Maio 07, 2025
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Imprensa

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No próximo dia 6 de outubro, quinta-feira, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense promove seu 1° Rodízio de Massas dos Bancários e das Bancárias.

O evento ocorrerá em sua Sede, localizada em Duque de Caxias, a partir das 17 horas, e contará com DJ Laércio, para deixar a noite ainda mais animada.

Pizzas salgadas e doces de diversos sabores, lasanha, nhoque, canelone, talharim, entre outras massas, estarão no menu. O refrigerante será gratuito e a cerveja terá um preço promocional.

Esperamos todas e todos para mais este grande evento, que tem como objetivo integrar toda a categoria bancária de nossa região.

INFORMAÇÕES

Data: 6 de outubro

Horário: 17 horas

Local: Sede do Sindicato (Rua Prof. Henrique F. Gomes, 179 - Centro, Duque de Caxias)

Valores: R$ 20 para bancários(as) sindicalizados(as) e R$ 35 para não sindicalizados(as) e convidados.

ATENÇÃO: OS INGRESSOS SÃO LIMITADOS, O EVENTO É SUJEITO A LOTAÇÃO E NÃO HAVERÁ VENDA DE INGRESSOS NO LOCAL.
 
Garanta seu convite antecipado com o(a) diretor(a) do Sindicato, responsável por sua agência.

NÃO PERCAM!

Nesta segunda-feira, 19 de setembro, mais um funcionário do Banco Bradesco foi reintegrado pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

Anderson Fernandes Cendon, quando foi demitido, estava acometido com doença ocupacional. Além disso, sua demissão ocorreu em plena pandemia do novo coronavírus, contrariando o compromisso de não demissão que os grandes bancos assumiram.

A reintegração foi realizada na Agência Lote XV, em Belford Roxo, e foi acompanhada pelos diretores Martins, Roberto Domingos, Cláudio Leite e Ricardo Sá.

IMPORTANTE

Anderson é sindicalizado e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendido pelos Departamentos Jurídico e de Saúde.

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

SINDICALIZE-SE

Nesta quinta-feira, 22 de setembro, das 8 horas às 20 horas, funcionárias e funcionários do Banco Santander irão deliberar, através de assembleias realizadas pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e demais sindicatos da categoria pelo Brasil, a aprovação dos seguintes instrumentos coletivos:

- Acordo Coletivo de Trabalho;
- Acordo Coletivo de Trabalho para estabelecer o programa próprio intitulado Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS) que, inclusive, trata da autorização do desconto a ser efetuado em função da negociação coletiva realizada e Termo de Relações Laborais, todos com vigência de dois anos, a serem celebrados com o Banco Santander.

PARA VOTAR

Para votar e participar, basta acessar o link de votação: https://bancarios.votabem.com.br/

O link estará, também, disponível em nosso site (http://www.bancariosbaixada.org.br/)

PARTICIPEM!

 

Pesquisa realizada pela Oxfam Brasil e pelo Instituto Datafolha mostra que a maioria absoluta da população brasileira deseja uma reforma tributária justa e solidária, que acabe com a regressividade do atual sistema fiscal e, sobretudo, reduza as desigualdades sociais. Segundo o estudo, 56% concordam com em eventual aumento dos impostos em geral para financiar políticas sociais. No entanto, 85% defendem que o governo deve aumentar os impostos somente de pessoas muito ricas para investir em políticas públicas de educação, saúde e moradia. Além disso, chega 94% os que concordam que os impostos devem beneficiar os mais pobres. A Oxfam Brasil publicou o levantamento, intitulado Nós e as Desigualdades 2022, nesta quinta-feira (15).

Também segundo a pesquisa, é quase unânime a percepção de que o Estado deve garantir proteção social para os mais pobres. Assim, 96% acreditam que é obrigação do governo garantir recursos para programas de transferência de renda e de assistência social, principalmente para a parcela mais vulnerável da populaçã. E 95% defendem que programas como o Auxílio Brasil ou Bolsa Família, devem atender a todas as pessoas que estejam em situação de pobreza.

Para a diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia, esses dados são “a expressão de uma sociedade que está vivendo a deterioração do quadro social e econômico do país”. Ela destaca que atualmente mais de 33 milhões de pessoas estão passando fome no país.

