Junho 01, 2025
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A Caixa Econômica Federal obteve lucro líquido de R$ 5,006 bilhões nos nove primeiros meses de 2013 com aumento de 19,3% em comparação ao mesmo período do ano passado e, na contramão do que vem fazendo os bancos privados, com geração de empregos e ampliação do número de agências. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (21) pela instituição.

 

Conforme análise do balanço feita pela subseção do Dieese na Contraf-CUT, o número total de empregados no banco, em setembro de 2013, foi de 96.752, com a criação de 3.826 postos de trabalho em 2013, perfazendo 7.015 novas vagas em relação a setembro de 2012, o que representa crescimento de 11,54% no quadro de pessoal. Foram também inauguradas 608 agências nos últimos 12 meses, sendo 307 até setembro deste ano.

 

“Ao ampliar o crédito, contratar trabalhadores e abrir novas agências, investindo no desenvolvimento econômico e social do País, a Caixa dá exemplo para os bancos privados, que mesmo com lucros astronômicos vêm freando o crédito, cortando postos de trabalho e fechando agências”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

 

“Os bons resultados apresentados pela Caixa são fruto do esforço e dedicação dos seus empregados, mas as condições de trabalho precisam melhorar, pois o número de trabalhadores é insuficiente diante da ampliação do crédito. Há muita sobrecarga de serviços e cobrança de metas abusivas. A Caixa tem que aumentar o ritmo das contratações e garantir condições dignas de trabalho”, ressalta Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

 

A carteira de crédito total somou R$ 463,4 bilhões em setembro de 2013, com crescimento de 40,0% em 12 meses (7,4% no trimestre). O crédito à pessoa física somou em setembro de 2013 o total de R$ 75,8 bilhões (num expressivo crescimento de 50,9% em um ano).

 

O crédito à pessoa jurídica totalizou R$ 85,9 bilhões em setembro de 2013, com alta de 45,7% em relação a setembro de 2012. O crédito habitacional, principal carteira da Caixa, cresceu 33,4%, atingindo um montante de R$ 254,3 bilhões.

 

 

Receitas com tarifas crescem e pagam despesas de pessoal

 

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 12,041 bilhões, com alta de 14,8% em relação aos nove primeiros meses de 2012. As despesas de pessoal, no período, por sua vez, totalizaram R$ 11,472 bilhões, o que significa crescimento de 21,7%. Desta forma, a receitas de prestação de serviços e tarifas ficou em 104,96% em relação às despesas de pessoal.

 

As taxas de inadimplência subiram 0,34 ponto percentual em relação a setembro de 2012, ficando em 2,4% (1 ponto percentual abaixo do registrado na média para o Sistema Financeiro Nacional). Com isso e mediante o crescimento da carteira de crédito, as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) tiveram crescimento de 19,7% em 12 meses, totalizando R$ 6,7 bilhões.

 

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

Dinny McMahon
The Wall Street Journal, de Pequim

 

Depois de passar décadas dependendo dos bancos estatais, o governo chinês vai agora permitir a criação de novos bancos privados, abrindo um setor mantido largamente à margem do capital privado e reconhecendo indiretamente que o sistema atual não está funcionando.

 

O programa aprovado na semana passada pela liderança do Partido Comunista propõe permitir que investidores privados, que preencham certos requisitos ainda não definidos, possam abrir bancos pequenos e médios e outras instituições financeiras.

 

A iniciativa, ainda que vaga, indica uma disposição maior do governo de apoiar o setor privado chinês, que, apesar se ser uma parte cada vez mais importante da economia, sofre com a falta de recursos, há muito controlados pelas empresas estatais.

 

A decisão, que ocorre após várias empresas pequenas e conhecidas terem expressado interesse em estabelecer bancos, marca uma mudança na estratégia do governo. O sistema bancário da China foi por décadas efetivamente um domínio exclusivo das estatais, cujos diretores respondem aos líderes do governo. Figuras tradicionais no modelo econômico chinês, os bancos transformam a prodigiosa poupança das famílias chinesas em capital barato destinado às estatais.

 

Embora esse modelo tenha sustentado o boom de crescimento na China, ele levou a excesso de capacidade, subutilização da infraestrutura e endividamento elevado. O governo vem há anos exortando os bancos a emprestar mais às empresas privadas, que geralmente têm dificuldade em obter financiamento, e ajudá-las assim a desenvolver o seu potencial. Como esse esforço não foi suficiente, o governo decidiu abrir o setor e estimular a concorrência.

 

“O endosso da cúpula por meio desse documento reflete a determinação do governo de promover uma concorrência saudável no setor bancário”, escreveu Jianguang Shen, economista-chefe do banco Mizuho Securities na Ásia. “A reforma ajudaria também a canalizar fundos mais eficientemente para as pequenas empresas não estatais.”

 

Nesta semana, Zhang Hongli, vice-presidente do Industrial & Commercial Bank of China, o maior banco chinês em ativos, disse que a entrada dos bancos privados no sistema financeiro é bem-vinda. “Concorrência é uma coisa boa”, disse ele.

 

Essa não é a primeira vez que o governo manifesta a intenção de abrir o setor. O Conselho de Estado, como é chamado o gabinete do governo, afirmou em julho que permitiria que investidores privados “dispostos a correr riscos” abrissem bancos.

