Maio 15, 2025
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A dita "reforma" promovida pelo governo Temer, que prometia modernizar as relações de trabalho no país (Lei 13.467), vem produzindo precarização do emprego, com aumento da terceirização, da pejotização e contratações por períodos intermitentes. As negociações com os sindicatos ficaram mais "duras", com empresas que se aproveitam da nova legislação para promover agenda de redução de direitos. O acesso à Justiça do Trabalho também está mais limitado.

A avaliação é do diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, após pouco mais de sete meses de aplicação das novas regras. Ele defende que a revogação da "reforma" trabalhista seja objeto de debate durante o processo eleitoral.

"A agenda prioritária da classe trabalhadora que as centrais elaboraram destaca a necessidade de uma revisão profunda ou muitas vezes de uma revogação de muitas dessas leis, especialmente essa da mudança trabalhista. Não necessariamente no sentido de voltar ao padrão anterior, mas de uma reforma que de fato faça uma modernização, para que tenhamos uma proteção para um mundo do trabalho que está em mudança", afirmou à Rádio Brasil Atual nesta quarta-feira (27).

Segundo Clemente, a "reforma" significa a regressão do "padrão civilizatório nas relações de trabalho". "O que precisamos é de uma mudança para incrementar esse padrão, para dar mais proteção aos trabalhadores e segurança às empresas. O que essa legislação faz não é necessariamente isso. Ela pode até aparentemente dar mais segurança às empresas, mas o faz com mecanismos que fragilizam e precarizam a proteção do trabalho. Não é isso que os trabalhadores e o movimento sindical querem", frisou.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

Depois do golpe que destituiu a presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, 64.368 empresas brasileiras fecharam as portas e 2,13 milhões de trabalhadores e trabalhadoras foram demitidos. Os setores mais prejudicados foram construção e indústria. Entre 2015 e 2016, o número de empresas registradas no Brasil caiu 1,3%, de 5.114.983 para 5.050.615. E o total de empregados caiu 4% – de 53.541.695 para 51.411.199. As informações são de Marize Muniz, do site da CUT.

O total de salários e remunerações pagas no país também teve queda (3%) – de R$ 1,66 trilhão para R$ 1,61 trilhão. O salário médio mensal registrou alta de 0,7% – de R$ 2.643,56 para R$ 2.661,18. 

Os dados são do Cempre (Cadastro Central de Empresas) do IBGE, banco de dados que tem informações sobre todas as empresas formais constituídas no país, e foram divulgados nesta quarta-feira (27). Segundo o instituto, "houve redução em quase todas as variáveis analisadas,  em decorrência da crise econômica, com exceção apenas do salário médio mensal".

Comércio

O setor de construção demitiu 20,5% dos trabalhadores e trabalhadoras entre 2015 e 2016, serviços (-15,6%), indústrias extrativas (-8,1%) e indústria de transformação (-5,1%).

Apenas cinco dos 20 setores analisados pelo IBGE registraram aumento no número de trabalhadores assalariados naquele ano: eletricidade e gás (+6,9%); entidades e organismos internacionais (+6,1%); o segmento de artes, cultura, esporte e recreação (+0,9%); educação (+0,3%) e as atividades financeiras, que incluem bancos, investimentos e seguros (+0,1).

Entre os setores que registram os maiores rendimentos médios, estão eletricidade e gás (R$ 7.263,19), atividades financeiras (R$ 5.916,33). Já os piores salários foram encontrados nos setores de serviços de alojamento e alimentação (R$ 1.363,30); atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.652,44) e comércio (R$ 1.753,80).

Escolaridade

Por escolaridade, o pessoal ocupado assalariado com nível superior cresceu 1,6% entre 2015 e 2016, enquanto o pessoal sem nível superior recuou 5,9%. A participação relativa do pessoal ocupado assalariado com nível superior passou de 20,4% para 21,7%, e o segmento sem nível superior recuou de 79,6% para 78,3%. 

Houve aumento do pessoal com nível superior em 14 das 20 seções, com destaque para indústrias de transformação (14,0%), eletricidade e gás (11,4%), atividades administrativas e serviços complementares (10,9%), organismos internacionais e instituições extraterritoriais (7,2%) e atividades imobiliárias (6,4%).

O pessoal assalariado com nível superior (R$ 5.507,82) recebeu quase o triplo dos trabalhadores sem nível superior (R$ 1.866,89), o equivalente a 195% a mais.

