Maio 19, 2025
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Ontem, 29 de julho, foi o Dia da Sobrecarga da Terra, alertaram os ambientalistas em todo o mundo. Isso quer dizer que de hoje (30) a 31 de dezembro deste ano todos os recursos naturais utilizados pela atividade humana estão além da capacidade de renovação sustentável do planeta. Por isso, ontem foi considerado também o dia em que o planeta “entrou no vermelho”, já que os recursos usados a partir de agora não serão mais recuperados.

Em relação ao ano passado, esse limite foi atingido três dias antes – em 2018, a data foi registrada em 1º de agosto. O cálculo da data é feito pela entidade internacional Global Footprint Network (GFN). Para chegar ao resultado, o total de recursos que o planeta é capaz de produzir em um ano é dividido pela demanda da humanidade no mesmo ano, considerando o número de dias do ano.

29 de julho representa a data mais recuada desde que o planeta entrou em déficit ecológico no início dos anos 70. “Com o dia chegando cada vez mais cedo no ano, e com o volume crescente de emissões de CO2, a importância de ações decisivas fica cada vez mais evidente”, adverte a ministra do Meio Ambiente do Chile, María Carolina Schmidt Zaldívar, que é também presidente da Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP25), que será realizada em Santiago em dezembro.

“Uma situação que está empobrecendo cada vez mais a terra e quebra o equilíbrio da natureza e do futuro do próprio homem”, afirma ao site Vatican News Alfonso Cauteruccio, presidente da Greenaccord, uma entidade não governamental cristã que trabalha pela sensibilização da questão ambiental.

Oficialmente o primeiro Dia da Sobrecarga da Terra foi 21 de dezembro de 1971, quando a terra registrou 10 dias “no vermelho”. Depois desta data a tendência foi sempre de antecipar o dia, chegando a 1º de agosto em 2018.

Na situação atual do planeta, atualmente sua capacidade regenerativa é consumida 1,7 vez por ano. A continuar nesse ritmo, em 2050 a humanidade consumirá o dobro do que o planeta produz. “Somos uma geração de cigarras e não de formigas – explica Cauteruccio ao Vatican News – de fato exageramos nos consumos e não temos a sobriedade que a Terra nos implora. Com a natureza não se brinca porque quando o dano é grave não se pode arrepender”.


* Com informações do Vatican News e da GFN

Em sua rápida tramitação pela Câmara e pelo Senado, até ser aprovado, há dois anos, o projeto do Executivo que resultou na Lei 13.467, de “reforma” trabalhista”, foi apresentado como solução para o mercado de trabalho, que precisava se modernizar para permitir a criação de empregos, algo que a legislação “atrasada” não permitia. O então ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, chegou a declarar que esperava a abertura de 2 milhões de vagas no ano passado e neste, em consequência de postos de trabalho que deixariam a informalidade. Então ministro, Henrique Meirelles falou em 6 milhões, sem especificar período. Os dados do próprio governo apontam no sentido contrário: neste um ano e meio, a “modernização” mais fechou do que abriu empregos no país.

Se comparadas as três modalidades surgidas com a lei, que entrou em vigor em novembro de 2017, o fechamento de vagas é duas vezes maior que a abertura. A “reforma” implementou duas formas de contratação, mais precárias, o trabalho intermitente e o parcial. Ao mesmo tempo, surgiu o desligamento por “acordo” entre patrão e empregado.  Este último supera de longe as duas formas novas de contratação de mão de obra.

De janeiro de 2018 a junho deste ano, o saldo total de postos de trabalho formais no país foi de 938.054, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que com a extinção do Ministério do Trabalho passou a ser divulgado pela pasta da Economia, comandada por Paulo Guedes, um entusiasta da flexibilização. Já o saldo somado de trabalho intermitente (88.437) e parcial (33.315) é de 121.752 vagas no período. Enquanto isso, os desligamentos por acordo totalizaram 276.284 – 2,27 vezes mais.

Mesmo considerando apenas o trabalho intermitente ou parcial, o número fica distante dos milhões imaginados pelo ministro ou parlamentares governistas, que insistiam nesse argumento durante a tramitação do projeto. Essas duas modalidades representam apenas 13% do saldo total do Caged em um ano e meio. O próprio saldo integral, até agora, não chega a 1 milhão.

