Maio 18, 2025
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No ano de 2020, em meio a uma das mais graves crises econômicas e sociais das últimas décadas, os bancos públicos se mostraram essenciais a fim de amenizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus. A Caixa atendeu mais de 100 milhões de brasileiros por meio do pagamento dos auxílios emergenciais e o Banco do Brasil foi a instituição financeira que mais concedeu crédito para as micro e pequenas empresas. Tudo isto ocorreu sob um governo de orientação estritamente neoliberal, que pretende desmantelar o Estado e as empresas públicas.

Sob este cenário, economista e dirigentes sindicais bancários reuniram-se virtualmente nesta quinta-feira (28), no Fórum Social Mundial, afim de debater e reforçar o papel dos bancos públicos na economia e a sua importância para a sociedade no painel “A Defesa da Caixa e do Banco do Brasil frente aos ataques neoliberais do governo Bolsonaro”.

O economista Sérgio Mendonça, do site Reconta Aí, enumerou a atuação e os efeitos diferenciados dos bancos públicos na economia e na sociedade:

  • Bancos privados têm horror a qualquer tipo de risco: enfrentamento da crise foi e está sendo um papel da Caixa e do Banco do Brasil, tanto em 2008 como agora em 2020 – com o Pronampe, pagamento do auxílio-emergencial e FGTS;
  • Corrigem falhas de mercado: são os públicos, e não os privados que investem nas regiões menos desenvolvidas e na população de renda média e mais baixa;
  • São os principais financiadores do longo prazo: No Brasil, 86% do crédito (acima de 5 anos) é feito pelos bancos públicos;
  • Operam as grandes políticas sociais: Minha Casa, Minha Vida; agricultura familiar; apoio a infraestrutura, entre outras. Segundo Mendonça, a cada R$ 1 captado pelos bancos públicos, R$ 9 retornam para a sociedade (segundo as regras de Basileia);
  • Bancariazam a população de renda mais baixa: quase mil municípios só possuem agências de bancos públicos, e centenas não têm nenhuma. Sem os bancos públicos, milhares de brasileiros teriam muito mais dificuldade de acessar programas sociais ou qualquer atendimento bancário;
  • Rentáveis e sociais: São capazes de ganhar nas linhas comerciais que mais dão retorno, e aplicar nas políticas sociais;
  • Compram títulos do governo: financiam as políticas macroeconômicas através do financiamento da dívida pública;
  • Podem acelerar o crescimento econômico: têm a capacidade de subsidiar linhas de crédito;
  • Podem regular o mercado: como foi feito na crise financeira de 2008, os bancos públicos têm a capacidade de puxar para baixo a taxa de juros.

“[Isso] se houver um governo com uma política clara de estímulo ao crédito e ao desenvolvimento regional”

Sérgio Mendonça
  • Fornecem quadros competentes para administração pública: Banco do Brasil, Caixa, BNDES, Basa, BNB e outros bancos públicos sempre foram importantes fornecedores de gestores, capacitados por concurso, para o setor público;
  • Apresentam lucros altíssimos: e pagam dividendos à sociedade.

Estratégicos

“O Brasil tem sorte de contar com bancos públicos, mas há uma política intencional do governo Temer, e agora do governo Bolsonaro de enfraquecê-los para fortalecer os privados, por meio da redução da captação; do enfraquecimento do BNDES; de planos de demissão”, disse Mendonça.

“Bancos públicos são estratégicos para qualquer país, e o Brasil ainda tem bancos públicos para utilizar no projeto de retomada do desenvolvimento, e o exemplo mais evidente [da importância] foi agora: como seria sem a Caixa, sem o pagamento do auxílio-emergencial, como seria sem o Banco do Brasil e os outros bancos públicos, que apoiam a agricultura familiar e utilizaram o Pronampe para apoiar as micro e pequenas empresas?”, questionou o economista.

Contraponto ao sistema econômico atual

Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, ressaltou a importância do Fórum Social Mundial no contraponto a um modelo econômico em que, apenas em 2020, em plena pandemia do coronavírus, as 500 pessoas mais ricas do planeta aumentaram suas fortunas em US$ 1,8 trilhão, um salto de 31%, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.

