Maio 21, 2025
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A histórica 22ª Conferência Nacional dos Bancários, a primeira realizada por videoconferência, foi encerrada na noite deste sábado (18), após uma série de debates, que culminou com a aprovação da minuta de reivindicações e do plano de lutas da categoria.

“Tivemos muito trabalho para realizar esta conferência totalmente virtual. Foi uma experiência diferente, de muito aprendizado. Conseguimos realizar uma excelente conferência, com debatedores que acrescentaram muito na leitura da conjuntura, assim como para elaborarmos e aprovarmos nossa minuta de reivindicações, que agora devem ser aprovadas em assembleias a serem realizadas pelos sindicatos da categoria em todo o país nesta segunda e terça-feira (20 e 21/7)”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Após a aprovação pelas assembleias, a minuta será apresentada à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na quinta-feira (23), às 14h30.

Índice

Depois do debate sobre as propostas, os delegados aprovaram a reivindicação de reajuste de inflação mais 5% de aumento real nos salários e todas as cláusulas econômicas.

Home office

A 22ª Conferência também aprovou a inclusão na minuta de uma cláusula para regular o trabalho home office, que não pode ser imposto pelo banco, para estabelecer, entre outras coisas, que os custos do teletrabalho sejam arcados pelos empregadores, assim como o fornecimento para os equipamentos de trabalho e ergonômicos. A cláusula também proíbe que sejam retirados direitos dos trabalhadores que cumprirem suas funções em suas casas, à exceção do vale-transporte/combustível, que deve ser fornecido com valor proporcional aos dias de comparecimento do trabalhador no banco, definindo que estes tenham de realizar suas atividades no próprio local de trabalho, pelo menos, uma vez por semana.

“Foi importante a aprovação da inclusão desta cláusula, para impedir que os bancos decidam, unilateralmente, colocar os trabalhadores em trabalho remoto e não se responsabilizem, por exemplo, pelos custos e o fornecimento de todos os equipamentos necessários, inclusive mesas e cadeiras ergonômicas, para evitar o adoecimento dos trabalhadores. Também para que não haja cortes de benefícios ou redução dos rendimentos devidos”, explicou a presidenta da Contraf-CUT.

Metas abusivas

A Conferência também aprovou uma proposta para que seja feita uma atualização da cláusula que trata sobre a estabelecimento e a cobrança as metas pelos bancos.

Uma vez que um dos eixos da campanha será a luta pela saúde e melhores condições de trabalho para a categoria.

Outros eixos

A campanha terá como prioridade a manutenção dos empregos e dos direitos, a defesa dos bancos públicos e o reajuste do valor da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) pelo mesmo índice da campanha.

Demais cláusulas

As demais cláusulas hoje presentes na CCT foram mantidas na minuta de reivindicações.

Moções

Os delegados também aprovaram cinco moções. Uma em solidariedade às famílias das vítimas do Covid-19; uma contra o racismo estrutural e pelo fim da violência policial; uma de repúdio ao Banco Santander; e uma de apoio ao meio ambiente, aos povos indígenas e aos quilombolas.

Resoluções

Também foram aprovadas três resoluções. Uma em defesa dos bancos públicos; uma para conclamar dirigentes e militantes sindicais a realizar um efetivo engajamento nas eleições 2020 e uma pelo Fora Bolsonaro!

Fonte: Contraf-CUT

Como mudanças no sistema tributário podem acabar com a fome e a miséria? Para responder à pergunta, foram escalados o diretor de Relações Institucionais do Instituto Justiça Fiscal, Dão Real Pereira dos Santos, e o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS). O debate na Mesa 2 da 22ª Conferência Nacional dos Bancários, na manhã deste sábado (18), mostrou que é possível combater a desigualdade no Brasil desde já, inclusive com medidas contra as crises econômica e sanitária que sacodem o país.

Dão Real lembrou que a carga tributária hoje é insuficiente para produzir o bem estar social e que, no artigo 3º da Constituição de 1988, o objetivo da República é erradicar a miséria e reduzir as desigualdades sociais, para a construção uma sociedade justa e solidária. “Desde então, o País assistiu a um processo de criar políticas públicas para cumprir esse comando constitucional de reduzir as desigualdades sociais. Em 1989, após a aprovação da Constituição, o principal imposto para sustentar o estado de bem estar social era o Imposto de Renda. É isso que ainda ocorre nos Estados Unidos e nos países europeus. Mas o Imposto de Renda foi esvaziado e se transformou em um imposto residual, com apenas duas alíquotas”, observou.

