Maio 15, 2025
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O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorreu nesta segunda-feira, dia 25, agências dos bancos Santander, Itaú e Bradesco, para conversar com bancárias e bancários sobre a Campanha Nacional dos Bancários 2018, que tem como tema "JUNTOS SOMOS MAIS!".

Esses três bancos acumularam, em 2017, resultados recordes de lucratividade. O Banco Itaú, por exemplo, teve uma alta de 12%, o Bradesco teve um aumento de 11,1%, e o Santander acumulou 35,6%, no mesmo período.

Em contrapartida, o emprego bancário teve uma curva descendente a partir dos anos de 2013/2014, com uma queda de 5,3%.

Em 2018 essa tendência segue firme. Somente no primeiro trimestre de 2018, o crescimento do lucro desses três bancos foi:

- Bradesco 9,8%
- Itaú 3,9%
- Santander 25,4%

Por esse motivo, o SindBaixada convoca a todas as bancárias e bancários para nos mantermos unidos, firmes e fortes, para que seja possível a manutenção da Convenção Coletiva dos Bancários e aumento real de salário.

Ao invés de cobrar no holerite dos empregados, a Caixa debitou a mensalidade do Saúde Caixa do mês de junho na conta corrente dos bancários. Além disso, efetuou a cobrança em duplicidade.

A Contraf-CUT entrou em contato com a Caixa para cobrar a restituição imediata desses valores, e a não cobrança de juros dos empregados que estão com saldo negativo e outros prejuízos acarretados pela cobrança errada.

“Os empregados da Cauxa precisam se mobilizar e continuar juntos na defesa do Saúde Caixa”, declarou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária de Cultura da Contraf-CUT.

Esse problema ocorreu na mesma semana em que os empregados mobilizados pelo movimento sindical deflagraram protestos em diversas cidades do país em defesa do Saúde Caixa e contra mudanças prejudiciais planejadas pelo governo Temer nos planos de saúde dos empregados de empresas públicas que, dentre outros pontos, impõem mais custos aos associados, limitam a cobertura dos aposentados por meio de carências e excluem dependentes.

“O Saúde Caixa é uma grande conquista dos empregados resultado da mobilização da Campanha Nacional. Existe desde 2004 e é regrado pelo Acordo Coletivo de trabalho específico com o Banco. É um ótimo plano, mas por meio de uma série de medidas nós estamos identificando má intenção da direção do banco em precarizar os serviços e inviabilizar sua manutenção, por isso empregados devem se mobilizar a fim de defender o convênio”, afirma Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos empregados. (CEE/Caixa).

Fonte: Contraf-CUT

Diretores indicados pelo banco na Cassi estão encaminhando ao Conselho Deliberativo proposta de mudar a governança para implantar o voto de minerva a favor do banco no Conselho Deliberativo e criar uma gerência com status de diretoria, que será na prática mais uma indicada pelo patrocinador. Com isso, o banco passa a controlar as decisões do Conselho e da Diretoria e poderá aprovar tudo o que for de seu interesse, à revelia dos associados.

 
A proposta não foi aprovada na Diretoria da Cassi e foi encaminhada ao Conselho Deliberativo atropelando todas as normas regimentais e estatutárias da Caixa. Com um procedimento que não foi adotado nem pela ditadura militar, o banco pretende rasgar o estatuto da Cassi e destituir o Corpo Social de seu poder soberano de aprovar ou rejeitar alterações estatutárias.


Ao mesmo tempo, os indicados pelo banco querem aprovar a toque de caixa aumento na coparticipação em consultas e exames, entre quatro paredes e à revelia dos associados. Resta saber se os recém-eleitos para a Cassi vão colaborar com o banco para tirar mais dinheiro dos associados. Os prepostos que querem onerar os associados sempre foram gastões: as duas diretorias indicadas pelo banco têm nove gerências para cuidar de TI e assuntos internos, enquanto as duas diretorias eleitas têm cinco gerências para cuidar da atividade-fim, a saúde dos funcionários.


Fica cada vez mais explícito porque o banco foge da mesa de negociação. A Comissão de Empresa e as entidades representativas nunca aceitariam propostas deste tipo. Com estas iniciativas o banco quer atropelar os associados e aplainar o caminho para reduzir as contribuições patronais, implantar cobrança por dependentes, excluir os futuros aposentados da Cassi e aumentar as contribuições dos associados.


