Maio 18, 2025
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Imprensa

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Dirigentes sindicais do Santander de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul se reuniram na tarde desta segunda-feira (9) com o banco Santander para tratar sobre a criação do “polo de atendimento” do banco em Novo Hamburgo (RS). Os trabalhadores serão contratados pela empresa Toquefale e não farão parte da categoria bancária.

“É um clássico caso de terceirização! Os serviços serão realizados por trabalhadores de outra categoria, não por bancários. E, claro, não terão os mesmos direitos nem os mesmos salários da nossa categoria”, observou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Mario Raia. “E, como também já virou tradição nas negociações, o banco diz não ter as informações que cobramos há meses sobre número de postos que serão criados no novo polo de atendimento, se serão fechados postos em São Paulo e Rio de Janeiro, onde estes serviços são realizados hoje e, qual a dimensão desta movimentação. Aí, a gente pergunta: ‘não tem, ou não quer passar’”, completou.

O representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande Sul (Fetrafi/RS) na Comissão da Organização dos Empregados (COE) do Santander, Luiz Cassemiro, também lamentou a falta de transparência do banco com os trabalhadores.

“O banco alegou não ter bem claro o novo modelo de operação, nem os números de abertura e fechamento de vagas. Como uma empresa do tamanho do Santander, com atuação em diversos países, faz mudanças significativas de áreas estratégica do banco e diz não tem o projeto bem claro? Estão atirando no escuro?”, questionou Cassemiro.

Sem diálogo

Além da falta de transparência, a representação dos trabalhadores do Santander também reclama da falta de diálogo do banco. “É uma movimentação que pode prejudicar milhares de trabalhadores. Queremos informações para negociar a manutenção do emprego e dos direitos dos novos contratados. Mas, o banco, que arranca dos brasileiros um terço de todo o lucro que tem no mundo inteiro, que, mesmo neste período de pandemia, lucrou R$ 9,8 bilhões nos nove primeiros meses de 2020, quer arrochar ainda mais os trabalhadores, reduzindo salários e retirando direitos para aumentar ainda mais seus lucros”, criticou Mario Raia. “É muita ganância!”, completou.

Mesmo com tamanho lucro, o Santander tem demitido trabalhadores em plena pandemia, apesar de ter se comprometido em março que não demitira funcionários durante a pandemia. “Em 12 meses (setembro de 2019 a setembro de 2020) o Santander reduziu em quadro de funcionários em 4.335 postos de trabalho e, em plena pandemia, de abril a setembro deste ano, jogou 2.045 brasileiros e brasileiras na rua da amargura”, afirmou o dirigente da Contraf-CUT.

“Não dá para acreditar que um banco como o Santander não tenha feito o planejamento detalhado desta ação antes de iniciá-la. Ao dizer isso, o banco coloca em dúvida sua capacidade de administrar os recursos de seus clientes. E todo o discurso de bom gestor feito pelo (Sergio) Rial cai por água abaixo. Já estamos mobilizando os trabalhadores do call center e vamos analisar formas de fazer pressão para que o banco nos passe as informações e negocie”, concluiu Mario Raia.

Fonte: Contraf-CUT

Começa nesta segunda-feira (9) o prazo para os empregados da Caixa aderirem ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV). A medida visa adequar o banco à Emenda Constitucional nº103, da reforma da previdência. As adesões podem ser feitas até 20 de novembro e os desligamentos acontecerão entre 23 de novembro e 31 de dezembro. A previsão da Caixa é a adesão de mais de 7.200 empregados.

De acordo com a Caixa, os empregados que aderirem ao PDV receberão o incentivo financeiro equivalente a 9,5 Remunerações Base (RB).

Ficaram de fora do PDV os empregados impactados pela emenda nos termos do RH 229. Nessa lista estão os trabalhadores que se aposentaram entre 13 de novembro de 2019 e 5 de novembro de 2020 e aqueles com 75 anos ou mais. Para a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, os maiores de 75 anos não deveriam ser excluídos do Programa. “Entendemos que eles não poderiam ser excluídos uma vez que não tem uma lei complementar que trate especificamente sobre o assunto”, afirmou.

