Maio 19, 2025
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O Banco do Brasil anunciou mais um Plano de Adequação de Quadros (PAQ) que afetará funções, agências e departamentos. Também está sendo preparado um novo plano de desligamento incentivado. Os funcionários, porém, têm poucas informações sobre o processo.

Diante da falta de informações, bancários de todo o Brasil realizam na sexta-feira (9) um Dia Nacional de Luta em Defesa do Banco do Brasil.

Rede de agências mais impactadas

Em reunião realizada no dia 29 de julho, o banco informou que 710 agências serão impactadas em todo o país. Dessas, 634 diminuirão de nível (o banco classifica as agências em quatro níveis: A, B, C e D). Ou seja, perderão funcionários e o gerente terá redução de salário. As 76 restantes aumentarão de nível.

Isso significa que a quantidade das agências que aumentarão de nível não suprirá a de unidades que tiverem redução de nível e, consequente, diminuição do número de funcionários e de salário dos gerentes.

Revisão de postos de trabalho

O número de dotações será aumentado em 1.505 agências e reduzido em 1.765 unidades. Novamente a conta não vai fechar.

Sem detalhar, o banco informou que a Plataforma de Suporte Operacional (PSO) sofrerá redimensionamento, o que já está afetando a rede de caixas. O movimento sindical cobra esclarecimentos.

As Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex) também passarão por alterações, com a criação de unidades de negócios especializados, escritórios de comércio exterior digital e redimensionamento. Ou seja, a rede abrirá vagas de assistentes, mas perderá uma série de funcionários, principalmente escriturários.

O banco disponibilizou o número 0800-7295-299 para que os funcionários tirem suas dúvidas a respeito do PAQ.

Esse novo PAQ irá reclassificar agências, retirar funções e colocar uma série de problemas tendo em vista no horizonte a ampliação da digitalização e o desmonte da função social do banco. Cobramos da direção mais transparência sobre os impactos aos funcionários das áreas envolvidas no plano de adequação de quadros e também a abertura de novos concursos a fim de reparar a redução das vagas causada por mais essa reestruturação.

Fonte: SPBancários, com edições da Contraf-CUT

O levantamento com a maior série histórica sobre mercado de trabalho no país, a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), acabou. A Fundação Seade, ligada à Secretaria de Governo paulista, anunciou o fim da PED, que começou a ser divulgada em 1985, em parceria com o Dieese, na região metropolitana de São Paulo. Durante os anos 2000, a pesquisa chegou a ser divulgada em sete regiões – além de São Paulo, em Belo Horizonte, Distrito Federal, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Salvador. “O Sistema PED subsidiou inúmeros estudos e permitiu ampliar o conhecimento sobre o mercado de trabalho das metrópoles brasileiras, em suas diferenças regionais”, diz o Seade. A decisão é anunciada em momento de desemprego e informalidade em alta.

Em comunicado sobre o encerramento da pesquisa, a partir de julho, a fundação aponta diminuição das diferenças entre a PED e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. Essa diferença teria justificado por décadas a realização simultânea dos dois levantamentos, e a comparação entre a PED e atual Pnad “mostra que este não é o mais caso”. No texto, a fundação afirma ainda que “Seade e Dieese permanecem parceiros no esforço de investigar e informar a sociedade sobre a dinâmica do mercado de trabalho em São Paulo”.

A série histórica da Pnad é bem mais recente – começa apenas em 2002. Até então, o IBGE divulgava a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), restrita a seis regiões metropolitanas.  O levantamento de campo da PED começou a ser feito em outubro de 1984. Desde então, sem qualquer interrupção da coleta, análise e divulgação de suas informações, esta pesquisa vem permitindo a seus usuários acompanhar a conjuntura do mercado de trabalho regional. Além disso, a riqueza de seu banco de dados tem possibilitado o desenvolvimento de inúmeros estudos e tabulações especiais que, juntamente com os relatórios de pesquisa que o tomam por base, atendem aos mais variados usuários, sejam das diferentes esferas de governo, das empresas, dos sindicatos ou das universidades”, diz texto de apresentação. Desde 1998, os dados da região do ABC paulista também passaram a ser apresentados separadamente.

