Maio 19, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

A Comissão de Empresa das Funcionárias e dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com a direção do banco nesta quinta-feira (16), em formato online, para discutir a situação das horas negativas acumuladas durante a pandemia de covid-19. O acordo firmado entre as partes para a compensação dessas horas vence no próximo dia 31 de maio. A partir dessa data, as funcionárias e os funcionários que não conseguiram realizar toda a compensação terão que pagar as horas pendentes.

Durante a reunião, os representantes das funcionárias e dos funcionários apresentaram ao banco relatos de trabalhadoras e trabalhadores que enfrentam dificuldades para quitar o saldo de horas negativas, especialmente quem tem filhos menores ou cuida de pessoas idosas ou adoecidas. A situação das mães solo foi destacada como uma das mais críticas. Para essas trabalhadoras, a exigência de jornada adicional para compensar as horas significaria abrir mão do tempo dedicado aos cuidados com a família — e o pagamento direto das horas comprometeria ainda mais a renda familiar.

“É preciso sensibilidade para lidar com esse tema. O banco precisa considerar os impactos que esses descontos terão na vida de milhares de pessoas, principalmente mães solo e trabalhadores com responsabilidades de cuidado. Não é justo que, após tudo o que enfrentamos na pandemia, essas famílias sejam penalizadas financeiramente por não conseguirem cumprir integralmente a compensação”, afirmou Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB.

A representação sindical sugeriu ainda que o banco crie uma linha específica de crédito para funcionárias e funcionários que eventualmente precisem arcar com o pagamento das horas negativas.

Segundo dados apresentados, no início da vigência do acordo, mais de 25 mil funcionárias e funcionários acumulavam horas negativas. Atualmente, esse número caiu para menos de 10% do total inicial, o que evidencia o esforço coletivo para cumprir a compensação acordada.

Outro ponto debatido foi a situação de funcionárias e funcionários pertencentes a grupamentos com regras específicas no acordo anterior, como pessoas com deficiência, pais e mães de pessoas com deficiência, e pessoas que integravam o grupo de risco da covid-19. Esses trabalhadores tinham o compromisso de compensar apenas 30% do total das horas devidas — e os 70% restantes seriam anistiados caso a meta fosse atingida. Os representantes dos trabalhadores alertaram, porém, que há casos em que o banco pretende descontar a totalidade das horas, mesmo de quem não conseguiu atingir os 30% mínimos. A orientação é que, nesses casos, os descontos sejam proporcionais apenas ao que foi efetivamente compensado, preservando o critério do acordo anterior.

Além disso, os representantes das funcionárias e dos funcionários solicitaram que o banco limite a dedução em folha a, no máximo, 30% da renda mensal das pessoas afetadas, para evitar impactos financeiros mais severos.

A representação sindical aguarda o retorno do banco sobre as propostas apresentadas e reforça que a busca por uma solução justa e equilibrada para todas e todos é prioridade neste momento.

Fonte: Contraf-CUT

No dia 21 de maio de 2025, das 8 horas às 20 horas, bancárias e bancários do Banco Itaú, da base do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, participam de assembleia remota, para deliberar sobre a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho para pagamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados referentes aos exercícios de 2025 e 2026 disciplinado pela Lei nº 10.101 e alterações das Leis 12.832/13 e 14.020/20.

Podem participar bancários, sócios e não sócios, da base territorial do Sindicato, que prestam serviço para o Banco Itaú Unibanco S/A; Itaú Unibanco Holding S/A; Banco Itaú Consignado S/A;.

PARA VOTAR

Para votar e participar, basta acessar o link de votação: https://bancarios.votabem.com.br/

O link estará, também, disponível em nosso site (http://www.bancariosbaixada.org.br)

IMPORTANTE

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, seguindo orientações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), indica a aprovação da deliberação proposta.

 

 

A Contraf-CUT enviou, nesta quinta-feira (15), um ofício para a Caixa Econômica Federal pedindo que o banco explique um boato sobre uma possível reestruturação das funções de caixa e tesoureiro executivos (CAEX e TEX).

A informação que circula entre empregadas e empregados é a de que caixas e tesoureiros estão sendo convocados para uma "Ação consultiva-ReprogAME Sua Trajetória".

Segundo o que se diz, trata-se de um treinamento presencial para empregados (indicados por seus gestores), que sintam a necessidade de repensar sua trajetória profissional. “Pelas informações que nos foram passadas, o ‘treinamento’ é, na verdade, uma forma de fazer com que caixas e tesoureiros reflitam sobre sua carreira”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco.

