Maio 19, 2025
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou praticamente estável em junho, com variação de 0,01%, informou hoje (10) o IBGE. O indicador oficial de inflação no país somou 2,23% no primeiro semestre. Em 12 meses, acumulada alta de 3,37%, abaixo do período imediatamente anterior (4,66%).

De acordo com o instituto, o resultado do mês deve-se, principalmente, aos grupos Alimentação e Bebidas e Transportes, que respondem por 43% das despesas das famílias. O primeiro variou -0,25% e o segundo, -0,31%, com impacto de 0,06 ponto percentual cada no índice geral. Vários alimentos caíram de preços, assim como os combustíveis.

Entre os alimentos, dois itens subiram de maio para junho: tomate (-de 15,08% para 5,25%) e carnes (de 0,25% para 0,47%). Caíram os preços de frutas (-6,14%) e feijão carioca (-14,80%), entre outros, que já haviam registrado queda no mês anterior.

Segundo o IBGE, os combustíveis tiveram queda de 2,41%, com destaque para a gasolina (-2,04% e impacto de 0,09 ponto percentual). Os preços do etanol caíram 5,08%, em média, enquanto os do óleo diesel recuaram 0,83%. As passagens aéreas tiveram alta de 18,90% (0,07 ponto) e o gás veicular, de 2,38%, com aumento de 8,38% na região metropolitana de São Paulo. Ainda nesse grupo, destaque para altas das tarifas de ônibus urbano (0,39%) e intermunicipal (0,43%).

O grupo Habitação passou de 0,98%, em maio, para 0,07%. O IBGE destaca o resultado do item energia elétrica: -1,11%, com -0,04 ponto de impacto no IPCA. Os preços só não caíram nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte e de Vitória. Já o gás encanado aumentou 7,33%, com reajuste de até 27% em São Paulo, enquanto o item água e esgoto subiu 1,56%, com altas em várias regiões.

A maior variação do mês foi do grupo Saúde e Cuidados Pessoais: 0,64% e 0,08 ponto. O item higiene pessoal subiu 1,50%, com impacto de 0,04 ponto.

Entre as regiões pesquisadas, a menor variação foi apuradas em Porto Alegre (-0,41%) e a maior, em Vitória (0,54%). Em São Paulo, o IPCA foi de -0,04% e no Rio de Janeiro, de 0,05%, subindo um pouco mais em Brasília (0,13%). No período de 12 meses, os resultados vão de 2,63% (Curitiba) a 4,71% (Rio Branco), somando 3,74% na Grande São Paulo.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também variou 0,01% no mês passado, abaixo de maio (0,15%) e de junho de 2018 (1,43%). Agora, soma 2,45% no ano  e 3,31% em 12 meses.

Os produtos alimentícios caíram 0,18% e os não alimentícios subiram 0,09%.

Fonte: Rede Brasil Atual

A “reforma” da Previdência está prevista para ser votada, em primeiro turno, na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (10). Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), precisa ser aprovada, com três quintos dos votos (308 de um total de 513), em dois turnos, para então seguir ao Senado. Segundo a secretária de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, os próximos três dias serão de “luta e resistência”, com diversas ações que lembram aos parlamentares que essa proposta não conta com a aprovação dos trabalhadores, já que o governo espera fazer a segunda votação no próximo sábado (13).

“O povo brasileiro precisa acordar, porque ainda podemos vencer essa parada. Se não na Câmara, a gente pode vencer no Senado. Ainda tem tempo de mobilizar e conscientizar”, afirma a dirigente, em entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual. Caso seja aprovada pelos deputados, a proposta só começaria a tramitar, no Senado, após o fim do recesso, em agosto.

Graça destaca que o governo Bolsonaro vem utilizando a liberação de verbas de emendas parlamentares para comprar o apoio dos deputados. Só nesta segunda-feira (8), o Planalto liberou R$ 920,3 milhões em 34 portarias para atender a solicitações dos parlamentares. Em uma dessas portarias, foram R$ 93 milhões liberados numa emenda aprovada, na Comissão de Seguridade de Câmara, que tinha originalmente valor bem menor, de R$ 2 milhões.

Sem autorização legislativa para fazer essa alteração no orçamento, o governo estaria cometendo crime de responsabilidade, conforme denunciou a bancada do Psol. O PT também entrou com representação na Procuradoria-Geral da República para que se investigue a “compra de votos”. O próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-RS), confirmou que a liberação de recursos, a maior parte concentrada em sua pasta, faz parte de um “esforço” do governo para garantir a aprovação da “reforma” da Previdência. “Estão fazendo de forma imoral, declarada. São extremamente descarados”, diz Graça.