A administração pública e as entidades empresariais apresentaram a maior proporção de assalariados com nível superior, 44,7% e 45,6%, respectivamente. Já o pessoal sem nível superior predominou nas entidades empresariais, com participação de 79,3%, enquanto eram 14,3% na administração pública e 6,5% nas entidades sem fins lucrativos.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

A primeira rodada de negociações entre o Banco do Brasil e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), órgão auxiliar da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) que assessora o Comando Nacional dos Bancários no relacionamento com os funcionários e com a direção do BB, será realizada na próxima sexta-feira (29), em São Paulo.

“Nesta primeira reunião, o principal ponto de negociação será a manutenção da ultratividade do acordo em vigência até 31 de agosto. Queremos o banco garanta que nenhum dos direitos seja retirado até que seja firmado um novo acordo”, afirmou Wagner Nascimento, coordenador da (CEBB), lembrando que a nova legislação trabalhista aprovada pelo governo Temer acaba com a ultratividade das convenções e acordos coletivos. Ou seja, caso não haja acerto para assinatura de um novo acordo, todas as cláusulas perdem sua validade e, com isso, os bancários podem perder direitos históricos, conquistados após anos de luta.

Além da manutenção dos direitos, o 29º Congresso nacional dos Funcionários do BB, realizados nos dias 7 e 8 de junho, em São Paulo, definiu uma série de reivindicações específicas dos funcionários do banco:
- melhoria das condições de trabalho nas agências, com contratação de funcionários;
- melhoria dos escritórios digitais;
- defesa da Cassi;
- Rejeição da proposta da consultoria Accenture, contratada pelo banco, que apresenta em seu relatório modelos de governança que incluem no nível diretivo gestores externos ao corpo de associados;
- Rejeição da proposta do banco para a Cassi, que quebra a solidariedade e penaliza os menores salários;
- ampliar a lutar contra a resolução 23 da CGPAR;
- fortalecimento do BB como banco público;
- Revisão da tabela PIP no Plano Previ Futuro para melhoria do benefício;
- Incluir os planos de saúde e previdência dos bancos incorporados na mesa de negociação;
- Acordo Coletivo para todos os funcionários sem a discriminação da nova lei trabalhista;
- e a manutenção da minuta de reivindicação dos funcionários do BB.

Mesa de negociação com o BB
29/06/2018, sexta-feira, às 9h30
Edifício BB Matarazzo - Sala da ONU
Av. Paulista, 1230 (portaria do BB) - Bairro Bela Vista

Fonte: Contraf-CUT

A consulta nacional que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e as federações e sindicatos realizaram com os bancários e bancárias de suas bases sindicais apontou que, para 25% da categoria, o aumento real deve ser prioridade na Campanha Nacional 2018.

Em 2016, a categoria fez uma grande greve de 31 dias e arrancou dos bancos um acordo de dois anos, com reajuste de 8% para 2016, mais abono de R$ 3,5 mil, além de 15% no vale-alimentação e 10% no vale-refeição e auxílio-creche/babá. Para 2017, o reajuste repôs a inflação (INPC/IBGE) e garantiu aumento real de 1% nos salários e todas as verbas.

Antes disso, durante 13 anos (2004 a 2015), a categoria obteve aumentos reais, somando 15,8% de aumento real, revertendo a política de arrocho praticada durante os oito anos do governo FHC, quando a categoria teve perdas de 4,6% em seus salários.

“Isso reforça a importância da luta para tirar dos bancos o que é dos trabalhadores por direito”, afirma a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “O setor tem resultados excelentes, fruto do trabalho bancário. Podem pagar aumento real que valorize os trabalhadores. Assim como valorizam os executivos, podem e devem fazer o mesmo com os bancários. E não concentrar renda nas mãos dos que já ganham tanto. Aumento real para os bancários é distribuição de renda, bom para a categoria e para toda a sociedade”, reforça a dirigente, lembrando que somente o reajuste salarial conquistado em 2017, de 2,75%, injetou na economia nacional mais de 1,4 bilhões de reais, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Nenhum direito a menos
Os lucros do setor dão à categoria a certeza de que a reivindicação de aumento real na campanha nacional de 2018 pode e deve ser atendida. Os cinco maiores bancos do país (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander) obtiveram lucro de R$ 77,4 bilhões em 2017, resultado 33,5% maior do que o obtido em 2016, quando já tinham tido recorde de lucro. Mesmo com toda a crise que se avizinha ao país, a tendência de crescimento dos lucros dessas mesmas instituições permanece. No primeiro trimestre de 2018, estes bancos lucraram R$ 20,6 bilhões, crescimento de 20,4% na comparação com o mesmo período de 2017.