A dirigente enfatizou a importância dos bancos públicos para a redução das desigualdades socias. “Nós conversamos com bancários e clientes do Brasil inteiro e sabemos como é importante, principalmente agora, por causa da pandemia, ter agências também nos municípios menores e mais isolados do país.

“Aposentados de muitos municípios precisam viajar duas, três horas para poder sacar a aposentadoria, porque moram em cidades que não têm nenhuma agência. E sob o governo Bolsonaro isso está piorando, porque o projeto dele é fechar mais agências, e enfraquecer o papel dos bancos públicos, os únicos que fazem o papel social, já que privados não cumprem esta função”, disse, lembrando que várias cidades do país só contam com agências do Banco do Brasil e da Caixa.

Apoio a micro e pequenas empresas na pandemia

Durante a crise causada pelo coronavírus, o Banco do Brasil concedeu R$ 6,6 bilhões em crédito para 110 mil micro e pequenas empresas por meio do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Para efeito de comparação, por meio do mesmo programa, o Itaú concedeu R$ 3,9 bilhões para 42 mil empresas.

“Os bancos privados vislumbram o lucro imediato, e os públicos desempenham papel social, e nem por isto deixam de ter lucro”, acrescenta o diretor do Sindicato de São Paulo e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados, João Fukunaga.

Contudo, a equipe econômica de Bolsonaro pretende realizar mais uma reestruturação, com objetivo de fechar 361 unidades no país – sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento –, demitir 5 mil bancários e descomissionar centenas de funções.

Paralisação sexta 29

Por conta desta intenção do governo federal, os trabalhadores do Banco do Brasil fazem uma paralisação de 24 horas nesta sexta-feira (29). O aumento da digitalização bancária é o principal argumento utilizado pelo governo federal para o fechamento de agências e a demissão de mais 5 mil trabalhadores.

“É multo fácil falar sobre digitalização se olharmos apenas as grandes capitais, que têm estrutura de telecomunicação, mas no interior dos Estados essa tecnologia não chega. E também há a questão do nível de escolaridade”, disse Fukunaga.

Em um teste, dirigentes conversaram com trabalhadores da limpeza e segurança de agência do Banco do Brasil, e muito pouco deles utilizam a digitalização bancária, seja porque não têm recursos para arcar com pacote de dados, ou porque falta conhecimento para operar aplicativos. “Essa restruturação irá tirar o serviço bancário, o único acessível, para essas pessoas, e focar na classe média e alta”, disse Fukunaga.

Banco do Brasil e Caixa demitiram mais que privados

Entre 2014 e 2020, o Banco do Brasil fechou 19,5 mil postos de trabalho (variação negativa de 17,5%) e a Caixa 16,9 mil postos de trabalho (variação negativa de 16,9%), enquanto que o Bradesco abriu 414 postos de trabalho, (variação positiva de 0,4%), o Itaú fechou 1.920 vagas (-5,1%), e o Santander 4,1 mil postos (-8,4%). “É um dado que reforça uma política agressiva de diminuição de postos de trabalho nos bancos públicos e um ataque frontal ao Banco do Brasil e à Caixa”, reforçou Fukunga.

Construção de paralisações e defesa das empresas públicas

Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, lembrou que a Caixa é o único banco que paga benefícios para as pessoas, ao contrário dos outros bancos que se limitam a cobrar.

“A relação da sociedade com a Caixa, que já era grande por conta do FGTS, e de programas como Minha Casa Minha Vida, se aprofundou mais com o pagamento do auxílio-emergencial e a bancarização de 100 milhões de pessoas invisibilizadas pelo setor financeiro. A pandemia e a crise mundial reforçaram o entendimento de que sem os bancos públicos não tem como melhorar a situação econômica”, disse Dionísio.

