Agosto 10, 2025
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Os financiários vão receber um reajuste salarial de 5,52%, retroativo a 1º de junho de 2025. O aumento é resultado da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC/IBGE) nos últimos 12 meses, que ficou em 5,20%, somada a 0,3% de aumento real, conquista garantida na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2024-2026), válida por dois anos.

“O reajuste salarial e das verbas adicionais é um tema de extrema importância para os trabalhadores, pois busca corrigir os salários de acordo com a inflação e, sempre que possível, garantir um aumento real, que vai além da simples reposição, preservando o poder de compra”, afirmou a secretária de Organização do Ramo Financeiro, Magaly Fagundes.

Além dos salários, diversas verbas foram reajustadas, como pisos salariais, gratificações, auxílios e Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Confira alguns exemplos atualizados:

  • Piso de Escritório: R$ 3.226,97
  • Piso de Caixa e Tesoureiro: R$ 3.407,86
  • Gratificação de Caixa: R$ 789,68
  • Adicional por Tempo de Serviço: R$ 45,90 por ano
  • Auxílio-Refeição (unitário): R$ 53,83 — valor mensal estimado em R$ 1.184,26 (considerando 22 dias úteis)
  • Auxílio-Alimentação (mensal): R$ 858,30
  • Auxílio-Creche/Babá: R$ 565,90
  • Auxílio-Funeral: R$ 1.837,84
  • PLR (parcela adicional fixa): R$ 800,34
  • Antecipação da PLR: R$ 2.401,05

A secretária ressaltou que esta é mais uma vitória do acordo negociado pelos sindicatos. “A CCT de dois anos foi um grande acerto. Ela assegurou dois aumentos reais para os trabalhadores de uma vez só, garantindo um ajuste adequado às condições econômicas do país”.

Mudança na data-base

A Campanha Nacional de 2024 também definiu uma alteração importante: a partir deste ano, a data-base da categoria passa a ser em outubro, e não mais em junho. Por isso, em 1º de outubro de 2025, os salários praticados em 30 de setembro de 2025 serão reajustados novamente, com base no INPC/IBGE acumulado de junho a setembro de 2025, acrescido de 0,3% de aumento real, conforme previsto na nova redação da Convenção Coletiva.

Fonte: Contraf-CUT

 

Está em curso, desde o dia 2 de junho, em Genebra, na Suíça, a 113ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho (CIT), realizada todos os anos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Na última quarta-feira (4), o encontro que reúne trabalhadores, representantes de governos e de empregadores de 187 países, avançou no debate sobre direitos laborais aos trabalhadores de plataformas digitais, como Uber, iFood e 99.

O avanço ocorreu durante a Comissão sobre o Trabalho Decente na Economia de Plataformas da OIT, com a aprovação de uma convenção internacional voltada à regulamentação do trabalho em plataformas digitais. Mas, para que a convenção exista, precisará ser aprovada pelo plenário da 113º CIT, na próxima sexta-feira (13).

"Essa é uma decisão extremamente importante, que não atinge só trabalhadores brasileiros, mas de todo o mundo, em busca de assegurar direitos trabalhistas mínimos. Hoje, homens e mulheres que dependem das plataformas digitais para conseguir sustento não são protegidos por regras trabalhistas, na maioria dos países. E estamos bastante confiantes de que conseguiremos aprovar essa convenção na plenária geral", destacou a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa.

A pesquisa mais recente sobre o tema, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que, em 2022, o Brasil tinha 2,1 milhões de trabalhadores de plataformas digitais.

"As plataformas nada mais são do que agentes que atuam como intermediários, ligando prestadores de serviços aos clientes. Com esse movimento, esses aplicativos passam a falsa sensação de autonomia aos trabalhadores, o que não é verdade. As empresas, donas desses aplicativos, como Uber, 99 e iFood, maximizam seus lucros em cima dos trabalhadores, porque não existe um controle do percentual que elas detêm em cada serviço prestado. Além disso, elas não têm obrigações trabalhistas. Todo o ônus de manutenção e segurança do trabalho ficam com o prestador de serviços. A previdência social, por exemplo, é um dos setores mais atingidos por essa precarização do trabalho, e isso tem impacto no futuro de toda a sociedade, no futuro da previdência social. Por isso, nós comemoramos esse passo dado na OIT e esperamos sair daqui com a convenção aprovada no plenário", explicou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

A presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Neiva Ribeiro completou: "Para o Sindicato, a Contraf-CUT, a CUT e demais centrais sindicais, o tema da promoção do trabalho decente na economia de plataformas é uma pauta de extrema importância. É um problema que estamos enfrentando no Brasil. Tentamos uma regulação que, infelizmente, não avançou. No ramo financeiro, por exemplo, temos sofrido os impactos das fintechs, plataformas digitais que oferecem serviços financeiros, sem agências e sem bancários", explicou.