Faraco colabora com o banco – O presidente do Conselho Deliberativo Sérgio Faraco, eleito pelos associados, tem colaborado com o banco. Convocou reunião extraordinária de caráter informativo, esperou a saída de uma das conselheiras para colocar em votação assuntos de interesse do banco, como a constituição de grupo para elaborar a proposta que agora está sendo encaminhada ao Conselho. Com atitudes como esta Faraco vai facilitando a vida do banco.


Congelamento salarial e gastança na Cassi – Nesta quinta-feira, 21 de junho, os funcionários da Cassi trabalharam de preto, em protesto contra a decisão da presidência de congelar seus salários e benefícios, acabar com substituições e implantar a lateralidade. Ao mesmo tempo, o banco quer criar uma nova gerência com status de diretoria, pelo menos mais oito cargos de gerentes executivos e gerentes de divisão. Impõem sacrifícios aos associados e aos funcionários que têm remuneração inferior ao mercado e criam altos cargos para gastar dinheiro com uns poucos.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancos fecharam 2.675 postos de trabalho no Brasil, nos cinco primeiros meses de 2018, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Desde janeiro de 2016, em apenas 4 meses os saldos foram positivos (janeiro de 2016, julho e novembro de 2017 e janeiro de 2018).

São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná foram os estados com maiores saldos negativos. Foram, ao todo, 11.283 admissões e 13.958 desligamentos no período. Somente em maio, os bancos fecharam 328 postos de trabalho pelo país

“Mesmo com os lucros exorbitantes, os bancos continuam demitindo. Isso é um absurdo. É uma falta de compromisso com o Brasil, no momento em que o país tem um nível de desemprego de quase 29 milhões de pessoas, somando desempregados e trabalhadores com empregos precários. Os bancos deveriam contratar, pelo lucro que tem”, declarou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT.

Clique aqui e veja os destaques do Dieese.

Os reflexos da Reforma Trabalhista já ficaram claros. As demissões sem justa causa representaram 53,4% do total de desligamentos no setor bancário entre janeiro e maio de 2018. As saídas a pedido do trabalhador representaram 38,8% dos tipos de desligamento. Nesse período foram registrados, ainda, 24 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei 13.467/2017, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade apresentaram remuneração média de R$ 8.898,58.

São Paulo registrou 57,9% das admissões e 52,6% do total de desligamentos, apresentando o maior saldo negativo no emprego bancário no período analisado, com 814 postos fechados no ano. Rio de Janeiro e Paraná foram os estados que mais fecharam postos, depois de São Paulo. Foram fechados, respectivamente, 605 e 366 postos. O Pará apresentou o maior saldo positivo (107 postos).

A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba bancos como, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foram responsáveis pelo fechamento de 1.557 postos nos cinco primeiros meses do ano, como mostra a Tabela 1. No caso da Caixa, devido, em grande parte, ao “Programa de Desligamento de Empregados”, lançado em 22 de fevereiro, o fechamento foi de 1.191 postos no período.

Faixa Etária

Os bancos continuam concentrando suas contratações nas faixas etárias até 29 anos, em especial entre 18 e 24 anos. Foram criadas 4.142 vagas para trabalhadores até 29 anos. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo (ao todo, -6.817 postos), com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 3.521 postos no período.

Desigualdade entre Homens e Mulheres

As 5.474 mulheres admitidas nos bancos entre janeiro e maio de 2018 receberam, em média, R$ 3.398,39. Esse valor corresponde a 71,5% da remuneração média auferida pelos 5.809 homens contratados no período. Constata-se a diferença de remuneração entre homens e mulheres também nos desligamentos. As 6.878 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.636,42, o que representou 75,2% da remuneração média dos 7.080 homens desligados dos bancos.

Fonte: Contraf-CUT

O Pacto pela Inclusão Social de Jovens Negras e Negros no Mercado de Trabalho de São Paulo foi lançado na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT-SP). O documento foi elaborado pela Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade) do MPT, com a participação de várias instituições e entidades dos movimentos negros.

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, que participou do evento, afirmou que existe preconceito no sistema financeiro e a ausência de negros e negras é visível, tanto o Censo da Diversidade de 2008, como de 2014. “A participação dos negros é pequena diante dos 450 mil trabalhadores do setor. A cor da pele dificulta não só o acesso como também a ascensão profissional.”

Para o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, os bancos deveriam assinar o Pacto pela Inclusão Social de Jovens Negras e Negros no Mercado de Trabalho e amplia-lo para todo o país. “A Bahia é um exemplo clássico, é um estado predominantemente negro, e ainda tem poucos negro trabalhando no setor”, completou.

