o assunto não fosse votado na CCJC. o texto deixa a CCCJ e será discutido pelos 513 deputados federais.

 

 

Prestadoras de serviços têm 22% das sentenças não quitadas no TST

 

As empresas de prestação de serviços, conhecidas como terceirizadas, representam 22 das 100 empresas que possuem mais processos julgados, vencidos pelo funcionário e não quitados por elas nos tribunais trabalhistas brasileiros. Esse é o resultado de um levantamento feito pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) e divulgado na semana passada.

 

Entre as 20 primeiras empresas da lista, cinco pertencem ao setor de terceirização de mão de obra, vigilância, conservação e limpeza, e somam 9.297 processos. No ranking, a Sena Segurança Inteligente Ltda está em 2º lugar, atrás apenas da Vasp.

 

Durante o evento A Precarização do Trabalho nos 70 anos da CLT, realizado em maio pela Câmara Legislativa Federal, a ministra Kátia Arruda, do TST, explicou os problemas da terceirização e citou um exemplo: “Na Petrobras são 295 mil terceirizados e 76 mil diretos, mas os acidentes do trabalho alcançam principalmente os terceirizados.”

 

O ministro do TST Maurício Godinho Delgado afirmou em seminário na CNI (Confederação Nacional da Indústria) que a terceirização descontrolada preocupa. “Isso vai rebaixar a renda em índices alarmantes no País.”

 

Fonte: Diário do Grande ABC

NÃO PERCAM!

NOSSAS FEIJOADAS ESTÃO AÍ!!

DIA 25, SEXTA-FEIRA, NA SUB-SEDE EM NOVA IGUAÇU

DIA 31, QUINTA-FEIRA, NA SEDE EM DUQUE DE CAXIAS

Carolina Mandl
Valor Econômico

 

Um dos serviços campeões de reclamação no ranking do Banco Central, os pacotes de tarifas começam a ganhar formatos mais simplificados dentro dos bancos.

 

Desde o início do ano, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Santander reformularam os combos de serviços oferecidos aos clientes com o objetivo – pelo menos alegado – de tornar o relacionamento com a correntista mais fácil. O que chama atenção nesse redesenho é que os três bancos afirmam que podem até renunciar a parte dos ganhos que têm com tarifas para conseguir isso. Não é algo desprezível. Só no primeiro semestre deste ano, o trio angariou R$ 5 bilhões em serviços de conta corrente.

 

O discurso dos bancos em torno da mudança na forma de encarrar o correntista, principalmente as pessoas físicas, não é à toa. Com a portabilidade, abriu-se a possibilidade de a pessoa migrar de banco se não estiver contente com o serviço, recebendo o salário na instituição que preferir. Então, por que oferecer um pacote cheio de serviços pouco usados como cópias de imagem de cheques?

 

“Hoje, uma das grandes reclamações dos clientes é que os pacotes não atendem suas necessidades”, diz o diretor de produtos para empresas do Itaú Unibanco, Carlos Eduardo Maccariello.

 

Em agosto, o Itaú Unibanco remodelou seus pacotes para pessoas jurídicas. O banco quis dar mais liberdade para as empresas personalizarem os combos segundo suas necessidades. Pela internet, o cliente cria seu pacote, pode visualizar o quanto está utilizando dos serviços, de quais deles precisa e mudá-lo a qualquer momento. “Alguns clientes podem estar pagando mais do que aquilo que necessitam”, afirma Maccariello.

 

O banco começou a desenvolver o novo pacote – batizado de “Conta Certa” – há dois anos. Durante esse período, o Itaú Unibanco detectou que, além de encontrar problemas com as quantidades de serviços ofertadas nos combos, as empresas reclamavam da falta de serviços que fossem além da conta corrente. No “Conta Certa”, mais produtos foram incluídos, como emissão de boleto, de holerite e pagamento eletrônico de salários.

 

O banco prevê que pode ver sua receita de tarifas cair ao longo do tempo por causa disso, mas aposta que um melhor atendimento se transformará em mais receitas de outros serviços no futuro. “A forma de tratamento da empresa será tão diferente que isso [a redução] será compensado com outras coisas. É relacionamento”, diz Maccariello.

 

No Banco do Brasil, a reformulação passou pelo corte do número de pacotes ofertados à clientela. No lugar de 31 combos para pessoas físicas, hoje são sete, sendo que quatro deles são os chamados “pacotes prioritários”, aqueles exigidos pelo Banco Central. Para as empresas, a redução foi de oito pacotes para seis. “Queremos dar maior transparência e simplificação porque buscamos fidelizar os clientes”, afirma Edmar Casalatina, diretor de empréstimos e financiamentos do Banco do Brasil.

