Junho 23, 2025
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Na tarde desta sexta-feira (30), foi realizada a mesa de Negociação Nacional Bancária sobre Diversidade, Inclusão e Pertencimento, na qual os representantes dos trabalhadores bancários obtiveram da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) dados sobre os avanços nas cláusulas negociadas na última Campanha Nacional, que resultou na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com vigência até 2026.

A Fenaban apresentou os resultados de uma pesquisa com 35 bancos — que representam mais de 90% da categoria — destacando progressos importantes nas áreas de inclusão de pessoas com deficiência (PCDs), ampliação das licenças maternidade e paternidade, além do compromisso com o 4º Censo da Diversidade e do acolhimento da proposta de criação de um protocolo para enfrentamento à casos de racismo e LGBTfobia, especialmente de clientes contra funcionários.

Pessoas com deficiência (PCD)

O levantamento da Fenaban revelou que 18.528 pessoas com deficiência atuam no setor bancário, o que corresponde a 4,28% da categoria.

Sobre o cumprimento da Cláusula 116 da CCT — que garante abono de ausência para reparo ou conserto de próteses —, foram registradas 101 ocorrências: 52 delas entre setembro e dezembro de 2024 e 49 de janeiro a abril de 2025.

“A Cláusula 116 da nova CCT começou a ser aplicada assim que foi assinada. Só entre setembro e dezembro do ano passado, tivemos 52 trabalhadores utilizando esse direito, o que mostra a importância dessa conquista para os PCDs da categoria”, destacou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Licença-maternidade e licença-paternidade

De acordo com os dados apresentados:

84% dos bancos já ampliaram a licença-maternidade de 120 para 180 dias e a licença-paternidade de 5 para 20 dias;

6% disseram que adotarão essa ampliação até o primeiro semestre de 2026;

Outros 6% ainda estão analisando e 4% não deram previsão;

100% dos bancos garantem o mesmo tratamento a casais homoafetivos.

Os números demonstram o avanço na utilização do benefício:

  • Das 7.269 licenças-maternidade concedidas, 99,6% (7.240) foram de 180 dias;
  • Das 6.770 licenças-paternidade, 99,4% (6.732) foram de 20 dias.

Questões LGBTQIA+

Entre os bancos que responderam à pesquisa:

  • 97% reconhecem uniões homoafetivas estáveis e aplicam os direitos da CCT aos cônjuges;
  • 71% orientam que cônjuges do mesmo sexo tenham acesso ao plano de saúde do companheiro bancário;
  • 3257 pessoas já são dependentes nos planos de saúde dos seus cônjuges dentro dessas instituições;
  • Sobre declarações de repúdio à discriminação LGBTQIA+:
    • 71% já publicaram;
    • 14% farão isso até o fim de 2025;
    • 3% até o primeiro semestre de 2026;
    • 11% estão pendentes.
  • Sobre declarações de apoio à igualdade com destaque às pessoas trans:
    • 69% já declararam;
    • 11% farão em 2025;
    • 3% até o primeiro semestre de 2026;
    • 17% estão pendentes.
  • Informações internas sobre respeito à população LGBTQIA+:
    • 91% dos bancos informam seus empregados;
    • 6% farão isso até 2025;
    • 3% estão pendentes.
  • Canais de apoio:
    • 86% dos bancos disponibilizam canais para tratar de temas LGBTQIA+;
    • 8% irão implementar ainda este ano;
    • 3% até o 1º semestre de 2026;
    • 3% seguem pendentes.

Vale destacar que 94% desses canais são os mesmos utilizados para denúncias de assédio moral, sexual e outras formas de violência.

População trans

A pesquisa da Fenaban identificou 233 pessoas trans trabalhando no setor bancário. Os dados mostram que:

  • 77% dos bancos que responderam à pesquisa têm pessoas trans em seus quadros;
  • 20% não forneceram a informação;
  • 3% afirmaram não controlar esse dado.

Além disso:

  • 100% dos bancos garantem o direito ao uso do nome social;
  • Sobre a divulgação de iniciativas de diversidade, inclusão e pertencimento:
    • 74% dos bancos já disponibilizam essas informações aos empregados;
    • 14% farão isso até 2025;
    • 3% até o 1º semestre de 2026;
    • 9% estão pendentes.