Medidas emergenciais


Para dar conta da crise econômica e sanitária e enfrentar a desigualdade social, Dão Real aponta medidas emergenciais para reformar o sistema tributário brasileiro ainda esse ano. Entre elas, citou a reformulação do Imposto de Renda. Para tanto, por exemplo, defende revogar a isenção para lucros e dividendos e propor uma nova tabela de incidência, além de aumentar o limite de isenção do Imposto de Renda. “Só com isso, ninguém ficaria abaixo da linha da pobreza e nem da linha da miséria.”
Outra medida é a criação da contribuição social a ser feita por pessoas de alta renda, que tenham renda mensal a partir de 60 mil reais por mês. Esses contribuintes pagariam 10% sobre o que exceder esses 60 mil reais em suas rendas. Também defende a criação do imposto sobre grandes fortunas, que desde 1988 está na Constituição. Dão propõe a cobrança de uma alíquota de 0,5% para essas fortunas, que atingiria apenas 60 mil pessoas, que representam 0,02% da população brasileira.
Aumentar a contribuição sobre os bancos é outra medida proposta. “O setor financeiro teve lucratividade recordes. Ficou a salvo da crise econômica e deve contribuir mais para a solidariedade. Essa contribuição teria uma arrecadação e 30 bilhões de reais a mais nos próximos cinco anos, dinheiro que iria para um Fundo Social de renda Básica.
Dão Real também defende desonerar o Simples, que representa mais de 3 milhões de empresas e que empregam a metade dos trabalhadores brasileiros. Também propõe retirar do Simples o Imposto de Renda e a Contribuição Social Sobre o Lucro. Outra proposta é a de uma nova repartição para estados e municípios, que tenham uma participação de 10% do Imposto de Renda.


Combate ao fascismo e ao neoliberalismo


Para o deputado federal Henrique Fontana (PT/RS), a medida mais importante para que o Brasil retome o combate à fome e miséria é acabar com o governo ultraliberal e fascista de Jair Bolsonaro. “É evidente que temos reflexos na economia e no número de mortes por Covid-19 sobre a forma como ele agiu e age no combate à pandemia. Não há cenário de recuperação econômica sem vencer a pandemia de coronavírus”, disse o deputado.
De acordo com o parlamentar, enquanto a humanidade estiver à mercê de um vírus que pode nos levar à morte, teremos reflexos na economia. “Não adianta fazer carreatas para a abertura do comércio e a flexibilização das medidas de proteção. Isso significa idas e vindas e a extensão do tempo da pandemia. Além disso, as pessoas não estão consumindo, querem resguardar sua vida, mesmo que nem todos tenham o mesmo direito à proteção”, defendeu.

Desigualdade


Segundo Fontana, a desigualdade é o maior problema da humanidade hoje no Brasil e precisa ser combatida com todos os mecanismos possíveis, por ser geradora de todos os problemas que precisam ser enfrentados.
“Para combater a desigualdade, é preciso distribuir renda. Não podemos esperar o bolo crescer para depois dividir as fatias do bolo, como propunha o ex-ministro da Fazenda do governo militar, Delfim Neto. Essa é uma grande falácia. Sem distribuição de renda, as mazelas são mantidas e não conseguimos cumprir o que diz a Constituição sobre a igualdade de direitos para todos”, disse.
Para o deputado, é preciso organizar a luta por melhores salários, melhores condições de trabalho e de vida, além de organizar partidos e frentes políticas que buscam mudar a atual correlação de forças sociais. “Enquanto não tivermos uma união de forças que integre a luta sindical e populares para exigir renda mais justa não teremos uma melhor destruição de renda”, afirmou.
Além disso, para o deputado, é preciso haver uma estrutura tributária justa. Para ele, discutir a estrutura tributária de um país é, seguramente, a melhor forma de compreendermos a grande luta de interesses que se dá dentro da luta política e econômica do país.

