Agosto 10, 2025
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício, nesta quinta-feira (26) à Caixa Econômica Federal cobrando explicações sobre informações que, às vésperas do fechamento do semestre, circulam nas agências e departamentos administrativos sobre uma possível reestruturação no banco.

No texto, a Contraf-CUT observa que o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da Caixa ressalta a importância da mesa permanente de negociações para a discussão de questões que afetem a vida funcional das empregadas e empregados decorrentes da implantação de novos processos de trabalho no banco.

“Tem circulado entre os empregados a informação de uma nova reestruturação com mudanças significativas. Isso tem gerado insegurança e preocupações nos colegas, às vésperas do fechamento do semestre”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Felipe Pacheco.

No ofício, a Contraf-CUT cobra diversos esclarecimentos e urgência nas respostas.

>>>>> Leia abaixo a íntegra do ofício, ou clique aqui e baixe o arquivo

Transparência e participação

“A Caixa tem obrigação de ter transparência com seus empregados. Já são anos de experiência e podemos afirmar: sempre que não se conversa, que não se negocia, que se faz mudanças de portas fechadas, as coisas saem errado. Além do mais, direções mudam. São os funcionários que ficam para carregar o piano. Por isso, eles precisam ser ouvidos”, disse o diretor da Contraf-CUT, Rafael de Castro.

O dirigente da Contraf-CUT ressalta que a Caixa precisa responder, com clareza e objetivamente o ofício enviado e chamar uma reunião com a representação dos empregados. “Isso é o mínimo que se espera nesse momento de uma instituição com o tamanho e importância da Caixa”, completou o dirigente da Contraf-CUT.

O coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco, ressaltou que existem temas importantes que precisam ser tratados com a Caixa em mesa de negociações, como a renovação do acordo do Saúde Caixa. “A Caixa tem muita coisa para resolver com os empregados, que querem saber e participar de todos os pontos que interfiram no seu dia a dia de trabalho e no posicionamento da Caixa como banco público. Por isso, precisamos, urgentemente, de um calendário de negociações para tratar deste e de outros assuntos pendentes”, concluiu o coordenador da CEE/Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

 

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), que representa os Sindicatos dos Bancários de Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região, realizará sua 27ª Conferência Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras as do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, presencialmentedia 2 de agosto, no espaço Vila Multieventosna cidade de Itaperuna (RJ), a partir das 10 horas (credenciamento das 9h às 12h).

A Conferência debaterá os impactos da tecnologia e terceirização no setor financeiro, focando também na saúde mental e física dos bancários frente às metas.

Além disso, o evento buscará apresentar e defender propostas resultantes de consultas, culminando na eleição da delegação para a Conferência Nacional.

Podem participar: bancários e bancárias da ativa; e os aposentados e aposentadas de bancos públicos e privados dos municípios que compõem as bases dos Sindicatos filiados à Federação, com direito a voz e voto.

PARA PARTICIPAR

Procure o diretor ou diretora do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, de sua área.

CONVIDADOS E PARTICIPANTES

27ª Conferência contará com a participação de Juvandia Moreira (Contraf-CUT) – por vídeo; Sandro Cezar (CUT/RJ) e Mané Gabeira (INTERSINDICAL).

Além dos palestrantes: Fernando Benfica (Técnico do DIEESE Rio) e Mauro Salles (Secretário de Saúde da Contraf-CUT).

PARTICIPE!

A Consulta Nacional dos Bancários e Bancárias 2025 não terminará mais em 30 de junho. A pedido de dirigentes de todo o país, a Contraf-CUT, sindicatos e federações estenderam o período da pesquisa para o dia 11 de julho.

Os dados que, como em todos os anos, serão tabulados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse), servem como base às pautas de negociações coletivas e das campanhas salariais. Então, a ampla participação de bancários e bancárias de todas as regiões do país é fundamental para seguir melhorando as estratégias de luta do movimento sindical bancário.

Lembramos que a consulta poderá ser respondida tanto pela plataforma online VotaBem, quanto por meio do formato impresso (clique aqui para baixar). Porém, o que for coletado de forma impressa terá que ser repassado pelo dirigente à plataforma online VotaBem.

