Junho 26, 2025
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Segundo dados do relatório “Quem Paga a Conta? – Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid na América Latina e Caribe”, divulgado nesta segunda-feira (27), 73 bilionários da América Latina e do Caribe aumentaram suas fortunas em US$ 48,2 bilhões entre o mês de março, quando a pandemia de coronavírus começou a se disseminar pelo subcontinente, e junho deste ano.

De acordo com a entidade, baseada em dados da Forbes, o valor é equivalente a um terço do total de recursos previstos em pacotes de estímulos econômicos adotados por todos os países da região. No Brasil, os 42 bilionários do país aumentaram suas fortunas em US$ 34 bilhões no mesmo período. O patrimônio líquido desses super ricos cresceu de US$ 123,1 bilhões, em março, para R$ 157,1 bilhões em julho. 

“A Covid-19 não é igual para todos. Enquanto a maioria da população se arrisca a ser contaminada para não perder emprego ou para comprar o alimento da sua família no dia seguinte, os bilionários não têm com o que se preocupar”, diz Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. “Eles estão em outro mundo, o dos privilégios e das fortunas que seguem crescendo em meio à, talvez, maior crise econômica, social e de saúde do planeta no último século”, acrescenta.

Enquanto oito novos bilionários surgiram na região no período, a partir do início do distanciamento social implementado por governos contra a Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus), estima-se que 40 milhões perderão seus empregos e 52 milhões de pessoas entrarão na faixa de pobreza na América Latina e Caribe em 2020.

Segundo o relatório da Oxfam, citando a Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 1º de junho, a região  passou a ser o novo epicentro da crise sanitária da Covid-19, superando o índice de infecção dos Estados Unidos e da Europa, “com um devastador efeito social”.

“Os elevados níveis de desigualdade e pobreza, preexistentes à crise, somados à alta informalidade e a administrações públicas com recursos insuficientes, são um efeito multiplicador que explica a vulnerabilidade da região e limita sua capacidade de conter a pandemia”, registra a Oxfam.

Brasil

O relatório da Oxfam destaca que o Brasil se transformou no vice-líder do mundo em número de pessoas contaminadas e mortas pelo novo coronavírus, oficialmente denominado Sars-Cov-2, causador da doença ou infecção covid-19.

Até a tarde desta sexta-feira, o Brasil contabilizava 2.303.661 casos da infecção, com 84.440 mortos. “Esses números ainda parecem estar amplamente subestimados, já que a subnotificação de casos é reconhecida até mesmo pelas autoridades públicas. O Brasil testa sete vezes menos (por milhão de habitantes) que os Estados Unidos, país que encabeça o ranking de infectados, e 3,5 vezes menos que o Peru, segundo país latino-americano em casos”, diz a Oxfam.

A trajetória do vírus, continua o relatório,  “é uma fotografia das profundas desigualdades do país”. O Brasil tinha 40 milhões de trabalhadores informais e 11,9 milhões de desempregados antes da pandemia, “muitos sem proteção social”. Após a pandemia, horizonte que ainda nem mesmo a ciência consegue apontar com clareza, o quadro deve se agravar muito.

“As expectativas apontam que o desemprego pós-pandemia pode aumentar para taxas de 15%, com 16 milhões de desempregados.” Isso num país no qual cerca de 5 milhões de moradias estão em favelas, a maioria das quais sem acesso a água tratada e saneamento básico.

Grandes empresas veem seus resultados dispararem como consequência da pandemia

“racismo estrutural do país”, segundo o relatório da Oxfam, também é fator relevante quando se analisa a pandemia, já que 75% dos mais pobres no país são pessoas negras. “Não surpreende que os números mostrem que as pessoas negras e pobres correspondam ao perfil de vítima mais comum da Covid-19 no Brasil, representando 6 de cada 10 mortes.”

