Maio 15, 2025
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As entidades representativas signatárias do Memorando de Entendimentos 2016 – Contraf-CUT, AAFBB, Anabb, Contec, Faabb – e entidades que não participam da mesa de negociações se reuniram na sede da Cassi entre os dias 12 e 20 de novembro, no Grupo de Trabalho formado a convite da Caixa de Assistência, na busca de solução para a sustentabilidade e perenidade da Cassi.

O GT foi constituído também com o auxílio dos técnicos das diretorias Financeira, Planos de Saúde e Relacionamento com os Clientes e Rede de Atendimento da Cassi. Diante da necessidade premente na busca de alternativas de modelo de custeio, governança e gestão, e considerando o resultado da recente consulta de alteração estatutária, o GT elaborou proposta de forma consensual entre os representantes das entidades participantes.

A proposta, já encaminhada à diretoria do Banco do Brasil, mantém as contribuições normais de 3% para os associados e 4,5% para o banco, não cria novas formas de contribuição por dependente ou faixa etária e mantém o modelo de governança paritária sem voto de minerva. Cria aportes e contribuições adicionais de 2019 a 2023, na proporção de 40 para os associados e 60 para o banco.

Veja o docmento da proposta aqui.

As contribuições e aportes extraordinários a vigorar até 2023 são os seguintes:

  • Associados ativos e aposentados – contribuição extraordinária de 2% ao mês.
  • Banco do Brasil – contribuição extraordinária de 3% para os ativos. Liquidação antecipada do custeio dos dependentes indiretos (R$ 450 milhões). Mantém a contribuição patronal de 4,5% para os aposentados, mas, em contrapartida, o banco ressarce os custos dos programas assistenciais (R$ 27 milhões/mês) e arca com taxa de administração de 4% incidente sobre a folha de pagamento dos ativos.
  • Estratégia Saúde da Família – diretoria da Cassi assume a meta de aumento anual de 10% no número de inscritos no programa.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, “as entidades deram um passo importante ao construir uma proposta de consenso a ser levada de maneira unificada ao BB. A solução para a Cassi é urgente, e a diretoria do BB precisa ter sensibilidade para negociar com as entidades representativas e resolver esta grave questão que aflige a todos os associados.”

Fonte: Contraf-CUT

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou hoje (22) a edição 2018 do Guia dos Bancos Responsáveis (GBR), que avalia boas práticas e políticas adotadas pelos bancos em 18 temas de interesse social. O resultado está longe do satisfatório: os nove maiores bancos do Brasil ficaram com notas abaixo de cinco em uma pontuação de zero a 10, colocando o país em sétimo lugar em um ranking que verifica condições em 9 países.

Mais de 140 milhões de brasileiros utilizam o sistema bancário para movimentar suas finanças. Essas instituições possuem altas taxas de lucro e sempre crescentes, mesmo durante crises econômicas. Os benefícios que os acionistas majoritários e executivos dos bancos gozam devem ter contrapartidas e o esperado era que tais empresas tivessem responsabilidade social. Contudo, parece que o setor não está muito preocupado com o tema.

Dos temas abordados, destaque negativo para mudanças climáticas, setor imobiliário e, especialmente, armas. “O item avalia o financiamento ou investimento em empresas envolvidas na produção, manutenção e distribuição de minas terrestres, munições de fragmentação e armas biológicas, químicas ou nucleares. Com exceção do Santanter e do Safra, todos os bancos avaliados ficaram com nota zero”, avalia em nota o Idec. Isso porque as instituições que zeraram não apresentaram nenhuma política sobre o tema. Além dos dois bancos, foram analisadas as políticas do Banco do Brasil, Bradesco, BNDES, BTG Pactual, Caixa, Itaú e Votorantim.

nota bancos

Para a economista do Idec Ione Amorim, responsável pelo estudo, “o GBR é um instrumento importante para o consumidor saber, por exemplo, se o banco com o qual trabalha é transparente, respeita os consumidores e promove ideias que estejam de acordo com ele. Queremos dar para cada pessoa o poder da informação e, assim, aumentar a sua capacidade de fazer escolhas”. No site do estudo, existe um campo para o consumidor encaminhar suas reclamações sobre as instituições.

