Maio 22, 2025
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O prazo para entrega da declaração de Imposto de Renda de pessoas físicas foi prorrogado por dois meses. O anúncio foi feito pelo Ministério da Economia, nesta quarta-feira (1º). O prazo da declaração do IR 2020, ano calendário 2019, se encerraria em 30 de abril. Agora, poderá ser realizada até 30 de junho.

Por conta da crise do coronavírus, a Receita concordou em prorrogar o prazo depois de ouvir relatos de contribuintes confinados em casa em razão do coronavírus, alegando dificuldades em obter documentos na empresa ou de conseguir recibos para dedução de despesas.

Em razão do adiamento do prazo de entrega da declaração do IR 2020, o crédito das restituições também tende a ter seu prazo alterado, mas ainda não há uma data definida. O primeiro lote estava marcado para 29 de maio, mas isso poderá mudar, já que as pessoas ainda estarão no período de entrega.

Neste ano, a Receita tinha reduzido, de sete para cinco, o número de lotes de restituição e antecipado o primeiro lote, antes realizado em 15 de junho.

No último dia 26, a Receita Federal também adiou a entrega do Imposto de Renda de microempreendedores individuais e empresas no regime de Simples Nacional também até o dia 30 de junho.

Fonte: Rede Brasil Atual

Com o avanço da pandemia causada pelo novo coronavírus no país, o movimento em hospitais e ambulatórios se intensifica. Os pacientes apresentam sintomas como febre, tosse e falta de ar, típicos da doença. Porém, o que muita gente não sabe é que a falta de ar muitas vezes está relacionada à ansiedade, devido à reclusão durante a quarentena. Nesse caso, as mulheres são as que mais sofrem, pois além de terem de ficar reclusas, muitas delas não estão seguras dentro da própria casa.

Um exemplo de casos de ansiedade durante a pandemia é o relatado, em reportagem ao portal R7, pela médica generalista Lilian Bastos, que recebe pacientes com sintomas de ansiedade com frequência. Um dos casos que chamou sua atenção foi o de uma mulher casada, com aproximadamente 25 anos, que chegou à Unidade Básica de Saúde (UBS) com muita falta de ar.

Para Lilian, o pânico de sua paciente é sintoma de mais um desafio trazido pelo coronavírus. “Estava nervosa e chorava bastante. O marido disse que faria algo com ela caso os filhos tivessem qualquer sintoma da COVID-19”, disse a médica.

Pandemia intensifica luta contra a violência à mulher

De acordo com a ONU Mulheres e do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, o número de registro de denúncias pelo canal Ligue 180 aumentou 17%. Só em 2019, 7 a cada 10 vítimas de feminicídio foram mortas dentro de seus lares.

Para Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o período pelo qual o Brasil está passando requer ainda mais atenção às mulheres. “Continuamos cobrando suporte e assistência para as mulheres vítimas de violência, principalmente agora, durante a pandemia, quando elas são obrigadas a ficar em casa, com seu marido, que na maioria dos casos é seu agressor”, afirmou.

Elaine também enfatizou a importância da denúncia dos casos de violência e feminicídio, assim como a punição aos criminosos, que estão se aproveitando desse momento delicado do país. “É importante que as vítimas de violência liguem no 180 e, se forem bancárias, entrem em contato com o canal de violência contra a mulher dos bancos e denunciem qualquer agressão, seja verbal ou física”, completou a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Governo tenta naturalizar violência doméstica

Na contramão da preocupação com a violência contra a mulher, o governo federal tenta naturalizar a situação. Em declaração para a imprensa, no dia 29 de março, Jair Bolsonaro legitimou o homem a agredir uma mulher pelo motivo de estar em confinamento. “Tem mulher apanhando em casa. Por que isso? Em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. Como é que acaba com isso? Tem que trabalhar, meu Deus do céu”, disse o presidente.

