Maio 19, 2025
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Em audiência pública, realizada nesta terça-feira (1º), em Brasília, na Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos (CTASP) da Câmara dos Deputados, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, admitiu a possibilidade de abertura de capital e o fechamento de agências que pode acontecer depois dos pagamentos do FGTS (que terminam em 2020) e se trata de “uma questão matemática”.

Convocada pela deputada federal Erika Kokay (PT/DF), a audiência, que contou com a presença de dirigente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), cobrou esclarecimentos sobre privatizações de áreas rentáveis e estratégias do banco, processo de reestruturação em curso, além do enfraquecimento da empresa estatal, que está sendo fatiada comprometendo o papel social que a Caixa desempenha desde 1861.

Segundo Jair Ferreira, presidente da Fenae, mesmo que tenha dito que abrir o capital não é privatização, fica clara a intenção de enfraquecer a empresa, que deixará de ser 100% pública para atender a interesses de acionistas.

Contratação de 800 empregados é insuficiente

Durante a audiência o presidente da Caixa anunciou a contratação de 800 empregados, que se somarão aos cerca de 2 mil PCDs (pessoas com deficiência) contratados recentemente. “Diante de forte mobilização e luta dos empregados da Caixa, a estatal anuncia a contratação de mais 800 pessoas. Trata-se de um número consideravelmente baixo, perto do número de demitidos pela Caixa de todo o país. A contratação dos PCDs, que foi recomendada pelo Ministério Público ainda não atende ao percentual exigido por lei. Devemos continuar a luta por mais contratações e intensificar ainda mais as mobilizações. Só assim, avançamos com as nossas pautas de reivindicações e garantimos direitos conquistados”, destacou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa), Dionísio Reis.

Para Dionísio o anúncio destas contratações não supre a demanda reprimida das agências e mesmo somado nem sequer repõe as três mil demissões ocorridas só neste ano. A questão do número de funcionários é um dos principais problemas enfrentados hoje pelos empregados da Caixa. Em 2014, o banco contava com 101 mil trabalhadores e um déficit de 2 mil. Agora, tem 84 mil – 17 mil a menos.

Processo de reestruturação ameaça empregados da Caixa

O processo de reestruturação em curso adotado pelo banco unilateralmente ameaça o desligamento um grande número de empregados da Caixa.
“Os representantes dos trabalhadores entendem que esse processo seja imediatamente interrompido, pois se trata de assédio moral, obrigando os trabalhadores a saírem, sem nenhuma alternativa”, avalia Fabiana Uehara, secretária de Cultura da Contraf-CUT e representante da Confederação nas negociações com o banco.

Os números da pesquisa feita pela Fenae, revelam que 60% dos empregados se dizem sobrecarregados de trabalho, em situação de assédio moral, temendo a reestruturação, mudanças bruscas na vida funcional, e afirmam que sofrem com planos de metas não debatidos com os empregados.

Fonte: Contraf-CUT

De janeiro a setembro, as exportações brasileiras somaram US$ 167,379 bilhões, queda de 6% em relação a igual período de 2018, informou hoje (1º) o Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior. O saldo comercial é 19% menor, caindo de US$ 41,737 bilhões para US$ 33,790 bilhões. Com base na média diária, o recuo é de 19,5%. Segundo o jornal Valor Econômico, o governo já revisa para baixo, para US$ 41,8 bilhões, sua estimativa de superávit no ano, o que significaria retração de 28%.

Houve diminuição das vendas nas três categorias: manufaturados (-8%), semimanufaturados (-5%) e básicos (-1,2%). No primeiro grupo, estão itens como veículos de carga (-40,2%), automóveis de passageiros (-33,7%), plataforma para extração de petróleo (-32,3%) e autopeças (-17,7%). No segundo, destaque para óleo de soja em bruto (-35,4%), couros e peles (-20,6%) e açúcar em bruto (-20,1%), entre outros. Nos básicos, caiu a receita com exportação de soja em grãos (-22,3%), farelo de soja (-16,5%), minério de cobre (-15,6%), petróleo em bruto (-4,6%).

