Maio 23, 2025
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O Comando Nacional dos Bancários se reuniu, por videoconferência, nesta segunda-feira (23), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para discutir o funcionamento do trabalho nos estabelecimentos bancários e as medidas a serem tomadas para resguardar a saúde da categoria, dos clientes e usuários dos bancos, em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19).

No início da reunião o Comando fez um balanço da semana, expôs os riscos da pandemia e colocou as reivindicações da categoria.

A Fenaban informou que cerca de 200 mil bancários e bancárias já estão em home office e caminha pra aumentar.

Uma das principais reivindicações da categoria foi para que os bancos mantenham apenas as atividades consideradas essenciais pelo decreto 10.282/2020, que, no setor financeiro, são: “compensação bancária, redes de cartões de crédito e débito, caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais de instituições financeiras” e o atendimento casos de extrema necessidade, à exemplo do idoso que não tem como usar outro meio e o serviço do qual dependa à sobrevivência do cidadão, sejam realizados somente mediante agendamento prévio para preservar os clientes bem como os trabalhadores

“Apenas o contingenciamento não está sendo suficiente. Mesmo assim, ele não está sendo adotado por todos os bancos e os que adotam não o fazem da mesma forma. Semana passada houve um grande movimento nas agências. Acaba que as pessoas não sabem o que devem fazer. Vão aos bancos sem que, neste momento, seja necessário”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

“Isso as expõe ao risco e também expõe os bancários e bancárias, além de dificultar o atendimento de quem realmente precisa de atendimento presencial”, completou a presidenta da Contraf-CUT, ao ressaltar que é fundamental padronizar as medidas para que a população não fique perdida e os bancários não cobrem ação dos sindicatos para que determinado banco tome uma medida mais favorável que está sendo realizada por outro.” A saúde é a principal prioridade nesse momento”, completou.

O movimento sindical também reivindicou o fechamento das agências e demais unidades bancárias para se realizar apenas o atendimento presencial dos casos de extrema necessidade e com agendamento; redução da jornada para os que tiverem que ir ao local de trabalho; garantia de deslocamento seguro para os que tiverem que fazer o atendimento não presencial, a manutenção e o abastecimento dos caixas de autoatendimento; home office para todos os bancários e bancárias, com exceção de quem terá que ir às agências para dar suporte ao funcionamento dos caixas eletrônicos.

Para os que tiverem que comparecer para manter os serviços essenciais, deve haver revezamento. Funcionários que façam parte dos grupos de risco, grávidas e aqueles que não tenham com quem deixar filhos menores, ou que residem com pessoas que fazem parte do grupo de risco não devem entrar no revezamento.

Os bancos alegam que precisam manter as agências em funcionamento para atender, principalmente, os idosos e outras pessoas que não tenham condições de se auto atender, mas vão analisar as reivindicações da categoria e responder o quanto antes.

Agências lotadas

“É bom ver que a Fenaban está preocupada com as pessoas que se deslocam por longas distâncias para conseguir o atendimento bancário. Se as pessoas precisam se deslocar por longas distâncias é porque não existem agências em todas as cidades, em todas as localidades. Os bancos estão fechando agências e isso faz com que as pessoas precisem se deslocar para buscar o atendimento”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, que coordena o Comando dos Bancários juntamente com Juvandia.

Ivone ressaltou ainda que o problema de superlotação e a falta de agências já existia. “Agora o problema ficou evidente por causa da pandemia. Mas, os bancários sempre estiveram sobrecarregados, as agências sempre estiveram lotadas, com aglomeração, as pessoas sempre tiveram que enfrentar longas filas para serem atendidas”, disse. Ela ressaltou que espera que essa preocupação perdure depois passar a pandemia.

Manutenção dos direitos

Entre as reivindicações do movimento que serão analisadas pelos bancos está a ultratividade dos Acordos e Convenções Coletivas até 31/01/2021. Caso seja aceita, os direitos da categoria, previstos na CCT e nos acordos específicos por bancos, serão mantidos até esta data, ou até que haja a assinatura de uma nova CCT, caso ela se efetue antes de 31 de janeiro de 2021.

