Julho 05, 2025
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A Pesquisa do Emprego Bancário (PEB) de agosto mostra que o movimento de redução de vagas continua no setor. Segundo o levantamento, feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), no primeiro semestre de 2023, foram fechados mais de 5 mil postos de trabalho. No acumulado em 12 meses, de julho de 2022 a junho de 2023, o resultado foi de 4,6 mil vagas a menos.

As áreas mais afetadas foram a bancária/financeira (redução de 3.385 vagas no semestre e de 2.629 em 12 meses), a administrativa (1.329 e 2.124) e atendimento ao público (199 e 299). A tecnologia da informação (TI), embora tenha fechado 273 postos de janeiro a junho de 2023, no período de um ano, apresentou saldo positivo de 312 contratações.

Para o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, “os números mostram uma tendência já conhecida, que é um sinal de alerta para a categoria, pois a eliminação de postos de trabalho tem ocorrido de maneira generalizada, em todas as áreas”. O dirigente acrescenta que “os principais bancos caminham no sentido contrário da geração de emprego e renda, com políticas de fechamento de agências, terceirização e demissão de trabalhadores, ao mesmo tempo em que apresentam balanços bilionários, com alta lucratividade, drenando para os seus cofres boa parte da riqueza socialmente produzida”. Walcir ainda questiona: “Essa situação é inadmissível e precisa ser mudada, afinal qual é o papel do sistema financeiro em nossa sociedade?”

O resultado do primeiro semestre do ano também mostra que as posições de gerenciamento foram as mais afetadas. Consideradas apenas as ocupações gerentes de contas de pessoa física e jurídica, administrativo, de agência e de clientes especiais, foram eliminadas 3.072 vagas. No mesmo período, ocorreu, ainda, o fechamento de 542 postos de escriturário. Por outro lado, os maiores saldos positivos foram para caixa de banco (mais 858 vagas), programador de sistemas de informação (193) e técnico de manutenção de sistemas e instrumentos (167).

Movimentação

Em junho de 2023, último mês incluído no estudo do Dieese, o saldo negativo foi de 899 postos, resultado decorrente de 2.718 admissões contra 3.617 desligamentos. Os números revelam que, nesse mês, 57,8% dos desligamentos ocorreram por demissão sem justa causa, 35,9% por pedido do trabalhador e 2,9% por justa causa.

No recorte geográfico, em apenas cinco estados observa-se saldo ligeiramente positivo. A redução de vagas se deu em 21 estados, com destaque para São Paulo (424 postos), Rio de Janeiro (167) e Minas Gerais (84).

Idade e sexo

Uma vez mais, o resultado negativo foi mais acentuado entre as mulheres, que representaram 45,9% das admissões e 50,4% dos desligamentos. Na questão das faixas etárias, é possível observar saldo positivo entre as faixas até 29 anos, com ampliação de 502 vagas, com movimento contrário entre as faixas etárias superiores, com fechamento de 1.401 vagas.

Remuneração

O salário mensal médio do bancário admitido em junho alcançou o valor de R$ 6.308,16, enquanto o do desligado era de R$ 7.496,81, ou seja, o admitido passou a ganhar 84,14% do desligado. “Esse é um mecanismo adotado pelos bancos, que usam a movimentação da massa de mão de obra para reduzir a folha salarial”, critica Walcir. “Claro que os mais jovens têm que ter sua oportunidade no mercado de trabalho, mas isso não pode ser usado pelos bancos para afastar o contratado com mais experiência, da mesma forma a representação de gênero deve ser igualitária, e não estamos vendo isso”, completa.

Ramo financeiro

No ramo financeiro, excluída a categoria bancária, o saldo foi positivo em junho, com a abertura de 1.714 postos de trabalho. Em 12 meses, foram criadas 16,2 mil vagas, média de 1,3 mil por mês, com destaque para crédito cooperativo (mais 1.015 postos), planos de saúde (229) e administração de cartões de crédito (176).

Emprego formal

Conforme o Novo Caged, o emprego com carteira assinada no Brasil apresentou expansão de 157.198 postos em junho, com 1.914.130 admissões e 1.756.932 desligamentos. Os saldos foram positivos em todos os Grandes Grupamentos de Atividades Econômicas: Serviços (76.420), Agropecuária (27.159), Construção (20.953), Comércio (20.554) e Indústria (12.117).