Contraf-CUT participa da 113ª CIT

Juvandia Moreira, Rita Berlofa e Neiva Ribeiro estão compondo a comitiva brasileira que participa da 113ª CIT, da qual fazem parte também o ministro do Trabalho e Emprego do Brasil, Luiz Marinho, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Aloysio Corrêa da Veiga, o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, e o diretor executivo de Relações Institucionais, Trabalhistas e Sindicais da Fenaban, Adauto Duarte.

Na quarta-feira (11), as dirigentes participarão da mesa "Eventos Climáticos Extremos, Mulheres e Diversidade em Negociações Coletivas".

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu nesta terça-feira (10) com a direção do banco, na sede da empresa, em São Paulo. No encontro, foram discutidos temas importantes como o Acordo de Conciliação Prévia (CCV), banco de horas, programa de metas GERA, reestruturação das agências e segurança dos trabalhadores.

Balanço do CCV e banco de horas

O banco apresentou dados atualizados sobre o Acordo de Conciliação Prévia (CCV), com crescimento expressivo no número de acordos: de 2.196 em 2023 para 3.107 em 2024 — aumento de 50% nas conciliações, com volume financeiro 55% maior. O prazo de fechamento das negociações permanece em 30 dias, contados da entrada até o pagamento.

Na questão banco de horas, foi apresentada a média de horas extras realizadas nos departamentos e agências. O prazo para compensação vai até julho; caso as horas não sejam compensadas até essa data, os valores deverão ser pagos na folha de pagamento.

A COE Itaú denunciou que, em algumas regiões, gestores estão obrigando os trabalhadores a compensarem essas horas durante o horário de almoço — o que é irregular. O banco afirmou que a compensação precisa ser acordada entre as partes e que reforçará a orientação para que isso não ocorra.

Outro ponto debatido foi o aumento da compensação das horas extras realizadas em domingos e feriados: passou de 1h30 para 2h, a cada hora trabalhada.

Programa GERA: metas desproporcionais e falta de transparência

A COE também cobrou explicações sobre as metas do programa GERA, que têm causado insatisfação entre os trabalhadores pela falta de transparência e pela desproporcionalidade entre as agências.

Foram apresentados exemplos de agências de pequeno porte (com 3 gerentes de negócios) que recebem metas similares ou superiores às de agências maiores (com até 6 gerentes). A COE questionou o critério de distribuição de metas, a falta de clareza nos parâmetros utilizados e a demora na divulgação dos resultados — que pode chegar a 15 dias.

Questionado o Banco em relação da definição do porte de agências a resposta foi que para definição é levado em consideração 30% os clientes e 70%produtos bancários, além do pontecial da região e o retorno esperado. Prometeu realizar lives com os trabalhadores para explicar a metodologia adotada e detalhou que ajustes são feitos em casos de férias, licenças ou desligamentos de funcionários.

A COE também cobrou o problema de controles paralelos para o acompanhamento da produção e a demora no fechamento dos resultados. O Itaú alegou que 80% dos produtos são computados em D+1, mas operações de renegociação e proteção levam de dois a cinco dias para contabilização.

Reestruturação das agências e fechamento de unidades

A representação dos trabalhadores manifestou forte preocupação com o fechamento de agências, que se intensificou nos últimos meses — com 120 unidades encerradas, 55 em fase de fechamento e previsão de conclusão até o final de agosto. Apesar de o banco afirmar que o critério para fechamento é a rentabilidade e o perfil digital dos clientes, os dirigentes sindicais alertaram que muitas das agências encerradas são lucrativas e essenciais para a população local, especialmente aposentados.

Foi reivindicado que o Itaú cumpra seu papel social, como instituição que detém uma concessão pública, e reavalie o fechamento de agências que são estratégicas para o atendimento da população. O banco se comprometeu a analisar os casos que forem apresentados pela COE nas próximas reuniões.

