Maio 18, 2025
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Os lucros líquidos de dois grandes bancos privados brasileiros, Santander e Bradesco, divulgados nesta semana cresceram no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. Mesmo com o crescimento dos lucros, os bancos aumentaram o ritmo de demissões de bancários, em descumprimento do compromisso assumido no início do ano de não demitirem durante a pandemia do novo coronavírus. Nesta quinta-feira (29), houve protestos contra demissões em todo o Brasil. As manifestações foram nas unidades do Bradesco, mas em alguns estados houve atos em agências do Santander e do Itaú.

Na terça-feira (27), o Santander divulgou o balanço do terceiro trimestre de 2020, com lucro líquido contábil de R$ 3,811 bilhões, alta de 88,2% em relação ao trimestre anterior. Na quarta-feira, foi a vez do Bradesco, que registrou lucro líquido contábil de R$ 4,194 bilhões no terceiro trimestre de 2020. Nos três meses anteriores, o lucro foi de R$ 3,506 bilhões.

Apesar de os lucros estarem crescendo, o Santander acelerou o ritmo das demissões este ano. O banco demitiu 2.045 funcionários no Brasil entre o início de abril e o fim de setembro, os meses mais agudos da pandemia. Já o Bradesco demitiu 1.224 trabalhadores desde o dia 28 de setembro, de acordo com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco. No terceiro trimestre, o Bradesco fechou 372 agências e projeta fechar 500.

“Frente à crise, os bancos privados estão implementando rápidos cortes de despesas, inclusive a de pessoal, para recompor as margens de lucro. Mesmo com este cenário, não aceitam lucrar menos, preferem desempregar milhares de trabalhadores”, declarou Bárbara Vallejos, doutoranda em Desenvolvimento Econômico e técnica do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese).

Os bancos já demitiram mais de 12 mil trabalhadores este ano, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. O ritmo das demissões vem aumentando nos últimos meses. Em junho, foram registradas 1.363 demissões, número que sobe para 1.634 em julho e atinge 1.841 em agosto.

Dia Nacional de Luta Contra as Demissões

O aumento dos desligamentos motivou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o movimento sindical bancário em todo o país a fazerem a campanha contra as demissões. Nesta quinta-feira (29), houve manifestações em todo o país contra as demissões nos bancos. O maior protesto ocorreu nas unidades do Bradesco. Foi o Dia Nacional de Luta Contra as Demissões no Bradesco. Em alguns estados, houve adesões às manifestações em agências do Itaú e do Santander.

“As paralizações foram muito boas. Onde não paralisou, houve atos de protesto ou retardamento da abertura. Mas a direção do banco não quer conversar. Mesmo com esse lucro altíssimo, o presidente do banco anuncia o fechamento de mais de 1.100 agências até o final do ano. Para ele, trabalhador é ‘mato alto’, que precisa ser cortado”, declarou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

Para ver as fotos das manifestações, clique aqui.

Nesta sexta-feira (30), os protestos continuam em todo o país. Será organizado um tuitaço para protestar contra a postura dos bancos de intensificar as demissões neste segundo semestre. O tuitaço será às 11h com a hashtag #QuemLucraNãoDemite.

Fonte: Contraf-CUT

A greve pela jornada de seis horas, a primeira paralização nacional dos empregados, completa 35 anos, neste dia 30 de outubro. A paralisação de 24 horas reuniu os trabalhadores de quase 100% das agências e unidades da Caixa ainda nos anos finais da ditadura militar, com o governo João Batista Figueiredo. É um legado que entrou para a história da Caixa e um marco no calendário de luta dos trabalhadores em busca do direito à sindicalização e da efetivação da jornada de seis horas para todos os empregados do banco.

Quem é jovem na Caixa sente os reflexos do esforço dos trabalhadores que decidiram cruzar os braços em 1985. Há 13 anos no banco, Josimilson Ferreira Sales, de Roraima, é um desses jovens. “São nesses heróis que precisamos nos inspirar, que precisamos lembrar sempre como símbolo de união e resistência contra a precarização do nosso trabalho e o desmonte da nossa empresa”, afirmou. Para ele, a greve histórica vai muito além da conquista da jornada de trabalho, mas o direito à sindicalização. “Em tempos de pandemia percebemos como a atuação do sindicato está sendo decisiva na implementação de medidas de segurança que protegem não só a vida do empregado Caixa, mas principalmente o nosso cliente”, ressaltou.