 

Desde então, a varejista de eletrodomésticos Suning Commerce Group, a incorporadora Macrolink Real Estate, a varejista de roupas Shanxi Baiyuan Trousers Chain Management e a gigante da internet Tencent Holdings se mostraram interessadas em criar um bancos.

 

Desde agosto, a Administração Estatal da Indústria e do Comércio aprovou mais de 30 solicitações de registro de nomes de bancos, um passo preliminar para a obtenção de uma licença.

 

Apesar da ausência de diretrizes para a abertura de bancos, muitas empresas de varejo e tecnologia da China já vêm oferecendo serviços financeiros como sistemas de pagamento, pequenos empréstimos e até produtos de investimento. Analistas dizem que elas poderiam fazer rapidamente a transição para bancos.

 

A Retailer Suning, considerando os milhões de clientes que já usam seu sistema de pagamento on-line e sua rede de quase 1.700 lojas físicas, “poderia se tornar uma genuína força no setor bancário”, embora isso vá depender da regulamentação, afirmou a Nomura Securities International numa nota.

 

Pequenas e médias empresas são grandes empregadores, mas vistas como um risco de crédito pelos bancos estatais. Por isso, elas sempre recorreram a empréstimos de fontes informais – amigos, família, outras empresas e bancos alternativos – para tocar seus negócios. Na visão do governo, dar a essas empresas mais acesso ao crédito cria possibilidades de crescimento e de aumento de emprego e inovação.

 

Sem os recursos e nem as relações para conceder empréstimos para as empresas estatais, que são consideradas de menor risco de crédito devido à garantia implícita do governo, os novos bancos provavelmente se concentrariam nas empresas privadas, das quais vão poder cobrar taxas de juros maiores.

 

Um consórcio de empresas que está pretendendo criar um banco na província de Shanxi quer emprestar predominantemente para pequenas e microempresas e para clientes rurais, disse Fang Ming, responsável pelos planos do grupo. Ele disse que o consórcio planeja enviar até o fim do ano uma solicitação de licença bancária à Comissão Regulatória de Bancos da China. Ele espera abrir o banco em 2014.

 
Fonte: Valor Econômico

A Chapa 130, integrada por Fernando Neiva (titular) e Maria Rita Serrano (suplente), apoiada pela Contraf-CUT, diversos sindicatos, federações e Fenae, foi a mais votada no primeiro turno das eleições para representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa Econômica Federal.

 

Com 6.094 votos, a Chapa 130 vai disputar o segundo turno com a Chapa 56, formada por Adelci Pereira da Silva (titular) e José Alves Feitosa (suplente), apoiada pela Fenag/gestores, com 4.427 votos. O total de votantes foi de 33.211 empregados. O resultado foi anunciado no início da noite desta segunda-feira (18), após o final da votação eletrônica.

 

 

Confira os números das seis chapas mais votadas:

 

1. Chapa 130 – 6.094 votos
2. Chapa 56 – 4.427 votos
3. Chapa 140 – 2.962 votos
4. Chapa 149 – 2.952 votos
5. Chapa 88 – 2.237 votos
6. Chapa 137 – 1.890 votos

 

Para Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), o processo democrático sai valorizado. “Parabéns a todos os que participaram do primeiro turno das eleições”, afirma.

 

“Essa votação fortalece essa importante conquista dos trabalhadores, que é a escolha de um representante no conselho de administração das empresas públicas federais”, completa.

 

O segundo turno será realizado entre os dias 2 e 6 de dezembro.

 

 

Fernando Neiva

 

“Fernando Neiva e Rita Serrano têm uma longa trajetória de luta em defesa dos bancários e dos trabalhadores. Temos certeza de que são a melhor opção e a garantia de uma representação real e qualificada dos empregados na defesa de seus direitos junto à mais alta instância de decisão da Caixa, instituição financeira pública indispensável para o desenvolvimento econômico e social do país”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

 

Fernando Neiva é economista com extensão em Agenda das Políticas Públicas: Tendências Contemporâneas e pós-graduação em Políticas Públicas, Estratégia de Gestão. Atualmente, cursa Direito.

 

Ele ingressou na Caixa em 1989 e integrou as diretorias do Sindicato dos Bancários de BH e Região a partir de 1996, tendo sido presidente entre 1999 e 2008. Atualmente, é diretor do Departamento Jurídico da entidade. Foi também membro do Conselho Fiscal da APCEF/MG, diretor da Fenae e da CUT Nacional.

 

 

Maria Rita Serrano

 

Maria Rita Serrano é mestre em Administração, em História e em Estudos Sociais. É empregada da Caixa desde 1989. Foi vice-prefeita de Rio Grande da Serra (SP) e respondeu durante o mandato pela Secretaria de Cidadania do município. É autora do livro O desenvolvimento socioeconômico de Rio Grande da Serra.

 

Ela foi secretária de Finanças da Fetec/SP, integrou por duas gestões o Comitê de Investimento da Funcef e participou da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) entre 2003 e 2009. Presidiu o Sindicato dos Bancários do ABC entre 2006 e 2012. É diretora do Sindicato e da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC.

