Julho 11, 2025
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Financiamento habitacional, fundo de garantia, poupança, megasena, PIS. Os brasileiros costumam ter na ponta da língua alguns dos serviços garantidos pela Caixa Econômica, o banco ainda 100% público e que por essa característica tem em seu papel central a função social e o aporte à infraestrutura do país com taxas de crédito mais baixas que as de mercado dos privados.

Só isso já deveria ser motivo para que a população defendesse incondicionalmente que a Caixa continue 100% pública, mas a realidade das narrativas construídas sobre o banco é de esvaziamento no atendimento presencial, demora nas filas, dificuldades de acesso. Mesmo que isso aconteça em toda instituição financeira e que nos bancos públicos isso seja causado por um plano do governo de precarizar condições de trabalho, enxugar equipes, fechar vagas, extinguir concursos públicos.

Esse cenário é muito próximo do que ocorre no Banco do Brasil, que tem economia mista, com ações vendidas na bolsa de valores (os próprios funcionários, em agosto, receberam uma pequena quantidade de ações), mas o governo federal é seu acionista majoritário, ainda que no limite do controle acionário, com 50,73%.

“Perder o controle acionário do BB ou mesmo reduzir seu papel social é entregar a soberania econômica do país ao mercado financeiro. Sabemos da importância do BB como braço da economia para viabilização de políticas sociais. Acredito que abrir mão deste lucrativo instrumento é entreguismo e submissão ao mercado. Os sindicatos têm o importante papel de orientar os trabalhadores para resistir e não entregar o país ao mercado financeiro”, alerta a bancária do Banco do Brasil Ana Busato, representante dos trabalhadores do BB no Paraná nas negociações com o banco. Ana tem formação em gestão pública pela Fundação Perseu Abramo.

A mais conhecida das políticas públicas efetivada pelo BB e subsidiada pelo governo federal é o financiamento rural, seja do agronegócio, do pequeno e médio produtor ou da agricultura familiar. Mas, o BB não disponibiliza crédito somente para o campo.

Pronaf, Fies, FAT, Proger, Moderagro, Pronamp, PCA, Inovagro, Finame. Essas diversas siglas dão a dimensão da quantidade de linhas de crédito que só estão disponíveis porque o banco é público e porque atendem a população com taxas possíveis de serem pagas. O BB financia os moradores do Semiárido, que vivem na seca por longos períodos de tempo; custeia o plantio agroflorestal; a agricultura familiar agroecológica, apoia investimentos em inovação tecnológica atrelada à sustentabilidade ambiental; financia a construção de armazéns; apoia a recuperação dos solos, a produção da apicultura, aquicultura, avicultura, chinchilicultura, cunicultura, floricultura, fruticultura, horticultura, pesca, ovinocaprinocultura, pecuária leiteira, ranicultura, sericultura e suinocultura; possui uma linha de crédito para as seringueiras; financia a energia renovável; subsidia ações da Defesa Civil em situações de calamidade; auxilia os municípios e os estados; tem uma linha de crédito para financiar caminhões novos para produtores rurais; financia empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida.

Em 2017, a participação do BB no financiamento agrícola correspondeu a 60% entre o crédito disponibilizado entre as instituições financeiras que atuam no país e essa carteira de crédito rural crescem em abertura de contas acima de contas abertas para pessoas físicas e jurídicas. Isso também é possibilitado porque o banco está em 99,8% dos municípios do país.

De acordo com relatório de gestão do governo Michel Temer, referente ao período 2016/2018 (até outubro), o BB “fez investimentos sociais da ordem de R$ 554,7 milhões”, que inclui iniciativas culturais, investimento no esporte, na pesquisa das mudanças climáticas, apoio a ações com crianças, adolescentes e idosos.

A privatização do banco bicentenário tem sido ventilada desde antes das eleições de 2018, quando Paulo Guedes, futuro ministro do presidente eleito Bolsonaro, declarou em entrevista à Globo News que realizava estudos para as privatizações, divulgando, inclusive, valor de mercado para o BB.

Nesta semana, o futuro presidente do BB nomeado pelo novo governo, o economista Rubem de Freitas Novaes, declarou à Agência Brasil que “a orientação da próxima gestão será a busca por eficiência, o enxugamento e a privatização de ativos da instituição”.