Estrutura tributária injusta


“Temos um sistema político que sempre privilegiou interesses econômicos daqueles que se beneficiam da estrutura tributária injusta, que gera tanta desigualdade em nosso país, setores altamente especializados que não representam a ampla maioria do povo. Não há outra forma que mostre de forma tão transparente isso do que o debate sobre o sistema tributário”
A receita, segundo Fontana é conquistar mais forças para colocar no parlamento representantes que queiram promover a distribuição de renda. “Temos uma janela de oportunidade no momento de crise econômica que estamos vivendo, que se agrava profundamente com a pandemia e precisa de mais dinheiro para se recuperar”, disse o deputado ao destacar que está sendo colocado o debate sobre a estrutura tributária do país.
“Mas não queremos, como propõe o ministro da Economia Paulo Guedes, que propõe o aumento dos impostos sobre o consumo. Queremos imposto sobre renda e sobre as grandes fortunas”, explicou. “Os bancários têm que tirar desta conferência uma posição em favor da tributação dos mais ricos. Quem tem maior renda, maior salário, tem que contribuir mais. Não podemos propor apenas, como diz as fake news e a extrema direita, a redução dos salários de deputados e senadores. Além dos parlamentares, também é preciso tributar todos que recebem grandes salários. Isso é fundamental para criarmos um plano de combate à miséria e a redução da desigualdade de nosso país”, concluiu o deputado.

Fonte: Contraf-CUT

Ainda em meio à pandemia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, esboça o retorno da sua agenda ultraliberal. Além de ressuscitar o modelo de capitalização, derrotado durante a “reforma” da Previdência, ele quer ampliar a contratação por hora trabalhada, em vez do salário mensal.

Segundo o economista João Sicsú, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), novas mudanças na legislação trabalhista não devem contribuir para a criação de empregos. Pelo contrário: a precarização vai ter impacto negativo no mercado consumidor, retardando a retomada da economia.

“É preciso lembrar que o trabalhador é custo, mas por outro lado também é demanda. Se ele ganha menos, vai consumir menos. Quando os direitos são reduzidos, fica mais fácil contratar. Mas fica mais difícil vender”, alertou Sicsú, em entrevista a Glauco Faria no Jornal Brasil Atual, nesta quinta-feira (17), sobre os efeitos da precarização do mercado de trabalho.

Para alavancar a economia, primeiramente, ele defende um plano de retomada do emprego. Dados os elevados índices de desemprego, informalidade e subemprego, medidas simples de reativação do mercado trariam impactos econômicos positivos.

“Quando se pensa uma economia de baixos salários e de subempregados, o resultado será sempre uma economia frágil, cambaleante, com taxas de crescimentos baixas. E pior, taxas de investimentos muito baixas, pois os empresários não farão investimentos de grande magnitude olhando para um mercado de trabalho frágil, que é um espelho do mercado de consumo.”

Capitalização

No modelo de capitalização proposto por Guedes, os trabalhadores contribuiriam para contas individuais, que seriam administradas pelos fundos privados. Além de ser “ética e filosoficamente” condenável, o modelo foi adotado no Chile, desde a década de 1970, e demonstrou resultados ruins. Com esse sistema, a maioria dos aposentados chilenos passou a receber menos que um salário mínimo. Além de rever sua previdência, o governo chileno se viu obrigado a aportar recursos públicos para socorrer os aposentados.

“Temos que tratar propostas e programas de governo e de Estado do ponto de vista científico. Temos que testar, sem nenhuma ideologia. É assim que a biologia faz, que a medicina faz. Nesse caso já houve o teste, e esse teste rejeitou a proposta. Não é eficiente, não funciona”, disse Sicsú.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), enviou ofício nesta quinta-feira (16) à Caixa Econômica Federal solicitando a prorrogação do projeto teletrabalho enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Depois de frequentes cobranças do movimento sindical, a Caixa anunciou, no início do mês, a prorrogação do Projeto Remoto até o dia 17 de julho.

A Contraf-CUT critica a informação que a Caixa não prorrogaria o teletrabalho dos empregados, determinando o retorno ao trabalho presencial a partir de 20/07/2020 e solicita a revisão de tal medida, pensando na proteção aos seus empregados. “Esperamos a reversão dessa medida e que se restabeleçam as negociações com as entidades sindicais para que sejam implementadas e aprimoradas as medidas constantes no Protocolo de Intenções de boas práticas frente à Covid-19.”

Projeto Remoto

O “Projeto Remoto” é um dos principais itens do protocolo de atuação de gestores e empregados. A medida, construída em conjunto com as entidades e o movimento sindical, é essencial para promover a saúde e defender a vida dos empregados e da população durante a pandemia.