“As entidades têm que investir na construção de paralisações dos trabalhadores e na defesa das empresas públicas como fundamentais. E a sociedade precisa entender que não é o investimento privado que alavanca o desenvolvimento do zero, mas o público”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

As premissas atuariais foram o tema da terceira reunião do Grupo de Trabalho (GT) Saúde Caixa. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (28), por videoconferência, e iniciou os estudos para a construção de uma proposta de custeio para o plano. Os representantes dos empregados no GT reforçaram mais uma vez a necessidade de transparência nas informações do plano que serão apresentadas. As reuniões têm acontecido semanalmente, às quintas-feiras.

“Temos reforçado esse pedido em toda reunião. A transparência nos dados é fundamental para que a gente possa, de forma colaborativa, construir uma alternativa de custeio que mantenha o nosso plano sustentável e acessível para todos os empregados e os aposentados”, afirmou a coordenadora do GT e da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Membro das duas primeiras gestões do Conselho de Usuários e agora membro do GT, o diretor de Relações Sindicais da Apcef/RJ, Sergio Amorim, lembrou que a cobrança pelos dados é antiga. “Desde aquela época, nós do Conselho cobramos o acesso aos dados e não foi diferente quando fui atuar no GT Saúde Caixa. A transparência dos dados é fundamental para cumprirmos o nosso papel, mas nunca conseguimos essa informação de forma consistente”, ressaltou Amorim.

O representante dos empregados do GT Saúde Caixa, membro da CEE/Caixa e presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros, explicou a importância do GT obter os dados precisos sobre o Saúde Caixa. “Para alcançar nosso objetivo de garantir um plano acessível e de qualidade para os empregados da ativa e aposentados é fundamental nos debruçarmos sobre os dados do plano para identificar principais gargalos dos seus custeios e buscar as melhores soluções.”

Outro ponto que está em debate no GT é a preparação de um termo de confidencialidade. O documento deverá ser assinado por todos os participantes do grupo de trabalho.

Novos participantes

Durante a reunião, a Caixa informou que aproximadamente dois mil empregados já solicitaram a entrada no Saúde Caixa. A expectativa do banco é para que pouco mais de três mil empregados façam a adesão.

A reabertura do plano aconteceu no dia 8 de janeiro, após muitas reivindicações dos empregados, um dos principais pontos da Campanha Nacional de 2020.

O Grupo de Trabalho

O GT Saúde Caixa tem o objetivo de criar uma proposta para um novo formato de custeio e de gestão do plano de saúde até o dia 31 de julho de 2021. A proposta passará pelo crivo da mesa permanente de negociação e, posteriormente, dos beneficiários, antes de entrar em vigor a partir de 2 de janeiro de 2022.

Os integrantes indicados pelos representantes dos empregados são: Fabiana Uehara, Leonardo Quadros, Sergio Amorim, Alexandro Livramento, Lilian Minchin, Marilde Zarpellon e Márcia Krambeck.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander negociou nesta quinta-feira (28) o adiamento do início da compensação das horas negativas, inicialmente previsto para janeiro. O novo prazo, inicialmente indicado para março, está condicionado a análise futura das condições da pandemia de coronavírus, com a possibilidade de nova prorrogação.

A proposta para um Acordo Aditivo com o adiamento da compensação será submetida a análise e aprovação dos bancários do Santander, por meio de assembleias virtuais, nos próximos dias. A proposta amplia o período para a compensação de 12 para 18 meses, sendo vetado desconto em folha de pagamento até encerrado este prazo. Em caso de demissão sem justa causa ou aposentadoria, também é vetado o desconto das horas não compensadas.

Acordo

“Esse acordo traz um pouco de tranquilidade para os trabalhadores que têm banco de horas negativas, uma vez que o acordo anterior previa o início da compensação agora em janeiro. Como a pandemia aumentou, o acordo vai postergar esse início, além de ampliar o prazo para compensação”, avaliou Mario Raia, secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na COE.

