Junho 03, 2025
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O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, deixou claro aos bancos, na primeira rodada de negociação da Campanha 2013, realizada nesta quinta-feira 8 em São Paulo para discutir o tema saúde e condições de trabalho, que não será possível haver acordo este ano sem solucionar o problema das metas abusivas – apontadas por dois terços dos bancários como o principal problema existente hoje nos bancos, segundo a consulta nacional realizada pela Contraf-CUT, federações e sindicatos entre maio e julho.

 

“Os bancos falam muito em gestão de pessoas, mas o que se vê é apenas a gestão do lucro, o que é muito diferente. As metas abusivas, que incentivam o assédio moral, são as principais responsáveis pela epidemia de adoecimentos que existe hoje na categoria, pelo uso crescente de remédios tarja preta, pelo sofrimento e até pelas mortes que já começam a ocorrer”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

Os dirigentes sindicais, que usaram fitas pretas na mesa de negociação em sinal de respeito aos mortos, mostraram os números que revelam a tragédia enfrentada pela categoria em função das más condições de trabalho.

 

Em 2012, segundo dados dos INSS, 21.144 bancários foram afastados do trabalho por adoecimento, dos quais 25,7% com estresse, depressão, síndrome de pânico, transtornos mentais relacionados diretamente ao trabalho. Outros 27% se afastaram em razão de lesões por esforços repetitivos (LER/Dort).

 

E somente nos primeiros três meses deste ano, 4.387 bancários já haviam se afastado por adoecimento, sendo 25,8% por transtornos mentais e 25,4% por LER/Dort.

 

Na recente consulta nacional, 18% dos que responderam declararam ter se afastado do trabalho por motivos de doença nos 12 meses anteriores e 19% disseram usar medicação controlada.

 

E em relação aos problemas de saúde, 66,4% dos bancários responderam na mesma consulta que as metas abusivas são o mais grave problema enfrentado hoje pela categoria. Outros 58,2% pedem o combate ao assédio moral, enquanto 27,4% assinalaram a falta de segurança contra assaltos e sequestros.

 

 

Fim das metas abusivas

 

A proposta sobre metas abusivas apresentada pelo Comando Nacional estabelece que os bancos devem garantir a participação de todos os seus trabalhadores na estipulação de metas e respectivos mecanismos de aferição, sendo obrigatoriamente de caráter coletivo (e não individual) e definidas por departamentos e agências. Deve-se ainda levar em consideração o porte da unidade, a região de localização, o número de bancários, a carteira de clientes, o perfil econômico local, a abordagem e o tempo de execução das tarefas.

 

Os bancários reivindicam ainda o fim da cobrança diária das metas e que elas deixem de ser mensais e passem a ser semestrais. “O problema não é a meta em si, mas a gestão das metas, o que envolve a organização do trabalho. É preciso que haja um olhar mais coletivo do processo de trabalho. A gestão atual das metas virou fator de risco para os trabalhadores”, aponta Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

 

Os negociadores da Fenaban, no entanto, alegaram que as metas seguem orientações técnicas universais para que sejam eficientes e que não é possível os sindicatos discutirem o modelo de gestão, pois é estratégico para cada banco.

 

O Comando ainda denunciou que a cláusula 35ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que proíbe a exposição do ranking individual dos funcionários, está sendo descumprida pelos bancos. A Fenaban se comprometeu a verificar a situação, a fim de que os rankings não sejam mais tornados públicos.

 

 

A vida acima do lucro

 

 

O Comando também abriu os debates sobre segurança bancária, focando o conceito da proteção da vida das pessoas e apresentando as principais preocupações da categoria. “Verificamos um aumento dos assaltos, sequestros e arrombamentos nos últimos anos, bem como dos casos de ‘saidinha de banco’, mostrando a fragilidade da segurança dos estabelecimentos”, destacou Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

 

No primeiro semestre deste ano, 30 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos, conforme pesquisa nacional da Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com apoio do Dieese. “Um gerente do Banco do Brasil foi assassinado no Piauí”, salientou o dirigente sindical.

