Julho 17, 2025
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O Banco do Brasil pagará a PLR do primeiro semestre de 2018 nesta quinta-feira, dia 06 de setembro. Conforme divulgado anteriormente, o pagamento seria logo após a assinatura do acordo. Fechadas as negociações e aprovada a proposta em todo o Brasil, o Acordo Aditivo da PLR foi assinado no dia 31 de agosto.

O acordo 2018/2020 garante o mesmo modelo de PLR sem redução de direitos para os funcionários do BB, uma vez que são aplicados os dispositivos do acordo de PLR da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Conforme estabelecido na negociação dos acordos deste ano, também foi aprovada nas assembleias a taxa negocial de 1,5% na PLR, com valor mínimo de R$50,00 e teto de R$210,00.

Segue abaixo a tabela de pagamento dos salários paradigma (percentual sobre o VR - Valor de Referência do Cargo.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a manutenção do modelo de PLR por mais dois anos é uma segurança para os funcionários do Banco do Brasil. “Este acordo garante um percentual maior de distribuição do lucro líquido, garantindo 4% de forma linear para todos os funcionários e funcionárias do BB.”

Fonte: Contraf-CUT

Pouco ou menos presente nas planilhas do mercado em relação aos cenários da economia, o desemprego se apresenta como um dos principais desafios para os próximos anos, depois de um verdadeiro "extermínio" de vagas na era Temer, quando se aprovou uma "reforma" trabalhista a pretexto, justamente, de abrir vagas. Seja qual for a fonte, o resultado é uma eliminação de postos de trabalho em grande quantidade.

Pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, por exemplo, havia um estoque de 40,4 milhões de empregados com carteira assinada no país em julho de 2015. É verdade que já era um pouco menos do que um ano antes (41,3 milhões). Mas o total em julho deste ano é de 38,2 milhões. Assim, de 2015 até agora, foram perdidos 2.228.848 vagas formais, sendo 654 mil na indústria de transformação e 461 mil no serviços.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, também mostram regressão no mercado de trabalho. No trimestre encerrado em julho de 2015, ainda no governo Dilma, a taxa nacional de desemprego era de 8,6%. Em igual período deste ano, 12,3%.

Sempre nessa base de comparação, o total de ocupados caiu de 92,2 milhões para 91,7 milhões – menos 500 mil. E o contingente de desempregados sobe de 8,6 milhões para 12,9 milhões. São 3,3 milhões a mais.

Ainda nesse período, o país viu encolher o mercado formal. Os empregados com carteira no setor privado eram 35,7 milhões em julho de 2015. Agora, são 33 milhões. Os sem carteira aumentaram de 10,1 milhões para 11,1 milhões, enquanto os trabalhadores por conta própria foram de 22,1 milhões para 23,1 milhões. Assim, 2,7 milhões de empregos formais a menos, acréscimo de 2 milhões de informais.

No governo Temer, as medidas incluíram uma lei de "reforma" trabalhista (13.467) e outra liberando a terceirização (13.429), agora chancelada pelo Supremo Tribunal Federal, sempre em nome da flexibilização. Até agora, essas mudanças legais ajudaram apenas a expandir o emprego informal.

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O combate ao desemprego está presente nos discursos dos candidatos à Presidência da República e nos programas de governo, na maior parte do casos de maneira genérica. Entre eles, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (Psol) falam em referendo para revogar as "reformas", por sua vez defendidas por nomes como Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL). Confira o que dizem alguns deles sobre o tema emprego.

Lula (PT)

Propõe, para os primeiros meses de mandato, um "plano emergencial de emprego", com prioridade para a juventude. Entre as principais ações, retomada de obras inacabadas pelo país, "selecionadas por importância estratégica regional, bem como as pequenas iniciativas no plano municipal", retomada dos investimentos da Petrobras e do programa Minha Casa Minha Vida. Destaca os milhões de empregos com carteira criados em seus mandatos.

O plano de governo também fala em reforçar investimentos no Bolsa Família, "incluindo aqueles que voltaram à pobreza com o golpe", e criação de linhas de crédito "com juros e prazo acessíveis". Propõe um modelo de desenvolvimento com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno. 

