Maio 09, 2025
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No dia 24 de novembro, estreia do Brasil na Copa do Mundo do Catar, a sede e a subsede do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense estarão de portas abertas para os bancários e bancárias assistirem num telão, a partida contra a Sérvia.

O churrasquinho é por nossa conta e as bebidas à parte.

NÃO PERCAM!

Dia 24/11
Às 16 horas
Em Duque de Caxias e em Nova Iguaçu.

O Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito da Caixa Econômica Federal realizou, nesta quinta-feira (10), a primeira reunião sobre o Plano de Cargos e Salários (PCS) das empregadas e empregados e a consequente definição dos critérios de avaliação para efeito de pagamento dos “deltas” do ano de 2022-2023. Os critérios são debatidos todos os anos pelo GT formado por representantes do banco e dos trabalhadores. Próxima reunião ocorrerá na semana que vem.

“Os debates para a definição dos critérios deveriam ter se iniciado no primeiro, ou logo no início deste segundo semestre, mas, em decorrência das negociações da Campanha Nacional dos Bancários, não foi possível encontrar agenda para as reuniões. Vamos tentar agilizar ao máximo este processo, para que isso não impeça que a gente alcance uma regra que permita a justa promoção e consequente pagamento dos deltas às empregadas e empregados”, explicou o coordenador do GT, pela parte dos trabalhadores, João Paulo Pierozan.

“Vamos acompanhar com atenção este processo de negociações no GT e estaremos prontos para intervir, caso haja necessidade, para que a definição seja a melhor possível para os trabalhadores”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Clotário Cardoso.

Acordo atual

Nesta primeira reunião a Caixa apresentou informações sobre o pagamento dos deltas efetuados neste ano de 2022, referente à avaliação de 2021. Dos 87.221 que o banco possui atualmente, apenas 78.699 receberam a promoção. Destes, 68.433 receberam um delta e 10.266 dois deltas.

Na última sistemática, ficou definido que o banco distribuiria um delta para todos os empregados elegíveis e um segundo delta para os empregados que atingissem a avaliação “excepcional” no programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), mas apenas 53% dos empregados que atingiram a avalição excepcional receberam o segundo delta. O banco alegou limitação orçamentaria.

Os representantes dos empregados solicitaram que a Caixa apresente dados complementares para subsidiar a construção de uma proposta que contemple os anseios dos trabalhadores, como a estratificação dos dados por setor e a quantidade empregados não-elegíveis.

“A promoção por mérito é uma conquista que tem impacto direto na renda do trabalhador da Caixa. No ano passado conseguimos manter um alto percentual de empregados contemplados com ao menos 1 delta e ficou definido que a Caixa usaria todo o recurso disponível para promoções com a distribuição do segundo delta. Isso mostra como o GT foi bem sucedido. E vamos lutar para termos novamente uma regra satisfatória neste ano”, concluiu o representante do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região no GT, Marcelo Lima.

Histórico

Forma de progressão no Plano de Cargos e Salários (PCS), junto com a promoção por antiguidade – que é devida ao empregado a cada dois anos – a promoção por merecimento deixou de ser aplicada em 1996. Após 1998, a situação agravou-se, pois os empregados admitidos a partir desta data foram enquadrados em um novo PCS, que, na carreira administrativa, possuía apenas 15 referências.

Assim, a última referência do PCS, que seria alcançada pelo empregado somente após 30 anos de trabalho, considerando as promoções por antiguidade a cada dois anos e a ausência da promoção por merecimento, era apenas R$ 850,00 maior que a referência de ingresso na Caixa.

Em 2008, os empregados conquistaram a unificação dos PCS de quem foi admitido antes e depois de 1998, ampliando o teto e restabelecendo as promoções por merecimento.

O novo PCS, atualmente em vigência, conta com 48 referências, sendo a inicial (201) R$ 3.000,00 e a última (248) R$ 8.763,00, diferença de R$ 5.763,00 entre a referência final e a inicial. Considerando a concessão de um Delta merecimento a cada ano e o Delta por antiguidade a cada dois anos, o empregado pode alcançar o topo do novo PCS após 32 anos trabalhados na Caixa.

Próxima reunião

A próxima reunião para a definição dos critérios de promoção vai ocorrer na semana que vem. O dia ainda não está definido, mas a previsão é que seja na quinta (17), ou sexta-feira (18).