4º Censo da Diversidade

O Comando Nacional dos Bancários cobrou a criação de um grupo de trabalho para a construção do 4º Censo da Diversidade, compromisso assumido pelos bancos na última campanha.

A Fenaban informou que contratou o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) para conduzir a pesquisa e apresentou um cronograma: o censo será aplicado na terceira semana de setembro de 2025, com divulgação dos resultados a partir de fevereiro de 2026.

O próximo encontro para definição do questionário e do cronograma acontecerá na quinta-feira, 5 de junho, às 14h, com a participação de bancários, Fenaban, Ceert e o Dieese.

“Conhecer a composição da categoria por meio do Censo da Diversidade é essencial para garantir políticas de inclusão, avanço de direitos e a proteção do que já conquistamos. Não dá para avançar sem diagnóstico”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Protocolo de atuação em casos de racismo e LGBTfobia

Durante a mesa, os representantes dos bancários solicitaram a criação de um grupo de trabalho para elaborar um protocolo de atuação em casos de racismo e LGBTfobia, tanto entre colegas de trabalho quanto de clientes contra trabalhadores.

“A formação precisa vir acompanhada da ação para coibir esses tipos de violência. Recebemos denúncias de diversos casos de funcionários que sofreram racismo e os trabalhadores não souberam como reagir, porque não foram preparados. Então, a nossa proposta é desenvolver um protocolo que acolha e que coíba esses crimes, para proteger a categoria”, explicou a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis.

A Fenaban reconheceu a importância do tema, mas como não estava preparada para tratá-lo nesta reunião, sugeriu que o assunto seja debatido em uma próxima mesa.

Fonte: Contraf-CUT

 

A coordenação da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, a Fenae, a Fenag e a representante eleita pelos empregados para o Conselho de Administração da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, se reuniram com o banco, nesta sexta-feira (30), para tratar sobre a situação das cerca três mil telefonistas terceirizadas que prestam serviços nas unidades da Caixa em todo o país.

Após pressão das entidades, o banco garantiu que não haverá nenhuma demissão até o final do ano e que oferecerá cursos de requalificação para que, a partir do ano que vem, conforme os contratos forem vencendo, as profissionais consigam a realocação na própria Caixa, ou em outras empresas, garantindo prioridade para aquelas que possuem filhos com necessidades especiais, as que estão próximas à aposentadoria, ou estejam em situações vulneráveis.

“Muitas destas profissionais trabalham há mais de 20 anos na Caixa e o banco havia anunciado a possibilidade do encerramento do contrato, o que as deixaria de imediato sem emprego”, disse o coordenador da CEE, Felipe Pacheco. “Mas, com a união de trabalhadores de diversas categorias, conseguimos reverter a decisão”, completou.

Desde quando soube da possibilidade de demissão das telefonistas, a CEE/Caixa, manteve contato com as profissionais e outras entidades de representação de categorias terceirizadas que prestam serviços para o banco e se reuniu com a Caixa para obter informações e lutar pela manutenção do emprego das profissionais ameadas pelo desemprego.

“A princípio conseguimos que as demissões fossem suspensas por 30 dias e, na última quarta-feira (28), em nova reunião com o banco, nos foi informado que as demissões estavam suspensas até nova decisão”, informou Felipe Pacheco. “Hoje tivemos essa boa notícia, de que os contratos que vencem neste ano serão renovados”, completou.

“Durante todo esse processo, ficou muito clara a importância da organização dos trabalhadores em torno de suas entidades de representação e associativas. E foi essa organização e união dos trabalhadores que fez com que a Caixa revisse sua posição”, disse o diretor da Contraf-CUT, Rafael de Castro. “São exemplos como esse que renovam nossa fé na luta e na importância das entidades sindicais dos trabalhadores. Por isso, filie-se e fortaleça o sindicato de sua categoria”, completou.

Diálogo e transparência

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, “a Caixa precisa manter, sempre, essa postura de diálogo com os trabalhadores e suas entidades de representação, sejam bancários, ou de serviços terceirizados. Ainda mais em um caso como esse, que poderia levar mais de três mil, pessoas ao desemprego”.

“É bom que existam espaços democráticos, como a mesa de negociações, para tratar de questões que envolvam os trabalhadores”, disse Fabiana Uehara Proscholdt, representante eleita pelas empregadas e empregados no Conselho de Administração da Caixa.