 

Uma ferramenta lançada pelo banco em abril permite que os clientes vejam o histórico de consumo de serviços e escolham o pacote que mais se encaixa a seu perfil. De um total de 8 milhões de clientes do Banco do Brasil que utilizam a internet para movimentações bancárias, 4 milhões já acessaram a “calculadora”.

 

Casalatina avalia que, ao dar maior transparência aos correntistas, seus ganhos com receitas podem cair. “Mas queremos compensar com mais negócios, com a fidelização.” No primeiro semestre deste ano, o Banco do Brasil teve R$ 2 bilhões de receitas com serviços de conta corrente, valor 6,3% menor ante igual período de 2012. Por enquanto, Casalatina diz que o encolhimento se deve mais à redução de preços feita dentro do programa “Bom Pra Todos”.

 

Também é com o discurso de maior transparência que em fevereiro, Conrado Engel, vice-presidente do Santander Brasil, afirmou que o banco estava abrindo mão das tarifas bancárias num esforço para ganhar a fidelidade da clientela. Para isso, criou as chamadas “contas combinadas”. São quatro pacotes que no futuro devem substituir a dezena de combos ofertados atualmente.

 

Em dois desses pacotes, o cliente pode até não pagar tarifa nenhuma se atender a algumas exigências feitas pelo Santander, como uso do cartão de crédito ou fizer o pagamento de contas por canais eletrônicos. “O objetivo do Santander é aumentar a quantidade de transações que os clientes fazem com o banco”, disse Engel, em evento durante o lançamento das “contas combinadas”.

 

Por enquanto, porém, as receitas de serviços de conta crescem de forma acentuada dentro dos bancos. Entre os quatro maiores bancos do país com ações listadas na bolsa de valores, BB, Bradesco, Itaú e Santander, esse faturamento somou R$ 6,68 bilhões de janeiro a junho, com alta de 9,63% em relação ao mesmo intervalo de 2012. Só no BB houve retração.

 

Fonte: Valor Econômico

A mobilização dos trabalhadores, especialmente dos sindicatos da CUT, impediu mais uma vez que o Projeto de Lei (PL) 4330/2004, que amplia a precarização e ameaça os direitos de todos os trabalhadores com carteira assinada, fosse votado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara (CCJC) nesta quarta-feira 4. Pressionados pelos empresários e bancos, os parlamentares querem agora levar o PL 4330 direto à votação no plenário da Câmara, encurtando o prazo de sua tramitação.

 

Novamente barrada de entrar no Congresso na manhã desta quarta-feira, a militância dos sindicatos da CUT, com forte participação dos bancários da Contraf-CUT, promoveu uma manifestação na porta da Câmara e a sessão que decidiria o destino do PL foi cancelada. O ato contou com o apoio de parlamentares, que deixaram o Congresso e se uniram aos manifestantes, entre eles os deputados federais Ricardo Berzoini e Vicentinho, ambos do PT de São Paulo, Cláudio Puty (PT-PA), Dionilso Marcon (PT-RS) e Assis Melo (PCdoB-RS).

 

“Mais uma vez quero agradecer os sindicatos de bancários de todo o país, que compreenderam a gravidade que representa o PL 4330 e mobilizaram a categoria para pressionar os parlamentares em Brasília”, acrescenta Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

 

“Nossa mobilização foi fundamental para barrar até agora a aprovação do projeto de lei. Se ele for realmente remetido direto para o plenário da Câmara, será um retrocesso, uma vez que a tramitação do PL terá pulado uma etapa, ao passo que queremos arquivar definitivamente o projeto. Nosso desafio será ainda maior. Seja na CCJC ou no plenário da Câmara, teremos de manter a pressão e ampliar muito a mobilização em todo o país para pressionar os parlamentares.”

 

Desde já, a Contraf-CUT orienta os sindicatos a organizarem caravanas com ônibus para irem a Brasília na terça e quarta-feira da próxima semana.

 

 

CUT protesta contra violência no Congresso

 

Os parlamentares que deram apoio aos trabalhadores ressaltaram a diferença de tratamento dispensado pela direção da Câmara aos patrões e aos trabalhadores. O patronato teve acesso ao prédio e os trabalhadores foram barrados e reprimidos. O presidente da CUT, Vagner Freitas, vai cobrar do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o fim da repressão aos trabalhadores.