 

O número de sequestros também cresceu assustadoramente. Nos últimos sete dias, segundo levantamento do Comando, dez bancários foram vítimas nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Pará, atingindo gerentes e tesoureiros, os que levam as chaves do banco para casa. “Precisamos acabar com a guarda das chaves pelos bancários. A abertura das agências e postos deve ser feita por empresas de segurança ou por controle remoto”, disse Ademir.

 

“Além da prevenção contra assaltos e sequestros, precisamos garantir assistência médica, psicológica e medicamentosa, bem como estabilidade ao empregado que foi vítima dessa violência”, ressaltou o diretor da Contraf-CUT. “A vida deve ser colocada acima do lucro”, enfatizou.

 

Foi também discutido o andamento do projeto-piloto de segurança bancária em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. A lista das agências, onde serão instalados os equipamentos previstos, está sendo concluída e, depois, serão definidos os nomes do grupo de acompanhamento e agendada a primeira reunião de trabalho.

 

 

Só a mobilização garante avanços

 

“Deixamos claro que a saúde do trabalhador e as condições de trabalho são prioritárias na campanha deste ano e que não será possível acordo se não houver uma solução para a questão das metas abusivas”, adverte Carlos Cordeiro. “O Comando espera um retorno sobre essa reivindicação na próxima rodada de negociação”

 

As negociações sobre saúde, condições de trabalho e segurança bancária continuam nesta sexta-feira 9, às 9h30.

 

A segunda rodada de negociação foi marcada para os dias 15 e 16, quando será tratado o tema do emprego.

 

Mas para avançar a negociação, a ousadia, a unidade e a mobilização são fundamentais. Além da pressão contra o PL 4330 da terceirização nos próximos dias 13 e 14 em Brasília, onde é essencial a presença de dirigentes sindicais de todo Brasil, é necessário organizar desde já o dia nacional de luta, a ser realizado no dia 22, com passeatas em todo o país.

 

Vem pra luta, bancário e bancária!

 

 

Calendário de mobilização

 

9 – Continuidade da primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Fenaban
9 – Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Caixa Econômica Federal
13 e 14 – Mobilização em Brasília contra PL 4330
14 – Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Banco do Brasil
15 e 16 – Segunda rodada de negociação com a Fenaban sobre o tema Emprego.
22 – Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários
22 – Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa
28 – Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
30 – Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

 
Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT reafirmou nesta quarta-feira, dia 7, durante a reunião do Comando Nacional dos Bancários, em São Paulo, a importância da mobilização em Brasília na próxima semana contra o PL 4330 da terceirização. O projeto pode ser votado na terça ou quarta-feira, dias 13 e 14, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.

 

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, ressaltou que os bancários estão entre as categorias que mais serão prejudicadas, caso o PL 4330 for aprovado. “Esse projeto vai piorar as condições precárias de trabalho de quem já está terceirizado e vai empurrar aqueles que hoje não estão, como os caixas e os gerentes das agências”, denunciou.

 

Além disso, Cordeiro lembrou que já está em tramitação no Senado outro projeto, “tão ruim quanto o PL 4330″, de autoria do senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

Para o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, a mobilização dos trabalhadores é fundamental para evitar a aprovação desses projetos que liberam por inteiro a terceirização no país.

 

“Foi a presença dos bancários que fez a diferença em 11 de junho e em 10 de julho, quando o PL 4330 esteve prestes de ser votado na CCJC da Câmara”, apontou. “A pressão dos trabalhadores garantiu a abertura de um processo de negociação, através da mesa quadripartite, que volta a se reunir na próxima segunda-feira, dia 12″.

 

Miguel reforçou a convocação já enviada pela Contraf-CUT aos sindicatos e federações para que participem da mobilização em Brasília, a fim de visitar os gabinetes dos deputados e lotar a sala de reuniões da CCJC da Câmara.

 

A CUT também promoverá na terça-feira uma vigília diante do Congresso Nacional. Os trabalhadores farão um acampamento, onde passarão a noite para protestar e cobrar que os parlamentares se posicionem contra o PL 4330.

 

“País de primeira não pode ter emprego de terceira”, concluiu Miguel.