“Para transformar esse cenário, a mensagem para governantes dos poderes Executivo e Legislativo no país é ressonante e cristalina: o Estado brasileiro tem que se comprometer efetivamente com a redução das desigualdades, da pobreza e da fome, por meio de políticas públicas consistentes e bem financiadas. E os recursos devem ser obtidos por meio de uma maior tributação sobre os mais ricos”, afirma a Katia, na abertura do estudo.

Desigualdade, emprego e renda

Ainda citando a pesquisa, 85% dos brasileiros creem que o progresso do Brasil está condicionado à redução de desigualdade entre pobres e ricos. E chega a 87% aqueles que concordam que é obrigação dos governos diminuir a diferença entre muito ricos e muito pobres.

No entanto, além das políticas sociais, “ter emprego” soma 48% entre as quatro primeiras prioridades apontadas pelos entrevistados para “melhorar de vida”. Para 55%, “crescer no emprego” também aparece no topo dessa lista.

Quando perguntados, sobre o que consideram mais importante para diminuir a diferença entre os mais ricos e os mais pobres no Brasil, numa escala de 0 a dez, os investimentos públicos em saúde e em educação ocupam o topo da lista, com nota 9,6. O item “oferta de empregos” também ficou com 9,6. Logo atrás, aparece o “aumento do salário mínimo”, com 9,5.

Nesse sentido, contra a informalidade crescente no país, a Oxfam Brasil defende a oferta de trabalho formal e decente para todas e todos. Isso inclui a revisão da “reforma” trabalhista, com o objetivo de reverter o atual cenário de precarização do trabalho e retirada de direitos. O aumento real do salário mínimo é um dos pilares para a redução de desigualdades de renda, de acordo com o estudo.

Nas urnas

Para tentar evitar a derrota nas eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu aprovar no Congresso Nacional o valor de R$ 600 no Auxílio Brasil. No entanto, o recurso será distribuído apenas até o fim do ano. Apesar de Bolsonaro dizer que pretende manter esse valor em caso de novo mandato, na proposta do Orçamento que o governo enviou ao Legislativo, a previsão é que o Auxílio Brasil seja de R$ 405 a partir do ano que vem.

Por outro lado, o candidato da coligação Brasil da Esperança à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já firmou o compromisso inicial, caso vença as eleições, em manter o valor do benefício nos atuais R$ 600. Além disso, dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostram que 1,8 milhão estão na fila para receber o auxílio. O ex-presidente também promete atender a todas as famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico).

Além disso, “colocar o pobre no Orçamento, e o rico no Imposto de Renda” é um dos mantras da campanha de Lula. Bolsonaro, por outro lado, nem sequer corrigiu a tabela do Imposto de Renda durante o seu governo. Seriam 34,1 milhões de contribuintes, especialmente da classe média baixa, que estariam isentos se valores fossem corrigidos pela inflação, mas continuam sentindo o peso dos tributos.

Com Bolsonaro, o salário mínimo também ficou sem reajuste acima da inflação, durante todo o mandato. A política de valorização do mínimo, que chegou a virar lei, foi instituída durante o governo Lula. O valor do salário era reajustado pela inflação, mais a o equivalente ao crescimento do PIB de dois anteriores. Essa política permitiu reajuste acumulado de 450% desde 2003, para uma inflação de aproximadamente 208%, com ganho real próximo de 80%. Essa política, no entanto, foi abandonada a partir de 2019.

Fonte: Rede Brasil Atual

As transformações do sistema financeiro, no momento histórico atual, também chamado de 4ª Revolução Industrial, foram amplamente debatidas na Conferência sobre a Reestruturação do Setor Bancário, organizada pela UNI Finanças Mundial, em Dublin, Irlanda, na terça e quarta-feira (13 e 14).

O tema foi objeto de uma pesquisa da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound), apresentada no evento pelo economista Raymond Torres, analista internacional da Funcas, um conceituado think tank (laboratório de ideias) espanhol dedicado à pesquisa socioeconômica, e que também já atuou na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O estudo tem como objetivo a compreensão das causas da crise que afeta muitos países no atual momento histórico. A apresentação de Torres, bem como as intervenções dos participantes, abordou a capacidade de destruição das condições sociais que as crises econômicas apresentam, em uma velocidade muito grande, bem como a recuperação posterior, que é assimétrica, dramática e muito mais lenta.