Para a representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na CEE, Luiza Hansen, a informação gerou insegurança e apreensão. “Ontem, vários colegas nos procuraram preocupados e inseguros em relação a uma possível reestruturação que atingiria em especial os caixas e tesoureiros. Enviamos ofício à Caixa para que isso seja esclarecido”, informou. “Mas, reforçamos nossa reivindicação para que qualquer mudança que mexa com a carreira e a vida dos empregados seja sempre previamente tratada com a CEE, que representa o Comando Nacional dos Bancários nas negociações com o banco”, completou.

“Torcemos para que sejam apenas boatos, pois temos negociações pendentes sobre as funções de caixas e tesoureiros desde a Campanha Nacional dos Bancários de 2024 e o banco vinha prorrogando a realização das reuniões de negociação. Agora, que temos uma previsão de que haja uma mesa de negociações até o final deste mês, surgiu esse ‘boato’”, observou o coordenador da CEE. “Mas, se são apenas boatos, eles passam bastante credibilidade pois já circulam informações até sobre os novos nomes dos cargos, onde os caixas passariam a ser assistentes e os tesoureiros passariam a gerentes de operações”, completou.

Em seu ofício, a Contraf-CUT pede que o banco informe sobre a veracidade, ou não, das informações que circulam nas unidades; que, sendo verdade, que o banco passe todas as informações para a representação dos empregados e agende para o quanto antes uma reunião para retomar as negociações.

“É inadmissível que a Caixa esteja dando andamento a esta reestruturação sem as devidas tratativas com a representação sindical dos empregados, que, nestes casos, são sempre os mais afetados pelas mudanças”, disse Felipe. “Temos muito a contribuir com esta questão e o banco não pode menosprezar a representação e a posição dos empregados. Por isso, esperamos que a Caixa mande rapidamente as informações e agende a reunião de negociações para o quanto antes”, cobrou o coordenador da CEE.

Fonte: Contraf-CUT

A terceira rodada de negociações sobre o custeio da Cassi foi realizada nesta terça-feira (13). A discussão, que envolve representantes das entidades do funcionalismo do Banco do Brasil, não avançou como o esperado devido à ausência de dados por parte do banco, que alegou restrições por conta do período de silêncio do mercado.

Durante a manhã, as entidades representativas se reuniram na sede da Anabb, onde analisaram números, indicadores e simulações de propostas com apoio de dirigentes eleitos da Cassi e atuários que prestam assessoria à diretoria da entidade. O objetivo foi aprofundar a análise técnica para qualificar a atuação na mesa de negociação.

Já no período da tarde, na sede do BB, foi instalada formalmente a mesa de negociações. No entanto, os representantes do banco informaram que, em função da alteração na data de divulgação dos resultados trimestrais e da obrigação de cumprir o período de silêncio, não poderiam apresentar dados ou informações que pudessem “influenciar o mercado”.

Apesar do impasse, os dirigentes da Cassi aproveitaram o momento para apresentar informações sobre a gestão da Caixa de Assistência. De acordo com os dados divulgados, as reservas livres estão garantidas até junho de 2026, uma vez que o aumento das provisões técnicas não afeta esse montante. A diretoria também reafirmou o compromisso com o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), com foco em atendimento e ampliação do quadro de profissionais.

Outro ponto destacado foi a incorporação de ferramentas de inteligência artificial para dar mais agilidade à autorização de procedimentos e para melhorar a detecção de fraudes e irregularidades.

A coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Fernanda Lopes, destacou que a negociação precisa manter o foco na sustentabilidade e no equilíbrio do plano. “É fundamental manter os estudos com base na premissa do modelo de custeio 70/30, conforme estabelecido na resolução CGPAR 52. Também defendemos que o banco assuma sua responsabilidade no custeio dos associados oriundos de bancos incorporados, que estão na Cassi por decisão judicial. Não é justo que o custo desse grupo recaia sobre os demais participantes”, afirmou Fernanda Lopes.

Apesar de não ter sido definida uma nova data para continuidade das negociações, as partes sinalizaram a intenção de retomar o diálogo o mais breve possível.

Fonte: Contraf-CUT

 

Os financiários voltaram a se reunir com a Fenacrefi nesta quarta-feira, 14 de maio, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. O encontro teve como foco principal a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o levantamento do chamado “Rosto dos Financiários” — um mapeamento do perfil da categoria. 