É no Conselho de Administração que são definidas as questões estratégicas da Caixa. “E é lá que eu defendo a valorização dos trabalhadores, o respeito às suas entidades de representação e associativas, o investimento em infraestrutura e a manutenção do caráter público do banco e sua atuação voltada ao social, de atendimento à população brasileira e fornecimento de crédito com taxas justas para quem mais precisa”, explicou Fabi, como a conselheira é conhecida por seus colegas de trabalho no banco.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião com a Caixa, realizada na quarta-feira (28), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) cobrou explicações sobre os atrasos no calendário estabelecido pelo banco para a vacinação contra a gripe aos seus empregados e empregadas.

“Já estamos em maio e diversos sindicatos, principalmente da região Sul do país, estão recebendo demandas de empregadas e empregados pela vacinação contra a gripe”, disse o coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco, ao observar que nevou em cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina na madrugada e início da manhã desta quinta-feira (29) e a previsão é de queda de temperatura para este final de semana.

“Outros bancos já iniciaram, desde o começo de abril, a vacinação aos seus funcionários. E isso faz com que os empregados da Caixa fiquem ainda mais apreensivos”, completou o representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Tesifon Quevedo Neto.

Fique bem?

A Caixa afirmou que a vacinação está atrasada no banco devido à falta de doses disponíveis no mercado. “O atraso na vacinação provoca outros problemas, uma vez que permite o aumento do adoecimento e o consequente afastamento para o tratamento. Quem não adoece, num primeiro momento, e continua trabalhando, acaba ficando ainda mais sobrecarregado devido ao absenteísmo e isso vira uma bola de neve”, disse a representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-SP), Luiza Hansen.

Luiza observa também que, além do adoecimento, a falta da vacina também atinge o bolso dos empregados. “Se há o aumento do adoecimento, isso também afeta o Saúde Caixa. E esse custo afeta a todos os usuários do plano, que já tem seus custos bastante altos. Assim, ao invés da medicina preventiva, que ajuda na redução dos custos do plano, o atraso na vacinação pode gerar ainda mais os custos”, explicou.

O representante da Fetec-PR e coordenador do Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito, João Paulo Pierozan, lembrou que a vacina contra a gripe faz parte do programa Fique Bem e ser vacinado é uma das exigências que devem ser cumpridas pelos empregados para o recebimento do delta.

“Se a pessoa tomar a vacina que é dada pelo SUS será considerado que a exigência foi cumprida? E se o empregado não conseguir se vacinar ele será prejudicado por não cumprir essa exigência? São algumas questões que a Caixa precisa avaliar e nos responder”, disse. O banco ficou de dar a resposta aos questionamentos.

>>>>> Veja quais são os critérios e exigências para o delta 2025

Vacinação em outros bancos

No Itaú, a campanha de vacinação contra a gripe começou nos polos administrativos no dia 2 de abril. O calendário se estende até 30 junho nas agências e clínicas credenciadas. No Santander, a vacinação começou no dia 5 de abril e segue até 30 de junho, mesmo prazo final da campanha no Banco do Brasil, que também começou em abril.

No Bradesco, a vacina está disponível desde 12 de maio e o calendário para a imunização em cada local de trabalho foi disponibilizado para funcionários e o movimento sindical. Quem não puder se vacinar na data definida, pode se vacinar em clínicas credenciadas.

“A vacinação contra a gripe nos bancos vem sendo realizada já faz muitos anos. É um compromisso assumido por reivindicação do movimento sindical”, observou o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles. Ele ressalta também os avanços da conquista da categoria em relação à vacina que é aplicada pelo SUS. “Além de imunizar toda a categoria, independentemente da idade, a vacina aplicada pelos bancos é quadrivalente, superior a trivalente, que é aplicada pelo SUS”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

Os empregados do Itaú em todo o Brasil aprovaram o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para o pagamento da Participação Complementar nos Resultados (PCR), referente aos exercícios de 2025 e 2026.

Na base do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, a ACT foi aprovada por 100% dos votantes.

E em todos os Sindicatos dos Bancários filiados à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), a proposta também foi aprovada.