O que seria essa eficiência e enxugamento? Na linguagem econômica, se traduzem em corte de custos com a redução do número de funcionários e aumento do lucro, que atingiu R$ 9,7 bilhões de janeiro a setembro de 2018.

Conforme explica o economista e coordenador estadual do Dieese Pablo Diaz, mestre em Tecnologia e Trabalho pela UTFPR, que é funcionário do BB, privatizar ativos significa delegar ao “mercado” a gestão. “Por trás do discurso está a desidratação do BB. Lembremos que o futuro presidente do BC tem origem num banco privado. Os bancos estatais não poderão mais ser usados como freio dos ganhos dos bancos privados”. O dirigente sindical explica, ainda, que essa desestruturação é continuidade do governo Temer.

Em contrapartida, os funcionários do banco vêm sofrendo com diversos processos de reestruturação, desde o início de 2017, que têm como procedimento padrão descomissionamentos e extinção de cargos de forma unilateral pelo banco, sem negociação com os sindicatos de representação dos trabalhadores bancários.

Esse detalhe proporciona queda substancial na remuneração desses trabalhadores, de um dia para o outro, ainda que eles, até o momento, tenham estabilidade no emprego. De acordo com relatório do banco, somente as verbas pessoais, calculadas individualmente, são irredutíveis. E que a variação de remuneração entre funcionários é de acordo com função da carreira, do histórico de funções/comissões e da data de posse. E é nessas verbas que o banco corta: “As verbas vinculadas ao exercício de funções apresentam valores definidos conforme as atribuições, nível hierárquico, complexidade, praça, grupamento e outros fatores vinculados a cada função/comissão e podem, portanto, ser extintas ou alteradas em qualquer tempo”. A justificativa para isso está ligada à concorrência de mercado, novo viés estabelecido desde 2016 pelo banco que ainda tem como maior acionista o governo federal, mas que, ainda assim, desligou 9.409 funcionários no último ano pelo Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI).

De acordo com informações divulgadas durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná, em outubro de 2017, em defesa dos bancos públicos, juntos, BB e Caixa, naquele ano, eram responsáveis por 80% de todo o crédito de longo prazo, 70% do financiamento imobiliário, 70% do investimento em agricultura familiar, 80% do investimento em saneamento e 56% de todo o crédito ofertado para pessoas físicas e jurídicas no Brasil. Se eles perderem seu caráter público, sua função social, para serem mais um banco privado jogado à concorrência do mercado, quem perde é a população.

Fonte: Fetec-CUT/PR

As distribuidoras de combustíveis brasileiras terão até 15 dias para explicar por que a redução de preços praticada pela Petrobras (nas refinarias), que já acumula 20% este mês, não chegou ao bolso dos consumidores.

A ‘intimação’ foi feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP, e está descrita na matéria da Agência Reuters, publicada na Folha de S. Paulo, desta quarta-feira, dia 28.

A principal distribuidora é a BR, com 24,14% do mercado e controlada pela própria Petrobras, além da Raízen, controlada pela Cosan e Shell, e a Ipiranga, do Grupo Ultra.

Já os postos de gasolina estão pulverizados em milhares de revendas pelo Brasil.

A redução de preço só foi possível com a decisão do governo, pressionado pela greve dos caminhoneiros, de ampliar a produção nas refinarias da Petrobras e, mesmo assim, não teve nenhum benefício para a população, ao contrário, ampliou o lucro dos postos de combustíveis e das distribuidoras. Resultado: mais concentração de renda.

A pergunta é: se mesmo tendo a Petrobras participação e poder de decisão sobre as refinarias e sobre a BR Distribuidora, o mercado faz o que bem entende dos preços dos combustíveis no País, como será se a Petrobras for privatizada? Será entregar o ouro para o bandido, como diz o ditado popular.

O aumento da produtividade, obtido com os novos campos do Pré-Sal, deveria representar ganhos para os trabalhadores e trabalhadoras do setor de petróleo e para os consumidores brasileiros, mas não é isso que está sendo verificado pela própria ANP.

O que têm ocorrido, no Brasil pós-2016, são repetidas medidas em várias áreas que se tornaram ainda mais concentradoras da renda e esse deve ser o principal foco de luta, que a população brasileira, por meio de suas instâncias de organização deve combater sem tréguas.