Crises

Coincidentemente ou não, a parceria na PED termina na gestão João Doria (PSDB), à frente do governo paulista, ao qual o Seade é vinculado. Doria tem relacionamento ruim com o movimento sindical. Não foi a primeira vez que houve uma crise envolvendo a pesquisa, mas em circunstâncias diferentes: em 2003, o então presidente do Seade, José Eli da Veiga, assumiu criticando a metodologia da PED e o convênio entre as entidades. Seguiu-se uma crise com as centrais sindicais, que pediram audiência com o governador Geraldo Alckmin, também tucano. Ele decidiu pela manutenção da parceria, e Veiga saiu.

O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, disse que há tempos as duas entidades discutiam mudanças no questionário, para atender a novas especificidades do mercado, mas a decisão de interromper a pesquisa foi do Seade. Ele destacou a importância da PED para o acompanhamento do mundo do trabalho e suas transformações. “A Pnad incorporou muitos dos conceitos que a PED desenvolveu. Em certo sentido, ela (PED) resultou em mudanças na estatística oficial”, ressaltou.

Segundo Clemente, não há crise entre as duas instituições. O diretor do Dieese credita o fim da pesquisa a fatores técnicos e financeiros, não políticos. “Não creio que foi o determinante.” Ele acredita que a fundação decidiu realizar uma pesquisa que atenda a outras áreas de governo, com os mesmos recursos. Do ponto de vista financeiro, o Dieese não tem perda – reduz, inclusive, parte dos gastos.

Com o fim da PED (confira aqui os dados referentes a junho), se interrompe a maior série histórica sobre desemprego no país. “Talvez a Fundação Seade consiga manter a série histórica de alguns indicadores”, diz Clemente, para quem o Brasil possui “um volume de estatística bastante razoável”. Ao mesmo tempo, ele observa que o campo estatístico está sob ataque do governo federal. O próprio IBGE e o Inpe (pesquisas espaciais) já foram alvo de Jair Bolsonaro.

Segundo a nota que comunicou o fim da PED, a Fundação Seade lembrou que lançou o produto Informativos sobre Mercado de Trabalho (http://www.seade.gov.br/mercado-trabalho/), com boletins mensais sobre emprego formal baseados em informação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged, do Ministério da Economia), e boletins trimestrais com informações sobre a Pnad Contínua. “O Dieese, por sua vez, deverá dar continuidade à sua experiência de produtor de informações domiciliares, por meio da gradual construção de uma pesquisa multitemática, nucleada pelo aperfeiçoamento da metodologia PED, acrescida de outras investigações pontuais que retratem as condições de trabalho e vida em diversos espaços territoriais.”

Fonte: Rede Brasil Atual

Sindicatos dos bancários de todo o país realizam na sexta-feira (9) um Dia Nacional de luta contra reestruturação no Banco do Brasil, que anunciou no dia 29 de julho mais um Plano de Adequação de Quadros (PAQ), com previsão de extinção de funções, redução de postos de trabalho, fechamento de agências e departamentos. O banco também prepara um novo plano de desligamento incentivado. Os protestos desta sexta fazem do calendário de luta em defesa dos bancos públicos, definido na 21ª Conferência Nacional dos Bancários.

“O Banco do Brasil vem priorizando a proliferação de agências digitais. Isso afetará sua função pública e social. A política de Estado para os bancos públicos deve priorizar a bancarização da população, principalmente a de mais baixa renda, ao invés de copiar o modelo adotado pelos bancos privados”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga. “Isso não quer dizer que o BB não possa ter agências digitais, mas o banco não pode abrir mão de agências físicas arriscando descumprir com a função social que compete a um banco público”, completou.

Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base em dados do Banco Central, aponta que, atualmente, dos 5.590 municípios brasileiros, 3.365 (60,2%) contam com uma ou mais agência bancária. Do total de municípios, 950 (17%) são atendidos somente por bancos públicos. Os dados mostram, ainda que, com o fechamento de agências de bancos públicos, 57% das cidades brasileiras podem ficar sem agências bancárias e, neste caso, suas populações terão que se deslocar para outros municípios para ter acesso aos serviços por elas prestados.

O exemplo mais alarmante é de Rondônia. Dos 15 municípios do estado, apenas seis contam com agências bancárias e em cinco deles existem apenas bancos públicos. Fechadas as agências de bancos públicos, toda a população do estado teria de ir até a capital para utilizar um banco.

“A atual política de Estado é de exclusão. Com isso, o papel do banco público, que deveria contribuir para o desenvolvimento regional igualitário e garantir a oferta de serviços bancários para a população, vem se perdendo”, afirmou o representante dos funcionários do BB.