Sem jornada fixa

O contrato de trabalho intermitente não tem jornada fixa. Pode ser por mês, dia ou hora. Deve ser especificada o valor da remuneração por hora, que não pode ficar abaixo do equivalente a um salário mínimo mensal ou do que é pago para quem exerce a mesma função. A chamada para o serviço precisa ser feita com pelo menos três dias de antecedência e o trabalhador precisa responder até um dia (útil) antes. Em caso de descumprimento, a lei prevê multa equivalente a 50% do valor da remuneração combinada. Já o trabalho parcial é aquele cuja duração não supera 30 horas semanais, sem horas extras, ou 26 horas, com acréscimo de até seis (pagas com adicional de 50%).

Apenas em junho, último dado disponível, o trabalho intermitente teve saldo de 10.177 vagas (diferença entre contratações e demissões). Desse total, 417 trabalhadores foram admitidos mais de uma vez. O total de estabelecimentos envolvidos chegou a 2.691. No parcial, o saldo foi de 1.427. E os desligamentos somaram 17.951.

Sem contar o resultado comparativo desfavorável, o Caged aponta ainda outro dado negativo, este referente aos salários. Todos os meses, o ganho de quem entra no mercado de trabalho é invariavelmente menor em relação ao rendimento daquele que saiu. No mês passado, os contratados tinha salário médio de R$ 1.606,62, enquanto quem foi demitido recebia  em média R$ 1.766,67. No acumulado do ano, o rendimento dos admitidos corresponde a 88,6% dos demitidos.

“Foi um equívoco alguém um dia dizer que essa lei ia criar empregos. Foi um equívoco”, disse em junho, em entrevista à BBC Brasil, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Brito Pereira. “O que cria empregos são os programas de incentivo à produção, que gera bens, permite o consumo e faz girar a economia”, acrescentou o ministro, reverberando o que dizem vários economistas, refratários à “reforma” da forma como foi implementada.

Fonte: Rede Brasil Atual

As duras regras para concessão de benefícios previdenciários, o desmonte da educação pública de qualidade e os desmandos do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro (PSL) serão os principais alvos das manifestações marcadas para 13 de agosto, Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Greves Contra a Reforma da Previdência.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, o trabalhador está mais atento aos riscos de perda de direitos depois que a Câmara dos Deputados aprovou em primeira votação itens como obrigatoriedade da idade mínima (65 para nos homens e 62 para as mulheres), mudança nos cálculos dos benefícios para reduzir os valores, das pensões para as viúvas e até para os aposentados por invalidez, além de tirar da boca de mais 13 milhões de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada o abono salarial.

“Nós alertamos o trabalhador sobre o que representa a reforma da Previdência e os cortes na educação. Ele está mais informado do que significa essa proposta do governo, aprovada por maioria na Câmara. Eles têm informações detalhadas dos malefícios que a reforma representa”, diz Vagner ressaltando a série de matérias publicadas no Portal CUT e as ações sindicais nas bases dos deputados que veem sendo feitas pelas CUT’s estaduais e pelos dirigentes da Nacional em todo o país.

Segundo Vagner, a CUT se soma à uma mobilização da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) contra a “Reforma da Previdência, em Defesa da Educação Pública e por Empregos” que já estava programada. “É importante ressaltar que essa é a principal luta da Central. Não podemos esquecer que o governo Bolsonaro continua com seu processo de desmonte de todas as políticas públicas”.

O Dia 13 é importantíssimo para darmos o recado de que o povo não concorda com as propostas que estão sendo encaminhadas pela maioria dos parlamentares, por orientação do governo Bolsonaro

O presidente da CUT avalia que Bolsonaro toma medidas que prejudicam a educação pública no país porque é mais fácil manipular um povo sem educação. “Quanto mais informação as pessoas tiverem, menos apoio esse governo vai ter. Eles querem acabar com a educação de qualidade no Brasil, justamente para ter cidadãos sem consciência, e aí passar as imbecilidades desse governo fascista, sem resistência, sem luta”.

Orientação aos sindicatos

Vagner diz que os sindicatos filiados à CUT estão orientados a realizar paralisações e, caso não tenham condições de parar, devem realizar manifestações, de acordo com a capacidade de cada um.

