Maio 19, 2025
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Imprensa

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As mensagens reveladas por The Intercept Brasil envolvendo o atual ministro da Justiça e ex-juiz, Sergio Moro, e os procuradores da força tarefa da Lava Jato em Curitiba são assunto na mídia internacional. O site do jornal El Clarín, da Argentina, abre sua matéria dizendo que “os procuradores brasileiros atuaram deliberadamente e em ocasiões coordenadas com o juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, para prejudicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso por corrupção, e para evitar o regresso da esquerda ao governo”.

Nos trending topics do Twitter, expressões #VazaJato, #VazaMoro, #EuApoioIntercptBR e #MoroCriminoso superam a tag #EuApoioLavaJato. Habituado a se manifestar pela rede social, o presidente Jair Bolosonaro, até 13h10 desta segunda-feira (10) não havia comentado o assunto e estava a 17 horas sem tuitar nada.

O veículo argentino também destaca a nota divulgada neste domingo (9) pela defesa de Lula. “A defesa do ex-presidente afirma que os documentos divulgados por The Intercept Brasil mostram que a atuação dos procuradores e do ex-juiz, Sergio Moro, teve um ‘objetivo político’.”

A agência norte-americana Bloomberg destaca que as mensagens reveladas pelo The Intercept Brasil mostram Moro compartilhando informações e dando dicas aos procuradores que trabalhavam no caso que resultou na condenação do ex-presidente Lula por corrupção e lavagem de dinheiro. O veículo ainda destaca os esforços dos procuradores em impedir Lula de conceder entrevista antes da eleição de 2018, com receio de que pudesse aumentar as chances do candidato petista à presidência, Fernando Haddad.

Amplas repercussões

“Nos últimos cinco anos, a Lava Jato revelou um enorme esquema de propinas envolvendo as maiores empreiteiras do país e líderes políticos em contratos com empresas estatais. O presidente Jair Bolsonaro se beneficiou de uma onda popular de desgosto com a corrupção que o levou à vitória no ano passado, enquanto seu adversário mais popular estava na cadeia. A reportagem vem em um momento sensível para o presidente, que está tentando reunir apoio político para a aprovação de uma polêmica revisão do sistema de pensões no Congresso”, analisa a Bloomberg.

reprodução

Ato falho. Jornal O Estado de S. Paulo chama Moro de ex-ministro

O site ainda repercute a análise da consultoria Arko Advice, para quem as reportagens “são suscetíveis de terem amplas repercussões políticas e jurídicas, incluindo uma possível tentativa de legisladores de criar uma Comissão de Inquérito no Congresso, processos judiciais buscando a anulação de sentenças da Lava-Jato, e um eventual atraso no debate da reforma da Previdência no Congresso”.

O tradicional jornal francês Le Monde também trata do assunto nesta segunda-feira (10). Em seu site, o veículo abre sua matéria questionando: “E se o maior escândalo de corrupção na história do país tivesse sido manipulado?”. Na sequência, o Le Monde diz que The Intercept Brasil revelou “informações indicando que os responsáveis pela investigação anti-corrupção ‘Lava Jato’, teriam manobrado para evitar o retorno do antigo presidente de esquerda Lula ao poder em 2018”.

“Outras mensagens também revelam que os próprios promotores tinham ‘sérias dúvidas sobre a existência de provas suficientes da culpa de Lula’ no caso do suborno do apartamento tríplex, que finalmente o mandou para a prisão por oito anos e dez meses depois de uma recente revisão de sua sentença”, diz trecho da matéria do Le Monde.

O The Washington Post informa que as reportagens revelam que o juiz Moro e os procuradores envolvidos na investigação contra o ex-presidente Lula trocaram mensagens discutindo o caso. “De acordo com a reportagem, Moro orientou os procuradores, ultrapassando seus deveres como juiz”, diz o jornal.

Fonte: Rede Brasil Atual

Jornalistas do Intercept Brasil publicaram hoje (9)  reportagens bombásticas revelando discussões internas e “atitudes altamente controversas, politizadas e legalmente duvidosas da força-tarefa” da Lava Jato, entre o procurador Deltan Dallagnol e o atual ministro da Justiça, Sergio Moro.