 

“Não é possível que a classe trabalhadora continue apanhando da polícia legislativa e da PM na porta da Câmara como aconteceu ontem e hoje cedo. Quando os empresários vêm, são bem recebidos, não acontece violência nem repressão nenhuma. Enquanto nós somos recebidos a cacetadas e gás de pimenta”, disse Vagner Freitas, referindo-se aos militantes pagos pelos patrões, que conseguiram entrar sem grandes problemas na CCJC, enquanto os militantes da CUT eram barrados na porta.

 

Para a secretária de Relações do Trabalho da CUT, Maria das Graças Costa, o cancelamento da votação é uma vitória da organização dos trabalhadores. Porém, da mesma forma que Vagner, Graça também criticou a forma como a Central foi recebida na Casa, que deveria ser do povo.

 

“O que encontramos aqui foram regras que limitam a entrada dos movimentos sociais. É porta batida, trancada, é policial, é segurança nos corredores que foram fechados. E isso deve ser enfrentado, porque fere o relacionamento democrático que a sociedade conquistou a duras penas. Vamos ao governo do DF cobrar punição a quem agrediu nossos companheiros. Isso é sinal muito ruim para nossa sociedade”, afirmou Graça.

 

 

Por que lutar contra o PL 4330

 

Caso seja aprovado como está, o PL ampliará ainda mais as condições precárias de trabalho e colocará em risco todos os contratados com carteira assinada, já que permitirá a terceirização sem limites, em qualquer setor da empresa.

 

“Os bancos, por exemplo, poderão substituir os caixas e gerentes por terceirizados fornecidos por empresas especializadas. Isso seria o fim da categoria bancária e da nossa Convenção Coletiva”, alerta Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT.

 

Estudo de 2011 da CUT e do Dieese mostra que o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas a mais semanalmente e ganha 27% a menos. A cada 10 acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados.

 

Pronto para ser votado desde maio, o projeto já recebeu aval do relator Arthur Maia (PMDB-BA). Porém, a definição foi adiada por conta da mobilização dos trabalhadores.

 

Veja aqui como foi a última rodada de negociação da comissão quadripartite (centrais sindicais, empresários, governo e parlamentares), que fracassou em encontrar uma solução para a disputa.

 

leia aqui como lei semelhante ao PL 4330 aniquilou a categoria bancária no México.

 

Veja também como a maioria do TST é contra o PL da terceirização e conheça e a carta da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) apontando os riscos da aprovação do projeto de lei do patronato.

 

Fonte: Contraf-CUT, com CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, se reúne nesta quinta (5), às 14h, com a Fenaban, em São Paulo para a quarta rodada de negociações da Campanha Nacional 2013 . Nas três rodadas anteriores, os bancários discutiram as reivindicações sobre saúde e condições de trabalho, segurança, emprego, igualdade de oportunidades e remuneração. Nada foi apresentado pelos bancos, que ficaram de trazer uma proposta nesta quinta.

 
“Esperamos que os bancos coloquem na mesa de negociação uma proposta decente sobre todas as reivindicações da categoria. Com o lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre que os seis maiores bancos auferiram, não há motivo para negar as demandas dos bancários”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

 

Principais reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2013

 

Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)

 

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras

 

 

Reunião do Comando Nacional

 

Após a negociação, o Comando Nacional se reunirá para fazer uma avaliação da proposta a ser apresentada pelos bancos e definir orientações para sindicatos e federações.

 

Fonte: Contraf-CUT

A realidade vivida nas agências do Itaú está levando muitos funcionários à beira da insanidade. Com o objetivo de reduzir custos, o banco está demitindo milhares de funcionários, obrigando diversas unidades a funcionar com número insuficiente de bancários.

Entre março de 2013 e março de 2014, o Itaú eliminou 2.759 postos de trabalho. Apenas no primeiro trimestre deste ano foram extintos mais 733 empregos. “Esse cenário gera precarização do atendimento aos clientes e sobrecarga de trabalho para os funcionários. Isso acarreta em uma série de outros problemas como assédio moral para o cumprimento de metas impossíveis de serem atingidas e o adoecimento por estresse, por exemplo”, avalia a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo Marta Soares.

A história de Catarina (nome fictício), ex-bancária do Itaú, exemplifica a situação. “No período de 30 dias eu tive três crises de estresse e saí direto da agência para o hospital. Na primeira delas me tranquei na sala do cofre e não consegui abrir nem para a minha colega.”

Catarina trabalhava em uma agência localizada na zona leste de São Paulo. A unidade funciona com apenas dois caixas e um gerente operacional. “No dia do primeiro surto, a fila estava enorme. Os clientes começaram a gritar, xingar, e a quebrar a agência. Para eu não bater de frente com eles, tive que me isolar no cofre.”