 
Fonte: Contraf-CUT com Fenae

O II Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, realizado nos dias 13 e 14, no Rio de Janeiro, repactuaram a carta-compromisso de enfrentar e combater todas as formas de discriminações e o empenho com a promoção permanente da igualdade, independente do sexo, da raça/cor, da orientação sexual e identidade de gênero, do fator geracional e se pessoa com deficiência. O evento foi promovido pela Contraf-CUT em parceria com o Sindicato dos Bancários do Rio e a Fetraf RJ-ES.

 

O documento aprovado traz não só a posição dos mais de 60 participantes sobre os temas discutidos, mas também propostas de atuação e realização de atividades sindicais em todo país. Um dos compromissos assumidos foi o de realizar o Fórum a cada dois anos, de forma itinerante.

 

 

Protagonismo

 
Segundo Andrea Vasconcelos, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, as palestras enriqueceram o debate e proporcionaram maior reflexão dos dirigentes sindicais, que se sentiram desafiados a implementar e ampliar as ações de combate ao racismo.

 
“O II Fórum foi um momento oportuno e ímpar para acumular conteúdos sobre a temática racial da 15ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em julho deste ano, quando foi aprovada a inclusão na minuta de reivindicações da categoria a contratação de no mínimo 20% de negros e negras pelos bancos”.

 

Para Andrea, a presença dessa demanda na minuta revela o protagonismo da categoria. “Apresentamos nossa proposta à Fenaban antes mesmo do governo federal anunciar que enviará projeto de lei, em regime de urgência, para garantir a reserva de 20% das vagas nos concursos públicos para o provimento de cargos efetivos em empregos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União”, afirma.

 

 

Questionamentos

 

Alguns questionamentos importantes foram colocados durante o II Fórum, como o porquê das desigualdades e as distâncias entre negros/as e brancos/as não terem diminuído no último período, o que deve levar a esquerda brasileira a repensar e direcionar ações específicas (ações afirmativas) para a população negra.

 

Outro questionamento importante se relaciona com a ocupação dos espaços de poder e decisão política, onde se constata baixíssima presença e quase ausência total da “cara preta” que vai do executivo ao legislativo.

 

Os dados sobre a letalidade dos jovens negros também chamou a atenção dos participantes e todos apontaram a necessidade de romper com esse sistema ideológico que mantém as discriminações. “É urgente romper com essa ideologia, que penetra a cultura, a política, as formas de organização, as práticas e as normas sociais que sustentam as desigualdades através do racismo. A população negra vive a tragédia em dose dupla, ou seja, estão em desvantagens em relação à educação e estão fora do mercado de trabalho”, salienta a diretora da Contraf-CUT.

 

 

Racismo no centro do debate

 

Andréa ressalta que o II Fórum inovou ao trazer para o centro do debate o racismo institucional. “Ele é tão mascarado que os sindicalistas dificilmente o discutem. Talvez porque algumas e alguns de nós não tenham, ainda, se apropriado do tema e não estejam convencidos de que classe e raça são dois temas que estão imbricados”.

 

Para ela, o caminho para mudar esta situação é incluir a discussão do racismo – e da igualdade de oportunidades, como um todo – na política de formação das entidades sindicais. “Essa postura exige disciplina militante. Não adianta ter vontade se não estudar. O dirigente tem que buscar permanentemente a atualização dos conhecimentos”, acredita.

 

Na avaliação de Andrea, a discussão sobre racismo precisa ganhar mais peso na pauta do movimento sindical. “Nós, dirigentes, precisamos ter coragem para pautar nossos temas o assunto. As mesas temáticas têm sido importantes para as chamadas cláusulas sociais. Muitas das pautas destas mesas vão sendo amadurecidas e acabam se consagrando na mesa da Fenaban e entrando na Convenção Coletiva. Foi o caso da ampliação da licença-maternidade e da extensão do plano de saúde a parceiros homoafetivos, por exemplo”, recorda a sindicalista.

 

O sucesso das iniciativas, entretanto, é tímido diante dos desafios que ainda se colocam para a discussão desses temas. “Não adianta só fazermos congressos e conferências se não levarmos a pauta do racismo institucional, da homofobia, do machismo para os espaços de decisão. As secretarias de Políticas Sociais ou outras pastas que tratem dos temas sociais têm o desafio de fazer o debate com a categoria e levá-lo amadurecido, como proposta, para a Conferência Nacional. Esses temas são tão importantes quanto quaisquer outros”, acrescenta.

 

 

Ameaça iminente

 

Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, apresentou um desafio imediato para os militantes do movimento negro: as tentativas empresariais de derrubar o feriado de 20 de novembro, dia da Consciência Negra e aniversário de morte de Zumbi dos Palmares.

 

“A Associação Comercial do Paraná obteve uma liminar junto ao Tribunal de Justiça do Estado cancelando o feriado, alegando prejuízos ao comércio. Esse tipo de iniciativa tem que ser fortemente combatido, já que pode abrir um precedente. As entidades do movimento negro, os sindicatos, os movimentos sociais tem que se unir e lutar para que o feriado seja nacional, com aprovação do projeto que já tramita no Congresso”, defendeu Almir.

 

O presidente do Sindicato fez referência ao PLS 302/204, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), que completa a lei já em vigor, oficializando a data como feriado oficial em todo o país.

