Julho 05, 2025
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A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) deu início, na última quarta-feira (16), na sede da instituição em Brasília, a uma série de encontros do projeto “Conferência Cidadã – uma Cassi mais inclusiva“, voltado às pessoas com deficiência (PCDs).

Nos próximos meses, estão previstas as fases de conferências estaduais, oficinas técnicas, consulta aberta e conferência nacional. “A Cassi está se propondo a ouvir os associados, nesse primeiro momento, para entender quais são as dificuldades das pessoas com deficiência, em cada região. Afinal, duas pessoas, por exemplo, uma na zona rural, outra na cidade, podem até ter a mesma deficiência, mas a realidade do espaço onde vivem pode resultar na necessidade de tratamentos diferentes para cada uma delas”, explicou o funcionário do BB e secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Gustavo Tabatinga Junior, que participou da abertura da conferência, em Brasília.

Em nota, a Cassi destacou que os encontros, que tem como objetivo escutar as PCDs para aumentar a eficiência dos atendimentos a esse público, são abertos para todas as associadas e todos os associados.

“Nós concordamos com esse método da conferência, de primeiro ouvir as demandas dos associados, para depois construir soluções. E convidamos todos e todas a acompanharem, no site da Cassi, as datas das próximas conferências, para que participem e ajudem a construir uma Cassi melhor, que realmente atenda aos anseios dos associados”, observou Tabatinga.

A abertura da conferência contou ainda com a participação da titular da vice-presidência corporativa do Banco do Brasil, Ana Cristina Garcia. “Cuidar das pessoas com deficiência, incluí-las na sociedade também faz parte das ações estratégicas que a presidente Tarciana Medeiros trouxe ao assumir a estatal. É muito importante termos a Cassi e o banco alinhados em trabalhos tão importantes e voltados para a sociedade”, defendeu.

O presidente da Cassi, Claudio Said, destacou ainda que o projeto está dentro do objetivo da entidade de promover a saúde, evitando o adoecimento, “com melhorias em seus serviços ofertados, principalmente, por meio das CliniCASSI com a Atenção Primária à Saúde”.

Avaliação de associada

“Como mãe de pessoa com deficiência, fico feliz com a iniciativa e tenho grandes expectativas de que haja um aprimoramento dos processos de atendimento a esse público, cumprindo o objetivo primário da Cassi, que é prover saúde integral aos funcionários do BB e seus dependentes”, avaliou a funcionária do BB e associada à Cassi, Bianca Garbelini. “É essencial ouvir as próprias PCDs e as famílias de PCDs menores ou que necessitam de maior suporte. É a máxima ‘nada sobre nós, sem nós’ sendo colocada em prática”, pontuou.

Fonte: Contraf-CUT

O Senado Federal deve votar na próxima semana o Projeto de Lei (PL) 2.384/23, que restabelece o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O PL já foi aprovado pela Câmara dos Deputados. O voto de qualidade permite o desempate ao dar peso duplo ao posicionamento do presidente do colegiado, que é sempre um representante do fisco, que, em geral, vota a favor da União.

A expectativa é que o relator do projeto na casa, senador Otto Alencar (PSD-BA), apresente seu parecer na segunda-feira (21), apenas com ajustes na redação, sem mudança no conteúdo do texto. Assim, a votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve ocorrer no dia seguinte, a menos que haja um pedido de vistas coletivo de 24 horas, o que jogaria a apreciação para a quarta-feira (23). Se a tramitação de fato seguir nesses termos, sem emendas, a matéria não precisará voltar à Câmara para nova votação.

Possibilidade de emendas

Até o momento, senadores apresentaram 14 emendas ao texto votado na Câmara. Uma das mais relevantes abre a chance ao contribuinte, considerado bom pagador, de negociar o valor da garantia, e que esta não vá a execução até o fim do processo judicial. Outra proposta, garantiria ao contribuinte a isenção de multas caso seu débito seja definido pelo voto de qualidade.

O voto de qualidade foi extinto no governo Bolsonaro, medida que passou a beneficiar com a anistia empresas com dívidas à União, em caso de empate na votação do Carf. O governo Lula havia restabelecido o voto de desempate com a Medida Provisória 1.116/23, que perdeu a vigência em 1º de junho. A questão também está em apreciação no Supremo Tribunal Federal, mas com julgamento suspenso desde 2021, após pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.