Diante de tamanho lucro, além do aumento real, os bancários querem a manutenção de todos os direitos definidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e todos os demais que eram garantidos pela antiga lei trabalhista, o segundo ponto mais votado entre as prioridades definidas na consulta à categoria.

“Sabemos das dificuldades que vamos enfrentar diante de um cenário de corte de direitos e uma legislação trabalhista que prejudica os trabalhadores e beneficia apenas o empresariado”, observa a presidenta da Contraf-CUT. “Mas, toda negociação depende da correlação de forças. Se a categoria participar da campanha, certamente sairemos vitoriosos”, ressaltou.

Unidade da classe trabalhadora
Juvandia lembrou ainda que a categoria é a única que possui uma Convenção Coletiva de Trabalho válida para todo o país e, por isso, é muito importante a unidade nacional. Mas, para ela, na atual conjuntura é preciso ainda mais. “É necessário nos unirmos também às outras categorias em campanha no segundo semestre, que sofrem ataques e ameaças de privatização. Temos de estar juntos da sociedade que quer o fim do desemprego, dos aumentos absurdos e sucessivos no preço do combustível, do gás de cozinha, tudo para agradar ao mercado financeiro que tem ações da Petrobras”, afirmou.

Para enfrentar os ataques, os bancários aprovaram um calendário de lançamento da Campanha Nacional da categoria em todo país, de 13 a 29 de junho e também a participação no Dia Nacional de Luta da classe trabalhadora, em 10 de agosto. “Será o Dia do Basta à retirada de direitos, de basta ao desemprego, às privatizações, à venda do patrimônio do povo brasileiro, do basta ao desrespeito à nossa democracia”, disse.

Prioridades da campanha
Veja abaixo os pontos mais votados pela categoria como prioridade para a Campanha Nacional dos Bancários 2018:

1. Aumento real                                                        25%
2. Manutenção de direitos / Defesa da CCT            23%
3. Combate ao assédio moral / metas abusivas      18%
4. Garantia de emprego                                           15%
5. Impedir a terceirização                                         14%
6. Aumentar a PLR                                                   11%
7. Melhorar as condições de trabalho                        8%
8. Mais segurança nas agências                               5%
9. Igualdade de oportunidades                                  4%

Além destes pontos, a categoria definiu as eleições 2018 como estratégicas para a manutenção dos direitos e para barrar o ataque à classe trabalhadora e o desmonte dos bancos e demais empresas públicas. “Os bancários sabem que, para evitarmos mais cortes nos nossos direitos, é preciso eleger candidatos comprometidos com as pautas dos trabalhadores”, explicou Juvandia.

Fonte: Contraf-CUT

A seleção brasileira joga por um empate contra a Sérvia, nesta quarta-feira (27), às 15h (horário de Brasília), para garantir a classificação às oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia. Para o jogo em Moscou, o Brasil tem dois desfalques confirmados: o lateral direito Danilo, que deu lugar a Fagner no time titular, e o atacante Douglas Costa.

Uma das novidades para o jogo é que o zagueiro Miranda será o capitão da Seleção. "Fico feliz em mais uma vez representar todo o grupo de capitães, todo o grupo da seleção brasileira", disse ele, em coletiva de imprensa ontem (25). Ele é o terceiro capitão diferente na Copa do Mundo. O lateral-esquerdo Marcelo e o zagueiro Thiago Silva foram os outros.

No outro jogo da chave, Suíça e Costa Rica se enfrentam em Níjni Novgorod. Os suíços, com quatro pontos, precisam vencer a partida para garantir sua vaga, sem depender do outro resultado do grupo. Os costarriquenhos já estão eliminados, com duas derrotas. 

O Brasil pode ser eliminado caso seja derrotado e a Suíça vença. Neste caso, a Sérvia se classificaria na segunda posição. Em caso de empate, a time brasileiro só será primeiro da chave se a Suíça for derrotada pela Costa Rica – o Brasil ficaria com cinco pontos e a Suíça, quatro. Se os suíços vencerem, o empate do Brasil deixa o time na segunda posição.