Cinco motivos para participar da consulta

1. Compreender sua opinião sobre assuntos fundamentais para proteção e avanços nos direitos trabalhistas;
2. Sabia que o movimento sindical também defende a categoria no Congresso? Então, nessa consulta, também perguntamos sobre temas políticos e econômicos, para articular melhor a nossa luta entre deputados e senadores;
3. Menos metas, mais saúde! Você nos ajudará e entender mais sobre os impactos do ambiente de trabalho na saúde mental das bancárias e bancários;
4. Os avanços tecnológicos são importantes e aumentam os lucros no setor. Por isso, por meio da consulta, queremos saber como as empresas devem compartilhar esses ganhos com os trabalhadores;
5. Por fim, é rápido, fácil de responder (as perguntas são de múltiplas escolhas) e sem a necessidade de se identificar.

Para acessar

1. Link da consulta para bancários e bancárias de todo o país:
https://consultabancarios2025.votabem.com.br/

Fonte: Contraf-CUT

O Senado aprovou, na tarde de terça-feira (24), o Projeto de Lei 1246/2021, de autoria da deputada Tábata Amaral (PDT-SP), que determina que as empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e outras companhias em que a União, o estado ou o município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto reservem para mulheres, pelo menos, 30% das vagas de membros titulares dos seus conselhos de administração. O projeto, que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados, segue para a sanção presidencial.

Na Caixa, o percentual de 30% de mulheres em cargos de direção, englobando as diretorias e vice-presidências, é uma conquista das negociações da Campanha Nacional dos Bancários de 2024. A inclusão da cota para mulheres no Estatuto Social do banco foi aprovada pelo Conselho de Administração e anunciada pelo presidente Carlos Vieira no dia 5 de maio, em uma “live” com as empregadas e empregados. O Conselho também debateu a inclusão de cotas para outros segmentos sociais, mas a decisão ficou para uma próxima reunião.

“A aprovação pelo Congresso Nacional da cota de 30% nos Conselhos de Administração das empresas públicas deve ser comemorada, mas assim como cobramos ampliação da cota na Caixa, também cobramos a ampliação nas demais empresas públicas”, disse a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) do Nordeste na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Chay Cândida. “Na Caixa, somos 45% do quadro de pessoal e na sociedade somos mais da metade. A cota de 30% já é um avanço, mas queremos a proporcionalidade de nossa representação na população total”, completou.

O parágrafo 4º do artigo 17 do Estatuto Social da Caixa define, que “para composição da Diretoria Executiva, observar-se-á que, no mínimo 1/3 dos membros titulares efetivos serão mulheres, conforme gênero declarado no momento da indicação e de acordo com as diretrizes da política de sucessão de administradores da CEF, à exceção do(a) Presidente da Caixa, que será indicado pelo Presidente da República.”

“Entendemos que a cota já englobava o Conselho de Administração, mas, se com a aprovação da nova lei de cotas pelo Senado for preciso fazer alguma alteração no Estatuto, vamos reforçar o pedido para que na nova versão do documento não haja mais o teto de 6,5% da folha de pagamento para os gastos da Caixa com a saúde do seu quadro de pessoal”, lembrou Chay.

Luta histórica

A representante eleita pelos trabalhadores para o Conselho de Administração da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, conhecida como Fabi por seus colegas de trabalho, reforça que a aprovação do Projeto de Lei é uma vitória para empregadas e empregados de todo o país.

“Tenho orgulho de ter feito parte do debate realizado no CA que levou à aprovação dessa mudança, que reflete uma luta histórica das empregadas da Caixa", disse Fabi. "Tanto o Projeto de Lei 1246/2021 quanto a mudança no Estatuto da Caixa proporcionam a maior participação das mulheres em cargos de chefia. Não como um prêmio, mas como reconhecimento pelo trabalho que nós mulheres estamos realizando”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

Em 2024, a saúde mental foi a principal causa dos afastamentos na categoria bancária. Segundo levantamento do Dieese, com base em informações da plataforma Smartlab, produzida com registros do INSS, naquele ano, as doenças mentais e comportamentais foram responsáveis por 55,9% dos afastamentos acidentários e por 51,8% dos afastamentos previdenciários de bancárias e bancários do país. Em segundo lugar ficaram as doenças conhecidas como Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), responsáveis por 20,3% dos afastamentos acidentários e 15,2% dos afastamentos previdenciários na categoria, em 2024.

