Maio 07, 2025
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A Caixa Econômica Federal anunciou, em live ocorrida na tarde desta terça-feira (5), mudanças realizadas em seu Estatuto Social. Para atender uma reivindicação do movimento sindical, que pede o respeito à proporcionalidade de gênero, o banco incluiu o percentual de 30% de mulheres em cargos de direção, englobando as diretorias e vice-presidências.

>>>>> Leia Estatuto publicado no Diário Oficial da União

“É o primeiro banco público a incluir em seu estatuto social a porcentagem mínima de mulheres em cargos de direção. É um avanço que precisamos comemorar. Mas as empregadas merecem mais. Hoje, segundo dados da Rais 2024, elas são 45% do nosso quadro de pessoal e, desta forma, continuará havendo defasagem em relação aos homens”, disse a representante eleita pelas empregadas e empregados para o Conselho de Administração da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “E, por isso, esperamos que 30% seja o percentual mínimo, com a meta de alcançarmos a proporcionalidade de gênero na direção”, completou.

Derruba o teto!

As entidades de representação sindical e associativas das empregadas e empregados criticaram, no entanto, a não exclusão do teto de gastos do banco com a saúde de seus empregados, limitado a 6,5% da folha de pagamentos.

“A manutenção do teto de gastos impede que a Caixa cumpra o que está definido no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do nosso plano de saúde, que determina que o banco arque com 70% dos custos do Saúde Caixa”, observa o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco.

“Votei a favor da derrubada do teto, que foi aprovada por unanimidade pelo CA. Este é o compromisso de uma conselheira eleita pelas empregadas e pelos empregados para representá-los no CA”, afirmou Fabiana Proscholdt.

Para Felipe, a negativa na derrubada do teto de gastos ofusca a boa notícia sobre o percentual de mulheres em cargos de direção. “O percentual de mulheres é uma grande conquista, mas o teto de custeio está nos sufocando. Tem gente que não tem como pagar as mensalidades devido aos reajustes realizados para a cobertura dos custos. E, se este teto não cair, isso vai ficar ainda pior. Vai inviabilizar a manutenção do plano de saúde dos empregados da Caixa, e seus princípios de mutualismo, pacto intergeracional e solidariedade”, disse o coordenador da CEE, ao acrescentar que serão enviados ofícios à Caixa, à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) e ao Ministério da Fazenda sobre a reivindicação dos empregados pela derrubada do teto e questionando a não aprovação da mudança no estatuto.

Entenda o teto

O teto de gastos da Caixa com a saúde dos seus empregados foi incluído em 2017 no Estatuto Social, para atender uma determinação da extinta resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR 23).

A antiga norma teve outras versões e agora é substituída por uma nova resolução, a CGPAR 52, que revogou as resoluções 42 e 49. A resolução 42 era uma atualização da CCE 09/96, que, entre outras medidas restritivas, previa a limitação da participação das empresas públicas no custeio de planos de assistência médica em 50% da despesa total e reafirmava este limite. Já a nova resolução publicada, a de número 52, prevê que o limite para participação das empresas públicas no custeio de planos pode subir para até 70% das despesas.

Este aumento possibilita que empregados da maioria das estatais, como Correios e Petrobrás, que tiveram sua participação no custeio ampliada nos últimos anos em função da aplicação das resoluções 23 e 42 da CGPAR, possam voltar à proporção de custeio de 70/30. No caso do Saúde Caixa, porém, a situação não muda. O Acordo Coletivo já superava a restrição da CGPAR 42 (antiga CCE 09/96) ao prever que a participação do banco no custeio pode chegar aos 70% das despesas. Porém, sofremos com outro fator restritivo: o estatuto da empresa, em seu artigo 90, limita sua participação no custeio em 6,5% da folha de pagamento e proventos. Este teto é o que impede, atualmente, que a participação da Caixa no custeio do Saúde Caixa alcance os 70% das despesas do plano.

Fonte: Contraf-CUT

Começa nesta terça-feira (6), em Brasília (DF), a etapa nacional da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA), reunindo delegados, convidados e observadores de todas as regiões do país. Até sexta-feira (9), os participantes irão analisar e deliberar sobre 100 propostas prioritárias para a construção de políticas públicas ambientais no Brasil.