Em caso de empates nos dois jogos do grupo, a primeira colocação será definida pelo saldo de gols, com vantagem brasileira. A Seleção pode ir para as oitavas mesmo com derrota, desde que a Costa Rica – que não marcou pontos, nem fez gols em seus dois jogos anteriores – vença a Suíça pela mesma diferença de gols do tropeço brasileiro.

Outro grupo

Caso as expectativas de resultados sejam cumpridas, poderemos ver Brasil x Alemanha já nas oitavas de final da Copa. Para isso acontecer, basta o México, líder do grupo F, e a Alemanha, segundo colocada, vencerem seus duelos. 

O México joga contra a Suécia, que possui três pontos. Uma vitória sueca pode eliminar os mexicanos do grupo, que venceram seus dois jogos. Na outra partida da chave, a seleção da Coreia do Sul enfrenta os alemães. Os sul-coreanos precisam vencer e torcer para uma vitória mexicana para passarem de fase. 

Alemanha e Coreia jogam em Cazã. México e Suécia, em Ecaterimburgo. 

 

FONTE: Rede Brasil Atual

A primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) será realizada na quinta-feira (28). A categoria tem data-base em 1º de setembro e cobra das instituições financeiras aumento real, PLR maior, mais empregos e respeito a todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho, a CCT.

“Nossa preocupação tem fundamento”, afirma Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando. “Em 2016 assinamos um acordo com validade de dois anos, ou seja, até 31 de agosto de 2018. Mas tão logo a ‘reforma’ trabalhista de Temer foi aprovada, alterando a legislação e retirando direitos, teve banco já abusando. Há situações em que bancários estão sendo dispensados sem a devida homologação feita nos sindicatos, sem saber se estão recebendo tudo que lhes é devido de acordo com nossa CCT, que tem validade nacional para empregados de bancos públicos e privados”, relata a dirigente.

“Assim, vamos para essa primeira mesa reforçar nossa pauta de reivindicações, aprovada por bancários de todo o Brasil, e também cobrar a ultratividade dos nossos direitos, ou seja, que a CCT continue valendo até a assinatura de um novo acordo”, reforça a presidenta da Contraf-CUT. “Mais que isso, queremos assinar nossa CCT este ano, com todos os nossos direitos conquistados em anos de muita luta.”

Bancos podem e devem

Apesar da crise que assola o Brasil, agravada pelo golpe de 2016, os bancos brasileiros seguem ganhando muito, como sempre. A soma do lucro dos cinco maiores (Bradesco, Itaú, Santander, BB e Caixa), em 2017, alcançou a cifra de R$ 77,4 bilhões, crescimento da ordem de 33,5% em 12 meses.

“Não achamos ruim que os bancos lucrem. O ruim é ganharem tanto e sem retorno para a população, com esses juros escorchantes que tiram recursos da sociedade e com demissão de trabalhadores e fechamento de agências. Assim só eles ganham”, ressalta a dirigente, lembrando que, nos primeiros três meses de 2018, esses bancos já lucraram R$ 20,6 bi, aumento de 20,4% sobre o mesmo trimestre do trágico ano de 2017 para a economia brasileira.

“E, mesmo com tanto ganho, o que esses bancos fazem? Demitem”, critica Juvandia. “Somente em 2017, o setor que está entre os que mais ganham no Brasil, extinguiu 17.905 postos de trabalho. E entre janeiro e maio de 2018, já foram mais 2.675 postos fechados. São trabalhadores jogados na calçada da crise por instituições que estão com ótima saúde financeira. Isso é injustificável, é desumano. E é com esse espírito de cobrar dos bancos respeito aos bancários e seus direitos, mas também aos clientes e a toda população brasileira, que vamos para essa primeira rodada de negociação com a certeza de que as instituições financeiras brasileiras podem e devem atender às reivindicações de seus empregados.”

Fonte: Contraf-CUT

Os maiores salários de presidentes de companhias brasileiras foram conhecidos nesta segunda-feira. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou a divulgação dos valores a partir de hoje, com base na decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, que derrubou liminar de 2010 que permitia a dezenas de empresas omitir os valores.

A liminar havia sido obtida pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), que alegava que a divulgação dos valores permitiria a identificação dos executivos e representaria uma violação à privacidade e um risco à segurança. No entanto, diversas entidades do mercado financeiro, inclusive a CVM, defendiam um maior nível de transparência na divulgação das informações das empresas, incluindo os salários de seus principais executivos.