 

Atualmente, a aprovação do feriado tem sido feita por Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas. “Se fosse para comemorar os feitos de um homem branco, não seria contestado. Derrubar o feriado que lembra a luta do povo negro é uma clara demonstração de racismo e nós precisamos combatê-la”, enfatiza Almir.

 

Andrea enxerga o mesmo caminho. “A conjuntura política e o avanço das forças conservadoras no mundo – e no Brasil – exige das direções dos sindicatos uma postura proativa para melhorar a interlocução com os movimentos sociais. A partir desta troca poderemos construir alianças que nos fortaleçam para que possamos avançar nas temáticas específicas”, avalia a diretora da Contraf-CUT.

 

 

Carta-compromisso

 

 

II Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro

 

 

A categoria bancária tem o compromisso de enfrentar e combater todas as formas de discriminações. E, que nosso empenho é com a promoção permanente da igualdade, independente do sexo, da raça/cor, da orientação sexual e identidade de gênero, do fator geracional e se pessoa com deficiência. Pois, está comprovado que as práticas discriminatórias favorecem apenas aqueles que detêm a hegemonia do capital, concentram riquezas, segregam e precarizam as relações e as condições de trabalho na sociedade.

 

 

Considerando o acúmulo e o patamar que alcançamos com a temática de combate ao racismo na categoria, entendemos que este processo não tem mais volta, ou seja, que os bancos, denunciados pelo movimento sindical e pressionados pelos movimentos sociais, terão que abrir suas portas para uma parcela importante da população, eles querendo ou não.

 

 

Acreditamos que para que a classe trabalhadora possa viver uma democracia plena é necessário que todos e todas possam exercer sua cidadania e que entre nós não haja trabalhadores de segunda ou terceira classe. Para que os sindicatos sejam verdadeiramente representantes dos anseios da classe trabalhadora, devemos intensificar as ações em curso neste país, através das ações afirmativas. Portanto, orientamos e assumimos publicamente o compromisso com:

- Promover formação sindical sobre a temática racial;

- Realizar atos e manifestações com material específico sobre os temas em debate nas suas respectivas datas comemorativas (exemplo da campanha “VAMOS ABOLIR A DISCRIMINAÇÃO E PROMOVER A INCLUSÃO, POR MAIS CONTRATACÃO DE NEGROS E NEGRAS NOS BANCOS” para o mês de maio);

- Realizar Dia Nacional de Luta, com manifestações, atos e ocupações conjuntas com o movimento negro (Educafro e Unegro) no mês de março de 2014;

- Criar coletivos temáticos nas entidades e assim fortalecer a Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) através das representações;

- Ampliar parcerias e estabelecer alianças com o movimento negro e movimentos sociais;

- Fazer a verificação da inserção da população negra nos locais de trabalho, tanto na admissão como na carreira, através de pesquisa ou outras formas de verificação;

- Dar visibilidade aos/as dirigentes negros e negras nos materiais sindicais, a fim de criar uma identificação com os bancários na base;

- Pautar na mesa temática de Igualdade de Oportunidades as ações afirmativas que visam à contratação de 20% de negros e negras no setor;

- Propor audiências públicas junto aos parlamentares sobre a temática e as situações que perpassam a questão da discriminação racial;

- Construir e estreitar articulação com a agenda das centrais;

- Promover qualificação profissional nos termos das certificações focada na população negra;

- Desenvolver campanhas pela efetivação das Convenções 100 e 111 da OIT;

- Cobrar a efetivação, avaliação e monitoramento dos protocolos de intenções com a SEPPIR, SPM, MEC x Fenaban;

- Garantir a transversalidade de gênero, raça, orientação sexual e pessoa com deficiência na elaboração da minuta e na mesa de negociação e no conjunto de ações e políticas do sindicalismo bancário;

- Dar visibilidade, fazer repercutir a realização da II Censo na categoria e politizar o processo;

- Defendemos a dotação orçamentária para implementação do Estatuto da Igualdade Racial para dar sequência ao processo virtuoso de promoção de igualdade de oportunidades iniciado nos últimos anos;

- Lutar para eliminar a discriminação estrutural;

- Combater, enfrentar e eliminar o racismo institucional que produz e reproduz a falta de acesso, o ingresso ao trabalho precarizado e a perpetuação das desigualdades sociais;

- Defender o princípio das ações afirmativas, superando a desinformação e sua redução a políticas de cotas;

- Cobrar do Estado uma postura pró-ativa na promoção da igualdade racial e da igualdade de oportunidades e tratamento;

- Enfrentar as elevadas taxas de letalidade da juventude negra;

- Realização do fórum pela visibilidade negra no SFN a cada dois anos e de forma itinerante;

- Encaminhar documento à presidência da República solicitando decreto de feriado nacional, no aniversário de Zumbi de Palmares – 20 de novembro (Dia da Consciência Negra).

 

 

RIO DE JANEIRO, 14 DE NOVEMBRO DE 2013.

 
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio e Fetraf RJ-ES

Os resultados consolidados das grandes instituições financeiras até o terceiro trimestre deste ano mostram que o crédito não está mais caro mesmo com a escalada da taxa Selic, mas o brasileiro está gastando mais com tarifas e serviços bancários.