Fruto de um processo participativo que envolveu conferências estaduais, distrital e livres ao longo de quase um ano, a 5ª CNMA chega à sua fase final com o lançamento do Caderno de Propostas, um verdadeiro retrato da mobilização da sociedade civil em torno de temas centrais para o futuro do planeta e da população brasileira.

O documento, que também pode ser entendido como uma cartilha de referência para os debates, foi elaborado a partir da sistematização de 540 propostas das Conferências Estaduais e Distrital e 2.096 propostas das Conferências Livres, com curadoria técnica do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB). A produção do material buscou respeitar a diversidade de visões e experiências, promovendo uma leitura nacional do que foi construído nas etapas locais.

Organizado em cinco eixos temáticos — Mitigação; Adaptação e Preparação para Desastres; Transformação Ecológica; Justiça Climática; e Governança e Educação Ambiental —, o Caderno reúne gráficos, dados e análises que contextualizam os desafios e propostas debatidos pela sociedade.

Para Elaine Cutis, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, a conferência é uma oportunidade fundamental para dar voz à classe trabalhadora nas decisões sobre o meio ambiente. “A construção coletiva que resultou nesse caderno demonstra o quanto a sociedade está engajada e disposta a buscar soluções para a crise climática. Nós, da Contraf-CUT, entendemos que justiça ambiental e justiça social caminham juntas, e é essencial que o mundo do trabalho esteja presente nesses debates, apontando caminhos para uma transição justa e inclusiva”, afirma Elaine.

A expectativa é que, ao final da 5ª CNMA, as 100 propostas escolhidas sirvam como base para a formulação de políticas públicas e ações concretas que enfrentem os impactos das mudanças climáticas, promovam a sustentabilidade e ampliem a participação popular nas decisões ambientais.

Fonte: Contraf-CUT

Nos dias 28 e 29 de abril, o Palácio do Planalto, em Brasília, sediou a 4ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor do Plano Juventude Negra Viva (PJNV), convocada pelo Ministério da Igualdade Racial e pela Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria da Juventude. O encontro reuniu representantes de diversos ministérios, movimentos sociais e entidades da sociedade civil comprometidas com o enfrentamento da violência e das desigualdades que atingem a juventude negra no Brasil.

Uma luta histórica do movimento negro

O Plano Juventude Negra Viva é fruto de uma reivindicação histórica do movimento negro e tem como principal objetivo conter o extermínio da juventude negra — segmento mais atingido por ações violentas da polícia em favelas e comunidades pobres do país.

"Ações da polícia em nosso país matam um negro a cada quatro horas em nove estados brasileiros. No Rio de Janeiro, cerca de 86% das vítimas fatais em intervenções policiais são negros. As estatísticas mostram o volume de mortes dessa população, e o Plano chegou com o objetivo de envolver os estados e municípios para conter essa violência de cunho racial, como também criar políticas públicas de educação, esporte, cultura e geração de empregos para a juventude negra", explicou Almir Aguiar, Secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT e representante da CUT no Comitê Gestor do PJNV.

Combate à violência e ao racismo estrutural

O Plano busca reduzir a violência letal e as vulnerabilidades sociais enfrentadas por jovens negros e negras, além de combater o racismo estrutural enraizado na sociedade brasileira. Ao todo, 16 ministérios estão envolvidos na elaboração e execução das ações previstas.

A reunião contou com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.

Encaminhamentos estratégicos

Durante o encontro, foram definidos encaminhamentos importantes para o fortalecimento do Plano, entre eles:

  • Criação de um Laboratório do PJNV, para aprimorar o monitoramento, a comunicação e a articulação territorial do projeto;
  • Realização de um seminário nacional sobre comunicação estratégica;
  • Aprovação de critérios para priorização de municípios com base em indicadores de vulnerabilidade social e acesso a políticas públicas;
  • Inclusão dos programas AfirmaSUS e Jovens Defensores Populares como ações prioritárias do Plano.
  • Compromisso com transformação social

"O Governo Lula segue comprometido com o enfrentamento das desigualdades raciais e da violência que atinge, em especial, a juventude negra das favelas e periferias. Será fundamental envolver a adesão de estados, municípios e entidades da sociedade civil ao Plano, para que estas políticas públicas cheguem a essa juventude com ações concretas que promovam a transformação social, com novas oportunidades para esta parcela excluída da sociedade", concluiu Almir Aguiar.