O Dieese revela também que ocorreu um aumento significativo das doenças mentais no total de afastamentos de trabalhadores bancários. Em 2012, a LER/DORT era responsável por 48,90% dos afastamentos acidentários e por 22,10% dos afastamentos previdenciários, enquanto que as doenças mentais e comportamentais por 30,40% e 23,60% dos afastamentos acidentários e previdenciários, respectivamente.

Neste período, de 2012 e 2024, também avançou a participação da categoria bancária no total de afastamentos por doenças mentais e comportamentais nas atividades do Ramo Financeiro: de 12% para 25% nos casos de afastamentos acidentários; e de 2,2% para 3,3% nos casos de afastamentos previdenciários de todo o setor financeiro.

Em relação a todas as categorias do país, o setor bancário também se destaca, negativamente. Apesar de representar somente 0,8% do emprego formal no Brasil, a categoria respondeu por 2,81% dos 168,7 mil afastamentos acidentários que ocorreram em 2024.

“O crescimento de afastamentos por doenças de cunho mental entre bancárias e bancários não é coincidência, mas consequência da realidade de trabalho no setor financeiro, como temos denunciado reiteradamente nas mesas de negociação com os bancos", explica o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Sales. "São os mecanismos por metas, cada vez mais abusivos, e que geram pressão exacerbada, com falta de apoio, é que têm resultado nesses números alarmantes", completa o dirigente.

Mesa de negociação

A cobrança por soluções contra adoecimentos nos bancos será um dos temas da Negociação Nacional sobre Saúde Bancária, que ocorrerá na próxima segunda-feira (30), entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na capital paulista.

“O fenômeno de um ambiente de trabalho que adoece não pode ser normalizado e os trabalhadores bancários, organizados, seguem na linha de frente não só na luta por nós mesmos, mas pelas demais categoriais. Os nossos avanços são também avanços que servem de referência à toda a classe trabalhadora”, observa Mauro Sales.

Entre os avanços da categoria, obtidas em mesa de negociação sobre saúde laboral, estão a criação de um conjunto de cláusulas e que originaram o capítulo intitulado "Combate ao assédio moral, sexual e outras formas de violência no trabalho", na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em 2024. Mauro revela que, depois de anos de luta, pela primeira vez, os bancos concordaram em incluir o termo assédio moral na CCT. "Essa inclusão ampliou o caminho para debater o tema com os bancos, resultando, por exemplo, na criação de canais de denúncias para coibir o assédio moral dentro das empresas", conclui o secretário de Saúde da Contraf-CUT. 

Fonte: Contraf-CUT

O Coletivo Sindicato Solidário da Contraf-CUT realizou, nesta quarta-feira (18), uma reunião extraordinária com o objetivo de discutir iniciativas de solidariedade voltadas para a categoria bancária. Entre as ações debatidas estão campanhas de doação de sangue e de medula óssea, além da tradicional campanha do agasalho, fundamentais para mobilizar as bancárias e os bancários em prol da sociedade.

Durante o encontro, foi reforçada a importância de a Contraf-CUT apoiar e dar visibilidade às campanhas já realizadas por sindicatos em todo o país, de modo a valorizar essas práticas e transformá-las em referência e inspiração para outras entidades sindicais.

Além do apoio institucional, o coletivo também defendeu que a Contraf-CUT possa liderar diretamente algumas dessas campanhas, ampliando o alcance das ações solidárias e estimulando o engajamento da categoria em iniciativas de responsabilidade social.

Para Almir Aguiar, coordenador do Coletivo Sindicato Solidário da Contraf-CUT, essas ações são essenciais para fortalecer o papel social do movimento sindical. "A solidariedade faz parte da essência da luta sindical. Por isso, é fundamental que a Contraf-CUT incentive e apoie as campanhas já desenvolvidas pelos sindicatos e também assuma a liderança de ações nacionais que possam mobilizar toda a categoria. Assim, damos exemplo e mostramos que o sindicalismo vai muito além da defesa de direitos trabalhistas — ele também transforma realidades e salva vidas."

O coletivo volta a se reunir no dia 2 de julho para apresentar propostas concretas de campanhas solidárias, que poderão ser incorporadas ao calendário nacional da Contraf-CUT e debatidas junto aos sindicatos e federações de todo o país.