O Comando também pediu que sejam suspensos os descomissionamentos, a cobrança de metas e as demissões durante a vigência do estado de calamidade, ou até que perdure a pandemia.

Outra reivindicação da representação sindical dos bancários foi para que seja antecipado o vale alimentação da categoria.

O Comando destacou ainda a importância do respeito à Convenção Coletiva e à negociação coletiva e, por isso, que não sejam adotadas as medidas previstas na Medida Provisória 927/2020, publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União deste domingo (22) e que permite corte de salários e direitos e exclui os Sindicatos da negociação. “Não vamos aceitar nenhuma alteração no contrato de trabalho que prejudique a categoria”, frisou Juvandia, referindo-se a MP.

Medidas sanitárias

O Comando pediu também para que a Fenaban intensifique a campanha na mídia, orientando os clientes sobre o uso dos meios digitais, caixas eletrônicos e os riscos da contaminação pelo coronavírus. Também que sejam disponibilizadas máscaras, luvas e álcool gel para todos os bancários que irão realizar as atividades essenciais do setor.

Para clientes

O Comando também fez reivindicações que beneficiam os clientes e usuários do sistema bancário, como a suspensão dos vencimentos dos boletos por sessenta dias e a isenção de tarifas para de transferências eletrônicas (TED E DOC) para clientes com renda de até dois salários mínimos. O objetivo é diminuir a contaminação pelo uso de cédulas e evitar que os clientes se dirijam aos bancos para pagar boletos que vencem no período.

Fonte: Contra-CUT

A Caixa Econômica Federal anunciou neste domingo (22) que, a partir desta segunda-feira, em decorrência da escalada da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19) no país, fechará suas portas para o atendimento ao público e vai focar sua atuação no pleno funcionamento da sala de autoatendimento, com abastecimento de numerário e processamento de depósitos. O atendimento presencial no interior das agências será somente para saque de INSS/seguro desemprego/seguro defeso/abono salarial/FGTS para quem não possui cartão e senha, ou tenham que efetuar o desbloqueio de cartão e senha da conta.

As agências iniciarão o expediente com uma hora de antecedência para atender os clientes do grupo de risco que precisem realizar os serviços necessários à sobrevivência da população, considerados essenciais conforme previsão do decreto 10.282/2020.

Pedido do movimento sindical

Na sexta-feira (20), o Comando Nacional dos Bancários havia mandado um ofício ao banco reivindicando medidas que acabassem com as aglomerações no banco, a fim de resguardar a segurança e a saúde dos empregados, clientes e usuários.

“O banco tomou a decisão correta. Neste momento, é preciso resguardar a saúde dos empregados, clientes e de todo o público que utiliza os serviços da Caixa”, avaliou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comado Nacional dos Bancários. “Vamos cobrar dos demais bancos a mesma medida”, completou.

O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reúnem por videoconferência, na manhã de segunda-feira (23), para tratar sobre as atividades da categoria nos estabelecimentos bancários e as medidas a serem tomadas diante da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19).

“A comissão Executiva dos Empregados vem cobrando responsabilidade da direção da Caixa com a saúde dos empregados e usuários desde os primeiros casos da doença no Brasil. Na semana passada foram diversos casos de suspeita e alterações nos procedimentos após reivindicações dos empregados. Hoje a direção da Caixa finalmente anuncia protocolo de forma mais responsável e evita que os empregados precisem ir aos hospitais para buscar atestado, aceitando autodeclaração de sintoma para afastamento e, por seus vice-presidentes, garantiu que a Caixa vai atender só serviços essenciais”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Dionísio Reis.