Propostas

A Oxfam considera que tanto a reação do governo Jair Bolsonaro quanto a do Congresso Nacional na atual conjuntura deixam a desejar. “Entre a pífia proposta apresentada pelo governo federal e os discursos de lideranças do Congresso, que defendem uma reforma tributária voltada para a simplificação e a melhoria do ambiente para investimento, a maioria da população é escanteada mais uma vez”, critica.

Segundo a entidade, “ninguém parece ter a intenção de tocar nos privilégios dos mais ricos, que nunca pagaram uma parte justa de impostos”, afirma Katia Maia. No relatório, a Oxfam faz algumas propostas fiscais, emergenciais ou de temas pendentes ainda não resolvidos, “para que possamos distribuir melhor a conta da crise econômica”.

Entre elas, um imposto extraordinário sobre grandes fortunas, resgates públicos a grandes empresas com condições, redução de impostos para pessoas em situação de pobreza, imposto sobre resultados extraordinários de grandes corporações, imposto digital, deter a enorme perda de arrecadação por conta da evasão fiscal e elevar ou criar taxas sobre rendimentos de capital.

A reforma tributária no Brasil precisa ser profunda e estrutural, aponta a Oxfam. “No Brasil, a discussão da reforma tributária não tem levado em conta a necessidade de se reestruturar o sistema para torná-lo mais progressivo e indutor da redução das desigualdades, conforme prevê a Constituição brasileira.”

Empresas: privilégios e dificuldades

A desproporção entre quem perde e quem ganha também é sintomática na região da América Latina e Caribe, diz o relatório. Enquanto as micros, pequenas e médias empresas fecham as portas, os ganhos de grandes corporações cresceram entre 30% e 50% desde o início do ano, segundo a entidade.

“Um recorde, compartilhado por um punhado de grandes empresas que estão vendo como seus resultados dispararam como consequência da pandemia, resultados tão extraordinários como inesperados, atribuível ao efeito dos isolamentos”, destaca.

Enquanto isso, o cenário no Brasil, para as micro e pequenas empresas, que representam 52% dos empregos formais no setor privado, o impacto da Covid-19 atingiu “em cheio esse setor”: 600 mil empresas já fecharam, mergulhadas em enormes dificuldades para ter acesso aos recursos anunciados pelo governo federal sob a forma de empréstimos.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por intermédio da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa), cobra o fim do trabalho estendido (aos finais de semana), o fim da cobrança de metas e a volta do contingenciamento nas agências para garantir que a população seja atendida da melhor forma sem sobrecarregar os empregados.

A cobrança foi motivada pela convocação dos gerentes gerais a trabalharem neste sábado (25). A ação revoltou os empregados, que há meses trabalham exaustivamente. Desabafos de trabalhadores começaram a pipocar nas redes sociais. Um dos mais famosos tem o título “vocês vão nos matar” e aponta que “o que a Caixa quer na pandemia não é gestão, é milagre, é o impossível.”

Outro relata a enorme lista diária de demandas, entre elas “assistir Live idiota todo dia às 16h.”

“Os empregados não aguentam mais tanta pressão, tanta cobrança, tanta meta. Existe uma pandemia acontecendo, os atendimentos precisam ser feitos exclusivamente para os pagamentos. A meta agora tem de ser a preservação das vidas”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

Entregadores de aplicativos realizam neste sábado (25) uma nova greve nacional da categoria. É a segunda paralisação, em menos de um mês, por melhores condições de trabalho. Assim como ocorreu no dia 1º, além de suspender as atividades, motoboys e ciclistas farão manifestações em diversas cidades do país.

Dessa vez, o “breque dos apps” ocorrerá num sábado, porque durante o final de semana é maior a procura pelos serviços de delivery de comida. Os entregadores pedem que a população apoie a paralisação, não realizando pedidos nesse dia.