Mais de 30 empresas não divulgavam salários de seus executivos, entre elas Bradesco, Itaú, Vale, Vivo e Shopping Iguatemi. 

Confira abaixo os valores dos salários de presidentes de algumas companhias. Os valores referem-se 2017 e correspondem à soma de todos os salários do ano, além de outras vantagens e benefícios, como bônus e participação nos lucros. Entre parênteses está o valor equivalente ao mês. 

- Itaú: R$ 40.918.000,00 por ano (R$ 3.409.833,33 por mês)

- Vale: R$ 19.046.168,46 por ano (R$ 1.587.280,70 por mês)

- Bradesco: R$ 15.952.500,00 por ano (R$ 1.329.375,00 por mês)

- TIM: R$ 8.173.653,71 por ano (R$ 681.137,80 por mês) 

- Iguatemi: R$ 8.086.564,48 por ano (R$ 673.880,37 por mês)

- Alpargatas: R$ 7.336.200,00 por ano (R$ 611.350,00 por mês)

- Vivo: R$ 6.719.912,45 por ano (R$ 559.992,70 por mês)

 

FONTE: UOL

Brasil 247 – Não há dúvida que a tecnologia é mais assertiva para estruturar dados infindáveis de clientes. E os bancos captam esses dados em redes sociais, aplicativos de celular, movimentações de conta, pagamentos no cartão de crédito e, desta maneira, traçam detalhadamente hábitos de consumo e transformam essas informações em capacidade de oferta de produtos financeiros, utilizando softwares de inteligência artificial.

Associado a transações "mais rentáveis", o que está por trás do investimento cada vez maior dos bancos em tecnologia é a certeza de que isso irá proporcionar, em futuro próximo, uma enorme redução de custos para os bancos. Diminuição com locação de imóveis, com segurança, papéis, arquivos, luz, impressão, e principalmente com mão de obra.

O próprio Bradesco em sua apresentação institucional aponta que o custo médio para o banco de uma transação no celular corresponde a apenas 3% do custo médio de uma transação nas agências físicas. Essa enorme economia de custos, no entanto, fica apenas para os acionistas dos bancos, já que em 2017 por exemplo a inflação de serviços bancários foi três vezes maior que a inflação geral. Ou seja, a aplicação de tecnologia nos bancos não se reflete em custos mais baixos de tarifas e juros para a sociedade, pelo contrário, o orçamento das famílias e empresas está cada vez mais comprometido com os bancos.

Desta forma, a estratégia dos bancos é passar o máximo de transações possíveis para os meios digitais e também automatizar processos internos. E vários aspectos das relações de trabalho nos bancos são afetados pelas novas tecnologias.

O primeiro aspecto que pode ser observado é o desemprego tecnológico, na medida em que muitas ocupações importantes do setor, principalmente ligadas às transações financeiras passam a perder importância na medida em que as transações são realizadas na internet ou no smartphone. Por exemplo, de janeiro de 2012 a abril de 2018 os bancos fecharam 56.546 postos de trabalho, o que equivale a uma redução de mais de 10% da categoria.

Outros aspectos como mudanças na jornada, na intensidade do trabalho, nas tarefas exigidas também tem preocupado os bancários e o Sindicato. Por exemplo, nas chamadas agências digitais atende-se muito mais clientes por bancário do que nas agências tradicionais, o que pode gerar uma série de problemas de saúde na categoria como já observamos nos últimos anos com grande quantidade de afastamentos por transtornos mentais, como depressão e ansiedade.

Não somos contrários à tecnologia, mas ela não pode ficar a serviço apenas dos banqueiros. É preciso transações seguras, com a redução do valor das taxas para população (e melhor serviço) e melhores condições de trabalho para a categoria.

Outra questão relevante é que as novas tecnológicas do setor financeiro não atingem a população mais pobre e aquela que vive longe dos centros urbanos, gerando ainda mais exclusão financeira. De 2012 para cá, o número de municípios sem agência bancária passou de 34% para 40% do total de municípios no Brasil.

Os bancos apostam apenas na redução de sua presença física como forma de reduzir custos e competir no mercado. Esquecem, no entanto, que a população quer ser atendida por pessoas e não só por máquinas, principalmente em se tratando das finanças de cada um de nós.