Fonte: Contraf-CUT

Durante o Sistema Diretivo da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), realizado nesta terça-feira, 6 de maio, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense recebeu das mãos de Marcello Azevedo (ex-diretor do Sindicato dos Bancários dos Rio de Janeiro, da Contraf-CUT e da CUT Rio, o livro “As finanças do dragão - O sistema financeiro chinês”, de sua autoria.

O livro, da Editora Dialética, foi lançado no ano passado, em 2024, e aborda a evolução do sistema financeiro chinês, a partir do processo de abertura e reformas começadas em 1978.

Um sistema que, em 45 anos, evoluiu de um modelo de monobanco para se tornar o segundo maior do mundo. A obra é construída majoritariamente de documentos oficiais chineses.

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado realizou, nesta segunda-feira (5), uma audiência pública para debater a redução da jornada de trabalho no Brasil. A atividade faz parte do ciclo de debates sobre o novo Estatuto do Trabalho (SUG 12/2018), que visa aprofundar a discussão sobre as mudanças nas relações trabalhistas, novas tecnologias e os impactos da inteligência artificial no mundo do trabalho.

A redução da jornada de trabalho, sem redução de salário, é uma das reivindicações históricas da classe trabalhadora e tida como uma das principais pautas para este ano de 2025.

“Trabalhadoras e trabalhadores de todo o país vieram até Brasília e entregaram ao presidente Lula uma pauta de reivindicações. A redução da jornada, sem redução de salário, e o fim da escala 6X1, são dois dos principais temas da pauta”, ressaltou o secretário de Relações do Trabalho e responsável da Contraf-CUT pelo acompanhamento das tramitações dos temas de interesse dos trabalhadores no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão, ao se referir à Marcha da Classe Trabalhadora, ocorrida no dia 29 de abril.

No dia seguinte, em pronunciamento em cadeia nacional, Lula afirmou que o debate sobre a redução da jornada e a escala 6X1 será aprofundado. “Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade para permitir o equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de todos os trabalhadores e trabalhadoras”, disse Lula.

Jefão ressaltou que a luta organizada culminou em conquistas históricas, extremamente benéficas para a classe trabalhadora e que a redução da jornada de trabalho esteve presente em todas as lutas sindicais, mesmo em cenários políticos adversos, como foi o do governo passado, em que a jornada atual foi atacada durante quatro anos, e o movimento sindical esteve de forma combativa, segurando a jornada semanal conquistada. “Agora temos um cenário positivo em âmbito do Executivo Federal e dos parlamentares que representam a classe trabalhadora, mas precisamos pressionar deputados e senadores ligados ao empresariado e à bancada da extrema direita, que tentam evitar qualquer benefício ao trabalhador”.

A audiência

Durante a audiência, o senador Paulo Paim (PT-RS), que requereu a realização da audiência, classificou a atual jornada — de seis dias de trabalho e um de folga — como “escravocrata”. O parlamentar é autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 148/2015, que prevê uma jornada de 36 horas semanais. A legislação atual define a jornada de 44 horas semanais e 8 horas diárias.

“A história nos mostra que a redução da jornada de trabalho é uma luta de décadas da classe trabalhadora. Os benefícios de uma jornada reduzida são inegáveis. Menos horas de trabalho significam mais tempo para lazer, família, estudo e qualificação profissional. Menos doença no trabalho e menos acidente no trabalho”, defendeu Paim.

Representantes de entidades sindicais e dos poderes Judiciário e Executivo também defenderam a redução da jornada.

“A redução da jornada tem sido experimentada em vários países. Isso traz mais satisfação para os trabalhadores e tende a criar mais postos de trabalho”, argumentou a juíza Luciana Paula Conforti, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).

Para a procuradora Cirlene Luiza Zimmermann, do Ministério Público do Trabalho (MPT), a limitação razoável do tempo de trabalho é um direito fundamental para enfrentar a “pejotização”. “Se assegurarmos a contratação fraudulenta de pessoas físicas por meio de contratos de PJ, estaremos jogando por terra tudo que discutimos aqui. Vamos ter 24 horas por dia, 365 dias por ano. Não estaremos discutindo o fim da escala seis por um; estaremos tendo escala sete por zero. Não vai adiantar de nada se estivermos falando em contratar pessoas físicas por meio de PJ: a verdadeira fraude”, alertou.