Revisão de postos de trabalho

Segundo informações do banco, o número de postos de trabalho será aumentado em 1.505 agências, mas reduzido em 1.765 unidades. Sem detalhar as mudanças, o BB informou que a Plataforma de Suporte Operacional (PSO) sofrerá redimensionamento, o que já está afetando a rede de caixas. O movimento sindical cobra esclarecimentos.

As Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex) também passarão por alterações, com a criação de unidades de negócios especializados, escritórios de comércio exterior digital e redimensionamento. Isso fará com que sejam abertas vagas de assistentes, mas a rede perderá uma série de funcionários, principalmente escriturários.

Plano de Desligamento Voluntário

Além do fechamento de agências e movimentação de pessoal, o banco prepara um novo Plano de Desligamento Voluntário (PDV), com adesão voluntária e de caráter pessoal. “Ainda não obtivemos informações oficiais sobre o PDV, mas já apuramos que o plano só será validado nas agências que tiverem ‘quadro em excesso’”, informou Fukunaga. “Vamos ficar atentos e cobrar transparência, uma vez que está confuso como será definido quando há ou não ‘quadro em excesso’ nas agências”, completou o dirigente.

Material de apoio

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) disponibilizou em seu site uma edição especial do boletim O Espelho, material específico voltado aos funcionários do Banco do Brasil. Na área restrita, os filiados à Contraf-CUT têm acesso ao arquivo aberto do boletim. O material em PDF também foi enviado pela secretaria Geral a todos os sindicatos e federações que fazem parte do Comando Nacional dos Bancários.

No site da Contraf-CUT, também foram disponibilizados textos sobre o assunto e a arte de um adesivo que pode ser utilizado no Dia Nacional de Luta de sexta-feira e nas demais atividades em defesa do Banco do Brasil.

Fonte: Contraf-CUT / Paulo Flores

A Lei 11.340, também conhecida como Lei Maria da Penha, foi promulgada há 13 anos com o objetivo de combater os crimes de violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral contra as mulheres. Mas, mesmo com o aumento do rigor das punições sobre os crimes domésticos, os índices de feminicídio permanecem altíssimos no Brasil.

De acordo com o Atlas da Violência 2019, ocorreram 13 homicídios de mulheres por dia no ao de 2017. Ao todo, 4.936 mulheres foram mortas, o maior número registrado desde 2007.

O estudo mostra ainda que, em 2017, mais de 221 mil mulheres procuraram delegacias de polícia para registrar episódios de agressão (lesão corporal dolosa) em decorrência de violência doméstica, número que, de acordo com a pesquisa, pode estar muito subestimado pelo fato de que muitas vítimas têm medo ou vergonha de denunciar as agressões.

Para a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis, as dificuldades de implementação de políticas públicas voltadas para as mulheres são alguns dos fatores que contribuem para a violência doméstica. “Podemos observar um aumento nos números de violência a cada ano e a diminuição de políticas públicas para o combate desses crimes. De acordo com o canal 180, os números de tentativas de feminicidio superaram o semestre passado. A lei foi um enorme avanço para a nossa luta, porém precisamos que ela seja, de fato, aplicada e que o governo invista em projetos de conscientização e de combate ao feminicídio”, afirmou.

Além da falta de investimento, a possibilidade de que cada vez mais cidadãos tenham uma arma de fogo dentro de casa, como propõe o governo Bolsonaro, tende a vulnerabilizar ainda mais a vida de mulheres em situação de violência. “As propostas do governo, como a que propõe a liberação de armas, atacam as mulheres e favorecem a instalação do clima de ódio e violência no país”, disse.

Nesta quarta-feira (7), mulheres se mobilizam com atos contra a violência em todo o país

Campanha de Valorização da Diversidade

A Campanha de Valorização da Diversidade é uma conquista da categoria bancária obtida nas mesas de negociação com a Fenaban e tem o objetivo combater a política discriminatória nos locais de trabalho e na sociedade. Além de conscientizar a população contra a violência, também promove atitudes inclusivas e oportunidades igualitárias.

A Campanha acontece ao mesmo tempo em que é aplicado o 3º Censo da Diversidade.

Fonte: Contraf-CUT

O movimento sindical garantiu alguns avanços na reunião do Comitê de Relações Trabalhista com o banco Santander, realizada na quinta-feira 1º de agosto. Na pauta havia pontos como a data do último dia trabalhado (DUT ) direcionada; a certificação para trabalhadores afastados; a retirada de portas giratórias das agências; a remoção de vigilantes de pontos de atendimento bancário (PABs ); o reajuste do quilômetro rodado; a definição de teto de coparticipação no plano de saúde dos funcionários; que o plano de saúde seja administrado pela Cabesp; e problemas enfrentados pelos trabalhadores para o retorno ao trabalho após afastamento pelo INSS.