Angra dos Reis e Região: 96,88%
Baixada Fluminense: 100%
Espírito Santo: 96,92%
Itaperuna e Região: 100%
Macaé e Região: 92,86%
Nova Friburgo e Região: 98,41%
Três Rios e Região: 97,67%

A proposta consiste nos seguintes termos:

  • Para 2025: reajuste de 6,25% no valor da PCR (equivalente à inflação de março medida pelo INPC + 1%) e ROE de até 22,1% para a primeira faixa, e acima de 22,1% para a segunda faixa;
  • Para 2026: reajuste conforme o índice negociado para a categoria e ROE de 22,1% para a primeira faixa, e acima de 22,1% para a segunda faixa.
  • Os valores propostos por faixa são:
  • Primeira faixa (ROE até 22,1%): R$ 3.908,05
  • Segunda faixa (ROE acima de 22,1%): R$ 4.096,42

"O lucro do Itaú segue crescendo cada vez mais, resultado da dedicação e do esforço dos bancários, que merecem ser valorizados corretamente. O PCR é fruto de muita luta dos trabalhadores e de muita pressão do movimento sindical. É um pagamento adicional à PLR da Convenção Coletiva de Trabalho, feito como reconhecimento ao trabalho dos bancários, que agora terão um aumento no valor recebido graças à negociação conduzida pelo Sindicato”, afirma Valeska Pincovai, uma das coordenadoras da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Fonte: Contraf-CUT e Fetraf RJ/ES

Em mais um campeonato emocionante e numa final que terminou em goleada, a equipe do Barriga de Cadela se sagrou a campeã do Torneio de Futebol dos Bancários 2025.

O campeonato foi realizado pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense neste último sábado, 31 de maio, na Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB), em Xerém.

As equipes participantes, foram Bayern de Muleta, Real Matismo, Resenha Itaú, Real Madruga, Brigadeiro, Barriga de Cadela e Raiz FC. 

Elas foram divididas em dois grupos e a duas equipes que mais pontuaram, disputaram o título.

Com destaque para Leleco, autor de 3 gols na final, a equipe Barriga de Cadela derrotou o Bayern de Muleta por 5 a 1, e foi a CAMPEÃ do TORNEIO DE FUTEBOL DOS BANCÁRIOS 2025.

Após a cerimônia de premiação, todos os participantes puderam confraternizar com muito churrasco, música e alegria.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense agradece a participação de todos.

Confira como foi:

 

Grupo A
 
Bayern de Muleta 
Real Matismo
Resenha Itaú 
Real Madruga 
 
Grupo B
 
Brigadeiro 
Barriga de Cadela 
Raiz FC
 
Jogos 
 
Bayern de Muleta 2 x 0 Real Matismo
Brigadeiro 0 x 4 Barriga de Cadela 
Resenha Itaú 1 x 2 Real Madruga 
Brigadeiro 0 x 4 Raiz FC
Bayern de Muleta 1 x 1 Resenha Itaú 
Barriga de Cadela 3 x 0 Raiz FC
Real Madruga 1 x 2 Real Matismo
Bayern de Muleta 1 x 0 Real Madruga 
Real Matismo 3 x 3 Resenha Itaú 
 
Final 
 
Barriga de Cadela 5 - 1 Bayern de Muleta
 
Artilheiro 
 
Leleco (Barriga de Cadela)
 
Goleiro menos vazado 
 
Felipe Ted (Barriga de Cadela)

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reuniu novamente com a direção do banco na manhã desta quinta-feira (29) para dar continuidade às discussões sobre as políticas de diversidade da instituição. O encontro deu sequência à primeira reunião, realizada em 2 de abril, quando o banco apresentou algumas das iniciativas adotadas em 2024 para promover a diversidade e a inclusão no ambiente de trabalho.

Durante a reunião desta quinta-feira, o Santander trouxe respostas a questionamentos feitos pela COE na ocasião anterior e apresentou os resultados do censo realizado com seus trabalhadores. Segundo os dados divulgados, 51% do quadro de funcionários respondeu ao censo, o que representa cerca de 26 mil trabalhadores.

O banco também apresentou aos representantes dos trabalhadores o programa “Seu Jeito”, voltado aos cuidados com a saúde e o bem-estar dos funcionários. A iniciativa integra um conjunto de ações do Santander que visam a construção de um ambiente mais acolhedor, saudável e inclusivo para todos os seus funcionários.


Além disso, se comprometeu a disponibilizar aos dirigentes sindicais o acesso ao curso e aos materias de combate aos assedios moral e sexual e à discriminação, e às cartilha de inclusão/acessibilidade e a nova cartilha de tecnologia assistiva. Também foi informado que o Santander está implementando um novo protocolo de prevenção e enfrentamento ao assédio e à discriminação.