Fonte: Contraf-CUT

O Itaú Unibanco atingiu um lucro líquido de R$ 23,118 bilhões nos primeiros nove meses de 2022, alta de 17,2% em relação ao mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre do ano corrente (julho até setembro), o lucro líquido foi de R$ 8,07 bilhões, alta de 5,2% em relação ao trimestre anterior. Entre os maiores bancos do país, o resultado deixa o Itaú apenas atrás do Banco do Brasil.

Apesar dos números positivos, a instituição privada fechou 247 agências físicas no país em detrimento da abertura de 189 agências digitais nos últimos doze meses, ressaltou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves, completando que, nos últimos anos, a holding acelerou o processo de transformação digital.

“Quando olhamos os dados de emprego, vemos que, no terceiro trimestre de 2022, o Itaú conta com 88.279 empregados no país, com abertura de 2.084 postos de trabalho nos últimos doze meses. Entretanto, esse saldo positivo se deve a contratações para a área de TI”.

O porta-voz dos funcionários do Itaú frisou ainda que o lucro elevado do banco reflete a difícil situação econômica do país. “A própria instituição confirma isso no relatório recente, quando observa que a elevação do seu lucro é reflexo do aumento da taxa de juros Selic”, pontuou.

Outros fatores elencandos pelo Itaú Unibanco que favoreceram para os resultados positivos foi o crescimento da carteira de crédito e a mudança no “mix” da carteira no segmento do varejo, permitindo crescimento de 29,4% da margem financeira com clientes.

A Carteira de Crédito do banco cresceu 15,4% em doze meses e 2,5% no trimestre, atingindo R$ 1,111 trilhão. As operações com pessoas físicas no Brasil cresceram 27,0% em doze meses, totalizando R$ 384,7 bilhões, com destaque para crédito pessoal (+36,3%), cartão de crédito (+32,7%) e crédito imobiliário (+27,4%). O crédito à pessoa jurídica apresentou alta de 13,8% no período, totalizando R$ 301,0 bilhões. Enquanto o crescimento de micro e pequenas empresas foi de 15,1% em doze meses, alcançando 159,9 bilhões. 

Já o retorno recorrente gerencial sobre patrimônio líquido (ROE) do banco privado sofreu aumento de 21,3% no segundo trimestre, com alta de 1,7% em doze meses.

Retorno para funcionários

“Com esses lucros, o Itaú tem todas condições para melhorar a remuneração dos seus funcionários, através de programas próprios existente, onde COE e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) vêm cobrando do banco o pagamento proporcional do programa GERA para as áreas comercial e varejo”, disse Jair. “Já iniciamos a tratativa de renovação do PCR (Programa Complementar Remuneração e da Bolsa Educação) e esperamos obter um bom valor, com esses resultados do banco”, pontuou.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil voltou a bater recorde semestral de lucro. De julho a setembro, o lucro líquido foi de R$ 8,4 bilhões, aumento de 62,7% em relação ao mesmo período de 2021. Nos nove meses de 2022, o lucro líquido ajustado do BB atingiu R$ 22,72 bilhões, crescimento de 50,9% em relação ao período imediatamente anterior.

Para o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), João Fukunaga, o desempenho positivo é importante, pois diz respeito à saúde da entidade. Mas os lucros astronômicos reforçam a destituição do caráter público do BB.

“Em governos anteriores, o banco já apresentou lucros consideráveis, garantindo o pagamento dos acionistas e não perdendo sua função pública, pelo contrário, aumentou o número de agências e o nível de bancarização no país”, explicou, frisando que “o papel dos bancos públicos é auxiliar o Estado no crescimento de setor produtivo, infraestrutura e redução das desigualdades, a partir da oferta de crédito a juros mais baixos para as famílias, microempreendedor, pequenos empresários e agricultores”. 

Dividendos

Junto com o anúncio do resultado trimestral, que aconteceu nesta quarta-feira (9) após fechamento do mercado, o BB informou ter aprovado a distribuição de mais de R$ 486,6 milhões a título de remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos e mais de R$ 1,8 bilhão sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), ambos relativos ao terceiro trimestre de 2022.

Fukunaga observou, com base neste e nos relatórios financeiros dos últimos quatro anos, “um BB mais preocupado em apresentar recordes de lucro para atender apenas interesses de acionistas”. E, nos últimos meses deste ano, uma “aceleração da apresentação de resultados e pagamento de dividendos” de empresas estatais. “O lucro em empresas públicas é bem-vindo. Mas a que custo ele ocorre, sobretudo neste momento, de final de mandato?”, questionou.