Pressão

Entre as forças de pressionar os deputados contra a aprovação da medida, a diretora da CUT destacou a ferramenta virtual Na Pressão. Por meio desse dispositivo, o cidadão pode enviar mensagens pelo WhatsApp, Facebook, Twitter e por e-mail para parlamentares que se manifestarem a favor da proposta que eleva o tempo de contribuição e a idade mínima, além de reduzir os valores das aposentadorias. Também é possível apoiar os deputados contrários a proposta, além de divulgar nas suas próprias redes sociais o posicionamento dos representantes.

Graça também destaca a pressão que a CUT e demais centrais estão fazendo ações nos aeroportos, e também nos corredores da Câmara, para pressionar os parlamentares. Ela lembrou da campanha “Quem vota, não volta”, realizada durante a votação da “reforma” trabalhista no governo Temer. Cerca de 50% dos parlamentares que apoiaram a medida não se reelegeram nas eleições de 2018.

Trabalhadores e estudantes, que estão reunidos, em Brasília, para o 57º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), deverão realizar uma manifestação na próxima sexta-feira (12), pela manhã, contra os cortes do governo Bolsonaro na educação, e também contra as mudanças pretendidas na Previdência.

Fonte: Rede Brasil Atual

O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na manhã desta quarta (10), aos 77 anos,  em sua casa no Rio de Janeiro, vítima de um infarto fulminante.  A informação foi confirmada pela TV Record, onde exerceu sua última ocupação.

Vindo da mídia impressa, o jornalista teve passagem por diversas emissoras de televisão, como Globo, Bandeirantes, Cultura e Record. Nesta última, foi apresentador do programa Domingo Espetacular, onde ficou de janeiro de 2006 até junho passado. Crítico do governo Bolsonaro, ele havia sido afastado do programa, após a Record ser pressionada por apoiadores do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do presidente pela demissão do jornalista.

Paulo Henrique Amorim mantinha o blog Conversa Afiada, que se notabilizou pela defesa de uma mídia democrática e com críticas frequentes à Operação Lava Jato e a Bolsonaro. O jornalista popularizou o termo “PIG”, o Partido da Imprensa Golpista, usado para criticar os meios de comunicação que apoiaram o golpe contra os governos de Lula e Dilma. O termo foi criado pelo deputado pernambucano Fernando Ferro, em meados da década passada.

Também era conhecido pelo bordão com que sempre iniciava suas falas: “Olá, tudo bem?”. Em 2015, lançou o livro O Quarto Poder –  uma outra história, sobre a mídia.

Em 2007, entrevista com Paulo Henrique Amorim foi tema principal da edição número 10 da Revista do Brasil, quando falou sobre o monopólio e a partidarização da mídia tradicional brasileira. Confira a íntegra.

Fonte: Rede Brasil Atual

Sem chegar a um acordo com o governo em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, da “reforma” da Previdência, partidos de oposição anunciaram que vão obstruir a votação da proposta, prevista para esta terça-feira (9). Na reunião de líderes realizada hoje pela manhã, o governo propôs que a obstrução fosse retirada para que os parlamentares debatessem o texto, com a votação ficando para amanhã. A prática da obstrução consiste em um conjunto de procedimentos que incluem requerimentos diversos de adiamento de votação, de retirada de pauta e de verificação de votação.

Segundo a líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a tentativa de negociação por parte do Planalto é uma demonstração de que o governo está inseguro sobre o número de votos e por isso propôs adiar a votação para amanhã. Ela explicou que muitos deputados e deputadas são contrários a pontos como as alterações na pensão por morte. “Eles não querem votar uma série de pontos no texto, que envolvem viúvas, órfãos, porque a pensão por morte é uma das maiores crueldades, pois coloca a pensão por morte abaixo do salário mínimo”, criticou.

“O governo hoje não tem os votos. O governo quer ganhar por métodos não republicanos e não temos controle sobre isso. Mas o nosso papel de oposição vamos cumprir. Vamos tentar os dissidentes dessas legendas, os evangélicos e todos aqueles que não querem votar contra as mulheres, os professores e os profissionais de segurança”, disse a líder.