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) recorda que a Caixa segue retirando empregados da empresa sem repor. O déficit de empregados na empresa chega a 17 mil. “Nessa pandemia vimos a importância da Caixa. Os empregados fizeram um grande trabalho e mostraram que a Caixa é imprescindível.  Mas os trabalhadores estão cansados, a jornada está exaustiva e a falta de trabalhadores também agrava a situação”, afirmou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Para aderir, é preciso atender ao menos uma das condições do PDV. Veja abaixo:

  • Os empregados que se aposentaram antes de 13 de novembro de 2019 (data em que entrou em vigor a Emenda Constitucional 103/2019, da Reforma da Previdência, que prevê a extinção do vínculo empregatício de empregados de empresas públicas que se aposentarem a partir da vigência da Emenda);
  • Os empregados que recebem adicional de incorporação;
  • Os empregados aptos a se aposentar até 31 de dezembro de 2020, que solicitem a aposentadoria ao INSS após 6 de novembro de 2020.
  • Ter 15 anos ou mais de efetivo exercício na Caixa.

Saúde Caixa

Os empregados que aderirem ao PDV, poderão manter o Saúde Caixa. Mas também é preciso cumprir alguns requisitos.

O Saúde Caixa será mantido por prazo indeterminado para os empregados que:

  • Empregados que se aposentaram durante o vínculo empregatício com a Caixa, até 13 de novembro de 2019;
  • Empregados que entraram na condição de aposentado e possuíam, na data do desligamento, 120 meses ou mais de contribuição ao plano;
  • Empregados que se aposentarem após o PDV – 6 de novembro – e com data de início anterior à data da rescisão do contrato de trabalho com a Caixa. Neste caso, a Carta de Concessão deve ser apresentada até 31 de agosto de 2022.

Para os outros empregados da Caixa que não fazem parte dos grupos citados acima, o Saúde Caixa será mantido por 24 meses.

Fonte: Contraf-CUT

O Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, em 25 de novembro, marca o início de uma mobilização social conhecida como “Os 16 Dias de Ativismo”. A atividade vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. A campanha foi criada em 1991 por movimentos de mulheres e atualmente é realizada em 159 países.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) participa da campanha. Para a secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Elaine Cutis, Os 16 Dias de Ativismo é o momento oportuno para reforçarmos uma luta permanente. “A violência contra a mulher é uma das formas mais bárbaras de violação dos direitos humanos. Chamamos mulheres e homens a participarem da campanha para denunciar este grave problema enfrentado pelas mulheres no mundo. A violência pode atingir uma pessoa da família de qualquer um, uma amiga, filha ou colega de trabalho”, ressaltou Elaine Cutis.

Entre as violências contra a mulher, uma das mais cruéis é o estupro, enraizado em um conjunto complexo de crenças patriarcais, poder e controle que continuam a criar um ambiente social no qual a violência sexual é generalizada. No Brasil, uma mulher é vítima de estupro a cada 11 minutos.

Retrocesso

“Vivemos neste momento conjuntural um grave retrocesso com um aumento assustador da violência contra a mulher e observamos estarrecidos o aumento da impunidade, como esse caso de estupro em Santa Catarina, em que o estuprador foi absolvido e a vítima, além de humilhada foi exposta a um linchamento moral. Repudiar e combater esse tipo de prática é dever de toda a sociedade. Estupro é crime e não pode ser atenuado”, afirmou a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

A categoria bancária sempre teve uma forte atuação nas questões de gênero e no combate à violência contra a mulher. Neste ano, foi conquistado acordo específico com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), criando uma cláusula específica, que, além de orientações de prevenção à violência, também cria um canal nos bancos para as bancárias denunciarem violência doméstica. O canal permite acolhimento, orientação e ajuda para que a vítima possa romper o ciclo de violência. Nos meses de novembro e dezembro, a Contraf-CUT divulgará as atividades do Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher e Os 16 Dias de Ativismo.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) cobrou da direção do banco a devolução dos valores referentes à emissão de Documento de Crédito (DOC) e outras tarifas bancárias cobrados indevidamente dos empregados.

Sindicatos de todo o Brasil receberam denúncias do desconto, o que contraria a cláusula 19 do Acordo Coletivo de Trabalho, que trata da isenção da cobrança de tarifas dos empregados da ativa e dos aposentados.