Na Caixa desde 2001 e hoje secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional dos Bancários nas rodadas de negociações específicas com a direção da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, destaca que é preciso aprender com o legado que foi deixado pelos colegas. “Nunca podemos esquecer o que os colegas daquela época fizeram. Precisamos adquirir o conhecimento e isso tem que servir de recurso para as lutas atuais. Os empregados novos têm que ter essa percepção que a vida é mais que atender ao que é imposto. A luta coletiva precisa de todos os empregados”, defendeu.

Aqueles que estiveram presentes naquele dia 30 de outubro de 1985, se recordam que a paralisação também tinha o foco o reconhecimento dos empregados da Caixa como pertencentes à categoria bancária. Antes, os trabalhadores eram conhecidos como economiários, não possuíam a mesma jornada do restante da categoria bancária, nem sequer eram vinculados a sindicatos.

Um deles foi o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto. “Sem dúvida a greve das seis horas é um marco para todos os trabalhadores da Caixa. Mostrou a força dos empregados. Unidos, nós conseguimos avançar na conquista dos direitos e na defesa da Caixa 100% pública”, destacou.

Quem também participou da histórica greve foi o vice-presidente da Fenae, Marcos Saraiva. Ele recorda que a paralisação iniciou com a força da juventude, com os auxiliares de escritório “Nós demos um recado muito claro: queremos ser reconhecidos junto à CLT como bancários e com direito à sindicalização “, recordou-se Saraiva, que cruzou os braços no Ceará.

Hoje dirigente da Fenae, Saraiva ressalta que a juventude precisa se unir novamente. “Acredito que a mentalidade do jovem da Caixa mudou muito. Precisamos repensar e reconstruir a unidade do ponto de vista da solidariedade e união. Repensar com uma visão de coletivo e não individualista”, avaliou.

Para o diretor de Formação da Fenae, Jair Pedro Ferreira, é preciso lembrar da história, do que fizeram os trabalhadores em 1985, para que em 2020, os empregados possam continuar lutando. “Esse período foi um divisor de águas que envolveu associações, federações, sindicatos. A gente se juntou na categoria bancária. Fizemos o livro Tijolo por Tijolo, para lembrar essa história para os jovens. Precisamos falar sempre dessa história e fazer isso constantemente”, avaliou.

Mobilização de todos, e o apoio da Fenae e Apcefs

A mobilização que alcançou pela primeira vez todo o país contou com uma participação imprescindível: a da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae). A Federação estabeleceu definitivamente o movimento organizado dos empregados.

A Diretora de Relações do Trabalho, Rita Lima, participou da greve no Espírito Santo. Ela contou que a Associação do Pessoal da Caixa (Apcef) e a Fenae formaram uma base fundamental para quem decidiu apoiar a paralisação. “O apoio foi fundamental. Como não éramos sindicalizados, era plena ditadura e essa organização era difícil. Esse espaço foi fundamental para construir a greve”, lembra. Para Rita, a greve não só transformou os empregados da Caixa em trabalhadores com direitos à sindicalização, mas fortaleceu os sindicatos dos bancários. “É uma memória que os trabalhadores de hoje não têm dimensão do que seja”, finalizou.

A greve também resultou em mudanças fundamentais para a categoria. No Congresso Nacional, o Projeto de Lei 4.111-4, do então deputado Léo Simões, estabelecia a jornada de seis horas diárias para os empregados da Caixa. A lei foi sancionada logo depois, em 17 de dezembro de 1985, pelo presidente José Sarney.

Conselheiro Fiscal da Fenae, Emanoel Souza relembra que a decisão de apoiar o PL de Léo Simões veio após o Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). “Esse 1º Conecef foi que colocou no centro da questão a luta das seis horas. E o pessoal do Rio de Janeiro conseguiu que o deputado Léo Simões colocasse o projeto”. A lembrança do ônibus saindo de Salvador cheio de empregados da Caixa em direção à Brasília para participar do Conecef ainda está clara na memória do dirigente. “Nós organizamos uma caravana daqui da Bahia para Brasília para participar do 1º Conecef. E, na segunda-feira, tínhamos que trabalhar. Foi uma aventura”, contou.