A pesquisa havia sido apresentada inicialmente em um evento da UNI Finanças Américas, em Montevidéu, no início de setembro (neste link, reportagem no site da UNI Global Union, em inglês). A UNI Finanças também publicou o sumário da pesquisa, em português de Portugal.

Impacto da digitalização

Para a presidenta da UNI Finanças Mundial e secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, que participou do evento, “este debate mostrou que o impacto da digitalização no setor bancário mostra no mundo todo resultados nada diferentes daquilo que já conhecemos no Brasil, com consequências graves à categoria bancária, com demissões e fechamento de agências”.

No Brasil e em outros países latino-americanos, no entanto, esse processo tem sido ainda mais traumático do que em regiões como a Europa, pois lá “a grande maioria dos desligamentos se dá por demissão voluntária ou por antecipação de aposentadoria”, explicou Rita Berlofa.

Durante os debates, foi enfatizada a importância de esse tema ser pautado pela classe trabalhadora, pois essa é uma oportunidade de se discutir quais tipos de trabalho estão sendo gerados pela digitalização do setor, qual a sua qualidade e quais leis estão sendo elaboradas a respeito, por exemplo.

Nesse aspecto, a chamada revolução tecnológica foi abordada como um processo não neutro, e que, portanto, precisa ser moldado com visão social para abranger mudanças como o teletrabalho e atender demandas de equidade de gênero, por exemplo.

“Em uma discussão como esta, sob a ótica da classe trabalhadora, passamos a buscar soluções para as novas faces da empregabilidade, que trazem desafios para as organizações sindicais de todo o mundo, a respeito da qualidade do trabalho e das próprias estratégias de atuação do movimento nesse novo cenário de constantes transformações”, afirmou Rita.

Geopolítica

O sistema financeiro também foi abordado sob a perspectiva geopolítica, considerando tanto temas políticos, como o crescimento da China no xadrez mundial, quanto tópicos específicos, como as mudanças climáticas, a inflação, o encarecimento dos alimentos e minérios e o limite da energia baseada em petróleo e gás, que impactam o setor financeiro e a economia mundial.

O posicionamento da classe trabalhadora a respeito dessas preocupações foi apresentado como fundamental para a luta por seus direitos em âmbito mundial. “Entendemos, em especial a partir da apresentação de Raymond Torres, que, mais do que nunca, o setor financeiro deve investir em estudos e implementação de tecnologias de energias limpas, como também se desfazer de ativos que não sejam provenientes das chamadas finanças verdes”, resumiu a presidenta da UNI Finanças.

Bancos públicos

O foco na transição verde como caminho para a defesa do planeta, direcionou o debate para o real papel dos bancos na redução da pobreza global. “Torres chamou a atenção para a necessidade de o setor financeiro investir com objetivo de redução das desigualdades, porque com todos esses fatos, aponta-se para o encarecimento da comida e a diminuição de postos de trabalho, o que tende a aumentar a pobreza no mundo”, disse Rita Berlofa.

Conforme a secretária da Contraf-CUT, “muitos debatedores observaram que devemos aprofundar a discussão sobre se todos os bancos devem ser públicos, considerado que seu papel também deve ser voltado para a sobrevivência do planeta, para a redução da desigualdade e da pobreza”. Rita Berlofa afirmou que todos entendem que esse debate tem um longo caminho a percorrer, “mas nosso papel é entender que o banco é um serviço público, que como tal deve ter pensado e assim deve ser cobrado dos governos”.

UNI Finanças

A UNI Finanças Mundial é um braço temático da UNI Global Union, que representa cerca de 20 milhões de trabalhadores em 150 países, nos setores de finanças, meios e entretenimento, esportes, cuidados, limpeza, segurança, comércio, cassinos, serviços postais, gráfica e embalagem e telecomunicações.