“Com esses avanços, na próxima semana buscaremos firmar que não irão ou trabalho mães de crianças em idade escolar e pessoas que morem com outras que façam parte do grupo de risco”, completou o coordenador da CEE/Caixa, destacando que os empregados devem repassar aos sindicatos os casos em que os gerentes das unidades não tiverem bom-senso.

Home office

Em seu anúncio o banco informou que 70% dos empregados de agências serão liberados para trabalharem home office. O banco vai disponibilizar um sistema para permitir que os empregados realizem o atendimento via WhatsApp das demais atividades operacionais das agências.

Entre estes estão todas gestantes e lactantes, adultos com mais de 60 anos, portadores de doenças cardiovasculares, como hipertensão; diabetes; tratamento de câncer e pessoas com deficiência ficarão em casa.

Os 30% dos empregados restantes trabalharão em regime de escala semanal. Cabendo ao gerente geral, juntamente com os empregados, a definição.

Medidas de segurança

O banco informou ainda que fez uma aquisição emergencial de álcool gel para as agências que não estão conseguindo adquirir o produto localmente e que antecipará a campanha de vacinação contra gripe de julho para o início de abril.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de reunião do comitê executivo, o banco Itaú Unibanco anunciou, na noite de sexta-feira (19), que irá antecipar o décimo terceiro integral a todos os funcionários. O pagamento será efetuado até o dia 27 de abril.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reúnem por videoconferência, na manhã de segunda-feira (23), para tratar sobre as atividades da categoria nos estabelecimentos bancários e as medidas a serem tomadas diante da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19).

O Comando Nacional vai expor sua preocupação com os bancários pelo fato de as agências bancárias permanecerem lotadas nos últimos dias. Juvandia Moreira, coordenadora do Comando e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), lembra que o decreto editado pelo Governo Federal limita a atuação dos governos estaduais e dos prefeitos, em relação as atividades comerciais, que vinham sendo proibidas de abrir as portas em muitas regiões. “Na próxima quarta-feira, dia 25, tem pagamento dos aposentados, que tradicionalmente é um dos dias de maior movimento. A omissão do governo nesta crise é refletida nas agências lotadas durante toda a semana. As pessoas ainda não tomaram consciência de que precisam ficar em casa. Por isso, reivindicamos que o atendimento bancário nas agências seja limitado única e exclusivamente aos serviços necessários, com contingenciamento de pessoas.”

Entre as atividades consideradas essenciais das instituições financeiras, estão a compensação bancária, a redes de cartões de crédito e débito, os caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais. “Já que o governo não faz sua parte, nós precisamos fazer a nossa, para proteger a saúde dos trabalhadores, que estão se arriscando por toda a população”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal anunciou redução de juros e a suspensão no pagamento de empréstimos, entre outras medidas, como forma de minimizar e auxiliar as pessoas e as empresas. O diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, diz que é preciso que o sistema financeiro “em peso” entre na luta contra a pandemia do coronavírus.

“Só a Caixa não vai resolver. É preciso reduzir os juros para novos empréstimos ao mínimo”, afirmou ao jornalista Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta sexta-feira (20). Neste contexto, ele sugere que os juros cobrados pelos bancos sejam limitados à taxa Selic, reduzida pelo Banco Central (BC) na última quarta-feira (28) para 3,75% ao ano.

Além da redução de juros, Fausto defende que os bancos privados sigam a Caixa e adotem carência de dois a quatro meses para o pagamento das dívidas. Para evitar a ida das pessoas às agências, também é preciso que o sistema bancário reduza ou elimine as tarifas cobradas para transações online.

“O sistema financeiro vem lucrando há muito tempo e precisa contribuir nesse momento. Sem isso, a gente pode incorrer em erros e problemas, como forçar as agências a ficarem abertas, causando aglomerações, o que é um absurdo. Ou pior ainda, pode haver uma corrida aos bancos. O sistema bancário precisa entrar de maneira efetiva nesse processo”, afirmou o diretor do Diesse. São medidas que também tem como objetivo a proteção dos trabalhadores bancários.