*Rafael Marques é presidente do Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento, o TID-Brasil e ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) assinou na quarta-feira (28) a renovação do acordo de Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) com o Banco do Brasil, que permite aos bancários e bancárias fazerem acordos extrajudiciais sobre questões das relações de trabalho, antes de se tornarem demandas judiciais.

O principal público da CCV são os funcionários que estão em cargos que podem ser com jornada de seis horas, como assistentes e assessores.

Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, a renovação do acordo era uma demanda dos funcionários. “Dá mais tempo e possibilidade para aquelas pessoas que ainda não aderiram aos cargos de seis horas. A renovação também acaba com boatos e especulações sobre a não renovação”, disse.

Segundo Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, “o acordo assinado pela Contraf-CUT, que mantém os parâmetros do acordo anterior, é o que se chama de ‘acordo guarda-chuva’ e que propicia aos sindicatos a adesão e a instalação da CCV em cada localidade.

Com a assinatura, os acordos de CCV poderão ser feitos até dezembro de 2020.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reúne com a direção do banco, nesta quinta-feira (29), para continuar as negociações sobre a renovação do Programa Complementar de Resultados (PCR), específico do banco, para 2019/2020.

No último encontro, os representantes dos trabalhadores apresentaram ao banco uma proposta.

Nesta quarta-feira (28), a COE se reuniu na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para a reunião preparatória.

Fonte: Contraf-CUT

O número de afastamentos do mercado de trabalho em decorrência de doenças psicossociais tem aumentado, de acordo com dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reportados ao jornal Folha de S. Paulo. Só nos primeiros noves meses deste ano, foram concedidas 8.015 licenças para tratamento de transtorno mentais e comportamentais adquiridos no ambiente do trabalho, um crescimento de 12% em relação a 2017.

Em sua análise para a jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, indicou a alta da ocorrência de doenças mentais como um resultado direto da crise econômica, do desemprego em alta, e também dos impactos do uso intensivo de tecnologia no trabalho cotidiano.

"As pessoas vivem uma situação ocupacional onde o estresse, a ansiedade e o medo têm afetado gravemente as condições de saúde dos trabalhadores", afirmou Clemente, apontando para um aumento no número de consultas psiquiátricas cobertas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que passou de 2,9 milhões para 4,5 milhões anuais entre 2012 e 2017. "Novos problemas que afetam gravemente as condições de trabalho mundo afora e também no Brasil", lamentou o diretor técnico.

Ouça a entrevista na íntegra: https://soundcloud.com/redebrasilatual/crise-no-emprego-eleva-em-16-milhao-o-numero-de-consultas-psiquiatricas

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) apontou que 49% dos brasileiros com mais de 45 anos nunca fizeram o exame de toque retal que pode detectar o câncer de próstata. A doença é hoje a segunda maior causa de morte em pessoas do sexo masculino, depois do câncer de pulmão, e deve, de acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), registrar ainda neste ano mais de 68 mil novos casos.

Segundo o estudo, realizado com 2.400 homens, na maioria dos casos as pessoas justificaram que o médico nunca havia pedido o exame, que achavam pouco "másculo" e não gostavam ou que não tinham sintomas ou idade para realizar. Para o médico Pedro Jans, a resistência ao exame mostra preconceito e medo, e impede um tratamento eficaz.

"É só um exame comum que a gente deve fazer e com certeza a prevenção vai acarretar em um diagnóstico muito antes e com um tratamento bem melhor para o paciente. Às vezes é só acompanhamento, nem precisa de um tratamento tão agressivo", explica Jans à repórter Nathália Carvalho, da TV Poços, no Seu Jornal, da TVT.

Em meio às campanhas do Novembro Azul, para conscientizar os homens sobre doenças que possam afetá-los, o Inca promoveu nesta terça-feira (27), no Rio de Janeiro (RJ), a ação "Educar para prevenir" para mostrar, com apoio em materiais informativos para a população em geral, que o diagnóstico precoce pode combater diversas doenças. O evento marcou também o Dia Nacional do Combate ao Câncer.

Assista às reportagens do Seu Jornal: https://www.youtube.com/watch?v=Rj6RC2RumDc

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), órgão auxiliar da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) da relação com os funcionários e com o banco, se reuniu no dia 21 de novembro com os bancários da agência do Banco do Brasil em Assunção, capital do Paraguai. O objetivo foi o de ressaltar a importância da organização dos trabalhadores do BB nos diversos países onde o banco atua.