Os resultados gerais, que incluem o emprego formal e informal, no trimestre móvel de abril a junho, mostram desocupação de 8% (8,6 milhões de desempregados). A subutilização da força de trabalho foi estimada em 17,8% (20,4 milhões de pessoas que queriam e precisavam trabalhar mais horas) e os desalentados (aqueles que não têm mais estímulo para procurar trabalho) chegaram a 3,6 milhões.

Veja aqui a Pesquisa do Emprego Bancário de agosto de 2023, feita pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

Um processo de licitação dos serviços de auditoria do Saúde Caixa, que vem sendo estudado há dois anos pelo banco, amplia a atuação de trabalhadores terceirizados no plano de saúde das empregadas e empregados do banco e pode colocar em risco os empregos de concursados que atuam na Centralizadora Nacional Saúde Caixa (Cesad).

A informação de que, há dois anos, a ampliação dos serviços de empresas de auditoria do Saúde Caixa está sendo estudada foi passada após questionamentos da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), durante a última reunião do GT Saúde Caixa, ocorrida no dia 11 de agosto.

“Ficamos preocupados com a informação de que faz dois anos que há um estudo sendo realizado para a contratação de serviços de auditoria médica, com novo escopo. Como o assunto não havia sido anteriormente tratado em qualquer um dos nossos fóruns com a Caixa, como o GT, Conselho de Usuários ou mesa permanente, fomos buscar os documentos, e o que encontramos é preocupante”, disse a coordenadora da CEE da Caixa Econômica Federal, Fabiana Uehara Proscholdt.

O representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Leonardo Quadros lembra que existe um setor interno da Caixa, a Cesad, com 124 empregados, que hoje realiza tais serviços e questiona: “Se serão firmados três contratos para que empresas terceirizadas realizem o serviço, o que vai acontecer com esse pessoal? Vai ser mandado para o atendimento na rede de agências? A contratação de empregados terceirizados para a realização de serviços, que hoje são realizados por concursados, viola a lei de concursos?”, questionou. “Existem muitas questões que precisam ser respondidas”, completou.

Terceirização à vista

Os contratos atuais (Pregão Eletrônico 093/7073-2017 – GILOG/RE) preveem que as empresas de auditoria devem realizar os serviços técnicos de auditoria, avaliações técnicas, perícias e assessoria em saúde, inclusive a digitalização dos documentos de cobrança em sistema próprio, emissão de pareceres e relatórios, inclusões e atualizações no sistema de processamento de dados.

A ampliação dos serviços podem ser constatadas ao se analisar os editais para contratação de serviços de auditoria (Pregão Eletrônico Nº 281/5688-2023 – CECOT), que definem que as empresas que vencerem a disputa prestarão serviços de regulação, processamento de contas e credenciamento em saúde suplementar para operacionalização dos benefícios de assistência e programas relacionados à saúde referente a atendimentos, processos, solicitações de beneficiários, empregados e conveniados, e prestadores da rede credenciada no âmbito dos municípios de abrangência do contrato.

“Não se trata de contratação de serviços de auditoria, mas sim da terceirização de toda a operação. Muito do que está previsto no edital está ligado a serviços tipicamente executados por operadoras. Terceirizar o credenciamento é terceirizar o coração do plano de assistência médica”, explicou o médico e assessor de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Albucacis de Castro Pereira.

Fonte: Contraf-CUT

Terminou neste sábado, 12 de agosto, o 17° Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro (CUT-Rio).

O Congresso, que começou na quinta-feira, 10 de agosto, além de reunir sindicatos de todo o estado, onde debateram propostas que interferem no dia a dia das trabalhadoras e dos trabalhadores, elegeu a nova diretoria que ficará à frente da CUT-Rio no período de 2023-2027.

As diretoras do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Renata Soeiro e Elizabeth Paradela, foram eleitas para a nova diretoria.

Foram aprovadas resoluções políticas que serão submetidas ao 14° Congresso Nacional da CUT, que ocorrerá entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Paulo.

A delegação que irá representar o Rio de Janeiro no evento nacional, também foi eleita.

RESOLUÇÕES

O fortalecimento do movimento sindical, no ano em que a CUT completa 40 anos, é a principal pauta definida. Assim como sua organização interna.