Tirar a raposa do galinheiro

O projeto – que é uma das medidas do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentado no início do ano para recompor a arrecadação do governo federal – deve ampliar em cerca de R$ 60 bilhões a entrada de recursos aos cofres públicos.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, compara a situação atual do Carf com “a raposa cuidando do galinheiro”. A dirigente lembra que desde que o voto de qualidade foi extinto, “ao menos 126 empresas foram favorecidas com R$ 1 trilhão”.

Para Juvandia, que também é vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), “como está, é ótimo para quem sonega e péssimo para o Tesouro Nacional, pois os empresários são os responsáveis pelo julgamento de ações sobre tributos em que eles são os devedores, por isso o Carf precisa voltar a ter o voto de qualidade para casos de desempate, e esse voto tem que estar nas mãos dos conselheiros representantes da Fazenda Nacional”.

O Carf

O conselho tem 180 membros, sendo metade deles técnicos do Ministério da Fazenda e a outra metade representantes dos contribuintes. Porém, destes 90 conselheiros, apenas seis são indicados pelas centrais sindicais, enquanto os demais 84 vêm dos diversos setores empresariais, como energia, comércio, indústria, agricultura, transportes e o setor financeiro.

Juvandia diz que “não é possível aceitar que apenas seis integrantes do Carf, com toda sua importância, sejam representantes dos trabalhadores, por isso também queremos a sua democratização, com mais trabalhadores na sua composição, como forma de ampliar sua representatividade”.

O Carf julga processos de contribuintes que questionam cobranças feitas pela Fazenda, ou seja, ações movidas contra devedores de impostos no país. Quando o resultado empata, atualmente, o devedor fica isento de pagar o imposto. O voto de qualidade devolveria ao Fisco o direito a voto com valor duplicado: um ordinário e outro extraordinário, para o desempate.

Para o secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira, o Jefão, que também é responsável pelo acompanhamento dos projetos de interesse da categoria bancária no Congresso Nacional, “os processos julgados pelo Carf são, na sua maioria esmagadora, de grandes devedores, e não de pequenos contribuintes. Estamos falando de grandes corporações que terão condições de recorrer judicialmente. O estado, caso retome a prerrogativa do voto de qualidade, transformará qualquer recurso advindo desses processos em políticas públicas, beneficiando toda a sociedade”.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Inter reverteu um prejuízo de R$ 13,3 milhões no primeiro semestre de 2022 e registrou lucro líquido de R$ 88,4 milhões, no mesmo período deste ano. Só no segundo trimestre de 2023, o lucro líquido foi de R$ 64 milhões, 165% maior que o trimestre anterior.

Mesmo com todo esse desempenho, o Inter fechou 400 postos de trabalho nos últimos três meses. Por outro lado, o número de clientes chegou a 20,7 milhões, com crescimento de 12% no trimestre e de 73% em um ano. Para Liliam Diniz, funcionária da entidade e diretora do Sindicato dos Bancário de Belo Horizonte, os números provam a sobrecarga de trabalho a que os funcionários e funcionárias do banco estão sendo expostas. “Infelizmente ainda nos deparamos com o excesso de demandas, prazos curtos e outras questões que contribuem para a pressão enorme sobre os trabalhadores. Cobramos que o Banco Inter valorize os funcionários e entenda a importância dos esforços e comprometimento de todos para crescimento da Instituição”.

Para Marco Aurélio, diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte que participa das negociações com o banco, representando os trabalhadores, os sindicatos sempre tiveram um papel importante a fim de diminuir as desigualdades no Banco Inter e garantir direitos. “Se não fossem os sindicatos para defender os empregos e melhores condições de trabalho, a situação estaria mais grave. Por isso, é fundamental que mais funcionários se filiem à sua representação sindical”, completou.

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

ntabilidade do plano.

“O banco tem divulgado uma revisão no estatuto. A gente quer saber qual parte do estatuto é analisada e esperamos que a retirada deste limitador esteja contemplada. Esta é uma demanda dos empregados e da representante dos trabalhadores no Conselho de Administração desde 2017”, disse Fabiana. “Se a Caixa não aprofundar o debate, entraremos num impasse”, enfatizou.