A ideia é fazer que empresas como IFood, Uber Eats, Rappi, Loggi e James negociem com os trabalhadores. Em primeiro lugar, eles reivindicam aumento da taxa de entrega e do valor pago por quilômetro rodado. Também querem o fim dos bloqueios indevidos. Muitos trabalhadores denunciam que são excluídos dos aplicativos e impedidos de trabalhar de maneira arbitrária, sem nenhuma justificativa.

Ainda mais essenciais durante a pandemia, por conta das medidas de distanciamento social, os entregadores viram seus rendimentos despencarem, enquanto aumentaram os lucros das empresas. Apesar disso, eles reclamam que não receberam sequer equipamentos de proteção individual (EPIs) para se proteger do contágio da doença.

Sem diálogo

No entanto, até o momento, os aplicativos se recusam a atender as demandas apresentadas. Elas se definem como empresas de tecnologia, e não de logística, e tratam os trabalhadores como “parceiros” ou “empreendedores”. Neste sentido, as paralisações tem servido para criar uma nova consciência coletiva entre os entregadores, afastada da ideologia do empreendedorismo.

Paulo Lima, conhecido como Galo, líder dos Entregadores Antifascistas – um dos grupos que organizam a categoria –, anunciou que eles agora pretendem organizar uma cooperativa de trabalhadores e desenvolver um aplicativo próprio, para por fim à exploração das grandes empresas.

Exploração

Com o aumento do desemprego, os aplicativos de entrega viraram uma das principais alternativas para os trabalhadores informais. Só o IFood recebeu 480 mil novos inscritos, entre março e junho. Já a Rappi diz ter registrado aumento de 128% em abril, na comparação com igual mês ano passado. Com mais motoristas nas ruas, cai o valor pago pelo serviço.

Entrevistados pela RBA, os entregadores relataram piora nas condições de trabalho. Além disso, pesquisa on-line realizada pela Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (Remir Trabalho), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostrou que 68,9% dos entregadores tiveram queda nos ganhos durante a pandemia. Um terço dos trabalhadores (34%) ganham em torno de um salário mínimo (R$ 1.045).

Queima dos apps

Além do boicote no dia da greve, os consumidores também podem colaborar com a luta dos entregadores atribuindo a menor nota aos aplicativos nas lojas virtuais. E deixando comentários para denunciar a exploração dos trabalhadores.

Em 1º de julho, durante a primeira paralisação, os principais aplicativos receberam 53.411 avaliações – em 98% os usuários atribuíram apenas uma estrela, e deixaram críticas ao modelo de negócios adotado por essas empresas.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) disponibiliza em seu site um manifesto dos diretores da Associação Brasil (AB) ligados ao movimento sindical contra o fim da entidade.

Para eles, o fim da AB é o objetivo da nova gestão “ao vender o seu patrimônio a preço de banana”. Os diretores ligados ao movimento sindical reivindicam uma assembleia para decidir sobre a venda desses imóveis. De acordo com o próprio Estatuto da AB, “compete à Assembleia Geral Extraordinária (AGE) autorizar, mediante proposta do Conselho de Administração, a alienação de bens imóveis (Art. 64, parágrafo único, III).”

Os diretores apontam ainda que a Comissão de Vendas, composta por todos os conselheiros do Conselho Administrativo e do Conselho Fiscal, não vem sendo convocada já há algum tempo e não apreciou a matéria referente a essas propostas de compra.

“O acompanhamento por parte da Comissão de Vendas é importante também, mas não apenas, em virtude dos valores propostos para venda, que se afiguram bastante reduzidos em comparação com avaliações anteriormente realizadas desses mesmos imóveis. Nós temos que ter cuidado e cautela para se evitar que este Conselho de Administração seja acusado de dilapidação de patrimônio da Associação Brasil”, diz o comunicado.

Dos 16 membros da direção atual da Associação Brasil, seis são ligados ao movimento sindical: Sergio Nunes e Liliane Fiuza (SP), Geraldo Rodrigues (MG), Rubens Branquinho (RJ) e Jorge Ferreira e Valdir Lau (PR).