“É curioso que, diante de uma economia patinando, aumento da miséria e índice de famílias brasileiras com contas em atraso passando dos 30% [de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo/CNC], a prioridade de um banco público como o BB seja agir como qualquer banco privado, para atender expectativas de acionistas”, pontuou ainda.

Fukunaga frisou que existem “várias maneiras de aproveitar o BB para combater a crise econômica, sendo uma delas a redução dos spreads bancários [a diferença entre o custo de captação dos bancos e o que eles cobram nos empréstimos a seus clientes]”, lembrando que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, já declarou propostas para que os bancos públicos voltem a ajudar famílias e microempresários endividados.

Emprego e agências

As demonstrações financeiras do BB no trimestre registram também o aumento de 117 postos de trabalho no terceiro trimestre do ano e 1.361 em 12 meses, além da redução de oito agências no período.

“O volume de contratação é muito pequeno e longe de recompor os mais de 10 mil postos de trabalho que foram cortados desde 2016. Já o número de agências continua defasado. Nos últimos seis anos, o BB fechou mais de 1.500 unidades, a maioria agências de periferia e de pequeno porte, como fazem os bancos privados, que mantêm agências nos grandes centros, em detrimento da população no geral”, mostrou Fukunaga.

Ele ressaltou que, durante a gestão Fausto Ribeiro, atual presidente do BB, e de Carlos Motta, vice-presidente de Negócios de Varejo (área do banco responsável por definir as metas), o movimento sindical registrou um aumento de casos de adoecimento de bancários, seja por conta de assédio moral para alcançar metas “em níveis abusivos”, seja pela redução de postos de trabalho, ocasionando sobrecarga e acúmulo de funções aos bancários mantidos.

“Nossa expectativa, a partir de 2023, é que, junto à valorização do BB como banco público, ocorra o aumento de funcionários, impactando inclusive na realidade dos funcionária do banco, submetidos a sobrecarga de trabalho por causa do enxugamento de postos”, completou.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Banco de investimento

Durante um discurso realizado nesta quinta-feira (10), para parlamentares e partidos aliados, no auditório do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição, Lula voltou a falar do papel das empresas públicas para retomada do desenvolvimento.

“Nosso compromisso é muito simples: é reconstruir esse país”, afirmou. “A democracia está de volta, a civilidade está de volta. Esse povo vai ser ouvido, esse povo vai ter o direito de dar palpite naquilo que temos de fazer”, salientou. “Quero dizer para vocês que as empresas públicas brasileiras serão respeitadas. A Petrobras não vai ser fatiada. Quero dizer que o Banco do Brasil não vai ser privatizado, a Caixa Econômica [também não]”, afirmou. “E o BNDES, o BRB (Banco Nacional de Brasília) e o Basa (Banco da Amazônia) voltarão a ser banco de investimento, banco de investimento inclusive para pequenos e médios empreendedores.”

Leia também: “Banco do Brasil precisa cumprir papel de banco público”

Fonte: Contraf-CUT

A covid-19 voltou a preocupar o Brasil, após alguns meses de trégua. Neste terça-feira (8), ocorreu a primeira morte de uma pessoa contaminada pela subvariante BQ.1: uma mulher, na cidade de São Paulo. Desde o início de outubro, a taxa de transmissão do vírus (Rt) e as internações de pessoas com a doença vem subindo. Especialistas começam a alertar para o risco de uma nova onda no período de festas do final do ano.

O Ministério da Saúde abandonou a consolidação de dados em âmbito nacional, no processo negacionista do atual governo em fim de mandato. No entanto, informações sistematizadas pela Info Tracker, uma plataforma das universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) para monitorar a pandemia, mostram que a Rt ultrapassou o valor 1, quando cada contaminado transmite o vírus para mais de uma pessoa. Esse índice indica que a doença está aumentando. Ainda segundo a Info Tracker, as internações no estado saltaram de 80, em 17 de outubro, para 186 em 6 de novembro.

Conforme a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) difundiu pela imprensa, os laboratórios identificaram que os resultados positivos para o coronavírus saltaram de 3,7% em 3 de outubro para 23% na primeira semana deste mês. Essa mesma tendência de alta também já foi identificada pela rede de farmácias do país, e divulgada por meio de sua associação.