Já as importações somam US$ 133,589 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Também com base na média diária, houve recuo de 1,8% em relação a 2018.

Em 12 meses, de outubro do ano passado até setembro último, as exportações brasileiras caíram 1,1% e as importações cresceram 1,9%. O saldo recuou 9,7%.

Ainda no acumulado do ano, em relação a 2018, as vendas para o Mercosul caíram 34,2%, sendo 39,3% no caso da Argentina. Houve também recuo para União Europeia (-9%) e Ásia (-1,7%, chegando a -3,4% no bloco China, Hong Kong e Macau). Cresceram as exportações para os aliados Estados Unidos (5,1%) e Oriente Médio (17,3%).

Os principais destinos das exportações brasileiras, no ano, são China, Hong Kong e Macau (US$ 48,037 bilhões), Estados Unidos (US$ 21,801 bilhões), Países Baixos (US$ 8,084 bilhões), Argentina (US$ 7,474 bilhões) e Chile (US$ 3,830 bilhões). Os países que mais vendem para cá são China, Hong Kong e Macau (US$ 27,094 bilhões), Estados Unidos (US$ 22,536 bilhões), Alemanha (US$ 7,833 bilhões), Argentina (US$ 7,815 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 3,670 bilhões).

Apenas em setembro, a exportação somou US$ 18,740 bilhões, retração de 11,6% na comparação com igual mês do ano passado. As importações (US$ 16,494 bilhões) cresceram 5,7%. O saldo (US$ 2,246 bilhões) teve forte queda, de 59,9% pela média diária.

Fonte: Rede Brasil Atual

Em audiência pública hoje (1º) na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara, o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira, voltou a criticar o projeto do governo Bolsonaro de quebrar o monopólio da Caixa na gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “Nós defendemos que fique na Caixa”, afirmou o dirigente. “Até 1990, o FGTS era espalhado nos bancos e hoje defendemos que fique na Caixa, porque todos os trabalhadores sabem que se sair nós estamos perdendo. Até 1990 não funcionou bem, e tem gente sem receber as contas inativas até hoje.”

Ferreira também mostrou preocupação com o destino dos 8 mil funcionários do banco que estão envolvidos com o FGTS. Ele destacou ainda que a Caixa tem 60 mil pontos de atendimento no país, o que representa sua alta capilaridade, e que é um desperdício perder o FGTS. “A construção civil vai perder muito”, acrescentou o presidente da Fenae, em relação aos impactos da medida.

A audiência desta tarde está sendo realizada com requerimento da deputada Erika Kokay (PT-DF), que convidou o presidente do banco, Pedro Guimarães, para falar dos planos para a instituição financeira durante o governo Bolsonaro. Guimarães destacou algumas das medidas que pretende levar adiante durante sua gestão e mostrou que se esforço à frente da instituição é voltado para a lucratividade e redução de custos. Ele também defende que cumpre uma gestão técnica e que não há ingerência política de partidos na instituição. “Eu nunca tive filiação política, não tenho Facebook, nem Twitter, eu sou um técnico”, disse Guimarães para defender sua atuação.

Guimarães também admitiu que pode fechar agências do banco. Segundo ele, isso pode acontecer depois dos pagamentos do FGTS, que vão até 2020. Ele classificou essa medida como uma questão matemática.

Políticas públicas

Mas Ferreira disse que os  trabalhadores são contrários a medidas pretendidas pelo governo, e citou a venda para o mercado de carteiras rentáveis do banco, o que pode afetar a eficiência em relação às políticas públicas. “Tem sido falado na imprensa que se trata da venda de segmentos da Caixa, por isso se criou a Caixa Seguridade, agora Caixa Loterias, e isso será vendido, e a sociedade perde fonte de receitas para os programas sociais”, disse. “Sai uma empresa de dentro da Caixa, desloca trabalhadores e isso é preocupante”. Ele lembrou ainda que a instituição perdeu 18 mil postos de trabalho nos últimos anos.