Outra orientação aos trabalhadores e a militância é a pressão junto aos deputados que devem votar o segundo turno da reforma da Previdência.

“Os deputados reagem quando você faz manifestação nas suas bases, onde têm mais votos. Por isso, os sindicatos têm de continuar com seus movimentos nas ruas e denunciar que esses deputados que estão votando a favor da reforma são contra os trabalhadores e não devem ser reeleitos”, lembra Vagner.

O presidente da CUT reforça, ainda, a necessidade dos sindicatos utilizarem as redes sociais, o WhatsApp, promoverem manifestações nos aeroportos, mas fundamentalmente, pressionar os deputados em suas cidades e bases.

“Vamos fazer manifestações na praça, no coreto da cidade em que eles têm mais votos, espalhar cartazes mostrando que são contra a classe trabalhadora. Nessas cidades de pequeno ou médio porte os deputados se sentirão mais pressionados. E se a base dele for uma cidade maior, nos grandes centros, vamos aos bairros onde também tem votação. Ele se sentirá muito mais pressionado do que irmos à Brasília, onde será mais um dos 513 deputados que compõem a Câmara Federal”.

Mobilização da classe trabalhadora barrou maldades da reforma da Previdência

A mobilização dos trabalhadores e da população conseguiu barrar muitas maldades contidas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, nome oficial da reforma da Previdência, como as que atingiam os trabalhadores e as trabalhadoras rurais e os idosos em condição de miséria que recebem o  Benefício de Prestação Continuada (BPC), além da capitalização, a principal mudança que o governo queria fazer, avalia Vagner.

“Foi com greve geral e nossas manifestações que barramos a capitalização,  que era de grande interesse do ministro da Economia, Paulo Guedes. O interesse em entregar para os bancos a aposentadoria do trabalhador e acabar com a Previdência pública e universal, com seguridade social e transformar isso num produto a ser comprado por 10% da população que teria condições de pagar por uma Previdência privada. Isto nós barramos”, lembra o presidente da CUT.

Embora tenha sido uma grande vitória, alerta Vagner, o governo pode, obviamente, dependendo da relação de forças, trazer a capitalização num outro momento para ser votada pelo Congresso Nacional, daí a importância do dia Nacional de Luta da CUT.

O importante, prossegue, é saber que as paralisações e manifestações apoiadas pela CUT, pelos trabalhadores e estudantes têm surtido efeito e que podem surtir mais ainda com o engajamento de todos os sindicatos.  “Temos condições, enquanto tiver votação tramitando no Congresso, de diminuir mais os aspectos negativos da reforma em relação aos trabalhadores. Vamos lutar para barrar a idade mínima imposta para a aposentadoria e outras questões”, finaliza.

Fonte: CUT

Alguns dos bancos que entraram na oferta de ações da BR Distribuidora ou coordenaram a operação na Bovespa, na terça-feira (23), também podem ter estado com o procurador do Ministério Público Federal Deltan Dallagnol, em reunião privada em 13 de junho de 2018, organizada pela XP Investimentos, para comentar sobre o tema ‘Lava Jato e Eleições’.

XP Asset Management, do Grupo XP, e Itaú, que compraram ações na privatização da distribuidora, e os bancos JP Morgan, Citi e Credit Suisse, como coordenadores da operação, segundo apuração do jornal Valor Econômico, também são citados como convidados dessa reunião de caráter privado e clandestino, conforme vazamento do Intercept, divulgado ontem (26) no blog do jornalista Reinaldo Azevedo.

“Queria te convidar para um bate papo com investidores brasileiros e estrangeiros aqui em SP”, afirma a Deltan a assessora da XP Investimentos, Débora Santos, em 17 de maio de 2018. “Me passa uma lista de quem são?”, pede Dallagnol.

“JP Morgan Morgan Stanley Barclays Nomura Goldman Sacha Merrill Lynch Cresit Suisse Deutsche Bank Citibank BNP Paribas Natixis Societe Generale Standard Chartered State Street Macquarie Capital UBS Toronto Dominion Bank Royal Bank of Scotland Itaú Bradesco Verde Santander”, diz Débora. E depois: “Esses seriam os convidados. Nem todos comparecem”, afirmou.