Prazo insuficiente para tirar certificações

O Santander tem estabelecido prazo para que os trabalhadores tirem suas certificações, porém, aqueles que estavam afastados e retornaram ao trabalho são pressionados a tirarem as certificações. Alguns chegaram a receber carta de advertência, o que tem causado apreensão e até o agravamento das doenças.

O movimento sindical conquistou prazo de 60 dias para os trabalhadores que não tinham exigência para certificação, mas agora têm. O mesmo prazo foi garantido para aqueles que estavam afastados e estão com a certificação vencida.

O banco alegou que, em média, as pessoas levam 35 dias para se certificar e que os problemas pontuais devem ser levados para o RH.

Reajuste do quilômetro rodado

Em negociação ocorrida em abril, foi conquistado o reajuste do valor do quilômetro rodado, que passou de R$ 0,71 para R$ 0,89, índice que estava defasado desde novembro de 2017. Além disso ficou definido que a majoração passará a ser anual. Na negociação do dia 1º de agosto foi garantido que esse reajuste será com base no IPCA, mais vantajoso para os trabalhadores, e não mais pelo IGP-M.

Retirada de porta giratória

O Santander está retirando as portas de segurança de diversas agências. Disse vai mantê-las apenas nas agências dos estados e municípios com leis que exigem esse dispositivo e que não vai reinstalá-las nas demais localidades. A alegação é a de que mudanças implantadas nas agências as tornam menos atrativas para assaltantes.

Segundo os dados apresentados pelo banco, nos últimos 90 dias não houve assaltos nas agências sem a porta de segurança.

O banco afirmou, ainda, que está implantando sistemas mais modernos que irão substituir a guarda de chaves do banco. Também foram apresentados outros dispositivos de segurança que já estão instalados.

Retirada de Vigilantes

Nos pontos de atendimento (PAs) – unidades que só fazem atendimento gerencial e negócios –, o banco mudou o plano de segurança e retirou, não só as portas giratórias, como também os vigilantes.

O movimento sindical reivindicou o retorno dos vigilantes a estes locais, a fim de garantir a segurança dos funcionários e clientes que ficam expostos a “assaltantes de ocasião”, além de riscos à integridade, como assédio sexual e agressões físicas e verbais.

“Reivindicamos que o banco coloque comunicados nas agências a fim de informar a respeito dos novos dispositivos de segurança com o intuito de inibir também os chamados ‘assaltantes de oportunidade’”, afirmou a coordenadora da Comissão de Organização do Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.

O banco se comprometeu a analisar a questão e a dar retorno até a semana no dia 5 de agosto.

Plano de Saúde

O movimento sindical criticou o aumento abusivo no valor da mensalidade e coparticipação do plano de saúde, que tem levado muitos trabalhadores a reduzirem o número de consultas médicas e exames.

O banco negou a reivindicação dos trabalhadores para implantação de um teto de R$ 200 no valor da coparticipação, alegando que os custos do convênio médico seguem as regras do mercado de saúde. Informou que tem feito levantamento dos casos mais críticos e os tem encaminhado para a área de assistência social. São casos de trabalhadores que fazem tratamentos caros e contínuos que comprometem boa parte do salário.

Os representantes dos trabalhadores reivindicaram que o banco divulgue as regras para acessar essa ajuda extraordinária pelos veículos internos de comunicação e envie às entidades de representação. O banco ficou de analisar a questão.

“É lamentável que um banco que só com as tarifas cobradas dos clientes cobre quase duas folhas de pagamento, incluindo as despesas com assistência médica, tenha a coragem de negar algo tão importante para os trabalhadores como o cuidado da própria saúde”, protesta Maria Rosani.

Dados do lucro do Santander no 1º semestre de 2019 mostram que a receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 9,2% em doze meses, totalizando R$ 9,2 bilhões. O valor cobre quase duas vezes (198,3%) o total das despesas do banco com os empregados.

Problemas no retorno ao trabalho após afastamento do INSS

– Salário “zerado”: o RH desconta a íntegra do adiantamento salarial dos funcionários que tem o benefício negado pelo INSS, deixando-o sem salário quando este retorna ao trabalho. Esta medida praticada pelo banco afronta a cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que foi negociada justamente para que o trabalhador afastado não fique sem remuneração nestes casos.