Os representantes dos empregados continuam críticos às divergências dos números apresentados pelo banco. Entre os pontos, destaque para a diferença de R$ 82 milhões nas contribuições dos usuários que não estão inseridas nas reservas do plano, conforme apresentação do relatório do banco. A Caixa buscou justificar os números e, diante das contestações dos representantes dos empregados, a empresa se comprometeu a enviar um documento justificando os números, inclusive a diferença no valor dos fundos de reservas desde a constituição do plano até 2022.

Durante a reunião, a Caixa informou que aquele seria o último encontro do grupo e que os assuntos debatidos seriam encaminhados à mesa permanente. A decisão foi imediatamente questionada pela representação dos trabalhadores.

“O debate ainda está inconclusivo. Até o momento a Caixa não trouxe respostas suficientes, ainda não temos pleno acesso a dados que são base para construirmos em conjunto um modelo eficiente e custeio justo a todos os empregados”, avaliou Fabiana Proscholdt. “Se os números solicitados desde o início das discussões no GT fossem apresentados, já teríamos avançado muito. Depois de tantas reuniões a gente não ter, de fato, uma resposta para dar aos usuários é muito frustrante”, apontou.

Leonardo Quadros, representante dos trabalhadores no GT, reforçou que a decisão fere o Acordo Coletivo, que prevê a manutenção do grupo para tratar do Saúde Caixa, sua sustentabilidade e qualidade. “A Caixa precisa fornecer acesso às bases primárias do plano, com dados certificados, para que a consultoria contratada pela representação dos empregados faça as avaliações necessárias a fim de aprofundarmos os debates do custeio do plano”, reforçou.

Maria Lúcia Dejavitte, também representante dos empregados, reforçou o posicionamento. “O sentimento que fica é que o GT não cumpriu seu objetivo e as reuniões são apenas informes e não uma discussão aprofundada dos apontamentos que fizemos aqui. Esse GT é visto como oportunidade de criar algo que é muito valioso para os empregados, especialmente os aposentados. Quando saímos de uma reunião sem uma notícia, desperta uma ansiedade muito grande neles”, destacou.

Após os apontamentos dos representantes dos empregados, a Caixa recuou e informou que vai dar continuidade ao GT. O calendário dos encontros ainda será definido.

A representação dos empregados reforçou a necessidade de aprofundar o debate em diversos pontos, inclusive sobre prevenção de doenças e promoção da saúde – ações que reduziriam os custos do plano.

“Isso vai refletir na melhoria da saúde ocupacional e da qualidade de vida dos empregados da ativa, aposentados e seus dependentes. Além de reduzir os custos, o plano deixará de tratar doenças e passará a tratar as pessoas”, ressaltou Fabiana.

Empresa de auditoria

A representação criticou novamente a mudança nos contratos de auditoria. Além da preocupação com a equipe de empregados da Cesad, que hoje realiza os serviços, os representantes criticam o escopo da contratação da nova empresa, que extrapola o papel de auditoria e tem atribuições como rotinas de credenciamento, por exemplo. “Isto demonstra um claro problema de gestão”, apontou Fabiana Uehara.

Fonte: Contraf-CUT

Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) se reuniram na segunda-feira (15) com o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT/AL), para tratar sobre o PL 1043/2019, que obriga os bancos a abrir as agências aos sábados, das 9h às 14h, e aos domingos, das 9h às 13h. O deputado Paulão é o novo relator do projeto.

“Trouxemos nossas preocupações e posicionamentos ao deputado e mostramos porque defendemos o arquivamento deste projeto”, disse o secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira, o Jefão, que é o responsável da Confederação pelo acompanhamento das pautas de interesse dos trabalhadores em tramitação no Congresso Nacional. “Trata-se de um projeto pernicioso, que pode aumentar ainda mais a pressão por metas e o assédio sobre a categoria bancária, e, consequentemente, gerar ainda mais adoecimento de trabalhadores, que já sofre demais com as cobranças abusivas”, completou, ao lembrar que para a abertura em casos excepcionais, como feiras e eventos de negócios, ou situações emergenciais, são realizados acordos específicos para que bancários possam trabalhar em dias não úteis, sem que haja alteração na jornada de toda a categoria.