PLR: debate continua

Apesar da disposição das partes, o debate sobre a PLR não avançou para uma reformulação para 2025. A Fenacrefi informou que ainda não possui informações suficientes de todas as empresas para embasar uma proposta de mudança nas regras atuais. Dessa forma, o que está assegurado na Convenção Coletiva de Trabalho, na cláusula quarta, segue valendo: as mesmas regras da PLR de 2024 continuam aplicados em 2025, com reajuste previsto em CCT.

Para Jair Alves, diretor da Contraf-CUT, o acordo de dois anos firmado na última campanha garantiu segurança para a categoria: “A manutenção da PLR por mais um ano é uma conquista importante, fruto do acordo de dois anos que negociamos. Agora, temos mais tempo para buscar avanços sem retrocessos”, afirmou. 

Rosto dos Financiários: mapeamento em andamento

Outro tema discutido foi o projeto “Rosto dos Financiários”, que tem como objetivo traçar o perfil dos trabalhadores do setor.

Uma empresa já foi contratada para realizar o levantamento. O prazo estimado para a conclusão do trabalho é de 90 a 120 dias. Após esse período, uma nova reunião será marcada para apresentação e análise dos dados coletados.

Magaly Fagundes, coordenadora do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, ressaltou a relevância do estudo. “É fundamental conhecermos os trabalhadores que representamos, saber quem eles são para entender o que pensam e o que precisam. Isso fortalece nossa representação e qualifica nossa atuação”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

Os associados da Cassi terão entre os dias 15 e 26 de maio para votar no Relatório Anual de 2024, documento que apresenta os resultados econômico-financeiros e as principais ações da governança da Caixa de Assistência no último ano. A votação poderá ser realizada por meio do App Cassi, do site da entidade, nos terminais de autoatendimento do Banco do Brasil e no SISBB — este último, exclusivo para associados da ativa. Dúvidas sobre o conteúdo podem ser encaminhadas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Entre os destaques do documento está o aumento de 32,5% no número de consultas realizadas nas CliniCASSI em 2024. De acordo com a diretoria da Cassi, o crescimento é resultado direto das melhorias promovidas na rede própria da Caixa de Assistência, como a ampliação, reformulação e relocalização de seis unidades, além da ampliação da oferta de especialidades médicas e do número de procedimentos realizados. A expectativa é de que oito novas CliniCASSI sejam entregues aos associados em 2025.

Outro avanço importante apresentado no relatório foi o aprimoramento da avaliação do risco populacional, que passou a utilizar tecnologia e evidências científicas para identificar associados e familiares com alto risco de desenvolver doenças crônicas. A iniciativa permite que a Cassi atue de forma preventiva, com ações mais direcionadas e eficientes, monitoradas pelas equipes das CliniCASSI.

Essa abordagem tem como foco doenças como diabetes, colesterol alto, hipertensão, câncer e enfermidades cardiovasculares. O objetivo é melhorar a qualidade de vida das pessoas e, ao mesmo tempo, controlar despesas, evitando internações e tratamentos mais complexos e onerosos no futuro.

A Contraf-CUT orienta os colegas do Banco do Brasil a participarem do processo e votarem pela aprovação do Relatório Anual de 2024. “O Relatório Anual de 2024 apresenta com transparência os resultados e avanços importantes da Cassi. Por isso, a Contraf-CUT orienta os colegas do Banco do Brasil a votar pela aprovação do documento, que reflete a real situação da entidade e os esforços feitos para melhorar o atendimento aos associados”, afirma o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr..

Fonte: Contraf-CUT

A representação das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal solicitou para o banco, em reunião ocorrida na segunda-feira (12), o fornecimento dos dados primários dos últimos dez anos do Saúde Caixa, para início dos trabalhos da consultoria atuarial contratada pelos empregados para fazer análise atuarial do plano de saúde. A gestão Carlos Vieira não garantiu o acesso às informações. A Contraf-CUT encaminhou ofício formalizando o pedido.

A consultoria atuarial, que foi contratada pelas entidades irá assessorar os representantes dos empregados no Grupo de Trabalho (GT) do Saúde Caixa nas avaliações e com a produção de relatórios para subsidiar as discussões do grupo, solicitou os dados do período de 10 anos para realizar uma análise prospectiva mais robusta do plano. Os representantes da Caixa, porém, informaram que não poderiam garantir que darão acesso a estes dados.

Ao serem questionados quando seria dado o retorno em relação à reivindicação de acesso aos dados, os representantes do banco disseram que o prazo para a resposta era “indefinido”.