A valorização das negociações coletivas, a atualização da organização sindical e a defesa da democracia e na reconstrução do desenvolvimento econômico sustentável e no combate à desigualdade, também são resoluções definidas no Congresso.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício para a Caixa Econômica Federal, na última terça-feira (8), reforçando a necessidade da reunião pré-agendada para o dia 16 de agosto (quarta-feira) para tratar sobre o tema metas e as formas de seu acompanhamento pelo banco.

A Caixa entrou em contato com a representação das empregadas e empregados nesta quarta-feira (9) e solicitou que, ao invés do 16, a reunião ocorra no dia 17.

“A reunião se faz urgente, pois entidades de todo o país estão recebendo reclamações de que existem metas estabelecidas que são impossíveis de serem cumpridas, como as que estabelecem volume de financiamento a ser concedido, sem que haja dotação orçamentária”, diz um trecho do ofício. “Existem muitos produtos atrelados aos contratos de financiamento. Com isso, o cumprimento das metas estabelecidas para o estabelecimento de contratos destes produtos também fica prejudicado”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Mas existem diversas pendências que aguardam solução. Por isso, é urgente a reunião”, reforçou a coordenadora da CEE.

O ofício ainda reforça que “o referido tema já foi cobrado em outras oportunidades e conforme a Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2024, cláusula 87, existe o compromisso da Caixa em fazer o debate.”

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil apresentou nesta última quarta-feira (10) o resultado do lucro líquido ajustado do primeiro semestre de 2023. O crescimento no período, em comparação com o mesmo período do ano passado, foi de 19,6%, totalizando ganho de R$ 17,34 bilhões. No segundo trimestre do ano, o crescimento foi de 2,7% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 8,78 bilhões.

Por outro lado, em 12 meses, concluídos no final de junho, o banco fechou 1.282 postos de trabalho, sendo 426 postos no último trimestre.

“Ficamos preocupados com essa redução no quadro. Os lucros obtidos pelo banco são graças ao trabalho das milhares de bancárias e bancários. E, um corpo funcional mais reduzido, significa aumentar a pressão sobre eles para que correspondam às metas”, ressaltou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. “Nós já fizemos essa exigência em mesa de negociação com o banco, que é a abertura de mais concursos públicos. Também estamos atuando sobre mudanças no programa de metas”, completou.

Se por um lado, foi relevante o volume de desligamentos de funcionários, por outro, no semestre houve apenas a redução de uma agência tradicional, em comparação a junho de 2022, totalizando a manutenção de 3.172 agências tradicionais, além de 813 agências digitais ou especializadas.

O número de clientes (correntistas, poupadores e beneficiários do INSS) também apresentou crescimento, passando de 80,30 milhões para 82,65 milhões – aumento de 2,35 milhões, em 12 meses.

“Nos últimos anos, o BB sofreu seguidos programas de reestruturação, que impactaram em menos funcionários e agências. Com a mudança de gestão no comando do BB, a partir de janeiro deste ano, nós, os trabalhadores, passamos a aguardar por uma mudança nessa maneira de enxergar o banco público, que não deve se limitar apenas na busca por lucros, mas em ser um banco para o desenvolvimento de setores importantes ao país, atuante em todas as regiões e que, para isso, fortalece também o seu quadro de funcionários”, pontuou Fernanda Lopes, lembrando que o último concurso público realizado pelo BB, em abril, não foi suficiente para recompor a redução de quadro que a empresa sofreu nos últimos anos.

As despesas do BB com pessoal, no período de 12 meses, apresentaram aumento de 9,5% (incluindo o pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados/PLR), e totalizaram R$ 13,53 bilhões. “Esse valor reflete o reajuste salarial conquistado pelos trabalhadores na convenção coletiva de trabalho da categoria, em setembro de 2022”, observou a coordenadora da CEBB.

Aumento na carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada (que corresponde à carteira de crédito classificada adicionada das operações com títulos e valores mobiliários privados adquiridos pelo BB e das garantias prestadas) cresceu 13,6% em 12 meses, totalizando R$ 1,044 trilhão.

Outras carteiras que também apresentaram crescimento nos últimos 12 meses foram: agronegócio, em 22,7% (R$ 321,6 bilhões), seguida pela carteira de pessoa jurídica, 10,4% (R$ 371,8 bilhões) e pessoal física, 10,0% (R$ 302 bilhões), com destaque, nesta última, para o crédito consignado (+9,3%).