Há vários motivos que podem estar promovendo o crescimento da doença, como a chegada da nova variante BQ.1, a redução da imunidade de quem já se vacinou, as aglomerações no período da campanha eleitoral e a procura das pessoas pelas doses de reforço abaixo do ideal, em especial pela quarta aplicação do imunizante.

Para a médica e pesquisadora em Saúde do Trabalhador da Fundacentro e doutora pela Faculdade de Saúde Pública da USP, Maria Maeno, “de fato a variante BQ.1 está se disseminando rapidamente, o que exige que voltemos a deixar de participar de grandes aglomerações e a usar máscara em locais fechados. Já há vacinas que protegem melhor contra as variantes Ômicron, mas elas ainda não estão disponíveis no Brasil, e precisam ser adquiridas”.

Bancárias e bancários

Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, “no caso de bancárias e bancários, os cuidados devem ser redobrados, pois suas atividades são sempre em contato com muitas pessoas”. Mauro orienta, ainda, que “todos sigam os protocolos de saúde, conforme a orientação de especialistas, mesmo sem a obrigação legal que vigorou até alguns meses atrás, pois esse é o único caminho para proteger a si mesmo, a família e a sociedade como um todo”.

Cuidados

Conheça as orientações básicas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para se defender do coronavírus:

  • Mantenha distância de outras pessoas de pelo menos 1 metro.
  • Evite aglomerações.
  • Use máscara, especialmente em locais fechados. Troque o equipamento sempre que ele ficar úmido. Não use máscara com válvulas.
  • Prefira locais abertos e ventilados. Abra uma janela se estiver em local fechado.
  • Limpe as mãos com frequência, com sabão e água ou álcool em gel.
  • Mantenha-se em dia com a vacina. Até o momento, todos adultos devem ter tomado a quarta dose.
  • Cubra o nariz e a boca com o braço dobrado ou um lenço ao tossir ou espirrar.
  • Evite tocar superfícies de locais públicos. Limpe superfícies com frequência.
  • Fique em casa se você sentir indisposição. Os sintomas mais comuns da covid são tosse seca, febre e cansaço.
  • Procure atendimento médico se tiver febre, tosse e dificuldade para respirar. Se possível, ligue para a unidade de saúde e peça orientações antecipadas.
  • Mantenha-se informado sobre a situação em sua localidade.

Acesse aqui a orientação completa da OMS para se proteger.

Fonte: Contraf-CUT

O crescimento considerável de oferta de crédito que a Caixa Econômica registra nos resultados do terceiro trimestre do ano aponta para a instrumentalização do banco pelo atual governo, na tentativa frustrada de reeleger Bolsonaro. A avaliação é do dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro, com base em números oficiais divulgados nesta quarta-feira (9).

Em doze meses, a Carteira de Crédito Ampliada do banco público teve alta de 16%, totalizando R$ 977 bilhões, com destaque para as operações comerciais com pessoas físicas que cresceram 22,6% e totalizaram R$ 133,6 bilhões.

“No período pré-eleitoral, a Caixa apresentou uma abertura dos cofres muito diferente do observado nos anos anteriores do governo atual. Claro que nós sempre defendemos uma Caixa indutora do desenvolvimento, que empresta mais às classes B, C e D, microempreendedores e pequenos empresários. Mas, a forma como isso ocorreu em tão curto período de tempo e diante da corrida eleitoral, preocupa”, apontou Rafael, que também é funcionário da Caixa e destacou o exemplo do controverso consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil, que atingiu R$ 5,5 bilhões de crédito até novembro, só na Caixa.

Essa movimentação que disponibilizou dinheiro para o mercado em quantidades consideráveis em curto espaço de tempo resultou, inclusive, em uma mudança significativa do Índice de Liquidez de Curto Prazo (RCL) que, em setembro de 2022, foi de 176% ante os 295,6% em setembro do ano anterior, o que aproxima a Caixa do índice registrado pelos maiores bancos privados, de cerca de 150%.

Matemágica

Além da oferta de crédito ampliada em tempo de eleição, Rafael destacou a falta de planejamento da atual gestão. “Durante esse período delicado, onde nos colocamos na linha de frente para não deixar de atender ao país e pessoas que mais precisam, o que contribuiu para que centenas de vidas de bancárias e bancários fossem ceifadas, assistimos representantes do primeiro escalão do banco usando a mídia para se gabar de resultados positivos, conquistados, em grande medida, a pressão exagerada sobre os trabalhadores. Isso é o que chamamos de ‘gestão do banco da matemágica’, termo que faz alusão às frases do ex-presidente [afastado por denúncias de assédio] Pedro Guimarães, sobre ser eficiente, denominando a Caixa como ‘banco da matemática’. Cada dia trabalhado nessa gestão foi um sufoco”.