Dionísio Reis, coordenador da CEE/ Caixa, exalta o trabalho remoto por ser muito importante para os empregados e seus familiares num primeiro momento, e consequentemente para a população, pois evita a contaminação e propagação do vírus. “O confinamento de pessoas em ambientes fechados, sem restrições de barreira entre as estações de trabalho, bem como uso coletivo de elevadores e outros ambientes, ampliam consideravelmente o risco de contaminação. O retorno dos empregados nesse momento é um desrespeito aos trabalhadores e vai na contramão de uma direção que se diz preocupada com as pessoas.”

Fonte: Contraf-CUT

MP 927 vai caducar

Julho 16, 2020

Após pedidos de diversos líderes partidários, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), retirou a Medida Provisória (MP) 927/2020 da pauta de votação nesta quarta-feira (15) e se comprometeu a não pautar a votação da proposta novamente.

Muitos senadores afirmam que a MP 927 era uma nova tentativa de redução de direitos, com a instituição de novas formas de contratos de trabalho precários, dificulta o acesso à Justiça do Trabalho e esvazia o sentido maior de proteção social prevista na Constituição da República de 1988.

O senador Paulo Paim (PT-RS), por exemplo, criticou o projeto por estabelecer o parcelamento de débito trabalhista em cinco anos, a prorrogação da jornada para profissionais da saúde e a adoção de banco de horas, que pode ultrapassar o período da pandemia e chegar a 18 meses, segundo informou a Agência Senado.

“Quando não se tem entendimento é praticamente impossível votar MP ou uma matéria com a complexidade dessas”, explicou Alcolumbre.

Com a retirada da pauta, a proposta deve caducar, uma vez que o prazo para a votação se encerra no próximo domingo (19).

Retirada de direitos

“O governo queria aproveitar a pandemia para prejudicar ainda mais os trabalhadores. Atacar a todo o momento os direitos conquistados durante décadas, quer, de uma vez, derrubar nossas conquistas”, declarou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A regulamentação do teletrabalho, a antecipação de férias individuais, a concessão de férias coletivas, o aproveitamento e a antecipação de feriados, o banco de horas e a suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho são alguns dos tópicos abordados pela MP 927.

“Mesmo com a caducidade da MP 927, temos que nos manter atentos. O governo e a imensa base de representação do empresariado no Congresso tenta embutir tópicos de retirada de direitos dos trabalhadores a cada proposta apresentada, seja pelo governo ou por seus mandatos”, alertou o secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira, o Jefão, que acompanha a trabalho do legislativo federal.

Fonte: Contraf-CUT

O deputado Glauber Braga (Psol/RJ) protocolou requerimento na Câmara dos Deputados para que o Banco do Brasil esclareça o processo de cessão de uma carteira de crédito de R$ 2,9 bilhões ao BTG Pactual. Além dos esclarecimentos a serem dados pelo banco, o presidente do BB, Rubem Novaes, foi convidado pela bancada do Psol a comparecer à Câmara para responder perguntas sobre o assunto.

É a primeira vez em sua história que o Banco do Brasil realizou uma operação de cessão de carteira de crédito a uma instituição fora de seu conglomerado. Segundo o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, a operação foi feita sem transparência e levanta suspeitas.

O BTG Pactual foi fundado pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes. O Banco do Brasil está subordinado ao Ministério da Economia.

A iniciativa do deputado faz parte do movimento de criação de uma frente parlamentar em defesa do caráter público do Banco do Brasil, sobre a qual o 31º Congresso Nacional dos Funcionários do BB (CNFBB) debate no dia 12 de julho. Em vídeo reproduzido durante o congresso, o parlamentar falou sobre a entrega do patrimônio público pelo governo Bolsonaro. 

“É uma importante iniciativa que foi lançada no CNFBB. Vários políticos de diferentes partidos também enviaram suas declarações em defesa do banco e do funcionalismo, e agora vamos construir essa frente. Essa é só a primeira ação”, explicou o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT

Os delegados e delegadas que participaram do Encontro Nacional dos Trabalhadores do Itaú definiram a pauta de reivindicações específicas para a Campanha Nacional 2020 em relação à Saúde e Condições de Trabalho na pandemia e no pós-pandemia de coronavírus (Covid-19); Empregos e Remuneração. O evento reuniu, de forma virtual, 95 representantes do Brasil todo, nesta terça-feira (14), e faz parte do calendário organizativo para a Campanha Nacional 2020.