Elaine Cutis repudiou a fala e o posicionamento do presidente durante à pandemia. “Não podemos admitir que uma situação tão séria como essa seja aceita pela sociedade e principalmente pelos governantes. Cobramos políticas que tragam segurança para as mulheres, que não só sofrem violências domésticas como também psíquicas e, além disso, também são quem cuida dos filhos, da casa, enquanto ainda trabalham em home office”, concluiu a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Canal de atendimento às bancárias vítimas de violência

As bancárias que forem vítimas de violência doméstica ou psíquica podem denunciar as agressões no canal de atendimento às bancárias vítimas de violência. O aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria que dá as diretrizes para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias, e garante o apoio àquelas que forem vítimas, foi assinado no dia 11 de março pelo Comando Nacional dos Bancários e pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Por reivindicação da categoria bancária, a proposta vinha sendo negociada desde março de 2019. Na reunião de negociação entre o Comando dos Bancários e a Fenaban, ocorrida em fevereiro de 2020, os bancos aceitaram a criação do programa.

Pesquisas apontam que, no Brasil, mulheres vítimas de violência costumam se ausentar do trabalho, em média, por 18 dias . “A ausência de uma política interna para lidar com o problema da violência doméstica vivenciado por muitas mulheres no Brasil leva alguns gestores ao imobilismo ou ao tratamento inadequado da situação. Por isso, intervenções institucionais são necessárias para contribuir e minimizar o sofrimento psíquico da mulher vítima de violência”, disse a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

A não obrigatoriedade do cumprimento de metas no período de risco, o abono às faltas, a garantia do emprego, atendimento psicológico e social são algumas das políticas que os trabalhadores e trabalhadoras esperam que sejam criadas pelos programas de prevenção e apoio às bancárias vítimas de violência doméstica.

Fonte: Contraf-CUT

A disseminação do novo coronavírus (COVID-19) avança a cada dia. Nesta quarta-feira (1), o Brasil registrou mais de 6.800 infectados. A velocidade assustadora da contaminação exige que todos tomem medidas para a prevenção da doença. No caso dos bancários que não podem cumprir o isolamento social por ter que realizar as atividades essenciais dos bancos, a preocupação é ainda maior, já que o vírus pode ser transmitido através do contato com cédulas, documentos e caixas eletrônicos.

Transmitido por gotículas de saliva e catarro, o vírus se espalha pelo ambiente e perdura nas superfícies por um longo tempo. Por isso, a higienização dos locais de trabalho, onde as pessoas passam a maior parte do tempo é necessária.

Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, lavar as mãos com água e sabão, frequentemente, em especial após tossir, espirrar, ir ao banheiro e mexer com animais, é uma importante medida para a prevenção ao vírus.

Mauro Salles, também indica o uso de álcool gel para a proteção. “É importante ter um frasco de álcool gel na mesa de trabalho ou na bolsa. Ao adotar essa prática, evita-se que o vírus acesse seu organismo após ter que colocar as mãos em uma superfície contaminada”, explicou. “Evitar aglomeração e manter o distanciamento social também é essencial neste momento”, completou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um documento sobre como prevenir o coronavírus e outras infecções no ambiente de trabalho. Segundo o órgão, a adoção das medidas preventivas é uma forma de reduzir a licença de trabalho ocasionada por doenças e também a propagação da COVID-19.

De acordo com o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, as empresas têm a obrigação de apresentar um plano para evitar que a doença se propague, caso haja confirmação do diagnóstico em algum funcionário ou mesmo para os casos suspeitos. “Os bancos são responsáveis pelo fornecimento de materiais como álcool gel e máscara, quando necessário. O banco que não disponibilizar esses tipos de materiais essenciais para a prevenção do coronavírus não estará cumprindo com as orientações da OMS e nem se preocupando com a saúde e segurança do trabalhador, portanto, o bancário pode se recusar a trabalhar num ambiente que não é seguro ”, disse Mauro.

“Também cobramos dos bancos a higienização de todos os espaços neste momento. Acima de tudo, caso haja uma suspeita ou caso comprovado de COVID-19, o trabalhador deve ser afastado bem como todos os colegas que tenham tido contato com ele”, concluiu Mauro Salles.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de acordar a Confederação Nacional dos Bancários (Contraf-CUT) que realizaria o estorno imediato de descontos indevidos na Remuneração Variável (RV) entre novembro e fevereiro, com pagamento desses valores em parcela única neste mês, o Banco Alfa começou a fazer nesta terça-feira (31) a devolução dos valores.

Para os trabalhadores da ativa, o pagamento será feito na folha de pagamento, nesta terça 31. Para os que deixaram o banco ou a financeira, mas têm direito á devolução, a orientação é formalizar a solicitação ao setor de Recursos Humanos para que seja providenciado o pagamento em até 10 dias.