O movimento sindical reivindica que o desconto do adiantamento salarial seja correspondente ao, máximo de 20% do salário, a partir do retorno do trabalhador, nos casos em que a “dívida” não tenha sido quitada antes.

O banco se recusou a discutir o tema individualmente, alegando que essa questão deve ser debatida no âmbito da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os casos individuais devem ser reportados pelos sindicatos ao Santander. O banco não quer se comprometer a redigir e documentar uma política para essa questão.

O movimento sindical também reivindicou que os gerentes afastados por até 180 dias possam, no retorno ao trabalho, voltar para a agência e retomar a carteira de clientes. Os gerentes afastados por até 180 dias só poderiam mudar de agência caso haja pedido do médico assistente. Para os afastamentos superiores a 180 dias e que, porventura, perderam a carteira, terão prioridade no preenchimento das vagas correspondentes à sua função que sejam abertas nas agências da sua regional de origem.

“Apresentamos uma série de relatos que atestam que os trabalhadores nessa situação sofrem assédio moral, pois ficam ‘encostados’, sem acesso a uma série de operações, e desempenhando funções incompatíveis com seus níveis de experiências. Também ficam excluídos do sistema de remuneração variável”, relatou a coordenadora da COE do Santander.

O banco se comprometeu a analisar a questão da limitação dos acessos, mas se recusou a implantar a regra sugerida pela representação dos trabalhadores, alegando que segue a orientação do médico do trabalho.

Mudanças no formulário da Data do Último Dia Trabalhado (DUT)

O banco editou uma nova versão do documento que deveria se limitar a informar sobre o último dia trabalhado dos trabalhadores que se afastam das atividades profissionais e dão entrada na Previdência Social devido a problemas médicos, uma exigência do INSS. A nova versão do banco tenta influenciar, negativamente, a perícia médica em relação ao problema que causou o afastamento.

O movimento sindical reivindicou do banco que se limite unicamente a prestar a somente a informação do Último Dia Trabalhado, quando solicitado e conforme requerido pela autarquia previdenciária e acordado na cláusula 46ª da Convenção Coletiva de Trabalho 2018/2020.

O banco alegou que não existe nada que impeça a inclusão de informações pertinentes que ajudem o perito a tomar decisão sobre o que levou ao afastamento.

“Com essa medida o banco pretende se eximir de responsabilidade nos casos em que os trabalhadores desenvolveram doenças do trabalho, e dá argumentos para o perito não conceder benefício por acidente de trabalho. Não é papel do banco influenciar o perito a tomar uma decisão que prejudique o trabalhador”, afirmou Maria Rosani.

“É lamentável que um banco com tamanha lucratividade se recuse a atender todas as reivindicações que levamos à negociação. São demandas que atingem os trabalhadores responsáveis por quase um terço do lucro mundial da instituição espanhola”, protestou a dirigente.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do SPBancários

Os preços médios da cesta básica diminuíram, em julho, nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (6). As principais quedas foram registradas em Aracaju (-6,04%), Natal (-4,02%), Rio de Janeiro (-3,89%) e Recife (-3,81%). No ano e em 12 meses, a tendência é inversa. Em relação a 2018, o trabalhador precisa de jornada maior para adquirir os produtos e gasta mais, considerando o salário mínimo.

No período de janeiro a julho, houve queda apenas em Campo Grande (-0,66%). O Dieese apurou altas de 15,64% em Vitória, 11,90% em Recife, 11,69% em João Pessoa e 11,68% em Natal. No período acumulado em 12 meses, o preço da cesta básica subiu em todas as capitais, com destaque para Florianópolis (16,36%), Salvador (15,74%) e Brasília (15,10%). Em São Paulo, a alta foi de 12,74%.

No mês passado, a capital com cesta mais cara foi Porto Alegre: R$ 493,22. Em seguida, vêm São Paulo (R$ 493,16), Florianópolis (R$ 483,20) e Rio de Janeiro (R$ 479,28). Os menores valores, segundo o Dieese, foram apurados em Aracaju (R$ 359,95) e Salvador (R$ 372,25). Com base na cesta mais cara, o instituto calculou em R$ 4.143,55 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de uma família de quatro pessoas. Isso equivale a 4,15 vezes o mínimo oficial, de R$ 998. A proporção era de 4,22 vezes em junho e de 3,85 vezes em julho do ano passado.