Jefão explicou ainda que a jornada da categoria é reduzida para que haja tempo de relaxamento para os trabalhadores, que desempenham suas tarefas em constante pressão, seja devido a cobrança abusiva de metas pelos gestores, seja porque manipulam grandes quantidades de recursos financeiros, o que gera sensação de insegurança e medo de assaltos. “A categoria é a que tem maior índice de afastamentos para tratamento de saúde, sendo os transtornos mentais o mal de maior incidência”, disse.

Segundo o autor da proposta, deputado David Soares (DEM/SP), o horário de funcionamento das agências, hoje, se sobrepõe à jornada de trabalho da maioria da população, sendo necessária a abertura das agências nos finais de semana.
O diretor de Administração e Finanças da Fenae, Marcos Saraiva, o Marcão, contesta a argumentação do autor do projeto e explica que a digitalização do setor bancário e o aumento das transações digitais é uma realidade que contempla a necessidade da população. E ressalta os prejuízos aos trabalhadores.

“Se o objetivo é melhorar o atendimento à população, deveria aumentar as contratações, colocar mais bancários nas agências. Na nossa opinião, a intenção da proposta é atender o interesse do mercado financeiro e aumentar ainda mais o lucro dos bancos em detrimento da saúde dos trabalhadores”, enfatizou Marcão.

Luta antiga

Desde 2019, quando o autor do projeto, apresentou a proposta, o movimento sindical bancário vem lutando contra sua aprovação, o que levou à retirada de pauta diversas vezes. “Queremos mais do que a retirada de pauta, queremos o arquivamento definitivo”, disse Jefão.

O dirigente da Contraf-CUT lembra, no entanto, que antes mesmo do PL 1043/2019, já houve diversas tentativas de aprovação de leis que autorizam a abertura dos bancos aos finais de semana.

“A pauta já surgiu no Congresso de diversas formas, por projetos de lei ou por medidas provisórias. Até mesmo colocadas como ‘jabutis’ em propostas sem qualquer ligação com o tema. Seja por sua ilegalidade, seja pela pressão exercida pelos trabalhadores, conseguimos derrubá-las. Mas o assunto, vira e mexe volta à pauta. Com certeza existem interesses escusos nisto”, ressaltou Jefão.

“Temos que nos manter mobilizados e continuar acompanhando este projeto e todos os outros que são interesse dos trabalhadores, para lutar contra aqueles que nos prejudicam e apoiar aqueles que nos trazem novas conquistas”, concluiu Jefão.

Fonte: Contraf-CUT, com Fenae

O Planalto Central, em Brasília, foi invadido por mais 150 mil de mulheres, de diversos movimentos sociais de todo o país, nos dois dias da Marcha das Margaridas, que terminaram, nesta quarta-feira (16), com uma caminhada até o Congresso Nacional, onde foram recebidas pelo presidente Lula e ministros do governo.

Organizada a cada quatro anos, desde 2000, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), a marcha constrói, periodicamente, uma pauta para construção de políticas públicas que, neste ano, foi entregue ao poder Executivo em julho. E, hoje, o governo Lula apresentou as seguintes medidas em resposta às reivindicações das margaridas:

•             Até 2026, a entrega de 90 mil Quintais Produtivos das Mulheres Rurais em todo o Brasil, programa de promoção da segurança alimentar e nutricional e da autonomia econômica.
•             Retomada da Reforma Agrária com prioridade para as mulheres rurais – oito novos assentamentos, 5.711 novas famílias assentadas e 40 mil famílias regularizadas.
•             Programa Nacional de Cidadania e Bem Viver para Mulheres Rurais – que garante acesso à documentação, à titulação conjunta da terra e ao território às mulheres, para que possam viver com dignidade, tendo assegurados seus direitos civis, políticos e sociais.
•             Lavanderias Coletivas – projeto piloto com a instalação de nove unidades em assentamentos em três estados do Nordeste (Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará).
•             Criação da Comissão Nacional de Enfrentamento à Violência no Campo (CNEVC).
•             Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios – decreto tem como objetivo prevenir todas as formas de discriminações, misoginia e violências de gênero contra as mulheres por meio de ações intersetoriais.
•             Bolsa Verde – decreto retoma o Programa de Apoio à Conservação Ambiental que prevê um pagamento a famílias inseridas em áreas a serem protegidas ambientalmente e que se enquadrem em situação de baixa renda. Antes, o pagamento por família era de R$ 300. Agora passa a ser de R$ 600.
•             Participação Social – decreto institui a Comissão Nacional dos Trabalhadores Empregados Rurais.