“Isso só foi possível graças às denúncias que chegaram dos trabalhadores e ao empenho do movimento sindical em exigir providências do Grupo Alfa para solução da questão. Num primeiro momento, a situação está resolvida, mas vamos insistir que o banco formalize um acordo coletivo de trabalho que garanta a todos pagamentos por participação nos resultados da instituição financeira”, reforçou Jair Alves, dirigente da Contraf-CUT responsável pelas as negociações com as financeiras.

Jair lembrou que o movimento sindical vem acompanhando as medidas do Grupo Alfa para proteção de seus trabalhadores durante a pandemia de coronavírus. “A reivindicação é que se permita o trabalho em home office, mas que também haja proteção e higienização do ambiente, para segurança daqueles que eventualmente precisem trabalhar presencialmente. Além do pleito pela manutenção dos empregos, dos salários e benefícios, neste momento é fundamental cuidar da saúde dos trabalhadores e permitir que façam seus trabalhos longe de qualquer risco”, finalizou

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, nesta terça-feira (31), um ofício para o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, para reivindicar a suspensão de todos os atos decorrentes da “reestruturação” em curso no banco, para impedir prejuízos aos bancários no atual estado de Calamidade Pública, reconhecido pelo Congresso Nacional por meio do Decreto publicado em 20 de março de 2020.

“O atual cenário mundial tem deixado todo mundo num enorme estado de aflição e de incertezas. Para os bancários, é ainda pior, porque, além da ansiedade da pandemia, ainda tem mudanças quanto à reestruturação da empresa”, disse Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco, ao lembrar que já foram confirmados diversos casos de contaminação por coronavírus entre os trabalhadores do setor financeiro.

“A situação pede prudência e sensatez a qualquer empregador, especialmente naquilo que pode alterar as relações de trabalho já estabilizadas. É fundamental levar em consideração também que, algumas medidas dependem da manifestação do empregado, que – em sua maioria – estão em situação de instabilidade emocional”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

O Senado aprovou na noite da segunda-feira (30) a criação de uma renda básica emergencial para proteger trabalhadoras e trabalhadores informais dos impactos econômicos que as medidas de isolamento social para conter a disseminação da pandemia do coronavírus (COVID-19) já estão provocando. Agora, só falta o presidente Jair Bolsonaro sancionar e regulamentar rapidamente para o auxílio começar a ser pago.

Têm direito ao auxílio emergencial de R$ 600, que pode chegar a R$ 1.200,00 por família, microempreendedores individuais, contribuintes individuais e trabalhadores informais inscritos no Cadastro Único até 20 de março. Os demais terão que fazer autodeclaração em plataforma digital.

O governo queria pagar apenas R$ 200,00. Somente por causa da pressão da Central Única dos Trabalhadores (CUT), das demais centrais sindicais e de parlamentares de esquerda, o valor foi aumentado para R$ 600,00, podendo chegar a R$ 1.200,00 por família.

Confira quem tem direito, qual o valor, como e onde se cadastrar para receber o auxílio emergencial:

Quem tem direito?

  • Todos que trabalham sem carteira assinada, inclusive os trabalhadores domésticos; empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ – os chamados de microempreendedores individuais; e trabalhador familiar auxilia; e, desempregados com mais de 18 anos que se enquadrem nos critérios do CadÚnico (Cadastro Único), que é o registro de pessoas de baixa renda que recebem benefícios sociais, como o Bolsa Família;
  • Funcionários públicos não terão direito ao auxílio, mesmo que em contrato temporário;Também não receberão o auxílio pessoas que recebem algum outro benefício, como Benefício de Prestação Continuada (BPC), seguro-desemprego, aposentadoria ou pensão;
  • Quem recebe Bolsa Família poderá escolher entre continuar com o valor pago pelo programa ou optar pelo auxílio de R$ 600 (não será permitido acumular os dois).

MEI pode receber o benefício?

  • Os Microeempreendedores Individuais (MEIs) têm direito ao auxílio emergencial, desde que cumpram os requisitos do auxílio;
  • Tem MEIs que estão no CadÚnico;
  • O MEI que não estiver no CadÚnico poderá fazer a inscrição por meio do site que será criado pelo governo.

Quem não poderá receber o auxílio?