Ela conta que em todas as vezes em que foi hospitalizada, a liberação só foi permitida após consulta com psiquiatra. O diagnóstico: transtorno de pânico. “Minha pressão chegou a 19 por 14. Em uma das vezes me disseram para eu ver se valia a pena continuar vessa vida, porque eu poderia morrer [se continuasse trabalhando no banco].”

Licença e demissão

Depois de passar pelos três surtos, Catarina teve de tirar licença médica e ficou 30 dias afastada. Durante o período, enviou e-mail a gestores do banco denunciando os acontecimentos. A demissão veio no dia em que voltou a trabalhar.

“Não é isso que se espera de um grande banco e sim uma política eficaz de saúde, reabilitação profissional e valorização dos funcionários, que dedicam muito da sua saúde para tanta lucratividade”, cobra Marta Soares.

No ano passado o resultado do Itaú atingiu R$ 15,5 bilhões. Nos três primeiros meses, o banco lucrou mais R$ 4,5 bilhões.

Catarina afirma que vai processar o banco por causa de todo o sofrimento vivido nos últimos meses. “Estou tentando superar a demissão, porque deixei quase 30 anos da minha vida lá dentro. Dá para contar nos dedos de uma mão as vezes em que faltei.”

Fonte: Rodolfo Wrolli – Seeb São Paulo

A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho) divulgou, na tarde de segunda-feira (2), carta aberta aos parlamentares pedindo a rejeição integral do PL 4.330/2004, que tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados, com o objetivo de regulamentar a terceirização no Brasil.

 

Para a entidade, o projeto expande a prática “ruinosa e precarizante”, representando uma ruptura da rede de proteção trabalhista consolidada pela Constituição Federal. A Anamatra também aleta que a terceirização constitui simples manobra econômica destinada a reduzir custos de pessoal na empresa.

 

O projeto poderá ser incluído na pauta da CCJ desta semana – na terça (3) ou quarta-feira (4).

 

Leia a íntegra do documento:

 

 

Carta aberta

 

A Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), entidade representativa dos mais de 3.500 juízes do Trabalho do Brasil, vem a público, nos termos de seu Estatuto – que determina a atuação em defesa dos interesses da sociedade, em especial pela valorização do trabalho humano, pelo respeito à cidadania e pela implementação da justiça social -, conclamar os partidos políticos e parlamentares comprometidos com os direitos sociais a rejeitaram integralmente o Projeto de Lei 4.330/2004, que ora tramita na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados, e que dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes.

 

O referido PL, a pretexto de regulamentar a terceirização no Brasil, na verdade expande essa prática ruinosa e precarizante para todas as atividades econômicas, com risco de causar sérios danos aos trabalhadores brasileiros, caso aprovado, pela ruptura da rede da proteção trabalhista que o constituinte consolidou em 1988. Entre os problemas do projeto estão a liberação da prática na atividade-fim da empresa, bem como a ausência da responsabilidade solidária do empregador de forma efetiva.

 

A terceirização constitui manobra econômica destinada a reduzir custos de pessoal na empresa, pelo rebaixamento de salários e de encargos sociais, que tem trazido uma elevada conta para o país, inclusive no que se refere aos acidentes de trabalho, uma vez que em determinados segmentos importantes da atividade econômica os índices de infortúnios são significativamente mais elevados.

 

É com perplexidade, incredulidade e espanto que notícias são lidas dando conta da adesão por parte de alguns Partidos e parlamentares ao relatório do deputado Artur Maia, abandonando linha histórica que legitimou a atuação de cada um.

 

Nesse sentido, a Anamatra reforça a conclamação aos parlamentares e partidos, comprometidos com as causas sociais, para que rejeitem o PL 4.330/2004, e sigam em defesa de uma sociedade que busque a justiça social e não o aprofundamento da desigualdade social no Brasil.

 

Brasília, 2 de setembro de 2013.

 

Paulo Luiz Schmidt
Presidente da Anamatra

 
Fonte: Diap

A Contraf-CUT realizou nesta quinta-feira (10) a terceira reunião específica para a construção da mídia da Campanha Nacional dos Bancários 2014. Vários sindicatos apresentaram propostas que foram discutidas pelos participantes e que serão agora aprofundadas pelas entidades em todo o país.

Nova reunião foi agendada para a próxima quinta-feira (17), às 14h, também na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para definir a mídia da campanha deste ano.

“Foi dado mais um passo importante com a exposição de diversas propostas, construídas por vários sindicatos, que focam os grandes temas nacionais da categoria, como remuneração, emprego, condições de trabalho e sistema financeiro, buscando dialogar com os bancários e os clientes e pressionar os bancos para que atendam a pauta de reivindicações a ser negociada”, afirma o secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

“Agora é necessário que as entidades avaliem essas propostas, dentro da conjuntura em que acontecerá a campanha, buscando chegar a um consenso na próxima reunião. A mídia é um poderoso instrumento para fortalecer a unidade nacional da categoria e contribui para potencializar a mobilização em todo país”, destaca o dirigente sindical.