 

Fonte: Contraf-CUT

No dia em que a Lei Maria da Penha completa sete anos, nesta quarta-feira, 7 de agosto, a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, destacou a importância da denúncia para a efetividade da lei e a punição aos agressores que cometem violência contra as mulheres.

 

“Se as mulheres não denunciarem, não existe crime. Como podemos acabar com a impunidade sem a denúncia? Quero aqui chamar as mulheres para denunciar a violência contra qualquer mulher, criança ou adolescente”, disse a ministra que participou da 7ª Jornada Lei Maria da Penha, organizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

 

Dados divulgados pelo Instituto Patrícia Galvão e Data Popular mostram que, após sete anos de vigência, 98% da população dizem conhecer a lei. Ao fazer um balanço do período, a ministra Eleonora Menicucci apontou a demora do Judiciário em expedir medidas protetivas em favor das mulheres como um dos gargalos a ser resolvido.

 

Ela lembrou que, em alguns casos, a medida para determinar que o agressor se mantenha à distância da vítima é expedida quando a mulher já foi agredida ou até morta. “A medida protetiva salva mulheres. E eu conclamo todos os juízes a olhar com cuidado e severidade, mas com determinação para a violência contra as mulheres expedindo, o mais rápido possível, as medidas protetivas.”

 

O integrante do CNJ Ney José de Freitas avaliou que a redução da violência contra a mulher é um longo processo por não se tratar apenas de medidas legais, mas também de uma mudança de comportamento. “Não é necessário apenas a alteração legislativa, é necessário também uma mudança de comportamento. É um processo de mudança demorado”.

 

Dados atualizados do Mapa da Violência 2012: Homicídio de Mulheres no Brasil apontam que é principalmente no ambiente doméstico que ocorrem as situações de violência contra a mulher. A taxa de ocorrência no ambiente doméstico é 71,8%, enquanto em vias públicas é 15,6%.

 

A violência física contra a mulher é predominante (44,2%), seguida da psicológica (20,8%) e da sexual (12,2%). No caso das vítimas que têm entre 20 e 50 anos de idade, o parceiro é o principal agente da violência física. Já nos casos em que as vítimas têm até nove anos de idade e a partir dos 60 anos, os pais e filhos são, respectivamente, os principais agressores, de acordo com dados do Mapa da Violência.

 

Para a secretária de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, ainda há muito o que fortalecer no sistema de proteção à mulher. Ela citou as delegacias especializadas como um dos pontos a ser aprimorado. “A efetividade da lei caminha lenta. Não temos delegacias especializadas em todo o país. Temos delegacias especializadas que ficam fechadas nos finais de semana e à noite, horários em que as mulheres mais precisam ter referências sobre aonde ir”, disse.

 

Fonte: Agência Brasil

Começa nesta quinta-feira (8), às 10h, a primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban, em São Paulo. Estarão na mesa o bloco de reivindicações sobre saúde, condições de trabalho e segurança bancária. Os debates continuam na manhã desta sexta-feira (9).

 

“Vamos começar as negociações com os bancos tratando das precárias condições de trabalho, que estão angustiando, estressando e adoecendo os bancários, muitos utilizando remédios de tarja preta, outros se afastando do trabalho e vários já perderam suas vidas”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

 

Saúde do trabalhador

 

O diagnóstico da médica e pesquisadora da Fundacentro, Maria Maeno, é preocupante. “O sistema financeiro, que pressupõe venda de produtos com metas cada vez mais elevadas, vem causando quadros de desgaste físico e psíquico aos trabalhadores, com muito sofrimento para suas famílias, com grande ônus para o sistema de seguridade social e para a sociedade como um todo”, aponta.

 

A organização e o sentido do trabalho precisam ser repensados para que as metas abusivas e o assédio moral sejam combatidos, segundo avaliação do professor Laerte Idal Sznelwar, do Departamento de Engenharia da Produção da Escola Politécnica da USP.

 

“O problema das metas está em como ela é definida. As metas abusivas são impostas de cima para baixo e o trabalhador que faz o contato com o cliente, que realiza a negociação, praticamente não é ouvido. A empresa em muitos casos tem uma determinada estratégia e não considera outras dimensões do trabalho revestidas de diferentes realidades. Sabemos que quando atingimos a meta, a tendência é que ela aumente”, explica Laerte.

 

“Queremos discutir a gestão dos bancos, baseada em metas abusivas, que estão provocando assédio moral e violência organizacional, prejudicando a saúde dos bancários”, aponta Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

 

Para Walcir, “as metas não podem ser individuais, mas sim coletivas e precisam levar em conta os afastamentos, licenças e férias da equipe de trabalho. Além disso, não podem ser mensais e não podem existir essas cobranças diárias e até por turno que estão enlouquecendo os bancários”.

 

 

Segurança bancária

 

“Além de um ambiente saudável, precisamos de segurança no trabalho, com prevenção contra assaltos e sequestros, a fim de proteger a vida das pessoas”, reforça Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

 

No primeiro semestre deste ano, 30 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos, conforme pesquisa nacional da Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com apoio do Dieese. “Um gerente do Banco do Brasil foi assassinado no Piauí”, salienta o dirigente sindical.

 

“Mais do que prevenção, precisamos garantir assistência médica, psicológica e medicamentosa, bem como estabilidade ao empregado que foi vítima de assaltos, sequestros e extorsões”, ressalta Ademir.

 

 

Bancos federais

 

A primeira negociação da pauta específica com a Caixa Econômica Federal acontece nesta sexta-feira, dia 9, às 15h, em Brasília. Com o Banco do Brasil, a primeira rodada foi marcada para o dia 14, às 13h, também em Brasília. Em ambas, o tema inicial será igualmente saúde e condições de trabalho.

 

 

Calendário de mobilização

 

8 e 9 – Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Fenaban
9 – Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Caixa Econômica Federal
13 e 14 – Mobilização em Brasília contra PL 4330
14 – Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Banco do Brasil
22 – Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários
22 – Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa
28 – Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
30 – Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

 

“Vem pra luta, bancário e bancária”, convoca o presidente da Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) fixou em 2,14% ao mês o teto para a taxa de juros dos empréstimos consignados, destinado a aposentados e pensionistas.

 

Para o cartão de crédito dos beneficiários da Previdência Social, o limite da taxa de juros mensal foi definido em 3,06%.

 

A medida vai ser publicada na edição desta quarta-feira (23) do Diário Oficial da União.

 

Oferecem empréstimos consignados 38 instituições bancárias, sendo 33 de pequeno porte, mais o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Itaú, o Santander e o Bradesco.

 

Duas em cada três instituições financeiras que oferecem planos de parcelamento em 60 prestações cobravam taxas superiores a 2,25% ao mês, segundo relatório apresentado na reunião desta manhã do CNPS, elaborado pelo Ministério da Previdência Social e pela Associação Brasileira dos Bancos Comerciais (ABBC).

 

Fonte: Agência Brasil

Acontece na próxima quinta e sexta-feira, dias 8 e 9, a primeira rodada de negociação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, com a Fenaban, em São Paulo. Nessa primeira etapa, será discutido o bloco de reivindicações sobre condições de trabalho, que envolve saúde do trabalhador, fim das metas abusivas e do assédio moral, e segurança bancária.

 

A Campanha Nacional dos Bancários deste ano tem como eixos centrais reajuste de 11,93% (inflação projetada do período mais aumento real de 5%), elevação do piso salarial ao valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 2.860,21), defesa do emprego, fim da terceirização e melhores condições de trabalho.

 

Os balanços dos bancos mostram que a situação do sistema financeiro é muito sólida, que os lucros continuam muito altos e que, por isso, eles têm plenas condições de atenderem às reivindicações dos bancários. O momento é favorável para avançar nas conquistas econômicas e sociais da categoria.

 

BB e Caixa

 

O Comando Nacional também entregou as pautas de reivindicações específicas às direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. A primeira rodada de negociações com o BB foi marcada para o dia 14, às 13h, em Brasília. Com a Caixa, as negociações começam na próxima sexta-feira, dia 9, às 15h, também em Brasília. Em ambas, o tema inicial será saúde e condições de trabalho.

 

Bancos privados obtêm lucros astronômicos

 

Os três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) publicaram nos últimos dias os balanços do primeiro semestre de 2013, somando lucros de R$ 15,905 bilhões.

 

O lucro líquido do Itaú atingiu R$ 7,055 bilhões, o segundo maior lucro semestral da história dos bancos brasileiros, só ficando atrás de outro recorde do próprio banco no ano de 2011 (R$ 7,133 bilhões). O Bradesco obteve lucro líquido de R$ 5,921 bilhões, o maior da história do banco, e o Santander apurou um lucro gerencial de R$ 2,929 bilhões.

 

No entanto, eles continuaram demitindo milhares de bancários, praticando rotatividade para reduzir custos e eliminando juntos 5.988 empregos no semestre. Já nos últimos 12 meses os três bancos fecharam 10.254 empregos. Isso é inaceitável. Eles estão andando na contramão do emprego, uma vez que o país gerou 826.168 novos postos de trabalho no período.

 

Vem pra luta, bancário e bancária!

 

Esses lucros, frutos do trabalho dos bancários, estimulam ainda mais a participação nas atividades de mobilização dos bancários. Chegou a hora de ir à luta para conquistar aumento real de salário, emprego decente e distribuição de renda. Somente com ousadia, unidade e mobilização, vamos arrancar o atendimento das reivindicações da categoria.

 

Vem pra luta, bancário e bancária.

 
Fonte: Contraf-CUT

Em negociação realizada nesta sexta-feira (2) com o Santander, em São Paulo, a Contraf-CUT, federações e sindicatos repudiaram as milhares de demissões e o corte de 3.216 empregos nos últimos 12 meses, sendo 2.290 no primeiro semestre deste ano, conforme balanço divulgado na última terça-feira (30). Os dirigentes sindicais também cobraram respostas das várias pendências da última reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT).

 

 

Rotatividade e redução de empregos

 

O corte de vagas não se justifica. O banco obteve lucro de R$ 2,929 bilhões no primeiro semestre. “O fechamento de postos de trabalho está também na contramão da economia brasileira, que vem criando empregos todos os meses”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. “Onde está a contrapartida social do banco espanhol para a geração de empregos e o desenvolvimento do país?”, questiona o dirigente sindical.

 

“Esse modelo de gestão, baseado na redução de custos, através da rotatividade e do corte de empregos, piorou ainda mais as condições de trabalho, sobrecarregando e adoecendo muitos colegas e prejudicando o atendimento aos clientes”, alerta o dirigente sindical.

 

Não é à toa que o banco liderou pelo quinto mês consecutivo, em junho, o ranking de reclamações do Banco Central. “O banco tem que parar de demitir. Já está cortando no osso”, compara Ademir.

 

 

Reestruturação

 

O banco trouxe alguns dados sobre a reestruturação que está em andamento, informando a nova organização da vice-presidência executiva de varejo, que envolve o alto escalão. Duas diretorias de rede foram extintas em São Paulo, assim como as de Santa Catarina e Paraná, com a redistribuição das agências. Houve também fechamento de regionais.

 

Além disso, conforme o balanço do primeiro semestre, o Santander extinguiu 12 agências e 19 PABs. Os representantes do banco disseram que 20 agências foram fusionadas no período, apontando que a reestruturação ainda não acabou.

 

Os dirigentes sindicais cobraram a manutenção dos coordenadores nas agências. Muitos foram demitidos e hoje as funções são assumidas pelos caixas, inclusive a guarda das chaves em várias unidades, o que é ilegal e expõe os colegas ao risco de sequestros.

 

“É impossível uma agência trabalhar sem coordenador porque acaba acontecendo do caixa ter de fazer esse trabalho. Além de ser acúmulo de tarefa, caracteriza-se como desvio de função”, critica a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani. “Essas mudanças estão ligadas à série de demissões que o banco vem promovendo”, denuncia.

 
Os representantes do banco negaram que o cargo de coordenador está sendo extingo. Os dirigentes sindicais reivindicaram participação no processo de reestruturação para discutir o impacto para os trabalhadores.

 

“Não adianta dizer que o foco é o cliente e o funcionário, enquanto o banco demite trabalhadores e os altos executivos ganham bônus milionários”, enfatiza a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlota. “Há uma distância entre o discurso e a prática”, aponta.

 

 

Bolsas para estudo 

 

O banco informou que das 2.500 bolsas previstas no acordo aditivo à convenção coletiva foram concedidas 2.412, estando hoje 88 em aberto. No entanto, houve 298 pedidos não atendidos, muitos por falta de documentos, que ainda podem ser regularizados para completar as vagas pendentes.

 

Os dirigentes sindicais reivindicaram que as bolsas para primeira graduação sejam ampliadas para segunda graduação e pós, propondo que essa discussão ocorra já ao final deste ano, para que os avanços possam ser usufruídos pelos trabalhadores no primeiro semestre de 2014.

 

 

Caixas, estagiários e aprendizes 

 

Além do comunicado já entregue anteriormente aos dirigentes sindicais sobre as atividades de caixa, onde consta a não existência de metas individuais para venda de produtos, o banco apresentou cópia do manual de instrução sobre as tarefas de estagiários e aprendizes.

 

Clique aqui para ler o comunicado sobre as atividades de caixa.

 

“É vedado ao estagiário realizar venda de produtos comercializados na agência ou formalizar operações bancárias”, afirma o manual. “Não é permitido ao jovem aprendiz ter metas comerciais”, estabelece.

 

“Solicitamos a afixação do comunicado sobre os caixas no quadro de avisos das agências, além de dar ciência por escrito aos trabalhadores, uma vez que muitos ainda não sabem da nova orientação do banco”, afirma o secretário de relações internacionais da Contraf-CUT, Mário Raia.

 

 

Retirada das ações judiciais contra entidades sindicais

 

Os dirigentes sindicais continuaram a discussão com o Santander sobre a retirada das ações judiciais movidas pelo banco contra a Contraf-CUT e várias federações e sindicatos e a Afubesp. Novos debates serão realizados.

 

“Não aceitamos a tentativa do banco de calar a voz dos trabalhadores. É preciso respeitar o direito de liberdade de expressão das entidades sindicais e valorizar o diálogo social e a mesa de negociação para buscar soluções”, destacou Ademir.

 

 

Call Center

 

O Santander prometeu dar um retorno até o próximo dia 16 sobre a proposta de acordo coletivo já enviada pelo movimento sindical.
Os representantes do banco reafirmaram o entendimento apresentado na reunião do CRT de que o funcionário terá direito ao intervalo de 20 minutos para lanche e 10 minutos para pausa dentro da jornada de trabalho, independente dos horários de ida ao banheiro sempre que for preciso.

 

 

Funcionários estrangeiros

 

Mais uma vez, o banco não apresentou números sobre o total de funcionários estrangeiros no Brasil, porém negou que haja substituição de brasileiros por trabalhadores de outros países.

 

“Queremos informações sobre os estrangeiros que trabalham aqui, bem como sobre os brasileiros que atuam em unidades do banco no exterior”, salientou a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Vera Marchioni.

 

 

Terceirização nas homologações

 

Os dirigentes sindicais voltaram a cobrar o fim da utilização de terceirizados como prepostos nas homologações junto aos sindicatos. O banco ficou de analisar o problema.

 

“Se não tem funcionário do banco para ser preposto, a solução é parar de demitir”, ironizou o representante da Fetrafi-RS, Bino Koehler.

 

 

Pendências

 

O Santander não trouxe respostas para várias pendências, como a redução de juros e isenção de tarifas para funcionários na ativa e aposentados e a concessão de uma folga no dia do aniversário. O banco também não apresentou data para a retomada do grupo de trabalho do SantanderPrevi.

 

Fonte: Contra-CUTcom Seeb São Paulo

Trabalho de bancário sendo realizado por terceirizados, falta de condições de trabalho e outras situações já constatadas pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo na empresa Scor, terceirizada que presta serviços para o Santander, puderam ser conferidas também por auditores do Ministério Público do Trabalho durante fiscalização no último dia 22 de julho.

 

Na fiscalização, verificou-se que bancários e terceirizados trabalham lado a lado, desempenhando as mesmas atividades, tipicamente bancárias, no entanto, retratando realidades bastante diferentes entre os trabalhadores.

 

Segundo relato de um bancário, isso também o incomoda: “saber que um companheiro não tem os mesmo direitos e condições de trabalho gera desconforto no ambiente”.

 

A situação a que estão submetidos os cerca de 500 funcionários da terceirizada, localizada na Rua Pedro Vicente, na Armênia, já foi denunciada diversas vezes pelo Sindicato e retrata uma das maiores ameaças já conhecida aos direitos conquistados pelos trabalhadores: o Projeto de Lei 4330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), e relatado na Comissão de Constituição de Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara por Artur Maia (PMDB-BA).

 

A intenção do PL 4330 é regulamentar a prática da terceirização fraudulenta no país. “Traduzindo, quer dizer colocar mais trabalhadores na situação desses funcionários da Scor, sem condições de trabalho, realizando a função de um bancário, mas sem ganhar nada do que ganha um trabalhador da categoria bancária”, ressalta a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas.

 

Segundo a dirigente sindical, após essa fiscalização do MPT, o Sindicato espera uma decisão favorável aos trabalhadores da Scor. “Queremos que, após constatadas tantas irregularidades, esses funcionários sejam enquadrados como bancários.”

 

Sobre o PL 4330, a luta é para a derrubada do projeto. “Os autores desse projeto são empresários, não representam a classe trabalhadora. Mas, com certeza ouvirão nossa voz no dia 6 de agosto. Vamos aumentar a pressão pela derrubada do PL, vamos até o Congresso protestar e a categoria bancária está unida para não permitir essa precarização de direitos conquistados”, destaca Raquel.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Funcionários do Bradesco estão enfrentando sérias dificuldades no atendimento médico, laboratorial e hospitalar, em todo o país, porque o Bradesco Saúde caiu em desgraça junto à rede credenciada.

 

“No Rio, quando um funcionário ou algum dependente telefona para marcar uma consulta, exame ou internação, a primeira preocupação da pessoa que atende do outro lado da linha é com o tipo de plano. Se for do Grupo Bradesco, que é o caso dos funcionários do banco, o atendimento é negado. Só são atendidos clientes do convênio Bradesco – Rede Globo”, denuncia o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Marcelo Pereira, que não conseguiu marcar um atendimento médico.

 

O sindicalista disse ainda que os gestores do setor de Recursos Humanos da empresa querem resolver o problema pontualmente, em vez de tomar uma medida geral para que a rede credenciada atenda devidamente todos os funcionários e dependentes.

 

Odontológico

Quando se trata de atendimento odontológico, a rejeição da rede credenciada é ainda maior. O Bradesco comprou o OdontoPrev e passou a trabalhar com uma tabela de preços inferior à do Bradesco Saúde. As reclamações ocorrem em todo o país.

 

No Rio, a Associação Brasileira de Odontologia (ABO), que pratica os preços mais baixos, decretou greve contra o OdontoPrev. Também nesse caso as reclamações ocorrem em todo o país.

 

Vacinação ameaçada

A campanha nacional de vacinação, desenvolvida todos os anos pelo Bradesco e por outras empresas, também está ameaçada. Os funcionários são atendidos em seus locais de trabalho, por força de contrato entre o banco e os laboratórios.

 

No Rio, os dependentes desses trabalhadores, no entanto, só dispõem de dez locais para a vacinação. “Mesmo esses poucos locais de atendimento estão fadados à redução porque os valores pagos pelo banco não atendem às reivindicações de clínicas e profissionais da área de saúde”, finalizou Marcelo.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio de Janeiro

O lucro líquido do Itaú Unibanco cresceu 4,83% no primeiro semestre de 2013 em relação a igual período de 2012, atingindo R$ 7,055 bilhões. Trata-se do segundo maior lucro da história dos bancos brasileiros, só ficando atrás de outro recorde do próprio banco no ano de 2011 (R$ 7,133 bilhões). O balanço foi divulgado nesta terça-feira (30).

 

Apesar de todo esse resultado gigantesco, o Itaú continuou reduzindo postos de trabalho. Apenas no primeiro semestre, foram cortados 2.264 empregos no Brasil, dos quais 1.556 no segundo trimestre. Já nos últimos 12 meses o enxugamento foi de 4.458 funcionários. Assim, em junho de 2013, o quadro caiu para 88.059 empregados.

 

“O balanço mostra outra vez a falta de contrapartidas sociais do Itaú, pois o banco seguiu demitindo, praticando rotatividade e eliminando vagas, piorando, assim, as condições de trabalho e prejudicando o atendimento aos clientes”, aponta o funcionário do banco e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

 

Não é à toa que o banco liderou no primeiro semestre deste ano as reclamações de consumidores do setor financeiro na Fundação Procon.

 

 

Aumento das tarifas

 

Conforme análise do Dieese, o resultado anual foi influenciado pela queda de 3,5% do Produto Bancário, que representa as rendas das operações bancárias e de seguros, mas compensada pelo aumento significativo de 21,6% das Receitas de Prestação de Serviços e Tarifas.

 

Houve também redução de 20,6% nas despesas em Provisões para Devedores Diversos (PDD). A taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) do banco caiu 1 ponto percentual, de 5,2% para 4,2% no primeiro semestre de 2013.

 

Já o retorno anualizado (rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio) alcançou 19,3% no primeiro semestre, uma queda de 0,4 ponto percentual nos últimos 12 meses.

 

Em junho de 2013, o patrimônio líquido do banco manteve-se praticamente estável em 0,19%, totalizando R$ 75,781 bilhões. Em relação ao total de ativos, o crescimento foi de 19%, somando ao final do período R$ 1,059 trilhão.

 

 

Expansão do crédito

 

A carteira de crédito total alcançou o saldo de R$ 467,514 bilhões, com crescimento de 7,7% em relação ao 1º semestre de 2012, e de 2,5% em relação ao 1º trimestre.

 

No segmento de pessoas físicas, com variação de 5%, os destaques foram os crescimentos nas carteiras de crédito consignado e imobiliário, com evoluções de 58,6% e 32,4% no período de 12 meses, respectivamente.

 

O destaque negativo foi a carteira de veículos, que teve queda de 19,9% em relação a junho de 2012. Já para a carteira de pessoas jurídicas o crescimento foi de 7,3%, com destaque para a carteira para as grandes empresas que aumentou 15,8%.

 

 

Receita de tarifas x despesas de pessoal

 

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias apresentaram crescimento significativo de 13,5%, atingindo R$ 11,446 bilhões no primeiro semestre. Somente com esta receita, o Itaú Unibanco cobre 155% do total das despesas de pessoal. Há um ano atrás essa cobertura era menor (147,6%). Isso ocorre porque o Itaú continua reduzindo, sistematicamente, seu quadro de trabalhadores.

 

 

Milhões para altos executivos

 

Enquanto reduz empregos, o Itaú lidera a remuneração milionária dos altos executivos, superando o Santander e o Bradesco, que também pagam milhões de reais por ano para o alto escalão.

 

Segundo levantamento do Dieese, com base em dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cada diretor do Itaú ganhou, em média, R$ 9,05 milhões em 2012, mais do que o do Santander, que recebeu R$ 5,63 milhões e o do Bradesco, que embolsou R$ 5,01 bilhões. Já o bancário do piso salarial recebeu apenas R$ 38,64 mil no ano passado.

 

Isso significa que um diretor do Itaú ganhou, em média, 234,27 vezes mais que um funcionário recebe com o piso. No Santander, o executivo ganhou 145,67 vezes o piso.

 

“Trata-se de um modelo perverso, que escancara a falta de distribuição de renda no setor financeiro e que não pode continuar. Não é à toa que o Brasil é o 12º país com a maior concentração de renda do mundo”, destaca Cordeiro.

 

Fonte: Contraf-CUT com Dieese