“Sempre cobramos transparência da gestão, e no último aditivo assinado fizemos questão de incluir uma cláusula que garantisse acesso aos dados, para que pudéssemos realizar nossas próprias análises das condições do plano. Mesmo assim, os representantes da administração de Carlos Vieira dizem que não podem garantir que teremos este acesso”, disse o coordenador da representação dos trabalhadores no GT Saúde Caixa, Leonardo Quadros, que é presidente da Apcef/SP e diretor de Saúde e Previdência da Fenae. “É um absurdo, já que o plano pertence a nós, empregados, e boa parte de seu financiamento vem de nossas contribuições. A gestão da Caixa precisa respeitar os empregados, e cumprir o compromisso assumido no acordo. Não podemos esperar indefinidamente para ter acesso aos dados. A consultoria atuarial que nos assessora depende deles para realizar seu trabalho de forma adequada”, completou.

O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco, ressalta a necessidade do acesso aos dados: “O trabalho da consultoria é fundamental para subsidiar o GT e as negociações sobre o plano de saúde. Mas os resultados dependem das informações que são fornecidas. Por isso, vamos oficiar a Caixa, para que ela se manifeste formalmente sobre nossa justa reivindicação”, informou.

Fonte: Contraf-CUT

Neste ano a categoria bancária não terá a campanha nacional, mas será chamada para responder à Consulta Nacional 2025, com lançamento na quinta-feira, 15 de maio. O levantamento, realizado todos os anos pelo movimento sindical, auxilia na formulação de estratégias de reivindicações e para a definição das prioridades dos trabalhadores nos debates em mesa de negociação com os bancos.

"Bancárias e bancários de todo o país, sejam eles filiados ou não aos sindicatos, podem responder à Consulta Nacional", explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. "Os resultados da consulta são utilizados para formular as pautas das negociações coletivas e das campanhas salariais. Por isso que essa fase, de levantamento, é fundamental, para que a gente tenha uma visão assertiva dos desejos da categoria", completa a dirigente.

Como funciona

O conteúdo e a estrutura da Consulta Nacional dos Bancários 2025 foi aprovada pelo Comando Nacional dos Bancários, grupo que reúne representantes sindicais de todo o país, no dia 28 de abril.

O levantamento está dividido em quatro setores. O primeiro é uma rápida triagem sobre qual banco, setor e perfil do respondente (sem a necessidade de se identificar com nome, RG etc). Na segunda parte, os bancários são convidados a responderem sobre o emprego; na terceira, sobre temas ligados ao quadro político e econômico do país, pois queremos saber como a categoria avalia situações que afetam a sua realidade. Por último, sobre temas sindicais.

As questões são dinâmicas e de múltiplas escolhas e o tempo da consulta leva menos de 5 minutos.

Convocação

"A consulta, exatamente agora, está em fase de implementação técnica para que, no dia 15 de maio, todos os sindicatos do país mobilizem bancárias e bancários de suas bases para participarem desse levantamento", destaca Juvandia Moreira. “É muito importante a participação de todos e todas, porque esse conhecimento sobre os anseios da categoria é o que nos ajuda a entregar, da melhor forma, o nosso trabalho de organização e mobilização para manter direitos e avançar em novas conquistas nas campanhas salariais", conclui a dirigente.

PARA PARTICIPAR

O link já está disponível (abaixo) para o levantamento, realizado todos os anos com o objetivo de conhecer o perfil da categoria.

É rápido e fácil. Leva menos de cinco minutos, são perguntas de múltiplas escolhas e você não precisa se identificar.

A Consulta Nacional é fundamental para que o movimento sindical entenda os anseios e necessidades da categoria, para melhorar a luta pelas bancárias e bancários nas reivindicações aos bancos.

Além de perguntas sobre o que gostariam que melhorasse em seu trabalho e em outras questões ligadas ao emprego, a Consulta traz temas sobre o quadro político e econômico do país, para saber como a categoria avalia situações que afetam diretamente a sua vida.

Acesse o link – Campanha Nacional dos Bancários 2025 - https://consultabancarios2025.votabem.com.br/

Fonte: Contraf-CUT

O banco Inter obteve lucro líquido de R$ 306,8 milhões no 1º trimestre de 2025, alta de 57,1% em relação ao mesmo período de 2024. Na comparação entre os dois últimos trimestres (1º de 2025 e o 4º de 2024), o crescimento foi de 4%.

A rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido – ROE) em 12 meses foi de 13,6%, alta de 3,9 pontos percentuais (p.p.).