Em relação à realocação de trabalhadores, o banco informou que 90% dos funcionários foram realocados. A COE solicitou o acompanhamento de perto do tempo de permanência desses trabalhadores nos novos locais, além de denunciar a superlotação de agências receptoras.

Segurança nos Espaços de Negócios

Outro tema abordado foi a falta de segurança nos chamados "Espaços de Negócios", onde não há vigilantes nem portas de segurança. A COE cobrou soluções imediatas, já que os abastecimentos de caixas eletrônicos, que deveriam ocorrer externamente, em alguns casos vêm sendo feitos dentro das agências.

O Itaú disse que irá orientar as empresas de transporte de valores e que, onde a estrutura não permitir abastecimento externo, reformas serão feitas para adequação.

Segmento Smart Pro e Espaço Personnalité

O banco apresentou o novo modelo das agências Personnalité, agora sem caixas e com estrutura enxuta: gerente geral, gerente de relacionamento e assessor de atendimento. Até agora, 21 agências foram transformadas em "Espaços de Negócios" e outras 14 no modelo Personnalité, incluindo unidades em Rio Branco, Porto Velho e Foz do Iguaçu.

A COE também cobrou explicações sobre o segmento Smart Pro, principalmente em relação à incorporação da remuneração variável dos gerentes que foram retirados da estrutura das agências. O banco disse que a incorporação foi realizada com base na média de remuneração anterior e prometeu apresentar detalhes sobre o programa e o modelo de remuneração na próxima reunião.

Avaliação da COE Itaú

Para a coordenadora da COE Itaú, Valeska Pincovai, a reunião foi importante para abrir espaço ao debate de questões que impactam diretamente a categoria bancária. "A reunião foi produtiva porque conseguimos debater vários pontos que são problemas de todo o setor bancário e o Itaú se colocou à disposição para avançar em pontos positivos para os trabalhadores. O Itaú tem condições de manter as agências em locais necessários para garantir o atendimento e os empregos. O lucro é cada vez maior e ele precisa contribuir com sua parte na responsabilidade social. Esperamos que tenhamos avanços e a mobilização dos trabalhadores é muito importante para isso. Vamos mapear as agências e levar a realidade dos locais para as próximas reuniões no sentido de lutar para o não fechamento de algumas agências", afirmou.

A próxima reunião está prevista para apresentar o quadro de demissões e contratações, a revisão do fechamento de agências, além de detalhes sobre o segmento Smart Pro e soluções para as agências sem estrutura adequada para o abastecimento externo de caixas eletrônicos.

Fonte: Contraf-CUT

Confira as datas das feijoadas, promovidas pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, no mês de junho:

Dia 18/6 - Nova Iguaçu (quarta-feira)
Dia 26/6 - Duque de Caxias (quinta-feira)

ATENÇÃO: Devido ao feriado do dia 19 de junho, a feijoada de Nova Iguaçu, que geralmente ocorre às sextas-feiras, acontecerá na quarta (18/6), excepcionalmente.

Até lá!

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, através do Secretário de Administração e Finanças, Roberto Domingos, participou das eleições para a nova diretoria do Sindicato dos Bancários de Alagoas.

A eleição se encerrou na última sexta-feira, 6 de junho, e elegeu a “Chapa 1 — Unidade na Luta”, encabeçada pelo bancário do Banco do Nordeste (BNB), Thyago Miranda.

A votação, iniciada na quinta-feira (5), mobilizou bancárias e bancários de diferentes regiões do estado. Dos 1.195 votantes, 96,65% optaram pela Chapa 1 (chapa única), demonstrando forte adesão e confiança da categoria na nova direção.

Com ampla participação da categoria, o processo eleitoral reforçou o espírito de unidade, renovação e compromisso com as lutas históricas da classe trabalhadora. A eleição também expressou o desejo por uma gestão comprometida com os desafios contemporâneos enfrentados pelo movimento sindical no setor financeiro, diante das transformações tecnológicas, da precarização das relações de trabalho e das novas formas de organização do capital.

Thyago Miranda, que agora assume a presidência da entidade, traz consigo o compromisso de manter viva a tradição de resistência e de luta do Sindicato, aliando-a à necessidade de inovação nas estratégias de mobilização, diálogo com a base e fortalecimento da organização sindical. A nova diretoria assume com a missão de defender os direitos trabalhistas, promover a valorização profissional da categoria e ampliar o alcance das ações sindicais em Alagoas.