“Nós enviamos diversos exemplos para a Caixa analisar o que está acontecendo. Este é um direito dos empregados garantido no acordo coletivo e tem que ser respeitado”, declarou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora da CEE/ Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

O drama das mais de 700 mil pessoas, em 13 dos 16 municípios do estado do Amapá, completa uma semana nesta terça-feira (10). Eles estão sem energia, água e combustíveis desde a noite de terça-feira (3), quando a subestação de energia que pegou fogo por volta das 20h40, na capital Macapá, levou ao desligamento automático da linha de transmissão.

A empresa responsável pelo serviço é a espanhola Isolux, grupo multinacional que controla a linha de transmissão de 500 kv Tucuruí-Macapá-Manaus, que liga o Amazonas, o Amapá e oeste do Pará à Usina Hidrelétrica de Tucuruí desde em 2015, mas não consegue trocar o transformador que pegou fogo porque não tem nem um gerador substituto, nem peças de reposição.

Por isso, pediu socorro para os trabalhadores da Eletrobras, estatal brasileira que está correndo risco de também ser privatizada pelo governo federal. “Este governo só pensa em privatizar. Mas, este caso, mostra como o modelo não funciona. As empresas que compram, só pensam nos lucros, demitem técnicos experientes e contratam pessoal com menos qualificação para pagar menos. Além de reduzir o quadro de pessoal”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

“Já estamos cansados de alertar para isso. Os governos que defendem as privatizações deixam de investir nos serviços públicos para afetar a imagem das empresas estatais e conquistar apoio popular para a venda. O resultado é a precarização das condições de trabalho dos funcionários e a consequente queda na qualidade dos serviços prestados à população. Não podemos deixar isso acontecer”, completou Juvandia.

Segundo o diretor do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIU/MA), Wellington Diniz, o que acontece no Amapá pode acontecer em outros lugares. “Bolsonaro e ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, vêm dizendo que a Eletrobras não tem capacidade de investimento, e apostam na privatização, só que na hora em que acontece um acidente como este são os técnicos da Eletrobras que são convocados para prestarem socorro à empresa internacional porque ela não tem capacidade para resolver o problema”, alerta Wellington, que também é funcionário da Eletronorte, do holding Eletrobras.

O presidente do Sindicato dos Ubanitários do Amapá (STIU-AP), Jedilson Santa Bárbara de Oliveira, critica ainda o desmonte da Eletronorte no estado. Segundo ele, a empresa tinha no estado do Amapá, 220 trabalhadores em 2007, mas com a sanha privatista de Michel Temer (MDB-SP), hoje conta com apenas 110 trabalhadores.

“Oito técnicos da Eletrobras de outros estados que estão ajudando nos reparos são considerados dispensáveis pela empresa por terem muito tempo de casa e estão prestes a se aposentar. A empresa quer incentivar a demissão de trabalhadores experientes por meio de PDVs, mas na hora que mais precisa, são eles que são chamados. As mil demissões que a Eletrobras quer fazer são para baratear os custos para privatizar e entregar ao capital internacional mais uma empresa brasileira superavitária. A Eletrobras teve um lucro no último ano de R$ 20 bilhões” , denuncia Jedilson.

Entidades sindicais pedem ação do governo federal no Amapá

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e o Sindicato dos Urbanitários do Amapá (Stiu-AP) divulgaram nota pública neste sábado (7) cobrando da Aneel um posicionamento “firme” sobre o apagão no Amapá, repudiando “a tentativa do governo federal de minimizar” o episódio.

As entidades também destacaram o papel do sistema estatal de energia para solucionar o caso. “Cabe ressaltar que a Eletronorte, empresa estatal do Sistema Eletrobras, foi acionada para ajudar o restabelecimento da energia no Amapá, o que não seria possível se o governo levar adiante o plano de privatizar a Eletrobras”, diz o documento.

“A CUT, CNU, FNU e Stiu-AP também prestam solidariedade ao povo do Amapá nesse momento de extrema dificuldade, sem energia elétrica, sem água e com um agravante ainda maior: em plena pandemia da Covid-19”, conclui a nota.

Fonte: Contraf-CUT

Milhares de pessoas, a maioria mulheres, realizaram uma manifestação na Avenida Paulista na tarde deste domingo (8), em São Paulo, para exigir justiça no caso Mari Ferrer. Acusado de estupro pela influenciadora, o empresário André de Camargo Aranha foi inocentado pela Justiça do Paraná. O juiz acatou argumento de que ele “não teve intenção” de violentar a vítima.

Elas se reuniram no Vão do Masp, no início da tarde. Posteriormente, saíram em caminhada pela Rua da Consolação em direção ao centro. Com cartazes e bandeiras, as manifestantes reafirmaram nas ruas que “estupro culposo não existe”, em alusão à tese que absolveu o empresários.

Protestos contra o machismo e em solidariedade a Mari Ferrer também foram registrados em diversas capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre. No interior de São Paulo, foram registrados atos em Jundiaí, Bauru, Araras e São José do Rio Preto.

Além da responsabilização do agressor, também exigiram que o juiz e o promotor do caso sejam investigados, por terem consentido com as ofensas e humilhações promovidas contra Mari, durante o julgamento, pelo advogado do acusado.

Por outro lado, elas exigiram o fim da “cultura do estupro”, que transfere a culpa dos agressores para as vítimas, nos casos de violência sexual contra as mulheres. E também protestaram, ademais, contra o presidente Jair Bolsonaro, acusado de estimular a violência machista contra as mulheres.

“Contra a violência machista, que é muito forte e muito potente. Enquanto houver machismo, haverá feminismo”, afirmaram as mulheres em jogral, durante o protesto.

O caso Mari Ferrer

Segundo Mari, o estupro ocorreu durante uma festa em Jurerê Internacional, Florianópolis, no final de 2018. À época com 21 anos, quando ainda era virgem, ela denunciou que foi dopada, antes de ter sido violentada pelo empresário.

O caso voltou à tona na semana passada, quando reportagem do The Intercept Brasil divulgou as imagens do julgamento, em que Mari implora ao juiz para que fosse respeitada, após ser humilhada pelo advogado por Cláudio Gastão da Rosa Filho. O advogado mostrou, então, fotos sensuais da jovem para questionar a acusação de estupro.

“Peço a Deus que meu filho não encontre uma mulher que nem você”. Sem ser interrompido, o advogado insistiu em mostrar imagens. “Só falta uma auréola na cabeça. Não adianta vir com esse choro dissimulado, falso, e essa lágrima de crocodilo”, acusou Cláudio Gastão. 

Aos prantos, a jovem implorou por respeito. “Nem os acusados, nem os assassinos são tratados da forma como eu estou sendo tratada. Pelo amor de Deus, o que é isso? Eu sou uma pessoa ilibada, nunca cometi crime contra ninguém”, contestou Mariana na audiência. 

Fonte: Rede Brasil Atual

Os lucros líquidos dos grandes bancos privados brasileiros cresceram no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. Em nove meses, o Banco Santander lucrou R$ 10 bilhões, o Banco Bradesco lucrou R$ 12,7 bilhões e o Banco Itaú lucrou R$ 13 bilhões.  O que eles tem em comum? Todos, mesmo com lucros extraordinários, estão demitindo.

As demissões de bancárias e bancários vão contra o compromisso assumido, no início do ano, de não demitirem durante a pandemia do novo coronavírus, apesar dos lucros estarem crescendo.

Desde o começo do ano, foram 12 mil bancários e bancários, pais e mães de família, que ficaram sem emprego em meio a uma crise econômica e sanitária. Os três maiores bancos (Bradesco, Santander e Itaú) são os campeões das demissões.

O aumento dos desligamentos motivou a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, junto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o movimento sindical bancário em todo o país, a se organizarem em uma campanha contra as demissões que deve durar, pelo menos, até o fim do ano.

“Além da força dos nossos sindicatos e federações, a mobilização é de grande importância para mostrar que os bancos não se importam com a crise social causada pelo desemprego. Vamos mobilizar não só bancárias e bancários, como amigos, família e população em geral”,  declarou o Presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Damião Esperança.

Fonte: Fetraf RJ/ES

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil nos primeiros nove meses de 2020 foi de R$ 10,189 bilhões, queda de 22,9% em relação ao mesmo período de 2019. No trimestre, foi de R$ 3,482 bilhões, com crescimento de 5,2% em relação ao 2º trimestre do ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (RPSL) ajustado caiu 4,6 pontos percentuais em doze meses, chegando em 10,3%.

Segundo o banco, o resultado foi impactado pelas provisões para lidar com devedores duvidosos – “PCLD Ampliada”, que aumentou 47,9% no trimestre, mesmo com o baixo índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias (2,4%), que caiu 1,0 ponto percentual em relação a setembro de 2019.

“O Banco do Brasil é uma instituição sólida. Dá lucro e contribui com o Tesouro Nacional. Não há motivos para que o governo e, especialmente, o ministro da Economia (Paulo Guedes) promovam ataques e queiram privatizá-lo. Os ataques e tentativas de privatização servem apenas para enfraquecer o banco e abrir espaço para os bancos privados”, disse a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. “O país precisa de um Banco do Brasil forte para poder dar continuidade ao que faz de melhor, que é incentivar o desenvolvimento econômico e social por meio do fomento às micros e pequenas empresas, que são as que mais geram emprego, e ao setor agropecuário, principalmente aos pequenos produtores, que colocam o alimento na mesa dos brasileiros”, completou.

A carteira de crédito ampliada do BB cresceu 6,4% em doze meses. No segmento de pessoas físicas, cresceu 6,2%, com destaque para o empréstimo consignado (+15,3%) e o crédito renegociado (+20,1%). No segmento de pessoas jurídicas, o crescimento foi de 7,9%, com destaque para o crédito voltado às micros, pequenas e médias empresas, que cresceu 10,5%, especialmente na linha de capital de giro (+24,7%). A carteira do agronegócio (que representa 55,2% do segmento no país) cresceu 4,2% em doze meses, chegando a R$ 190,5 bilhões.

Receitas, despesas e emprego

A arrecadação com prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$ 21,3 bilhões, enquanto, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, totalizaram R$ 16,3 bilhões. Ou seja, apenas com a arrecadação desta fonte secundária, que representa um valor irrisório frente ao total de arrecadação do banco, foi possível cobrir todos os pagamentos aos funcionários do 3º trimestre de 2020 e ainda sobrou 30,5%.

Com relação ao emprego, em um ano (setembro de 2019 a setembro de 2020), o banco fechou 1.766 postos de trabalho e, em plena pandemia (entre março e setembro de 2020) foram fechados 651 postos de trabalho.

“Mesmo sendo sucateado pelo atual governo, o Banco do Brasil mostra toda sua importância para a recuperação econômica e para a retomada do crescimento do país. Mas, age como um banco privado na questão da manutenção do emprego. Não há reposição do quadro funcional. Isso prejudica o atendimento à população e sobrecarrega os funcionários, que acabam adoecendo e, como consequência, afeta ainda mais o atendimento ao público”, observou Fernanda. “O Banco do Brasil precisa, urgentemente, promover um processo de seleção e contratação de novos funcionários. Os dados mostram que se trata de uma instituição sólida e perfeitamente capaz de prestar um bom serviço a população”, concluiu.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço, ou, se preferir, leia a íntegra da análise, ambos elaborados pelo Dieese.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e movimentos sindicais se unem na luta contra a privatização e o enfraquecimento da Caixa. As entidades alertam a população sobre a ameaça que o banco público vem sofrendo sob a mira de um governo privatista e pedem a participação de todos para votarem a favor do Projeto de Lei 4.269/20, que torna crime a privatização das estatais sem autorização do Congresso.

O PL 4.269, de autoria dos deputados federais Érika Kokay (PT/DF) e Frei Anastácio Ribeiro (PT/PB) prevê pena de 10 a 16 anos de reclusão para quem insistir em privatizar estatais sem autorização do Legislativo. Há também a previsão de multa de 1% a 20% do faturamento bruto da empresa pública ou da sociedade de economia mista afetada no exercício anterior à ocorrência do crime.