 
Na média, a receita com crédito das quatro maiores instituições do país – Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander – cresceu apenas 0,05% nos nove primeiros meses do ano, segundo dados consolidados pela Austin Rating, e só não teve um decréscimo em função do forte aumento da carteira de empréstimos do Banco do Brasil. Já a receita com serviços cresceu na média 12%, com o Itaú Unibanco registrando o maior crescimento no período.

 
Os bancos não conseguiram acompanhar a forte escalada dos juros futuros e por isso mesmo estão revisando para baixo as projeções que fizeram para o ano. Isso significa que os “spreads”, a diferença entre o que o banco paga para ter o dinheiro e o quanto cobra para emprestá-lo a seus clientes, continuam caindo. Alguns analistas entendem que as instituições financeiras não vislumbraram que os juros subiriam tanto e estão perdendo com o descasamento entre os empréstimos que concederam e o aumento de seus custos de captação.

 
Essa foi a explicação dada pelo Banco do Brasil, na semana passada quando divulgou seus resultados do terceiro trimestre, para revisar suas expectativas pela segunda vez no ano. O banco começou o ano acreditando que as margens financeiras cresceriam entre 7% e 10%.

 
Agora a expectativa é de que cresça entre 2% e 5%. Nos primeiros nove meses, cresceu 2,3%, mesmo com o forte crescimento de 23% da sua carteira de crédito.

 
No Bradesco, a explicação para a revisão das projeções foi a redução do ritmo de crescimento do crédito. O banco previa ter margens maiores entre 4% a 8% e agora estima um crescimento máximo de 3%.

 
O diretor executivo da instituição, Luiz Carlos Angelotti, explicou durante a teleconferência dos resultados do balanço do terceiro trimestre que o crédito representa 75% destas margens e o crescimento mais modesto do que o previsto no início do ano levaram à revisão das margens.

 

Itaú e Santander não divulgaram projeções no início do ano. De acordo com o balanço dos dois bancos, as margens estão caindo. O Santander teve uma queda de 10% na sua margem líquida de juros e o Itaú registrou queda de 12%, ao que o banco atribuiu à mudança de mix de sua carteira.

 

O analista do Goldman Sachs, Carlos Macedo, justamente ressalta esse ponto e diz que todos os bancos estão mais conservadores e crescendo em linhas como consignado, imobiliário e grandes empresas, onde os spreads são menores: “Para crescer em resultado, os bancos estão aumentando a eficiência e focando em serviços.”

 

Apesar do crescimento médio de 12%, as receitas com serviços ainda representam menos de um terço das receitas com crédito. Atingiram, em conjunto, R$ 56,76 bilhões em setembro, ante os R$ 167,8 bilhões de crédito. O Itaú foi o que mais cresceu, com 15,8%, seguido do Bradesco com 14,4%. O diretor do Itaú, Rogério Calderón, disse que este foi uma alta não em função de maior número de clientes, mas porque os clientes estão buscando mais serviços.

 
Fonte: Estadão

“É incontestável a existência de racismo no sistema financeiro.” A afirmação foi feita por Bárbara Vasquez, técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), durante palestra no II Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, encerrado nesta quinta-feira (14), no Hotel São Francisco, no centro do Rio de Janeiro. O evento foi promovido pela Contraf-CUT em parceria com o Sindicato dos Bancários do Rio e a Fetraf RJ-ES.

 

Bárbara comparou os números do Censo Demográfico do IBGE de 2010 com os do Mapa da Diversidade da Febraban em 2008. No censo, as pessoas de cor negra (pardas e pretas) eram 50,7% da população brasileira, as de cor branca 47,7%; amarela, 1,1%; e indígena, 0,4%.

 

Nos bancos, segundo a pesquisa da própria Febraban, essa situação se inverte: os bancários de cor branca são 77,4%; somente 19% são de cor negra (2,3% preta e 16,7% parda); 3,3%, amarela; e 0,3%, indígena. “Há, portanto, uma subrepresentação dos negros nos bancos, confirmando o racismo”, observou.

 

 

RAIS confirma racismo

 

A técnica do Dieese apresentou também dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), extraídos do Registro Anual de Informações Sociais (RAIS), de 2012, que confirmam o racismo: 79,9% dos bancários são de cor branca; apenas 17,1%, negra (14,9%, parda, e 2,2% preta); 2,8%, amarela; e 0,2%, indígena.

 

Segundo a RAIS, a discriminação é maior nos bancos privados, mas também é grande nos públicos. Nos primeiros, 80,7% dos bancários são de cor branca; 16,5% de cor negra (14%, parda e 2,5%, preta); e 2,1% de cor amarela. Nos públicos, 74,8% são de cor branca; 21,9%, negra (19,4%, parda e 2,5% preta); e 3% amarela.

 

Mas o que mais assusta é que os bancos estão “embranquecendo” ainda mais o corpo de funcionários, tanto no setor público quanto no privado. Bárbara comprovou isto também através da RAIS de 2012: o número de negros admitidos em bancos públicos foi de 4.552, enquanto o de brancos foi mais que o dobro, 10.923. Nos privados a diferença é ainda mais assustadora. Foram admitidos naquele ano, 4.364 negros, e um número quase 5 vezes maior de brancos: 19.923.

 

Mesmo com dados tão alarmantes, na mesa temática sobre Igualdade de Oportunidades, os bancos dizem que estão fazendo um esforço para mudar essa situação. O número de negros demitidos também é maior nos privados: 5.169 bancários contra 1.331 nos públicos.