Fonte: Contraf-CUT

A Consulta Nacional dos Bancários 2025 está em andamento desde o dia 15 de maio e será encerrada no dia 30 de junho. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orienta a participação de toda a categoria e pede aos dirigentes sindicais que sigam organizando mutirões em suas bases, para ampliar a número de respondentes.

“Bancárias e bancários de todo o país, sejam eles filiados ou não aos sindicatos, podem responder à Consulta Nacional”, explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Os dados que, como em todos os anos, serão tabulados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse), servem como base às pautas de negociações coletivas e das campanhas salariais. “Por isso, essa fase de levantamento é fundamental, para que a gente tenha uma visão mais assertiva dos anseios e necessidades da categoria”, completa a dirigente.

A consulta poderá ser respondida tanto pela plataforma online VotaBem, quanto por meio do formato impresso (clique aqui para baixar). Porém, o que for coletado de forma impressa terá que ser repassado pelo dirigente à plataforma online VotaBem.

Cinco motivos para participar da consulta

1. Conheceremos sua opinião sobre assuntos fundamentais para proteção e avanços nos direitos trabalhistas da categoria;
2. Sabia que o movimento sindical também defende a categoria no Congresso? Então, nessa consulta, nós também perguntamos sobre temas políticos e econômicos, para articular melhor a nossa luta entre deputados e senadores;
3. Menos metas, mais saúde! Você nos ajudará e entender mais sobre os impactos do ambiente de trabalho na saúde mental das bancárias e bancários;
4. Os avanços tecnológicos são importantes e aumentam os lucros no setor. Por isso, por meio da consulta, queremos saber como as empresas devem compartilhar esses ganhos com os trabalhadores;
5. Por fim, é rápido, fácil de responder (as perguntas são de múltiplas escolhas) e sem a necessidade de se identificar.

Para acessar

1. Link da consulta para bancários e bancárias de todo o país:
https://consultabancarios2025.votabem.com.br/

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde se reuniu com o banco Itaú na última quarta-feira (18) para denunciar práticas abusivas da empresa em relação aos trabalhadores adoecidos — desde a compra de estabilidades e atuação da junta médica até as recentes avaliações médicas realizadas pelo banco.

Em comunicado enviado aos funcionários, o banco afirma: “Como parte das ações de cuidado e vigilância previstas no PCMSO e do nosso compromisso contínuo com o bem-estar e a saúde de nossos colaboradores, te convocamos para avaliação médica de capacidade laborativa [...]. A avaliação tem por objetivo atuar de forma preventiva, visando rastrear e evitar o agravamento de possíveis doenças incapacitantes e levantamento de dados epidemiológicos, garantindo o melhor cuidado possível a nossos colaboradores. Entendemos que sua saúde é uma prioridade e queremos assegurar que você receba o acompanhamento necessário. O não comparecimento à referida avaliação médica pode implicar aplicação de medidas disciplinares, nos termos das políticas internas e legislação vigentes.”

No entanto, o que ocorre na prática está distante de uma política real de prevenção e eliminação de riscos. Basta observar o público-alvo dessas convocações:

  • Funcionários na ativa com B91, que já passaram por exame periódico ou de retorno;
  • Afastados por B91 (contrato suspenso);
  • Trabalhadores com requerimentos em análise;
  • Funcionários afastados por decisão judicial.

Além disso, as perguntas realizadas durante as avaliações invadem a vida pessoal dos bancários, há desrespeito aos prazos de validade de exames médicos — com exigência de exames ainda válidos — e até questionamentos sobre o uso de redes sociais. Nos casos de LER/DORT, o procedimento exige avaliação ortopédica online, em vez de presencial.

Foram relatadas situações constrangedoras, como a solicitação para que o bancário deixasse a sala sob a justificativa de uma "orientação superior".

Segundo a medicina ocupacional do banco, essas convocações fazem parte do “programa de linha de cuidados” e as perguntas de cunho pessoal visariam melhor compreender o adoecimento psíquico do trabalhador, incentivando cuidados com a saúde física e avaliações psicossociais.

O GT de Saúde discorda. “Entendemos como legalidade os exames do PCMSO previstos na NR-7, que devem abordar os trabalhadores da ativa com foco na prevenção, retorno seguro ao trabalho e no prazo previsto pela legislação. Questionamos essas medidas disciplinares, já que o trabalhador com contrato suspenso não pode ser avaliado pela empresa. O INSS é o órgão competente para determinar a incapacidade laboral, ficando o contrato suspenso”, afirma Luciana Duarte, coordenadora do GT.