A procuradora Valdirene de Assis, representante nacional da Coordigualdade, disse que o objetivo do Pacto é fortalecer e efetivar políticas e ações voltadas à população negra, buscando ampliar a sua inserção e ascensão ao mercado de trabalho. “Ele estabelece formas de ampliar a qualificação e a capacitação desse público, além de conscientizar a sociedade, agentes públicos e colaboradores da iniciativa privada sobre a importância da diversidade racial nos segmentos empresariais e governamentais.”

Durante o evento foi inaugurado ainda o Fórum Estadual de Prevenção e Combate à Discriminação Racial nas Relações de Trabalho, que terá encontros bimestrais e constituição proposta pelo Ministério Público do Trabalho e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro participará. "A proposta do Pacto das empresas admitirem jovens negras e negros egressos do sistema de cotas, universitários negros e negras beneficiários de bolsas e cotistas e estudantes negros e negras de programa de pós-graduação, não é diferente do debate que a CGROSS vem fazendo com a Fenaban. A representação da Fenaban disse que vem treinando alguns jovens negros para possível contratação. O Pacto mostra que a Fenaban precisa sair desse atraso e ser mais inclusiva, não basta fazer o treinamento, tem que efetivamente contratar negras e negros e inseri-los no sistema financeiro", finalizou Almir Aguiar.

Fonte: Contraf-CUT

Dos dias 25 a 29 de junho, acontecerá a eleição para Delegado Sindical do Banco do Brasil.

O Diretor do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Leandro Aresta, percorrerá as agências para a realização da eleição.

O mercado formal abriu 33.659 vagas em maio, o que significa uma quase estabilidade no estoque, com variação de 0,09%, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no final da tarde desta quarta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho. O resultado, inferior ao de maio do ano passado e também abaixo do esperado por "analistas" de mercado, se concentrou na agricultura e nos serviços, já que indústria e comércio fecharam vagas. O estoque de empregos é de 38,249 milhões, menos do que em maio de 2016, quando a então presidenta, Dilma Rousseff, foi afastada (38,786 milhões).

Do saldo de quase 34 mil postos de trabalho com carteira assinada, aproximadamente 10% (3.220) são da modalidade intermitente, com menor proteção, criada com a "reforma" da legislação trabalhista (Lei 13.467). Foram 4.385 contratações e 1.165 demissões em 1.261 estabelecimentos. Segundo o ministério, 25 empregados celebraram mais de um contrato.

Dos 3.220 contratos intermitentes, mais da metade (1.388) foi no setor de serviços. As ocupações mais constantes foram as de vigilante (193), atendente de lojas e mercados (161), embalador a mão (147), mecânico de manutenção de máquinas (137) e recepcionista (133). 

Outro dado do Caged revela que, mais uma vez, o mercado "troca" trabalhadores pagando menos. O salário médio de admissão no mês passado foi de R$ 1.527,11, enquanto os demitidos recebiam R$ 1.684,34.

Ainda em maio, o setor de serviços abriu 18.577 vagas, com crescimento de 0,11%. Mas o destaque foi a agropecuária, com 29.302 (1,88%). A construção civil criou 3.181 postos de trabalho (0,16%). A indústria de transformação cortou 6.464 vagas (-0,09%) e o comércio, 11.919 (-0,13%).

No ano, o Caged mostra saldo de 381.166, expansão de 1,01%, com 6,661 milhões de contratações e 6,279 milhões de demissões. Os serviços se destacam, com 272.732 (1,63%). Em 12 meses, chega a 284.785 (0,75%).

 

FONTE: Rede Brasil Atual

Nesta quarta-feira (20), empregados e aposentados da Caixa vestiram branco como símbolo de união em defesa do Saúde Caixa. Foram realizados atos em agências, GIPES, REPEs e outras unidades do banco em dezenas de cidade, com destaque para os atos realizados na Av. Almirante Barroso, no Rio de Janeiro, na Av. Paulista, em São Paulo, e na porta da Matriz II, em Brasília. Este último ocorreu simultaneamente à sexta reunião do Conselho de Usuários do Saúde Caixa, na qual os conselheiros eleitos cobraram transparência e melhorias na gestão do plano, e protocolaram manifesto em defesa do direito à assistência à saúde.

Confira o Manifesto protocolado.