A coordenadora da COE Santander, Wanessa de Queiroz, destacou a importância da divulgação do censo como instrumento de fortalecimento das pautas de diversidade e inclusão dentro do banco. “Reivindicamos que o banco divulgue amplamente o censo realizado internamente, não apenas para os funcionários da ativa, mas também para os demais trabalhadores do conglomerado. Essa transparência é fundamental para que possamos dialogar com base em dados e reforçar a importância de uma política efetiva de diversidade. É a partir dessas informações que conseguimos cobrar ações concretas voltadas ao empoderamento das mulheres, especialmente das mulheres negras, dos homens negros e das pessoas com deficiência. Esses grupos precisam ter garantido o direito de continuar ascendendo e participando ativamente da organização como um todo, em especial nos cargos de liderança. Ao final da reunião, o banco se comprometeu a disponibilizar aos dirigentes sindicais o acesso ao curso de prevenção aos assédios morais e sexuais, bem como aos materiais de combate ao assédio e à discriminação, o que consideramos um avanço importante.”

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal encerrou, nesta quarta-feira (28), as negociações sobre questões específicas de caixas e tesoureiros do banco, que estavam pendentes desde a Campanha Nacional dos Bancários do ano passado. A decisão do banco foi tomada depois que a representação dos trabalhadores se recusou a dar o aval para a retirada de direitos dos trabalhadores. Na reunião desta quarta, o banco se comprometeu a não mexer com o quadro atual e os direitos dos trabalhadores e, caso pretenda realizar alguma mudança, trazer para negociação com a representação dos empregados.

Na Campanha Nacional de 2024, a Caixa foi o último dos cinco principais bancos do país a concluir as negociações, pois insistia na retirada de direitos, o que não foi aceito pelo movimento sindical.

“A Caixa queria que fizéssemos um acordo sem nos dar qualquer tipo de garantia. Desde as negociações no ano passado, a proposta era a de retirar direitos dos trabalhadores em troca de 500 nomeações efetivas (posteriormente o banco aumentou para 750 nomeações), sem sequer garantir a manutenção destas funções por pelo menos um ano”, explicou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco. “Na Campanha Nacional de 2024, a Caixa chegou a dizer que o objetivo era reduzir o passivo trabalhista. Hoje conseguimos que o banco não mexa nestes direitos”, completou.

Felipe lembrou que, nas negociações de 2024, o banco sequer garantia que as empregadas e empregados que exercem as atividades de caixa executivo e tesoureiro executivo sem nomeação efetiva seriam as pessoas nomeadas e tampouco quis informar o número de empregados que exercem estas funções por minuto, impossibilitando afirmar que seria o fim da atividade por minuto na Caixa.

Compromisso da Caixa

A representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Fetec) do Centro Norte, Tatiana Oliveira, acrescentou que “hoje a Caixa afirmou que não irá mexer com o quadro atual e, caso a empresa pretenda realizar alguma mudança, irá trazer para negociação com a representação dos empregados. É um compromisso importante, pois a apreensão dos colegas caixas e tesoureiros quanto ao futuro de suas funções é grande”.

Relembre como foram as negociações

Quebra de caixa

Com relação à quebra de caixa, mesmo se houvesse acordo, o banco continuaria questionando na Justiça o pagamento de forma acumulada com a gratificação de função. “A princípio, o banco queria que os empregados renunciassem o direito do recebimento da verba de quebra de caixa e que essa renúncia fosse incluída do ACT. Com as negociações, a Caixa deixou de fazer essa exigência, mas disse que continuaria questionando este direito na Justiça, mesmo havendo jurisprudência de que a verba de quebra de caixa e a gratificação de função têm natureza distintas”, lembrou Tatiana, que, além de representante da Fetec-CUT/CN, é presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e faz parte do Comando Nacional dos Bancários.

“O banco queria, ainda, impedir que os novos nomeados acionassem a Justiça para receber a verba de quebra de caixa que não foi paga pelo banco, por que ele entende que esta verba não pode ser paga de forma cumulativa com a gratificação de função”, completou a secretária de Formação da Contraf-CUT, Eliana Brasil, que representa a Contraf-CUT na mesa de negociações com a Caixa.