“Adoecem os trabalhadores e dificulta o atendimento à população brasileira. Estão criando uma empresa de cartões, ou seja, tudo isso para os empregados são ameaças. Isso é o encolhimentos da empresa. O banco é um instrumento importante do estado brasileiro”, disse Ferreira, em defesa do papel público da instituição.

A deputada Erika Kokay também ecoou as preocupações de Ferreira com as empresas que a Caixa está criando e citou o caso das loterias. “O que tem sido dito é que a loteria terá capital aberto, mas mais de 30% dos recursos são revertidos em políticas sociais”, disse. Segundo Erika, a Caixa corre risco de perder seu papel social em função dessa criação de empresas, que ela chamou de “esquartejamento” do banco público.

Representante do Dieese na audiência, Sergio Lisboa também defendeu o papel público da instituição. Lisboa destacou que o banco, em primeiro lugar, é indutor do desenvolvimento econômico, e tem participação na economia em lugares em que os bancos privados não chegam. “A participação da Caixa é histórica. Tem municípios que são 100% de bancos públicos”. No país, cerca de 750 municípios só têm a Caixa como instituição financeira.

Além disso, Lisboa lembrou que 72% do crédito imobiliário no país é oferecido pela Caixa. Outro ponto de destaque do banco, segundo ele, é a atuação com crédito em períodos de dificuldades econômicas. “São políticas anticíclicas, que todos os países fazem, como os Estados Unidos na crise de 2008”, disse. O técnico afirmou ainda que o banco público é importante para a criação de empregos, como na construção civil, e para o combate ao déficit habitacional.

Fonte: Rede Brasil Atual

“Diminuir o mercado interno, empobrecer a população, piorar a vida dos trabalhadores e reduzir direitos sociais e trabalhistas não é maneira de enfrentar os problemas e estimular o crescimento econômico”, afirma o Dieese em seu Boletim de Conjuntura, que na edição mais recente traz o título A perversa marcha da insensatez. O instituto não vê perspectiva de recuperação: “O que se assiste é a continuidade da deterioração das condições de emprego e renda dos trabalhadores”.

A nota faz referência à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, de “reforma” da Previdência, que nesta terça-feira (1º) foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e remetida ao plenário da Casa. “Se aprovada, provocará grande prejuízo social e econômico a quase 100 milhões de brasileiros que dependem direta ou indiretamente da Previdência Social”, afirma o Dieese. “Sistemas de seguridade social que proporcionam condições razoáveis de saúde, previdência e assistência social encontram-se no ‘olho do furacão’ no mundo todo.”

De acordo com o instituto, mesmo assessorias empresariais já apontam um longo caminho de retomada, pulando o próximo ano: ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) retorne em 2021 ao patamar anterior à crise, o PIB per capita só voltará a esse nível em 2023. O documento chama a atenção para o caso da Argentina, “cujo governo aplicou programa econômico semelhante ao do governo brasileiro”, que demonstra em certa medida o que pode acontecer aqui. “Além de crescimento medíocre e do empobrecimento da população, a instabilidade financeira tornou a situação dramática no país vizinho. Em 2018, em decorrência de uma crise cambial, o país teve que voltar a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), sob pena de sofrer um processo de quebradeira financeira. Juros altos, recessão, desemprego nas alturas e inflação de quase 50%, marcaram a economia do país nesse período.”

Já o Brasil sofre um “colapso” de investimentos produtivos, afirma o Dieese, com a taxa de investimento no menor patamar em mais de meio século, “mostrando a debilidade da economia nos gastos com máquinas e equipamentos, construção civil e inovação”. Com isso e o crescimento do desemprego, também aumenta a pobreza. “De acordo com o IBGE, os que vivem abaixo da linha de pobreza extrema (cujos ganhos não passam de R$ 7 diários) saltaram de 13,5 milhões, em 2016, para 15,2 milhões, em 2017. Quando consideradas as famílias que vivem com menos de R$ 406 por mês, o total subiu de 53,7 milhões, em 2016, para 55,4 milhões em 2017.”