  • Famílias com renda mensal total superior a três salários mínimos (R$ 3.135) família com renda per capita (por membro da família) maior que meio salário mínimo (R$ 522,50) quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018;
  • A renda média da família será verificada por meio do CadÚnico para os inscritos no sistema;
  • Os não inscritos no CadÚnico terão de fazer uma autodeclaração por meio de uma plataforma digital;
  • De acordo com a nota técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese), há informações de que o governo planeja disponibilizar um aplicativo que permita o cadastramento, a fim de evitar aglomerações.

Quanto será pago?

  • Cada trabalhador ou trabalhadora informal que tiver direito, de acordo com as regras estabelecidas, deve receber R$ 600 por mês;
  • Cada família pode acumular no máximo dois benefícios (R$ 1.200,00);
  • Se a mulher trabalhadora sustentar o lar sozinha terá direito a R$ 1.200,00.

Por quanto tempo o benefício será pago?

O auxílio será pago durante três meses ou enquanto durarem as medidas de isolamento social contra a disseminação da COVID-19. Prevendo isso, os deputados colocaram no projeto um item que prevê a possibilidade de o governo prorrogar o benefício por mais três meses.

Como será feito o pagamento?

De acordo com o Dieese, a operacionalização e o pagamento do benefício será de responsabilidade de instituições financeiras públicas, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que deverão abrir automaticamente contas em favor dos beneficiários, com isenção de tarifas de manutenção e direito a uma transferência bancária grátis por mês.

O que é o Cadastro Único?

  • O Cadastro Único é um conjunto de informações sobre as famílias brasileiras em situação de pobreza e extrema pobreza;
  • Essas informações são utilizadas pelo Governo Federal, estados e municípios para implementação de políticas públicas, como o Bolsa família, a Tarifa Social de Energia Elétrica e o BPC.

Quem deve estar inscrito no Cadastro Único?

  • Devem estar cadastradas as famílias de baixa renda:
  • Que ganham até meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50 em 2020); ou
  • Que ganham até três salários mínimos de renda mensal total (R$ 3.135,00).
  • O texto aprovado no Senado estabelece o CadÚnico como exigência para solicitar o auxílio, mas a ideia é que ele seja usado para facilitar a liberação benefício.

Quando o auxílio começa a ser pago?

Ainda não tem data marcada. O texto aprovado pelo Congresso precisa ser sancionado pelo presidente e o governo federal ainda terá de regulamentar como o benefício será concedido;

Quando o governo anunciou que o benefício seria de R$ 200, o Ministério da Economia havia divulgado que quem está no Cadastro Único e cumpre os critérios já estaria inscrito para receber e não precisaria fazer nada.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de receber inúmeras denúncias dos empregados da Caixa de inviabilidade para se inscreverem nos processos seletivos abertos, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), através da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa), pede a suspensão dos processos seletivos internos e a interrupção dos prazos processuais dos processos disciplinares e de apuração ética, além da consequente suspensão desses processos, até a normalização das atividades funcionais.

“Nosso objetivo é garantir que todos os empregados consigam participar e concorrerem às vagas, se quiserem. Assim como possam se defender devidamente”, explicou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco. Os relatos são de instabilidade na ferramenta eletrônica de inscrições nos PSI’s, que por vezes fica fora do ar ou trava, o que impossibilita a inscrição nos PSI’s ou mesmo de equipamento para acesso à rede. “As instabilidades do sistema e a ausência de acesso à rede fornecimento de certificados eletrônicos pela Caixa impossibilitar a observação dos princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da publicidade e da eficiência”, diz o texto.

Fonte: Contraf-CUT

Apesar de o Brasil ter entrado na fase de crescimento exponencial no número de casos de contaminação e mortes pela COVID-19, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, insiste em criticar a quarentena e, ainda, defende que a população seja infectada “o quanto antes” para “que a economia volte a funcionar”.

As declarações, publicadas nesta segunda-feira (30), no jornal O Globo, vão na contramão de estudos científicos e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Novaes argumentou que é preciso que a pandemia alcance o máximo de pessoas, cerca de 70% da população, para que a sociedade seja “imunizada”. Os 30% restantes seriam “os velhinhos e os já doentes” que, segundo ele, não serão contaminados pelo vírus se forem isolados.