Além disso, a publicação do Diário Oficial da União trazia uma mudança importante, a garantia do direito à sindicalização a todos os empregados da Caixa, viabilizada com a alteração do parágrafo único do artigo 556 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Algumas datas importantes de 1985

– 6 de agosto: Dia Nacional de Luta. Empregados da Caixa distribuem cartas abertas à população e enviam telegramas ao Ministério da Fazenda.
– 11 de agosto: Paralisações de duas horas realizadas em agências de Brasília (DF) e do Ceará.
– 11 de setembro: Presidente da Fenae, José Gabrielense, recebe mensagem informando que o ministro da Fazenda havia se manifestado contrário às reivindicações da categoria.
– 13 de setembro: Cerca de 800 empregados da Caixa protestam e realizam uma passeata na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
– 19 e 20 de outubro: Realização do 1º Conecef, em Brasília (DF), no qual mais de 500 pessoas aprovam a data de 30 de outubro para a greve de 24 horas.
– 30 de outubro: Greve histórica, quando todas as unidades da Caixa são fechadas Brasil afora.
– 4 de novembro: Caravanas de empregados da Caixa ocupam Brasília (DF). Pressionado, o deputado federal Pimenta da Veiga dá aval para o regime de urgência ao projeto de lei que estabelece a jornada de seis horas para a categoria.
– 28 de novembro: Projeto das seis horas é aprovado na Câmara dos Deputados. No mês seguinte, a proposta também passa pelo Senado Federal.
– 17 de dezembro: Presidente da República, José Sarney, sanciona a lei que garante a condição de bancário aos empregados da Caixa.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT

O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020, queda de 34,2%, em relação ao mesmo período de 2019, e crescimento de 29,9% em comparação ao 2º trimestre de 2020 (o lucro do 3º trimestre foi de R$ 5,031 bilhões frente a R$ 3,873 bilhões, no 2º trimestre). O banco alcançou uma rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) de 12,9%, redução de 7,6 pontos percentuais em doze meses. Os dados fazem parte da análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a partir do relatório de balanço do banco sobre os resultados terceiro trimestre.

“Mesmo com esse lucro altíssimo, o presidente do banco anuncia o fechamento de mais de 1.100 agências até o final do ano. Para ele, trabalhador é ‘mato alto’, que precisa ser cortado”, declarou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

holding encerrou o 3º trimestre de 2020 com 95.934 empregados, redução de 3.338 postos de trabalho em doze meses. No período foram fechadas 772 agências. Somente entre o final de março e de setembro, foram fechados 1.300 postos de trabalho e 605 agências, mesmo após o banco ter assumido o compromisso de não demitir funcionários enquanto durar a pandemia.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias caiu 2,2% em doze meses, totalizando R$ 19,4 bilhões, mas as despesas com pessoal (incluindo a PLR) caíram ainda mais (-5%) atingindo R$ 14,3 bilhões. Segundo o banco, o resultado com as despesas de pessoal reflete “benefícios com o plano de desligamento voluntário (PDV) de 2019”. Assim, somente com estas receitas secundárias, que representam um valor irrisório frente ao que banco obtém com outras transações financeiras, o banco conseguiu cobrir todas as despesas que teve com seus funcionários e ainda sobrou 35,4%.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço, ou, se preferir, leia a análise completa feita pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

Em alternativa às propostas de reforma tributária que tramitam no Congresso, mais de 60 entidades do campo popular lançaram nesta quinta-feira (29) campanha nacional em defesa da tributação dos super-ricos. O aumento dos tributos sobre as altas rendas, de acordo com o movimento, “é a melhor solução para os trabalhadores”, e a “única proposta” capaz de enfrentar a crise econômica do país, agravada pela pandemia do novo coronavírus.  

O movimento propõe um conjunto de oito medidas legislativas que, avaliam, podem promover um aumento de quase R$ 300 bilhões na arrecadação. E isso taxando apenas as altas rendas e os patrimônios dos super-ricos do Brasil, estimados em 0,3% da população. Além disso, as entidades também defendem que os trabalhadores com renda mensal de até R$ 15 mil paguem menos Imposto de Renda. 

Hoje, de acordo com elas, as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) 45 e 110 e o Projeto de Lei (PL) 2.358/20, que tratam da reforma tributária, não abordam a desoneração das baixas rendas. Ao contrário, levam a um aumento do imposto sobre o consumo, penalizando sobretudo os mais pobres . 

Propostas 

As micro e pequenas empresas também são representadas na campanha. Pela proposta, mais de 70% das empresas no país – responsável por grande parte dos empregos no país –, serão beneficiadas com a adoção das medidas propostas pela campanha. As entidades também propõe alternativas para solucionar os graves problemas financeiros de estados e municípios.