Intervalo 10/50

Se o acordo fosse aceito, o banco também manteria sua posição de não reconhecimento do direito da pausa de 10 minutos após 50 minutos trabalhados pelos caixas.

Tesoureiros

As novas designações para tesoureiro executivo seriam apenas para jornada de seis horas, com redução salarial. Aqueles que hoje têm jornada de oito horas poderiam optar pela jornada de seis horas e fazer uma CCV para acerto dos cinco últimos anos. Quem não tem ação de 7ª e 8ª horas não poderia mais requerer o pagamento das horas realizadas a partir da assinatura do acordo, podendo buscar na Justiça apenas as horas realizadas anteriores à assinatura.

Outros assuntos

Outras pautas foram tratadas na reunião desta quarta-feira (28), como o programa Teia, a manutenção das telefonistas terceirizadas, o Saúde Caixa e um calendário de reuniões de negociação.

Teia

A CEE questionou a Caixa sobre as garantias para os trabalhadores que atuam no programa Transformação, Engajamento, Inovação e Aprendizado (Teia), criado para levar a Caixa à transformação digital. O Projeto Teia tem gerado preocupações e angústias entre os empregados.

O banco reafirmou que não haverá perda salarial para aqueles que voltarem para suas unidades de origem e nem ocorrerão retaliações.

“É preciso que o banco coloque por escrito esse compromisso de que não haverá retalhação, e nem haverá risco de perda de função, nem do porte daqueles que optarem por retornar, garantindo assim os mesmos direitos que essa pessoa tinha quando atendeu ao chamado do banco para fazer parte do programa”, reforçou Rafael de Castro.

Telefonistas

A CEE/Caixa cobrou esclarecimentos sobre o processo de demissão de aproximadamente três mil telefonistas que atuam no banco. Após pressão das entidades representativas dos trabalhadores, a medida foi suspensa inicialmente por 30 dias.

Na reunião desta quarta-feira, os representantes do banco afirmaram que as demissões permanecerão suspensas até que haja uma nova definição por parte da direção da empresa.

Saúde Caixa

A Caixa apresentou à CEE uma proposta de implementação dos comitês de credenciamento e descredenciamento do Saúde Caixa, a serem implementados na primeira quinzena de julho. O calendário está sendo avaliado pela comissão.

A representação dos empregados fez um protesto contra a manutenção do teto de gastos do banco com a saúde do seu quadro de pessoal, estabelecido desde 2017 no Estatuto Social da Caixa em 6,5% da folha salarial dos empregados.

“Lamentamos a falta de disposição da Caixa, que não se empenhou na interlocução necessária para resolver o assunto. É preciso que haja mais afinco para resolver a questão da retirada do teto, uma das prioridades para as empregadas e empregados”, disse o coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco.

Desde quando o teto foi inserido no Estatuto da Caixa, os empregados pedem a sua exclusão. O tema foi pauta de diversas reuniões na Campanha Nacional dos Bancários de 2024, tratado com o banco e órgãos do governo antes e depois das negociações e, desde fevereiro, vem sendo tratado massivamente em atividades com os empregados, por meio da campanha “Queremos Saúde, Caixa!”.

“Vamos continuar com as atividades pelo reajuste zero das mensalidades do Saúde Caixa e pelo aumento da participação da Caixa no custeio do plano, o que é possível somente com o fim do teto estabelecido no Estatuto, até que haja uma solução que impeça novos aumentos das mensalidades”, afirmou Felipe Pacheco.

Calendário de negociações

A CEE cobrou a retomada das negociações com o banco, que vai elaborar um cronograma de datas para as reuniões e enviar para a avaliação da representação dos empregados.

Fonte: Contraf-CUT

O Coletivo Nacional de Diversidade (antigo CGROS) reuniu-se na última terça (27) para elaborar a agenda de trabalho para o 2º semestre de 2025 e propostas que subsidiarão as negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que irão se reunir na próxima sexta (30) para a mesa "Negociação Nacional Bancária sobre Diversidade, Inclusão e Pertencimento".

Renata Soeiro, Coordenadora Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e Diretora de Estudos e Planejamento da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), participou da reunião, virtualmente.