Um sindicato com história

O Sindicato dos Bancários de Maceió foi fundado em 20 de setembro de 1933, sendo reconhecido oficialmente apenas anos depois, em 13 de abril de 1942, com a emissão da carta sindical pelo então Departamento Nacional do Trabalho — órgão precursor do atual Ministério do Trabalho.

Em 1977, o sindicato passou por uma importante transformação institucional: teve sua base de representação ampliada para todo o estado de Alagoas, tornando-se o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Estado de Alagoas, denominação que mantém até os dias atuais.

Com uma trajetória marcada por greves, campanhas salariais, ações judiciais e articulações políticas em defesa da categoria, o sindicato segue sendo uma das principais referências do movimento sindical no estado, atuando de forma ativa nas campanhas nacionais coordenadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e nas mobilizações locais em defesa dos direitos da classe trabalhadora.

Sob a presidência de Thyago Miranda, o Sindicato dos Bancários de Alagoas inicia um novo ciclo, ancorado na história de lutas, mas voltado para os desafios do presente e a construção de um futuro mais justo e digno para bancárias e bancários de todo o estado.

*com informações do Sindicato dos Bancários de Alagoas

A luta dos aposentados do Itaú por um plano de saúde justo e acessível segue ganhando força em diversas frentes. Com o apoio do movimento sindical, estão programadas duas Audiências Públicas para debater o tema: a primeira acontece no dia 16 de junho, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a pedido da deputada estadual Lilian Bering (PCdoB-RJ); a segunda está marcada para o dia 23 de junho, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), com organização do mandato do deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT-SP) — bancário licenciado do Itaú e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, atualmente vice-presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Alesp.

A mobilização se intensificou após o banco extinguir o período de manutenção da contribuição patronal ao plano de saúde dos aposentados — um direito que era garantido anteriormente pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Sem o subsídio, os ex-funcionários foram obrigados a migrar para planos individuais com mensalidades consideradas proibitivas: R$ 2.135,71 por pessoa, o que representa um custo de quase R$ 4.271,42 para um casal, mesmo no plano mais básico, com acomodação em enfermaria.

Entre as principais reivindicações do grupo estão a criação de uma faixa de plano específica para aposentados e a suspensão dos reajustes das mensalidades enquanto durarem as negociações.

Apesar de diversas tentativas de diálogo, o banco tem adotado uma postura intransigente. Desde outubro de 2023, o tema vem sendo tratado em um processo de mediação conduzido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). No entanto, nenhuma proposta concreta foi apresentada pelo Itaú até agora.

No dia 19 de fevereiro de 2025, uma audiência de mediação no MPT do Rio de Janeiro terminou sem avanços. Antes da reunião, aposentados e sindicalistas realizaram um ato de protesto em frente à sede do MPT, na Rua Santa Luzia, exigindo respeito e soluções imediatas.

Em 11 de março, uma nova audiência foi realizada no MPT de São Paulo. Na ocasião, a Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo reforçaram as demandas e apresentaram o histórico de negociações. Mais uma vez, o banco recusou-se a apresentar uma proposta, o que levou o procurador responsável a encerrar a mediação e encaminhar nova denúncia contra o Itaú ao Ministério Público. Ele também sugeriu que o movimento sindical passe a integrar a ação coletiva já em curso na Justiça do Trabalho, em Brasília.

MPT: panorama dos procedimentos administrativos

A denúncia dos aposentados foi formalmente acolhida pelo Ministério Público do Trabalho, originando dois procedimentos administrativos: Procedimento de Mediação nº 009321.2024.02.000/8.

A denúncia original, feita por um grupo de aposentados, apontava para a prática de valores abusivos por parte do banco, com o objetivo de forçar a saída dos beneficiários do plano.

Em 19 de novembro de 2024, o Sindicato dos Bancários ingressou no processo a convite do MPT, assumindo a mediação. Em audiência realizada em 03 de dezembro 2024, foi acordado que o sindicato seguiria com a mesa de negociações com o banco e suas fundações, com prazo até 09 de março de 2025 para apresentar avanços ou solicitar nova audiência.

Em 19 de fevereiro de 2025, o sindicato solicitou nova audiência, realizada em 11/03/2025, mas, novamente, sem avanços.

Diante do impasse, o MPT arquivou o procedimento de mediação em 14 de março de 2025 e abriu uma nova notícia de fato (002744.2025.02.000/0) com o mesmo objeto.


Notícia de Fato nº 009318.2024.02.000/0

Paralelamente, outra denúncia similar foi protocolada, mas arquivada de imediato pelo procurador responsável, sem audiência ou oitiva das partes. O grupo de aposentados, sem consultar o sindicato, recorreu ao Conselho Nacional do Ministério Público Federal. O sindicato, por sua vez, se habilitou no processo e defendeu a instauração de um inquérito civil para investigar a conduta do banco. Em 06 de maio de 2025, o arquivamento foi homologado pela CCR, encerrando o processo.


Mobilização continua

Para Jair Alves, diretor da Contraf-CUT, é essencial manter a mobilização ativa e forte. “As Audiências Públicas agendadas serão importantes para fortalecer a visibilidade dessa luta e ampliar a pressão sobre o banco, as operadoras de plano de saúde, os hospitais e a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), responsável pela regulação dos convênios médicos no Brasil. A presença dos aposentados, sindicatos, parlamentares e da sociedade civil será fundamental para conquistar uma solução justa.”

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense convida todas as bancárias e bancários para sua Festa Junina 2025, que irá ocorrer em nossa Sub-Sede de Nova Iguaçu, no dia 27 de junho, a partir das 17 horas.

A convidada especial é a Cantora Micarla!

Teremos muita animação, música ao vivo, além de comidas típicas liberadas! Bebidas à parte.

Esperamos vocês para mais um evento e confraternização promovida pelo Sindicato.

A Caixa Econômica Federal registrou um lucro líquido recorrente de R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa um aumento expressivo de 71,5% em relação ao mesmo período de 2024 e de 7,9% frente ao quarto trimestre do ano passado. Já o lucro contábil alcançou R$ 5,8 bilhões, com alta de 133,9% em 12 meses e 27,5% no trimestre.

Apesar do desempenho financeiro robusto, o número de trabalhadores(as) e unidades da Caixa continua em queda. Em 12 meses, foram fechadas 117 agências, 8 postos de atendimento, 21 unidades lotéricas e 234 unidades de correspondentes Caixa Aqui. Também houve uma redução de 3.024 postos de trabalho no mesmo período, ainda que o banco tenha registrado leve crescimento de 463 empregados(as) em relação ao trimestre anterior. Ao final de março de 2025, a instituição contava com 83.770 trabalhadores(as).

Carteira de crédito cresce, mas receitas de serviços caem

O total de ativos da Caixa atingiu R$ 2,091 trilhões, com aumento de 11,1% em 12 meses. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela alta de 10,7% na Carteira de Crédito Ampliada, que totalizou R$ 1,266 trilhão. Houve avanço em diversas frentes, como crédito imobiliário (+12,7%), agronegócio (+9,9%), saneamento e infraestrutura (+6,7%), crédito para pessoa jurídica (+6%) e crédito comercial para pessoa física (+5,5%).

No entanto, as receitas com prestação de serviços apresentaram queda: -1,4% na comparação anual e -11,5% em relação ao trimestre anterior. Segundo o próprio banco, a retração foi impactada pela Resolução CMN nº 4.966/21, em vigor desde 1º de janeiro de 2025, que alterou regras sobre tarifas e serviços bancários.

Queda nas despesas de pessoal e redução da cobertura com receitas secundárias

As despesas de pessoal, incluindo a PLR, caíram 2,4% em 12 meses e 3,4% no trimestre. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 78,8%, indicando menor margem de sustentação dos gastos com trabalhadores por outras fontes de receita que não o crédito.

A provisão para perdas esperadas teve recuo expressivo: -57,7% em 12 meses e -55% em comparação ao quarto trimestre de 2024, o que também contribuiu para o lucro elevado. Por outro lado, a inadimplência para atrasos acima de 90 dias subiu, chegando a 2,49%, com elevação de 0,15 ponto percentual (p.p.) em 12 meses e 0,52 p.p. no trimestre.

Lucro bilionário, mas com impacto social preocupante

A rentabilidade da Caixa também subiu: a rentabilidade sobre o patrimônio líquido foi de 11,77%, com aumento de 2,76 p.p. em 12 meses. O patrimônio líquido da instituição cresceu 6,5% no período.

Embora o banco celebre seus indicadores financeiros, os números revelam uma contradição entre o lucro bilionário e a redução de sua estrutura física e humana. Para a Contraf-CUT, esse modelo de gestão ignora o papel social da Caixa e prejudica o atendimento à população, especialmente em regiões que dependem do banco público para acessar serviços essenciais, como habitação, FGTS, programas sociais e crédito rural. “O Lucro da caixa é reflexo da qualidade e esforço de seus trabalhadores. Esperamos que isso seja reconhecido e valorizado nas futuras negociações para avançarmos nos direitos dos empregados”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco.

Fonte: Contraf-CUT

O movimento sindical bancário, representantes dos bancos e do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) se reuniram na tarde desta quinta-feira (5), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), para realizarem mais um passo na construção do 4º Censo da Diversidade.

O grupo de trabalho (GT) para avançar na consolidação do censo foi estabelecido na última sexta-feira (30), durante a mesa “Negociação Nacional Bancária sobre Diversidade, Inclusão e Pertencimento”.

“O censo é uma conquista dos trabalhadores, na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A partir deste levantamento, é possível diagnosticar o perfil da categoria bancária e, assim, desenvolver de forma mais eficiente as nossas reivindicações nas mesas de negociação com os bancos”, explica a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis. “O censo, portanto, nada mais é que um instrumento fundamental na luta por igualdade de oportunidades na categoria bancária”, completa.

Os censos anteriores foram produzidos nos anos 2008, 2014 e 2019. “A partir deles, conseguimos comprovar o que nós já vínhamos detectados nos anos anteriores, nas bases, ou seja, desigualdades salariais e de oportunidades para mulheres, negros e negras, pessoas com deficiência (PCDs) e pessoas da comunidade LGBTQIA+”, explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Neiva Ribeiro. “Então, graças aos censos, passamos a ter embasamentos em nossas reivindicações com os bancos, com dados da realidade, fornecidos pelos próprios trabalhadores. Com isso, conseguimos avanços sociais na CCT, nos últimos anos, como a inclusão de parceiros no plano de saúde e garantia de tratamento isonômico desse direito aos casais do mesmo sexo. A categoria bancária foi a primeira no país a alcançar esse direito na convenção coletiva”, completa.

Cronograma

No cronograma apresentado, inicialmente, a previsão é de que o teste para o censo seja apresentado em agosto, pela Ceert, ao movimento sindical e à Fenaban, e que a coleta de dados comece na terceira semana de setembro, com a divulgação dos resultados em fevereiro de 2026.

Além de Elaine Cutis e Neiva Ribeiro, também participaram do GT que aconteceu nesta quinta-feira (5) os dirigentes Almir Aguiar (secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT); Fernanda Lopes (secretária da Mulher da Contraf-CUT) Bianca Barbelini (secretária da Juventude da Contraf-CUT), Ana Stela Alves de Lima, da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e Francisco Pugliesi, do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Negociação dos empregados do Sistema BNDES — formada pela Contraf-CUT, sindicatos de bancários e associações representativas — se reuniu com representantes do banco nesta quinta-feira (5) para dar continuidade às negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho específico de Jornada de Trabalho (AJT).

Durante o encontro, foram debatidos pontos importantes do ACT vigente, com destaque para as cláusulas que tratam do regime de trabalho remoto (home office), um dos temas centrais desta rodada. A expectativa é que o banco apresente sua proposta formal na próxima semana.

O Sistema BNDES é composto pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, pela BNDESPAR (empresa de fomento a investimentos imobiliários e participações) e pela Finame (voltada ao financiamento da produção e comercialização de máquinas e equipamentos).

Segundo Vinícius Assumpção, vice-presidente da Contraf-CUT e representante da entidade na mesa de negociação, a bancada dos trabalhadores apresentou suas ponderações com responsabilidade e aguarda uma proposta que atenda às necessidades dos empregados.

“Reafirmamos nosso compromisso com o diálogo qualificado e responsável. Esperamos a proposta do banco para a próxima semana e que assim possamos levar para avaliação do corpo funcional”, afirmou Assumpção.

Fonte: Contraf-CUT