* Ivone Silva é presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

Depois da cobrança da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, o banco realizou o estorno dos valores, referentes à mensalidade do Saúde Caixa, debitados indevidamente e em duplicidade da conta corrente dos empregados do banco público.

“Além de debitar da conta corrente dos empregados, e não do holerite, a Caixa debitou os valores em duplicidade. Fizemos a cobrança no dia 20 e no dia seguinte o banco reconheceu o erro e realizou o estorno”, relatou o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

O dirigente pede que os empregados confiram suas contas-correntes para verificar se o estorno foi feito corretamente. “A cobrança da coparticipação e da mensalidade é feita por dependente. Portanto, é importante conferir a conta com atenção para verificar se todos os valores debitados em duplicidade foram estornados”.

Dionísio enfatiza ainda que vai continuar cobrando do banco que os empregado que por ventura tiveram prejuízos por conta da cobrança em duplicidade sejam ressarcidos. “Se o empregado caiu no cheque especial por conta de um erro da Caixa, o banco deve estornar também os juros cobrados.”

Defesa do Saúde Caixa

A defesa do Saúde Caixa é uma das reivindicações da pauta específica dos empregados da Caixa na Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2018. “O Saúde Caixa é uma grande conquista dos empregados resultado da mobilização da Campanha Nacional. Existe desde 2004 e é regrado pelo Acordo Coletivo de trabalho específico com o Banco. É um ótimo plano, mas por meio de uma série de medidas nós estamos identificando má intenção da direção do banco em precarizar os serviços e inviabilizar sua manutenção, por isso empregados devem se mobilizar a fim de defender o convênio”, afirmou Dionísio.

Atuação parlamentar

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), empregada da Caixa, protocolou um Projeto de Decreto Legislativo (PDC 956/2018) para sustar as resoluções da CGPAR. A parlamentar defende que a resolução viola direitos assegurados em acordos coletivos de trabalho, estatutos e convenções que regulam as entidades de autogestão de saúde.

Fonte: Contraf-CUT, com Seeb SP

Foi protocolada, no dia 21 de junho, a minuta especifica de reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores do Mercantil do Brasil para o ano de 2018. O documento foi construído nacionalmente, com a participação de sindicatos e de bancários em todo o país, sendo consolidado durante o Encontro Nacional dos Funcionários do Mercantil do Brasil realizado nos dias 7 e 8 de junho em São Paulo.

Dentre as diversas demandas das bancárias e dos bancários, destacam-se a melhoria e a equidade na distribuição dos lucros do programa próprio de PLR, o fim do assédio moral e das metas abusivas, colocar em prática o PCS (Plano de Cargos e Salários), extensão e majoração dos reembolsos no programa bolsa educacional e implementação do auxílio vale combustível para funcionários que residam mais distantes do local de trabalho.

Os trabalhadores também cobram melhores condições de saúde, com a obrigatoriedade do banco de emitir a CAT (Comunicação de Acidente de trabalho) para funcionários que sofrerem ou presenciaram assalto no local de trabalho, extensão dos benefícios de vacinação, sem ônus, para todos os dependentes legalmente cadastrados pelos funcionários, auxílio academia com reembolso de até R$ 70,00 mensais, melhores condições de emprego e vida para os funcionários do Mercantil, dentre outras reivindicações.

Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, o banco tem plenas condições de atender aos pleitos dos trabalhadores. “Diversas outras empresas com visão progressista e estratégica de negócios sabem da importância de valorização do seu quadro de pessoal, aumentando a qualidade de vida dos trabalhadores, que são um dos maiores patrimônios da empresa. Consequentemente, isto impacta positivamente também nos lucros. Neste caso, esperamos que o Mercantil do Brasil atenda aos legítimos anseios de seus funcionários, até como uma forma de crescimento e perpetuação nos negócios”, ressaltou.

Vanderci Antônio da Silva, funcionário do Mercantil do Brasil e também diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, destacou que a organização dos trabalhadores já arrancou diversos benefícios e direitos para os bancários. “Todos os benefícios dos bancários foram conquistados às duras penas e, esse ano, teremos o desafio ainda maior de mantê-los na nossa Convenção Coletiva de Trabalho. Queremos avançar ainda mais no Mercantil pois, em relação às reivindicações específicas dos funcionários, o banco vem deixando muito a desejar”, afirmou.

Fonte: Seeb BH