O dirigente da Contraf-CUT destacou ainda que, apesar dos resultados positivos no balanço recente, as entidades que representam os trabalhadores da Caixa seguem registrando casos “de assédio moral”, onde os bancários trabalham em um estado de “pandemônio diário, sem saber o que a diretoria quer, com alterações bruscas e constantes de metas que extrapolam qualquer nível de tolerância aceitável e de forma jamais vista em nossa história”. Em paralelo a esse cenário, “sistemas não funcionam, computadores e terminais de autoatendimento frequentemente apresentam problemas”.

Outros dados

No segmento de pessoas jurídicas, o crescimento de crédito comercial nos últimos dozes meses foi de 10,9% em relação ao mesmo período de 2021, totalizando R$ 89,7 bilhões, com relevo para as linhas voltadas às micro e pequenas empresas (R$ 57,5 bilhões). No balanço trimestral da Caixa, ocorre destaque também para o segmento de agronegócio, onde o aumento do crédito foi de 227,4%, totalizando R$ 40,3 bilhões.

As demonstrações financeiras apontam ainda que, nos nove primeiros meses do ano, a Caixa apresentou lucro líquido de R$ 7,6 bilhões, com diminuição de 45,9% em relação ao mesmo período do ano subsequente. Deste total, R$ 443 milhões foram resultado de receitas provenientes do desreconhecimento do passivo de juros e atualização monetária (contrato nº 504/PGFN/CAF), referente a devolução de valores de IHCDs (Instrumento Híbrido de Capital e Dívida) para o tesouro. Já a rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 9,23%, com decréscimo de 10,6 pontos percentuais (p.p.).

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Dedicação dos bancários

Em artigo de análise sobre os resultados recentes, a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, ponderou que “mesmo em meio a ampliação drástica de denúncias de casos de assédio moral e sexual (…) e aumento nos afastamentos médicos na ordem de 45% no mesmo período; (…) mesmo em meio a pandemia, sofrendo pressão de todo tipo; os empregados da Caixa continuam na linha de frente atendendo milhões de clientes e de brasileiros e brasileiras desamparados pela crise social e econômica que o país atravessa. O compromisso com a gestão pública, expertise e dedicação são a marca dos trabalhadores da Caixa, que merecem respeito e valorização”.

“Trabalhar duro nunca foi problema para nenhum bancário da Caixa”, completou Rafael de Castro. “No futuro próximo, esperamos da gestão do banco diálogo, respeito e valorização dos trabalhadores. Queremos ser ouvidos e ajudar na reconstrução da Caixa que o Brasil precisa, porque conhecemos a realidade, as necessidades e as possibilidades de crescimento de fluxos e operações do banco, para apoiar no projeto de fortalecimento das empresas públicas em favor do desenvolvimento do país”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco teve lucro líquido contábil de R$ 19,29 bilhões nos primeiros nove meses de 2022, alta de 2,8% em relação ao mesmo período de 2021. No terceiro trimestre, porém, o resultado foi 21,6% menor, quando comparado a igual período do ano passado. De acordo com o relatório do banco, essa queda se deve ao aumento da taxa Selic, que elevou o custo de captação do banco e ao aumento das despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD), em função do cenário de maior inadimplência no período. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROAE) do banco ficou em 16,3%, com redução de 2 pontos percentuais (p.p.) em 12 meses.

A carteira de crédito expandida cresceu 13,6% em doze meses, e atingiu R$ 878,57 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 16,2% nesse intervalo, chegando a R$ 352,67 bilhões, com alta em todas as linhas, com destaque para cartão de crédito (38,8%); crédito pessoal (19%); e CDC leasing veículos (15%). O crédito para pessoa jurídica cresceu 11,9% (R$ 525,899 bilhões). O crescimento do segmento de pequenas e médias empresas foi de 8,2%, e o de grandes empresas, 13,9%.

Houve uma diminuição do ritmo do crescimento nas linhas de crédito em relação aos trimestres anteriores, provavelmente em função da deterioração econômica do país, com estagnação da renda, inflação, aumento do endividamento e da inadimplência. O índice de inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,9%, com alta de 1,3 p.p. em comparação ao ano passado. As despesas com PDD cresceram 72,7%, e totalizaram R$ 19,11 bilhões.

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 4,1% em 12 meses, totalizando cerca de R$ 21,23 bilhões. Por sua vez, as despesas de pessoal mais PLR cresceram 11% no período e somaram R$ 16,37 bilhões. Com isso, nos nove primeiros meses de 2022, a cobertura dessas despesas de pessoal pelas receitas de prestação de serviços e tarifas do banco foi de 129,7%.

Para Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização de Empregados (COE) do Bradesco, “os números até espantam, pelo tamanho do lucro e das receitas com serviços e tarifas, muito superior ao gasto com pessoal, num momento em que a miséria só cresce no país”.

Agências encerradas

holding encerrou o terceiro trimestre de 2022 com 88.374 empregados, com abertura de 638 postos de trabalho em 12 meses, sendo 245 no trimestre. Nesse mesmo período foram encerradas 159 agências, enquanto foram abertas 29 unidades de negócio. No final de setembro, a instituição tinha 2.871 agências, 996 unidades de negócios e 76,8 milhões de clientes, um crescimento de 4,3 milhões. “Agências vem sendo fechadas e o atendimento a clientes diminuindo, postura esta que precisa ser revista. Além de prejudicar o atendimento gera redução do emprego”, criticou Magaly.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Fonte: Contraf-CUT

Laís Rodrigues, funcionária da agência 6893 do Banco Itaú, localizada na Rua Cel. Francisco Soares, em Nova Iguaçu, foi sorteada e ganhou um Smartwatch da Yes! Idiomas, parceira do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

ENTENDA

As bancárias e bancários que compareceram à feijoada realizada na Sub-Sede do Sindicato, em Nova Iguaçu, no último dia 21 de outubro, preencheram uma ficha que dava direito a concorrer ao sorteio. 

O sorteio foi realizado e contemplou a bancária, através do convênio entre a entidade sindical e o curso de idiomas.

O CONVÊNIO

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense firmou um convênio com a YES! Idiomas e que beneficia seus associados e associadas.

Bancárias e bancários sindicalizados, além de seus dependentes, tem direito a:

- Isenção de matrícula
- 60% de desconto na mensalidade
- 20% de desconto no material

Para usufruir do desconto, os bancários devem comparecerem à Sub-Sede do Sindicato, em Nova Iguaçu (Rua Enéas Martins, 64), para solicitar uma carta de apresentação, que irá comprovar sua sindicalização.

O Curso YES! fica na Rua Cel. Francisco Soares, 453 - Centro. 

O salário mensal médio de um bancário admitido em setembro foi de R$ 5.521,94, ou 81,5% daquele que foi desligado, que era de R$ 6.772,94. Nesse mesmo mês, o salário médio do trabalhador admitido no emprego formal brasileiro atingiu R$ 1.931,13, o que corresponde a 35% do ganho do bancário. O valor equivale a 1,6 salários mínimos e é pouco superior aos auxílios alimentação e refeição da categoria bancária, que somam R$ 1.813,80 ao mês.

Para o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, “a melhor remuneração e os benefícios recebidos pelo bancário são resultados da luta de uma categoria que historicamente atua de forma coletiva e que há décadas se dedica ao fortalecimento da unidade e da organização sindical”.

Idade e gênero

Como já se viu nos últimos meses, as contratações favoreceram homens, com 117 postos, enquanto as mulheres perderam dois. Essa característica acentua a distorção de oportunidades por gênero no setor.

Houve ampliação de vagas para bancários até 29 anos, com 698 vagas, enquanto aqueles com idade superior a essa perderam 565. Walcir critica que “os bancos mantêm a postura de acentuar disparidades de gênero e de utilizar novas contratações para reduzir a massa salarial”.

Movimentação

O setor bancário registrou, em setembro, a abertura de 115 postos de trabalho. Neste ano, foram criadas 3.413 vagas e nos últimos 12 meses, 6.041. As movimentações mostram que, desde janeiro, 51,5% desse saldo são devidos a bancos múltiplos, com carteira comercial, e 37,4%, à Caixa, pelas contratações de aprovados no concurso de 2014.