Em setembro do ano passado, a COE negociou com a direção do banco o acordo de banco de horas negativas. Na ocasião, foi previsto o início da compensação em janeiro. “Porém, com a continuidade e o agravamento da pandemia, não é seguro o retorno dos bancários ao trabalho presencial e o aumento de jornadas para compensação de horas negativas. Entendemos que o grande avanço que conquistamos nas negociações, que resultaram nesta proposta de acordo, é o compromisso do Santander de não convocar os bancários para imediata compensação de horas. Essa flexibilização, diante do atual cenário da pandemia, é fundamental para preservar a saúde e a vida dos trabalhadores, sobretudo daqueles incluídos no grupo de risco. Entretanto, seguindo a tradição democrática do Sindicato e demais entidades representativas, a decisão final sobre o acordo cabe aos bancários”, enfatiza a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.

Home office

A adoção do teletrabalho/home office para funcionários que estejam em trabalho presencial foi uma medida debatida. “Cobramos que o banco atue no sentido de oferecer funções para estes trabalhadores exercerem de forma remota, evitando assim o aumento do banco de horas negativas a ser compensado”, acrescentou Lucimara Malaquias. A COE vai acompanhar ao longo do ano a compensação das horas negativas. Caso ocorram problemas, novas conversas com o banco serão realizadas. Também serão cobradas do banco medidas mais eficazes em relação a prevenção da Covid-19.

“As federações e sindicatos continuam em diálogo permanente com o banco para que não seja o trabalhador prejudicado por essa situação”, lembrou Mário Raia. Os representantes dos funcionários do Santander vão estar atentos a casos de redução do número de trabalhadores atuando de forma presencial. “A pandemia está avançando com força e o banco tem responsabilidade com a saúde e a vida de seus funcionários e clientes. O teletrabalho não pode ser encarado como privilégio. É uma questão de saúde coletiva, necessária para diminuir a circulação do vírus e preservar vidas”, concluiu Lucimara Malaquias.

A orientação aos funcionários do Santander é que problemas relativos às medidas de controle da pandemia sejam comunicados aos sindicatos de suas bases.

Resumo da proposta de Acordo Aditivo para compensação de horas negativas:

– Início da compensação será adiado de janeiro para março, com a possibilidade de nova prorrogação a depender do cenário da pandemia de coronavírus.

– Ampliação do prazo de compensação de 12 para 18 meses.

– Vetado desconto em folha de pagamento até encerrado o prazo de 18 meses para compensação.

– Em caso de demissão sem justa causa ou aposentadoria, é vetado o desconto das horas negativas não compensadas.

 Com informações da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta sexta-feira, dia 29 de janeiro de 2021, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve na agência 0329 (Av. Presidente Kennedy), em Duque de Caxias, do Banco do Brasil, e retardou em uma hora a abertura do banco. A paralisação é uma resposta ao governo federal, que vem promovendo o desmonte do banco e atacando os direitos dos funcionários, e que foi aprovada por bancárias e bancários do BB, em Assembleia ocorrida no dia 25 de janeiro.

Os trabalhadores criticam a reestruturação anunciada pela direção do banco que prevê o fechamento de centenas de unidades e a demissão de milhares de trabalhadores.

Além do ataque aos direitos dos trabalhadores, que estão sendo removidos dos seus pontos, com comissões reduzidas, esse desmonte também deve afetar o atendimento à população.

Nenhuma surpresa. O Brasil superou hoje (28) a marca de 9 milhões de pessoas que atingidas pela covid-19 desde o início do surto, em março passado. Com 61.811 novos casos nas últimas 24 horas, o número oficial de infectados chegou a 9.058.687. O dia também foi de um grande número de mortos pelo novo coronavírus, com 1.386 óbitos por covid-19 oficialmente registrados. A mortalidade é superior mesmo à média da pandemia no até então pico, entre junho e setembro.

Com a atualização dos números, o país soma 221.547 mortos, de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). A média móvel de mortes calculada em sete dias está em 1.057 vítimas por dia. O número é similar ao pior momento da pandemia. Assim, considerando o elevado número de casos diários, superior aos meses de maior mortalidade, a covid-19 segue descontrolada no Brasil. E em ritmo crescente. Fevereiro começará com o país em estado máximo de atenção para a aceleração dos números de casos e mortes pela infecção.