As iniciativas fazem parte da campanha Saúde Caixa: eu defendo, lançada pela Fenae, Contraf-CUT, Fenacef, Fenag, Advocef, Aneac, Social Caixa e Anacef. Os trabalhadores reagem às novas medidas propostas pelo Governo Federal, por meio das chamadas resoluções CGPAR, que promovem a redução de despesas com os planos de saúde dos empregados das empresas estatais, encarecendo o Saúde Caixa e tornando-o excludente.

“O governo quer reduzir suas despesas cortando os direitos dos trabalhadores. Não vamos aceitar isso. São milhares de empregados, aposentados e seus dependentes que contam com essa assistência e reprovam essas medidas”, afirma o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

As resoluções governamentais e a recente alteração no Estatuto da Caixa propõem um limite correspondente a 6,5% da folha de pagamento para a participação da Caixa nas despesas com assistência à saúde dos empregados. As novas regras também permitem prazos de carência, limitam a adesão de dependentes, excluem os aposentados, entre outros retrocessos. As mudanças alteram um modelo sustentável e superavitário que vem funcionando desde julho de 2014, quando a Caixa passou a arcar com 70% das despesas assistenciais e 100% dos custos administrativos.

Confira o álbum de fotos na página da Fenae no Facebook.

Reunião do Conselho de Usuários
Na parte da manhã, no 5º andar do Ed. Matriz II da Caixa, em Brasília, ocorreu a 6ª reunião do Conselho de Usuários do Saúde Caixa. Na ocasião, entre outros pontos, foram apresentadas as demonstrações financeiras de 2017 e o efetivo financeiro de 2018 até o mês de maio. O relatório financeiro elaborado pela consultoria contratada, no entanto, não foi apresentado. A conselheira Ivanilde Miranda solicitou que os relatórios financeiros e atuarial referentes ao plano de custeio sejam disponibilizados para análise o quanto antes.

Durante a reunião, também foram apresentados os números da Central de Atendimento e do primeiro mês do canal "Reclame Saúde Caixa".

Seminário reúne usuários de planos das estatais
No dia 28 de junho, acontecerá em Brasília o Seminário Nacional em Defesa dos Planos de Saúde de Autogestão das Empresas Estatais. O evento será organizado pela Fenae e Contraf-CUT, FUP, Fintect, Findect, AF BNDES, Anabb e UnidasPrev, e contará com a participação de representantes dos usuários do Saúde Caixa, da Cassi, MAS/Petrobras, BNDES e Postal Saúde. Apoiam a gestão Fenacef, Fenag, Advocef, Aneac, Social Caixa e Anacef.

No debate serão abordados aspectos técnicos, jurídicos e os impactos das resoluções CGPAR sobre os planos de autogestão das estatais federais. As inscrições já podem ser feitas pelo www.fenae.org.br/seminarioplanosdesaudeestatais. O evento também será transmitido ao vivo, pelo Facebook da Fenae (/FenaeFederacao) e pelo Youtube (/FenaeFederacao).

Usuários apoiam PDC 956/18
Permanece disponível no site da Câmara dos Deputados a enquete sobre o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 956/2018), de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), com o objetivo de sustar a resolução da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que determina as alterações no Saúde Caixa. Para acessar a enquete e apoiar o PDC 956/2018, clique aqui. Até o momento, das mais de 13 mil pessoas que opinaram, 94% concordam com a proposição.

Fonte: Fenae

Com o tema geral “Vamos tornar isso possível”, começou no domingo (17), o 5º Congresso Global da UNI, em Liverpool, na Inglaterra que irá discutir, até quarta-feira (20), estratégias e projetos com o objetivo de motivar e desenvolver os sindicatos e suas influências em todo o mundo.

Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, o evento enaltece a importância do movimento sindical e reforça a união e solidariedade de 113 países nesta luta. “Nós criamos os sindicatos para proteger as pessoas pobres do egoísmo dos ricos. As pessoas sabem que juntos somos mais fortes. Mas, o aspecto neoliberal do capitalismo vem convencendo as pessoas de que as lutas são individuais e que elas podem vencer mesmo estando isoladas. Não podemos aceitar que nos dividam. Temos um plano estratégico para 2018/2022 e com ele vamos desenvolver os sindicatos em todo o mundo. ”

A abertura do Congresso contou com uma apresentação sobre a luta de classes na Inglaterra e o desenvolvimento do sindicalismo. Participam do evento 523 organizações sindicais, 607 delegados, sendo 251 mulheres, 256 homens e 40 jovens, e mais 349 observadores.