Antes de definirem as reivindicações, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora do Comando Nacional, Ivone Silva fez uma análise da conjuntura nacional e passou informações sobre as negociações mantidas com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nos últimos cem dias, que tiveram como objetivo principal a preservação da vida e da saúde dos bancários, por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Ela também relatou sobre as dificuldades que se intensificam diariamente em função da crise econômica brasileira, bem como sobre a imposição de novas práticas para a ação sindical cotidiana e da resistência do movimento sindical frente aos ataques do governo federal, que busca retirar direitos da classe trabalhadora.

“Teremos um cenário difícil neste ano, não só por conta da pandemia, mas por enfrentar uma economia já fragilizada há muitos anos. Precisamos contar com a mobilização e unidade da categoria para conseguirmos renovar toda a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), para que não haja perda de direitos pelos próximos anos, mesmo já prevendo que não haverá disposição do governo federal para negociar com o movimento sindical”, disse Ivone Silva.

Os participantes também contaram com a análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que apresentou dados sobre o impacto da crise causada pelo novo coronavírus na economia do Brasil e do mundo, além do desempenho do Itaú Unibanco ao longo de 2019 e no 1º trimestre de 2020.

Principais eixos

Dentre os debates realizados em torno dos principais eixos – emprego; saúde e condições trabalho; e remuneração, os participantes definiram como pontos principais a serem debatidos pela COE junto ao Itaú Unibanco, a valorização da vida e da saúde dos empregados durante a pandemia bem como a garantia de emprego e como será o retorno aos postos de trabalho com o máximo de segurança para os trabalhadores no pós pandemia.

No eixo remuneração, ficou definido que continuarão os debates em relação ao novo formato dos agentes de negócios e será reivindicado que todos os caixas tenham a mesma oportunidade de fazer a certificação CPA 10, sem nenhuma interferência.

Também será reivindicado que seja renovado o acordo de PCR e bolsa de estudo por dois anos. E em relação ao AGIR, que já vem sendo discutido com o banco e não teve avanços por conta da pandemia, será reivindicado que o Itaú reveja o modelo de pontuação e que o bancário passe a receber proporcionalmente pelo que foi produzido para que contemple todos os trabalhadores, principalmente durante a pandemia.

“Mesmo com a crise, conseguimos realizar nosso encontro e debater os pontos importantes para os bancários do Itaú. Inclusive aqueles que já vem sendo discutidos por meio da COE durante a pandemia. Foi possível ter um encontro produtivo e todos os 95 participantes do Brasil todo puderam ser contemplados com as suas reivindicações”, disse Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

A pauta específica dos bancários do Itaú será entregue o banco após a finalização da Campanha Nacional 2020.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários e bancárias dos mais diversos bancos do país, públicos e privados, se reunirão, por videoconferência, a partir das 18h desta sexta-feira (17), em sua 22ª Conferência Nacional. A abertura solene, com transmissão ao vivo pelo Facebook e Youtube da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a partir das 18h20, contará com as presenças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador do Maranhão, Flavio Dino, e do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos. As atividades continuam no sábado, a partir das 9h.

A 22ª Conferência Nacional dos Bancários tem como um de seus principais objetivos a elaboração da minuta de reivindicações da Campanha Nacional, a partir das propostas apresentadas pelas bases sindicais de todo o país, apuradas pela Consulta Nacional à categoria e debatidas pelas conferências estaduais e regionais, pelos congressos e encontros de bancários de bancos públicos e privados.

“Nossa minuta de reivindicações nasce de um processo de escuta da categoria. Vamos trabalhar com os anseios de cada bancário e cada bancária de nosso país. Por isso, temos que ter muito cuidado, muito carinho e atenção aos debates que vamos realizar no próximo final de semana para tomarmos as decisões corretas”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que coordena o Comando Nacional dos Bancários, responsável pela conferência.

Negociações

Após aprovada na conferência, a minuta de reivindicações é apresentada à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e, em seguida, começam as negociações da nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. A CCT atual tem vigência somente até o 31 de agosto.

“A reforma trabalhista revogou a ultratividade dos acordos e convenções coletivas. E, recentemente, o presidente Bolsonaro vetou o artigo da MP 936 que a garantia a vigência dos Acordos por todo o período em que perdurar a pandemia causada pelo novo coronavírus. Assim, se não concluirmos as negociações até o final de agosto, todos os direitos previstos em nossa CCT perdem a validade e a categoria poderá ficar sem os vales refeição e alimentação, auxílios educação, creche, babá e até as regras da PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) podem sofrer alterações”, explicou Juvandia.