Emprego e renda

Fausto voltou a criticar a proposta anunciada pelo governo para permitir que empresas cortem em 50% a jornada e os salários dos funcionários. “Os trabalhadores formais, mesmo com redução de jornada, precisam ter sua renda garantida, para a economia continuar funcionando.” Ele destacou que cabe às empresas e ao governo encontrar soluções, como o adiamento do pagamento de impostos, mas sem cortar a renda dos trabalhadores.

Ele também defendeu que as demissões sejam emergencialmente suspensas. “Ninguém pode ser demitido nos próximos 30 dias. Depois se reavalia. É um tipo de medida de pacificação social.” Segundo o diretor do Dieese, é hora de “concentrar esforços” para o contingente enorme de trabalhadores informais, população de rua e demais grupos vulneráveis que precisam ser protegidos.

Fonte: Rede Brasil Atual

Desde a semana passada, o Comando Nacional dos Bancários tem cobrado diretamente da a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Banco Central e as direções dos bancos, medidas para proteger a saúde de bancários e clientes durante a pandemia de coronavírus. Parte das cobranças foram atendidas pela Caixa, mas ainda são insuficientes.

Por isso, na noite desta quinta-feira (19), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), através da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal –(CEE/Caixa), enviou um ofício à direção do banco para reivindicar a participação de um representante do movimento sindical no comitê de crise que acompanha essas medidas preventivas frente à pandemia do Coronavírus (COVID -19). O objetivo é contribuir para maior efetividade e com foco direcionado à atenção às empregadas e aos empregados, bem como aos clientes e aos usuários da Caixa.

O pedido foi motivado pelo volume expressivo de queixas das empregadas e dos empregados da Caixa quanto às deficiências na implementação dessas medidas preventivas. As denúncias dão conta do não atendimento pleno das medidas preventivas negociadas. Há casos de empregados que se enquadram nos grupos de risco ao contágio e que continuam no exercício de sua função no mesmo ambiente, dentre outros casos relatos igualmente graves.

“Há de se destacar que determinadas decisões sobre a prevenção ao COVID-19, veiculadas em comunicações internas, estão sendo atribuídas aos gestores das unidades, mesmo a compra de álcool em gel e material de limpeza, o que deveria ser operado por área própria e com mais eficiência”, afirmou o coordenador da CEE, Dionísio Reis.

Para agravar a situação, o coordenador classifica como irresponsável o anúncio do Ministério da Economia, de medidas que levaram a uma verdadeira corrida às agências, um maior fluxo de circulação de pessoas nas dependências da rede de atendimento foi gerado, o que justifica as necessárias ações preventivas à pandemia de COVID-19.

“Nesse período, reconhecidamente de tensão e de redução de operações, é descabida a cobrança de resultados por metas dos empregados, fato esse, que dever cessado junto às superintendências regionais do banco”, completou.

Grupo de risco

Depois da cobrança do movimento sindical, a Caixa determinou que empregados do grupo de risco devem se afastar do trabalho. Não é mais uma decisão da chefia.

“O fato da decisão não ficar nas mãos do gestor é um avanço, uma vez que protege o trabalhador do grupo de risco e também o gestor, que não fica com uma decisão de tamanha importância e responsabilidade nas suas costas. Porém, vemos como um bloqueio muito grave para a proteção dos trabalhadores em grupo de risco a exigência de relatório médico, uma vez que essa exigência pode fazer com que ele vá até unidades de saúde e acabe por se contaminar. Cobramos que a Caixa aceite uma autodeclaração do empregado com prazo de 30 dias para comprovação médica”, diz Dionísio.

Casos confirmados e suspeitos

Em caso de suspeita ou confirmação por coronavírus, com atestado [B 34.2 e B 97.2], aciona-se o protocolo. Antes da cobrança, o protocolo era acionado apenas em casos de confirmação. Então, com o exame ficando pronto entre 4 e 7 dias, o tempo de exposição de bancários e clientes ao vírus era maior.