Na segunda-feira (18), o dia foi dedicado para debates sobre quatro eixos importantes. O primeiro foi sobre o plano estratégico para romper barreiras no período 2018/2022, que abordou as formas de organização dos sindicatos para enfrentar o capitalismo e a retomada conservadora e discriminatória existente no mundo.

O eixo “Sindicatos para uma economia sustentável” discutiu o papel do movimento sindical na cobrança por maior distribuição de renda e por uma economia includente contra o trabalho informal e temporário. “Os lucros das empresas crescem e o salário do trabalhador cai no mundo inteiro. Tem uma distância cada vez maior entre o 1% dos ricos do mundo e população. Isso se transformou numa ameaça para a democracia e os direitos fundamentais. E o capital vem manipulando em todos os países. Precisamos insistir para que exista reformas necessárias para que o mundo seja bom para todos. O movimento tem que responsabilizar as empresas pelos danos que elas causam no meio ambiente”, afirmou o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.  

O papel dos sindicatos e o futuro mundo do trabalho foi outro dos temas em destaque durante o dia. Um estudo, realizado em 32 países, pelo Centro de Desenvolvimento Econômico (CDE), mostrou que os empregos estão cada vez mais em risco devido a automatização. Segundo a pesquisa, 14% dos postos de trabalho já poderia ser automatizado, o que significa que 67 milhões de trabalhadores podem ser afetados. Além disso, 32% dos trabalhadores terão mudanças nas tarefas realizadas. “Podemos ver a necessidade de atualizar continuamente os trabalhadores. As empresas não estão fazendo isso e estão cada vez mais descartando os trabalhadores. A precarização é universal. Há um aumento de trabalho intermitente e da terceirização”, explicou von der Osten.

O eixo final abordou a importância pela luta por um mundo de paz, democracia e pela água. Num momento no qual o mundo vive o ressurgimento das forças antidemocráticas, da discriminação e da intolerância, o evento fortaleceu a campanha internacional pela proibição das armas nucleares da ONU e por menos investimento em armas e mais em desenvolvimento e na justiça social. “O mundo está entrando numa área perigosa, de incerteza. A luta pela água gera risco de guerras futuras. A falta de água já produz conflitos entre nações que dividem reservas de agua doce. O desafio é encontrar um caminho para paz, na qual os direitos dos trabalhadores façam parte”, salientou o secretário de Relações Internacionais.

Fonte: Contraf-CUT

A juventude marcou presença na pauta do 5ª Congresso Global da UNI, sindicato global que representa mais de 20 milhões de trabalhadores de 900 sindicatos do setor de serviços em diversos países do mundo, e da 5ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI Global, realizados entre 14 e 20 de junho, em Liverpool, no Reino Unido.

Nos dois eventos, houve debates importantes defendendo a inclusão da juventude no movimento sindical e em todos os fóruns da Uni Global e suas regionais.

A orientação da Uni era de que as delegações tivessem 10% de jovens. Porém, num total de 1935 participantes, apenas 5% do Congresso eram jovens. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) compôs sua delegação com duas representantes jovens: Lucimara Malaquias, vice-presidenta da Juventude Uni Américas, e Katlin Sales, coordenadora da rede Uni Juventude Brasil.

“O momento econômico e social coloca a juventude como o segmento mais vulnerável no mundo do trabalho, com altos índices de desemprego, chegando a 40% em alguns países, baixos salários, informalidade, precariedade e contrato zero hora, sem nenhuma proteção social. Por isso, o Congresso Mundial foi enfático na defesa que devemos desenvolver e implementar políticas de renovação e empoderamento para este segmento, assim como nos empenhamos na inclusão de mulheres”, afirmou Lucimara Malaquias.

Durante os eventos, foram apresentadas moções na defesa da participação da juventude, da necessidade da representatividade e da inclusão. “A juventude não é o futuro, pois é no presente que estabelecemos as bases para o futuro, portanto queremos no presente ser parte da solução e da busca por melhores soluções para os trabalhadores”, completou a vice-presidenta da Juventude Uni Américas

“A juventude é um fator de desenvolvimento do mundo. Precisamos defender a igualdade entre homens, mulheres e jovens. O jovem sindicalista sabe o que quer e sabe para onde vai. Estas barreiras precisam ser rompidas. Vamos fazer com que aconteça, sempre parece impossível até que seja feito. Juntos somos mais”, concluiu Katlin Salles.

Fonte: Contraf-CUT