Na semana passada, em um grupo de WhatsApp, Novaes havia dito que a vida não tem “valor infinito” e que o vírus tinha “que ser balanceado com a atividade econômica”. Alguns dias antes, em entrevista ao jornal Valor Econômico, ele afirmou que a quarentena causaria “depressão econômica com efeitos piores que os da epidemia”.

Em nota sobre as declarações infelizes do presidente do Banco do Brasil, a Conselheira de Administração Representante dos Funcionários (Caref) do BB, Débora Fonseca, pediu esclarecimentos para o Conselho de Administração do banco. Ela propôs ainda a redução dos impactos econômicos e sociais da pandemia no país, com a liberação de recursos para financiamentos, refinanciamentos e suspensão de pagamentos por seis meses.

“Proposta essa que, de fato, irá salvaguardar as Micro e Pequenas Empresas, os Micros-Empreendedores Individuais e milhares de emprego”, ponderou. A dirigente defendeu também fortalecimento de crédito pessoal, principalmente à população de baixa renda, e a liberação de recursos para financiar o “poder público municipal e estadual” no “combate à COVID-19”.

Segundo o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, em todo o mundo, 45 países já estão adotando medidas semelhantes às apontadas pela Caref, para proteger o emprego e a renda. “O governo e o Congresso dos Estados Unidos, por exemplo, trabalham em um pacote de ajuda financeira de quase U$ 2 trilhões contra a recessão decorrente da pandemia causado pelo novo coronavírus. Parte desse valor será transferido na forma de uma bolsa mensal de R$ 1.200 por pessoa, para que elas fiquem em casa e não transmitam o vírus”, explicou.

“Medidas adotadas em outros países para conter o impacto da pandemia sobre empregos e renda, incluem subsídios em salários e licença remunerada. Cerca de 30 países já estão praticando transferência direta de renda, entre eles Índia, Argentina, Austrália, Coreia do Sul, Itália e Japão”, completou.

O fracasso da “imunidade de rebanho”

A proposta de Novaes é a mesma defendida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e ministro da Economia, Paulo Guedes. A medida, de isolar apenas os mais velhos, e permitir a circulação da maior parte da população, chegou a ser adotada pelo Reino Unido no dia 11 de março e, quatro dias depois, abandonada.

“Estávamos esperando a imunidade de rebanho ganhar corpo. Agora percebemos que não é possível lidar com isso”, explicou Azra Ghani, responsável pelo departamento de Epidemiologia de Doenças Infecciosas do Imperial College, prestigiada instituição inglesa.

Os especialistas concluíram que a estratégia da “imunização de rebanho” em rápida escala, além de levar o sistema de saúde do Reino Unido ao colapso, resultaria em 260 mil mortes entre os britânicos.

Mortalidade confirmada entre jovens

Nas últimas semanas, autoridades de saúde dos países europeus e da OMS aumentaram o alerta sobre o número de vítimas fatais do coronavírus entre crianças e adultos jovens.

No último sábado (28), o Brasil registrou, oficialmente, sua primeira vítima fatal no grupo de jovens adultos: Maurício Suzuki, advogado de 26 anos, na capital paulista. Ele foi incluído nos casos de transmissão comunitária, quando não é identificada a origem da contaminação.

O mesmo pode ter acontecido com Edgard dos Santos Pereira, de 66 anos, funcionário do Banco do Brasil, da agência do Catete, no Rio, considerado, até o momento do fechamento dessa matéria, o primeiro caso de morte suspeita por coronavírus registrado na categoria bancária.

Fonte: Contraf-CUT, com colaboração de Lílian Milena

 

Os bancários entendem que, depois das cobranças do Comando, a Caixa avançou em medidas de proteção contra o coronavírus (Covid19), como a liberação para home office de 100% dos empregados em muitas áreas meios e de 70% dos empregados das agências, bem como o contingenciamento da entrada de clientes nas agências e a determinação de só atender presencialmente os serviços considerados essenciais, como cadastramento de senha numérica e pagamento de benefícios sem cartão como abono, INSS, FGTS, seguro desemprego, Bolsa Família e Bolsa Pescador.

No entanto a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa vem, com os sindicatos e Federações, acompanhando as filas que se formam nas agências do banco público e também colocam em risco a vida e a saúde dos usuários, dos terceirizados e dos bancários que irão atendê-los em seguida, porque podem ser foco de contágio da Covid-19.