O tempo médio para adquirir os produtos da cesta foi calculado em 94 horas e 25 minutos. Menos do que no mês anterior (96 horas e 57 minutos) e mais do que há um ano (86 horas e 43 minutos). O trabalhador remunerado pelo mínimo comprometeu 46,65% de sua remuneração para comprar os produtos, ante 47,90% em junho e 42,84% um ano atrás.

De junho para julho, o Dieese registrou tendência de diminuição dos preços de feijão, tomate, banana e óleo de soja, enquanto o arroz agulhinha e o açúcar aumentaram na maior parte das capitais.

Fonte: Rede Brasil Atual

Depois da cobrança da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf CUT), em junho, e reiterada tanto pelo Grupo de Trabalho de Saúde Caixa, quanto pelo Conselho de Usuários do Saúde Caixa, a Caixa voltou atrás e vai retirar do RH 221 a exigência de contribuição mínima de 120 mesespara manter o plano após rescisão do contrato de empregado aposentado pelo INSS.

A nova versão do normativo está em fase de elaboração e será divulgada pela Caixa em breve.

Outros pontos foram acatados, como o não cancelamento do Saúde Caixa para o aposentado que não se recadastrar no período determinado. A Caixa concordou que o plano fique suspenso até que o aposentado possa realizar o recadastramento. A alteração também valerá para os filhos, maiores de 21 anos, permanentemente incapazes.

Foi informado também que o filho permanentemente incapaz, pela nova versão do RH, poderá ter renda de até 01 (um) salário mínimo para ser mantido como dependente direto após completar 21 anos, não considerando nessa conta a pensão alimentícia. Pela atual redação, filhos nessas condições somente podem ser mantidos se não tiverem nenhum tipo de rendimento.

Em outros itens questionados a patrocinadora se manteve inflexível, como no caso do casal Caixa, obrigando assim que o titular seja o de maior remuneração base.

As mudanças foram resultado do reforço das cobranças realizadas na reunião conjunta ocorrida do GT Saúde Caixa e do Conselho de Usuários do Saúde Caixa com a empresa. As alterações feriam o negociado com a categoria no Acordo Coletivo de Trabalho tal restrição, não cabendo a empresa criar novas regras. “Permanecemos vigilantes na manutenção de todos os direitos que temos no Acordo Coletivo 2018/2020, ainda mais no que se refere ao Saúde Caixa, uma das maiores conquistas dos empregados ao longo dos anos de luta” disse Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura da Contraf-CUT e representante da confederação nas negociações com o banco.

Fonte: Contraf-CUT

As empresas públicas federais registraram lucro de R$ 24,6 bilhões no primeiro trimestre, resultado 57,5% maior do que o apurado em igual período do ano passado. Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, os números mostram a importância de manter as empresas sob controle da União.

“As empresas estatais têm uma capacidade grande de conduzir uma estratégia para a economia que gera resultados. E esse lucro cria a possibilidade de reinvestir na infraestrutura social ou ampliar a capacidade produtiva destas empresas”, explica Clemente à Rádio Brasil Atual.

Os números divulgados no 10º Boletim das Empresas Estatais Federais, no dia 1º, em Brasília, apontam que Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Eletrobrás e Petrobras representam mais de 90% dos ativos totais e do patrimônio líquido das estatais federais.

O diretor técnico do Dieese lembra que o número de estatais caiu de 134 para 133, em março, com a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG). Ele critica o projeto privatista do governo Bolsonaro, pois despreza o potencial das empresas públicas e transfere para o mercado privado o controle de setores estratégicos para a economia e a soberania.

“Neste segundo semestre, o governo Bolsonaro quer privatizar mais empresas estatais ou desmembrá-las. A privatização tira um ativo do Estado capaz de conduzir a atividade econômica e cobrir problemas no orçamento. Então, vendê-las é abrir mão de lucros de bilhões. É um péssimo negócio, lembrando que a privatização resulta em aumento no preço das tarifas, como exemplo o setor de energia”, afirma.

Fonte: Rede Brasil Atual

Após o fim do recesso parlamentar, as atenções da Câmara dos Deputados se voltam para a “reforma” da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. Modificado em alguns pontos na Casa, o texto foi aprovado com folga em primeiro turno, com 71 votos a mais do que o necessário, e agora será encaminhado para votação em segundo turno.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende colocar o tema em pauta para votação até quinta-feira (8). Caso seja aprovada no returno – para o que precisa de pelo menos 308 votos –, a proposta irá para o Senado, onde começará a tramitar na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A relatoria será de Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Confira abaixo cinco dos pontos mais prejudiciais para o trabalhador em geral listados na proposta.