No lançamento da campanha, que ocorreu pelas redes sociais do movimento, os representantes das entidades, governadores e parlamentares avaliaram que a estrutura tributária do Brasil comente “uma grande injustiça fiscal”. 

“Essa campanha ‘põe os pingos nos is’ para construir um país mais justo. Os super-ricos  nunca terão tempo de vida de gastar essas fortunas. Não estamos propondo que percam suas fortunas, mas apenas contribuir um pouco mais”, explicou o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP). O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) declarou que a proposta “representa menos desigualdade e autenticamente mais paz.” 

Justiça social

Já Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT – uma das entidades que integra a campanha –, ressaltou que é preciso corrigir distorções da tabela do Imposto de Renda. “Ela permite que os que ganham pouco, paguem muito e os que ganham muito, paguem pouco. A carga tributária deve incidir mais na renda e menos no consumo e na produção”, destacou durante a live. A presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), Vilani Oliveira, explicou que a campanha “quer arrecadar para que as pessoas mais necessitadas tenham acesso aos serviços públicos”. 

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, acrescentou que a tributação dos super-ricos “é uma forma de distribuição de renda e de garantir justiça social que beneficia toda a sociedade”. E, de acordo com o vice-presidente do Instituto de Justiça Fiscal (IJF), Dão Real Pereira dos Santos, a taxação das grandes fortunas é também a “forma mais rápida e justa” de enfrentar a crise econômica agravada pela pandemia.

A campanha

Também participaram do evento representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS). A Associação Juízes para a Democracia (AJD) e outras dezenas de entidades sindicais também fazem parte da iniciativa. 

No site da campanha há ainda uma calculadora eletrônica para que os trabalhadores possam simular a redução que terão casos as medidas sejam aprovadas. As entidades também disponibilizaram uma cartilha ilustrada para detalhar as propostas.

A previsão é que a campanha seja intensificada durante os próximos três meses por meio das redes sociais e junto a representantes da classe política para o que tema seja incluído na pauta do Congresso. 

Conheça a campanha nacional pela tributação dos super-ricos, clicando aqui

Fonte: Rede Brasil Atual

O emprego formal teve crescimento em setembro, segundo o “novo” Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (29) pelo Ministério da Economia. Entre admissões e desligamentos, o saldo foi de 313.564 postos de trabalho com carteira assinada. Mas o resultado positivo do mês não reverteu a queda acumulada no ano. Agora, o país perde 558.597 vagas em 2020.

Com os dados desta quinta-feira, o estoque de empregos formais no país chegou a 38.251.026. Há um ano, era de aproximadamente 39,2 milhões. Em setembro de 2014, chegava a quase 41,6 milhões.

Apenas em setembro, a indústria abriu 110.868 vagas com carteira e os serviços, 80.481. O segmento que inclui comércio e reparação de veículos criou 69.239 e a construção, 45.249.

Comércio e serviços, queda livre

A situação muda com os números acumulados no ano. O crescimento se concentra na agropecuária (102.467, alta de 6,9% no estoque) e na construção (102.108, 4,7%). Um pouco menos na administração pública: 64.770 (1,3%) O comércio elimina 345.677 postos de trabalho (-3,7%) e os serviços fecham 418.040 (-2,3%). Indústria e setor doméstico ficam estáveis.

O chamado trabalho intermitente acumula saldo de 42.532 vagas de janeiro a setembro, enquanto o trabalho parcial fechou 13.137. Os desligamentos “por acordo” somam 131.343.

O salário médio de admissão foi estimado em R$ 1.710,97, abaixo de agosto e acima de setembro do ano passado (sem desconto da inflação). O Ministério da Economia deixou de divulgar o salário dos demitidos, invariavelmente maior que o dos contratados.

Fonte: Rede Brasil Atual

Nesta última quinta-feira (29), uma informação que circulou nas agências da Caixa, pegaram os empregados de surpresa: um aumento de 200% da meta na maior parte dos produtos e indicadores no Conquiste, o sistema de mensuração e acompanhamento de resultados do banco.

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) entrou em contato com a vice-presidência Rede de Varejo (Vired) e solicitou o reprocessamento das metas para os valores anteriores. A ação será feira pela Controladoria do banco no Conquiste e o assunto será debatido com a Rede.