Geraldo Alckmin (PSDB)

Sempre no plural majestático, fala em priorizar "políticas que permitam às regiões Norte e Nordeste desenvolver plenamente as suas potencialidades em áreas como energias renováveis, turismo, industria, agricultura e economia criativa". Diz ainda: "Abriremos a economia e faremos com que o comércio exterior represente 50% do PIB. isso é vital para retomarmos a agenda de competitividade do pais". Também defende prioridade a investimentos em infraestrutura, em parceria com o setor privado.

Além disso, "usaremos a nossa diplomacia para firmar acordos comerciais que nos ajudem a expandir os mercados brasileiros no exterior e a reinserir o país na economia global". O programa fala ainda em promover o desenvolvimento da indústria 4.0 e fomentar o empreendedorismo. 

Jair Bolsonaro (PSL)

Afirma que as economias de mercado "são historicamente o maior instrumento de geração de renda, emprego, prosperidade e inclusão social". E que é "graças ao liberalismo" que bilhões de pessoas "estão sendo salvas da miséria em todo o mundo". Apesar de tudo isso, o Brasil "NUNCA (destaque do programa) adotou em sua História Republicana os princípios liberais". É o liberalismo que "reduz a inflação, baixa os juros, eleva a confiança e os investimentos, gera crescimento, emprego e oportunidades". O candidato diz que quer criar "um ambiente favorável ao empreendedorismo", afastando o "populismo".

Ciro Gomes (PDT)

Fala em estratégia planejada, "um plano nacional" que estabeleça prioridades sociais e econômicas", com metas de curto, médio e longo prazos "que permitam ao Brasil alcançar, em termos de renda e desenvolvimento humano, o mesmo nível de alguns países europeus ou asiáticos que já deixaram para trás problemas como desemprego, miséria e pobreza e oferecem oportunidades e um bom nível de vida para todos os seus habitantes".

É preciso "um plano, um caminho estabelecido entre a sociedade e o governo, entre os trabalhadores, o setor privado e o setor público, que defina claramente políticas de desenvolvimento" com foco na expansão da competitividade. Fala também de mudança na carga tributária para reduzir peso sobre criação de empregos e políticas de inovação e estímulo ao investimento.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

As tradicionais feijoadas mensais que acontecem em nossa Sede de Duque de Caxias e em nossa SubSede de Nova Iguaçu, já tem datas definidas no mês de setembro:

Dia 21/09 - SubSede de Nova Iguaçu

Dia 27/09 - Sede de Duque de Caxias

Esperamos todas as bancárias e bancários para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.

Até lá!

Após a aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF), na última semana, da terceirização irrestrita de trabalhadores para atividades-fim nas empresas, como propôs o governo Temer, especialistas afirmam que a medida deverá levar a contratações sem concurso público, especialmente de profissionais de educação, saúde e cultura. É o que alerta, por exemplo, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep)., Sérgio Antiqueira. 

"Os professores estão na ponta da lista da ameaça, porque já tem o interesse de empresas entrar nos municípios, trazendo apostilas, então há o interesse em substituir os professores", diz o sindicalista.

Segundo o Dieese, os terceirizados ganham em média 25% menos, se acidentam 60% mais e trabalham 12 horas a mais por mês. A rotatividade da mão de obra também é o dobro da registrada em relação ao contratado direto. Por todos esses fatores, a terceirização não significa melhora para os trabalhadores e nem para o serviço público.

"Num cenário de redução dos gastos públicos, por conta dos limites orçamentários da Emenda Constitucional (EC) 95, a gente avalia que os estados vão usar esse instrumento de poder ampliar a terceirização do serviço público para reduzir os seus custos. Como as condições dadas aos trabalhadores pioram, influencia no atendimento também", explica Adriana Marcolino, socióloga e técnica do Dieese.

Especialistas alertam ainda que a terceirização pode acabar com os concursos públicos e a substituição pelos terceirizados vai inviabilizar a aposentadoria dos atuais servidores. "A Previdência do servidor o governo trata como um problema do servidor, não de gestão da prefeitura (e demais instâncias do poder público). Você reduz a contribuição, já que não tem mais o trabalhador direto, que contribui para a Previdência", diz Sérgio.