No Paraguai as bancárias e bancários são organizados por empresa e o sindicato é específico dos funcionários do BB. O banco atua no país com foco no atendimento a empresas de médio e grande porte e conta com mais de 30 funcionários, sendo que vários deles tem mais de 20 anos de banco.

Com a saída de alguns funcionários, a Rede Sindical Internacional do BB propôs uma reunião no Paraguai para incentivar mais bancários a se juntarem ao sindicato local.

Na reunião, foi proposto que a Comissão de Empresa levasse ao Brasil a necessidade de maior interação entre os funcionários dos diversos países e o acesso a programas do banco existentes no Brasil, como, por exemplo, os cursos e treinamentos da universidade corporativa do BB. Outro ponto que já consta da pauta de reivindicações do Brasil é o pagamento da PLR a todos os funcionários do Paraguai.

Para o coordenador da CEBB, Wagner Nascimento, o fortalecimento do sindicato no Paraguai é importante para a manutenção das relações de trabalho e dos direitos assegurados no acordo coletivo. “Quanto mais bancárias e bancários se filiarem ao sindicato local, melhor será para cada um deles e para o conjunto”, disse.

“Após a visita ao Paraguai, encaminhamos ao Banco do Brasil as reivindicações do pessoal do Paraguai”, informou Wagner Nascimento, que também coordena a Rede Sindical Internacional do BB.

“A representação sindical no Brasil é bastante forte e organizada. Conquistamos muitos direitos por meio de lutas intensas no decorrer de nossa história. Tanto no que diz respeito à categoria como um todo, quanto em relação a direitos específicos em cada um dos bancos, como é o caso do BB”, destacou o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, que também participou da reunião. “Muitos destes direitos podem ser transpostos para bancários de outros países. Por isso é importante a integração com os funcionários não apenas de Assunção, mas de todo mundo”, completou.

Para a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS), Cris Santos, que integrou a delegação do Brasil, a visita aos colegas paraguaios foi um primeiro passo no caminho de um processo de intercâmbio de experiências entre os trabalhadores do Banco do Brasil espalhados pelo mundo e em especial pela América Latina.

“Na chegada já nos sentimos em casa, pela recepção dos colegas e pelo ambiente, tão familiar a todos nós. Fica a certeza de que quanto mais unidos estivermos, mais fortalecidos estaremos para enfrentar os desafios que nos forem colocados”, disse.

História
Nas instalações da nova agência Corporate do BB estão preservados documentos e objetos históricos do BB no Paraguai, como fotos da inauguração da primeira agência naquele país e o livro caixa da agência, de 1941. A agência do Banco do Brasil em Assunção, inaugurada em 1941, foi a primeira agência de um banco brasileiro no exterior.

Fonte: Contraf-CUT

Entre 2016 e 2017, as desigualdades salariais entre mulheres e homens aumentaram no Brasil. Em 2016, as mulheres ganhavam em média cerca de 72% do rendimento dos homens. No ano seguinte, essa proporção caiu para 70%, marcando o primeiro recuo em 23 anos, segundo dados do relatório anual "País Estagnado: um retrato das desigualdades brasileiras", divulgado nesta segunda-feira (26) pela organização não-governamental Oxfam.

Em 2017, a renda média de mulheres no Brasil era de R$ 1.798,72, enquanto a de homens era de R$ 2.578,15. Os dois gêneros tiveram aumento médio geral de renda em relação a 2016, mas enquanto o incremento entre os homens foi de 5,2%, entre as mulheres foi de 2,2%.

"Vivemos numa sociedade onde aparentemente homens e mulheres são iguais, mas isso não é a realidade", diz a diretora-executiva da Oxfam, Kátia Maia, em entrevista ao repórter André Gianocari, para o Seu Jornal, da TVT. "As mulheres elas têm salários menores e são tratadas como se não tivesse as mesmas competências e capacidades."

Katia frisou a falta de reconhecimento da chamada "jornada dupla", quando as mulheres, após a jornada de trabalho, ainda têm de arcar com as tarefas domésticas. 