Desde o início da pandemia, a cobrança de metas na Caixa é discutida, já que uma parte dos trabalhadores estão em home-office e outros, exclusivamente, no pagamento ao auxílio e FGTS emergencial. Ainda assim, metas seguiram sendo cobradas, mesmo a diretoria do banco indicando que isso não seria feito.

Inclusive, na Campanha Salarial de 2020, a CEE/Caixa reforçou a reivindicação à direção da Caixa para deixar de cobrar as metas enquanto perdurar a pandemia.

Fonte: Fetraf RJ/ES

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve hoje, quinta-feira (29), em São João de Meriti, para denunciar e protestar contra as demissões praticadas pelos grandes bancos brasileiros. Foi uma manifestação pelo Dia Nacional de Luta Contra as Demissões no Banco Bradesco.

O banco já demitiu, este ano, mais de 1.200 trabalhadores, de acordo com cálculos da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

O Dia Nacional de Luta Contra as Demissões no Banco Bradesco faz parte de uma campanha que o movimento sindical bancário realiza em todo o país. A campanha visa denunciar a quebra do compromisso assumido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), feito em mesa de negociação com o Comando Nacional Bancário, de não realizar demissões durante a pandemia.

Os bancos já demitiram mais de 12 mil trabalhadores este ano, de acordo com do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. É um claro descumprimento ao acordo firmado em março. Divulgue ao máximo este protesto, fale para seus amigos e familiares, para ajudarem a denunciar os bancos que tiveram grandes lucros este ano e não cumprem o acordo com os bancários de não demitir durante a pandemia.

Em reunião, realizada nesta quarta-feira (28) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Coletivo Nacional dos Bancários pediu esclarecimentos sobre os problemas na interpretação de cláusula da CCT que trata de complementação salarial aos bancários afastados por doença. Também foram cobradas dos bancos explicações sobre a demissão de trabalhadores doentes e a retomada de medidas protetivas, devido ao aumento de casos de Covid-19. Os representantes dos trabalhadores externaram a preocupação com a flexibilização das medidas protetivas.

Na ocasião, o Coletivo esclareceu que a complementação salarial prevista na cláusula 29 da CCT, além de complementar o salário total, traz as garantias jurídicas previstas na Convenção. Portanto, deve ser garantida a complementação e todos os reflexos nas verbas salariais, PLR, tíquete, entre outros. O valor emergencial é de R$ 1.045,00 estabelecido pela lei 13892/20, mas há casos em que o afastado está sobrevivendo com apenas um salário mínimo, visto que em algumas situações não pagam o adiantamento emergencial de salário. Também foi cobrado que, em eventuais ressarcimentos aos bancos, não sejam descontadas parcelas acima de 30% dos salários.

Segundo Mauro Salles Machado, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, a interpretação dos banco sobre a complementação salarial do auxílio doença está em desacordo com a cláusula da CCT e têm gerado prejuízo aos trabalhadores. No que diz respeito aos números de infecção por Covid-19 que estão aumentando em todo o país, Mauro destacou a preocupação com a proteção da saúde da categoria. “A segunda onda está ocorrendo em vários países e, no Brasil, o nível de infecção continua alto e está voltando a crescer. Desta forma, cobramos dos bancos a retomada das discussões sobre medidas de proteção aos trabalhadores, diante deste cenário do crescimento das infecções e mortes causadas pelo coronavírus”, explicou. 

Os representantes da Fenaban, reforçaram a preocupação com a pandemia e concordaram com a necessidade de retomar a mesa de debates sobre o assunto, e ainda afirmaram que os bancos serão orientados a terem um rigor maior evitando flexibilizar medidas diante da piora do cenário.

Mauro também relatou a indignação do movimento sindical com a demissão de trabalhadores doentes, com doenças graves como câncer e mesmo com Covid-19. Citou o exemplo de uma bancária que foi demitida por telefone com quadro de adoecimento pela doença, sendo obrigada a comparecer ao exame demissional. Segundo a bancária não houve atendimento por parte da medicina ocupacional do banco, por causa do risco de contaminação, mas mesmo assim o banco manteve a demissão. “É inadmissível a postura dos bancos quanto ao grupo de risco, que muitas vezes estão sendo pressionados a retornar ao trabalho presencial, sendo obrigados a apresentarem relatórios médicos, além da autodeclaração, e muitas vezes acabam sendo demitidos”, disse.

Posição da Fenaban

A Fenaban pediu um prazo para apresentar uma posição sobre o assunto, que deverá ocorrer no início de novembro.