1 – Você vai trabalhar mais e ganhar menos quando se aposentar

Com a “reforma”, o trabalhador que contribui para o regime geral da Previdência Social terá que trabalhar por um período maior. A PEC 6/2019 prevê o fim da aposentadoria por tempo de contribuição, hoje em 30 anos para mulheres e 35 para homens. Caso seja aprovada no Congresso Nacional, a proposta prevê que os homens só terão direito ao benefício integral com 40 anos de contribuição e idade mínima de 65. As mulheres terão de contribuir durante 35 anos e ter no mínimo 62 anos de idade.

Além de trabalhar mais, o brasileiro também vai ganhar menos em comparação com as regras atuais. Quem contribui por 15 anos hoje pode se aposentar recebendo 85% do valor da média das 80% melhores contribuições. Já no texto da “reforma”, o trabalhador vai receber 60% da média total dos salários base.

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2 – Abono salarial com alcance reduzido

Pelas regras atuais, o trabalhador que ganha até dois salários mínimos tem direito ao abono salarial do PIS/Pasep. Hoje, são 23,7 milhões de pessoas que recebem até R$ 1.996,00. O texto restringe o benefício apenas àqueles que recebem 1,37 salário-mínimo, hoje até R$ 1.364,43, reduzindo o contingente de pessoas com direito a ele a 12,7 milhões.

Um destaque apresentado chegou a ser apresentado pela oposição na votação em primeiro turno para que fosse mantida a atual faixa de renda com teto de dois salários mínimos, mas foi derrotado, por 326 votos a 164.

3 – Viúvos, viúvas e órfãos à míngua

A pensão é o benefício que ampara os dependentes do trabalhador que vier a falecer. Hoje, corresponde a 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou que teria direito a receber. Pelo texto da PEC 6/2019, a pensão por morte será paga no valor de 50% do salário + 10% para cada dependente. Ou seja, uma viúva só receberá 100% de pensão se tiver 4 filhos com idades inferiores a 21 anos. Quando atingirem a chamada maioridade absoluta, a viúva passa a receber 60.

O acúmulo de pensão e aposentadoria também passa a ser restringido. Pela proposta, serão pagos 100% do benefício de maior valor, mais a soma dos demais aplicada a limitação de 80% na faixa até um salário mínimo, 60% na faixa entre um e dois, 40% entre dois e três, 20% no segmento entre três e quatro, e 10% acima de quatro mínimos.

De acordo com dados oficiais, em 2017, 46,4% dos benefícios correspondentes a pensão por morte eram de até 1 salário mínimo e 35% estavam na faixa entre 1 e 2 salários mínimos, o que demonstra que a medida atinge de forma dura os mais pobres. Como quase toda a proposta.

Os deputados aprovaram um destaque para impedir que a pensão seja menor que o salário mínimo se for a “única fonte de renda formal” do dependente principal. Para os outros casos, a pessoa pode receber poderá receber menos: o piso será de R$ 598,80 no regime geral.

4 – Aposentadoria por invalidez será valor menor

Pelo texto da “reforma”, a aposentadoria por invalidez muda de nome e passa a se chamar aposentadoria por incapacidade permanente, restringindo o número de pessoas com direito a este benefício.

Atualmente, o trabalhador que se acidenta fora do trabalho tem direito ao benefício integral, mas, de acordo com o texto, somente terá direito a esta aposentadoria em caso de acidente de trabalho, doença profissional e doença do trabalho.
Quem se acidentou ou contraiu doença incapacitante fora do ambiente do trabalho passa a receber o mesmo benefício dos demais trabalhadores do Regime Geral de Previdência Social (RGPS): 60% sobre a média de contribuições de até 20 anos. Depois do 21º ano, o segurado terá direito a 2% a mais por ano que ultrapassar o tempo mínimo obrigatório.

Há outro problema. O artigo 201 da Constituição Federal determina que o sistema previdenciário cobre hoje eventos de “doença, invalidez, morte e idade avançada”, mas o texto da PEC 6/2019 muda a redação para “eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada”. Para especialistas, isso pode significar que segurados facultativos como donas de casa, estudantes e desempregados perderão o direito a esse tipo de benefício. O governo nega, mas a possibilidade de judicialização é real.