Além de estar na área restrita do site, o material foi enviado por comunicado às federações e aos sindicatos.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários entregou para os representantes dos bancos nesta quinta-feira (23) a minuta com as reivindicações da categoria. Na reunião, realizada por videoconferência, foi enviado o documento para a Comissão de Negociação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Entre as reivindicações apresentadas está a de aumento real de 5%, manutenção dos direitos e da mesa única de negociação, além de questões referentes à saúde dos trabalhadores.

“É a primeira vez que fazemos campanha em meio a uma pandemia, na proporção que essa crise tem, agravada no Brasil com a ausência de uma coordenação nacional. Temos mais de 82 mil mortes e isso não é normal. Quero prestar a nossa solidariedade às famílias das vítimas dessa pandemia, com destaque especial para as famílias dos bancários e bancárias”, disse na abertura a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Debate com a base

Ao falar da minuta, Juvandia destacou aos representantes dos bancos que a minuta entregue representava um processo de discussão com a base bancária. “Foi um processo muito rico, que envolveu muita gente em todos os estados, em assembleias, conferências regionais, estaduais e nacional, feitos de forma virtual, respeitando o distanciamento. Fizemos uma consulta com quase 30 mil bancárias e bancários na qual percebemos quais as reivindicações e as maiores preocupações da categoria”, afirmou. Ela também destacou a importância da negociação coletiva dos bancario@s e da mesa única. A pandemia foi decretada pela OMS no dia 11/03 e no dia 12/03 iniciou-se o processo de negociação entre o Comando e a Fenaban. Várias mediadas foram negociadas para proteger as vidas dos bancári@s.

Além da presidenta da Contraf-CUT, outros dois representantes do Comando Nacional dos Bancários falaram na reunião. A presidenta do Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, outra coordenadora do Comando, destacou alguns pontos da minuta. “Essa campanha é importante para manter os direitos dos bancários e bancárias de todo o país, a mesa única, aumento real, PLR. São coisas importantes para o bancário e também para sociedade porque esse dinheiro volta para economia”, falou Ivone.

O papel dos bancos na crise também foi questionado. “Só 18% das micro e pequenas empresas conseguiram crédito. São empresas responsáveis por 54% dos empregos do país. Como os bancos podem dar respostas a isso?”, cobrou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto.

Negociações unificadas

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney Menezes Ferreira, também participou do encontro. Ele ressaltou a importância da negociação única no setor. “Temos uma experiência muito exitosa de décadas de negociações unificadas, no mais amplo processo de negociação nas relações de trabalho em todo o país. Temos sido reconhecidos nos órgãos externos e pelo próprio Ministério Público do Trabalho”, declarou o representante dos bancos.

O Comando Nacional dos Bancári@s notou a ausência do representante da Caixa Econômica Federal no encontro.  O diretor de Políticas e Relações Trabalhistas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Adauto de Oliveira Duarte, explicou que os representantes estavam ali não em nome de bancos, mas pela comissão de negociação e informou que a representante da Caixa havia sido chamada para outra reunião.

O Comando Nacional vai pedir uma reunião com o banco, para entregar a pauta específica que deveria ser entregue hoje. E esperam que a Caixa não se negue a receber porque seria uma falta de consideração com os mais de 80 mil empregados que lá trabalham. Na ocasião será definido um cronograma para as negociações.

Principais itens da minuta

Índice

Reajuste de inflação mais 5% de aumento real nos salários e todas as cláusulas econômicas.

Prioridades

A campanha terá como prioridade a manutenção dos empregos e dos direitos, a defesa da mesa única e dos bancos públicos, além do aumento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR).