Esse saldo positivo está diretamente ligado à tecnologia da informação (TI), pois ao longo dos últimos 12 meses, 10% das admissões e apenas 5% dos desligamentos ocorreram em postos na área. No mesmo intervalo, não ocorreram contratações para primeiro emprego e a reintegração de trabalhadores representou 3,1% dos admitidos em setembro.

Nesse mês, 15 estados tiveram saldo positivo, com destaque para São Paulo (368 postos), Paraná (27) e Sergipe (10). O fechamento de vagas se deu em 11 estados, de modo mais acentuado no Rio de Janeiro (153), Minas Gerais (62) e Ceará (60).

De janeiro a setembro, a maior concentração do saldo favorável também ocorreu em São Paulo, com 66,3% do total. O fechamento de postos se deu em seis estados – Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – o que não se verificou nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.

As informações foram sistematizadas na Pesquisa do Emprego Bancário (PEB), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – Rede Bancários, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), de setembro de 2021 a setembro de 2022.

Ramo Financeiro

No ramo financeiro, excluída a categoria bancária, o saldo foi positivo em todos os 12 últimos meses, com a geração de cerca de 38,3 mil postos. Entre janeiro e setembro deste ano, foram 29,7 mil novos postos, média de 3,3 mil ao mês. Em setembro, foram abertos 3.442 postos, 28% a menos que o mês anterior. As atividades que mais contribuíram foram crédito cooperativo (867 vagas), holdings de instituições não financeiras (707) e corretores e agentes de seguros, de planos de previdência complementar e de saúde (398).

Cenário

O Novo Caged indica que o emprego celetista no Brasil cresceu em setembro, com 278.085 postos (1.926.572 admissões e 1.648.487 desligamentos). Os cinco grandes grupamentos econômicos tiveram números positivos: serviços (122.562); comércio (57.974); indústria (56.909), concentrado na indústria de transformação (54.123); construção (31.166); e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (9.474).

Os resultados gerais, de emprego formal e informal, mostram, no trimestre de julho a setembro de 2022, desocupação de 8,7% (9,5 milhões). A subutilização da força de trabalho ficou em 20,1% (23,4 milhões), e os desalentados somaram 4,3 milhões. O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em 99,3 milhões, dos quais 47,2% são trabalhadores com carteira assinada ou estatutários, 48,4% não formais (sem carteira ou que atuam por conta própria) e 4,4% empregadores.

Acesse aqui a Pesquisa do Emprego Bancário completa.

Fonte: Contraf-CUT

A 3ª Vara do Trabalho de Brasília acolheu pedido do Banco do Brasil para suspender, em caráter temporário, decisão que dava à empresa o prazo de 20 dias para conceder aos trabalhadores oriundos do Banco Nossa Caixa (BNC) a possibilidade de ingresso à Caixa de Assistência dos Funcionários do BB (Cassi), nas mesmas condições dos bancários originários do BB.

“A decisão é desta segunda-feira (7) e ainda será publicada”, destacou a advogada do escritório Crivelli Associados, Renata Cabral, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) que, na ação, participa como amicus curie (amigo da corte, em latim), termo que designa um agente que auxilia com subsídios técnicos.

“Essa ação civil pública pertence ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que, após a decisão anterior, beneficiando os bancários oriundos do BNC, pediu a extensão da sentença aos empregados egressos do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC) e do Banco do Estado do Piauí (BEP), além de seus dependentes”, explicou Renata.

O argumento apresentado pelo BB para conseguir a suspensão temporária da decisão foi que ainda não houve o trânsito em julgado de recurso feito pelo banco. A empresa também ingressou com embargos de declaração que estão em análise no Tribunal Superior do Trabalho (TST), na ação de conhecimento.

No despacho proferido nessa segunda, a juíza responsável destacou também que “o pedido do MPT sobre a extensão da decisão [para os oriundos dos outros bancos incorporados] será oportunamente decidido quando do julgamento dos embargos de declaração, opostos na decisão que determinou a execução”, pontuou a advogada Renata Cabral.

Mesa de negociação

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, afirmou que o movimento sindical continuará observando o andamento desta ação na Justiça. “A nossa prioridade, por outro lado, continua sendo o debate do tema na mesa de negociação com o banco. Temos a expectativa de que, com a mudança de governo, vamos avançar nas pautas de interesses de todos os funcionários de bancos incorporados, tanto nos direitos de acesso à Cassi quanto à Previ”, completou.

Fonte: Contraf-CUT