Os destaques positivos ficam por conta de três temas: direitos trabalhistas, meio ambiente e inclusão financeira. “As notas são satisfatórias, mas isso se deve principalmente à legislação brasileira que, nestes assuntos, força que as instituições adotem políticas mais rígidas”, comenta o Instituto. Pela primeira vez, o estudo incluiu o tema igualdade de gênero. “A maior nota foi 2,4. Isso mostra que as políticas dessas instituições estão muito aquém do esperado”, completa.

O detalhamento do estudo pode ser conferido no site do GBR 2018.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Os bancários de todo o país se uniram as demais categorias para realizar, nesta quarta-feira (22), o Dia Nacional de Mobilização contra a Reforma da Previdência. A data faz parte de um calendário de luta em defesa da Previdência Social, definido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e as centrais sindicais Força Sindical, CTB, Intersindical, CSB, CSP-Conlutas, NCST, UGT e CGTB.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira ressaltou a importância da unidade da classe trabalhadora contra qualquer proposta que vise a retirada direitos. “A proposta do governo Temer é ruim. Penaliza os trabalhadores e não mexe nos verdadeiros privilégios, que são a aposentadoria e pensões dos militares e suas filhas, do judiciário e dos políticos. Além disso, defendemos a cobrança das dívidas que as empresas têm com o Previdência e o fim das desonerações feitas para as empresas. Somente depois de se fazer isso deve ser aberto um amplo debate com a sociedade para se discutir a fundo o que deve ser feito com a Previdência”, defendeu a presidenta da Contraf-CUT.

Durante todo o dia, os trabalhadores estiveram nos locais de trabalho, entregaram panfletos e debateram com a população em ruas e praças sobre os riscos que a aprovação desta reforma pode causar.

De acordo com Vagner Freitas, presidente da CUT, a mobilização não acaba por aí. “A classe trabalhadora estará em estado permanente de mobilização contra a reforma da Previdência, uma prioridade do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que já falou em adotar no Brasil o falido modelo chileno de capitalização da Previdência”, afirmou o presidente da CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários definiu as datas das negociações das mesas temáticas em 2019. O calendário foi fechado em reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada na tarde desta quinta-feira (22), em São Paulo. A novidade da Campanha Nacional 2018 para os próximos anos foi a criação de mais uma mesa de trabalho, de relações sindicais.

Para Juvandia Moreria, uma das coordenadoras do Comando Nacional e presidenta da Contraf-CUT, as mesas temáticas são muito importantes para categoria. “Nelas podemos debater assuntos específicos que não temos tempo de discutir durante a Campanha Nacional. Com nosso acordo de dois anos, essas reuniões ganham ainda mais importância. Por isso, ampliaremos nossos esforços para sairmos com avanços de cada grupo de trabalho.”

A mesa temática de Igualdade de oportunidades discute demandas importantes para a categoria sobre a mulher, negros, pessoas com deficiência e questões relacionadas à população LGBT. A mesa temática de segurança discute dispositivos para aumentar a segurança dos bancários nos seus locais de trabalho. A mesa temática que aborda Saúde e Condições de Trabalho estuda casos de bancários que sofram com sobrecarga de trabalho, potencializada com o corte de empregos; cobrança abusiva por metas; assédio moral e outros fatores nocivos à saúde presentes em agências e departamentos. Já a mesa temática da prevenção busca criar políticas de aprimoramento e fortalecimento do instrumento de combate ao assédio moral, estabelecimento de políticas de prevenção, considerando a natureza do instrumento, que trata da prevenção de conflitos nos ambientes de trabalho.