Home office

Na minuta há uma cláusula para regular o trabalho home office, que não pode ser imposto pelo banco, para estabelecer, entre outras coisas, que os custos do teletrabalho sejam arcados pelos empregados, assim como o fornecimento dos equipamentos ergonômicos. A cláusula também proíbe que sejam retirados direitos dos trabalhadores que cumprirem suas funções em suas casas, à exceção do vale-transporte/combustível, que deve ser fornecido com valor proporcional aos dias de comparecimento do trabalhador no banco, definindo que estes tenham de realizar suas atividades no próprio local de trabalho, pelo menos, uma vez por semana.

Metas abusivas

Atualização da cláusula que trata sobre a estabelecimento e a cobrança as metas pelos bancos. Esse ponto está ligado a um dos eixos da campanha será a luta pela saúde e melhores condições de trabalho para a categoria.

Demais cláusulas

As demais cláusulas hoje presentes na CCT foram mantidas na minuta de reivindicações.

Fonte: Contraf-CUT

Testes do novo coronavírus estão sendo aplicados de forma diferenciada no Banco do Brasil, de acordo com denúncias do Sindicato dos Bancários de Brasília. Altos executivos da instituição recebem testagens periódicas, enquanto que o banco dificulta testes para os funcionários da linha de frente, que atendem o público nas agências, de acordo com a denúncia.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, exige que todos os trabalhadores bancários, inclusive os terceirizados, tenham direito ao teste. “O banco dificulta a implementação da testagem dos trabalhadores que atuam na linha de frente, que se expõem ao risco de contaminação pelo novo coronavírus, mas oferece, segundo as denúncias, testagem periódicas a altos executivos da sede administrativa, no Edifício da 201 Norte, em Brasília”, afirmou o dirigente.

A diferença nas testagens entre os funcionários do banco é considerada um absurdo pela presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Vamos cobrar do Banco do Brasil isonomia de tratamento. Não admitimos que o banco valorize e proteja os executivos e deixe os trabalhadores que se arriscam na linha de frente todos os dias sem a política dos testes”, disse Juvandia.

Morte

A testagem precária no Banco do Brasil pode ter provocado sua primeira vítima fatal. Um trabalhador terceirizado, garçom que atuava junto à presidência do BB, morreu após ter contraído o vírus. Denúncias recolhidas pelo Sindicato dos Bancários dão conta de que executivos em distintas áreas do BB, como governo, tecnologia e secretaria executiva, vice–presidentes, diretores e, inclusive, um assessor especial da presidência do banco testaram positivo para Covid–19.

Também causou pânico entre os funcionários do banco o comunicado em que se determina que o “funcionário com autodeclaração de coabitação (com pessoas que fazem parte de grupos de risco da Covid-19) passa a se enquadrar nas formas de trabalho disponíveis, como os demais funcionários do banco que não pertençam ao grupo de risco”. Esses funcionários devem retornar ao trabalho presencial no próximo dia 27.

Outra crítica à direção do banco, feita pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, é referente ao que foi considerada como uma postura irresponsável, materializada na conduta pública que o presidente do banco, entre outras, adota ao desprezar o uso de máscara. A postura se manifestou em reuniões ministeriais do governo Bolsonaro e de trabalho dentro das dependências do BB. Para o sindicato, trata-se de um comportamento ideológico e irresponsável que acaba incentivando outros altos executivos a seguirem a mesma linha, pondo em risco a vida e saúde de todos.

Fonte: Contraf-CUT

A pandemia do novo coronavírus não só mudou a realidade de milhões de pessoas, mas expôs as profundas desigualdades de renda, raça e gênero que marcam a vida nas cidades. Na região metropolitana do Rio de Janeiro as diferenças estão bem demarcadas em sua estrutura. 

Segundo dados do Mapa da Desigualdade, desenvolvido pela Casa Fluminense, para postos formais de emprego, na cidade do Rio, trabalhadores brancos recebem 41,9% a mais do que negros. Já o salário das mulheres negras equivale à metade do salário de homens brancos na média da região metropolitana.