Após a conferência, haverá a reunião do presidium da UNI Finanças Mundial, em que participam a presidenta global, Rita Berlofa, e os presidentes regionais (Américas, Ásia & Pacífico, África e Europa). Em seguida, uma reunião da direção executiva definirá as diretrizes da UNI Finanças para o próximo período de atuação.

Fonte: Contraf-CUT

Em apenas um ano, quando o número de brasileiros sem ter o que comer saltou de 19 milhões para 33,1 milhões, foram os lares em que vivem crianças com menos de 10 anos que mais sofreram com o aumento da fome no país. A conclusão é da segunda etapa do Inquérito Nacional sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil, divulgado nesta quarta-feira (14), pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). 

De acordo com a pesquisa, 37,8% dos domicílios onde moram essas crianças enfrentam insegurança alimentar grave ou moderada. Ou seja, passam fome ou têm uma dieta insuficiente. O percentual é maior do que a média nacional, de 30,7%, considerando a soma dos 15,2% dos brasileiros que estão em insegurança alimentar moderada e dos 15,5% em insegurança alimentar grave. 

O inquérito é executado em campo pelo Vox Populi e conta com o apoio da Ação da Cidadania, a ActionAid Brasil, a Fundação Friedrich Ebert Brasil, o Ibirapitanga, a Oxfam Brasil e o Sesc. Os resultados são referentes aos dados que foram coletados de novembro de 2021 até abril deste ano. As entrevistas foram realizadas em 12.745 domicílios, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, nos 26 estados e no Distrito Federal. 

Auxílio Brasil sem impacto

Em junho, a primeira fase da pesquisa já havia revelado que o Brasil havia regressado a um patamar equivalente ao da década de 1990 ao atingir mais de 33 milhões de pessoas com fome. Em números absolutos, são 125,2 milhões em insegurança alimentar. Ou ainda, 30% das famílias brasileiras. Agora, com a informação de que a fome é maior nas casas com crianças, os pesquisadores apontam para uma relação direta de quanto maior a quantidade de crianças em uma casa, maior a chance de ter insegurança alimentar. 

Fome se alastra no Brasil: 6 em cada 10 famílias não têm acesso pleno a alimentos

O diretor da ONG Ação da Cidadania, uma das integrantes da rede Penssan, Kiko Afonso vê reflexos do novo recorte do Auxílio Brasil no drama, conforme destacou em entrevista ao UOL. Isso porque o programa social, ao substituir o Bolsa Família, desconsiderou o número de crianças em uma casa. Atualmente, uma residência com um adulto recebe o mesmo valor – de R$ 600 por mês – que um lar onde morem mais crianças e a mãe. “O valor do Auxílio Brasil não é suficiente para tirar a família da insegurança. Elas continuam sofrendo, e isso mostra quanto a renda é muito importante”, contesta. 

Ele acrescenta que o governo de Jair Bolsonaro (PL) constantemente usa o valor de R$ 600 em campanha para falar que aumentou o benefício. “Mas esquece de falar quem congelou até 2021 esse valor para o governo. Nós temos números assustadores de famílias com crianças, com vários estados com mais de 60% de crianças em casas com insegurança alimentar”, adverte Kiko Afonso. 

Dados regionais

O recorte regional da pesquisa mostra que a maior proporção de famílias nessa situação está nas regiões Norte e Nordeste do país. Nas residências com ao menos um morador de até nove anos de idade no Norte, 51,9% passam por insegurança alimentar grave ou moderada. No Nordeste, essa média é de 49,4%. Entre os estados, contudo, a maior população de famintos, em números absolutos, se concentra em São Paulo, onde 6,8 milhões de pessoas passam fome. O Rio de Janeiro é o segundo colocado, com 2,7 milhões de pessoas com fome. 

Considerando toda a população em insegurança alimentar, nos diferentes graus de leve, a moderada e grave, São Paulo também lidera com 26 milhões e famintos. O estado é seguido por Minas Gerais, com 11,2 milhões.

A pesquisa também constata que o problema da fome se agravou após com a pandemia de covid-19, com queda na renda das famílias e o aumento do custo de vida. As famílias com renda inferior a meio salário-mínimo por pessoa estão mais sujeitas à insegurança alimentar, ainda segundo o estudo. Outra conclusão é que a renda, além de ser hoje insuficiente para suprir o compra de alimentos, também vem precisando ser utilizada para custear endividamentos com outras necessidades básicas. 