Ao ler o conjunto de propostas apresentadas hoje, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, destacou que, por oito anos, nenhuma família foi assentada no Brasil, “por um acordo no Tribunal de Contas, que trancou os programas de reforma agrária”, e que foi revertido no judiciário, este ano, pela atuação do governo Lula.

Defesa da democracia

Terça-feira (15), o primeiro dia dos atos, foi marcado por uma série de ações em defesa da democracia, com palestras, rodas de conversa, oficinas e feiras.

“As margaridas chegaram pra dizer que neste país a democracia não vai mais ser perdida, que nós vamos continuar na marcha”, declarou a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, na abertura política da marcha, que aconteceu no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. “Nós estamos aqui porque nós não paramos [ao longo dos últimos anos], nós não desistimos e garantimos, de fato, que a democracia voltasse”, completou.

“Vocês vieram de longe, de muitos lugares deste Brasil profundo, trazendo a alma profunda das mulheres do Brasil. Mas tem uma razão para nós estarmos aqui: porque fomos capazes de colocar no seu devido lugar aquele que afrontou a nossa democracia. Porque sem democracia não há como marchar. Sem democracia o que fazem é tentar nos calar”, destacou a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva.

“Essa chegada de vocês à Brasília, mais uma vez, representa essa retomada do diálogo da população, da sociedade civil, com o governo brasileiro”, observou a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a primeira mulher indígena ministra, em 500 anos de história do Brasil.

Bancárias em apoio à marcha

“Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver” foi o lema deste ano do evento que é considerado uma das maiores mobilizações de rua do mundo.

“A Marcha das Margaridas é a expressão dessa luta da mulher, que é semelhante no mundo todo: contra a violência política, violência doméstica, violência sexual, contra o feminicídio. Aqui em Brasília, hoje, somos mais de 150 mil lutando, deixando a nossa voz, a nossa pauta, da independência financeira, do crédito, da terra, do emprego descente”, destacou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

“Algumas das políticas apresentadas hoje são conquistas de outras marchas como a garantia de acesso à documentação às mulheres do campo, que foi obtida no primeiro governo Lula, mas foram desmontadas ao longo dos últimos anos”, observou a secretária da Mulher Contraf-CUT, Fernanda Lopes. “Essa marcha, portanto, simboliza a força das mulheres e a reconstrução dessas políticas, com um governo que apoia nossas pautas e entende a importância do nosso papel na sociedade”, completou.

Clique aqui pra ver galeria com mais fotos da Marcha das Margaridas 2023 (Fotografias de Letícia Alves)

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quarta-feira, 16 de agosto, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorreu agências bancárias do município de Belford Roxo, para falar sobre a Campanha "Menos Metas, Mais Saúde", lançada pelo Movimento Sindical Bancário, que evidencia o cenário de adoecimento físico e mental dos trabalhadores do ramo financeiro. Os transtornos psicológicos e as LER/Dort são alguns dos velhos problemas conhecidos pela categoria, há anos submetida a cobranças e metas excessivas.

As diretoras e diretores do Sindicato entraram nas agências dos bancos Bradesco, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, conversaram com os trabalhadores presentes e explicaram que a responsabilidade por essa situação é inteiramente da gestão dos bancos.

Além disso, foi exibida uma faixa da campanha e foram entregues folhetos informativos, que explicam a campanha criada para fortalecer o necessário enfrentamento às políticas praticadas pelos bancos, que tem levado a categoria ao adoecimento, tanto pelas metas abusivas, quanto pela pressão por resultados, pelo assédio moral, e a necessidade de erradicar essas práticas.

O ato foi bem recebido pelos bancários, clientes e usuários dos bancos.

DENUNCIE

Se você já vivenciou situações de assédio moral, assédio sexual ou cobrança excessiva de metas no ambiente de trabalho, é hora de compartilhar sua dor e promover mudanças significativas!

Sabemos que a pressão por metas abusivas afeta diretamente a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. É um problema que não pode mais ser ignorado. Precisamos trazer à tona essa questão, conscientizando a sociedade, as empresas e os órgãos reguladores sobre a necessidade de estabelecer práticas mais saudáveis e equilibradas nos locais de trabalho.