Inadimplência e despesas de PCLD

O BB afirma que o índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias ficou em 2,73%, aumento de 0,73 ponto percentual (p.p.) em relação a junho de 2022 – percentual ainda abaixo da inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,60%).

Já as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), também chamada de provisões para devedores duvidosos (PDD), aumentaram em 40,1% em 12 meses, totalizando R$ 12,78 bilhões em junho de 2023. No segundo trimestre, as despesas com PDD aumentaram 108,9% em comparação ao 1º trimestre.

O banco aponta como principais fatores, para o provisionamento adicional, as linhas não consignadas da carteira pessoa física e o segmento large corporate (grande empresa), que pode ser traduzido como o caso Americanas, que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro e saiu do grau de risco F para G.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Começa nesta quinta-feira, 10 de agosto, o 17° Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro (CUT-Rio).

O evento ocorre no Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (Sinttel-RJ), localizado no bairro do Maracanã, no Rio de Janeiro, onde estarão reunidos sindicatos de todo o estado, debatendo propostas que interferem no dia a dia das trabalhadoras e dos trabalhadores.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense será representado pelos diretores e diretoras: Renata Soeiro, Newton França e Solange Ribeiro.

Serão discutidos temas de fortalecimento do sindicalismo cutista e organização interna, além de eleger a nova diretoria que ficará à frente da CUT-Rio no período de 2023-2027.

O primeiro encontro será realizado de forma híbrida, online pelo YouTube da CUT-Rio (@CUTRio) e presencial no Sinttel-Rio.

Após a abertura, irão acontecer mais dois encontros: dias 11 e 12 de agosto, totalmente presenciais.

Confira a programação abaixo.

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Sindicatos de bancários de todo o país têm recebido reclamações sobre as novas metas impostas às empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal. “Estão propondo metas com curva de crescimento de mais de 100% de um mês para o outro. Algumas deveriam ter sido cumpridas desde o início do ano, mas a regra foi definida somente agora. E a Caixa ainda tem coragem de dizer que quem não conseguiu atingir o objetivo no primeiro semestre, pode corrigir agora no segundo”, afirmou indignado o empregado da Caixa e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro.

A afirmação de que os objetivos não alcançados podem ser “corrigidos” no próximo semestre foi feita durante reunião de apresentação do Conquiste (sistema de metas e avaliação do banco) numa live para os empregados.

“E pior, existem metas que precisam ser cumpridas pelas lotéricas, e outras em transações dos clientes pela internet, que se não forem cumpridas, afetam o resultado da agência. Aí, o cliente chega no banco para contratar um financiamento, a gente precisa direcioná-lo para a lotérica, que nem sempre tem interesse. O cliente volta para o banco e a gente tem que fazer todo o processo e acompanhá-lo até a lotérica apenas para ele finalizar o procedimento”, explicou o dirigente da Contraf-CUT. “O mesmo acontece com transações pela internet, que fazemos todos os procedimentos pelo celular do cliente”, completou.

“Com isso, os já sobrecarregados empregados da Caixa realizam negócios e os direcionam à ‘rede parceira’ para finalização. Quem é remunerada e reconhecida é a ‘rede parceira’ por um serviço que não prestou, porque, o empregado teve que fazer isso para que sua agência não fosse penalizada”, criticou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil. “E o empregado cai em uma armadilha, pois o banco utiliza estes dados para dizer que não precisa contratar mais empregados, pois os clientes estão utilizando os serviços de correspondentes bancários e realizando o autoatendimento pela internet”, completou.

Para a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, a impressão é que este tipo de meta é estabelecida por quem não tem nenhuma familiaridade com o cotidiano de trabalho na agência. “E ainda temos que ouvir elogios às redes parceiras, sendo que é a gente que executa todo o trabalho”, disse.

Meta de seguros

Outra crítica é com relação aos objetivos de venda de seguros (Caixa Seguridade). “Não levam em consideração a capacidade de produção e a falta de condições de trabalho nas unidades. Além disso, gera uma grande demanda de tempo de trabalho de muitos empregados e corresponde a um resultado em torno de 5% do balanço da empresa, enquanto no Conquiste chega a quase 1/3 do resultado”, disse o representante da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Rogério Campanate, acrescentando ainda que muitos dos resultados não são mensuráveis.