 
Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

Fator Bolsonaro

O país é o segundo com mais mortes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A tragédia é agravada pelo conduta desastrosa do presidente da República, Jair Bolsonaro. Apesar dos 220 mil brasileiros mortos, ele persiste em negar a ciência, estimular e promover aglomerações e confundir a sociedade com mentiras sobre a pandemia.

Em uma condução lenta e apática da busca por vacinas, Bolsonaro também chegou a fazer campanha aberta contra imunizantes. Hoje (28) em Alagoas, recebido pelo ex-presidente, hoje senador, Fernando Collor de Mello (Avante), o presidente voltou a desdenhar da covid-19. “O povo brasileiro é forte, não tem medo do perigo. Nós sabemos quem são os vulneráveis: os mais idosos e os com comorbidade. O resto tem que trabalhar (…) reformulem essa política. Entendam que isolamento, o confinamento nos leva para a miséria”, disse.

Pior do mundo

Diante de um governo abertamente contrário à ciência, a covid-19 se consolida como a maior crise sanitária da história do Brasil. De acordo com um estudo do Lowy Institute, uma organização australiana independente que analisa políticas públicas, a condução da pandemia pelo governo brasileiro foi a pior do mundo.

Foram analisadas as medidas tomadas em 98 países a partir de critérios técnicos envolvendo ações federais em relação à Saúde. Providências como capacidade de testagem, estratégias de contenção do vírus, entre outras. Outro país que figurou entre os piores do mundo, logo à frente do Brasil, foram os Estados Unidos. Em comum, ambos os países contaram, em 2020, com presidentes populistas, que ridicularizaram mortes, rejeitaram até mesmo o uso de máscaras e receitaram medicações comprovadamente sem eficácia contra a covid.

No topo dos 10 países que melhor combatem o vírus estão a Nova Zelândia, Vietnã, Taiwan, Tailândia, Chipre, Ruanda, Islândia, Austrália, Letônia e Sri Lanka. O estudo não inclui os resultados da luta pela contenção da pandemia em Cuba.

Os países que obtiveram sucesso em suas políticas públicas praticamente erradicaram o vírus com medidas intensas de isolamento social, proteção econômica às populações, aplicação massiva de testes e rastreio de contágio.

Chama atenção no relatório que na lista dos mais bem sucedidos estão tanto alguns países ricos, como também emergentes e pobres. Ou seja, status econômico não impede governos responsáveis de preservar vidas.

Fonte: Contraf-CUT

Uma das conquistas da Campanha Nacional 2020, os funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) votaram nesta quarta-feira (27) para a escolha dos quatro trabalhadores que ocuparão a vaga de Delegado Representante Sindical (DRS) e seus suplentes.

O vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius de Assumpção, lembrou que a criação deste cargo foi a solução para resolver o impasse gerado pelos ataques que a direção do banco vem fazendo ao funcionalismo e suas organizações. “Devemos considerar uma grande vitória na mais dura negociação já enfrentada pelos trabalhadores com a direção do banco, fruto da atual conjuntura política em que vivemos.”

Os candidatos mais votados foram Pauliane das Virgens de Oliveira, com 25,40%, Arthur Cesar Vasnconcelos Koblitz, com 22,66% dos votos, Paulo Rebouças Monteiro Filho, com 11,98% dos votos, e Fernando Henrique de Araújo Góes e Fabio da Rocha Pais, ambos com 10,58% dos votos.

Arthur, porém, já enviou uma carta à Contraf-CUT abrindo mão da posse como Delegado titular e ficará como suplente, neste mandato de um ano. Em breve, a Contraf-CUT enviará a solicitação de liberação dos eleitos, como rege o regulamento específico do DRS.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários do Itaú conquistaram reajuste no Programa Bolsa Auxílio Educação para 2021. O acordo foi firmado na reunião desta quinta-feira (28), realizada por videoconferência, entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco.

Serão 5.500 bolsas de estudo, no valor de R$450, um reajuste de aproximadamente 10%, na comparação com o valor do ano passado. Para 2022, o reajuste do programa será o mesmo da categoria para os salários, ou seja, a reposição do INPC, mais 0,5%. A estimativa é o valor seja de aproximadamente R$480.