 

 

Negros ganham menos

 

Bárbara enfatizou que o Mapa da Diversidade mostra o tratamento diferenciado também na remuneração. Mesmo trabalhando na mesma função, os negros recebem, em média, 84% do salário dos brancos. O número de negros é menor quanto mais alto é o cargo na hierarquia bancária.

 

No posto de auxiliares de escritório 30% são negros e 69% não negros; no de gerente, 14% são negros e 86% não negros; já no de auditores 88% são não negros e 11% negros; nos cargos de diretores, 95% são não negros e apenas 4%, negros.

 

Entre bancários e terceirizados, são 1.023.120 trabalhadores no sistema financeiro. Deste total, 301.654 são negros, sendo 146.909 homens e 154.745 mulheres. Os não negros totalizam 721.766 pessoas. Destes, 356.408 são homens e 365.058, mulheres. Ao todo, são 503.317 homens e 519.803 mulheres.

 

O rendimento médio mensal das mulheres negras é de R$ 1.752,26; e dos negros, R$ 2.845,15. Entre os não negros, o salário médio é de R$ 4.254,19 e entre as não negras, R$ 2.630,60.

 

Comparando-se apenas os gêneros, os homens recebem uma remuneração média de R$ 3.840,19 e as mulheres R$ 2.360, 69. “Desde 1999, os bancários colocaram o tema da existência da discriminação racial na mesa de negociações, exigindo mudanças, e cláusulas para mudar esta realidade foram incluídas na Convenção Coletiva. Para resolver o problema é necessário insistir e pressionar cada vez mais”, afirmou.

 

Fonte: Contraf-CUT com Olyntho Contente (Seeb Rio)

Terminam nesta segunda-feira, dia 18, as eleições para o Conselho de Administração (CA) da Caixa Econômica Federal. A Contraf-CUT apoia a chapa 130, formada por Fernando Neiva para titular e Maria Rita Serrano para suplente.

 

A participação dos trabalhadores na administração da Caixa é uma conquista histórica dos empregados. O voto é secreto, facultativo e é feito por meio eletrônico. Todos os empregados ativos poderão votar. Não deixe de votar. Hoje é o último dia.

 

 

Fernando Neiva

 

“Fernando Neiva e Rita Serrano têm uma longa trajetória de luta em defesa dos bancários e dos trabalhadores. Temos certeza de que são a melhor opção e a garantia de uma representação real e qualificada dos empregados na defesa de seus direitos junto à mais alta instância de decisão da Caixa, instituição financeira pública indispensável para o desenvolvimento econômico e social do país”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

 

Fernando Neiva é economista com extensão em Agenda das Políticas Públicas: Tendências Contemporâneas e pós-graduação em Políticas Públicas, Estratégia de Gestão. Atualmente, cursa Direito.

 

Ele ingressou na Caixa em 1989 e integrou as diretorias do Sindicato dos Bancários de BH e Região a partir de 1996, tendo sido presidente entre 1999 e 2008. Atualmente, é diretor do Departamento Jurídico da entidade. Foi também membro do Conselho Fiscal da APCEF/MG, diretor da Fenae e da CUT Nacional.

 

 

Rita Serrano

 

Maria Rita Serrano é mestre em Administração, em História e em Estudos Sociais. É empregada da Caixa desde 1989. Foi vice-prefeita de Rio Grande da Serra (SP) e respondeu durante o mandato pela Secretaria de Cidadania do município. É autora do livro O desenvolvimento socioeconômico de Rio Grande da Serra.

 

Ela foi secretária de Finanças da Fetec/SP, integrou por duas gestões o Comitê de Investimento da Funcef e participou da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) entre 2003 e 2009. Presidiu o Sindicato dos Bancários do ABC entre 2006 e 2012. É diretora do Sindicato e da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC.

 

Fonte: Contraf-CUT

Marta Watanabe e Adriana Aguiar
Valor Econômico | De São Paulo

 

A partir de abril, as empresas passarão por uma verdadeira revolução na administração de dados relativos aos trabalhadores. O projeto, capitaneado pela Receita Federal, chamado de E-Social obrigará as empresas a oferecer a órgãos do governo federal informações detalhadas, e praticamente em tempo real, sobre folha de salários, dados tributários, previdenciários e informações relacionadas aos trabalhadores, que vão desde a admissão até a exposição do empregado a agentes nocivos. O receio das empresas é que as informações do E-Social irão resultar em elevação do volume de autuações, tanto fiscais como trabalhistas.

 

Com informações em tempo real, os auditores da Receita conseguirão cruzar valores retidos do Imposto de Renda, informações contábeis e dados sobre salários e encargos pagos aos empregados. O fiscais do Ministério do Trabalho terão acesso a dados sobre afastamentos, licenças, atestados médicos e horas extras pagas. Sem precisar visitar a empresa, terão dados sobre condições insalubres ou jornadas exaustivas de trabalho.