Meta de crédito

Outra crítica apontada pela representação dos trabalhadores às novas metas impostas pela Caixa é com relação aos objetivos a serem alcançados em contratos de financiamento. “Além de não levarem em conta as características da agência e sua capacidade de fechar tais contratos, querem que os empregados ofereçam um volume de crédito maior do que a dotação orçamentária disponibilizada”, informou representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado de São Paulo (Fetec/SP), Hugo Saraiva.

“E quando se fala de meta de crédito, na verdade, o que a Caixa quer dizer é a venda de seguros e outros produtos agregados, como cartões. E, como não tem dotação orçamentária para os contratos de financiamento, além de não haver condições de cumprir a meta exigida de crédito, também não há possibilidade de cumprir a meta destes produtos atrelados”, explicou Lizandre Souza Borges, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetraf) dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. “Apesar de não disponibilizar todos os recursos, a Caixa não reduz as metas. Nem dos contratos de financiamentos, nem dos produtos agregados”, completou.

O “novo” Conquiste tem itens de metas que não são mensuráveis como o tempo de espera. “O banco cobra dos empregados um resultado que sequer é capaz de mensurar, porque o sistema simplesmente não funciona e mais que isso, com a falta de empregados é desumana essa cobrança”, salientou Chay Cândida Fernandes, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) do Nordeste.

“O orçamento necessário não existe, mas as metas desumanas, sistemas instáveis, equipamentos antigos, falta de orçamento para pagamento de hora extra, retrabalho, falta de suporte operacional, falta de valorização continuam existindo”, disse Fabiana Proscholdt.

Para a coordenadora da CEE, outro ponto fundamental a respeito dos objetivos determinados no Conquiste é a discrepância deles com a real necessidade/ capacidade das unidades, gerando uma carência de significado para os empregados. “Há muito tempo os objetivos não levam em consideração a capacidade de produção das unidades e muito menos sua vocação. O resultado desse absurdo é que unidades que atingiram a alta performance, caem de classe porque as metas desconsideraram a sustentabilidade da própria unidade”, explicou. “Soma-se a isso o verdadeiro apagão de conhecimentos de CRR (custos, receitas e resultados) por parte das equipes de gestores das unidades (há anos não se faz um treinamento com os gerentes a respeito do CRR)”, completou Fabiana Proscholdt.

Próxima reunião

A próxima reunião da CEE com a Caixa para tratar sobre metas e o Conquiste está marcada para o dia 16 de agosto.

“Teremos muito o que conversar em nossa próxima reunião de negociação com a Caixa. E que seja uma conversa com seriedade, para que haja soluções, sem que o banco tente tapar o sol com a peneira e pare de prejudicar os empregados e a população, que sofrem com o desmonte provocado pela gestão passada”, avaliou a coordenadora da CEE.

Fonte: Contraf-CUT

A Rede UNI Mulheres Brasil, na 11ª Oficina de Formação debateu em quatro painéis temas fundamentais para a luta por igualdade de gênero, tanto na sociedade como um todo, como no ambiente de trabalho. O encontro, que ocorreu na Praia Grande, em São Paulo, na última quarta (2) e quinta (3), teve como mote “Liberdade, equidade, respeito, amparo”.

A secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, ressaltou “a participação das bancárias e bancários, que foi muito significativa. Assim, essa Oficina, que é um importante espaço formativo e de debates, permitiu grande troca de experiência entre pessoas de realidades diferentes, não apenas bancárias, mas de outros ramos também”.

Para Fernanda, “a Oficina foi muito exitosa ao refletir a unidade do movimento dos trabalhadores, com participação de várias centrais sindicais em sua organização, e isso é uma demonstração da consciência de todos sobre a necessidade do trabalharmos em conjunto para a reconstrução do Brasil em todos os setores”.

Debates

As mesas, no primeiro dia, trataram do feminismo, do papel social da mulher e de igualdade de oportunidades (com a chefa mundial do Departamento de Igualdade de Oportunidades da UNI Mulheres, Veronica Fernandez Mendez), da violência e assédio na vida das mulheres (apresentado pela consultora Ana Claudia Moreira Cardoso, com mediação de Fernanda Lopes, (que também é secretária de Atas da Rede UNI Mulheres Brasil).

No segundo dia, os painéis abordaram alienação parental, autonomia econômica e política de cuidados (com Rosane Silva, secretária-executiva do Ministério das Mulheres) e o plano de ação da Rede UNI Mulheres Brasil (com Andrea Garcia, da UNI Américas Igualdade de Oportunidades).