O banco Itaú anunciou ainda a permissão de acessos à plataforma digital com uma diversidade de cursos, vídeos, palestras e fóruns abertos para todos os funcionários, dependentes, trabalhadores desligados e dirigentes sindicais.

“É importante ressaltar que a concessão dessas bolsas de estudo é uma conquista dos trabalhadores, desde 2009, e estão previstas no acordo aditivo de trabalho (ACT). Elas são fruto de reivindicações e negociações da categoria. Ou seja, é mais um exemplo de que os trabalhadores organizados conseguem avanços”, lembrou Jair Alves, coordenador da COE do Itaú.

As inscrições para o Programa Bolsa Auxílio Educação 2021 para a primeira e a segunda graduação e para a primeira pós graduação já estão abertas desde dezembro de 2020. Para realizar a inscrição, os interessados devem acessar o IU Conecta pela rota: Para mim> Benefícios> Bolsa Auxilio Educação> Inscrição no ranking. As inscrições podem ser feitas até o dia 29 de janeiro de 2021.

Fonte: Contraf-CUT

Funcionários do Banco do Brasil fazem nesta sexta-feira (29) uma paralisação contra o pacote de reestruturação que a direção do banco pretende aplicar. A mobilização foi discutida e organizada em sindicatos de norte a sul do país. A reestruturação prevê o fechamento de centenas de agências, postos de atendimento e escritórios, além da demissão de 5 mil funcionários.

“Os sindicatos têm passado nas agências, levando faixas e conversando com os bancários, para que a gente faça uma grande mobilização no dia de amanhã, contra essa reestruturação. Só assim iremos forçar o banco a negociar” disse o coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

O plano que prevê milhares de demissões e fechamento de centenas de agências e outras unidades do BB não foi discutido com os funcionários e seus representantes. A reação à reestruturação vem crescendo desde o seu anúncio, no dia 11 deste mês. Na semana passada, dia 21, houve um Dia Nacional de Luta contra a Reestruturação, que mobilizou funcionários em todo o Brasil. Foram realizadas reuniões nas agências e escritórios, distribuição de uma carta aberta à população, colagem de cartazes e um tuitaço com a hashtag #MeuBBvalemais, que figurou entre os 10 assuntos mais comentados no Twitter.

Para João Fukunaga, a paralisação desta sexta acontece em um momento grave do país, que vive o impacto da segunda onda da pandemia. “É uma luta de dentro do BB para fora, para a população. É uma luta para preservação da vida das pessoas, de quem é grupo de risco. Estamos convocando o pessoal que está em home office a não bater o ponto, para fazermos uma grande mobilização. Essa é uma greve de dentro para fora, por conta, inclusive, da pandemia, da grande parte dos funcionários estarem em home office”, explicou o coordenador da CEBB.

Lucros

Outro ponto destacado por Fukunaga é que, para a direção do BB, a demissão de milhares de funcionários e o desmonte do banco é feito para ampliar os lucros aos acionistas. Na segunda-feira (25), a direção do banco anunciou sua distribuição de dividendos em 2021, em documento enviado ao mercado. De acordo com o documento, o percentual do lucro pago aos acionistas (payout) será de 40%. Sobre o resultado de 2020, o BB aprovou um payout de 35,29%.

“Para a direção do banco, o que vale nessa reestruturação, com a desestruturação de famílias, retirada de comissão, forçando as pessoas a saírem no PDV é o pagamento dos acionistas. é para isso que está sendo feita essa reestruturação. com isso, a gente vê o quanto o funcionário vale para o banco”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

O Brasil é o pior país do mundo no combate à pandemia de covid-19, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (28) na Austrália. A estratégia da Nova Zelândia é considerada a melhor, embora o país tenha confirmado dois novos casos da variante sul-africana do coronavírus nas últimas horas.