Já a líder do governo no Congresso Nacional, deputada Joice Hasselman (PSL-SP), avaliou que a reforma será aprovada. Ela aposta que o texto-base terá apoio de 342 votos, incluindo votos de parlamentares de partidos da oposição.

Com informações da Agência Câmara

A reunião do G-20 realizada em Osaka na última semana de junho comprovou o quanto a era de ouro da globalização chega ao fim diante da emergência da guerra fria econômica e tecnológica entre os Estados Unidos e a China. O acordo entre o Mercosul e a União Europeia foi apenas um detalhe que destoou das flagrantes debilidades do atual sistema multilateral mundial por 12 anos da crise global iniciada em 2008, pelo impasse do Brexit e pelos avanços da extrema direita na propagação do protecionismo e das medidas antiglobalização.

Nesse cenário desesperador para os defensores da já enfraquecida ordem neoliberal internacional, o Acordo Mercosul-UE condiciona a inserção tardia de parte da periferia latino-americana à falsa panaceia do livre comércio. Tem 25 anos que o governo dos EUA lançou, em 1994, o Acordo da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), enquanto receita milagrosa para os males impostos à região submetida ao receituário neoliberal de adesão passiva e subordinada à globalização.

Na época, os argumentos contrários à Alca levaram ao seu abandono pela maioria dos governos latino-americanos a partir de 2005, quando foram estabelecidos novos organismos de cooperação inter-regional, sem a presença dos EUA. O entendimento de que o livre comércio realizado entre países com enorme disparidade econômica interessa mais às economias ricas, por ampliar o mercado dos outros países para seus produtos de maior competitividade e valor agregado, cabe também para o Acordo Mercosul-UE que se concretizado tende a ampliar o desemprego com o fechamento de indústrias locais e a maior especialização primário-exportadora.

A presente ausência de estudos e relatórios disponíveis que permitam avaliar impactos do acordo comercial, bem como o sigilo de critérios em torno da negociação, explicitam deficiências e assimetrias que logo mais deverão ser consideradas. De todo o modo, os países do Mercosul não apenas chegam tarde, como se colocam no sentido inverso do cenário mundial.

Isso porque a relação simbiótica entre a China e EUA estabelecida desde 2001, quando aderiu à Organização Mundial do Comércio (OMC), possibilitou que os produtos chineses inundassem o mercado interno norte-americano ao passo que as empresas estadunidenses integravam a mesma China em suas cadeias globais de produção, aproveitando-se dos baixos custos de produção e do acesso a novos mercados no mundo. Ao mesmo tempo, a China conseguiu apoiar parte de sua estrutura produtiva nos avanços tecnológicos como dos EUA, reciclando seus excedentes comerciais, mantendo desapreciada a sua moeda e tornando-se cada vez mais ultracompetitiva.

Os EUA, em contrapartida, absorveram os fluxos dos capitais excedentes dos chineses, o que permitiu financiar o crescente endividamento público e das famílias com baixas taxas de juros e manter o crescimento econômico interno com déficits no comércio externo. A escalada do modelo de globalização liderado pelos EUA em apoio às trocas deficitárias com a China, na ordem de 2% do PIB (cerca da metade do déficit comercial estadunidense), à financeirização da riqueza e ao deslocamento da produção tecnológica para a Ásia permeia a tardia reação nacional-defensiva de Trump, diante do declínio relativo estadunidense melhor percebido desde a crise global de 2008.

O cenário de fim da globalização encontra-se tensionado pela guerra fria que se abre no campo econômico e tecnológico. O renascimento do nacionalismo econômico dos EUA transcorre em simultâneo à reação equivalente que marcou o final da década de 1950, quando a URSS colocou em órbita o Spoutnik, indicando o atraso tecnológico estadunidense.

A crescente superioridade chinesa não se localiza apenas na capacidade de produzir e comercializar em grande escala no mundo, mas também na sua performance em articular novo itinerário de expansão econômica por meio do plano de investimento Rotas de Seda. Ademais, conforme se encontra em curso na programação Made in China 2025, o Estado chinês está a serviço da soberania nos domínios das tecnologias de comunicação e informação, robótica e inteligência artificial.

Em função disso, a China busca a sua própria autonomia, reduzindo desde os anos 2000 o grau de dependência das importações. No ano de 2017, por exemplo, o total das importações em relação ao PIB foi de 18%, enquanto em 2006 era de 28% do PIB e de 11% nos anos de 1990. A guerra comercial aberta pelos EUA e a proibição no uso das tecnologias da Huawei estabelecem novo marco no sistema multilateral de constrangimentos à globalização e de nova guerra fria econômica e tecnológica.