 

Parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que já conta com áreas fiscal e contábil, o E-Social – nome dado pela Receita Federal para a Escrituração Fiscal Digital Social – estava previsto para ser implantado a partir de janeiro. Porém, a Receita anunciou que será publicada nova legislação com o novo cronograma, de acordo com a forma de apuração do imposto de renda. As empresas optantes do lucro real, com receita anual acima de R$ 78 milhões, serão as primeiras e terão até 30 de abril para se adaptar. (veja tabela)

 

O sistema tem um manual de mais de 200 páginas e um conjunto de mais de 20 tabelas, a maioria com centenas de itens de preenchimento. Cada evento trabalhista irá demandar um arquivo eletrônico único, a ser enviado rapidamente ao sistema integrado do E-Social. A admissão do empregado, com todos os dados solicitados, por exemplo, é um evento que requer um arquivo específico e que deve ser enviado de forma eletrônica antes que o empregado inicie suas atividades. Hoje, as empresas têm até sete dias para informar ao Ministério do Trabalho.

 

Além de nome e ocupação, precisará ser acompanhada de descrição das funções, do departamento e até de informações que hoje as empresas nem possuem: se o trabalhador usou recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar a casa própria, por exemplo.

 

“O E-Social irá aumentar de forma significativa a visibilidade das empresas”, diz Marcel Cordeiro, sócio na área trabalhista da Pricewaterhouse Coopers (PwC). Para ele, a quantidade e detalhe das informações que os diversos órgãos do governo passarão a ter sobre as companhias irão resultar em elevação de autuações fiscais. Informações antes esparsas, como aposentadorias especiais por condições insalubres num grupo de trabalhadores dentro da empresa, por exemplo, serão facilmente detectadas e poderão levar à exigência de uma alíquota maior da contribuição previdenciária, além de fiscalização do ministério.

 

“Não sabemos como os dados serão usados pela fiscalização para as autuações, mas as empresas terão menos tempo para corrigir informações “, diz Oziel Estevão, sócio do Honda Estevão Advogados. Atualmente, as empresas conseguem detectar eventuais erros em auditorias internas entre seis meses e um ano. Como o E-Social permitirá o acesso e processamento das informações de forma mais rápida pela fiscalização, avalia Estevão, talvez as empresas não tenham tempo hábil para correções. Isso poderá provocar maior pedido de informações ou autuações.

 

Fábio Medeiros, sócio do Machado Associados, destaca o acompanhamento necessário para que possíveis inconsistências detectadas não bloqueiem a emissão das certidões negativas de débitos, documento essencial para a atividade das empresas. Com os documentos atuais, que possuem volume menor de dados, diz, esse acompanhamento já é rigoroso. Com o E-Social, o ajuste precisará ser muito mais fino. Atualmente, a empresa informa à Receita qual a base tributável pela contribuição previdenciária. “Com o E-Social, a fiscalização fará, com base nos dados, o cálculo sobre o que considera a base tributável.”

 

Na seara trabalhista, o efeito será o mesmo. “A fiscalização saberá o número de horas trabalhadas sem precisar verificar o relógio de ponto da empresa”, diz Medeiros. “A repercussão nessa área poderá ser maior que na tributária previdenciária.”

 

A implantação do E-Social deve ser a mais complexa do que os módulos fiscal e contábil do Sped, na opinião de Marcus Vinícius Gonçalves, sócio da KPMG. O desafio, diz ele, não é somente a quantidade, mas a diversidade de informações. Enquanto o Sped para as áreas contábil e fiscal se alimenta basicamente no setor de contabilidade, de contas a pagar e da área de compras, o cumprimento do E-Social exige esforço maior.

 

São necessários dados do setor de recursos humanos – folha de pagamentos, impostos e contribuições, cadastros -, do financeiro – tributos, recolhimentos, pagamentos de terceiros e dados contábeis – e de tecnologia de informação, para extração de dados, interfaces e segurança de informação. O fluxo de informações inclui também os dados sobre medicina e segurança do trabalho. Além disso, diz Gonçalves, o jurídico trará as informações sobre as ações judiciais, exigidas em módulo que será implementado posteriormente. “Isso vai exigir uma integração muito maior da empresa”.

 

Outra dificuldade apontada por Gonçalves está em como lidar com as informações que hoje são geradas em papel e que terão que migrar para o sistema, como atestados de exames médicos admissionais, periódicos e demissionais. “Isso, via de regra está em papel, arquivado na pasta do funcionário e deve haver uma mudança na rotina da empresa.”

 

A transmissão em tempo real de informações também tem preocupado empresas. Segundo Gonçalves, a companhia terá que revisar, antes do sistema entrar em vigor, a sua política trabalhista atual, “sob pena de confessar práticas que a empresa adota que violam a legislação”.

 

É o caso, por exemplo, de empresas que autorizam o funcionário a fracionar as suas férias, o que não é permitido pela legislação. Hoje o trabalhador pode vender dez dias de suas férias, mas tem que tirar os outros 20 dias de uma só vez. Segundo Gonçalves, como o controle de jornada também será fornecido ao sistema, isso poderá trazer conflitos sobre essas informações, se o trabalhador volta de férias antes do tempo previsto para posteriormente tirar os dias que lhe faltam. ” A empresa terá que definir qual será a sua conduta a partir disso. Se cumprirá a legislação, ou correrá risco”, diz.