O representante dos bancos, Adauto, afirmou que irá sugerir aos bancos ajustes nos processos de demissão, em relação às denúncias de demissões de trabalhadores doentes. E que dará retorno aos representantes sindicais sobre esse assunto bem como quanto à iniciativa de reforçar a vigilância no enfrentamento à pandemia diante do cenário preocupante.

Em relação aos problemas relativos à interpretação da cláusula 29 da CCT, quanto à complementação salarial e eventual endividamento, ficou definido o aprofundamento do debate junto aos bancos e a Fenaban nos dará uma posição em breve, mesmo que adiantando uma avaliação inicial de que tem o entendimento de que o cabível seria tratar como adiantamento.

A Fenaban pediu um prazo para apresentar uma posição sobre o assunto, que deverá ocorrer no início de novembro.

Fonte: Contraf-CUT

Hoje (quinta, 29/10) é o Dia Nacional de luta contra as demissões no Banco Bradesco. Serão realizadas manifestações e paralisações em todo Brasil contra o banco, que já demitiu este ano mais de 1.200 trabalhadores, de acordo com cálculos da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco. Estão programadas atividades nas agências e departamentos do banco.

O Dia Nacional de Luta Contra as Demissões no Banco Bradesco faz parte de uma campanha que o movimento sindical bancário realiza em todo o país. A campanha visa denunciar a quebra do compromisso assumido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), feito em mesa de negociação com o Comando Nacional Bancário, de não realizar demissões durante a pandemia.

Os bancos já demitiram mais de 12 mil trabalhadores este ano, de acordo com do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. É um claro descumprimento ao acordo firmado em março. Divulgue ao máximo este protesto, fale para seus amigos e familiares ajudarem a denunciar os bancos que tiveram grandes lucros este ano e não cumprem o acordo com os bancários de não demitir durante a pandemia.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu nesta quarta-feira (28) com representantes do banco e cobrou informações sobre os boatos de demissões que criam um clima de terror nas agências. A COE reivindicou que o banco divulgue comunicado para esclarecer que não haverá reestruturação, pelo menos neste ano, conforme dito pelos representantes do Itaú na reunião.

“Cobramos que o banco solte um comunicado definindo sobre o piloto que eles pretendem fazer. A falta de informação está provocando insegurança nos funcionários. O banco precisa esclarecer sobre o que quer com esse novo modelo, no que se refere a cargos”, disse Jair Alves, coordenador da COE do Itaú. Na reunião, o representante do banco informou que este ano não haverá nenhuma restruturação e extinção de cargos e que a partir do ano que vem é que será aplicado um modelo piloto em algumas agências. O detalhamento das mudanças será apresentado em uma nova reunião com a COE, em 10 de novembro.

Sem informação

A falta de informação por parte do banco foi uma crítica comum feita pelos membros da COE. O representante do banco admitiu que existem problemas de comunicação.

Além de um comunicado sobre a não realização de reestruturação, o banco deve esclarecer aos trabalhadores e à COE o projeto piloto que disseram estar em andamento. Também foi cobrado que o Itaú emita outro comunicado sobre as metas de consignado, que estão comprometidas diante dos atrasos das liberações. O representante do banco informou que os atrasos são da DataPrev, órgão do governo federal. A COE cobrou, então, que os funcionários não sejam prejudicados pelos atrasos e que as dificuldades nas liberações sejam explicadas oficialmente pelo banco.

Horário de atendimento

Outra informação passada pelo representante do banco é de que, por causa de ações do Ministério Público, as agências que fazem atendimento até 14h vão estender o horário até 15h. A COE também cobrou que a vacina contra o novo coronavírus a ser disponibilizada seja garantida pelo banco para todos os funcionários e seus dependentes. O representante do banco disse que a reivindicação da vacina será analisada. Também foi cobrada a retomada do debate sobre plano saúde, incluindo os aposentados.

Também foi levantado pela COE o problema das demissões. “Queremos a retomada da Central de Realocações, que deu certo e conseguimos manter mais de 8 mil empregos com essa central”, declarou Jair Alves. Outro ponto colocado pelos membros da COE foi que o Itaú retome as homologações com os sindicatos.

A COE também aguarda uma resposta sobre a proposta de renovação do Programa Complementar de Resultados (PCR) para a reunião de 10 de novembro. A expectativa da COE é que a renovação do PCR aconteça antes do final do ano.

Fonte: Contraf-CUT