O Poder Executivo também defende a redução da jornada de trabalho. Para Shakti Prates Borela, representante do Ministério do Trabalho, a mudança deve estar associada a medidas que assegurem a “desconexão” do trabalhador com o ambiente de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT, com informações da Agência Senado
 

 

O Banco Santander Brasil divulgou na última semana seu balanço financeiro referente ao 1º trimestre de 2025. O lucro líquido gerencial alcançou R$ 3,861 bilhões, representando um crescimento de 27,8% em relação ao mesmo período de 2023. Na comparação com o trimestre anterior, a alta foi tímida: apenas 0,2%. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado chegou a 17,4%, com avanço de 3,3 pontos percentuais em doze meses.

Apesar do crescimento expressivo do lucro no ano, impulsionado principalmente pela expansão da margem financeira (+7,7%) e pela margem com clientes (+9,5%), o resultado evidencia uma contradição já conhecida pelos trabalhadores: o aumento da rentabilidade da instituição ocorre ao mesmo tempo em que há redução de postos de trabalho e fechamento de unidades.

A holding encerrou o trimestre com 55.303 empregados — um crescimento de apenas 93 vagas em doze meses, mas com corte de 343 postos de trabalho apenas nos três primeiros meses do ano. No mesmo período, o banco encerrou 299 lojas e 184 Postos de Atendimento Bancário (PABs), demonstrando uma estratégia de enxugamento da estrutura física, que impacta diretamente os trabalhadores e o atendimento à população.

A carteira de crédito ampliada do banco somou R$ 682,3 bilhões, com alta de 4,3% em doze meses e estabilidade no trimestre (-0,1%). O destaque foi a carteira de cartão de crédito, que cresceu 17,9%. Já o saldo das grandes empresas caiu 3,8%, enquanto o das pequenas e médias subiu 13,2%. O crédito ao consumo, majoritariamente fora das agências e concentrado em veículos, teve expansão de 15,7%.

A taxa de inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,3%, estável em relação ao trimestre anterior. No entanto, as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceram 14,2% em doze meses, alcançando R$ 6,3 bilhões — um fator que pressionou negativamente o resultado do banco.

As receitas com tarifas bancárias e prestação de serviços somaram R$ 5,470 bilhões, com alta de 2% em um ano. Já as despesas com pessoal (incluindo PLR) cresceram 4,2% no mesmo período, totalizando cerca de R$ 3,2 bilhões. A cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 171,5% no 1º trimestre, evidenciando mais uma vez que o banco segue mais do que capaz de custear os direitos dos trabalhadores.

Globalmente, o Santander teve lucro de € 3,402 bilhões no trimestre, crescimento de 19% em relação a 2023. No entanto, a instituição deixou de divulgar o resultado detalhado por regiões, impossibilitando saber qual foi a participação da unidade brasileira no desempenho mundial do grupo.

Para a coordenadora da COE Santander, Wanessa Queiroz, os números reforçam a necessidade de fortalecer a mobilização dos trabalhadores, “diante de um cenário em que o banco aumenta seus lucros, mas não reverte esse ganho em valorização dos funcionários, melhores condições de trabalho ou ampliação do atendimento à população”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de meses de debate, o Ministério do Trabalho decidiu manter a data original de entrada em vigor da nova redação da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que trata das disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho. Com isso, a partir de 26 de maio de 2025, as empresas deverão se adequar ao novo texto, publicado por meio da Portaria 1.419/24, que traz como principal avanço a inclusão de diretrizes voltadas à prevenção de riscos psicossociais no ambiente corporativo.

Embora a norma entre em vigor em 2025, o governo anunciou que, durante os primeiros 12 meses, a fiscalização será exclusivamente orientativa. Ou seja, até o final de maio de 2026, as empresas não serão autuadas em caso de descumprimento das novas exigências, mas receberão instruções e orientações dos auditores-fiscais sobre como se adaptar às mudanças.

Saúde mental no centro da pauta

A nova NR-1 marca uma mudança de paradigma ao reconhecer oficialmente que fatores como assédio moral, pressão excessiva por metas e desequilíbrio entre vida pessoal e profissional também impactam diretamente a saúde do trabalhador. Esses aspectos, até então tratados de forma marginal ou indireta, passam a ser considerados riscos ocupacionais que exigem medidas concretas de prevenção e gestão por parte das empresas.