Desmonte bolsonarista

O total de famílias endividadas é maior também principalmente no Nordeste (45%). Com destaque também para estados no Norte, como Amazonas (52,6%). O dado é ainda mais alarmante no Distrito Federal, onde 55,6% das famílias lidam com dívidas.

Para os pesquisadores, todo esse contexto de fome tem relação direta com o fim de políticas sociais no governo Bolsonaro, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Criado em 2003 no âmbito do Fome Zero, no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o PAA chegou a comprar quase R$ 1 bilhão em alimentos produzidos sem agrotóxicos em pequenos estabelecimentos, beneficiando de um lado indígenas, quilombolas, extrativistas e pescadores artesanais. E de outro, escolas, asilos e outras instituições que atendem pessoas em situação de insegurança alimentar.

“Essas políticas públicas eram a mola mestra da segurança alimentar. Hoje você tem políticas com foco no agronegócio em detrimento do pequeno produtor”, observa o diretor da Ação da Cidadania ao UOL. Com a segunda etapa da pesquisa concluída, os responsáveis estão repassando os dados a todos os governos estaduais. O objetivo é pressionar os entes federativos por políticas públicas de enfrentamento à fome. 

Fonte: Rede Brasil Atual 

As negociações entre a representação dos funcionários e o banco Santander para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos trabalhadores do banco, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, foram encerradas nesta quarta-feira (14). A redação final do acordo ainda está sendo concluída e, na sequência, serão realizadas assembleias para aprovação do acordo pelos funcionários.

“As negociações foram muito duras e o banco se manteve irredutível em alguns pontos, mas também obtivemos algumas vitórias. A principal delas foi a retirada pelo banco da proposta de desconto dos valores pagos em programas próprios na parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o que, na prática, resultaria em um valor menor a ser pago aos funcionários a título de participação nos lucros”, afirmou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.

Durante as negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), houve um momento em que a representação dos donos de bancos insistia em compensar os valores pagos em programas de distribuição de lucros mantidos por algumas instituições financeiras na parcela adicional da PLR. O Comando Nacional dos Bancários rechaçou a proposta, e os bancos foram forçados a retirá-la.

Por outro lado, há pontos importantes que não foram atendidos pelo Santander, como o fim da terceirização e a manutenção do compromisso de diálogo sobre o Fundo Banespa de Seguridade Social (Banesprev) e a Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo (Cabesp). “Vamos continuar lutando contra as terceirizações realizadas pelo Santander, que coloca em risco direitos adquiridos por trabalhadores de setores inteiros, assim como pela manutenção do diálogo sobre o Banesprev e a Cabesp”, afirmou Lucimara. “Mas, precisamos que os funcionários estejam mobilizados e participem desta luta. Eles são fundamentais para conseguirmos mudar a posição do banco”, completou.

Pontos positivos

  • Extensão do período de amamentação de nove para 12 meses, podendo ser usufruído pelo pai ou pela mãe;
  • Manutenção do pagamento de PLR e Programa Próprio sem compensação de um pelo outro, como pretendia o banco;
  • Inclusão de uma cláusula de repúdio à violência contra a mulher onde o banco se compromete a apoiar bancárias vítimas de violência;
  • Termo de relações laborais para prevenir e coibir o assédio moral e sexual;
  • Reajuste do valor das bolsas de graduação e pós-graduação pelo INPC em 2023 e 2024;
  • Validade do acordo 1º de setembro de 2022 a 31 de agosto de 2024;
  • PPRS reajustado em 2022 em 8% que será pago em fevereiro de 2023 em parcela única no valor de R$ 3.355,73;
  • Em fevereiro de 2024, será pago o valor reajustado pelo INPC do período, mais 0,5%;
  • Estão mantidas as faixas de renda do PPRS – o banco queria subir de 13% para 16%; de 13% a 23% para 16% a 26% e acima de 23% para 26%.
 

Pontos negativos

O banco se manteve irredutível e não aceitou interromper o processo de terceirização de funcionários do banco para outras empresas da holding e também não aceitou renovar os termos de compromisso do Banesprev e da Cabesp, o que sinaliza uma postura de indisposição ao diálogo. O movimento sindical permanecerá e fortalecerá a luta na defesa da Cabesp e do Banesprev.