As informações são da agência de notícias RFI, publicadas pelo Uol. O Lowy Institute, de Sydney, analisou quase 100 países de acordo com seis critérios, como casos confirmados, mortes e capacidade de detecção da doença.

No total, o Brasil tinha 8.996.876 de infecções confirmadas e 220.161 mortes ontem, para uma população de 209,5 milhões de habitantes, segundo dados do ministério da Saúde. A Nova Zelândia registrou 2.299 casos do novo coronavírus e 25 mortes desde o início da pandemia, em uma população de cerca de 5 milhões de pessoas.

“Coletivamente, esses indicadores indicam quão bem ou mal os países administraram a pandemia”, diz o relatório desta instituição independente.

Além da Nova Zelândia – que praticamente erradicou o vírus com fechamentos de fronteira “precoces e drásticos”, bloqueios e testes de diagnóstico – ,Vietnã, Taiwan, Tailândia, Chipre, Ruanda, Islândia, Austrália, Letônia e Sri Lanka estão entre os dez principais países que melhor responderam à pandemia. No final da lista estão Brasil (98), México, Colômbia, Irã e Estados Unidos.

Em número total de mortes, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos. As duas nações mais populosas do continente americano tiveram em comum governos de líderes populistas nacionalistas – Jair Bolsonaro e Donald Trump – que minimizaram ativamente a ameaça da covid-19, ridicularizaram o uso de máscaras, opuseram-se a lockdowns e fechamentos, enquanto os países eram altamente infectados pelo vírus.

A China – onde o vírus surgiu no final de 2019 – não está incluída na lista por falta de dados de diagnóstico disponíveis ao público, segundo os autores.

Confira o reportagem do Uol.

Embora a maior parte das campanhas salariais em 2020 tenha resultado em reajuste igual ou superior à inflação, na média os acordos tiveram variação abaixo do INPC. Os dados, reunidos pelo Dieese, analisam 11.738 reajustes no ano passado.

Desse total, 38,5% resultaram em aumento real (acima da inflação). Outros 34,3% foram equivalente à variação do INPC, enquanto 27,2% ficaram abaixo. A média dos reajustes foi de -0,11% em relação ao índice de referência. O ano de 2020 também foi marcado por acordos de redução de jornada e salário, em torca de manutenção do emprego, devido à pandemia.

Campanhas salariais sem reajuste

O Dieese registrou 8,8% de acordos sem reajuste em 2020, ante 0,3% no ano anterior. Em números absolutos, o total de reajustes zero passou de 39, em 2019, para 1.036. Isso aconteceu com mais frequência em maio, julho e dezembro.

Entre os setores de atividade, a indústria teve maior incidência de acordos com reajustes acima do INPC: 44,2%. No comércio, apenas 30,9%. E o maior percentual de reajustes abaixo da inflação foi registrado nos serviços (33,3%). Resultados que se explicam, também, pelos efeitos da pandemia.

No recorte por data-base, “fevereiro e junho apresentaram as maiores incidências de aumentos reais no ano, superiores a 50% em cada uma”, aponta o Dieese. “Maio, julho e setembro também se destacaram, com registros de aumentos reais em proporções superiores a 40%”, acrescenta o instituto. Em setembro estão categorias como a dos bancários, que conseguiram fechar acordo por dois anos, além de metalúrgicos e petroleiros.

Inflação subiu

“O desempenho dos reajustes salariais guarda certa correspondência com a evolução da taxa de inflação no período, ou seja, quanto maior o índice de inflação, mais difícil a negociação da reposição da perda salarial”, observa o instituto. “Note-se que é expressiva a proporção de reajustes salariais inferiores ao INPC-IBGE nas datas-bases que ocorreram em situação de aceleração da inflação – em especial, as do último trimestre do ano.” Em junho, o INPC em 12 meses somava 2,05%. Em novembro, havia subido para 4,77%.

Entre as regiões, o Sul teve 45% de campanhas salariais com acordos acima do INPC. As demais ficaram próximas, oscilando entre 35% e 36%. A maior incidência de reajustes abaixo da inflação foi registrada no Centro-Oeste (39,3%).

Fonte: Rede Brasil Atual