Rosângela Lorenzetti, da Fetec-SP e também da coordenação do GT, complementa. “O banco alega que as práticas adotadas fazem parte da nova política de prevenção, mas deixamos claro que o programa de prevenção deveria tratar do ambiente de trabalho, não da avaliação das pessoas. Nenhuma pergunta feita nas avaliações trata das condições de trabalho ou de metas abusivas.”

Ela acrescenta. “O banco não atua de fato em prevenção: não emite CAT para quem adoece no trabalho; o trabalhador só se afasta com CAT emitida pelos sindicatos. Refutamos ainda a fala dos bancos de que as doenças psíquicas são multifatoriais, pois isso ignora as condições de trabalho a que os bancários são submetidos.”

Para Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, o programa “linha de cuidados” apenas ignora, contorna e silencia a forma como o trabalho está organizado no Itaú.

O banco informou, após a reunião, que os trabalhadores licenciados foram convocados por erro e que não haverá aplicação de medidas disciplinares. Mesmo assim, o GT alerta que o programa não atua na prevenção real de adoecimentos nem na mudança do modelo de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira (18), sua decisão de elevar a taxa básica de juros do país (a chamada Selic) em 0,25 ponto percentual. Com isso, o índice passou de 14,75% para 15% ao ano – maior patamar já praticado pela entidade desde maio de 2006. Com esse nível, o Brasil praticamente empata com a Rússia (um país que está em guerra desde fevereiro de 2022) na primeira colocação do ranking mundial de juros reais (a diferença entre a taxa Selic e a inflação projetada).

“Os juros altos desestimulam os investimentos e o consumo, cenário que impacta no mercado de trabalho. O Brasil estaria gerando muito mais vagas de emprego, de qualidade, com salários melhores, não fosse essa política monetária do Banco Central“, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira.

O movimento sindical bancário vem alertando para os impactos das decisões do Copom sobre o aumento do endividamento da população, do Estado Brasileiro e das empresas, uma vez que a Selic influencia os juros cobrados em todo o sistema financeiro e nos títulos públicos, que têm sua rentabilidade atrelada à taxa básica de juros.

Famílias e Estados mais endividados

O ciclo mais recente de elevação gradual da taxa Selic começou em 2021, mas foi em setembro do ano passado que as elevações foram seguidas e aceleradas, iniciando com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual, uma de 0,5 ponto e, agora, com 0,25 p.p.

Ao analisar esse quadro, o economista do Dieese, Gustavo Cavarzan, observou que houve um forte aumento dos juros cobrados, no período, pelo sistema financeiro. “Um exemplo são os juros cobrados à pessoa física (ou seja, para a população em geral), que passou de uma média de 36% ao ano, em 2021, para mais de 56% ao ano, em 2025″, completou.

O economista ainda aponta que, o aumento de 0,25 p.p. na Selic, decidido hoje pelo Copom, irá gerar um gasto anual adicional ao governo de R$ 12,2 bilhões. Mas que, nos últimos 12 meses (concluídos em abril de 2025) o governo gastou R$ 928,4 bilhões com os juros da dívida – o equivalente a 7,71% do PIB.

“Esses quase R$ 1 trilhão drenados da União para os juros com os títulos da dívida pública equivalem a mais de cinco vezes o orçamento para a Educação e mais de três vezes os recursos para a Saúde”, arremata o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale. “Por isso que a classe trabalhadora, organizada pelo movimento sindical, tem se manifestado reiteradamente contra a política de juros altos do Banco Central”, pontuou o dirigente.

Um jogo em favor da financeirização

Para justificar a Selic em níveis altíssimos, na decisão desta quarta-feira (18), o Comitê de Políticas Monetárias do Banco Central apontou o acirramento das tensões geopolíticas e as incertezas internas em relação à política fiscal, além do mercado interno aquecido.

Conversamos com Ladislau Dowbor, economista, professor titular de pós-graduação da PUC-SP e autor de “A Era do Capital Improdutivo”. Ele destacou que o Brasil é refém da financeirização, termo que define a influência do setor financeiro na economia, e que valoriza mais o capital em detrimento das atividades produtivas e dos ganhos reais para as famílias.