Parece não se tratar de mais uma exacerbação de rivalidades entre duas superpotências pelo exercício da hegemonia mundial. Ascende cada vez mais a possibilidade reafirmada por Xi Jinping, enquanto objetivo oficial de estabelecer o triunfo do socialismo à moda chinesa sobre o capitalismo em escala mundial.

*Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, ambos da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil. 

Fonte: Rede Brasil Atual

Os bancários de todo o Brasil devem se mobilizar contra o trabalho aos sábados. O site do Senado Federal está fazendo uma pesquisa sobre o apoio da população à Declaração de Direitos de Liberdade Econômica (MP 881), que permite o trabalho bancário aos finais de semana e acaba com a obrigatoriedade da existência da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) em cada unidade com mais de 20 funcionários. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orienta os trabalhadores a entrarem na pesquisa e votarem não.

“Essas mudanças colocam em risco a saúde e a segurança das bancárias e dos bancários. Além da luta que já estamos travando para barrar esses absurdos na Câmara dos Deputados, precisamos que os trabalhadores nos ajudem nessa luta e faça com que essa MP seja reprovada”, afirmou Jeferson Meira, o Jefão, secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT.

Ataque à classe trabalhadora

A MP foi promulgada em 30 de abril pelo presidente Jair Bolsonaro. Os ataques do atual governo federal aos direitos dos trabalhadores não param, mesmo sem ter entrado em vigor, o pacote de maldade está sendo ampliado. Está em tramitação o Projeto de Lei de Conversão, que faz aportes à MP. Os 18 artigos da MP foram convertidos em 81 artigos do PL de conversão. Foram adicionados 63 artigos. A maioria deles desdobrados em dezenas e dezenas de parágrafos que retira os direitos dos trabalhadores.

Para a Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), as mudanças desprezam os princípios de solidariedade e de proteção, de garantias e de afirmação democrática dos trabalhadores. “Esta providencia, que terá́ ou poderá́ ter caminhos legislativos atalhados, frustra a própria atividade parlamentar e exclui a sociedade do debate de tão significativas alterações. De notar, que não se pode em nome da ‘liberdade empresarial’ e da ‘flexibilização’ das normas empresariais, sua constituição, manutenção e produção, pisotear normas internacionais subscritas pelo Brasil, afastar ou dificultar a aplicação dos princípios constitucionais, notadamente de proteção de ser humano e de sua dignidade e, sobretudo, do valor social do empreendimento, que não pode atender apenas ao empreendedor, mas, sim, por ordem da Constituição, ao País pelo conceito do “valor social” da empresa”, afirma nota da instituição.

“Enfim, sombreada com o rótulo de ‘liberdade’ empresarial estão abertas mais portas e caminhos que nos levam ou podem nos levar à barbárie, produzindo uma sociedade ‘incivilizadamente moderna’, o que não desejamos, mesmo que se reconheça que devam ser facilitadas as regras de constituição de empresas”, completa o texto.

A proibição do trabalho aos sábados, domingos e feriados é uma conquista de 1962

Os bancários trabalham seis horas por dia de segunda a sexta-feira. Nem todo mundo sabe, mas a jornada reduzida tem uma razão lógica. Até 1933, os bancários tinham uma jornada superior a oito horas. A categoria sofria com altos índices de adoecimento. As mais comuns eram a tuberculose e a neurose.

Tuberculose

Nos bancos os cofres eram dois andares abaixo do piso da agência. Neste ambiente, sem ventilação adequada, ficavam junto ao dinheiro. As notas, que passavam de mão em mão, carregavam com elas os bacilos da tuberculose.

Os bancários fizeram uma grande campanha em defesa do horário higiênico. O objetivo era o de reduzir o tempo de exposição ao dinheiro. Médicos sanitaristas fizeram laudos atestando a necessidade da redução da exposição ao dinheiro.

Ameaçaram entrar em greve geral e, em 1932, o governo Getúlio Vargas acabou cedendo e assinou a lei de seis horas. No princípio, apenas para os bancários que trabalhavam nas agências. Em 1957, foi para todos os trabalhadores do sistema bancário.