Neste encontro, os membros do Coletivo Nacional da Diversidade destacaram a urgência em transformar os compromissos formais em ações concretas nos bancos, como cobrar dados e mecanismos efetivos de fiscalização das cláusulas de diversidade já conquistadas, avançar na contratação e ascensão de grupos sub-representações (negros, pessoas com deficiência/PCDs, mulheres e pessoas LGBTQIA+) e aceleração dos preparativos para o 4º Censo da Diversidade (2026), “uma conquista de última acordo coletivo e ferramenta importante para embasar nossas discussões com o banco, medir avanços, identificar retrocessos”, enfatiza a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis.

"Não basta ter cláusulas no acordo. Queremos ver números que comprovem a redução das desigualdades. Tivemos avanços importantes nesses temas, mas ainda há muito a fazer para que, de fato, tenhamos um espaço de trabalho mais inclusivo e livre de preconceitos”, ressalta a dirigente.

Elaine Cutis informou também aos dirigentes de sindicatos e federações presentes, de várias partes do país, sobre uma Campanha Nacional da Diversidade, ainda em desenvolvimento. "Este é o momento de construir e colocar na rua esse trabalho, para combater os retrocessos que sofremos, em anos anteriores, com o fortalecimento dos preconceitos e várias formas de violência contra a população minorizada (mulheres, negros, LGBTs e PCDs)".

Incentivo para categoria participar das conferências

Outro debate aprofundado no encontro do Coletivo Nacional da Diversidade foi que a categoria participe das conferências nacionais. "São espaços estratégicos, onde a sociedade civil organizada, como nós, do movimento sindical bancário, temos a oportunidade de ajudar na construção de debates e do que virão a ser as políticas de fato", observa Elaine Cutis. 

Clique aqui para acessar as agendas das conferências deste ano, disponibilizada no site Brasil Participativo, do governo federal.

Entre as conferências que seguem ativas está a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (CNPM). Várias etapas são realizadas, para garantir a participação popular, começando pelas conferências livres, que poderão ser organizadas por qualquer tipo de coletivo e por onde devem ser eleitos delegados que irão representar as propostas construídas nas etapas seguintes.

No caso da CNPM, a etapa de realização das conferências livres irá até o dia 15 de agosto e a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, está organizando a realização de uma na sede da entidade, ainda com data a ser definida.

"Nós temos outras séries de conferências fundamentais e relacionadas às políticas de diversidade que defendemos: de igualdade racial, da pessoa idosa, das cidades, segurança alimentar e da juventude. É importante que todos nós, em cada região, nos apropriemos desses espaços tão importantes", conclui Elaine Cutis.

Próximos encontros do coletivo

Datas ainda não foram definidas, mas os dirigentes presentes compactuaram a necessidade de realizar encontros periódicos. A secretária Elaine Cutis se comprometeu a enviar um comunicado, o mais breve possível, com a data para uma nova reunião.

Fonte: Contraf-CUT

Uma reportagem publicada pelo jornal britânico The Guardian em 15 de maio expôs graves denúncias contra o banco espanhol Santander, acusado de financiar o desmatamento em larga escala no bioma do Gran Chaco, um dos ecossistemas mais importantes da América do Sul. A matéria, baseada em investigação da ONG Global Witness, aponta que o banco co-organizou US$ 1,3 bilhão em financiamento para a agroindústria argentina Cresud, que já desmatou mais de 170 mil hectares de floresta nativa.

De acordo com o The Guardian, o financiamento promovido pelo Santander está diretamente ligado à destruição de uma área crítica que abrange partes da Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil — e que já perdeu quase metade de sua vegetação original. “Estamos testemunhando um ecocídio”, afirmou à reportagem um dos líderes indígenas da região, denunciando que comunidades como o povo Qom estão sendo forçadas a deixar suas terras e perdendo seus modos de vida por conta da devastação patrocinada por grandes grupos econômicos.

Compromissos ambientais em xeque

O Santander publicou, em 2018, uma política de sustentabilidade que prevê restrições a atividades que envolvam desmatamento e assumiu o compromisso público de zerar suas emissões líquidas até 2050. No entanto, a investigação mostra que essas diretrizes não estão sendo cumpridas na prática, uma vez que o banco continua financiando empresas com atuação questionável do ponto de vista ambiental e social. “Apesar das promessas, o banco aparece entre os principais financiadores de companhias que operam em áreas de alto risco de desmatamento, comprometendo não só o meio ambiente, mas os direitos das populações tradicionais e a estabilidade climática da região”, destaca o texto do The Guardian.