A terceirização também pode trazer problemas para a previdência dos trabalhadores do setor privado. Os salários menores vão fazer a arrecadação cair. Além disso, os trabalhadores que precisarem abrir empresas – tornando-se pessoas jurídicas (PJs) para terem seus serviços contratados – podem nem contribuir com a Previdência.

Como não há mais recursos judiciais para impedir a terceirização total, os trabalhadores afirmam que a única forma de reverter esse retrocesso é a revogação da lei, na próxima Legislatura a ser eleita em outubro. "Nós temos que discutir quem são os candidatos que propõem a reversão da reforma trabalhista e a lei de terceirização", completa o representante dos servidores.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

O Ministério Público Federal (MPF) pediu hoje (3) uma investigação policial sobre o incêndio que destruiu neste domingo boa parte do acervo do Museu Nacional e comprometeu a estrutura da edificação bicentenária. O órgão criticou o “loteamento” da cultura no Brasil e lamentou a Emenda Constitucional 95, resultado da chamada PEC do Teto, capitaneada pelo presidente Michel Temer (MDB). A política de austeridade neoliberal congela investimentos em áreas como cultura e educação por 20 anos.

“A drástica redução de investimentos já consumia o Museu Nacional. O congelamento dos orçamentos dos órgãos públicos, agravado em 2016 pela aprovação da Emenda Constitucional 95, já imobilizava o devido cuidado com o importantíssimo acervo e imóvel, irrecuperáveis”, afirma o órgão. As políticas de austeridade colocaram fim a uma década de ampliação de investimentos, de 2001 a 2011, como mostram dados do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

Nesse período, os recursos destinados aos museus tiveram aumento de 980%. Os melhores anos para o setor foram durante os mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Em 2003, o aumento foi na ordem de 82,49%, passando de R$ 24.483.432, no ano anterior, para R$ 44.680.998. Entretanto, o melhor ano foi 2005, quando foi registrado acréscimo de 107,29%.

Desde 2014, as verbas para museus vêm caindo drasticamente. No caso do Museu Nacional, administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os cortes promovidos por uma sequência de medidas de austeridade reduziram o orçamento de R$ 709 mil em 2013 para R$ 166 mil em 2017, de acordo com dados da Câmara dos Deputados. Em 2015, o museu chegou a fechar as portas por atraso nos repasses do governo federal.

tabela investimentos museus

Os dados foram consolidados a partir de pesquisa realizada no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), contendo empenhos do Tesouro Nacional e do programa Monumenta, que utiliza recursos do Banco Interamericano (BID) e fica sob a responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Também fazem parte do resultado as captações realizadas pela Lei de Incentivo Fiscal (mecenato) relativas a projetos da área museal.

Valorização do setor

De acordo com o Ibram, valorização teve respaldo especialmente em uma política adotada no governo petista. "Em maio de 2003, início do primeiro mandato do governo Lula, foi lançada a Política Nacional de Museus, documento que serviu de base para definir os rumos da preservação e do desenvolvimento do patrimônio museológico brasileiro. Já naquele ano, os investimentos no campo museal subiram de R$ 24 para R$ 44 milhões."

Já em 2004, foi criado o Departamento de Museus (Demu) dentro do Institutodo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). "Desde então, uma nova forma de enxergar a importância dos museus brasileiros começou a ser desenhada."

O cenário melhorou com a criação do Ibram, em 2009. "Se analisada a série histórica, observa-se um considerável salto entre os recursos aplicados diretamente pelo Sistema MinC após a criação do Instituto. Em 2009 foram R$ 43 milhões e, em 2010, R$ 70 milhões. Em termos de incentivo fiscal, os números também são significativos: foram captados R$ 73 milhões em 2009, R$ 100 milhões em 2010 e R$ 146 milhões em 2011. No total de investimentos, 2011 teve recorde com R$ 216 milhões", completa o órgão.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A variação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro para o segundo trimestre, de 0,2%, indicou resultado discretamente positivo, mas mostra também que o Brasil apresenta sérias dificuldades para a retomada do crescimento. "Se comparada a anos anteriores, em que o Brasil também viveu uma  recessão, a economia tinha uma velocidade três vezes maior do que a observada atualmente", explica o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em sua coluna na edição desta segunda-feira (3) no Jornal Brasil Atual. 

A quatro meses do fim do governo Temer, Clemente afirma que os resultados indicam uma quase estagnação da economia brasileira, com baixos investimentos públicos e privados, ao desemprego que afeta 13 milhões de pessoas, segundo estimativa do IBGE, e a consequente queda no consumo da população – em contraponto ao período de 2009, por exemplo, quando o Brasil vivia os impactos da crise global. 

"É evidente que o Brasil precisa de ter uma outra dinâmica econômica para recuperar o dinamismo em temos de crescimento. E, principalmente, se quer que esse dinamismo se transforme em renda e emprego para os trabalhadores", afirma o diretor-técnico, acrescentando que, para recuperar os postos de trabalho fechados, é preciso um crescimento do PIB na ordem de 4% a 5% ao ano. 

 

Fonte: Rede Brasil Atual

As tradicionais manifestações do Grito dos Excluídos, acontecem nesta sexta-feira (7 de setembro), em todo país. O conjunto de ações, articulado pelos movimentos sociais, é realizado desde 1995 com o mote “A vida em primeiro lugar”. Neste ano, os atos cobram igualdade social com um tema específico: “Desigualdade gera violência. Basta de privilégio”.

A versão mais antiga do Grito dos Excluídos é realizada na cidade de Aparecida, no estado de São Paulo, em conjunto com a Romaria dos trabalhadores e trabalhadoras.
Na cidade de São Paulo estão confirmados dois atos com concentração a partir das 9h. Um deles acontece na Praça da Sé, região central da cidade, e o outro começa na Praça Oswaldo Cruz e termina no Parque Ibirapuera. Manifestações estão previstas em diversas regiões do país e no estado de São Paulo serão realizados atos em Guarulhos, Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, Jundiaí e Aparecida.

Fonte: Contraf-CUT

O incêndio de grandes proporções que neste domingo (2) destruiu a quase totalidade do acervo do Museu Nacional e comprometeu toda a sua estrutura é fruto da falta de recursos, agravada durante o governo Temer, com a medida que ficou conhecida como "teto de gastos". É esse contexto de "restrição orçamentária" que, segundo o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, colaborou para a ocorrência da tragédia.

"Num contexto como esse, todas as unidades (da universidade) são afetadas. Para o país, é uma perda imensa. Aqui temos a nossa memória. Grande parte do processo de constituição da história moderna do Brasil passa pelo Museu Nacional. Este incêndio sangra o coração do país." O museu é vinculado à UFRJ.

Leher também atribuiu as dificuldades no combate a falta de "infraestrutura" para enfrentar uma emergência desse porte. "Reconhecemos o trabalho valoroso do Corpo de Bombeiros, mas a forma de combate ao incêndio não foi da mesma proporção e escala do incêndio. Percebemos claramente que faltou uma logística e uma capacidade de infraestrutura."

Sem água nos hidrantes, o incêndio avançava enquanto os bombeiros aguardavam a chegada de carros-pipa enviados pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio (Cedae). Bombeiros, professores e técnicos do museu dizem que ainda conseguiram salvar algumas peças do acervo, composto por mais de milhões de obras e documentos. Mas, segundo o diretor de Preservação do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, João Carlos Nara, "o dano é irreparável".

“Infelizmente a reserva técnica, que esperávamos que seria preservada, também foi atingida. Teremos de esperar o fim do trabalho dos bombeiros para verificar realmente a dimensão de tudo. “É uma edificação muito antiga que foi concebida em um contexto em que não existia o uso de energia, muito menos o uso intensivo de energia como são as edificações acadêmicas, que têm laboratórios, área administrativa, informática", afirmou Nara.

Ele também afirmou que as instalações do museu contavam com uma brigada de incêndio que realizava "trabalho sistemático" junto ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil, e que os extintores estavam "em ordem".

Para a ex-secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura Ivana Bentes, não é possível atribuir à tragédia a um suposto "descaso" da UFRJ. "Não existe política pública para manter e conservar nosso patrimônio. É o mesmo descaso com o patrimônio, a pesquisa, a ciência e tudo que é público. O Museu sobrevive com o mínimo de recursos do Estado."

Ela lembra que até mesmo o público chegou a contribuir com "vaquinha" para ajudar na manutenção do museu, e disse que tragédias dessa dimensão podem ocorrer em outras instituições que vivem na mesma situação. "São incêndios e tragédias que não são ainda mais frequentes nem sabemos porquê. Na adversidade vivemos e as universidades fazem muito e muitíssimo com muito pouco."

Segundo a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC-RJ), desde 2014, o "Governo Federal não faz os repasses apropriados para a manutenção do Museu". O órgão também declarou que o incêndio "é um símbolo do descaso do governo atual com a nossa cultura, ciência e patrimônio."

Fonte: Rede Brasil Atual

Depois de um histórico de queda entre 2010 e 2016, as taxas de mortalidade infantil  e materna voltaram a crescer no Brasil. O alerta é da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Ao analisar dados registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, a entidade constatou que o número total de óbitos infantis no Brasil diminuiu entre os anos de 2015 e 2016. Entre aqueles com causas definidas, a diarreia, que vinha progressivamente caindo entre 2010 e 2015, aumentou em 2016 em todas as regiões, com exceção da região Sul.

A Abrasco chama atenção também para o fato de que, que nesse mesmo período – entre 2015 e 2017 – houve piora também nos dados sobre mortalidade por agressões em adolescentes e adultos jovens.

E a mortalidade materna, que teve redução de 43% entre 1990 e 2015, aumentou em 2017. Passou de 62 mortes por 100.000 nascidos vivos para 64 por 100.000 – um aumento que foi maior no Norte e Nordeste, segundo o Ministério da Saúde.

A mortalidade materna é considerada alta no Brasil, que tem dificuldades na redução. Tanto que este é o único dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, estabelecido pela ONU, que o país não conseguiu atingir em 2015. O compromisso era reduzir 6% de 1990 a 2015, mas só conseguiu 43%.

A mortalidade materna está sofrendo os mesmos efeitos dos fatores associados ao aumento da mortalidade infantil com a crise econômica, o ajuste fiscal e os cortes de investimentos em saúde. Para a Abrasco, o Brasil está assistindo a estes aumentos nas taxas que deveriam estar sendo reduzidas. E a queda nas coberturas de imunização traz o risco do surgimento de epidemias de doenças já controladas no passado.

Confira a íntegra do especial Abrasco clicando aqui.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Reposição total da inflação e aumento real garantidos, assim como todos os direitos previstos pela Convenção Coletiva de Trabalho para os próximos dois anos. Os sindicatos representantes de bancários de instituições públicas e privadas assinaram nesta sexta-feira (31), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a Convenção Coletivo de Trabalho (CCT) 2018/2020 e os acordos aditivos do Banco do Brasil e da Caixa Federal, válidos pelo mesmo período.

Clique aqui e veja a galeria de fotos da assinatura.

Na cerimônia, realizada em São Paulo, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, destacou a importância da unidade entre os bancários de todo o Brasil na Campanha Nacional Unificada 2018 e destacou a manutenção de todos direitos e o fortalecimento da organização dos bancários como outro grande resultado.

“Quero parabenizar os dirigentes sindicais do Comando. Esse processo foi construído com todos eles desde as assembleias, conferências estaduais, regionais, a nacional, com muita maturidade e sabedoria, todos buscando representar o que era vontade dos bancários. E isso foi feito. A ‘reforma trabalhista’ tornou a conjuntura mais difícil e impactou nossa negociação, mas não o nosso patrimônio construído por tantos anos, a nossa CCT, da qual temos tanto orgulho e zelo.”

Juvandia ainda lembrou que “mantivemos nossa unidade, que também é um patrimônio construído. Construímos um acordo com aumento real que era o que os bancários queriam. Por isso aprovaram em assembleias lotadas por todo o Brasil. Renovar mais um acordo com todos os direitos e aumento real por dois anos ajuda as demais categorias porque vira referência.”

Ela enalteceu também a importância dos sindicatos. “Sempre discutimos que os trabalhadores deveriam definir a forma de financiamento de seus sindicatos e alcançamos isso. Ter sindicatos fortes, em negociação nacional como é a nossa, é importantíssimo. Por isso os bancários comemoram a assinatura desse acordo.”

“Nosso acordo geral com a Fenaban e os específicos do BB e da Caixa são exemplos de resistência contra a reforma trabalhista, aprovada após o golpe. Conseguimos manter todos os direitos previstos na nossa Convenção Coletiva, que os bancos propuseram retirar ao longo das mesas de negociação. E temos esses direitos garantidos por dois anos, o que é fundamental diante do cenário de incertezas no país. Além disso, garantimos a validade da CCT para mais de 90 mil bancários que seriam considerados hipersuficientes”, destaca a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando, Ivone Silva.

Ana Stela Alves de Lima, da Federação São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS), concordou. “Num mundo e em um país onde relações de trabalho são tão desiguais, é motivo de orgulho. Chegar até aqui, com muitas diferenças superadas, em defesa dos direitos dos bancários.”

Hermelino Neto, presidente da Feeb BA/SE, registrou que a construção dessa campanha, desde as assembleias e conferências em março, tinha como meta nossa unidade. “A grande vitória foi manter a unidade dos bancários de bancos públicos e privados . Queremos sindicatos fortes que representem bem todos os trabalhadores.  Diante da decisão do STF [a favor da terceirização], esperamos que não respingue em nossa categoria.”

Quando o trabalhador ganha, a economia se fortalece

Os ganhos dos bancários na Campanha 2018 – dos quase 500 mil trabalhadores de bancos públicos e privados em todo o Brasil – terão forte impacto na economia do país. Somente o reajuste de 5% nos salários da categoria representa acréscimo anual de cerca de R$ 2,5 bilhões na economia. O mesmo vale para os vales alimentação e refeição: um impacto adicional de R$ 384 milhões em um ano.

Em âmbito nacional a PLR conquistada injetará por volta de R$ 7,036 bilhões no mercado, nos próximos 12 meses. Já com a antecipação do pagamento, em 20 de setembro, o será de cerca de R$ 3,190 bilhões.

“Somados os reajustes nos salários, vales e a PLR total levarão para a economia nacional cerca de R$ 9,922 bilhões. São quase R$ 10 milhões que saem dos cofres dos bancos para os bolsos dos trabalhadores e vão aquecer o consumo e ajudar a economia girar”, avaliou Juvandia. “Essa é mais uma mostra da importância dos trabalhadores terem salários melhores e mais direitos para a economia nacional: empregos e salários produzem um mercado interno forte, robusto, capaz de enfrentar as incertezas da crise. Esse é o país que queremos e vamos continuar lutando para construir, com mais empregos, inclusão e justiça social, igualdade de oportunidades para todos.”

Acordos específicos dos bancos públicos

Na sequência da assinatura com a Fenaban, os bancários também assinaram os acordos específicos dos bancos públicos. “Parabéns às comissões de empresa por esse acordo. Os bancários de bancos públicos serão os únicos funcionários públicos a terem aumento real”, comemorou Juvandia.

Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil, disse que o importante é que o acordo manteve todas as cláusulas e não tirou direitos dos bancários. “Mostramos nossa disposição de discutir assuntos polêmicos, mas sempre com foco em manter e ampliar direitos dos bancários. Criamos paradigma de negociação.”

Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, ressaltou que a história de luta e conquista dos empregados prevaleceu na defesa da Caixa 100% pública. “Na manutenção do Saúde Caixa e da PLR Social, no fim do descomissionamentos de gestante e a manutenção do direitos, a luta continuará por melhores condições de trabalho e contra a privatização.”

Fonte: Contraf-CUT