5 – Restrição do auxílio-doença

O auxílio-doença também terá seu valor médio reduzido caso a “reforma” seja aprovada, já que terá como base para o pagamento do benefício 100% das contribuições, e não mais 80% como é hoje.

Mas não para por aí. O texto abre a possibilidade para que qualquer modificação possa ser feita por lei complementar, já que o benefício não estaria mais na Constituição. Assim, o governo poderia fazer mudanças nas regras do auxílio doença por lei complementar, onde será preciso a maioria dos votos simples, e não como uma PEC que necessita de 60% dos votos dos parlamentares e duas votações na Câmara e no Senado.

Outro ponto que chamou a atenção dos especialistas em Previdência, é que esses benefícios têm novo enquadramento no tipo de proteção. Hoje é previsto em caso de doença ou invalidez. A reforma estabelece proteção em caso de incapacidade para o trabalho.



Com informações de Portal CUT e revista CartaCapital

Fonte: Rede Brasil Atual

A 21ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou, neste domingo (4), as resoluções que vão nortear o movimento sindical bancários no próximo período. Os textos são resultados dos debates acumulado nas conferências estaduais e regionais e durante os três dias de evento, que reuniu mais de 600 delegados sindicais, 395 homens e 209 mulheres, na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

“A 21ª Conferência Nacional dos Bancários foi muito boa, com delegados e delegadas de quase todo o país, tanto das capitais como do interior, e tirou resoluções importantes em defesa da soberania nacional, em defesa do Brasil, em defesa do emprego, contra as privatizações das empresas públicas, que são estratégicas para que o país cresça e gere empregos. Também tirou um calendário de lutas, que é importante que todos os bancários e bancárias do Brasil se engajem”, declarou Juvandia Moreira, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

“Também aprovamos a defesa da mesa única, da CCT e dos acordos coletivos nacionais, reafirmando a importância da unidade nacional da categoria”, completou a presidenta da Contraf-CUT.

As resoluções versam sobre as mobilizações contra a Reforma da Previdência e contra a MP 881, que libera o trabalho aos sábados e domingos e feriados; em defesa da unidade da categoria bancária e da mesa única de negociação, em defesa da saúde, da soberania nacional, em da liberdade de imprensa e apoio ao jornalista Glenn Greenwald, pela apuração dos mandantes da morte de Marielle Franco, em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, que é um preso político e não teve julgamento justo; e a definição do calendário de lutas.

Moções

As moções aprovadas tratavam da defesa da Amazônia e um modelo de desenvolvimento com Justiça Ambiental, contra a Polícia de São Paulo e o governador do Estado João Dória, pela derrota das políticas do governo Bolsonaro, que são prejudiciais ao povo brasileiro; pela soberania nacional, em repúdio a tortura e seus defensores, contra o uso de agrotóxico e em defesa da vida, em defesa da democracia, contra a prisão de Preta Ferreira e os outros cinco militantes do movimento de moradia, pela cota mínima de mulheres, com inclusão de pelo mens 30% quando forem definidas as liberações de dirigentes dos seus locais de trabalho para a atuação sindical, e pela liberdade imediata do companheiro Daniel Ruiz.

Calendário

Os delegados e delegadas da 21ª Conferência Nacional dos Bancários aprovaram a participação nas atividades do calendário de luta das centrais sindicais, como as manifestações contra a reforma da Previdência (6/8) e em defesa da Educação (13/8).

Banco do Brasil
9/8 – Dia Nacional de Luta contra a reestruturação
22/8 – Dia de Luta pela Cassi
Setembro – Plenária e atividades em locais de trabalho em defesa da Cassi
Encontro Nacional sobre a Cassi
Abaixo-assinado contra a cobrança de 1/24 avos acumulado e aumento da coparticipação na Cassi

Caixa
Campanha Nacional de defesa do Saúde Caixa para todos
Conversar com os parlamentares defendendo a aprovação do PDC 956/2008 da deputada Érica Kokay, que susta a resolução 23 da CGPAR
14/8 – Atos pelo Saúde Caixa
4/9 – Atividades contra a reestruturação e em defesa do Saúde Caixa
Campanha contra o fechamento de unidades envolvendo a população das agências afetadas
Audiência Pública em todos os estados e municípios em defesa dos bancos públicos
7/10 – Apoiar a luta pela moradia
Aproveitar o público que está indo às agências da Caixa para sacar o FGTS e fazer campanhas em defesa dos bancos públicos e do FGTS

Fonte: Contraf-CUT