Calendário

  • 22 de setembro: Data prevista para as assembleias.
  • 27 de setembro: Data prevista para a assinatura do acordo (em São Paulo, na matriz brasileira do Santander).
  • 30 de setembro: Pagamento da variável e PLR e adicional do VA, além dos salários já reajustados.

Fonte: Contraf-CUT

Atendendo pedido do Movimento Sindical Bancário, o Banco Santander adiantou para o dia 30 de setembro, o pagamento do adicional de R$ 1.000 de vale alimentação (VA), conquistado na Campanha Nacional dos Bancários deste ano e que poderia ser creditado até o final de outubro.

No mesmo dia, o banco pagará a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), as remunerações variáveis do primeiro semestre, além dos salários já reajustados em 8%.

O adicional do VA será pago somente neste ano de 2022, como forma de compensar a carestia dos alimentos.

Conquistas da campanha

Além do adicional de R$ 1.000, para 2022 a categoria conquistou aumento real de 1,08% (INPC + 1,08%) para os valores mensais do VA e do vale refeição (VR) e de 3,83% (INPC + 3,83%) no teto da parcela adicional da PLR, além de reajuste salarial de 8%. Para 2023, haverá aumento real de 0,5% (INPC + 0,5%) para salários, PLR, VA/VR e demais cláusulas econômicas.

A nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria também traz avanços sobre teletrabalho e sobre assédio sexual e assédio moral (leia mais sobre o acordo).

*Com informações da Contraf-CUT

O resultado das privatizações do Banco do Estado do Paraná (Banestado) e do Banco do Estado de São Paulo (Banespa) comprovam o alerta dos movimentos de trabalhadores que lutam para afastar os riscos de privatização do Banco do Brasil e de outras importantes empresas públicas.

“Perdas de direitos, demissões em massa, desmonte dos planos de saúde e de previdência complementar. Esses foram os resultados das privatizações do Banestado e do Banespa, prestes a completarem 22 anos agora, em outubro e em novembro”, lembra o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e membro do Comitê de Luta em Defesa do Banco do Brasil, João Fukunaga. “Ou seja, além de não resultar no tão prometido aumento de investimentos, expansão econômica e modernização, as vendas que sepultaram as duas empresas destruiu direitos dos funcionários incorporados aos bancos compradores”, completa.

Caso Banestado

“O processo de privatização em si é muito estressante. A empresa precisa desmoralizar-se e quebrar a confiança dos empregados no futuro da instituição”, explica o ex-funcionário do Banestado e ex-presidente da CUT Paraná e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Beto von der Osten, o Betão.

Ele lembra que, três anos antes da privatização, em 1997, a então diretoria do Banestado, orientada pelo governo estadual, avisou aos funcionários que a empresa passava por uma grave crise financeira.

“Na ocasião, o banco contava com mais de 12 mil empregados. No final do ano, a Assembleia Legislativa do estado aprovou uma lei para sanear o banco e foi aberta uma sala de dados para informação da real situação da empresa para interessados na sua compra”, destaca. Em 1999, a empresa pública foi submetida a dois programas de demissão voluntária que reduziram o número de funcionários para 8 mil.

No processo para sanar as dívidas, o Estado do Paraná desembolsou R$ 5,1 bilhões pelo Banestado, em valores da época, para depois entregar a instituição por apenas R$ 1,6 bilhão, em outubro de 2000, por leilão ao banco Itaú. Dois anos após a privatização, 76% das agências que antes eram do Banestado estavam encerradas. Em 2019, restavam apenas 500 funcionários oriundos do banco público na folha de pagamento do Itaú.

“O Banestado foi privatizado quando tinha quase 72 anos. Durante décadas foi uma das instituições financeiras mais sólidas do Brasil. Foi o grande parceiro dos ciclos econômicos e sociais, permitindo um nivelamento de desenvolvimento entre as regiões”, relembra Betão. “A revista Exame fez, em 1998, uma pesquisa apontando que mais de 90% dos empreendimentos econômicos e de infraestrutura do Paraná eram financiados pelo Banestado. A instituição era também um banco contemporâneo, introduzido na automação bancária desde anos 70. Pioneiro com cartões de múltiplas funções e Caixas Automáticos de saques”, completa.

Caso Banespa

Antes da privatização, o Banespa também passou por um processo de desmoralização. Chegou a ser o maior banco estadual e o terceiro maior banco comercial do país. Nas décadas de 60 e 70, foi responsável pela expansão do parque industrial paulista e de grandes investimentos sociais e produtivos dentro e fora do país. Foi nos anos 90 que começou a apresentar complicações financeiras.

“Antes da privatização, o Banespa era um banco em que todo mundo gostaria de trabalhar. Havia uma política de integração social, esportiva, cultural. Então, é um banco que deixou muita saudade, tanto para os funcionários como para os clientes”, destaca e ex-funcionário do Banco Estadual de São Paulo e atual presidente da Associação dos Funcionários do Grupo Santander Banespa, Banesprev e Cabesp (Afubestp), Camilo Fernandes dos Santos.

Em novembro de 2000, o Santander comprou o Banespa por R$ 7,05 bilhões, em leilão realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. “Em seguida, vieram os programas de demissão voluntária, com mais de 8 mil adesões, e sucessivos processos de fechamento de agências”, lembra Camilo. “Depois da privatização, o relacionamento com os clientes no Banespa deixou de ser o mais importante, passando a ser a cobrança de metas, de resultados, como um banco comercial comum. E isso resultou no adoecimento dos funcionários que ainda continuaram”, observa ainda.

Fundos de pensão e planos de saúde

Os históricos de privatizações de empresas públicas mostram que, praticamente, em todas as empresas vendidas ocorrem ataques aos planos de saúde e de previdência complementar para reduzir direitos dos associados e as contribuições e compromissos das empresas patrocinadoras.

Camilo e Betão pontuam que, nos casos Banespa e Banestado, os ataques foram profundos, com fechamento dos planos de previdência, ficando restrito somente aos antigos funcionários, abertura de outro plano para os novos trabalhadores, com contribuições muito reduzidas dos patrocinadores, transferindo a responsabilidade com a formação da reserva previdenciária quase exclusivamente aos funcionários.

“O novo controlador, banco Santander, enfraqueceu a governança dos funcionários nas entidades de saúde e previdência, acabou com os comitês gestores e de investimentos e com as eleições de trabalhadores para as diretorias. Ou seja, a participação dos representantes eleitos pelos funcionários foi reduzida, e o Santander aumentou seu controle para cortar direitos dos trabalhadores”, destaca Camilo.

Ele conta ainda que o Santander proibiu a entrada de novos funcionários oriundos do banco público no plano de saúde, comprometendo seu equilíbrio e sobrevivência futuros. E, no Fundo Banespa de Seguridade Social (Banesprev), o plano para aposentadoria dos trabalhadores do antigo banco público, os associados têm, atualmente, que arcar com contribuições extraordinárias cada vez maiores para a cobertura de déficits.

Ameaças contra o BB

O ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, nunca escondeu sua vontade de privatizar as empresas públicas, incluindo Caixa e Banco do Brasil. “Qual é o plano para os próximos 10 anos? Continuar com as privatizações. Petrobras, BB, todo mundo entrando na fila, e isso sendo transformado em dividendos sociais”, chegou a dizer em evento virtual da International Chamber of Commerce Brasil, realizando ano passado.

“Assim como aconteceu com outras importantes empresas públicas que sofreram privatização, o BB vem passando por um processo de desmonte. Nos últimos cinco anos, a empresa fechou 1.400 agências e reduziu 23 mil funcionários. Temos ainda a entrega de subsidiárias importantes do banco para outras empresas do mercado, como o caso da BB DTVM, administradora do BB de R$ 1,4 trilhão no mercado financeiro, para o banco suíço UBS, sob o manto da ‘parceria’”, conclui Fukunaga.

O membro do Comitê de Luta em Defesa do Banco do Brasil lembra que, como banco público, o BB age de forma diferente dos bancos do mercado até mesmo quando passa a controlar outras empresas.

“Em 2009, o Banco do Brasil incorporou o Banco Nossa Caixa que, na época, tinha 15 mil funcionários e 547 agências. Ao contrário do que foi feito nas privatizações do Banestado e Banespa, o BB não demitiu ninguém, nem fechou agências, manteve os planos de saúde e de previdência sem reduzir direitos dos funcionários. E os novos funcionários puderam aderir ao plano de cargos e salários do BB, mantendo sua evolução na carreira”, finaliza.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal utilizou evento de divulgação dos números da política Caixa Pra Elas, realizado na segunda-feira (12), para fazer campanha eleitoral para o presidente Bolsonaro. Esta é a opinião do empregado da Caixa e dirigente sindical Rafael de Castro, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

“Vimos muitas vezes a Caixa sendo utilizada, por Pedro Guimarães (antigo presidente da Caixa), como instrumento de campanha política para ele e para o presidente da República. A Daniella Marques (atual presidente da Caixa) está repetindo esta prática”, disse o dirigente ao lembrar que o ex-presidente da Caixa, que tinha a pretensão de ser candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Bolsonaro, ou mesmo a senador pelo Rio de Janeiro, foi denunciado pelo uso do banco para realizar campanha eleitoral antecipada, chegando a ser advertido pela Justiça por realizar tal prática. “Não adianta o banco suspender o perfil das redes sociais para não divulgar notícias anteriores que pudessem ser caracterizadas como propaganda eleitoral, mas continuar a mesma prática”, completou.

“Defendemos que existam produtos específicos para as mulheres, mas não podemos concordar com a forma como esta política de vendas está sendo utilizada”, explicou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Primeiro pelo descabido aumento de metas de vendas imposto aos empregados, mas principalmente pelo uso da Caixa para finalidade político-eleitoral, assim como o governo vem realizando com outras políticas sociais, que estão sendo feitas somente às vésperas das eleições, numa tentativa de angariar votos para o atual mandatário da Presidência da República”, completou, ao questionar porque as políticas que estão sendo realizadas agora não foram implementadas desde o início do governo.

Produtos

Do início de agosto para cá, foram realizados aproximadamente 60 mil atendimentos relacionados a produtos que fazem parte da cesta do Caixa Pra Elas, o que dá, em média, 15 atendimentos por agência da Caixa, menos do que um atendimento por dia. “Os números são pequenos ainda, mas o resultado é de apenas um mês. Pode aumentar e tem potencial para isso, pois os empregados estão sendo cobrados a atingir metas”, observou Rafael.

A Contraf-CUT já denunciou que a Caixa duplicou a meta de vendas de produtos sem que tenha havido uma mudança conjuntural no país que justificasse tal aumento e, na coletiva de segunda-feira o banco anunciou um incremento de 65% na venda de cartões.

No Caixa Pra Elas, as mulheres têm taxas de crédito mais baixas, pausa nos pagamentos de prestações em caso de maternidade ou adoção e isenção de parte das tarifas de produtos do banco público. Por exemplo, na modalidade pessoa física, as mulheres que contratarem o Crédito Direto Caixa (CDC) têm 5% de desconto na taxa de juros. Para a compra de veículos via consórcio, há desconto de 10% na taxa de administração. Nos contratos de financiamento imobiliário assinados até o final de setembro, o banco oferecerá a possibilidade pagamento parcial da prestação durante a licença maternidade e, para as gestantes, haverá a possibilidade de carência de até seis meses para o início do pagamento das prestações de crédito habitacional concedidos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

“Alguns produtos oferecidos atendem a necessidade do público, mas, da forma como esta política vem sendo tocada, mais uma vez o banco está sendo utilizado para a realização de campanha eleitoral, numa tentativa de reduzir a resistência que as eleitoras têm de votar em Bolsonaro”, observou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil, se referindo aos dados da última pesquisa Datafolha, que apontam que Bolsonaro é o candidato que mais ataca as mulheres.

“É inegável que alguns dos produtos oferecidos atendem necessidades da população, mas é um público que passou a existir depois que a reforma trabalhista destroçou o arcabouço de direitos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e criou uma série de modalidades de empregos precários”, criticou Rafael de Castro. “É um público que possivelmente não existiria se a reforma trabalhista não tivesse sido aprovada”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT