Maio 19, 2025
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A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) apresentou os números financeiros e esclarecimentos sobre o processo de intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na Cassi para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e as demais entidades de representação dos funcionários do banco. A apresentação ocorreu na quarta-feira (24), na sede da Cassi, em Brasília.

Na segunda-feira (22), foi publicado no Diário Oficial da União a decisão de instauração do Regime de Direção Fiscal na Cassi, que é a primeira etapa do processo da intervenção. Com a medida, é nomeado um terceiro para tratar da questão do desiquilíbrio financeiro na entidade.

Para a Contraf-CUT e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), a melhor solução é o entendimento entre o banco e os associados.

Dados apresentados

Na reunião desta quarta-feira (24), foram apresentados os dados mais atualizados dos balancetes financeiros, as curvas de evolução de diversos indicadores, entre eles o índice de solvência e de patrimônio líquido.

A diretoria da Cassi informou ainda sobre as medidas tomadas que, segundo eles, melhoraram o índice de eficiência, mas que ainda se mostram insuficientes para reverter o patrimônio líquido negativo ou uma melhoria significativa do índice de solvência.

Entre as medidas apresentadas estão a melhoria em despesas administrativas e assistenciais, bem como o aumento da coparticipação e o congelamento de salários dos funcionários da Cassi.

Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e representante da Contraf-CUT nas negociações com o BB e a Cassi, ressaltou que a Contraf-CUT é contra o aumento da coparticipação. “É uma medida que pune quem mais precisa e não resolve o problema financeiro da Cassi”, disse.

Para Nascimento, a melhoria dos números da Cassi é positiva, mas insuficiente para garantir a perenidade do plano. “Vamos continuar defendendo a Cassi para os funcionários e aposentados do Banco do Brasil, mas é preocupante, porque uma nova proposta, se negociada, terá que atender o que a ANS espera para a garantia do plano”, disse.

A diretoria da Cassi também prestou esclarecimentos sobre a Direção Fiscal e o escopo do trabalho da ANS dentro da Cassi até o momento.

A diretora fiscal nomeada fará análise dos dados contábeis da Cassi e analisará a eficiência das medidas de saneamento apresentadas pela diretoria da Cassi, emitindo relatórios que serão analisados pelo colegiado da ANS.

O salário da diretoria fiscal é pago pela Cassi.

Reabertura das negociações com o BB

A Contraf-CUT cobrou mais intensidade da diretoria da Cassi na cobrança ao Banco do Brasil para a reabertura do processo de negociação, pedido apoiado pelas demais entidades.

Wagner também pediu esclarecimentos sobre matéria veiculada no jornal O Estado de S.Paulo sobre possível venda da carteira da Cassi e lembrou que a entidade tem gestão paritária e seu estatuto prevê consultas ao corpo social para temas desta relevância.

A Cassi, no entanto, informou que, não havendo medida que garanta a sustentabilidade e a ANS entenda que a alienação da carteira ou a liquidação seja a medida administrativa a ser adotada, a mesma não passará por consulta aos associados.

Para Wagner, é estranha a movimentação e interesse da imprensa e do mercado financeiro na intervenção da ANS.

“Precisamos conscientizar os associados de que a falta de proposta agrava a situação e a perda da Cassi por venda da carteira ou liquidação deixa de ser algo remoto. Por isso, continuaremos cobrando a reabertura das negociações com o Banco do Brasil”.

Fonte: Contraf-CUT

O Brasil possui mais da metade de sua população (55%) formada por negros e pardos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com a diversidade de raças e etnias presentes no país, a intolerância, o racismo, a xenofobia e a discriminação ainda predominam na sociedade. 

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) mostram que os negros ainda são inferiorizados. Em 2017, foi registrada uma forte desigualdade na renda média do trabalho: R$ 1.570 para negros, R$ 1.606 para pardos e R$ 2.814 para brancos.

Já no 3º trimestre de 2018, a pesquisa mostrou número de desemprego mais alto entre pardos (13,8%) e pretos (14,6%) do que brancos (11,9%). 

No setor bancário os números também são preocupantes. De acordo com o relatório dos cinco maiores bancos do país, apenas cerca de 20% dos trabalhadores são negros e não participam de cargos de diretoria, exercendo apenas funções de produção. 

De acordo com o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, a população negra ainda enfrenta o racismo e o machismo no mercado de trabalho. “As mulheres e homens negros estão, em sua maioria, nos serviços de limpeza, segurança, serviço de copa, construção civil. Mulheres negras, em especial, estão em ocupações com menor proteção social, sem carteira assinada. Elas têm mais dificuldade de ocupar postos formais, mais qualificados e que paguem melhor. No entanto, a inclusão delas no mercado de trabalho ainda é um desafio. Reflexo do passado escravocrata e do racismo estrutural”, afirmou. 

O deputado federal, Vicente Paulo da Silva, também conhecido como Vicentinho, afirmou que os bancos deviam ser exemplos de igualdade de oportunidades.  “Os bancos têm que colocar os trabalhadores em condição de igualdade. Não se deve medir a sua competência e desenvoltura devido a sua cor da pele ou sexo. 

Essa situação é realmente muito difícil e requer dos sindicatos e movimentos sociais muita luta e enfrentamento contra os empresários para que se assegure a igualdade”, afirmou. 

Para combater a discriminação racial no Brasil e, especificamente, nos locais de trabalho é preciso ir além das comissões que são instauradas entre sindicatos e empresas. “Precisamos ocupar o espaço público. No governo Lula e Dilma tivemos políticas de igualdade racial, cotas, lei maria da penha, sistemas como o Estatuto da Igualdade Racial. É necessário que todos nós nos envolvamos nessa luta e garantir o Estado Democrático de Direito, que é fundamental, e estabelecer o que diz a Constituição: garantir direitos de igualdade para todos. Essa luta começa no local de trabalho”, disse Vicentinho.

Negros e Pardos são maioria das mortes registradas no ano

Dados do Mapa da Violência de 2018, estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que o racismo mata cada vez mais pessoas no Brasil. Em 2017, 75,5% das vítimas de homicídios foram de indivíduos negros. A piora da desigualdade de letalidade racial no Brasil é constante. Em dez anos (2007 a 2017) a taxa de mortes de negros cresceu 33,1% comparada a de não negros de 3,3%. 

Para Almir Aguiar, o fim das “Políticas Afirmativas” enterram as possibilidades de ações de equidade na sociedade. “O pacote anticrime do Ministro Sérgio Moro tem este espírito, que ganha coro na classe média, assustada com a violência, o da solução reducionista do “bandido bom, é bandido morto”, disse.

Campanha de Valorização da Diversidade

Com o objetivo de analisar as políticas de inclusão dos bancos e promover a igualdade de oportunidades no setor bancário. Acontece entre agosto a outubro o 3º Censo da Diversidade. 
Neste ano, o censo vai além da coleta de dados. Também será realizada a Campanha de Valorização da Diversidade. A proposta é fruto das mesas de negociações com a Fenaban, que visa sensibilizar a categoria e formar agentes da diversidade nas agências e departamentos bancários.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Banco Bradesco lucrou R$ 12,7 bilhões no 1º semestre de 2019, um crescimento de 23,7%, em relação ao mesmo período de 2018 e de 3,6% comparado ao trimestre anterior. O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 20,6%, com aumento de 2,1 p.p. em doze meses. Segundo o Banco, esse aumento deve-se a maior margem financeira com clientes, as maiores receitas de prestação de serviços e ao resultado das operações de seguros, previdência e capitalização”.

De acordo com os destaques do Dieese, a holding encerrou o 1º semestre de 2019 com 99.198 empregados, com aumento de 1.515 postos de trabalho em doze meses. No período, foram fechadas 119 agências e 13 postos de atendimento (PA).

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 5,5% em doze meses, totalizando R$ 13,1 bilhões. As despesas de pessoal também cresceram no período (10,2%) atingindo R$ 10,3 bilhões. Segundo o banco, o crescimento da despesa de pessoal “está relacionado aos efeitos do acordo coletivo de 2018/2019 (reajuste de 5%), à evolução do quadro de funcionários, alocados, principalmente, nas áreas de negócios, a concessão de um programa de remuneração variável nas redes de agência e a alta da provisão para processos trabalhistas”.

Assim, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco, no período, foi de 126,8%. A Carteira de Crédito do banco apresentou crescimento de 8,7% em doze meses e 2,2% no trimestre, atingindo R$ 560,5 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 14,8% em relação a junho de 2018, chegando a R$ 209,9 bilhões. Os destaques para PF foram o crédito Pessoal (+29,2%), o crédito consignado (+23,0%), CDC/LEASING veículos (+17,4%) e o financiamento imobiliário (+15,9%). Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 350,7 bilhões, com crescimento de 5,4% em doze meses.  O segmento de grandes empresas cresceu 4,9%, enquanto a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas cresceu 6,5%.  O Índice de Inadimplência superior a 90 dias reduziu-se em 0,7 p.p em doze meses, ficando em 3,2%. Apesar dessa queda, as despesas com devedores duvidosos (PDD) cresceram 18,3%, totalizando R$ 10,6 no 1º semestre.

Fonte: Contraf-CUT

Um argumento recorrente dos defensores da “reforma” da Previdência, cuja votação será retomada em agosto, é de que as mudanças são necessárias para a retomada da economia. Era o que se dizia também durante a tramitação da “reforma” trabalhista, que não trouxe de volta os milhões de empregos que chegaram a ser previstos. Os dois casos se relacionam: um dos fatores do chamado “déficit” previdenciário está justamente no fato de que haver menos pessoas contribuindo para o sistema – por terem deixado o mercado de trabalho. A conta não fecha.

Conforme o Anuário Estatístico da Previdência Social, o total de pessoas físicas contribuintes para o Regime Geral (RGPS) cai há três anos – os dados vão até 2017. Nesse período, são menos 6,2 milhões de contribuições. O número era de 71,3 milhões em 2014. Caiu para 69,6 milhões no ano seguinte, foi a 66,6 milhões em 2016 e atingiu 65,1 milhões em 2017. Os dados mostram que, considerando o tipo de contribuinte, a maior retração foi registrada justamente entre empregados com carteira assinada: queda de 11,3% em três anos.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, em dezembro de 2015, do total de ocupados no país, quase dois terços (65,7%) contribuíram para instituto de previdência. Em igual período do ano passado, eram 63,2%. O último dado disponível, de maio, aponta 63,1%.

Informalidade

Em médias anuais, a participação de não contribuintes no total subiu de 35,4%, em 2014, para 36,6% no ano passado. Isso correspondente a aproximadamente 1 milhão a mais de pessoas sem contribuir para a Previdência. O IBGE também apurou recorde na informalidade em 2018, com o menor número número de empregados com carteira da série histórica (pouco menos de 33 milhões) e recorde de trabalhadores sem carteira (11,2 milhões) e por conta própria (23,3 milhões). Números que ajudam a explicar o déficit e mostrar que qualquer sistema previdenciário necessita de um mercado de trabalho aquecido.

O que está longe de acontecer no Brasil. Nota técnica divulgada pela Fundação Anfip de Estudos Tributários e da Seguridade Social (Faets) e da própria Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), coordenada pela professora Denise Gentil, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mostra que o desemprego e a informalidade, entre outros fatores, deixam o trabalhador longe de uma contribuição regular à Previdência. No caso do trabalhador do setor urbano, a média é de 5,1 parcelas por ano, caindo para 4,7 com as mulheres. O ano-base é 2016. Assim, um trabalhador não consegue sequer contribuir regularmente, aumentando o tempo necessário para se aposentar.

No estudo, os técnicos constatam que as regras da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, de “reforma” da Previdência, na prática inviabilizam a aposentadoria. “É inescapável concluir que o aumento do tempo de contribuição para 20 anos, exigido pela PEC 6/2019, é impraticável diante da realidade de reconhecida precariedade do mercado de trabalho do Brasil noque diz respeito à informalidade, alta rotatividade e baixos salários.”

Fonte: Rede Brasil Atual

A prisão de quatro supostos hackers que teriam invadido celulares do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, entre outras personalidades políticas, não muda o fato de que a conduta do ex-juiz e do coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dalagnol, precisam ser investigadas. Também não torna ilegal a divulgação do conteúdo por qualquer veículo de comunicação. A avaliação é do defensor público Mateus Oliveira Moro – que, apesar do sobrenome, não tem nenhum parentesco com o ex-juiz – , em entrevista à Rádio Brasil Atual. “Independentemente se fosse ceder para algum veículo, rádio ou site, a Constituição fala em sigilo da fonte. Tudo que está sendo desvendado tem que ser colocado as claras porque é a democracia que está em xeque”, disse Mateus.

Pouco depois da prisão, na tarde da terça-feira (23), foram vazados depoimentos e documentos dos presos com supostas revelações de intenção de repassar as mensagens obtidas ao PT e ao site The Intercept Brasil, que vem revelando as mensagens desde o início de junho. O ministro da Justiça usou as redes sociais para comemorar as prisões e insinuar que os quatro detidos – Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira, Walter Delgatti Neto e Danilo Cristiano Marques – seriam as fontes do site.

“O caso é tão grave que eu não consigo confiar em nada que o ministro fale. A gente vive a era da pós verdade, uma guerra de discursos em que a Constituição é rasgada. Quando o Moro vazou ilegalmente uma conversa entre a então presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele disse ter feito isso a bem do interesse público. Pau que bate em Chico não bate no Sergio? É muita contradição”, disse Mateus.

O defensor público destacou que o crime pelo qual os quatro são acusados sequer é considerado um crime grave no direito penal brasileiro. E que a prisão pode nem se justificar. “É um crime que a gente chama de pequeno potencial ofensivo, com pena de três meses a um ano. Para esse tipo de conduta você pode ter transição penal, uma suspensão condicional do processo ou mesmo a condenação em regime aberto”, explicou.

Para Mateus, mais importante que a invasão dos celulares é a apuração da conduta de Moro e dos procuradores, que utilizaram o judiciário para interferir na democracia brasileira. “Ele (Moro) não devia estar lá. Nitidamente ele, como juiz, atuou como político. Prendeu de forma ilegal, e vários vazamentos estão demonstrando isso, o ex-presidente, que liderava as pesquisas. E o segundo colocado, que é o atual presidente, ganhou a eleição. Podemos dizer que ele contribuiu para eleição do chefe dele. O próprio parceiro dele, Dallagnol, admitiu isso. E os outros procuradores também. E eles nunca negaram o conteúdo”, afirmou.

Fonte: Rede Brasil Atual

O mercado formal de trabalho teve saldo de 48.436 vagas em junho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Economia. Houve crescimento de 0,13% no estoque de empregos com carteira, agora de 38,819 milhões. Melhor resultado para o mês desde 2014, o saldo deste ano fica abaixo de todo o período 2002-2013.

O rendimento de quem entra no mercado continua inferior ao daqueles que saem. E as modalidades surgidas com a Lei 13.467, de “reforma” trabalhista, fecham mais vagas do que abrem.

No primeiro semestre, o Caged registrou abertura de 408.500 vagas, melhor saldo para o período desde 2015. Com exceção de 2009, é inferior ao período 2002-2014. Durante oito anos, o saldo da primeira metade do ano ficou acima de 1 milhão. Em 2010, por exemplo, superou 1,6 milhão de empregos com carteira.

Em 12 meses, são 524.931 novas vagas com carteira, resultado da diferença entre contratações e demissões.

O resultado de junho foi determinado, principalmente, pelos setores de serviços (23.020 vagas), agropecuária (22.702, com destaque para o cultivo de laranja e de soja) e construção civil (13.136). A indústria de transformação eliminou 10.988 vagas e o comércio, 3.007.

De janeiro a junho, a maior parte dos empregos também é do setor de serviços, com saldo de 272.784 vagas (1,58% de crescimento). Proporcionalmente, a maior alta é da agropecuária (4,84%), que abriu 75.380 postos de trabalho no semestre. A construção criou 57.644 (2,92%) e a indústria, 69.286 (0,97%). Houve ainda saldo de 15.567 vagas na administração pública (1,84%) e fechamento de 88.772 (-0,98%) no comércio. O setor extrativo abriu 3.181 (1,63%).

Efeito “reforma”

Nas modalidades de trabalho criadas pela “reforma” trabalhista, mais precárias e de menor proteção social, o intermitente teve saldo de 10.177 em junho e o parcial, de 1.427. Já os “desligamentos por acordo” somaram 17.951. Assim, a nova lei fecha mais empregos do que cria.

Com 15.520 admissões e 5.343 desligamentos, o trabalho intermitente atingiu 2.691 estabelecimentos e 1.999 empresas. E 417 trabalhadores fecharam mais de um contrato nesse período.

O salário médio de quem entrou no mercado formal em junho foi de R$ 1.606,62. Quem saiu ganhava, em média, R$ 1.766,67. Diferença de 9%, para menos.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Brasil caiu duas posições no Índice Global de Inovação (IGI), para o 66º posto, entre 129 países. Foi o que revelou nesta quarta-feira (24) a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), ao apresentar o relatório de 2019 sobre o índice. Segundo o levantamento, a maior economia da América Latina e Caribe tem como áreas mais competitivas o investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), a presença de empresas globais, publicações científicas e universidades de qualidade. O país também é o único da região com centros de tecnologia e ciência entre os 100 melhores do mundo.

A perda de duas posições no ranking não causa surpresa. Com o agravamento da recessão econômica, o ano de 2015 marcou o fim de um ciclo de crescimento dos investimentos em P&D no país, que vinha desde 2012, e elevou esses investimentos de 1,13% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,34% em 2015, para depois cair a 1,27%. Isso reflete um recuo de investimentos tanto por parte do governo, quanto por parte das empresas. O site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações não mostra números mais atualizados sobre o tema.

De acordo com os novos dados do IGI, a Suíça é o país mais inovador do mundo atualmente, seguido por Suécia, Estados Unidos, Holanda e Reino Unido.

O relatório também mostra que o panorama da ciência, inovação e tecnologia passou por mudanças nas últimas décadas. As economias de renda média, especialmente na Ásia, estão contribuindo cada vez mais para as taxas globais de pesquisa e desenvolvimento e de criação de patentes.

Uma preocupação dos pesquisadores é quanto às despesas públicas para P&D “que particularmente em algumas economias de alta renda, estão crescendo lentamente ou nada”, afirma o relatório. Para os autores da pesquisa, “isso causa preocupações, dado o papel fundamental do setor público no financiamento de pesquisa básica para futuras inovações”.

Fonte: Rede Brasil Atual

Desde 1992, o dia 25 de julho se transformou em um marco internacional de luta e de resistência da mulher negra. A data foi criada no primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, na cidade de Santo Domingos, na República Dominicana. Com o objetivo de dar visibilidade às lutas das mulheres negras contra o racismo, o sexismo e a discriminação de classe, mulheres de todo o Brasil, celebram a data para fortalecer a resistência contra retrocessos e violência de gênero. 

A Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, neste ano terá como tema: “Sem violência. Sem racismo. Sem discriminação. Sem fome. Com dignidade, educação, trabalho, aposentadoria e saúde.”   

Para o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Costa de Aguiar, os temas abordados relacionam com a atual conjuntura política e social que os brasileiros estão vivenciando. “A postura fascista desse governo tem aumentado a crise social. O Brasil voltou a figurar no mapa da fome, cortes de gastos nas universidades, perseguição aos reitores, desemprego chegando ao patamar de 14 milhões de desempregados, 5 milhões de desalentados e mais de 30 milhões de pessoas na informalidade. Esses números assustam”, ressaltou Almir. 

Segundo o secretário, diante dos números alarmantes, é preciso lutar contra todos os retrocessos em nosso país, entre eles está a Reforma da Previdência, que também causará enormes prejuízos aos cidadãos brasileiros. “A aposentadoria deixa de ser um sonho, e a luta será pela sobrevivência, pois sem emprego, saúde, salário digno e a dificuldade para se aposentar, tudo fica ainda mais difícil”, explicou. 

“Na atual conjuntura, é importante resistir para criarmos as condições necessárias para que o atual presidente não se reeleja, e assim, lutar para resgatar as políticas afirmativas e sociais que tiraram mais de 40 milhões de pessoas da extrema pobreza e inserir cada vez mais negros e negras nas universidades e com mais empregos”, disse Almir.

Para ele este dia 25 de julho é uma data marcante. “O povo negro está lutando com mais força contra essa política discriminatória, em especial as mulheres negras, que lutam contra o preconceito, por direitos iguais e contra a violência. Chega de feminicídio, chega de discriminação, por esse motivo, todos e todas devemos lutar por uma sociedade mais justa”, concluiu.

Brasil

No Brasil, quando analisados fatores como, por exemplo, taxa de homicídios, inclusão no mercado de trabalho, disparidade salarial, condições de trabalho e desemprego, as mulheres negras encontram-se em uma das posições mais vulneráveis da nossa sociedade. De acordo com o estudo Atlas da Violência 2018, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a taxa de homicídios de mulheres negras ficou em 5,3 a cada 100 mil habitantes. Entre mulheres não negras, esse índice cai para 3,1 a cada 100 mil habitantes, uma diferença de 71%.

Outros dados do Ipea revelam que mulheres negras estão 50% mais suscetíveis ao desemprego do que outros grupos. Segundo o Instituto, enquanto o desemprego entre mulheres negras subiu 80% em relação ao período anterior à crise econômica, entre homens brancos o aumento foi de 4,6 pontos percentuais – entre homens negros, houve crescimento de 7 pontos percentuais.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 39,8% de mulheres negras compõem o grupo submetido a condições precárias de trabalho – homens negros abrangem 31,6%; mulheres brancas, 26,9%; e homens brancos, 20,6% do total.

Nos bancos 

O fato de ser uma mulher negra também coloca as trabalhadoras do setor bancário em posição de desvantagem frente aos demais trabalhadores e trabalhadoras. Analisando a média salarial, uma bancária negra ganha em média 26% menos do que um bancário branco. 

Mesmo com mais anos de escolaridade, representando praticamente metade da categoria bancária (48,3%) e sendo a maioria no Sudeste (51,9%), as mulheres enfrentam maiores barreiras para ascender na carreira no setor financeiro. 

Novo Censo da Diversidade

Com o objetivo de traçar um perfil da categoria bancária e fazer com que os agentes da diversidade promovam reflexões e debates capazes de transformar o quadro de desigualdade de gênero e racial no setor bancário e na sociedade, está sendo realizado o Censo da Diversidade Bancária, uma conquista dos bancários na Campanha Nacional de 2018. 

A proposta foi apresentada pelos trabalhadores à Fenaban (federação dos bancos) na mesa de igualdade de oportunidades e já começou a ser implementada com a finalidade de embasar políticas de inclusão, de combate à discriminação e de promoção da igualdade de oportunidades no setor bancário.

Lançada no site da Febraban na segunda-feira 15, e disponível também no site da Contraf, a campanha se prolongará até outubro, quando também se encerrará a fase de questionário do Censo, que iniciará no final de agosto. Os dados serão tabulados e analisados entre novembro e janeiro, e os resultados serão divulgados em fevereiro de 2020. O censo deste ano vai além da coleta de dados: também será realizada uma campanha de sensibilização da categoria para o tema, que inclui a formação de agentes da diversidade nas agências e departamentos.

Fonte: Contraf-CUT

A previsão de crescimento da economia brasileira foi cortada a menos da metade pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Em relatório divulgado nesta terça-feira (23), o fundo rebaixou, pela terceira vez consecutiva, a estimativa sobre a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. Em janeiro, o FMI previa um crescimento de 2,5%, que caiu para 2,1% em abril, e agora foi a 0,8%.

“Uma queda bastante acentuada”, avalia o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, na Rádio Brasil Atual. Em nível global, o cenário econômico também não é positivo: a previsão de crescimento também foi rebaixa pelo fundo, mas em um patamar bem menor que o Brasil – de 3,3% para 3,2%. As projeções mais pessimistas sobre a economia brasileira se alinham às estimativas feitas por outras instituições como o Banco Central, que, em seu relatório semanal Focus, prevê a expansão de 0,82% para o PIB.

“Isso ocorre porque nós temos um travamento estrutural para o nosso crescimento, desemprego extremamente elevado, uma queda nos salários e na massa salarial, uma diminuição no poder de consumo das famílias. Há uma queda nos investimentos tanto públicos como privados, como uma diminuição nos cortes dos gastos do governo”, aponta Clemente à jornalista Marilu Cabañas.

O FMI diz, no entanto, que a expectativa se enfraqueceu diante das incertezas que pairam sobre a aprovação da “reforma” da Previdência e de outras “reformas” estruturais. “Acentuar todas essas causas em cima dessa dimensão é na verdade nos enganar”, rebate o diretor-técnico do Dieese.

De acordo com Clemente, “é evidente que a confiança é elemento fundamental”, mas o que garante uma economia pujante para recepcionar os investimentos é a capacidade de consumo. Nesse sentido, o analista diz que as medidas do governo Bolsonaro como contingenciamento de orçamentos públicos, para fazer frente à receita do país, “não são adequadas”.”O essencial é efetivamente em termos de emprego, salário, consumo, capacidade de investimento e capacidade de consumo do governo, dimensões todas essas que nós não estamos vendo operar e funcionar de forma adequada para o país sair dessa crise econômica”, afirma Clemente. Para a economia de 2020, já há também um recuo anunciado: a expectativa de crescimento passou de 2,5% para 2,4%.

Fonte: Rede Brasil Atual

O movimento sindical foi pego de surpresas com dezenas de demissões que estão ocorrendo no Itaú por todo o Brasil. Depois da regulamentação do Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade, também conhecida como operação pente-fino nos benefícios pagos pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), diversos trabalhadores afastados tiveram que voltar ao seu local de trabalho.

Depois de passar o prazo de estabilidade, o banco tem demitido esses trabalhadores. “Nós fomos pegos de surpresa. Queremos saber qual o motivo da demissão unilateral em massa. Alguns trabalhadores acreditavam que iriam voltar ao trabalho. Outros nem tem essa condição´. Todos estão sendo demitidos, sem nenhum critério negociado com o movimento sindical”, disse Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização Empresa (COE) do Itaú.

Uma bancária demitida, que não quis se identificar, declarou. “Pensei que fosse voltar ao trabalho, mas, quando cheguei lá, era para assinar minha demissão, não assinei. Acreditei que seria realocada.”

Fonte: Contraf-CUT