O silêncio apenas perpetua essas situações adversas. Portanto, convidamos você a compartilhar suas histórias, sejam elas de assédio moral, assédio sexual ou cobrança exacerbada de metas. Sua voz é importante e pode fazer a diferença na luta por um ambiente laboral mais humano e justo.

Compartilhe sua história, inspire outras pessoas a falar e se unir nessa jornada pela transformação. Utilize as redes sociais, converse com colegas de trabalho, participe de grupos de apoio ou relate suas experiências para as entidades competentes. A mudança começa com a nossa voz!

A Campanha “Menos metas, mais saúde”, idealizada pelo Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), busca negociar melhores condições de trabalho para os bancários, junto à Fenaban. Para isso, é fundamental a coleta de informações junto a base, para fortalecer os argumentos.

Por isso precisamos de seu relato de como as metas afetam sua vida e sua saúde.

Clique aqui e faça seu relato: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfK0SEXOlJDE1X7r-N7da72yucqWj9G2tb6rYramkFA09V1og/viewform 

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O Santander informou que reabriu, nesta terça-feira (15), o período para alterações e novas adesões, por funcionários da ativa e afastados, ao plano odontológico (Interodonto). O prazo encerra-se em 22 de setembro.

Os funcionários do Santander possuem três opções de plano odontológico:

  • Básico (sem custo ao funcionário e seus dependentes)
  • Intermediário 1 (R$ 16,59 por pessoa)
  • Intermediário 2 (R$ 31,75 por pessoa)

Para realizar a adesão ou alteração no plano odontológico, os funcionários ativos devem acessar o Portal RH ou App Santander Pessoas. Já os afastados devem acessar o Portal RH Externo.

Após a adesão ou alteração, a vigência do plano terá início em 1º de outubro, tanto para utilização dos serviços quanto para a cobrança da mensalidade do plano escolhido. “A reabertura do período de novas adesões e alterações no plano odontológico é muito importante. Esta é uma conquista garantida aos funcionários brasileiros do Santander na ACT Santander vigente até 31 de agosto de 2024. É fundamental que o banco faça uma ampla divulgação para que todos os interessados possam fazer a adesão ou alteração no prazo estipulado”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa de Queiroz.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil confirmou a criação de novas plataformas de Centrais de Relacionamento (CRBBs) e de Centros de Apoio aos Negócios e Operações de Logística (CENOPs). As informações foram apresentadas à Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), nesta última terça-feira, 15 de agosto.

Danilo Funke Leme, Diretor de Bancos Federais e representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) na CEBB, participou e representou a entidade na reunião.

Ao todo, serão 14 novas unidades (12 CENOPs e 2 CRBBs), localizadas em médias e pequenas cidades. “A criação dessas plataformas vão gerar uma dinâmica de movimentação de cargos dentro da empresa. Então, conversamos com o banco sobre qual será o impacto disso e quais são as soluções para demandas que já vínhamos colocando há anos nas mesas de negociação, que são a alta quantidade de claros [termo para vagas não ocupadas] nos prefixos e a proteção dos funcionários que são caixas”, disse a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

Segundo o banco, a criação das 14 plataformas, até novembro, irá gerar cerca de 300 vagas de assistentes e atendentes, nas CENOPs e nos CRRBs, e outras 200 vagas para assessor III, nas unidades estratégicas em Brasília.

Impactos no encarreiramento

Os funcionários que hoje exercem ou recebem a remuneração de caixa executivo e que forem do mesmo município onde serão criadas as plataformas, terão, no período de 30 dias, exclusividade para concorrer às vagas nos novos CENOPs e CRBBs.

O banco declarou ainda que a movimentação não causará impacto na vida do trabalhador que não se candidatar ao certame interno, tampouco haverá transferências compulsórias para preenchimento das vagas.

Em paralelo, o banco anunciou também que, ainda no mês de agosto, ocorrerá a abertura do Sistema Automático de Concorrência à Remoção (SACR) e o início da convocação das pessoas que passaram no último concurso, realizado pelo banco em abril.

Com o SACR, funcionários que querem mudar de prefixo, terão a oportunidade de se movimentar para outras cidades ou regiões do país. Além disso, no prazo de 30 dias, os trabalhadores de três cargos – caixas executivos, assistentes e atendentes -, terão prioridade para concorrer às vagas de assessor III nas unidades estratégicas em Brasília.