Fernanda Lopes avaliou que “o encontro foi importante para o debate franco sobre política de mulheres que de fato funcione. Tivemos um espaço de aprendizado para conhecermos mais nossos direitos, saber como ajudar, como identificar assédio sexual, agressão e violência contra a mulher, sempre que for preciso, para que os números de casos baixem, para que a gente realmente tenha um país com igualdade de gênero e de oportunidades”.

A suplente da diretoria do Sindicato dos Bancários do Piauí, Adriana Cirino, destacou a importância dos debates da Oficina para uma dirigente que está começando na atuação sindical, como é o seu caso. “Para mim, o encontro foi muito gratificante e útil. Além da preparação para luta em defesa da mulher, eu levo todo esse aprendizado para minha vida”. Adriana observou que “as oficinas nos preparam com informações da realidade em relação a todas as questões de gênero, como assédio sexual e moral, discriminação no mercado de trabalho, salários menores para as mulheres e tantos outros pontos fundamentais, para mantermos as garantias que temos hoje, como para o que ainda temos que conquistar”.

Fonte: Contraf-CUT

Acontece nesta quinta-feira (10), a partir das 19h, pela plataforma Zoom, oficina formativa sobre a Marcha das Margaridas, evento que acontece em Brasília, a cada quatro anos. Em 2023, ocorrerá entre os dias 15 e 16 de agosto.

“Esta será a 7ª Marcha das Margaridas, com previsão de reunir mais de 100 mil mulheres”, explica a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes. “Neste curso, que será ministrado em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), vamos falar da história da marcha, principais conquistas, o lema deste ano, além dos eixos formativos e a programação de 2023”, destaca.

“Esse curso é essencial porque a Marcha das Margaridas é uma das maiores mobilizações mundiais de rua e a oficina ajudará as pessoas a conhecer mais sua história e dinâmica de construção”, observou o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon. 

Curso

Tema: Por que marchamos? Margaridas em luta pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver

Quando: Quinta, 10 de agosto, às 19h

Clique aqui para inscrever-se e receber o link do curso, que será enviado por e-mail.

Histórico

O nome da marcha foi inspirado em Margarida Maria Alves. A nordestina e trabalhadora rural, ocupou por 12 anos a Presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, onde rompeu os padrões tradicionais de gênero no movimento sindical.

A trajetória de Margarida, morta cruelmente em frente de sua casa, no dia 12 de agosto de 1983, inclui a luta pelo direito à terra, pela reforma agrária, por educação, igualdade, direitos trabalhistas e vida digna para trabalhadores e trabalhadoras rurais.

Fonte: Contraf-CUT

A Secretaria de Formação da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) junto com Secretaria de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), entidades que o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense é filiado, irão realizar o Curso de Formação Sindical: Introdução à História do Movimento Sindical e as Ferramentas de Luta – Módulo I.

O curso acontece nos dias 15 e 16 de Setembro, no Auditório da Fetraf RJ/ES (Avenida Graça Aranha, 19/901 – Centro – Rio de Janeiro/RJ).

No dia 15/9, sexta-feira, das 9 horas às 18 horas.

Já no sábado, 16/9, das 9 horas às 11 horas.

QUEM PODE PARTICIPAR

O curso é direcionado aos dirigentes sindicais da base da Fetraf RJ/ES, preferencialmente novos e novas dirigentes, ou que ainda não participaram de atividades formativas.

Importante: As despesas com hospedagem, alimentação e transporte, ficará por conta dos Sindicatos.

INSCRIÇÕES

As inscrições vão até as 14 horas do dia 31 de agosto (quinta-feira), através do link: https://fetrafrjes.org.br/curso-formacao-sindical/

Para maiores informações ou dúvidas, os interessados devem entrar em contato com Elizabeth Paradela (Diretora da Fetraf RJ/ES), através do Telefone/WhatsApp: (21) 97985-0053.

O CURSO

A metodologia adotada no curso tem como base os estudos de Paulo Freire e Lev Vygotsky e tem como percurso a construção do conteúdo realizada de forma interativa a partir da mediação do formador com a utilização de diferentes estratégias educativas a partir de debates direcionados, textos, vídeos, informações e depoimentos orais, com a participação ativa dos dirigentes inscritos no curso.

Fonte: Fetraf RJ/ES