Na sequência do diálogo pelo smartphone, Débora esclarece sobre o espírito do encontro. Esse bate-papo é privado, com compromisso de confidencialidade, onde o convidado fica à vontade para fazer análises e emitir pareceres sobre os temas em um ambiente mais controlado”, afirma a assessora da XP.

Na operação de compra da BR Distribuidora, os investidores arremataram as ações da empresa por R$ 9,6 bilhões, em dois lotes. A operação foi feita sem agregar o valor do controle do mercado de combustíveis no país, que é do que se trata quando se fala de BR Distribuidora. “Foi uma simples venda de ações na Bolsa de São Paulo cujo resultado ao fim do dia foi a Petrobras “vender” o controle da BR Distribuidora, pelo preço de ações no varejo, SEM CONSIDERAR O VALOR DO CONTROLE”, escreveu neste sábado Andre Motta Araujo, em artigo no site GGN.

A Petrobras detinha 71,24% das ações da distribuidora, e com a operação desta semana deve ficar com 37,5%, o que significa que a empresa deixa de ser estatal para ter seu capital pulverizado em bolsa.

Fonte: Rede Brasil Atual

O “Blog do Servidor”, do jornal Correio Braziliense, publicou na semana passada um texto afirmando que “Impasse pode provocar a venda da Cassi, plano de saúde dos funcionários do BB” (Banco do Brasil).

O texto traz informações sobre a reunião ocorrida no dia 24, na qual a diretoria da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil apresentou números e esclarecimentos sobre intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades de representação dos funcionários do banco.

O risco de a Cassi, instituição privada sob a forma de associação sem fins lucrativos, mudar de mãos é real, de acordo com Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresas dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com o BB e a Cassi.

“A imprensa tem nos procurado e divulgado mais textos sobre o assunto. Isso mostra que a venda ou a alienação da carteira da Cassi encontra eco dentro do banco. Ou seja, que a medida é possível”, observou.

Intervenção

O texto informa que, no mesmo dia em que entrou com o processo de regime fiscal, o primeiro passo do processo de intervenção, a ANS nomeou Maria Socorro de Oliveira Barbosa como diretora fiscal. Lembra também que a Cassi ainda não apresentou um projeto de saneamento das contas, porque a operadora, maior instituição de autogestão de saúde do país, precisa resolver o impasse interno que provocou a intervenção.

O Blog do Servidor diz que o governo propôs extinguir os planos de saúde para os novos empossados por concurso público – somente quando se aposentassem – e elevar o percentual de contribuição (hoje o BB arca com 60% do total e os funcionários, com 40%) para 50% para as partes, a partir de 2022, entre outros itens de governança. Além disso, na prática, a proposta aumentava a contribuição dos servidores de 3% do salário para 4%. O banco, que arcava com 4,5%, passou a dispor de R$ 23 milhões por mês para cobrir o déficit crescente, que aumentou de R$ 109 milhões, em 2014, para R$ 378 milhões, em 2018, segundo dados da Cassi.

Os beneficiários do plano não aceitaram o acordo. Como não houve consenso, a ANS instaurou o processo de intervenção fiscal. Chegamos a esse impasse. A Cassi não tem dívida no mercado. Há um descasamento entre custo assistencial e receita, o que gera insuficiência de margem de solvência em torno de R$ 800 milhões”, explicou Wagner Nascimento. “Não queremos a venda da carteira e sim a reabertura do processo de negociação”, completou.

A Contraf-CUT, seus sindicatos e federações filiadas e demais prepararam materiais explicando a proposta e as consequências da não aprovação da mesma que, segundo o Blog do Servidor.

Fonte: Contraf-CUT / Paulo Flores

Terminou na última sexta-feira (26), a 18ª Conferência Internacional de Direitos Humanos e Civis, em Minneapolis, Minnesota, EUA. Realizada pela Confederação de Trabalhadores Unity and Strenght foUR Workers – USW, que representa trabalhadores dos Estados Unidos e Canadá, o evento levanta debates sobre o combate ao racismo desde Martin Luther King.

O tema deste ano “Não nos impeça agora! Caminhemos juntos” vai além do combate ao racismo e aborda também o preconceito contra as mulheres, LGBTQ+ e a situação dos imigrantes no país.