O Dieese demonstra que o país segue caminho oposto ao de outros períodos de turbulência. “Em 2008, quando explodiu a crise mundial, em pleno epicentro do sistema capitalista, o Brasil soube enfrentar o tsunami com políticas anticíclicas de crescimento, manutenção das políticas sociais, expansão do mercado consumidor interno (via salário mínimo e geração de empregos) e aumento dos investimentos públicos (Minha Casa, Minha Vida, por exemplo)”, lembra. “Agora, com a possibilidade de nova turbulência global, o governo desmantela as estruturas econômicas e sociais que poderiam mitigar os efeitos da crise e ainda acena com ‘reformas mais severas’.”

Leia aqui a íntegra da nota.

Fonte: Rede Brasil Atual

Sindicatos e federações de bancários de todo país foram orientados a realizar reuniões, plenárias e panfletagens em protestos nos dias 3 ou 4 de outubro contra os ataques à Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil.

“A política em prática para a Cassi é a mesma que vem sendo implantada para as empresas estatais e bancos públicos. O objetivo final é a privatização. Por isso, assim como tem que acontecer com o Banco do Brasil e demais empresas púbicas, o momento pede mobilização intensa em defesa da Cassi”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

No dia 3, a Petrobras completa 66 anos. Trabalhadores e trabalhadoras irão às ruas em defesa da Petrobras, demais empresas públicas brasileiras e da soberania nacional. Idealizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a mobilização em defesa da soberania, inicialmente seria só em Curitiba, onde o ex-presidente Lula é mantido preso na sede da Superintendência da Polícia Federal. A proposta inicial foi ampliada depois que trabalhadores de outras estatais e representantes de movimentos sociais que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e partidos políticos que compõem o Comitê pela Soberania decidiram realizar atos em várias cidades do Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, onde está a sede da Petrobrás. Além do Rio e Curitiba, também serão realizados atos em São Paulo, Salvador e Belo Horizonte.

Materiais de apoio

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) disponibilizou na área restrita de seu site e enviou aos sindicatos e federações o arquivo da edição especial do boletim O Espelho, sobre a Cassi. Também está disponível o arquivo da Cartilha em Defesa dos Bancos Públicos. Ambos os materiais podem ser utilizados para as panfletagens nas atividades.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) disponibilizou em seu site a edição Racial do InfoPress da Campanha de Valorização da Diversidade.

O material apresenta a realidade da população negra no trabalho e na sociedade, além de seu protagonismo na luta em defesa dos direitos sociais e trabalhistas.

A Campanha de Valorização da Diversidade visa promover políticas inclusivas e oportunidades igualitárias no setor bancário. Neste ano, a novidade é a criação do Agente da Diversidade, que será responsável por levantar debates em defesa dos direitos e em apoio à diversidade nos locais de trabalho, orientar e denunciar situações de discriminação e preconceito.

O InfoPress está disponível para visualização na área Publicações do site e para download na área restrita.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) solicitou nesta segunda-feira (30) a prorrogação do prazo de resposta ao 3º Censo da Diversidade Bancária para, pelo menos, até o final de novembro. A solicitação se deu devido à adesão tardia da Caixa Econômica Federal ao Censo. O acesso dos empegados da Caixa ao questionário somente foi liberado na semana passada, após cobrança do Comando Nacional dos Bancários.