O mesmo fato levou à conquista, em 1934, da aposentadoria após 30 anos de serviço, a estabilidade após dois anos de trabalho e a criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB). Foi a primeira experiência de instituto de aposentadoria, que resultaria no INPS, o IAPAS e o atual INSS. O IAPB cobria previdência e seguridade (aposentadoria, pensões e saúde) e tinha hospitais e sanatórios para acolher os bancários adoecidos.

Transtornos mentais

As doenças mentais persistem na categoria. Esse tipo de adoecimento é hoje o campeão negativo entre a categoria, superando as LER/Dorts. Como no passado, elas são ocasionadas devido ao estresse pelo que passa a categoria. Além da obrigatoriedade de cumprimento de metas, abusivas, que não são definidas com a participação dos trabalhadores, estudo apontam que, são nas horas finais, quando os trabalhadores estão mais cansados, que ocorrem mais erros. E, quando se mexe com dinheiro, qualquer errinho pode significar o prejuízo de milhões, que são descontados dos bancários.

Fonte: Contraf-CUT

Pesquisa Datafolha divulgada hoje (6) mostra que a maioria dos entrevistados (58%) acredita a postura de Sergio Moro enquanto juiz federal foi inadequada na âmbito da operação Lava Jato. O mesmo percentual defende que as suas decisões sejam revistas caso as conversas divulgadas pelo Intercept Brasil sejam comprovadas.

Conforme o jornal Folha de S.Paulo, apenas 31% dos entrevistados que ouviram falar sobre as trocas de mensagens entre Moro e procuradores federais, entre eles Deltan Dallagnol, aprovam a conduta do atual ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Não souberam opinar 11% deles.

As conversas que começaram a ser divulgadas em 8 de junho pela equipe de jornalistas conduzida por Glenn Greenwald, que ganhou o apoio de outros, como Reinaldo Azevedo, Monica Bergamo e mais recentemente da revista Veja, arranharam a imagem do ex-juiz que já foi chamado de “herói brasileiro”.

Sua aprovação caiu de 59% para 52% em relação à pesquisa mais recente, realizada em abril. Mesmo assim, 54% dos participantes acreditam que as denúncias não são ainda suficientes para que ele deixe o cargo. Os que defendem sua saída correspondem a 38%.

Para 54% de entrevistados – o mesmo percentual da pesquisa anterior – a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é justa . E 42% considera injusta. Em abril, a opinião foi expressa por 40%.

Consideram justa a prisão 51% da parcela mais rica, com rendimento acima de 10 salários mínimo.  Entre os mais pobres, o percentual é de 51%. Dos entrevistados nordestino, 56% condenam a prisão de Lula. E 63% dos sulistas a aprovam.

A pesquisa ouviu 2.086 pessoas com mais de 16 anos em 130 cidades brasileiras, nos dias 4 e 5 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Para a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, do Paraná, a pesquisa reflete que a maior parte do povo quer um julgamento justo para o ex-presidente. “Lula quer julgamento justo, juiz imparcial e observância das leis. É o que também quer a maioria do povo, que reprova conversas com procuradores e acha que as decisões de Moro devem ser revistas. E ainda 51% dos mais pobres consideram injusta a prisão de Lula”, afirmou, por meio de seu perfil no Twitter.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) junto com a Central Única dos Trabalhadores e demais centrais sindicais realizarão no dia 12 de julho um Dia Nacional de Mobilização Contra a Reforma da Previdência. Ocorrerão atividades em todo o país.

De acordo com as entidades sindicais, o relatório, do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 mantém a espinha dorsal da PEC, que prejudica apenas a classe trabalhadora. Aprovado na quarta-feira (3) pela Comissão Especial, o substitutivo do deputado segue para votação no plenário da Câmara dos Deputados.

Para a aprovação, são necessários os votos favoráveis de três quintos dos deputados (308) e senadores (49) em duas votações em cada casa. Caso seja aprovada, a reforma da Previdência tornará o sonho da aposentadoria impossível para os trabalhadores.

De acordo com a direção Executiva da CUT, os trabalhadores têm motivos de sobra para rejeitar a reforma da Previdência. “Retira direitos fundamentais da classe trabalhadora”, afirmou em documento. “A luta contra a reforma da Previdência continua sendo ação prioritária da entidade na atual conjuntura”, reiterou a entidade.

Idade mínima


A proposta institui a obrigatoriedade de idade mínima para aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para mulheres. Além disso, para receber 100% do benefício, o trabalhador deverá contribuir por 40 anos. O tempo mínimo de contribuição será de 15 anos para mulheres e de 20 anos para homens. Neste caso, receberão apenas 60% do benefício.

