Maio 16, 2025
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A Contraf-CUT participará, nos dias 12 e 13 de novembro, em São Paulo, do I Encontro Nacional LGBT da CUT. O evento, realizado pela Central Única de Trabalhadores, por meio da Secretaria Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos, tem o objetivo de mostrar a importância da resistência no combate à discriminação.

“O Brasil passa por um momento muito grave de retrocesso, no qual o conservadorismo oprime a diversidade de orientação sexual e a identidade de gênero. Essa discriminação causa consequências enormes na vida dos trabalhadores, por isso precisamos discutir como combater essa onda de violência e de preconceitos, também no local de trabalho”, afirmou Adilson Barros, diretor Exevutivo da Contraf-CUT.

O encontro contará com cerca de 40 participantes, dentre eles, membros do coletivo nacional LGBT da CUT, representantes dos coletivos LGBT das CUTs estaduais, secretários de políticas sociais e direitos humanos das CUTs estaduais e representantes de confederações filiadas à CUT.

Veja abaixo a programação completa do evento:

 

12 de novembro

- conjuntura nacional

- a população LGBT no mundo do trabalho

- informes dos estados

 

13 de novembro

- desafios e perspectivas da CUT na defesa dos direitos de trabalhadores e trabalhadoras LGBTs

- organização e funcionamento do coletivo nacional LGBT da CUT

- organização e funcionamento dos coletivos LGBT das CUTs estaduais

- participação da CUT no CNCD/LGBT

- a pauta LGBT no 13º ConCUT

 

 

Fonte: Seeb SP

As tradicionais feijoadas mensais que acontecem em nossa Sede de Duque de Caxias e em nossa SubSede de Nova Iguaçu, já tem datas definidas no mês de novembro:

Dia 23/11 - SubSede de Nova Iguaçu

Dia 29/11 - Sede de Duque de Caxias

Esperamos todas as bancárias e bancários para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.

Até lá!

Mais de 70% da das últimas áreas de natureza selvagem intocadas do planeta estão localizadas em apenas cinco países, entre eles o Brasil, afirmaram cientistas nesta quarta-feira 31, chamando atenção para a insuficiente resposta de algumas dessas nações às mudanças climáticas.

Além do Brasil, Austrália, Canadá, Rússia e Estados Unidos compõem o grupo de cinco países, segundo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Queensland e da Wildlife Conservation Society (WCS), publicado na revista Nature. A pesquisa exclui áreas intocadas na Antártida e em alto mar que não estejam dentro de fronteiras nacionais.

No total, ainda há natureza selvagem intocada – áreas terrestres e marítimas praticamente não afetadas pela expansão da humanidade – em apenas um quarto do planeta. Elas são refúgio vital para milhares de espécies ameaçadas pelo desmatamento e pela pesca excessiva e fornecem alguns dos mais eficientes mecanismos de defesa contra eventos climáticos devastadores provocados pelas mudanças climáticas.

"Pela primeira vez, mapeamos áreas de natureza selvagem terrestres e marinhas e mostramos que não resta muito", afirmou James Watson, professor de ciência da conservação na Universidade de Queensland e principal autor do estudo.

"Um punhado de países abriga muito dessa terra intocada e eles têm uma grande responsabilidade de manter o que resta de natureza selvagem", alertou.

Os pesquisadores analisaram oito indicadores do impacto humano sobre a natureza, incluindo ambientes urbanos, terras agrícolas e projetos de infraestrutura. Em relação aos oceanos, eles usaram dados sobre pesca, transporte industrial e derrame de fertilizantes para determinar que apenas 13% dos mares do planeta têm poucas ou nenhuma marca da atividade humana.

Donald Trump – presidente dos Estados Unidos, um dos cinco países do seleto grupo – anunciou que seu país vai deixar o Acordo de Paris sobre o clima, assinado por quase 200 países e cujo objetivo é conter o aquecimento global.

Tal passo também foi sinalizado pelo recém-eleito presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, cujas posições em relação ao meio ambiente vêm repercutindo no cenário nacional e internacional e preocupando ambientalistas.