“Por isso, é muito importante que os bancários estejam atentos e se mobilizem para defenderem seus direitos. Estamos prontos para defendermos os direitos previstos em nossa CCT e lutarmos por aumento real de salários e a manutenção de todas as demais cláusulas econômicas e sociais, mas nossa força vem da mobilização da categoria. Temos que nos unir ainda mais neste momento para realizar uma boa negociação”, concluiu Juvandia.

Veja abaixo a programação.

Sexta-feira, 17 de julho

18h – Votação do Regimento Interno
18h20 – Abertura solene

Sábado, 18 de julho

9h – Mesa 1 – Conjuntura econômica
9h50 – Mesa 2 – Conjuntura política e tributária
10h45 – Mesa 3 – O sistema financeiro

13h – Almoço

14h – Mesa 4 – Comunicação, organização e estratégia de atuação
15h – Mesa 5 – Aprovação da minuta, propostas, resoluções e moções

Fonte: Contraf-CUT

A 22ª Conferência Nacional dos Bancários nem começou e já está chamando atenção nas redes sociais. Antenada com o novo estilo de comunicação digital, que ganhou muita força durante a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) fechou uma parceria com influenciadores digitais para a divulgação do evento em diversas redes.

“Nosso objetivo sempre foi atingir o maior número de pessoas, tanto dentro da categoria, como na população em geral. Como ficou claro durante a pandemia, o serviço bancário é essencial, por isso, precisamos contar com o apoio de todos os brasileiros para termos nosso trabalho valorizado”, explicou Gerson Carlos Pereira, secretário de Comunicação da Contraf-CUT.

O perfil Madruga Bancário, com 55 mil seguidores, vem chamando a atenção ao brincar com o cotidiano dos bancários no ambiente de trabalho por conta das metas altíssimas, situações hilárias com clientes e até mesmo na virada do mês, quando é creditado os vales refeição e alimentação. Já Pedro Ottoni é ator, humorista e youtuber, com cerca de 400 mil seguidores em seus perfis nas redes sociais.

“Ambos acertaram conosco de postar nossos materiais de divulgação e convidar seus públicos a participarem da Conferência. Participe você também”, completou Gerson Carlos Pereira.

O evento será realizado na próxima sexta-feira (17) e sábado (18) por videoconferência. A transmissão será feita pelo canal da Contraf-CUT no Youtube e pela página da Contraf-CUT no Facebook.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários do Bradesco definiram, na noite desta terça-feira (14), a pauta de reivindicações específicas para a Campanha Nacional 2020. O Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Bradesco, realizado por videoconferência, também debateu pontos gerais da campanha, que serão apresentados na Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada nesta sexta-feira (17) e sábado (18).

Os debates giraram em torno da garantia da mesa única de negociação, garantia do emprego, defesa da Convenção Coletiva de trabalho (CCT), defesa das empresas públicas, teletrabalho e Fora Bolsonaro.

“Mesmo sendo a primeira vez que fizemos este evento de forma virtual, o debate foi de alto nível e chegamos a uma pauta que defende o interesse de todos. Por isso, temos a certeza que hoje saímos ainda mais unidos na luta pela defesa dos nossos direitos”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização de Empresas (COE) do Bradesco.

Desempenho do banco

Antes do debate sobre os pontos das pautas, os participantes do evento assistiram duas palestras. Vivian Machado, economista da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), analisou o balanço do banco do primeiro trimestre de 2020, na comparação com o ano passado.

“O banco, apesar da queda no resultado, segue forte e dá pistas de que manterá grande parte do seu quadro em home office, apostando no digital. Importante atentar para o significativo fechamento de agências de postos e de trabalho em 12 meses e para o compromisso de não demissão durante o período da pandemia a ser verificado quando sair o balanço do semestre ao final desse mês”, lembrou Vivian.

Transformação do mundo do trabalho

Já Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Dieese, falou sobre a transformação da organização sindical diante dos impactos causados pelos avanços tecnológicos no mundo do trabalho. Abordou ainda os avanços da tecnologia que foram agilizados pela pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19).

“Nossas tarefas agora serão enfrentar a crise atual, fazer uma boa campanha salarial e pensar os sindicatos, como instrumentos capazes de serem efetivamente escudos de proteção à classe trabalhadora e ao mesmo tempo um grande protagonista na disputa da democracia”, alertou.

Fonte: Contraf-CUT