Para incentivar a votação do projeto, as entidades sindicais dialogam com a população sobre a importância de votar a favor do PL na enquete, que está sendo realizada no Congresso Nacional. Na justificativa do projeto, os autores citam as irregularidades da MP 995, que autorizou a venda das subsidiárias da Caixa, fatiando o banco público e diminuindo sua atuação.

“A participação da população é de extrema importância na luta em defesa do nosso patrimônio brasileiro. Estamos sendo constantemente ameaçados com a política entreguista do atual governo. Temos que reunir forças contra tantos retrocessos e fortalecer ainda mais a luta pela nossa soberania nacional”, enfatizou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Contraf-CUT.

PL segue travado na Câmara. Entenda o porquê

O texto do PL 4.269/20 foi apresentado em 19 de agosto de 2020, mas segue travado na Casa. O motivo é a Medida Provisória 1.000. Na última terça-feira (03), por exemplo, as votações foram canceladas por falta de quórum. Sem acordo, deputados de esquerda (PT PDT, PSB, PCdoB, Psol e Rede) reforçaram a obstrução em defesa da análise da Medida Provisória 1.000, que reduz o valor do auxílio emergencial para R$ 300 reais.

“Diante de um governo que está na contramão do desenvolvimento social, devemos unir todas as forças representativas da classe trabalhadora e do povo brasileiro para barrar a retirada de direitos, o enfraquecimento do patrimônio público e falência da democracia em nosso país. Por isso, a importância da aprovação do PL 4.269 e a urgência da votação da MP 1.000”, destacou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT.

Clique aqui e apoie o PL 4.269/20.

MP 1.000 – Uma pedra no sapato do governo

A MP 1.000, que estende o auxílio emergencial até dezembro e reduz o valor das parcelas para R$ 300, está sendo considerada uma pedra no sapato do governo. Pela impopularidade da medida, o governo tenta empurrar a votação para depois das eleições de 15 de novembro.

Os partidos contrários ao governo buscam aumentar o valor das últimas parcelas do benefício para R$ 600,00. De acordo com o líder do PT na Câmara, deputado Enio Verri (PT/PR), a pressão para que a Medida entre na pauta de votação segue firme.

Manifestações de rua

A volta do auxílio para R$ 600,00 foi também pedida nesta terça-feira (3) em manifestações de sindicatos em São Paulo. Segundo a CUT, foi a pressão das centrais sindicais e da oposição que garantiu o valor de R$ 600,00 para o auxílio emergencial. A proposta inicial do governo era que ele fosse de R$ 200,00.

Além do benefício emergencial, a CUT e centrais sindicais querem a desoneração da folha de pagamento para que empresas possam manter empregos e reagir diante da crise econômica provocada pela pandemia. “Nós estamos de mãos dadas com os movimentos sindicais. Estamos na iminência de uma segunda onda da pandemia e o governo continua perdido, alheio às questões sociais. Não tem nenhum plano de recuperação econômica, muito menos para proteger milhões de pessoas que vão ficar completamente desamparadas com o fim do auxílio”, disse Sérgio Takemoto, presidente da Fenae. “Vamos continuar pressionando o governo e o Congresso para prorrogar o benefício no valor de R$ 600,00, que ainda é insuficiente”.

Fonte: Contraf-CUT

Vai ser hoje (sexta-feira, 30/10) o tuitaço contra as demissões realizadas pelos bancos. A mobilização em defesa do emprego faz parte da campanha organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo movimento sindical bancário. O tuitaço será às 11h, com a hashtag #QuemLucraNãoDemite.

Os bancos desrespeitaram um acordo firmado no começo do ano de não haver demissões durante a pandemia. Desde o começo do ano, foram 12 mil bancários e bancários, pais e mães de família, que ficaram sem emprego em meio a uma crise econômica e sanitária. No mesmo período, os três maiores bancos, Bradesco, Santander e Itaú, os campeões das demissões, lucraram juntos R$ 35,7 bilhões, rendimento que nenhum setor da economia registrou.

O tuitaço é uma forma de se contrapor a quem lucra e demite, sem se importar com a crise social causada pelo desemprego. Por isso, participe e divulgue esse protesto para amigos e família.

Divulgue a hashtag #QuemLucraNãoDemite.

Fonte: Contraf-CUT