Ao final de março, o banco contava com 4.079 funcionários, com abertura de 743 postos em doze meses, mas fechamento de 312 postos no trimestre.

O total de clientes globais da instituição chegou a 37,7 milhões, 6 milhões a mais do tinha no final de março de 2024. Do total de clientes, 21,6 milhões são clientes ativos (que utilizaram produtos nos últimos três meses, originando receitas ao banco).

Diante desses dados, chegou-se a uma relação de 5,3 mil clientes ativos por funcionário.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço ou, se preferir, leia a íntegra da análise, ambas produzidas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Tabela resumo balanco Inter - 1Tri2025.png

Fonte: Contraf-CUT

A meta atuarial é um dos pilares que sustentam o cálculo dos benefícios pagos aos participantes. Independentemente do plano ao qual pertença, a meta é como uma bússola que orienta a rentabilidade dos investimentos necessária para garantir o pagamento das futuras aposentadorias. E quando essa bússola é alterada, impacta diretamente no benefício, especialmente quando a direção aponta para baixo.

Quanto maior a meta, menor o valor necessário hoje para cumprir o pagamento no futuro. Por outro lado, se a meta atuarial for menor, o valor presente necessário para honrar o mesmo compromisso será maior, exigindo, portanto, uma reserva maior.

Para começar, se você é participante da ativa (REB e Novo Plano), é preciso explicar que o valor do seu benefício não depende apenas das suas reservas acumuladas. Para calculá-lo é preciso considerar um conjunto variáveis, chamadas premissas atuariais. Algumas delas são:

Tábua de Mortalidade – é uma estimativa da expectativa de vida. Com base nela, a Funcef calcula por quanto tempo, em média, você receberá seu benefício. Quanto maior a expectativa de vida, mais tempo o valor da sua reserva precisa durar.

Fator de Capacidade Salarial – projeta o valor real anual do seu benefício, considerando a inflação medida pelo INPC. A Funcef considera que o benefício real vai acompanhar 98% da inflação medida pelo INPC. Isso quer dizer que, ao projetar seus pagamentos futuros, o sistema assume uma pequena defasagem em relação à inflação real.

Composição Familiar – avalia se você tem dependentes que poderão receber pensão após o seu falecimento. Isso influencia tanto no valor quanto na duração da pensão.

Quando você se aposenta, sua reserva acumulada (composta pelas suas contribuições e pelas contribuições da Caixa) representa o valor presente. O tempo estimado que você receberá o benefício é baseado na tábua de mortalidade. A meta atuarial entra como uma taxa de juros projetada para calcular o valor do benefício mensal que você vai receber.

Se a meta atuarial for de 5,5% ao ano, você terá um benefício X. Mas, se a meta for reduzida para 4,5%, o seu benefício será mais de 10% menor, o que representa, na prática, um equacionamento perpétuo, independentemente dos resultados dos investimentos.

É importante destacar que esse cálculo é feito com base no seu saldo de conta. Ou seja, nesse momento, a Caixa não contribui mais. O que estiver acumulado é o que será usado para pagar seus benefícios.

O impacto para os aposentados e pensionistas é diferente, pois o valor do benefício e o tempo de recebimento já estão definidos. Assim, com a meta atuarial, a reserva necessária para os pagamentos é calculada.

Neste caso, é preciso entender que metas muito conservadoras podem gerar desequilíbrios nos planos, exigindo mais recursos no presente para garantir os pagamentos futuros.

É por isso que a decisão tomada em 2017, de reduzir a meta de 5,51% + INPC para 4,5% + INPC, foi tão danosa. Ela comprometeu os resultados dos planos e agravou o déficit, impactando negativamente os participantes, especialmente os do REG/Replan Saldado, já sobrecarregados com contribuições extraordinárias.

Não houvesse a drástica redução ocorrida em 2017, o déficit não equacionado do REG/REPLAN poderia ter sido evitado — e até mesmo um possível superávit poderia ter sido utilizado para reduzir o equacionamento. A mudança, na prática, reduziu os benefícios futuros dos participantes dos planos que ainda estão na ativa e aumentou a conta a ser paga pelos aposentados.

Por isso, entender o impacto da meta atuarial é fundamental para que a Funcef cumpra seu papel de administrar bem os recursos para garantir o pagamento de benefícios justos aos empregados da Caixa. E os participantes têm o direito de compreender como decisões técnicas afetam diretamente seus rendimentos e seu futuro.

Texto: Fenae

Página 1 de 583