Conheça o calendário de negociações:

12 de março - Igualdade de oportunidades.

27 de março – Saúde.

24 de abril – Segurança.

Julho – Relações sindicais

A data da mesa temática da prevenção de conflitos será definida durante o encontro sobre saúde.

Fonte: Contraf-CUT

A Justiça acatou o pedido de embargos de declaração da Contraf-CUT no processo nº 0000695-06.2017.5.10.0017, no qual pleiteia a incorporação das comissões e gratificações recebidas por 10 anos ou mais por bancários do Banco do Brasil e tiveram seus direitos cortados após a reestruturação promovida pelo banco.

O banco havia recorrido de decisão que o obrigou a pagar os valores aos trabalhadores e, após ter pago os valores, a decisão foi favorável ao banco. Os trabalhadores teriam que devolver os recursos ao banco. A Contraf-CUT entrou com embargos declaração e ontem saiu a decisão favorável.

Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, a categoria bancária já está sendo muito prejudicada com as reestruturações. “A atual decisão corrige um erro grave da decisão anterior que, além de ceifar o direito dos trabalhadores de terem incorporado ao salário os valores ganhos por mais de 10 anos, poderia levar à devolução dos recursos pagos pelo banco por ordem judicial. Isso seria penalizar o trabalhador por duas vezes”, observou, lembrando que a súmula 372 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) impede a queda bruta do poder aquisitivo do trabalhador.

“Muitos funcionários foram prejudicados pela reestruturação em 2016. Tiveram os rendimentos recebidos por mais de 10 anos reduzidos de uma hora para outra. Esses embargos de declaração evitam que os trabalhadores tenham que devolver os recursos, mas queremos ver essa injustiça corrigida de vez. É direito dos trabalhadores a incorporação das gratificações de funções recebidas por 10 anos ou mais”, disse Fernanda Lopes, secretária de Juventude e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com o banco.

A Contraf-CUT e as federações apresentarão ainda um recurso ordinário, dirigido ao TRT da 10ª Região, pleiteando a reforma da sentença, que extinguiu o processo sem julgamento de mérito. Se reconhecido pelo TRT, que se trata de direito individual homogêneo e, portanto, que é o caso de demanda de natureza coletiva, os autos retornarão à Vara de origem para o julgamento do mérito.

Para Wagner Nascimento, Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, “esta foi uma vitória no meio de uma batalha em favor dos funcionários que tiveram seus salários reduzidos unilateralmente por decisão do BB que não realocou essas pessoas”, finalizou.

Leia também:
     > Justiça reverte decisão sobre incorporação de comissões
     > BB: Problema na verba da incorporação de função será corrigido
     > Incorporação de função no BB já aparece no contracheque de funcionários
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Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários se reúne nesta quinta-feira (22) com a Federação Nacional dos Bancos, às 14h, no hotel Makssoud Plaza, em São Paulo, para definir o calendário de negociações das mesas específicas em 2019.

Pela manhã, o comando se reuniu na sede da Contraf-CUT para acompanhar uma análise de conjuntura feita por Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência Social do Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quinta-feira (22), Dia Nacional de Mobilização em defesa da Previdência e da Seguridade Social, a CUT e outras oito centrais sindicais (Força Sindical, CTB, Intersindical, CSB, CSP-Conlutas, NCST, UGT e CGTB) realizarão mobilizações em todo o Brasil contra a reforma da Previdência que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já declarou diversas vezes que pretende tratar como prioridade assim que assumir o cargo em janeiro de 2019. 

Serão realizados protestos, assembleias e panfletagem nos locais de trabalho, diálogo nas ruas com a população e panfletagem em praças públicas e locais de grande circulação. Essa será a primeira manifestação da campanha permanente em defesa da Previdência, lançada no último dia 12 pela CUT e demais centrais sindicais. Um documento com os princípios gerais para a garantia da universalidade e do futuro da Previdência e da Seguridade Social também foi divulgado pelas entidades sindicais (confira aqui).

Proposta de Bolsonaro pior que a de Temer
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a reforma de Bolsonaro é ainda pior do que a proposta feita pelo ilegítimo Michel Temer (MDB) em 2017 e engavetada em abril do mesmo ano, após pressão dos trabalhadores e trabalhadoras que paralisaram o Brasil na maior greve geral da história do país.

“Bolsonaro quer trazer para o Brasil o modelo de capitalização da previdência que levou milhares de chilenos à miséria. Muitos não conseguiram se aposentar e outros ganham metade do salário mínimo”, diz o presidente da CUT, se referindo ao modelo adotado pelo Chile na década de 1980, a chamada capitalização da Previdência, onde o trabalhador é obrigado a aderir aos chamados fundos de pensão para fazer uma poupança pessoal sem a contribuição dos patrões e do governo.

Saiba mais:
     > No Chile, o modelo de previdência privada falhou, diz trabalhador chileno
     > Modelo de Previdência proposto por Bolsonaro levou idosos do Chile à miséria
     > Assessor de Bolsonaro quer aprovar reforma da Previdência pior do que a de Temer

“Se o trabalhador não contribui por alguns meses por ter ficado muito tempo desempregado, fazendo bicos ou totalmente sem renda, nunca conseguirá se aposentar”, critica Vagner.

“Queremos a Previdência pública. A manutenção do modelo de repartição, onde os trabalhadores que estão na ativa contribuem para que os aposentados, que já contribuíram, recebam o benefício. Nesse modelo tem contribuições dos trabalhadores, empresas e governo e há a garantia de, pelo menos, os benéficos sejam atrelados ao salário mínimo”.

Para isso, diz o presidente da CUT, é fundamental que a classe trabalhadora atenda ao chamado das centrais sindicais e se mobilize em todo o país em defesa das aposentadorias. Segundo Vagner, a defesa do maior patrimônio da classe trabalhadora, que, segundo ele, é a Previdência pública, será a primeira e principal batalha que os trabalhadores e trabalhadoras irão travar com o governo após o processo eleitoral.

“É muito importante a participação dos sindicatos e dos trabalhadores e trabalhadoras para barrar qualquer proposta que acabe com a nossa aposentadoria, assim como fizemos no ano passado. Por isso, é fundamental a dedicação de todos na realização de assembleias, diálogos, panfletagem e todo o tipo de atividade que tenha o objetivo de esclarecer a população sobre os riscos que a proposta de Bolsonaro representa para as aposentadorias”.

Atividades nos estados
Além de assembleias e panfletagens nos locais de trabalho, confira algumas cidades com atividades públicas programadas:

Bahia (BA) - a partir das 9h, em frente ao Mercado Modelo. Em Salvador, os protestos vão ocorrer no Comércio e na Cidade Baixa, além da Região Metropolitana e outras cidades do interior do estado.

Ceará (CE) - a partir das 8h, em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (Rua 24 de Maio, 176, centro).

Mato Grosso do Sul (MS) - a partir das 9h, em frente à sede da Delegacia Regional do Trabalho (DRT).

Paraná (PR) - Em Curitiba, das 11h às 14h, um ato público será realizado na Esquina da Democracia, no calçadão da Rua XV de Novembro com a Rua Monsenhor Celso

Pernambuco (PE) - a partir das 8h, em frente à sede da antiga DRT, na Av. Agamenon Magalhães, bairro do Espinheiro.

Rio Grande do Sul (RS) - a partir das 7h30, panfletagem do jornal das centrais no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAF), em Porto Alegre.

Sergipe (SE) - Em Aracaju, a partir das 8h, o ato será no calçadão da João Pessoa/Geru.

São Paulo (SP) – Em Osasco, haverá panfletagem pela manhã na estação de trem de Osasco. Às 12h, panfletagem no Bradesco da Cidade de Deus e a tarde a panfletagem será em alguns semáforos de Osasco.

- Em Rio Preto, a panfletagem será no Terminal Urbano a partir das 17 horas, com carro de som

- No centro de Bauru, haverá panfletagem com concentração às 8h, na Rua Azarias Leite, 70-75

Fonte: CUT

O presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou, nesta terça-feira (20), que pretende fechar 150 agências ainda em 2018 e mais 150 em 2019. Lazari disse que o Bradesco espera que seu banco digital alcance o ponto de equilíbrio até junho. O banco apenas digital tem 500 mil clientes, uma fração dos 24 milhões de correntistas do Bradesco.

A declaração acontece poucos dias depois do banco ter anunciado um lucro de R$ 15,7 bilhões nos noves primeiros meses de 2018, um crescimento de 11,1%, em relação ao mesmo período de 2017 e de 6,0% na comparação ao trimestre anterior. Em doze meses, já foram fechadas 193 agências e 35 postos de atendimento (PA).

“Nós queremos saber quais agências serão fechadas e como os funcionários de cada uma delas será realocado. Este é um processo que precisa ser discutido com a representação dos bancários, pois influencia na vida de muitos trabalhadores”, questionou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Bradesco.

Magaly afirma que a cláusula 54 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) do bancários, de realocação e requalificação profissional, está pautada com o banco com o objetivo de que o Bradesco faça adesão à presente cláusula, que trata de situações específicas decorrentes de reestruturações organizacionais.

O tema será uma das pautas da reunião entre a COE Bradesco e a direção do banco, marcada para o dia 11 de dezembro.

Fonte: Contraf-CUT

Os lucros dos cinco maiores bancos do Brasil: Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Caixa e Banco do Brasil, somados, atingiu R$ 65,1 bilhões, nos 9 primeiros meses de 2018, com crescimento de 20,4% em doze meses. A rentabilidade variou entre 13,4% (Banco do Brasil) e 21,7% (Itaú Unibanco), portanto, seguem elevados a lucratividade e o retorno desses bancos, independente do cenário econômico em que o país se encontre.

Seus ativos somados totalizaram R$ 6,4 trilhões, com alta média de 6,3% em relação a setembro de 2017. A carteira de crédito total dos cinco bancos juntos atingiu R$ 2,9 trilhões, com alta de 4,8% no período. No segmento de pessoa física, os itens com as maiores altas são empréstimos consignados, financiamento imobiliário e cartão de crédito. Para pessoa jurídica, os destaques foram as carteiras de comércio exterior e veículos. A inadimplência, para atrasos acima de 90 dias, segue estável e relativamente baixa, entre 2,4% (Caixa) e 3,6% (Bradesco). Dessa forma, observou-se significativas quedas nas despesas com Provisões para Devedores Duvidosos (PDD), exceto para o Santander, onde cresceram 5,3% e, função do crescimento de sua carteira (de 13,1%).

As quedas consecutivas da taxa Selic proporcionaram aos bancos reduções das despesas com captação de recursos no mercado (exceto Itaú, onde o montante ficou relativamente estável). Os cinco bancos juntos gastaram R$ 54,4 bilhões a menos com captação em doze meses. Por outro lado, as quedas na taxa básica de juros reduziram, em parte, os ganhos com TVM (Títulos e Valores Mobiliários), o que não vem se verificando no Banco Santander (onde houve crescimento dessa conta, de 15,8%).

Os bancos seguem ganhando com a prestação de serviços e a cobrança de tarifas e, até setembro de 2018, já arrecadaram um total de R$ 99,8 bilhões nesse item. Essa receita secundária cobre com folga as despesas de pessoal dessas instituições, incluindo-se, ainda, o pagamento da PLR. A cobertura das despesas de pessoal pela receita de prestação de serviços e tarifas variou entre 115,7% (Caixa) e 181% (Santander).

Entretanto, a despeito de todos esses elementos, a conta que vem chamando a atenção é a de resultado com imposto de renda e contribuição social. De janeiro a setembro de 2018, com exceção da Caixa, os demais grandes bancos apresentaram queda em seus resultados operacionais e o crescimento dos lucros veio, principalmente do resultado com essas tributações. Juntos, Bradesco, Santander e Itaú, gastaram R$ 16,9 bilhões a menos essa tributação. Parte dessa economia se deve a entrada de créditos tributários a que tinham direito. 

Com relação aos postos de trabalho, em função de incorporações (das operações do Citibank no país, pelo Itaú e de empregados de empresas de TI, antes terceirizados, pelo Santander) o saldo nesses bancos foi positivo: 4.669 no Itaú e 1.102 no Santander. No Itaú, o saldo deve-se, também, a contratação de pessoal para a área de TI e de Seguros. No Bradesco, em função, ainda do PDVE implementado em 2017, o saldo segue negativo em 2.529 postos de trabalho, contudo, em comparação ao trimestre anterior, foram abertos 476 novos postos no terceiro trimestre. Na Caixa, o saldo foi negativo em 1.352 postos e o Banco do Brasil, por sua vez, fechou 2.073 postos de trabalho em doze meses.

Quanto à rede de agências, Santander e Itaú apresentaram saldo positivo, ainda que baixo: 8 agências físicas abertas no Itaú (e mais 17 agências digitais) e 21, no Santander. No Bradesco, o saldo foi negativo em 193 agências, no período.  A Caixa fechou 36 agências, enquanto Banco do Brasil, por sua vez, fechou 106 agências.

Fonte: Contraf-CUT

O Banrisul lucrou R$ 796,1 milhões, nos nove primeiros meses de 2018, com alta de 48,4% em relação ao mesmo período de 2017 e de 10,8% no trimestre. Assim, o retorno sobre o Patrimônio Líquido do banco (ROE) foi de 15,1%, com aumento de 3,0 p.p. em doze meses. Em contrapartida, a rede de agências e de postos de atendimento foi reduzida em 12 e 34 unidades, respectivamente.

Clique aqui para ver os destaques do Dieese.

De acordo com o relatório do banco, o resultado reflete a expansão da margem financeira, redução das despesas de PDD, aumento das receitas de prestação de serviços e tarifas, acréscimo de despesas administrativas recorrentes e uma trajetória desfavorável das outras despesas/receitas operacionais.

Os ativos totais cresceram 6,3% em doze meses, totalizando R$ 75,8 bilhões. O patrimônio líquido também expandiu em 7,7% no período, alcançando R$ 7,3 bilhões. A carteira de crédito total apresentou crescimento de 4,1% no período, totalizando a R$ 31,7 bilhões (porém, houve queda no trimestre de 0,8%). A carteira comercial representou 71,4% do total, somando R$ 22,7 bilhões, com alta de 6,0% em doze meses. Dessa carteira, as operações com pessoa física cresceram 13,4%, atingindo R$ 16,7 bilhões, enquanto as voltadas para pessoa jurídica tiveram queda de 10,5%, totalizando R$ 5,9 bilhões. O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,91% (com redução de 1,39 p.p. no período). Diante disso, as despesas com crédito de liquidação duvidosa foram reduzidas em 23,9%, totalizando R$ 830,2 milhões.

As despesas com pessoal, acrescidas da PLR caíram 0,2% em doze meses, atingindo perto de R$ 1,6 bilhão, enquanto as receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias cresceram 9,3% e totalizaram R$ 1,4 bilhão. Assim, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas de prestação de serviços e tarifas (receitas secundárias do banco) foi de 81,87%, no período.

Ao final do 3º trimestre de 2018, a Instituição contava com um quadro de 10.732 empregados, com abertura de 141 postos de trabalho em doze meses.

Fonte: Contraf-CUT