 

Muitas companhias ainda não despertaram para as mudanças que devem ocorrer no ano que vem, segundo o sócio da KPMG. “Desde o mês passado, a quantidade de empresas que nos procuraram aumentou exponencialmente, mas estamos com um prazo bastante apertado”, diz. Isso porque a alteração será grande nas companhias e deve haver, segundo Gonçalves, uma revisão geral da área trabalhista antes da implantação, que vai desde a atualização de dados cadastrais até práticas das empresas e análise de ações judiciais trabalhistas, que entrarão num próximo módulo.

 

Para Carlos Henrique de Oliveira, professor de direito da Fundação Getulio Vargas (FGV) e representante do Ministério da Fazenda no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a implantação do E-social deve facilitar a vida das empresas. Em vez de enviar informações baseadas na folha de pagamentos para os órgãos federais, esses dados serão disponibilizados em um único sistema, que armazenará a folha de pagamentos. Esse sistema poderá ser verificado pelos órgãos competentes e pelos próprios trabalhadores que, a longo prazo, também poderão acessar. “Isso evita que hajam informações desencontradas e inconsistências”, diz Oliveira.

 

A mudança será benéfica para todos, segundo Oliveira, já que informações erradas poderiam causar transtornos para a companhia, para a fiscalização e para o trabalhador. “A longo prazo, diminuirá a exigência de obrigações acessórias que terão que ser fornecidas para as companhias, os funcionários terão mais clareza sobre sua situação e a fiscalização terá maior controle das informações”.

 

Fonte: Valor Econômico

O Sindicato dos Bancários de São Paulo realizou uma sardinhada na entrada da agência Benedito Calixto do Bradesco, em protesto contra a pressão por metas abusivas e o assédio moral que tem provocado o sofrimento dos bancários.

 

“O Sindicato vem recebendo uma série de denúncias de trabalhadores de todas as agências dessa regional do banco que, além da Benedito Calixto, administra mais oito unidades. Queremos que o ato desta quinta seja entendido como um recado para toda a regional”, disse o diretor da entidade, Alexandre Bertazzo.

 

Durante o protesto, dirigentes sindicais denunciaram aos clientes do banco e à população as condições de trabalho dos bancários no local.

 

A agência Benedito Calixto é uma das unidades com grande número de funcionários afastados por adoecimento. “Os trabalhadores estão adoecendo diante de tanta sobrecarga, pressão e desrespeito. O Sindicato não vai tolerar que essa situação continue”, acrescentou.

 

Bertazzo destacou ainda que as nove agências dessa regional do Bradesco não são exceção. “É importante ressaltar que essa política de metas cada vez maiores, de pressão e de assédio moral é adotada em todo o banco”, denunciou.

 

O dirigente sindical lembra ainda que a categoria conquistou na campanha de 2010 um instrumento de combate ao assédio moral, que garante o anonimato de quem denuncia e prevê que as instituições financeiras tomem providências após apuração.

 

As sardinhas assadas na calçada foram distribuídas a clientes do banco e pessoas que passavam pelo local.

 

Fonte: Seeb São Paulo

Para alertar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em parceria com Instituto Lado a Lado pela Vida, vão iluminar pontos turísticos em várias cidades e distribuir panfletos explicativos no movimento chamado Novembro Azul. O tema da campanha – Um Toque, um Drible – pretende conscientizar os homens sobre a necessidade de se submeter a exames preventivos.

 

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) informam que no ano passado foram identificados mais de 60 mil novos casos da doença. O instituto considera câncer de próstata uma doença da terceira idade, porque cerca de três quartos dos casos no mundo surgem a partir dos 65 anos. De acordo com Eduardo Ribeiro, uro-oncologista do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, os homens estão mais conscientes, “não tanto quanto as mulheres, que vão ao ginecologista desde adolescentes, mas a gente não vê mais tanta resistência”, contou Ribeiro.

 

A próstata é uma glândula presente nos homens, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. O câncer pode ser descoberto inicialmente no exame clínico, um toque retal, exame que enfrenta a resistência de muitos homens, combinado com o resultado de um exame no sangue. Se detectado o tumor, só a biópsia é capaz de confirmar a presença de um câncer. Segundo a SBU, quando descoberto no início, 90% dos casos de câncer de próstata são curáveis. De acordo com Ribeiro, pessoas que têm casos de câncer de próstata na família, obesas, e negras têm mais risco de desenvolver a doença.

 

Segundo o Inca, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás do câncer de pele. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando 10% do total de cânceres. A taxa de incidência do câncer de próstata é seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

 

Na fase inicial, o câncer da próstata não costuma apresentar sintomas. Quando surgem são parecidos com os do crescimento benigno da próstata: dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite. Na fase avançada, a doença pode provocar dor nos ossos, problemas para urinar e, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

 

O tratamento vai depender do estágio da doença, e pode ser feito com cirurgia, radioterapia, tratamento hormonal e algumas vezes apenas observação médica. As ações do Novembro Azul preveem, além de uma iluminação azul em pontos turísticos, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Congresso Nacional, em Brasília, a distribuição de panfletos em estádios de futebol durante o campeonato brasileiro.

 

A SBU vai entregar uma lista de sugestões aos parlamentares, entre elas a criação de centros de Referência em Saúde do Homem, para melhorar seu acesso ao SUS, assim como acontece com as mulheres.

 

Fonte: Agência Brasil