“É importante que o maior número possível de bancários e bancárias responda às perguntas do Censo. Quanto maior o número de respostas, maior a precisão dos dados sobre a realidade da diversidade nos bancos”, afirmou a presidenta Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. “Por isso, é fundamental garantir que o pessoal da Caixa tenha tempo suficiente para responder”, completou Juvandia, lamentando que a Caixa tenha impedido que seus empregados tenham respondido o censo desde o momento em que o questionário foi colocado à disposição para resposta no site da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

O Censo

O levantamento é uma das conquistas da categoria na Mesa de Negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Foi criado com o objetivo de traçar o perfil da categoria bancária por gênero, orientação sexual, raça e pessoas com deficiência (PCDs), visando a promoção de políticas de inclusão e igualdade de oportunidades nos bancos.

Esta é a terceira edição do Censo. As duas anteriores foram realizadas em 2008 e 2014 e foram fundamentais para levantar o perfil do trabalhador bancário. Neste ano, além deste diagnóstico, a Contraf-CUT, federações e sindicatos que compõem o Comando Nacional dos Bancários, juntamente com a Fenaban, criaram uma campanha para aumentar entre os bancários a consciência da necessidade de ampliação da igualdade na categoria e eliminação dos preconceitos, levando os bancários a se tornarem agentes da diversidade, não apenas nos locais de trabalho, mas também em suas casas e demais ambientes sociais nos quais convivem.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas (Fetrafi-CUT/MG) e o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Belo Horizonte e Região assinaram na tarde desta terça-feira (1º/10) o acordo que garante melhorias na Participação nos Lucros e/ou Resultados aos bancários do Banco Mercantil do Brasil (BMB).

Após pressão do movimento sindical, o banco aceitou incluir no acordo do programa próprio uma cláusula que garante o pagamento proporcional aos funcionários do banco que atingirem 80% da meta estipulada. Pela regra anterior, apenas quem cumprisse integralmente a meta teria direito de receber a PLR. Com a nova regra do programa próprio, a maioria dos trabalhadores do banco receberão valores majorados graças à atuação eficaz e precisa do movimento sindical.

“É preciso destacar a importância da atuação dos sindicatos da categoria. Há 25 anos, bancários e bancárias conquistaram o direito de receber uma fatia do lucro dos bancos graças à força dos sindicatos. E, desde então, ano após ano, viemos conquistando melhorias, como essa do Mercantil do Brasil”, destacou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

O gatilho de cumprimento de 80% das metas também incluiu a redução de despesas e BSC, o que acabou ocorrendo no primeiro semestre de 2019.

A pressão do movimento sindical também garantiu a cláusula que prevê que bancários recebem o maior valor entre os resultados apurados pelas regras do Programa Próprio e o valor da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários.

“Ainda existe espaço para melhorias. Os sindicatos vão continuar lutando por isso. Precisamos que os bancários estejam juntos nesta luta. Juntos somos fortes”, concluiu a presidenta da Fetrafi-CUT/MG, Magaly Fagundes.

Fonte: Contraf-CUT

Com 17 votos a favor e 9 contrários, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou  no início da tarde desta terça-feira (1º) o parecer do relator, Tasso Jereissati (PSDB-CE), sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, de “reforma” da Previdência. Não houve abstenções. Depois da votação das emendas, o texto seguirá para o plenário, o que deve ocorrer ainda hoje.

Em declarações antes da sessão, Tasso enfatizou o esforço para garantir a aprovação do texto de forma a evitar retorno da PEC para a Câmara. A proposta precisa passar em dois turnos no plenário – são necessários dois terços dos votos, 49 dos 81 senadores.

Para agilizar a tramitação, uma PEC “paralela” (133/2019) traz alterações, como inclusão de servidores de estados e municípios, item que foi objeto de divergência na Câmara. Essa PEC também será relatada por Tasso.

Paulo Paim (PT-RS) chegou a apresentar um voto em separado, com mudanças mais profundas, que poderiam obrigar o retorno da PEC à Câmara. Mas esse “relatório alternativo” nem chegou a ser avaliado.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O que deveria ser celebração corre o risco de se tornar uma data simbólica do ataque a direitos dos aposentados. Nesta terça-feira (1º), Dia Internacional do Idoso, devem ser votadas no Senado as propostas de emenda à Constituição (PEC 6/2019 e PEC 133/2019), que tratam da reforma da Previdência, projeto que reconhecidamente ataca o direito à aposentadoria dos trabalhadores.