Ainda de acordo com o relatório, a capital concentra as vagas de emprego com salários mais altos. Isso estimula que trabalhadores saiam de seus municípios de residência em busca destas vagas. São 33,9 vagas para cada 100 habitantes na capital, enquanto em Japeri e Belford Roxo são 6,4 para cada 100 habitantes.

Isso faz com que as rendas médias mais altas se concentrem em bolsões próximos da capital. Em Niterói a renda média é de R$ 3.114, o correspondente a 4,5 vezes mais do que a renda média dos moradores de Japeri, que somam R$ 694. 

Neste sentido, a desigualdade também está expressa na mobilidade urbana. A tarifa do transporte público tem peso considerável no orçamento familiar mensal. Para quem mora nas periferias mais de um terço da renda é comprometida com as passagens de ônibus. Por outro lado, em áreas privilegiadas, há pessoas que não tem nenhum gasto com transporte público. É o que aponta o levantamento realizado diretamente com as prefeituras e empresas de ônibus na região metropolitana, que compõe o Mapa da Desigualdade.

Fonte: Rede Brasil Atual

Os bancários de todo o Brasil podem participar da entrega da minuta de reivindicações da categoria à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nesta quinta-feira (23), às 14h30, sem risco de contaminação pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

Isso pode ser feito de forma virtual e em tempo real, por meio do Manif.app, ferramenta criada na França por sindicalistas, utilizada em manifestações durante a pandemia de coronavírus. Os militantes e as militantes marcam presença digitalmente no protesto.

Ao entrar no aplicativo clicando aqui, você cai direto na sede da Fenaban. Depois disso, você preenche o campo slogan e coloca o mote da Campanha Nacional 2020 “Na luta com você!”, que vai aparecer na sua placa de manifestante.

Confira o passo a passo e marque presença virtual no ato:

O primeiro passo é entrar no Manif.APP, para isso clique aqui para acessar o link, ele te direcionará diretamente para a sede da Fenaban.

Agora é preencher o campo Slogan, nele você coloca o slogan da Campanha Nacional 2020 “Na Luta Com você!”. Clique no botão Manifeste-se e sua presença virtual já está garantida no ato.

Para concluir divulgue o link do Manif.APP em suas redes sociais para convidar companheiros e companheiros para se juntar a nós nessa manifestação virtual

O aplicativo usa o serviço colaborativo Open Street Map (equivalente ao Google Maps) É responsivo, portanto, fácil de ser acionado. Permite a qualquer pessoa organizar um evento online, convidando outras pessoas a irem ao mesmo lugar por meio de contatos ou redes sociais.

Dados seguros

Segundo a plataforma do aplicativo, as informações dos usuários (contato e informações pessoais) não são compartilhadas, transmitidas, armazenadas ou fornecidas. Nenhuma informação privada (número de telefone, número IMEI, seu nome ou outro) é transmitida pela Internet. Segundo informou a SBPC quando realizou sua marcha virtual, o participante fica completamente anônimo.

Fonte: Contraf-CUT

Será nesta quinta-feira (23) a entrega da minuta com as reivindicações da categoria bancária para os representantes dos bancos. O documento será entregue pelos membros do Comando Nacional dos Bancários para os representantes dos bancos na Comissão de Negociação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A reunião ocorrerá a partir das 14h30 e se dará através do sistema de videoconferência Zoom.

A minuta foi aprovada na Conferência Nacional dos Bancários, também realizada por videoconferência nos dias 17 e 18 deste mês. O documento também foi aprovado em assembleias sindicais da categoria bancária em todo o Brasil. Acompanhe os resultados da reunião em nossas redes sociais.

Leia também: Consulta mostra aumento real, manutenção de direitos e defesa da saúde como prioridades da categoria

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião realizada nesta quarta-feira (22), por videoconferência, com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o banco confirmou que foi uma opção administrativa a determinação de “funcionário com autodeclaração de coabitação (com pessoas que fazem parte de grupos de risco da Covid-19) passa a se enquadrar nas formas de trabalho disponíveis, como os demais funcionários do banco que não pertençam ao grupo de risco, a partir de 27/07/2020”, não tendo nenhuma relação com o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) Emergencial (Covid-19).