Leia também:
As ameaças de Bolsonaro ao papel central do Brasil no meio ambiente
Comunidades internacional adverte para a ameaça bolsonarista

O capitão reformado do Exército também cogita uma fusão entre os Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura e, dois dias após o primeiro turno das eleições presidenciais, ele afirmou que pretende acabar com o "ativismo ambiental xiita" e também com a "indústria de demarcação de terras indígenas". Na ocasião, Bolsonaro falou em dar "retaguarda jurídica" aos produtores rurais, para que se defendam de invasões de terras. 

Na Rússia, vastas áreas de floresta de taiga e permafrost contêm trilhões de árvores que absorvem gás carbônico da atmosfera, atenuando os impactos das emissões de gases do efeito estufa. O governo russo, no entanto, tem sido vago quanto a seus compromissos em relação ao meio ambiente e o presidente  Vladimir Putin sugeriu no ano passado que as mudanças climáticas não são causadas pelo ser humano.

O mapeamento das áreas de natureza selvagem faz "soar os alarmes" da comunidade internacional, diz Watson. Devido ao consumo de combustíveis fósseis, madeira e carne, assim como à explosão populacional, somente 23% da Terra estão livres dos impactos da agricultura e da indústria, ressalta.

Há um século, as áreas intocadas correspondiam a 83% do planeta. Entre 1993 e 2009, uma área de natureza selvagem do tamanho da Índia foi perdida devido à ocupação humana, à agricultura e à mineração.

Os pesquisadores pediram mais leis para proteger áreas intocadas e incentivar a conservação ambiental. "É preciso que as nações legislem e não deixem a indústria entrar [nessas áreas]. A natureza precisa de uma pausa", afirmou Watson. "Acho que o mundo gostaria que esses [cinco] países dissessem que vão cuidar desses lugares."

O novo estudo foi divulgado na mesma semana em que o WWF alertou que as populações de animais do planeta diminuíram 60% desde 1970, devido sobretudo à ação humana. Watson e seus colegas da Universidade de Queensland e da WCS afirmam que as áreas de natureza selvagem da Terra estão passando pela "mesma crise de extinção que as espécies".

 

Fonte: Carta Capital

As vítimas do crime ambiental da Samarco, que devastou o Rio Doce e suas margens, realizam manifestações ao longo do curso do rio de 650 km a partir deste domingo (4). Na segunda-feira (5), o crime completa três anos, sem resposta real da Justiça e sem punição das empresas. Nenhuma casa foi construída, milhares não são reconhecidos, e a população denuncia que a Fundação Renova, constituída para restituir a sociedade e o meio ambiente, “empurra” os problemas sem previsão de reparação real na vida dessas famílias.

Para denunciar os três anos sem respostas e fortalecer a luta nas regiões, os atingidos e atingidas pelo crime da Samarco-Vale-BHP, organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), realizam a Marcha “Lama no Rio Doce: 3 Anos de Injustiça”, até 14 de novembro.

A Marcha tem início nos dias 4 e 5 de novembro, com um encontro de mulheres que debate as consequências do crime na vida das mulheres e crianças na Bacia do Rio Doce, em Mariana, em Minas Gerais, de onde os atingidos seguem para iniciar o mesmo trajeto feito pela lama, até Vitória no Espírito Santo.

“As mulheres não são reconhecidas pela Renova; somos 70% que não são atendidas por nenhum dos programas em toda a Bacia. Nós é que temos que lidar com os problemas de saúde, a falta do território que tínhamos antes, a perda de laços comunitários e familiares que o crime trouxe, devemos ser reconhecidas e respeitadas”, reafirma a atingida Márcia, de Colatina.

Com a mensagem “Do Rio ao Mar: Não vão nos calar!”, a marcha realiza ações em outros dez municípios do trecho até o mar, com feiras de saúde, atos culturais, caminhadas, celebrações religiosas e assembleias. “Estamos fazendo uma marcha ampla, que vai unir nós atingidos de toda a Bacia do Rio Doce para lutarmos juntos, porque só assim somos ouvidas pela sociedade e atendidas pelas empresas criminosas”, afirma Letícia, do MAB.

Histórico do descaso

No dia 5 de novembro de 2015, a Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, se rompeu e derramou 48,3 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos na natureza. A lama percorreu cerca de 650 km entre Mariana, em Minas Gerais, até a foz do Rio Doce no município de Linhares, Espírito Santo, espalhando-se por várias comunidades ao norte e ao sul da foz.

Atingiu, pela sequência, o córrego Santarém, o Rio Gualaxo do Norte, o Rio Carmo e todo o Rio Doce em um trajeto que compreende 43 municípios. Destruiu diversas casas, bens, modos de vida, fontes de renda, sonhos e projetos de vida. O rompimento matou 19 pessoas e provocou um aborto forçado pela lama no distrito de Bento Rodrigues (MG). Destes, ainda há um corpo desaparecido de um trabalhador direto da Samarco.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Em debate que abriu a Semana da Consciência Negra, cujo dia é celebrado em 20 de novembro, professores e estudantes da Universidade Federal do ABC (Ufabc), em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, argumentaram, nesta segunda-feira (5) sobre a importância das políticas de cotas para negros em cursos de pós-graduação que, segundo os participantes, são ainda mais elitistas e restritos que os cursos de graduação.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) confirmam a percepção dos docentes e alunos ao indicam que, apesar do aumento no número de mestrandos e doutorandos negros, entre 2001 a 2013, que passou de 48 mil para 112 mil estudantes, essa parcela da população corresponde apenas a pouco menos de 30% dos alunos que cursam uma especialização.

"O que a gente tem no Brasil hoje é uma produção de conhecimento que é majoritariamente masculina e branca, só que esse lugar não é tomado como lugar racializado ou de gênero, mas é", explica a professora do departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) Márcia Lima ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, acrescentando que inclusão é uma forma também de repensar o conhecimento acadêmico.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Mesmo com os crescentes lucros, que alcançaram R$ 5,471 bilhões somente no terceiro trimestre deste ano – crescimento de 13,7% em relação ao mesmo período do ano passado -, o Bradesco continua demitindo trabalhadores e contribuindo para agravar um dos principais problemas econômicos e sociais do país. Somente na região representada pela Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), o Bradesco demitiu 229 bancários este ano.

Muitas das demissões têm atingido os trabalhadores oriundos do extinto banco HSBC.

“O tema emprego foi uma das principais reivindicações e um tema bastante discutido em nossa campanha nacional deste ano. Também temos cobrado do banco mais contratações e reposições de funcionários desligados durante as reuniões da Comissão de Organização dos Empregados, mas ao invés disso o Bradesco demite, apesar da lucratividade maior a cada ano. Com esses resultados, não há porque ter redução no número de vagas”, denuncia Janes Estigarribia, diretor do Sindicato de Dourados e representante da Fetec-CUT na COE Bradesco.

Veja como foram as demissões do Bradesco em cada região da Federação:
Acre: 7
Amapá: 13
Brasilia: 44
Campo Grande: 46
Dourados: 5
Mato Grosso: 26
Pará: 49
Rondônia: 23
Rondonópolis: 3
Roraiam: 8
Sinbama (Médio Araguaia): 5

“Além de preocupante, os números mostram que o banco, ao demitir, impõe aos bancários que ficam sobrecarga de trabalho muito grande e uma rotina de pressão e muitas vezes de perseguição e desrespeito. E como as metas só aumentam, os lucros crescem e o número de funcionários diminui  leva os trabalhadores ao adoecimento, já que provocam uma superlotação nas agências e a precariedade no atendimento”, acrescenta Janes.

Fonte: Fetec-CUT/CN

A Caixa enviou um comunicado a todas suas unidades informando que “em cumprimento ao estabelecido no Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2020, informamos a revogação da CI DEPES/SURBE 001/17 #10”, que estabelecia o reajuste dos percentuais da mensalidade do Saúde Caixa.

“Essa é mais uma conquista da Campanha Nacional dos Bancários deste ano. A defesa da manutenção da fórmula de custeio do Saúde Caixa foi uma das prioridades tiradas no 34º Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal)”, ressaltou a secretária de Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na mesa de negociações com o banco, Fabiana Uehara Proscholdt, lembrando que a CI revogada tratava do aumento unilateral do Saúde Caixa sem qualquer negociação com os trabalhadores e que até então não tinha sido aplicado graças a uma liminar conquistada pela Contraf-CUT e pela Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae).

“A Caixa queria que retirássemos a ação que tínhamos contra o reajuste. Dissemos que só aceitávamos se retirar a ação se o banco revogasse a CI”, explicou a dirigente da Contraf-CUT.

A revogação ocorreu em decorrência do Acordo Coletivo dos Trabalhadores (ACT) 2018/2020 entre os empregados e Caixa, que prevê a manutenção dos percentuais, dos valores e da fórmula de custeio do Saúde Caixa, que prevê a responsabilidade de 100% dos custos administrativos e 70% dos custos assistenciais para a Caixa. Os empregados arcam com 30% dos custos administrativos do plano.

“Essa foi uma batalha vencida. Não restam dúvidas de que os ataques ao Saúde Caixa continuarão. Cada um dos usuários precisa estar atento e continuar defendendo nosso plano de saúde”, completou.

Defesa da Caixa
Fabiana conclamou também os empregados e toda a sociedade a se juntar à campanha #NãoTemSentido, que mostra à sociedade que não tem sentido privatizar a Caixa e acabar com programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida.

“Ao contrário do que tentam fazer a sociedade acreditar, a Caixa não está quebrada. É um banco que dá lucro e lucro crescente ano após ano. Mas, mais importante ainda do que o lucro, é um banco essencial para a continuidade de diversas políticas sociais que beneficiam toda a população brasileira. Sem a Caixa, muitos bairros nas periferias das grandes cidades e municípios afastados ficariam sem atendimento bancário. Isso prejudica não apenas a população, mas a economia destas localidades”, defendeu a dirigente da Contraf-CUT.

Leia também:
     > Fenae e Contraf-CUT tratam de ameaças ao Saúde Caixa
     > Conecef aprova pauta de reivindicações dos empregados da Caixa

 

Fonte: Contraf-CUT

A Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários assegurou que milhares de trabalhadores continuem recebendo, por no mínimo até 31 de agosto de 2020 – data da validade do acordo – o adicional equivalente a 55% da remuneração do trabalhador, em caso de realização de jornada de 40 horas semanais. Isso equivale a um montante, que sai dos bancos direto para o bolso dos trabalhadores, de cerca de R$ 10 bilhões de reais em dois anos.

Essa foi uma das importantes conquistas garantidas na Campanha Nacional dos Bancários em 2018. A cláusula, parte da CCT nacional, foi aprovada por trabalhadores de bancos públicos e privados em assembleias lotadas, realizadas nos dias 29 e 30 de agosto deste ano, em todo o Brasil.

Os bancos queriam a extinção da gratificação de função e bem que tentaram. O objetivo deles era economizar esse montante. Mas nossa estratégia de campanha, com a unidade nacional e a força e a representatividade que a categoria dá como respaldo ao movimento sindical, com mais de 50% de sindicalizados em nível nacional, garantiram a manutenção do direito dos bancários à gratificação de função com o pagamento do adicional equivalente a 55% da remuneração. A lei determina apenas o pagamento de 33%.

A manutenção dessa cláusula é uma conquista muito importante para a categoria, que garante um ganho monetário expressivo. A cada ano, essa conquista corresponde a um acréscimo de R$ 4,9 bilhões nos salários dos que trabalham 40 horas semanais, que vai dos bancos para os bancários

Pressão na mesa de negociação garantiu a conquista
A Campanha Nacional Unificada 2018 ocorreu numa conjuntura extremamente desfavorável aos trabalhadores. Foi a primeira campanha da categoria após as mudanças promovidas pela reforma trabalhista do pós-golpe. Em 2016, o acordo assinado garantiu os direitos até este ano.

O Comando Nacional dos Bancários tinha como estratégia principal, apontada pelos bancários na consulta e nas assembleias, a manutenção de toda a CCT para toda a categoria, como forma de neutralizar os impactos nefastos do desmonte da legislação trabalhista que poderia afetar 61% das cláusulas da nossa Convenção Coletiva.

Do outro lado da mesa de negociação, a Federação Nacional dos Bancos, por sua vez, indicava a retirada de direitos, inclusive com o fim da jornada de seis horas dos bancários, o fim do salário substituto, do adicional de insalubridade, da complementação salarial por dois anos durante o afastamento por doença, da PLR na licença-maternidade e dos licenciados por saúde. Os representantes dos bancos repetiram, da primeira à última negociação, que não encerrariam o processo sem que “houvesse segurança jurídica em todas as cláusulas”. Frisaram que, em hipótese alguma, haveria pagamento de dias parados em caso de greve e que toda e qualquer proposta teria validade somente na mesa de negociação, além de cogitarem a hipótese de instaurar dissídio, acabar com a Convenção Coletiva de Trabalho, fazendo política própria ou acordos por banco, por estado, colocando em risco a mesa única de negociação e a unidade nacional da categoria.

Foram mais de dois meses entre a entrega da pauta de reivindicações à Fenaban, em 13 de junho, e a conclusão das negociações, em 26 de agosto.

Quando os dirigentes do Comando se preparavam para retornar às suas bases com indicativo de mobilizações – mesmo com o risco de um dissídio e a possibilidade de um prejuízo maior –, a federação dos bancos apresentou a proposta de compensação das horas já pagas, em caso de litígio. Mas queriam utilizar o percentual de 33% do salário nas gratificações de função e com validação imediata. Novamente os dirigentes do Comando recusaram.

A negociação foi tensionada e levada ao extremo de uma semana ininterrupta e as conversas evoluíram para a redação aprovada por assembleias lotadas de bancários em todo o Brasil e que garante o percentual mínimo de 55% nas gratificações de função, com possibilidade de compensação do que já foi pago em ações futuras com prazo a partir de 30 de novembro de 2018, colocando restrições à compensação e garantindo que os trabalhadores da ativa não tivessem nenhuma redução de valores e direitos.

Todas as tratativas foram apresentadas para a categoria e, após análise da conjuntura e da proposta negociada na mesa nacional, bancários de todo o Brasil, sócios e não sócios das entidades, decidiram pela aprovação da proposta.

A cláusula vale para todos os bancários da ativa. Ou seja, é muito maior o número de beneficiados pela manutenção do direito para todos, que o de empregados que ingressam com ações na Justiça e têm êxito no recebimento da sétima e oitava horas pagas como comissão.

Principalmente agora, diante das alterações na legislação trabalhista, que tornou muito mais difícil o reconhecimento de direitos via Justiça do Trabalho, já que, em caso de perda, o trabalhador tem de arcar com custos muitas vezes proibitivos. A queda no número de ações na nossa categoria chega à casa dos 62%. Ainda durante as nossas negociações, o Supremo Tribunal Federal autorizou a terceirização total dos serviços. Ou seja, o cenário era totalmente favorável aos bancos. Foi a nossa resistência, calcada no apoio e reconhecimento dos bancários às suas entidades representativas, que garantiu o sucesso da nossa negociação e a vitória da categoria na Campanha Nacional Unificada 2018.

Fonte: Contraf-CUT

Encerradas as eleições, a conjuntura posta para 2019 é clara: teremos um governo federal ainda mais privatista, o qual terá como ministro da Fazenda o economista ultra liberal Paulo Guedes, que já declarou que pretende privatizar todas as estatais. No primeiro ano de mandato, Guedes já declarou que o objetivo é vender 50 estatais.

Nesse contexto, não resta outro caminho para os empregados da Caixa que não intensificar ainda mais a defesa da Caixa 100% Pública, assim como as funções sociais exercidas pelo banco e o seu papel fundamental para o desenvolvimento do país e sua retomada econômica.  

“Desde 2016, após o golpe que levou ao poder Temer e, junto com ele, o projeto privatista derrotado nas urnas em 2014, a Caixa está sob intenso ataque. O corte no quadro de empregados, com o programa de demissão voluntária, levou ao aumento da sobrecarga, do assédio. Também tivemos fechamento de agências e redução do crédito à população, evidenciando que a Caixa tem deixado paulatinamente de exercer sua função social. E, além disso, enfrentamos as tentativas de transformar o banco em S/A, derrotadas pela nossa mobilização”, diz o diretor do Sindicato, Fenae e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

“Com a eleição de um governo ainda mais privatista, a perspectiva é de que os ataques serão intensificados. Porém, os empregados da Caixa possuem história de luta e resistência. O último dia 30 marcou os 33 anos da greve de 1985, primeira paralisação na empresa. Greve histórica de 24 horas, com adesão de 100% em agências e unidades. É preciso que honremos essa trajetória e escrevamos nossos nomes na história como parte da resistência em defesa da Caixa 100% pública, sua função social, nossos direitos e empregos”, acrescenta.

O diretor do Sindicato lembra que a Caixa já enfrenta ameaças de privatização parcial das suas funções. “Já privatizaram parte da gestão com a mudança do estatuto feita em setembro, permitindo que diretorias da área de controle (Jurídica, Auditoria e Corregedoria) sejam ocupadas por não concursados. As funções da Caixa também estão sendo preparadas para a privatização. A Lotex é o provável primeiro alvo. Empresas estão sendo contratadas para gerir parte das funções do banco público.”

Não faz sentido privatizar a Caixa

Para ampliar a luta em defesa da Caixa 100% pública e sua importante função social, dando um claro recado ao governo eleito, a Fenae lançou a campanha “Não faz sentido privatizar a Caixa”.

Os empregados podem participar enviando vídeos ou depoimentos escritos sobre a importância do banco para o Brasil e os motivos pelos quais ele não pode ser privatizado ou enfraquecido. Para isso, basta acessar o site www.naotemsentido.com.br.

“Não tem sentido privatizar a Caixa, instituição fundamental e estratégica para o país. É necessário que os empregados abracem a campanha para que o nosso recado chegue muito forte ao novo governo. Nós resistiremos”, conclui Dionísio.

Fonte: Seeb SP

A Caixa Econômica Federal enviou um comunicado interno aos seus empregados na quarta-feira (8) com as regras da promoção por mérito 2019, ano base 2018. O comunicado explica a sistemática que possibilita ao empregado ascender no Plano de Cargos e Salários (PCS) para receber a referência salarial (delta) e os critérios exigidos, que foram definidos em negociação coletiva com as entidades representativas dos empregados.

Quem tem direito
Todos os empregados das carreiras administrativa, profissional e serviços gerais, independentemente do PCS de vinculação podem receber o delta, que representa um reajuste de 2,35% do salário do cargo efetivo. Basta cumprir os requisitos estabelecidos. Neste ano, excepcionalmente, basicamente basta realizar o exame periódico do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e cumprir 8 horas dos cursos do Agir Certo Sempre (veja abaixo os detalhes). Todas as informações sobre a Promoção por Mérito 2019 - ano base 2018 constarão no RH176 a ser atualizado em breve.

“É lamentável que para este ano a Caixa tenha estabelecido o limite de um delta na promoção por mérito, mas temos que comemorar a restrição de acesso ao delta. Possivelmente todos vão conseguir”, disse o coordenador do Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito, João Paulo Pierozan, diretor da Federação dos Bancários do Paraná (Fetec-CUT/PR).

Para Pierozan, outro ponto positivo é a aplicação de critérios objetivos para a avaliação e a não aplicação da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP).

Critérios
Estará habilitado para o recebimento de um delta todo empregado que em 20/12/2018:
     • apresentar pelo menos de 180 dias de efetivo exercício;
     • não estar na última referência salarial do PCS ao qual é vinculado;
     • não ter aplicação de penalidade de suspensão (Ocorrência 60 – RH053) iniciada em 2018;
     • não estar com o contrato de trabalho extinto (RH053, RH087, RH089, RH098);
     • não ter 02 aplicações de penalidade de advertência (Ocorrência 300 – RH053), sendo uma em 2018 e          já tendo recebido outra advertência nos últimos cinco anos;
     • não ter registro de censura ética em 2018 (Ocorrência 1423 – RH103);
     • não estar com o contrato de trabalho suspenso em 20 de Dezembro de 2018;
     • apresentar PCMSO (ASO) válido;
     • ter realizado pelo menos 08 Horas de Capacitação dentre as ações integrantes do Programa Agir               Certo Sempre, disponível no portal da Universidade Caixa.

Para o ano base 2019, as regras voltarão a ser debatidas com os representantes dos empregados no primeiro trimestre de 2019.

O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Dionísio Reis, destaca a importância do PCS para os trabalhadores. “Este é um fruto da luta dos empregados, conquistado em 2008. Juntamente com o Saúde Caixa, é uma das nossas maiores conquistas”, disse. “Mas, ambas sofrem forte e constante ataque. Querem tirar esse direito do trabalhador e nós temos que permanecer unidos para resistir e evitar mais uma retirada de direito”, completou.

Leia também:
     > Grupo de trabalho garante delta só com critérios objetivos em proposta

Fonte: Contraf-CUT