Entre a metade mais pobre da população, as mulheres perderam 3,7% de seus rendimentos, enquanto os homens perderam 2%, em relação a 2016,  ampliando a diferença.

Na camada dos 10% mais ricos, a distância entre mulheres e homens é ainda maior. Enquanto os homens ricos tiveram incremento na renda de quase 19% entre 2016 e 2017, as mulheres mais ricas viram sua renda média crescer apenas 3,4%, ficando com cerca de 60% do que ganham os homens. 

Desigualdade racial

A disparidade de renda entre grupos raciais também aumentou nos últimos dois anos. Em 2016, os negros ganhavam R$ 1.458,16 em média, o que equivalia a 57% dos rendimentos médios de brancos, que naquele ano foram de R$ 2.567,81. Em 2017, a distância ficou ainda maior, com os rendimentos médios de negros – de R$ 1.545,30 – representando 53% do que ganham os brancos em média – R$ 2.924,3. 

Entre a metade mais pobre da população, enquanto os negros tiveram perdas de 2,5% na renda, os brancos tiveram aumento de 3%. Em 2016, a renda da metade mais pobre da população foi de R$ 749,31 em média. Os brancos pobres registraram renda média de R$ 882,23, enquanto entre os negros pobres, ficaram com R$ 634,66. 

Em 2017, a renda média geral dos mais pobres foi de R$ 804,35, e enquanto a renda média dos brancos mais pobres subiu para R$ 965,19, a dos negros foi para R$ 658,14. 

Entre os 10% mais ricos, a renda média mensal dos brancos em 2017 foi de R$ 13.753,63, enquanto a média dos negros foi R$ 6.186,01 por mês, o equivalente a 45%. Entre 2016 e 2017, os negros que fazem parte dos 10% mais ricos tiveram aumento de renda de 8,1%, enquanto os brancos incrementaram suas rendas em 17,35%.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Caixa Econômica Federal reabriu nesta segunda-feira (26) mais um programa de desligamentode empregados (PDE). Até sexta-feira (30), o governo espera a adesão de 1.600 funcionários. A "economia" prevista é de R$ 324 milhões por ano. O alegado interesse em cortar custos contrasta com o lucro de R$ 11,5 bilhões nos primeiros nove meses do ano pelo banco público – ao mesmo tempo em que as condições de trabalho e de atendimento decaem.

Em dois anos, 12.500 empregados se desligaram da Caixa, dois terços por meio de programas de demissão voluntária. O problema, segundo sindicalistas, é que o quadro de funcionários não vem sendo reposto, implicando na queda da qualidade dos serviços. 

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, trata-se de um "enxugamento desnecessário", com o desligamento de funcionários experientes e comprometidos com o desempenho do banco. Ele diz que o PDE pode inclusive impactar nas contas da Previdência, precipitando a aposentadoria de trabalhadores que pretendiam permanecer na ativa. 

O diretor do sindicato Antônio Abdan, funcionário do banco há 29 anos, acrescenta que a precarização do atendimento, com a redução do número de funcionários, serve para reforçar junto ao público mal atendido o discurso de privatização defendido pela equipe econômica do novo governo Bolsonaro.

"Em agências de periferia – como no Gama, Taguatinga e Ceilândia – são mais de duas horas de espera. O cliente fica insatisfeito, perde tempo. A Caixa perde todo investimento em marketing, porque um cliente insatisfeito é um retorno negativo. O cliente acaba descontando no empregado. Adoece o empregado, piora o atendimento. Piora a imagem da Caixa e acaba influenciando no processo de privatização", explica Abdan.

O economista Pedro Guimarães, nomeado para presidir a Caixa a partir do ano que vem, trabalhou com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, quando este ainda era sócio do banco BTG Pactual. Na equipe de transição de Bolsonaro, Guimarães é um dos responsáveis por fazer levantamento das estatais a serem vendidas ou . Ele chegou, inclusive, a ser cotado para nova secretaria de privatizações, vinculada ao ministério de Guedes.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

As mesas temáticas previstas no Acordo Coletivo dos Funcionários do Banco do Brasil - ACT 2018/2020, assinado com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – (Contraf-CUT) foram instaladas nesta segunda-feira (26).

Os temas das mesas temáticas previstas no ACT são saúde e segurança no trabalho, teletrabalho e escritórios digitais e entidades patrocinadas de bancos incorporados.

Saúde e condições de trabalho

O BB apresentou informações referentes aos casos de retorno de licença-saúde e de retorno ao trabalho nos casos de cancelamento de aposentadoria por invalidez.

Os representantes dos funcionários questionaram sobre os problemas que vem acontecendo nesses retornos, apontando problemas colhidos nas diversas bases de todo o país, que serão analisados na busca de soluções.

Para a próxima mesa de saúde, será feita uma apresentação do detalhada programa de retorno ao trabalho dentro do BB.

Esta mesa temática contou com a participação e assessoria de Mauro Sales, secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Teletrabalho

O banco fez uma apresentação do programa piloto de teletrabalho em implementação na empresa. Foi informado a quantidade de funcionários no programa, os critérios, as áreas envolvidas e os diversos tipos de teletrabalho.

Houve bastante questionamento sobre a questão da segurança no trabalho, ergonomia, jornada de trabalho e as formas de contato com os funcionários em home office principalmente.

Os sindicatos questionaram o modelo de representação e atuação junto aos funcionários em teletrabalho para que o mesmo não fique desassistido tanto da sua representação sindical, como também da assistência social, via acompanhamento das condições de saúde periodicamente.

O assunto será mais aprofundado no decorrer das outras reuniões.

Bancos incorporados

A mesa de bancos incorporados começou com um debate sobre delineamento dos temas que serão debatidos, sendo o acesso aos benefícios o primeiro assunto quer será abordado e detalhado.

Negociação permanente

A Comissão de Empresa apresentou reivindicações de solução de problemas na recente reestruturação das Unidades de Apoio, reestruturação do setor de atacado em Campinas, migração do setor de pagamento e recebimento das agências Setor Público para o PSO e foi iniciado um debate sobre GDP (processo de avaliação pessoal), que será feito ao longo da vigência do acordo, conforme acertado durante a negociação na campanha salarial.

Foi cobrado sobre a implantação da possibilidade de redução do horário de almoço e o o banco confirmou que os testes no sistema já se iniciaram e o prazo até o final de novembro está mantido.

Cassi

A Contraf-CUT cobrou do banco o restabelecimento da Mesa de Negociação da CASSI, considerando que foi apresentada uma proposta de consenso das entidades, feita com o auxílio e análise técnica da Diretoria da CASSI, inclusive com os técnicos da área financeira que são indicados pelo banco.

A Contraf-CUT afirmou que sempre teve o interesse de negociar uma proposta para sustentabilidade da Cassi e que a discussão na mesa com os Sindicatos e demais entidades representativas é a melhor forma de se chegar a um entendimento.

Defesa do Banco do Brasil e dos funcionários

A Comissão de Empresa fez uma defesa do papel do Banco do Brasil e também dos seus funcionários, considerando as notícias e especulações veiculadas na imprensa sobre o futuro governo e a nova direção do BB.

A Contraf-CUT ressaltou a campanha em defesa dos bancos públicos e os debates feitos em audiências nas diversas casas legislativas em todo o território nacional, demostrando a importância do Banco do Brasil para o desenvolvimento do país.

Os representantes dos funcionários afirmaram que a defesa dos processos seletivos apresentada constantemente pelos sindicatos é uma forma de proteger os trabalhadores e a instituição de interferências externas.

Próximas mesas temáticas

A mesas temáticas terão calendário de reuniões trimestral e a próxima rodada está agendada para o final do mês de fevereiro de 2019.

No mês de janeiro será feita uma reunião para apresentação e debate sobre a ampliação das praças da UNV - Unidade de Varejo e as consequências do novo modelo para os funcionários das agências.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a implantação das mesas temáticas e seus debates é de extrema importância para os funcionários do BB. “Várias das melhorias nas relações de trabalho, no nosso acordo coletivo e nos processos do dia a dia foram conquistadas a partir de discussões em mesas temáticas com as áreas técnicas do BB. Por isso, a instalação dessas mesas, além de cumprir o acordado no ACT, propicia ampliar o nosso leque de discussões. O tema tele trabalho é um assunto bastante novo no ambiente do BB e precisamos nos assegurar sobre a efetividade da sua implantação, bem como da proteção aos funcionários do que tange às condições de trabalho e seus direitos, por exemplo.”

Fonte: Contraf-CUT