O protocolo para casos suspeitos e confirmados determina: afastamento imediato do empregado; notificação da área de pessoas e superior hierárquico, avaliando as providências necessárias para fechamento da unidade e direcionamento da equipe para projeto remoto; comunicar a equipe; quarentena inicial de 5 dias, podendo se estender para 14 dias,; liberação de toda a equipe para projeto remoto; utilização de notebook Caixa ou, se o empregado não possuir, é permitido uso de equipamento pessoal; agendamento com a logística da higienização da unidade.

Já para os casos em que empregados possuam sintomas, mas sem atestado, fica determinado: afastar ou priorizar no projeto remoto empregados gripados, tossindo, com coriza, febre ou dor de garganta, juntamente com o grupo de risco.

Licença prêmio

A direção da Caixa também liberou a utilização da licença-prêmio, além da APIP e antecipação de férias, para afastamento de empregados.

Subnotificação

Parte dos empregados que procuraram o médico foram diagnosticados clinicamente com coronavírus, mas no atestado é informada crise respiratória grave, encaminhando o trabalhador para quarentena de 14 dias. O Sindicato cobra que nesses casos também sejam acionado o mesmo protocolo dos atestados B 34.2 e B 97.2, com fechamento e higienização da agência; todos os empregados em quarentena mínima de 5 dias, extensiva por mais 14 dias; e a agência só pode abrir com outra equipe.

“Nesses casos de suspeita, o protocolo só está sendo adotado quando o Sindicato vai até a agência, mas é necessário que seja estabelecido como procedimento padrão”, avalia Dionísio.

Atingidos por medidas restritivas

O Comando Nacional também cobra da Caixa o afastamento de empregados atingidos por medidas restritivas como, por exemplo, pais e mães cuja a escola dos filhos está fechada.

Insumos

O coordenador da CEE/Caixa denuncia que, ao invés de centralizar a compra, a direção da Caixa colocou sob responsabilidade dos gestores a dotação para compra de insumos como, por exemplo, álcool gel. “A Caixa, enquanto uma empresa continental, deveria centralizar essa compra e providencias a distribuição, uma vez que existe grande dificuldade para encontrar estes produtos”, avalia.

Metas

Uma das principais cobranças é que a direção da Caixa suspenda as cobranças por metas durante a crise sanitária do coronavírus.

“Já tivemos denunciais de link de superintendente, de SEV, Dia D e planilha de cobrança de produtividade durante esse processo de enfrentamento ao coronavírus. Cobramos o fim da cobrança de metas nesse período de crise”, enfatiza Dionísio.

Contigenciamento

A Caixa divulgou que o acesso às agências será controlado, antecipando a abertura em uma hora de algumas unidades selecionadas para atendimento de clientes em grupo de risco. A agência só poderá ser ocupada até a metade dos assentos disponíveis, de forma que se mantenha pelo menos um metro de distância entre as pessoas. Empregados, utilizando máscaras e luvas, gerenciarão o fluxo de clientes ao lado de fora das agências, evitando aglomerações. A entrada na área de autoatendimento será limitada a um cliente por máquina.

“Os Sindicatos de todo o Brasil estão tomando todas as medidas no sentido de pressionar a Caixa, e os demais bancos, para que tomem todas as providências para proteção de clientes e bancários. Pedimos que os empregados nos mantenham informados e diante de qualquer dificuldade ou insegurança no local de trabalho entrem em contado contem conosco”, conclui Dionísio.

Fique informado

Acompanhe na página específica do site da Contraf-CUT a atualização das notícias sobre coronavírus que estejam relacionadas ao setor financeiro.

Fonte: Contraf-CUT

O Podcast da Contraf-CUT desta semana não poderia abordar outro tema, senão a pandemia do coronavírus (Covid19). Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) fala sobre as reivindicações que foram passadas à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com as medidas a serem tomadas para evitar a proliferação da doença.

Fonte: Contraf-CUT

Nem a crise causada pela pandemia do novo coronavírus é capaz de sensibilizar os banqueiros. Esta semana, na base do Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região (RJ), ocorreram três demissões: duas na agência do Santander da avenida Pelinca e uma na agência do Itaú de São Francisco de Itabapoana.

“Repudiamos a postura dos bancos, que é lamentável. É uma verdadeira covardia com os trabalhadores neste momento difícil, em que todos nós estamos inseguros, cuidando das nossas vidas e dos nossos familiares, pensando na coletividade. Vamos com certeza tomar todas as providências em relação a esses casos”, disse o presidente do sindicato, Rafanele Alves Pereira.

Fonte: Contraf-CUT

Os representantes dos trabalhadores no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) propuseram nesta semana a aprovação emergencial do aumento de parcelas do seguro-desemprego. Seria uma medida de proteção em um momento de crise causada pela pandemia do coronavírus, que deve aumentar o desemprego no país.

“A prioridade é manter empregos, mas as demissões já estão ocorrendo“, afirma o representante da Força Sindical no Codefat, Sérgio Luiz Leite, o Serginho. “Precisamos manter uma renda para os trabalhadores desempregados, que certamente terão um período mais longo para encontrar um novo emprego.”

Os conselheiros das seis centrais sindicais com representação no colegiado sugerem acréscimo de três parcelas. Atualmente, o governo paga de três a cinco parcelas, dependendo do período trabalhado. O valor máximo do seguro-desemprego foi reajustado neste ano para R$ 1.813,03. O cálculo é feito com base na média dos três últimos meses, e o menor valor não pode ficar abaixo de um salário mínimo.

Indústria

Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou ao governo e ao Congresso um conjunto de 37 medidas para o período da crise, nas áreas tributária, financeira e trabalhista. As propostas foram elaboradas com federações estaduais e associações setoriais.

A avaliação é que, no momento, a redução do consumo é provocada pelo isolamento da população, que está orientada a não sair de casa. Desta forma, as medidas emergenciais para os próximos três meses, período que se considera o mais agudo da crise, devem focar nas empresas industriais e de serviços, e não em aumentar a demanda”, diz a CNI.

A entidade propõe acesso mais fácil a capital de giro, intensificação de linhas de crédito do BNDES, suspensão por 90 dias do pagamento de tributos federais, incluindo contribuições previdenciárias, e redução das tarifas de energia elétrica.

Na parte trabalhista, a CNI sugere “redução de exigências para a adoção do teletrabalho, ampliação do tempo para compensação do banco de horas e “permissão expressa” para alteração de horários de trabalho.

“Há, ainda, medidas que buscam ampliar o colchão de proteção do trabalhador em face do risco de desemprego, como a reativação do Programa Seguro-Emprego e a ampliação do lay off, que permite a suspensão dos contratos de trabalho com a manutenção do vínculo empregatício”, acrescenta a entidade.

Fonte: Rede Brasil Atual

Fundada em 12 de janeiro de 1861, a Caixa Econômica Federal, cuja privatização é sempre cogitada por governos neoliberais, volta a ser protagonista em uma situação de crise. A instituição anunciou nesta quinta-feira uma série de medidas para facilitar a vida de pessoas e empresas no cenário daquela que já é considerada a maior crise econômica da história recente, com o advento do coronavírus, que ameaça a vida de pessoas físicas e jurídicas.

O banco vai permitir a interrupção do pagamento de crédito pessoal em até 60 dias, fornecer crédito consignado com juros a partir de 0,99% ao mês, dar direito a cartão virtual de débito para compras online a correntistas, crédito pessoal automático, possibilitar “pausa estendida” do pagamento de até duas prestações de financiamento de habitação, entre outras medidas.

Para micro e pequenas empresas, redução de juros de até 45% para capital de giro com taxas a partir de 0,57% por mês e linhas de crédito para investimento em máquinas e equipamentos com até 60 meses para pagamento.

O banco vai também entrar na crise do sistema de saúde causada pelo coronavírus, liberando R$ 3 bilhões em linhas para Santas Casas e hospitais filantrópicos que prestam serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao entrar na luta contra os efeitos econômicos do coronavírus, a Caixa mais uma vez  mostra sua importância como entidade do Estado no apoio à sociedade em momentos de dificuldade, como aconteceu na crise de 2008, quando, junto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Brasil, a Caixa foi fundamental na política anticíclica que evitou que o país mergulhasse profundamente na crise.

A ironia é que, em 2020, o governo mais selvagemente privatista da história brasileira é obrigado a recorrer a uma das mais tradicionais instituições do Estado para socorrer a população e a si mesmo e tentar minimizar os efeitos da crise que já é considerada uma tragédia mundial.

Nesse contexto, mais uma vez o projeto neoliberal de vender a instituição, ou privatizar operações importantes – intenção tanto do governo Michel Temer como de Jair Bolsonaro – será engavatado, pelo menos no curto e médio prazos, na opinião do economista Jorge Mattoso, ex-presidente da Caixa.

“Isto, agora, não está colocado no horizonte, dada a gravidade da crise que estamos vivendo. Caixa e BNDES são instituições que, num momento de crise, mais do que nunca precisam ser usadas pelo Estado”, diz. Para ele, é também o caso do Banco do Brasil, embora com a ressalva de que o BB tem especificidade diferente, possui ações em Bolsa e participação privada. “Não é exatamente como a Caixa, não pode ser utilizado como a Caixa é”, observa Mattoso.

Ele lembra que o banco  passou por vários momentos diferentes e, como nos períodos Temer e Bolsonaro, não é a primeira vez que se cogita a sua privatização. Antes, a tentativa mais recente, e mesmo mais próxima de se concretizar, foi na época do presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Ela foi preparada para ser privatizada, e só não foi porque Lula ganhou a eleição. A Caixa estava esvaziada e pronta para ser privatizada”, afirma Mattoso. “Mas sempre, em momentos de crise, ela é chamada, utilizada e valorizada. Quando você precisa de uma instituição pública com a vitalidade, com a expansão, com a quantidade de agências (mais de 3.400), ela sempre é e precisa ser utilizada.”

Em momentos de crise, obviamente, o próprio governo não cogita a possibilidade de privatização porque, em primeiro lugar, precisa da instituição, e, em segundo, porque é muito difícil vender durante uma crise. Mas, para Mattoso, o alerta permanece. “Se essa ideologia, como a do governo atual, se mantêm no poder, é possível que a ideia de privatizar seja retomada. Neste momento, não podem fazer o que gostariam, porque precisam da Caixa.”

Bancários contra a Covid-19

O Banco Central emitiu uma circular, nesta quinta-feira (19), na qual atende duas reivindicações apresentadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em ofício enviado no dia anterior. A entidade cobrava a padronização das medidas adotadas pelos bancos, como forma de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e clientes em decorrência da pandemia causada pelo coronavírus.

A Contraf-CUT também reivindicava maior agilidade na implementação de medidas como o contingenciamento de acesso às agências e redução do horário de atendimento.

Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT),  Juvandia Moreira, o mais importante no momento é proteger a categoria. “Os bancos têm que ser mais ágeis na adoção das medidas protetivas e padronizar suas adoções”, afirmou.

“O Banco Central determina a redução do horário, mas mantém uma liberalidade com relação ao contingenciamento. O controle de acesso é fundamental para garantir a segurança e a saúde dos bancários e dos clientes”, acrescentou a dirigente.

“Já conseguimos a liberação dos bancários e bancárias em grupos de risco em todos os bancos e queremos todos os possíveis em home office“, destacou.

De acordo com Juvandia, os sindicatos em todo o país precisam fiscalizar o cumprimento das medidas e relatar sobre situações que exijam novas, de acordo com a evolução da doença e a realidade de cada localidade.

Fonte: Rede Brasil Atual