A exemplo das duas reuniões anteriores, ocorridas nos dias 3 e 25 de junho, houve a participação de dirigentes do Comando Nacional, sindicatos e federações, especialmente diretores de comunicação e profissionais de imprensa e publicidade das entidades.

“Trata-se de um processo coletivo e democrático, o que exige muito debate e troca de ideias entre as entidades. É o melhor caminho para construir uma mídia nacional que seja capaz de auxiliar a luta da categoria para avançar nas conquistas”, ressalta o diretor da Contraf-CUT.

A mídia será apresentada na 16ª Conferência Nacional dos Bancários, a ser realizada de 25 a 27 de julho, em Atibaia (SP).

Fonte: Contraf-CUT

Às vésperas da VI Cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que inicia na próxima terça-feira (15) em Fortaleza, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) lança um importante estudo para subsidiar o debate do ponto de vista da organização dos trabalhadores.

Com 56 páginas, “Os Brics e a ação sindical” apresenta análises econômicas e sociais que contribuem para que o bloco surgido em 2001 conte com uma participação ativa e qualificada, fortalecendo a luta por “um modelo de desenvolvimento sustentável, socialmente justo e uma alternativa contra hegemônica à problemática ordem internacional vigente”.

> Clique aqui para ler a publicação.

O secretário de Relações Internacionais da CUT e presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Antonio Felício, destaca que “com relevante diversificação produtiva, considerável influência regional e relevância internacional”, nossos países potencializam seu peso com a “atuação em bloco”.

“Com exceção da África do Sul, os valores em dólares do Produto Interno Bruto (PIB) dos países do Brics em 2012 os colocavam como as maiores economias do mundo: entre as 11 primeiras, quatro eram países do Brics”, destaca.

Na apresentação da publicação, que conta com o apoio da Fundação Friedrich Ebert, João Felício sublinha algumas das potencialidades a serem exploradas: “A Rússia se destaca principalmente pela produção de energia, petróleo e gás; o Brasil pela força de sua agricultura e recursos naturais; a China pela potência de seu parque industrial e vasta mão de obra; a Índia pelo alto nível dos serviços de informática e telecomunicações; e a África do Sul pelas suas grandes reservas minerais. Tamanha diversidade vem sendo apontada por muitos analistas como uma fraqueza, mas, contra estes prognósticos a crescente cooperação intra-Brics se mostra um dos aspectos mais surpreendentes deste bloco”.

Principalmente no caso do Brasil e da África do Sul, lembra o sindicalista, se comparados com os outros membros do bloco, “existe ainda uma questão fundamental: o grande poder das corporações transnacionais dos países desenvolvidos dentro dessas economias nacionais, significando que muitas decisões estratégicas relativas a investimentos, tecnologia, estratégia comercial e sobre como organizar as cadeias produtivas, entre outras, são tomadas fora do país obedecendo a interesses político-econômicos sem compromisso algum com a classe trabalhadora local”.

Defendendo “mais transparência e participação social”, João Felício lembra que “a abertura já consolidada para a participação de setores acadêmicos e empresariais precisa a partir de agora ser aprofundada com a criação de um espaço oficial para a inserção dos trabalhadores dos BRICS, avançando na democracia interna do bloco”. O trabalho conjunto a partir de agora, avalia, é central para que “o bloco não seja apenas mais uma articulação internacional que não dá ouvidos aos trabalhadores”.

“Nossas centrais têm ao menos quatro desafios nesse processo: aprofundar o conhecimento mútuo de nossas realidades nacionais em especial sobre os desafios do movimento sindical de cada país, de modo a poder difundir experiências de solidariedade e levar adiante lutas comuns; trabalhar em conjunto no sentido de identificar critérios mínimos de relações de trabalho para os cinco países BRICS (e para países que recebam investimentos financiados pelo futuro Banco dos BRICS, por exemplo); trabalhar no sentido de difundir as melhores práticas de políticas laborais e sociais que vem sendo executadas em cada um dos países e apreender como os demais podem se beneficiar neste intercâmbio; e desenvolver análises consistentes sobre a presença e atuação das multinacionais dos respectivos países do BRICS e verificar se as mesmas estão de acordo com as normas fundamentais do trabalho da OIT”, ressalta João Felício.

Fonte: CUT com Fundação Friedrich Ebert