Esse fato foi lamentado hoje (30) pelo senador Paulo Paim (PT-RS), durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. “Exatamente amanhã está prevista na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), e provavelmente aqui no plenário, a votação da reforma da Previdência. Previdência está ligada diretamente ao idoso, porque quem não é idoso, sonha em ser um dia e quer ter o direito a envelhecer com qualidade de vida. Consequentemente, eles estão olhando, todos eu diria, à medida que vamos envelhecendo, para uma aposentadoria adequada, que permita a todos, na reta final da viagem que todos nós vamos fazer um dia, fazê-la com muito equilíbrio e, repito, com muita qualidade de vida. Todo mundo sonha com isso”, afirmou.

“Não é o envelhecimento da população que vai trazer o caos à Previdência, mas, sim, a ineficiência do sistema, a má gestão, o desvio das verbas da seguridade, apropriação indébita, sonegação. Será que há motivos para os idosos celebrarem o dia de amanhã? Creio que não. E, muito pior, se o resultado for a aprovação da reforma”, disse o senador.

A proposta principal da reforma (PEC 6/2019) aguarda a votação de emendas de plenário na CCJ. Se houver mudanças no Senado, o texto deverá voltar à Câmara dos Deputados. Para evitar o retorno da matéria, no entanto, um grupo de senadores apresentou uma PEC paralela (PEC 133/2019), que reúne pontos não incluídos na proposta original. Crítico da medida, Paim defende o aprofundamento da discussão, já que alterações na Previdência interferem na vida de todos os brasileiros.

Paim e a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) já declararam que vão tentar aprovar destaques ao texto durante a discussão no plenário. Entre os pontos que podem sofrer destaques estão as restrições ao abono salarial, benefício atualmente pago a quem ganha menos de dois salários mínimos (R$ 1.996) e tem pelo menos cinco anos de cadastro no PIS ou no Pasep. O texto da reforma assegura esse direito apenas a quem tiver renda mensal igual ou menor que R$ 1.364,43.

O corte no PIS/Pasep atingiria em cheio os trabalhadores. Conforme a RBA mostrou em fevereiro deste ano, essa mudança vai significar prejuízo para 23,4 milhões de trabalhadores, que devem perder o benefício anual. Ao promover essa mudança, o governo elimina o abono para 91,5% do total de pessoas que podem recebê-lo.

Críticas à PEC paralela

Para o advogado Diego Cherulli, que participou do debate de hoje na CDH, a PEC paralela é inconstitucional e resultará em aumento das judicializações. Ele classificou o projeto de “o maior engodo jurídico do país” e considerou o texto um “atestado de incompetência” assinado pelo Senado. Para Cherulli, trata-se de uma tentativa de os parlamentares corrigirem a proposta original a qualquer custo.

“O Senado está falando: ‘A PEC 6 está errada, mas, mesmo assim, eu vou aprovar e mandar uma proposta paralela para consertar o erro que eu estou aprovando’. Isso aqui não é saco de pão para ficar escrevendo poesia, minha gente. É a Constituição Federal, e os senadores têm que acordar para isso”, alertou.

Para a coordenadora-geral da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, Maria Lúcia Fattorelli, a PEC paralela traz insegurança jurídica flagrante, acabando com todos os direitos dos servidores públicos. Ela disse que os trabalhadores não atentaram para os prejuízos do texto. Ao declarar que são falsos os dados do Executivo para justificar a nova Previdência, a debatedora criticou as negociações para que o Congresso agilize a votação da matéria. “Qual é o preço desse Senado para aprovar essa reforma? Que absurdo destruir a seguridade social em troca de um dinheirinho de emendas. Não podemos aceitar isso.”

*Com informações da Agência Senado

Fonte: Rede Brasil Atual