“Nós ressaltamos para o banco que ainda precisamos de abertura de muitas vagas para atender a demanda de trabalho dos departamentos e unidades de negócio com claros. O último concurso não foi suficiente para suprir as vagas abertas. Hoje o BB tem o menor número de funcionários nos últimos 18 anos, e a sobrecarga de trabalho ainda é muito grande. Por isso, reiteramos a abertura de novos concursos para ingresso e mais funcionários no banco”, disse o representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na CEBB, Getúlio Maciel.

“Deve haver novas rodadas de nomeação e ascensão, principalmente para cobrir as vagas de atendente e assistentes que possam ser promovidos para direção geral como assessor III. O movimento sindical irá acompanhar esse processo. Isso resolve paliativamente a sobrecarga de tarefas nas CRBBs e nos CENOPs, necessitando, portanto, de aumento de dotação e de funcionários pra atendimento das demandas que dizem respeito a esses departamentos”, completou.

A empresa ainda destacou que acontecerão ajustes pontuais nas dotações de escriturários das agências, pela impostação de concorrência do SACR. E, com o objetivo de priorizar a participação dos escriturários que adentraram na empresa no último concurso, o BB irá flexibilizar o tempo de carência de 18 para 12 meses na função, bem como para as dependências que têm até 10% de vagas faltantes.

Entenda:

•             Até novembro, 14 novas plataformas especializadas serão criadas: 12 CENOPs e 2 CRBBs;
•             As plataformas serão implantadas em pequenas e médias cidades, de três regiões do país (Sudeste, Centro-Oeste e Norte);
•             Funcionários que hoje exercem ou recebem a remuneração de caixa executivo e que forem do mesmo município terão, durante 30 dias, prioridade na concorrência das vagas nas novas CENOPs e CRBBs;
•             Além disso, durante 30 dias, caixas executivos, assistentes e atendentes terão prioridade para concorrer às vagas de assessor III nas unidades estratégicas;
•             Também foi anunciado que, ainda em agosto, ocorrerá a abertura do SACR, por meio do qual funcionários poderão se inscrever para vagas em outros prefixos;
•             O banco também promete convocar pessoas que passaram no último concurso, realizado em abril.
•             O movimento sindical irá acompanhar toda essa movimentação para que não haja prejuízo às funcionárias e aos funcionários.

Fonte: Fetraf RJ/ES

O Lucro Líquido Contábil do Banco Mercantil do Brasil (BMB) foi de R$ 168,4 milhões, no 1º semestre de 2023. O número é 76,7% maior do que o alcançado no mesmo período de 2022, quando o banco obteve o lucro líquido no montante de R$ 95,3 milhões. Só no segundo trimestre de 2023, o lucro líquido foi de R$ 100,2 milhões, o que significou um incremento de 47,1% em comparação ao primeiro trimestre do ano.

Em comparação ao primeiro semestre do ano passado, neste semestre houve aumento das despesas com captação no mercado (53,8%) e com provisionamento para crédito de liquidação duvidosa (64,3%). Ainda assim, o incremento no lucro do primeiro semestre foi impulsionado pelo crescimento de 47,1% nas receitas das operações de crédito, as quais totalizaram R$ 2,2 bilhões. A Rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido do Banco ficou em 29,8%, com alta de 13,6 p.p. em doze meses.

Em seu relatório, o BMB informou que finalizou o 1º semestre de 2023 com 2.895 funcionários, com abertura de 77 postos de trabalho em doze meses. Em relação às unidades de atendimento, foram fechadas 31 agências e o número de postos de atendimento permaneceu estável (294 postos de atendimento).

“Os bons resultados do Banco Mercantil são fruto do esforço das funcionárias e funcionários, que muitas vezes adoecem tentando cumprir as metas altíssimas impostas. É preciso oferecer condições dignas de trabalho, pois o lucro não pode estar acima da saúde física e mental dos trabalhadores”, afirmou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Mercantil (COE/BMB), Marco Aurélio Alves.

Para Vanderci Antônio, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, a direção do banco tem que entender que uma empresa é feita das pessoas que fazem parte da sua história. “A alta rotatividade traz insegurança e angústia entre funcionárias e funcionários. Não basta desenvolver talentos, é preciso uma boa política para retê-los”, destacou.

Leia aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT