Julho 09, 2025
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Imprensa

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Em reunião realizada na quarta-feira (27), no Rio de Janeiro, o Banco do Brasil apresentou proposta final na mesa de negociação da Caixa de Assistência (Cassi) com as entidades representativas dos funcionários da ativa e aposentados.

O processo negocial foi retomado no dia 31 de janeiro e, após diversas rodadas com debates e estudos técnicos, o BB apresentou na mesa a proposta que inclui mudanças na governança e no custeio da Cassi por parte do banco e dos associados.

Governança

Na estrutura de governança apresentada, foi aceita a proposta feita no Grupo de Trabalho das entidades na Cassi, sem a troca entre diretorias de eleitos e indicados.

O BB também apresentou o detalhamento sobre o voto de decisão em itens específicos da Diretoria Executiva, a exigência de experiência mínima para ocupação de cargos nos Conselhos e Diretoria Executiva, bem como a segregação da eleição do Conselho Fiscal.

Custeio

Na parte do custeio, a proposta inclui a cobrança por dependentes com contribuição dos associados e do banco sobre a folha de pagamento dos ativos.

A cobrança por dependente passa a ser por percentual do salário e a correção anual será pelo reajuste salarial.

Demais itens

Compromisso de ampliar e aprimorar o modelo da Estratégia Saúde da Família para alcançar todos os participantes do Plano de Associados em até quatro anos.

Criar em até 30 dias da aprovação do novo estatuto uma mesa específica para debater o ingresso na Cassi dos funcionários egressos de instituições financeiras incorporadas.

Abertura do Plano Associados aos novos Funcionários admitidos a partir de 01.01.2018, com a possibilidade de permanência da Cassi na aposentadoria com pagamento das contribuições em auto patrocínio, arcando com a parte pessoal e parte patronal.

As entidades farão avaliação da proposta para orientação aos associados.

Veja a proposta completa.

 

Fonte: Contraf-CUT

desemprego em São Paulo poderá ser ainda maior nos próximos meses, de acordo com análise do diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, o especialista indicou um aumento na taxa de desocupação à medida que os postos de trabalhado começarem a ser ofertados.

"Nesse momento, as pessoas que desistiram e estão desalentadas virão ao mercado de trabalho procurando emprego e, é provável, que esse contingente à procura de emprego cresça. Portanto, a taxa de desemprego pode vir a crescer, mesmo que nós tenhamos geração de emprego", explica Clemente.

A análise do diretor técnico tem como base a multidão formada por 15 mil pessoas que passaram, nesta terça-feira (26) na sede do Sindicato dos Comerciários, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, para disputar uma das 6 mil vagas ofertadas. Ele lembra ainda que, só na região metropolitana da cidade, ao menos 1,7 milhão de pessoas estão desempregadas.

"A solução desse problema significaria termos política econômica, iniciativas de coordenação econômica que nós não vemos acontecer no nível do governo federal", critica o especialista do Dieese.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A cena se repete há tempos: a pessoa dá entrada no pedido de aposentadoria e antes de receber a confirmação do INSS, já começa a receber ligações de bancos oferecendo crédito consignado. Por trás de tal prática está o vazamento de dados do indivíduo para o sistema bancário.

Depois de tanto notificar o INSS e receber sempre a mesma resposta de que “medidas estão sendo tomadas”, sem nada de fato mudar, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) resolveu ir além e agora pediu providências para os ministérios da Justiça e da Economia, Banco Central, Câmara dos Deputados e Senado, cobrando soluções contra práticas abusivas na oferta de empréstimos consignados para novos aposentados.

“O problema há anos só cresce, então entendemos que precisávamos ter uma ação mais efetiva para combater essa prática de vazamento de informação, porque isso configura crime, quebra do sigilo das informações bancárias dos consumidores, sobretudo aqueles que entram com pedido de aposentadoria e nem receberam informação do INSS, e já são assediados pelo sistema bancário para a oferta de crédito consignado”, explica Ione Amorim, economista do Idec, em entrevista à jornalista Marilu Cabanas, na Rádio Brasil Atual.

Como consequência da prática abusiva, muitos aposentados já entram na aposentadoria endividados. Ela explica que, após receber o direito ao benefício, a relação dos aposentados passa a ser quase que exclusiva com o banco, sem maiores informações do INSS sobre tal ilegalidade.

“Ele recebe pelo banco, então essas ligações acabam fazendo parte da realidade de oferta de serviços, mas tem que ter limite para essa oferta, sobretudo quando a informação ainda não é oficial do órgão competente. O consumidor não pode entender como aceitável que seus dados sejam disponibilizados para várias instituições financeiras”, alerta a economista do Idec.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não discute a constitucionalidade do MP 873, que impede o desconto em folha da contribuição sindical, entidades representativas dos trabalhadores vêm obtendo uma série de decisões judiciais contra a proposta do governo. São mandados de segurança e decisões liminares movidas por sindicatos de trabalhadores do serviço público e também da iniciativa privada concedidos tanto na Justiça do Trabalho como na Justiça Federal. 

Nesta semana, o Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco e Paraíba e o Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul conseguiram garantir na Justiça a manutenção do desconto da contribuição sindical. Outros nove sindicatos ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) também conseguiram barrar a medida do governo Bolsonaro. 

Pelo menos outras 20 decisões judiciais garantiram a suspensão dos efeitos da MP 873 em ações movidas por diversos ramos, do setor de processamento de dados, em São Paulo, ao de técnicos de enfermagem, no Rio Grande do Norte, passando por trabalhadores da indústria do carvão vegetal, no Pará, e funcionários do comércio, em Santa Catarina. 

As argumentações apontam para a previsão constitucional do desconto em folha, o que só poderia ser mudado por uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). As entidades contestam ainda se a decisão do governo Bolsonaro cumpriria critérios de urgência e relevância para ser objeto de uma MP, além de alegar a inviabilidade técnica e os custos financeiros elevados para coletar a autorização para o desconto de toda a base de trabalhadores por meio de boletos. 

No STF, já são seis ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs), uma movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), outra pelo PDT, e quatro movidas por confederações de servidores públicos, dos trabalhadores da indústria, do turismo e do setor de limpeza. 

OAB, por exemplo, diz que a MP 873 limita indevidamente a liberdade de associação e a autodeterminação dos trabalhadores, bem como dos próprios sindicatos, tendo sido editada com o objetivo explicito de "dificultar ao máximo" a organização das entidades que representam os trabalhadores. 

Já os trabalhadores da indústria lembram que o STF, em outras decisões, já entendeu pela liberdade, a autonomia financeira e a não intervenção do Estado na organização sindical. Os da limpeza também afirmam que a MP fere a liberdade sindical. Servidores públicos e funcionários do turismo, além do PDT, dizem que a medida do governo Bolsonaro viola frontalmente dispositivos da Constituição Federal. 

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A crise do emprego no país ficou mais uma vez demonstrada nesta terça-feira (26), quando, desde as primeiras da manhã, milhares de pessoas se aglomeraram no Vale do Anhangabaú, região central de São Paulo, em busca de trabalho. Era um mutirão oferecendo 6 mil vagas, de acordo com os sindicatos dos Comerciários e dos Padeiros, filiados à UGT, em parceria com a iniciativa privada, Senai, governo do estado e prefeitura. Durante o dia, passaram pelo local mais de 15 mil trabalhadores.

Maria Cruz era uma dos desempregados. Ela chegou tarde, por volta das 14h, após saber do mutirão por noticiários da televisão. Mesmo sendo uma das últimas a chegar, conseguiu uma senha para ser atendida no mesmo local na quinta-feira da semana que vem (4). A recomendação é de chegar cedo. Alguns dos candidatos que chegaram antes das 9h afirmaram terem participado de entrevistas preliminares – o que, esperam, pode aumentar as chances.

Hoje, o dia foi dedicado à distribuição de senhas. Maria mora em São Mateus, na zona leste da capital. Desempregada há quatro anos, tem dois filhos e conta com a ajuda da família para o sustento. “Cada dia é um dia. Já é muito tempo procurando emprego, cheguei a desistir. Parece cada vez mais difícil, ainda mais para mim que já passei dos 50 anos”, disse.

O mutirão ainda segue até sexta-feira (29), na sede do Sindicato dos Comerciários, que fica na Rua Formosa, 99. Com início às 8h, os empregadores e trabalhadores dos sindicatos atendem os interessados até as 17h. Os candidatos devem portar RG, CPF, carteira de trabalho e currículo impresso. Estão ofertadas oportunidades diversas, que vão desde grandes grupos do varejo, até padarias. Os salários ficam na média de R$ 1.500, podendo passar dos R$ 5.000.

Os primos Vinícius, 20 anos, e Caio Souza, 21, chegaram às 10h e conseguiram senhas para a outra quarta-feira (3). Os jovens residem em Itaquera e Barueri, respectivamente, na região metropolitana. A expectativa é pela primeira oportunidade de trabalho com carteira assinada. Mesmo com a senha, eles mostraram preocupação com o retorno . “Pode ficar complicado, não sei se vou ter dinheiro para voltar”, disse Vinícius.

Ambos exercem atividades remuneradas esporadicamente, os chamados “bicos”. Eles pretendem chegar à faculdade, mas, para isso, precisam de um emprego fixo. Mesmo com as aadversidades, eles levam tudo com bom humor. “Quero sim ir pra faculdade, mas também quero dinheiro para gravar minhas músicas, meu funk”, disse Vinícius. Já Caio cobrou, em tom jocoso, ações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para frear o desemprego: “Daqui a pouco vou ter que ligar pra ele e dizer que assim não dá, tá ok?”, disse ironizando o jargão do presidente.

Em pesquisa divulgada hoje pela Fundação Seade e pelo Dieese, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou em 15,5% em fevereiro, abaixo de igual período do ano passado (16,4%). Isso significa 1,711 milhão de pessoas nessa situação.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,54% em março, maior taxa para o mês desde 2015, segundo o IBGE, que divulgou o resultado nesta terça-feira (26). Considerado "prévia" da inflação oficial, o índice somou 1,18% no primeiro trimestre do ano (0,87% em 2018) e atinge 4,18% em 12 meses.

Contribuíram para o resultado, principalmente, as altas de alimentos, tarifa de ônibus e gasolina. O grupo de maior peso na composição do IPCA-15, Alimentação e Bebidas, dobrou de fevereiro para março – de 0,64% para 1,28%.

O feijão carioca, que já havia subido 34,56% no mês anterior, agora teve elevação de 41,44%. Sozinho, foi responsável por 0,09 ponto percentual. A batata inglesa (de 12,39% para 25,59%) respondeu por 0,06 ponto. O tomate, cujo preço havia caído 20,32% em fevereiro, subiu 16,73%. O IBGE destaca ainda itens como frutas (2,74%) e leite longa vida (2,53%). Comer fora subiu menos (de 0,58% para 0,17%).

No grupo Transportes, com alta de 0,59%, os principais impactos – 0,03 ponto cada – vieram da passagem aérea (7,54%) e do etanol (2,64%). Após três meses de queda, a gasolina subiu 0,28% e contribuiu com 0,01 ponto para a taxa geral de março. O item variou de -1,15% (região metropolitana de São Paulo) a 5,92% (Fortaleza). O instituto apurou ainda elevação de 0,73% no item ônibus urbano, com reajuste de tarifa em algumas regiões. Já os ônibus intermunicipais tiveram retração de 0,27%, enquanto os preços das passagens de trem subiram 1,35%, em média.

O custo com energia elétrica voltou a subir, 0,43%, mais do que em fevereiro (0,38%). O gás encanado teve alta de 1,75%. Com esses e outros resultados, o grupo Habitação teve variação de 0,28%.  

Um dos grupos com queda, Comunicação (-0,19%), teve reflexo da retração nos itens aparelhos telefônicos (-1,86%) e telefone fixo (-0,50%). O item correio subiu 1,11%, com reajuste em um dos serviço no Rio de Janeiro.

Entre as regiões pesquisadas, apenas em Belo Horizonte o índice foi menor do que em fevereiro. O maior foi apurado em Fortaleza (0,92%) e o menor, em Salvador (0,29%). Na Grande São Paulo, a variação foi de 0,56%. Em 12 meses, a taxa vai de 3,51% (Curitiba) a 4,72% (Porto Alegre).

O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 10 de abril.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Representantes da sociedade civil e parlamentares afirmaram que o aumento da violênciano Brasil e no mundo tem sido incentivado pela divulgação de notícias falsas, as chamadas fake news, resultando na perseguição de lideranças de direitos humanos. O alerta foi feito em ato na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (25), que rememorou o Dia Internacional do Direito à Verdade, celebrado no dia 24 de março.

Na ocasião, os assassinatos da vereadora Marielle Franco, há um ano, e da coordenadora regional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Dilma Ferreira Silva no sábado (23), foram lembrados como exemplos do crescimento do ódio relacionado ainda, segundo os representantes e parlamentares, à ascensão de Jair Bolsonaro com apoio de notícias falsas.

"E isso se torna ainda mais grave quando, há poucos dias das vésperas do Dia Internacional do Direito à Verdade dos Direitos Humanos, o nosso ministro-chefe da Casa Civil faz justamente uma saudação aos tempos de Pinochet no Chile, dizendo que Pinochet precisou dar um banho de sangue", critica a diretora nacional da central Intersindical, Anjuli Tostes, em referência à declaração do ministro Onyx Lorenzoni justificando os objetivos e os métodos do regime do ditador marcado pela censura, 

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu nesta terça-feira (26) com o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e com os vice-presidentes de Gestão de Pessoas, Roney de Oliveira Granemann, e de Clientes, Negócios e Transformação Digital, Válter Gonçalves Nunes.

Enquanto as entidades sindicais se reuniam com a presidência do banco, muitos empregados trabalhavam vestidos de preto no Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública.

Um dos assuntos tratados foi com relação à privatização do banco. “O presidente da Caixa disse que a decisão de abrir o capital é do governo e que ele apenas está executando. Assim, o banco vai repassar para a iniciativa privada as áreas de maior rentabilidade, como a de cartões, a de seguros e a de loterias”, alertou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Deixamos claro que defendemos a Caixa 100% pública. Seja a venda ou abertura de capital, ambas são prejudiciais, pois o foco passa a ser o lucro e não o papel social”, completou.

A contratação de mais empregados também esteve em pauta, a começar pelos aprovados no concurso público de 2014. “A sobrecarga de trabalho é cada vez maior e isso gera estafa e o adoecimento dos trabalhadores, causando ainda mais problemas no quadro de empregados e, consequentemente, no atendimento aos clientes”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis.

O presidente do banco afirmou que tem autorização do governo para contratar, sendo a única empresa pública a conseguir essa autorização. A ordem é para manter os 87 mil empregados, que hoje está em 84 mil. Informou também que haverá Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE) e que serão mantidos os critérios anteriores. “Cobramos que não haja pressão pela aceitação da proposta, para que seja realmente voluntário”, completou Dionísio.

A Contraf-CUT é assistente de acusação na Ação Civil Pública, movida pelo Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal, que determina a prorrogação por tempo indefinido da validade do concurso, permitindo que o banco contrate os aprovados. Em fevereiro, o banco já havia dito que tem a intenção de repor a força de trabalho da empresa com novas contratações, respeitando o concurso público. Na reunião de hoje, o presidente da Caixa se comprometeu em levar o assunto para ser tratado na mesa de negociação permanente.

Ainda na questão de pessoal, a Contraf-CUT cobrou que haja critérios claros e objetivos para as promoções e descomissionamento de empregados. “O banco não costuma obedecer esse entendimento, principalmente quando realiza descomissionamento em massa”, alertou o coordenador da CEE/Caixa.

Outras demandas

Após questionamentos dos representantes dos trabalhadores, o banco informou que deve divulgar o balanço de 2018 na próxima sexta-feira (29) e o pagamento da PLR será efetuado, como determina a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, até o dia 31 de março.

“Cobramos a valorização da mesa de negociações permanente. Sem isso, não há respeito aos empregados que passam a ser apenas espectadores da gestão, que muda sua vida sem poder intervir e muitas vezes causando desinformação e pânico entre os empregados”, disse Dionísio, lembrando diversos episódios polêmicos.

Nos termos da cláusula 48, parágrafo segundo, no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2018/202, a Caixa se comprometeu a discutir quaisquer “impactos na vida funcional dos empregados, decorrentes da implantação de novos processos de trabalho pela empresa”.

O banco se comprometeu a cumprir o acordo e tratar destes assuntos na mesa de negociações antes de os mesmos serem divulgados para a imprensa.

Fechamento de agências

A Contraf-CUT ressaltou a importância da Caixa para o desenvolvimento do país e sua atuação estratégica no sentido de garantir o acesso aos serviços bancários nos mais diversos municípios brasileiros, onde, muitas vezes, a agência da caixa é o único banco da localidade.

Pedro Guimarães anunciou que deve ocorrer fechamento de agências e abertura de outras, além de 7.000 novas lotéricas. Mas, que este assunto também será tratado antecipadamente na mesa de negociações com os empregados, onde serão passadas informações sobre as localidades de fechamento e abertura de agências.

 

Fonte: Contraf-CUT

Os empregados da Caixa em todo Brasil se mobilizaram, nesta terça-feira (26), para protestar contra o fatiamento da Caixa Econômica, mais especificamente contra o leilão da Lotex, remarcado para o dia 26 de abril, quando os trabalhadores farão um grande ato contra a entrega desse patrimônio da população brasileira para a iniciativa privada. Foram realizadas atividades para conscientizar a população sobre o prejuízo imenso que a privatização traria a todos os brasileiros.

“É fundamental que no período que antecede a data prevista para a entrega da Lotex ao capital privado, os empregados e a população se mobilizem contra este ataque contra a Caixa, seus trabalhadores e também à sociedade, que perderá um patrimônio importantíssimo”, Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

“Não podemos aceitar que recursos que hoje financiam cultura, educação, esporte e segurança sejam destinados para o lucro privado de empresas e acionistas. Não tem sentido privatizar a Lotex. Por isso, a resistência dos trabalhadores e da sociedade é fundamental para barrar essa ameaça. Vamos mostrar ao governo que não interessa a ninguém essa privatização”, finalizou.

“A Caixa é o único banco 100% do Brasil. E tem agências espalhadas de norte a sul do país. Então, essa nossa mobilização mostra que a comunidade ou família Caixa tem força e que não vamos permitir que nenhum governo fatie a Caixa para facilitar a sua venda em partes”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, secretaria de Cultura e representante da Contraf-CUt na mesa de negociação com o banco.

Leilão da raspadinha

O leilão da raspadinha, previsto para ocorrer em 26 de março, foi remarcado para 26 de abril. É a quarta vez que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) adia o certame. “Não tem sentido privatizar a Lotex”, afirma o coordenador a CEE/Caixa, Dionísio Reis.

Para onde vai parte do dinheiro da raspadinha

Em 2017, as loterias da Caixa arrecadaram quase R$ 13,9 bilhões. Desse total, cerca de R$ 5,4 bilhões foram transferidos aos programas sociais do Governo Federal relacionados à seguridade social, à educação (Fundo de Financiamento Estudantil- Fies), ao esporte (Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro e clubes de futebol), à cultura (Fundo Nacional da Cultura), à segurança (Fundo Penitenciário Nacional) e à saúde (Fundo Nacional de Saúde), o que corresponde a 37,1% do total arrecadado. Caso a Loteria Instantânea seja privatizada, o repasse social deverá ser reduzido para 16,7%.

No ano passado, o Fies recebeu R$ 730 milhões para financiamento de cursos superiores para estudantes, principalmente de famílias de baixa renda. Já para o Fundo Nacional de Cultura os repasses foram de aproximadamente R$ 387 milhões.

Resistência

As entidades representativas dos empregados da Caixa têm lutado para barrar o leilão da Loteria Instantânea. A Fenae ajuizou, em novembro do ano passado, uma ação popular para barrar o processo que estava previsto para ocorrer no dia 29 daquele mês.

“Não haverá na iniciativa privada o interesse em garantir, por exemplo, que milhões de brasileiros façam uma faculdade com a ajuda do Fies. Esse é o perfil da Caixa Econômica Federal, banco que cumpre um papel social desde a sua criação. Isso não pode ser colocado em risco, até porque é apenas uma das ações do projeto que visa enfraquecer o banco e seus empregados”, destaca o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Será a quinta tentativa do governo federal para conceder a exploração dessa modalidade de loteria à iniciativa privada. Um primeiro leilão chegou a ser agendado para julho, mas não houve propostas de empresas interessadas. A disputa, então, foi postergada para o final de novembro, depois para 22 de fevereiro e 26 de março.

 

Fonte: Contraf-CUT

No mês da mulher é possível fazer uma reflexão sobre a luta por igualdade entre homens e mulheres, que obteve importantes avanços ao longo da história, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido na busca por uma sociedade igualitária e democrática.

As mulheres já foram proibidas de fazer muitas coisas. Nos dias de hoje as mulheres seguem se mobilizando para garantir que seus direitos sejam defendidos e mantidos. Mas existem muitas delas que não têm o conhecimento o que era a vida das mulheres antes de uma série de conquistas.

“A nossa luta por igualdade já passou por muitos obstáculos ao longo da história recente do nosso país. Muitas de nós, não podíamos fazer parte de um júri, por exemplo. Não podemos evoluir discriminando diferenças. Lutamos por direito iguais. Homens e mulheres devem caminhar lado a lado na construção de um mundo melhor”, destacou Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Confira algumas coisas em que as mulheres eram proibidas de fazer:

Bancos negavam cartão de crédito para mulheres solteiras ou divorciadas

Na década de 70, as mulheres eram proibidas de ter cartão de crédito. Durante muitos anos, bancos negavam cartões de créditos ou abertura de contas para mulheres que fossem solteiras ou divorciadas. Muitas vezes elas tinham que levar um homem junto para assinar o contrato.

Mulheres não podiam trabalhar fora de casa

Por mais incrível que pareça, as mulheres casadas só podiam exercer trabalho remunerado caso o seu marido autorizasse, essa limitação foi estipulada em 1916, pelo código civil que surgiu para substituir a legislação portuguesa. Por outro lado, ela só foi banida no ano de 1962.

Não podiam fazer parte de um júri

Até o ano de 1975, diversos estados dos Estados Unidos não podiam convocar mulheres para fazer parte dos júris. Um júri popular geralmente é formado com o objetivo de retratar a opinião de diferentes pessoas e grupos de uma sociedade.

Mulheres não podiam votar, nem se candidatar

Até o ano de 1889, muitas pessoas eram excluídas do processo eleitoral brasileiro: menores de 21 anos, analfabetos, soldados, indígenas e mulheres. No Brasil as mulheres só passaram a votar após o ano de 1932, antes dessa data as mulheres não só eram proibidas de votar como consequentemente de se eleger.

Direito de frequentar escola e universidade

Foi no ano de 1827 que surgiu a primeira lei sobre a educação de mulheres, que a partir dessa data conquistaram o direito de frequentar o ensino básico. Vale lembrar que foi apenas em 1979 que esse direito se estendeu também ao ensino superior, permitindo desse modo, que as mulheres juntamente com os homens frequentassem uma universidade.

Não podiam utilizar trajes de banhos pequenos

Até os anos 20, as roupas que podiam ser utilizadas em locais como as praias públicas eram fiscalizadas, especialmente em relação ao tamanho. A principal preocupação de alguns governantes era não permitir que elas mostrassem demais do corpo. Existia até mesmo uma fita métrica que era utilizada para definir o quanto de perna poderia ser possível de ser mostrado por elas nas praias.

Elas não podiam jogar futebol, nem participar das olimpíadas

Muitas mulheres jogavam futebol durante a Primeira Guerra Mundial em países europeus, já que a guerra tinha levado muitos dos homens embora. Mas, a partir do ano de 1921, muitos países proibiram elas de praticar o esporte, com base em uma decisão do órgão Football Leagu, que declarou que o esporte era “inadequado” para o corpo feminino.

Apenas homens podiam praticar certos tipos de esportes e consequentemente participar de olimpíadas representando nosso país. Foi no ano de 1948 que a delegação de atletas foi composta por 11 mulheres e 68 homens que disputaram as olimpíadas em Londres.

 

Fonte: Contraf-CUT