Para garantir a implementação efetiva da nova norma, o governo anunciou a criação de um grupo de trabalho tripartite, composto por representantes dos trabalhadores, empregadores e do próprio Ministério do Trabalho. Esse grupo acompanhará o processo de transição e ajudará a construir soluções para os desafios que surgirem na aplicação das novas diretrizes.

Além disso, o ministério se comprometeu a publicar um guia oficial de orientação, com informações práticas para empregadores, profissionais de saúde e segurança do trabalho e demais interessados.

Segundo Washington Santos (Maradona), coordenador da bancada dos trabalhadores na Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), a nova norma representa um avanço importante na luta por ambientes laborais mais humanos e seguros. “A expectativa é que esse novo ciclo traga avanços significativos na promoção de ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros, com atenção especial à prevenção de adoecimentos relacionados ao estresse, assédio e outros fatores psicossociais”, afirmou.

O que muda com a nova NR-1?

A nova versão da norma reforça a importância de uma abordagem ampliada sobre os riscos ocupacionais, incorporando questões que impactam diretamente o bem-estar dos trabalhadores. Entre os principais pontos estão:

  • Avaliação e gestão dos riscos psicossociais, como assédio moral, metas abusivas e sobrecarga emocional;
  • Fortalecimento da formação e capacitação de trabalhadores em saúde mental e bem-estar no trabalho;
  • Integração com outras NRs, garantindo coerência nas políticas de prevenção e segurança.

Participação dos trabalhadores

Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, lembra que esse debate já foi pautado na mesa de saúde permanente junto à Fenaban. “Será uma discussão contínua, na qual os bancos, a princípio, se mostram dispostos a negociar. Da parte dos trabalhadores, buscamos garantir que não se trate de uma norma meramente burocrática e protocolar — ela precisa ser viva, ouvir de fato os trabalhadores e resultar em medidas concretas, pois o nível de adoecimento entre os bancários é alto e guarda uma inegável correlação com o modelo de gestão adotado pelos bancos, que muitas vezes está em desacordo com as normas existentes.”

“A inclusão dos riscos psicossociais como pauta oficial de saúde e segurança no trabalho é fruto da luta histórica do movimento sindical e reforça a necessidade de manter e ampliar a organização dos trabalhadores para garantir ambientes de trabalho mais justos, seguros e dignos”, afirmou Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O 40º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) já tem data para acontecer. Será nos dias 21 e 22 de agosto, em São Paulo (SP), conforme decisão do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, em reunião realizada, em Brasília (DF), na quarta-feira (30), um dia depois da Marcha da Classe Trabalhadora.

Os debates no 40º Conecef serão feitos por quatro grupos temáticos. Os eixos propostos são Saúde Caixa, condições de trabalho e futuro da carreira, Funcef e defesa da Caixa. A organização do movimento será debatida em comum por todos os grupos. O evento vai reunir delegados de todo o Brasil, entre empregados da ativa e aposentados.

As datas para os congressos ou fóruns estaduais que vão definir as propostas para o 40º Conecef serão definidas oportunamente pelo Comando Nacional dos Bancários, com assessoria da CEE/Caixa. Também, em breve, haverá a definição sobre os critérios de participação de delegados. Os aposentados têm presença garantida na mesma proporção dos ativos, assegurando-se um mínimo de um por estado.

Os integrantes da CEE/Caixa, um por federação e um representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), participam do congresso na condição de delegados natos.

Os fóruns preparatórios são de caráter regional ou estadual. A delegação do 40º Conecef fica limitada a 50% do número de participantes no encontro preparatório. A paridade de gênero é obrigatória.

Proposta de programação para o 40º Conecef

21 DE AGOSTO – QUINTA-FEIRA
- Regimento.
- Grupos temáticos: Saúde Caixa, condições de trabalho e futuro da carreira, Funcef e defesa da Caixa. O tema da organização do movimento será comum a todos os quatro grupos. 
- Abertura conjunta dos congressos dos bancos públicos federais.

22 DE AGOSTO – SEXTA-FEIRA
- Defesa de teses e debates sobre as questões dos grupos temáticos.
- Plenária final. 
- Abertura da Conferência Nacional dos Bancários.

Mudança na coordenação e aposentados

Na reunião de Brasília, agendada para tratar da organização do 40º Conecef, houve o anúncio de mudança na coordenação da Comissão Executiva dos Empregados. O diretor da Contraf-CUT e da Fenae, Rafael de Castro, deixa o cargo e será substituído por Felipe de Albuquerque Pacheco, da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Paraná (Fetec-CUT/PR).

O encontro contou ainda com a participação de Valfrido Oliveira, presidente da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef). Busca-se, assim, ampliar a parceria com os aposentados, de modo a reafirmar a importância das políticas participativas para a defesa da Caixa pública/social e para o respeito aos direitos dos empregados. 

Novos debates

Para fortalecer o debate em preparação ao 40º Conecef, a CEE/Caixa irá participar, no próximo dia 7 de maio, em São Paulo, na sede da Contraf-CUT, de uma reunião das Comissões de Organização dos Empregados (COEs) de bancos públicos e privados, no âmbito do Comando Nacional dos Bancários. Nesse encontro, serão traçadas estratégias para o próximo período.

Texto: Fenae

A Caixa informou à Contraf-CUT, nesta sexta-feira (2), que vai prorrogar para o dia 30 de maio a definição sobre a implementação de mudanças no programa Transformação, Engajamento, Inovação e Aprendizado (Teia), criado para conduzir a Caixa à transformação digital. A decisão veio após intervenção da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), que assessora a Contraf-CUT e o Comando Nacional dos Bancários nas negociações com o banco.

Leia também:

>>>>> Projeto Teia: Suspenso prazo de implementação das mudanças

“A primeira coisa que precisamos deixar claro, é que, apesar de termos algumas críticas, acreditamos na necessidade do programa. Quando a Caixa o implementou, não falou com a gente. Agora, queria fazer mudanças, novamente sem falar conosco. E temos diversas sugestões a apresentar, que nos são trazidas por quem está no dia a dia dos trabalhos deste projeto”, disse o diretor da Contraf-CUT e membro da CEE/Caixa, Rafael de Castro. “Por isso, insistimos na necessidade de a gente fazer parte deste processo de discussão prévia à implementação das mudanças”, completou.

O banco já havia se comprometido a adiar o início da implementação do programa, sem, no entanto, informar até quando. Agora a definição é que estará prorrogado até, pelo menos, 30 de maio.

Os vice-presidentes de Varejo e de Pessoas da Caixa, Adriano Assis Matias e Francisco Egidio Pelúcio Martins, respectivamente, também haviam assumido que não haverá retaliações com quem optar por voltar para as unidades de origem.

A representação dos empregados cobrou que não apenas os gestores, mas o banco também se comprometesse com a não retaliação. “É importante que os gestores tenham assumido esse compromisso, mas amanhã eles podem não estar mais no banco. É preciso que a Caixa assuma de forma clara essa decisão”, cobrou o coordenador da CEE na reunião realizada com os dirigentes da Caixa.

Transparência

O diretor da Contraf-CUT ressaltou, ainda, a importância de o banco informar com transparência e clareza os objetivos e o andamento do programa para todo o banco. “Todos precisam enxergar o que é esse programa, o que as pessoas que foram destacadas para cumprir as tarefas realizam, em que pé estão os processos e os projetos. Isso vai ajudar que todos tenham a clareza da real necessidade e vai impedir, inclusive, de aqueles que voltarem para suas unidades sejam retaliados por quem teve que assumir as tarefas de quem ficou esse tempo destacado”, cobrou o dirigente.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quinta-feira, 1º de Maio, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou de um ato em celebração ao Dia Internacional das Trabalhadoras e Trabalhadores, na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro.

A entidade esteve representada pelas diretoras Renata Soeiro, Elizabeth Paradela e Solange Ribeiro.

Centrais sindicais e movimentos sociais populares pediam, além de melhores condições de trabalho e renda, a redução da jornada sem perdas salariais e o fim da escala 6×1 estavam entre as pautas principais dos trabalhadores.

Segundo a organização, o festival buscou fortalecer a relação entre cultura e política no 1º de Maio, além de garantir um ato representativo das lutas da classe trabalhadora e proporcionar um momento de lazer com artistas diversos.

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