O banco disse que não vai rever a medida, mas que o comunicado não implica na convocação de todos os funcionários que coabitam com pessoas de risco à Covid-19 para retomarem o trabalho presencial e que, se gestores assim o fizeram é por terem entendido errado a mensagem, ou por estarem necessitando de pessoal para realizar os trabalhos presenciais. O banco possui 11.662 funcionários que se autodeclararam como coabitantantes com pessoas de grupos de risco que podem ser atingidos.

“O Banco do Brasil é o único banco do país que decidiu recolocar estes funcionários como aptos para o trabalho presencial. O banco precisa ter a ciência de que pode estar colocando a vida de familiares de seus funcionários em risco e, caso haja alguma morte destas pessoas, tanto o banco quanto o gestor que tomou essas decisão poderá ser apontado como responsável pela morte”, observou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

Segundo o coordenador da CEBB, é o Governo Federal, como controlador do Banco do Brasil, que pressiona pela aplicação da Portaria Conjunta nº 20, de 18/06/2020, do Ministério da Economia/Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e Ministério da Saúde, que altera a caracterização dos grupos de risco.

Retratação

Os representantes dos funcionários cobraram do Banco Brasil uma retratação por alguns gestores terem afirmado que a medida estava respaldada no ACT Emergencial da Covid-19.

“Diversos gestores fizeram tal afirmação, mas não há nada no nosso acordo sobre isso”, disse Fukunaga.

Ainda durante a reunião a Diretoria de Pessoas Regional de São Paulo fez uma retração sobre o equívoco e encaminhou ao gestor que mandou mensagem aos funcionários fazendo tal afirmação.

Definição da data

Outro ponto de questionamento foi a definição do dia 27 para o retorno ao trabalho.

“Não achamos que é momento de promover o retorno ao trabalho presencial. Vemos os gráficos de contágio e mortes aumentando em todos os lugares onde houve flexibilização das medidas de controle da doença. Por isso, queríamos entender quais os critérios foram levados em consideração para a definição do dia 27 de julho para que isso aconteça”, ressaltou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG), Luciana Bagno. “Nenhuma das explicações trazidas pelo banco são justificáveis”, completou.

O banco afirmou que resolveu deixar uma semana para que as pessoas pudessem encontrar alguma forma para não colocar as pessoas que moram com elas em risco.

“Não é possível que o banco acredite que as pessoas consigam resolver em uma semana o que o país não conseguiu resolver desde o início da pandemia. Esta data precisa ser revista. É preciso levar em conta a situação do país. É preciso levar em conta, também, que existem pessoas possuem filhos em idade escolar e as escolas não voltaram a funcionar. É preciso levar em conta que em algumas cidades nem o transporte coletivo está funcionando. Como as pessoas que dependem do transporte público voltarão a trabalhar presencialmente?”, questionou Luiz Toniolo, da Fetrafi/SC, ao lembrar que o governo de Santa Catarina suspendeu a circulação ônibus no estado.

Resultados

Os representantes do Banco do Brasil disseram que fariam uma nova reunião com os gestores para deixar claro que a medida trata-se de opção administrativa do banco e não tem nenhuma relação com o ACT Emergencial (Covid-19) e que além do trabalho presencial existem outras opções para que os funcionários cumpram seu expediente, inclusive a manutenção do home office. Também fariam uma reunião para ver se há a possibilidade da emissão de um novo comunicado esclarecendo estes pontos e para verificar se existe a possibilidade de alteração, ou suspensão da data de retomada do trabalho presencial, sem se comprometer nem com a emissão de um novo comunicado, nem com a suspensão ou alteração da data, mas que tentaria realizar a reunião ainda nesta quarta para dar a resposta à representação dos funcionários o quanto antes.

Fonte: Contraf-CUT