“O corona vírus não é nada democrático, pois tende a atingir as pessoas que precisam sair de casa, pessoas com menos acesso aos direitos, pessoas com menos acessos as novas tecnologias e que – muitas vezes – estão também no grupo de risco muitas vezes”, ressaltou o coordenador da CEE/ Caixa, Dionísio Reis. É preciso se preocupar de fato com as pessoas garantindo o atendimento estritamente essencial e sem aglomeração, para isso é fundamental o agendamento. Contamos com o bom senso da Caixa para fazer uma alteração tão simples, que já é feito em vários tipos de serviços Brasil afora”, completou o coordenador.

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Com mais procura e menos vagas, a taxa de desemprego subiu para 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, ante 11,2% em novembro, informou nesta terça-feira (31) o IBGE. A taxa é menor do que há um ano (12,4%), basicamente por causa do trabalho informal. O instituto mostra ainda um número recorde de pessoas fora da força de trabalho (65,9 milhões).

Os 11,6% correspondem a 12,343 milhões de desempregados no país. São 479 mil a mais em três meses (4%) e 711 mil a menos em 12 meses (-5,4%).

“É normal que no início do ano ocorra essa interrupção (na redução do desemprego), porque já vínhamos numa trajetória de taxas declinantes no fim do ano. Não tínhamos visto essa reversão em janeiro, no entanto, ela veio agora no mês de fevereiro, provocada por uma queda na quantidade de pessoas ocupadas e um aumento na procura por trabalho”, comentou Adriana Beringuy, analista da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) – que foi feita apenas por telefone, devido à pandemia de coronavírus.

Informalidade

Na comparação com fevereiro de 2019, a pesquisa aponta 1,830 milhão de ocupados a mais, crescimento de 2%, para um total de 93,710 milhões. Mas, nesse período, o que mais cresce é o emprego informal.

De acordo com a pesquisa, em 12 meses o país teve acréscimo de 646 mil empregados com carteira no setor privado, aumento de 2%. Em todas as outras categorias, a informalidade avança mais: empregados sem carteira no setor privado (5,1%, 569 mil), trabalhadores por conta própria (3,2%, 766 mil), sem carteira no setor público (6%, 128 mil) e trabalhador doméstico sem carteira (2,5%, 111 mil). 

Segundo a analista, o aumento do desemprego no trimestre desta vez não foi puxado pelo comércio, que costuma cortar as vagas temporárias de fim de ano. Cresceu principalmente nos setores de construção civil (queda de 4,4% na ocupação ou menos 301 mil postos de trabalho), administração pública (-2,3%) e serviços domésticos (-2,4%). Em três meses, são menos 706 mil ocupados (-0,7%). 

Desalento

“A construção não sustentou o movimento de recuperação que vinha apresentando no fim do ano passado. Já a administração pública tem uma sazonalidade, pois dispensa pessoas no fim e no início do ano em função de términos nos contratos temporários das prefeituras, nas áreas de educação e saúde, retomando as contratações a partir de março, após a aprovação dos orçamentos municipais. O serviço doméstico está muito ligado ao período de férias das famílias, as dispensas das diaristas, já que muitas famílias viajam, interrompendo a demanda por esse serviço”, explica Adriana.

A taxa de informalidade foi pouco menor em fevereiro, 40,6%, ante o recorde de 41,1% três meses antes, e praticamente igual à de um ano atrás (40,7%). Atinge 38 milhões de pessoas: empregados sem carteira, trabalhadores domésticos, empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ, além dos chamados trabalhadores auxiliares familiares. 

“Muitas pessoas foram contratadas via carteira de trabalho no comércio, o que deu um pouco mais de consistência aos dados de formalidade. Isso pode estar contribuindo para a queda na quantidade de informais”, observa a analista do IBGE.

A chamada subutilização da força de trabalho foi de 23,5%, praticamente estável em relação a novembro (23,3%) e menor do que há um ano (24,6%). São 26,8 milhões de pessoas nessa situação. Já os desalentados somam 4,7 milhões e representam 4,2% da força de trabalho, taxa que se mantém estável.

Estimado em R$ 2.375, o rendimento médio cresceu 1,8% no trimestre e 3,9% em 12 meses.

Fonte: Contraf-CUT