“Com isso, grande parte do dinheiro que as famílias e o setor produtivo obtêm, a partir do trabalho, é drenado por meio de taxas de juros cobradas no Brasil”, ressaltou. Segundo dados do próprio Banco Central, em fevereiro deste ano, a taxa média de juros para as famílias e empresas chegou a 43,7% ao ano. “Na Europa ou na China, a média anual da taxa de juros é algo entre 4% e 6%. Nenhuma família aguenta a prática dos níveis do sistema financeiro brasileiro. Por conta disso, temos cerca de 70 milhões de inadimplentes no país. São pessoas que já pagaram a conta, mas, em decorrência dos juros abusivos, a dívida é alongada. Isso é bandidagem do sistema financeiro”, reforçou o professor.

Ladislau calcula que esse sistema de drenagem retira das famílias brasileiras o equivalente a R$ 1 trilhão (10% do PIB). “Das empresas, são drenados outros 3% do PIB e do Estado, cerca de 8% do PIB. Se considerarmos os ganhos com a isenção de impostos sobre lucros e dividendos, que não temos como calcular exatamente, mais a evasão fiscal, que representa cerca de 6% do PIB, por baixo, podemos dizer que o sistema da financeirização drena 25% do PIB, ou seja, um quarto de todos os esforços produtivos do país são captados por gente que não produz nada“, pontuou.

O economista registrou também que a maior parte desses recursos não são nem capturados por grandes grupos financeiros nacionais, mas sim por grupos internacionais, que formam o sistema global, como Black Rock, States Street, Vanguard, JPMorgan e Goldman Sachs. “Esse é o tamanho do desafio hoje: que o dinheiro volte a ser útil e alimente o processo produtivo”, concluiu.

Autonomia do BC em xeque

“Nesta pequena aula do professor Ladislau Dowbor fica claro que estamos diante e uma batalha. De que lado o Banco Central está? Diante dessas decisões do Copom, não é do lado das famílias, do setor produtivo, do país! O que nos exigimos é que a entidade monetária cumpra sua responsabilidade para como o povo brasileiro. Porque o que realmente temos não é autonomia alguma do Banco Central, uma vez que, em todas as suas decisões, os únicos beneficiados são grandes grupos econômicos que drenam dinheiro do trabalhador, do setor produtivo”, destacou Juvandia Moreira. “Já se perguntou por que, no Brasil, a gente compra um carro, mas paga dois para os bancos, em taxas de juros? Isso é reflexo dessa política monetária”, pontuou a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta terça-feira, 17 de junho, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense fez um ato, em Nova Iguaçu e em Duque de Caxias, para reivindicar reajuste zero nas mensalidades do Saúde Caixa e melhorias no plano de saúde.

Foi o Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, que ocorreu em todo o país.

Além de percorrerem as agências do município, os dirigentes sindicais leram uma Carta Aberta a Caixa.

A CARTA

A Carta Aberta à Caixa ressalta que os empregados desempenham um papel essencial para o país, mas que estão indignados com as atitudes da direção do banco em relação ao Saúde Caixa.

Em um trecho do texto os empregados afirmam “nossa saúde não pode ser negligenciada!” Em outro, lembram quem o “Saúde Caixa, que sempre foi baseado em um modelo justo e solidário, vem sendo atacado nos últimos anos” e que a “empresa tem transferido progressivamente os custos do plano para nós, trabalhadores.”

“A Caixa justifica essa transferência de custos aos empregados, dizendo que o Estatuto do banco limita os gastos com a saúde do quadro de pessoal a um teto de 6,5% da folha de pagamento. Mas, esse limite é imposto pelo próprio banco”, observa o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco, ao lembrar que a resolução 52 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) permite que o banco arque com até 70% dos custos com saúde, exatamente o percentual definido no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa.

A carta aberta observa que “quando o limite de gastos é atingido, a empresa simplesmente deixa de cumprir sua parte.” O coordenador da CEE/Caixa reforça que “o único objetivo do banco é restringir sua responsabilidade com o custeio do plano”.

O texto diz também que, além dos custos das mensalidades, existem problemas com a rede credenciada e com a centralização do atendimento aos usuários e prestadores de serviços, o que gera demora para resolução de problemas, como o reembolso de gastos dos usuários e o pagamento de serviços prestados pelos profissionais e estabelecimentos credenciados.

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