Omissão e silêncio

Procurado pela reportagem, o Santander não respondeu diretamente às acusações e tampouco comentou sobre sua relação com a Cresud. A empresa argentina, por sua vez, não quis se manifestar. Enquanto isso, ativistas e especialistas alertam que, sem mudanças estruturais e fiscalização efetiva, o Gran Chaco poderá ser completamente desmatado até 2080. “Estamos falando de uma das regiões mais biodiversas do planeta sendo destruída para dar lugar a pastos e monoculturas, com a conivência de grandes instituições financeiras que priorizam o lucro a qualquer custo”, reforça a investigação.

Contraf-CUT cobra responsabilidade

A Contraf-CUT repudia com veemência qualquer prática que viole direitos humanos, destrua o meio ambiente ou comprometa o futuro do planeta. “Bancos que operam no Brasil — como é o caso do Santander — têm responsabilidade não só com seus acionistas, mas com toda a sociedade”, afirmou Rita Berlofa, secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT e funcionária do Banco. “Ao mesmo tempo em que fecha agências, demite funcionários e precariza condições de trabalho, o banco ainda aparece em escândalos de financiamento ao desmatamento. É preciso cobrar coerência e ética em todas as frentes da atuação empresarial”, completou a dirigente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Muitos aposentados e pensionistas da Funcef têm uma dúvida comum quando se fala em meta atuarial: o que muda para quem já se aposentou? Se pensar no valor do benefício, a resposta é que não muda nada. Quem já recebe aposentadoria continua ganhando exatamente o que foi calculado no momento da concessão.

Mas isso não significa que a adequação da meta não tenha impacto para esses participantes. Pelo contrário - quando feita de maneira adequada, a alteração é essencial para fortalecer a saúde financeira dos planos, reduzir déficits e a necessidade de novos equacionamentos.

Quando a meta é elevada de forma compatível com o cenário econômico e o perfil dos planos, o valor presente das reservas necessárias para garantir os pagamentos futuros diminui. Em outras palavras, a Funcef precisa acumular menos recursos hoje para assegurar os pagamentos de todos os benefícios futuros.
A adequação da meta atuarial, aprovada em dezembro de 2024, alterou a taxa do REG/Replan Saldado de 4,5% +INPC para 4,75% + INPC e dos demais planos para 4,85% + INPC. A mudança já gerou impacto positivo de quase R$ 2 bilhões no Reg/Replan Saldado, R$ 240 milhões no Não Saldado, R$ 146 milhões para os assistidos do Novo Plano e R$ 23 milhões para os assistidos do REB, melhorando a solvência e fortalecendo o equilíbrio dos planos. Sem essa alteração, o Reg/Replan Saldado teria registrado novo déficit de quase R$ 700 milhões. A alteração da taxa praticamente eliminou o risco de novos equacionamentos
A alteração da taxa praticamente eliminou o risco de novos equacionamentos, garantindo mais alívio para os participantes ao praticamente "zerar" o déficit não equacionado do Saldado e tornando o Equilíbrio Técnico Ajustado (ETA) positivo, permitindo que a gestão dos recursos seja feita com maior segurança para todos os participantes. Essas decisões são baseadas em estudos técnicos rigorosos conduzidos internamente, validados por consultoria independente.

Vale destacar o empenho da Fenae, Anapar e Contraf-CUT para que a Funcef adequasse a meta para percentuais condizentes com a realidade da economia e dos investimentos dos planos.

O problema da redução da meta

Em 2017, a redução da meta atuarial de 5,51% + INPC para 4,5% + INPC trouxe efeitos negativos para todos os planos, mas no caso do o Reg/Replan Saldado e Não Saldado gerou um custo de mais de R$ 6,5 bilhões. Com a redução foi feita sem necessidade e sem amparo de um estudo técnico, acabou criando um déficit não equacionado – isso em um plano já deficitário e com equacionamento.

Esse déficit não equacionado permanece no balanço da Fundação como um passivo, impondo uma necessidade de rentabilidade superior à própria meta atuarial para cobrir essa diferença. Funciona como se o Reg/Replan estivesse operando no "cheque especial", e parte da rentabilidade dos investimentos é consumida para cobrir a correção do déficit não equacionado, dificultando ainda mais o alcance de superávits e aumentando o risco de novos equacionamentos.

Fonte: Contraf-CUT