Cálculo do benefício


A forma de cálculo do benefício será alterada, reduzindo aos valores que serão pagos aos trabalhadores. Atualmente, os valores são calculados levando em conta 80% dos benefícios. Apenas os maiores valores são utilizados no cálculo. Com a reforma da Previdência, os valores passam a ser calculados pelo total das contribuições, mesmo as de menor valor. Isso reduz o valor médio das contribuições e, com isso, cai o valor a ser pago aos trabalhadores.

Mobilização em todo o país


Um grande ato nacional está marcado para acontecer em Brasília, no dia 12 de julho. Nas atividades programadas em todo o país, os representantes dos trabalhadores irão dialogar com a população sobre os impactos nefastos que as mudanças na Previdência podem causar na vida dos trabalhadores. Além disso, será realizada a coleta de assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma da Previdência, que será entregue ao Congresso Nacional no dia 13 de agosto.

Fonte: Contraf-CUT

As tradicionais feijoadas mensais que acontecem em nossa Sede de Duque de Caxias e em nossa SubSede de Nova Iguaçu, já tem datas definidas no mês de Julho.

Confira as datas:

Dia 19/07 - SubSede de Nova Iguaçu
Dia 25/07 - Sede de Duque de Caxias

Esperamos todas as bancárias e bancários para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.
Até lá!

A extinção da Medida Provisória (MP) 873 representou uma vitória importante, mas o movimento precisa se manter em alerta porque o governo não desistirá de atacar os sindicatos, alerta o presidente da CUT, Vagner Freitas, que nesta quarta-feira (3), juntamente com Miguel Torres, líder da Força Sindical, se reuniu com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Segundo o dirigente, é preciso pensar em uma nova estrutura sindical. “A CUT sempre propôs essa discussão, porque considera importante valorizar a negociação coletiva, valorizar a relação direta e correlação de forças entre capital e trabalho, sem a presença do Estado”, afirma, informa Vanilda Oliveira, no portal da CUT.

“A MP 873 caducou, porém, outras iguais podem vir, não só para enfraquecer os sindicatos, mas para aniquilar toda estrutura sindical. Por isso, temos que construir uma proposta que modernize as relações de trabalho no Brasil como a CUT sempre propôs e isso nós queremos fazer. É importante para o futuro dos trabalhadores e das trabalhadoras”, acrescenta Vagner. E “outra igual” efetivamente já apareceu: a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) apresentou o Projeto de Lei (PL) 3.814, propondo que a contribuição sindical, desde que autorizada, seja feita exclusive “por meio de boleto bancário ou equivalente eletrônico”

Segundo ela, o projeto “visa manter no ordenamento jurídico a disciplina trazida pela Medida Provisória (MP) 873, de 1º de março de 2019, à contribuição sindical, assim como às demais contribuições previstas em convenção ou acordo coletivo de trabalho”. De acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o PL está na Comissão de Assuntos Sociais, com prazo para apresentação de emendas aberto nesta quinta (4), até a próxima quarta-feira (10). Segundo o Diap, a senadora, em seu primeiro mandato, é advogada e “alinhada com a bancada de segurança”. Sua família é proprietária de motéis em Mato Grosso do Sul.

A MP 873 nem sequer foi votada. O Congresso formou uma comissão especial, que não chegou a ser instalada. Vencido o prazo de 120 dias, a medida “caducou”. “Foi muito importante nós termos conseguido barrar a MP 873, que inviabilizava a organização sindical, proibindo os sindicatos, inclusive, de descontar na folha de pagamento dos associados. Conseguimos derrotar o Bolsonaro e o (ministro Paulo) Guedes nisso. Sem sindicatos não tem luta, sem sindicatos fortes um país não é verdadeiramente democrático”, diz o presidente da CUT.

Sobre a reunião com Maia, o dirigente afirmou que o deputado é favorável a discutir uma nova legislação sindical. “Nesse debate nós vamos entrar. Essa sempre foi uma proposta da CUT, a central surgiu para questionar a estrutura sindical. Nós achamos que a estrutura de hoje não é adequada, porque temos de ter sindicatos livres, representativos e construídos pelos trabalhadores e trabalhadoras.”

Ele defende que as centrais apresentem uma proposta. Caso contrário, Bolsonaro e Guedes voltarão à ofensiva “para acabar com os direitos da negociação coletiva e inviabilizar os sindicatos”.

Com informações da CUT e do Diap