No total, 580 delegados e delegadas participaram do evento, incluindo delegações internacionais, como: dirigentes do Reino Unido; e do Brasil, representados por Almir Aguiar, Secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e Rosane Fernandes, Secretária Adjunta da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT-Brasil.

“Para o Secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, a realidade de uma parcela da população americana, não difere da população negra brasileira: discriminação, salários menores que os brancos, e, principalmente, a violência policial, que persegue e mata pessoas, pela cor de sua pele. Mas, os debates deixaram claro que os trabalhadores estão organizados pelos direitos sociais, com políticas de negociações e enfrentamentos”, disse.

Durante o evento, também foi realizada uma passeata com todos os participantes até a prefeitura Minneapolis para denunciar os abusos contra a população negra.

Representação Importante

A Conferência contou com a participação de Keith Maurice, que foi deputado e atualmente é o Procurador Geral do Estado de Minnesota, nos EUA. Keith criticou o Partido Democrata e atribuiu o insucesso nas eleições ao afastamento das bases e por terem se aproximado somente no ano eleitoral. Ele destacou também que quem mais fez pelos Direitos Humanos não foi o governo e nenhum bilionário americano, mas, as lutas dos sindicatos e dos trabalhadores por melhores acordos. Ele também citou como exemplo a situação dos refugiados Somálios, que trabalham na Amazon e que lutaram e levaram a empresa para a mesa de negociação.

O Governador de Minnesota, Tim Walz, também participou da conferência e destacou a importância dessa realização. O parlamentar disse que é fundamental a luta por direitos sociais e alertou que muitas pessoas saem para trabalhar pela manhã e no final do dia não sabe se têm seus empregos.

A procuradora, Marilyn Mosby, da cidade de Baltimore, indiciou em 2015, seis policiais pela morte do jovem negro chamado Freddie Gray. Ela comentou que o número de presos negros nos Estados Unidos é maior do que presos brancos e 30% dos jovens negros americanos vivem abaixo da linha da pobreza.

Participação Brasileira

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT participou do Workshop “Fighting for Worker – Rights in the Global Economy”. Em sua apresentação, afirmou que o Brasil tem um histórico de discriminação, que reflete no trabalho e na vida social, fruto de um período escravocrata que se reflete até os dias atuais.

Almir relatou ainda a luta histórica do movimento sindical bancário por igualdade e oportunidades, que iniciou em 2000 com a realização de uma pesquisa com foco em gênero e raça, junto com Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A partir daí muitos avanços foram possíveis. Porém, de acordo com o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, a realidade ainda é cruel. “São poucos negros na categoria, são poucos em cargos de comando, quase nenhum em cargo de direção, as mulheres, em especial as mulheres negras são discriminadas e a cor da pele é um empecilho para ascensão profissional. Hoje, estamos discutindo o terceiro Censo da Diversidade, num outro formato. Criamos o agente da diversidade, que estará em cada agência e departamento nos bancos para fazer o debate contra o preconceito e a discriminação”, explicou.

Rosana Fernandes, destacou que este ano tem sido um ano de luta e resistência. “O Brasil teve a mais longa e numerosa escravidão do mundo. Foi o último país a botar fim a esse regime e instituiu há exatos 130 anos a Lei Áurea, que em tese acabou com a escravidão. O racismo é o projeto político e ideológico que congela mulheres e homens negros na base da pirâmide social brasileira e que ao fim os levam para a morte física ou simbólica, o que o movimento negro nacional caracteriza como um projeto genocida”, disse.

Fonte: Contraf-CUT

O dia 25 de julho, no qual se comemora o Dia Internacional da Mulher Latino Americana e Caribenha, foi marcado por várias manifestações contra o racismo e preconceito que predominam na sociedade.

Em São Paulo, uma roda de conversa com as mulheres na região do ABC destacou a importância da luta. No centro da cidade, um ato começou na República e seguiu pelas ruas até a igreja dos homens pretos. Durante todo o trajeto, as mulheres recitaram poesias e dançaram ritmos africanos como forma de denúncia contra todos os preconceitos que elas sofrem na sociedade devido a cor de sua pele.

As crianças também marcaram presença na marcha. A coordenadora do Coletivo de Igualdade Racial do Seeb SP, Osasco e região, Ana Marta Lima, ressaltou a importância das mulheres levarem as crianças na marcha.  “Foi lindo e emocionante ver as crianças participando. É importante as mães explicarem logo cedo, ensinar seus filhos a valorizar a sua ancestralidade e a história das mulheres negras na sociedade. Deixar claro que estar nas ruas, lutando, tem um significado muito grande.”, disse.

Para a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, esse preconceito também pode ser percebido nos locais de trabalho. “Os números do censo deixam muito claro a realidade das mulheres negras, quando observa o número pequeno de funcionárias negras dentro dos bancos.  Ainda há muita discriminação nas contratações e o governo só faz reforçar essas práticas com seu discurso conservador e falta de políticas públicas”, disse.

O fato de ser uma mulher negra coloca as trabalhadoras do setor bancário em posição de desvantagem frente aos demais trabalhadores e trabalhadoras. Analisando a média salarial, uma bancária negra ganha em média 26% menos do que um bancário branco.  

Mesmo com mais anos de escolaridade, representando praticamente metade da categoria bancária (48,3%) e sendo a maioria no Sudeste (51,9%), as mulheres enfrentam maiores barreiras para ascender na carreira no setor financeiro. 

Campanha UniSororidad

Para combater o racismo presente na sociedade e no ambiente de trabalho, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) escolheu o dia 25 de julho para dar início a campanha #UniSororidad. O movimento acontece no dia 25 de cada mês, pela rede social Twitter e reúne informações e protestos sobre a realidade do gênero na sociedade. 

“A campanha foi definida no último encontro da Rede Uni América Mulheres, no qual constatamos que é extremamente importante reforçar a nossa luta de combate à violência contra a mulher. O nosso objetivo é sensibilizar e dar ainda mais visibilidade contra este grave problema e salientar a importância de ações efetivas para o combate à violência”, afirmou Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

A Pesquisa de Empego Bancário (PEB), realizada pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que, no primeiro semestre de 2019, os bancos fecharam 2.057 postos de trabalho no país. Desde 2013, o saldo acumulado mostra uma redução de 62,7 mil postos na categoria.

Nos seis primeiros meses de 2019, os piores saldos no período foram registrados no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, onde houve redução de 732, 722 e 274 postos de trabalho respectivamente. No sentido oposto, São Paulo e Pará apresentaram os maiores saldos positivos, com a abertura de 553 e 166 postos respectivamente.

A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba bancos como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foi responsável pelo fechamento de 1.658 postos no período, enquanto a Caixa fechou 489.

Faixa Etária

No semestre, a abertura dos postos bancários concentrou-se nas faixas entre 18 e 29 anos, com criação de 5.286 postos de trabalho. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo, com destaque para a de 50 a 64 anos, com fechamento de 3.213 postos. Na faixa de 30 a 39 anos foram fechados 2.432 e entre 40 e 49 anos o saldo foi de 1.804 postos fechados.

“Os bancos têm lucros exorbitantes que crescem ano após ano. Mesmo assim, continuam aumentando a sobrecarga de trabalho com a demissão de seus funcionários e aumentando seus lucros, uma vez que demitem aqueles mais velhos, que têm salários mais altos, e recontratam mais jovens, com salários menores”, observou o secretário geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga.

A Contraf-CUT cobra dos bancos a redução do turnover na categoria, com a criação dos centros de realocação e requalificação dos funcionários que são atingidos pelas reestruturações das instituições e alterações no perfil de trabalho da categoria.

Desigualdade entre Homens e Mulheres

No semestre, os bancos admitiram 7.023 mulheres. A remuneração média delas foi de R$ 3.966,84, o que representa 75,1% da remuneração dos 8.199 homens contratados no mesmo período. A diferença de remuneração é ainda maior entre homens e mulheres que foram desligados dos bancos nos seis primeiros meses de 2019. As 8.438 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.848,43, o que corresponde a 72% da remuneração média dos 8.841 homens desligados dos bancos no período.

“Estes dados mostram que as mulheres são discriminadas pelos bancos desde o início da carreira. Mas, mais do que isso, comprova que elas não têm as mesmas oportunidades de ascensão profissional do que homens, ainda que elas tenham melhor formação. Os homens entram ganhando mais do que as mulheres e, quando saem, estão ganhando mais ainda”, observou a secretária de Mulheres da Contraf-CUT. Elaine Cutis.

“Isso mostra, também, o quanto é importante a conscientização sobre a diversidade nos bancos”, completou Elaine. A Campanha da Diversidade, realizada pela Contraf-CUT com os sindicatos e federações a ela filiados, em parceria com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), faz parte do Censo da Diversidade Bancária e é uma conquista da Campanha Nacional dos Bancários de 2018.

Reflexos da Reforma Trabalhista nos dados do CAGED

As demissões sem justa causa representaram 53,9% do total de desligamentos no setor, no 1º semestre de 2019. As saídas a pedido do trabalhador representaram 34,6%. Entre janeiro e junho foram, ainda, registrados 103 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei 13.467/2017, a Reforma Trabalhista, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram dos bancos por essa modalidade apresentaram remuneração média de R$ 11.175,81.

Fonte: Contraf-CUT

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) notificou na última sexta-feira (19) os birôs de crédito Boa Vista SCPC, Quod, Serasa Experian e SPC Brasil, além da Associação Nacional dos Birôs de Crédito (ANBC), requisitando informações sobre a natureza dos dados coletados e das fontes que originam a produção do score do consumidor no chamado novo Cadastro Positivo.

O Instituto tem acompanhado com preocupação os desdobramentos da implementação do cadastro, em vigor desde o último dia 9.

Pela nova lei, a inclusão de todos os consumidores (pessoas físicas e empresas) em um banco de dados administrado pelos birôs de crédito passa a ser automática, não dependendo mais do interesse do cidadão entrar na base de dados. Em troca, há a promessa de queda dos juros bancários e de facilitação de crédito.

Um dos pontos mais preocupantes da lei e que afeta diretamente os consumidores é a potencial violação ao direito à privacidade consagrado na Constituição Federal. Além disso, também pode afetar o direito básico à informação clara e adequada previsto no Código de Defesa do Consumidor.

Segundo Diogo Moyses, coordenador do programa de Direitos Digitais do Idec, o que importa ao consumidor, neste momento, é saber exatamente quais dados pessoais são empregados para a composição do score de crédito, porém restam ainda muitas dúvidas sobre como eles são efetivamente utilizados.

“Há indícios de que estas empresas estão coletando e tratando dados que vão muito além daqueles expressamente permitidos e que nada têm a ver com dados econômicos sobre capacidade de pagamento. Isso configuraria uma violação à privacidade e extrapolaria o que está previsto na legislação”, alerta Moyses. “Os dados de navegação na internet, de geolocalização ou de aquisição de bens e serviços de uma forma geral estão sendo utilizados? É isso que o consumidor quer saber, e esse é um direito básico que precisa ser garantido”, conclui.

Fonte: Idec

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou ofício à Caixa Econômica Federal solicitando explicações sobre a proposta de abertura de agências aos sábados e domingos e exigindo respeito aos empregados do banco. O presidente do banco, Pedro Guimarães, declarou que as agências e postos fixos da Caixa operarão aos sábados e domingos para dar vazão aos saques. “Eu e os vice-presidentes estaremos todos os domingos em agências da Caixa em todo o Brasil”, disse, nesta quarta-feira (25), durante evento de anúncio no Planalto de medidas que também incluem a liberação de recursos do PIS/Pasep.

“É um absurdo esta declaração. Os trabalhadores já estão sobrecarregados pela falta de empregados e tem apenas o final de semana para descansar. Essa medida, que já não irá resolver as questões econômicas, ainda prejudicar a saúde dos empregados. Tem ainda a questão de segurança das agências que, como outras questões, ainda não foram discutidas e estão sendo anunciadas de forma irresponsável pelo presidente da Caixa”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.

Os trabalhadores cobram mais essa explicação do presidente. No dia 9 de julho, Pedro Guimarães, após confirmar sua participação, se negou a comparecer à audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal. Ele iria debater com entidades, representantes da sociedade civil e empregados da Caixa algumas medidas da sua gestão que tendem ao enfraquecimento da instituição e do seu papel no desenvolvimento econômico e social do Brasil. O presidente anunciou ainda a suspensão do programa de demissão voluntária (PDVE), que foi aberto em maio deste ano.

Fonte: Contraf-CUT