“Produzidas a partir de arquivos enormes e inéditos – incluindo mensagens privadas, gravações em áudio, vídeos, fotos, documentos judiciais e outros itens – enviados por uma fonte anônima, as três reportagens revelam comportamentos antiéticos e transgressões que o Brasil e o mundo têm o direito de conhecer”, afirmam Glenn Grennwald, Betsy Reed e Leandro Demori.

“A importância dessas revelações se explica pelas consequências incomparáveis das ações da Lava Jato em todos esses anos de investigação. Esse escândalo generalizado envolve diversos oligarcas, lideranças políticas, os últimos presidentes e até mesmo líderes internacionais acusados de corrupção”.

Por meio de uma rede social, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad pediu apuração da verdade. “Podemos estar diante do maior escândalo institucional da história da República. Muitos seriam presos, processos teriam que ser anulados e uma grande farsa seria revelada ao mundo. Vamos acompanhar com toda cautela, mas não podemos nos deter. Que se apure toda a verdade!”

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COMO E POR QUE O INTERCEPT ESTÁ PUBLICANDO CHATS PRIVADOS SOBRE A LAVA JATO E SERGIO MORO

O Intercept Brasil publicou hoje três reportagensexplosivas mostrando discussões internas e atitudes altamente controversas, politizadas e legalmente duvidosas da força-tarefa da Lava Jato, coordenada pelo procurador renomado Deltan Dallagnol, em colaboração com o atual ministro da Justiça, Sergio Moro, celebrado a nível mundial.

Produzidas a partir de arquivos enormes e inéditos – incluindo mensagens privadas, gravações em áudio, vídeos, fotos, documentos judiciais e outros itens – enviados por uma fonte anônima, as três reportagens revelam comportamentos antiéticos e transgressões que o Brasil e o mundo têm o direito de conhecer.

O material publicado hoje no Brasil também foi resumido em duasreportagens em inglês publicadas no Intercept, bem como essa nota dos editores do The Intercept e do The Intercept Brasil.

Esse é apenas o começo do que pretendemos tornar uma investigação jornalística contínua das ações de Moro, do procurador Deltan Dallagnol e da força-tarefa da Lava Jato – além da conduta de inúmeros indivíduos que ainda detêm um enorme poder político e econômico dentro e fora do Brasil.

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‘MAFIOSOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!’

Exclusivo: Procuradores da Lava Jato tramaram em segredo para impedir entrevista de Lula antes das eleições por medo de que ajudasse a ‘eleger o Haddad’

Um extenso lote de arquivos secretos revela que os procuradores da Lava Jato, que passaram anos insistindo que são apolíticos, tramaram para impedir que o Partido dos Trabalhadores, o PT, ganhasse a eleição presidencial de 2018, bloqueando ou enfraquecendo uma entrevista pré-eleitoral com Lula com o objetivo explícito de afetar o resultado da eleição.

Os arquivos, a que o Intercept teve acesso com exclusividade, contêm, entre outras coisas, mensagens privadas e de grupos da força-tarefa no aplicativo Telegram. Neles, os procuradores da força-tarefa em Curitiba, liderados por Deltan Dallagnol, discutiram formas de inviabilizar uma entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo,autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski porque, em suas palavras, ela “pode eleger o Haddad” ou permitir a “volta do PT” ao poder.

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‘ATÉ AGORA TENHO RECEIO’

Exclusivo: Deltan Dallagnol duvidava das provas contra Lula e de propina da Petrobras horas antes da denúncia do triplex

Faltavam apenas quatro dias para que a denúncia que levaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão fosse apresentada, mas o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba tinha dúvidas sobre a solidez da história que contaria ao juiz Sergio Moro. A apreensão de Deltan Dallagnol, que, junto com outros 13 procuradores, revirava a vida do ex-presidente havia quase um ano, não se devia a uma questão banal. Ele estava inseguro justamente sobre o ponto central da acusação que seria assinada por ele e seus colegas: que Lula havia recebido de presente um apartamento triplex na praia do Guarujá após favorecer a empreiteira OAS em contratos com a Petrobras.

As conversas fazem parte de um lote de arquivos secretos enviados ao Intercept por uma fonte anônima há algumas semanas (bem antes da notícia da invasão do celular do ministro Moro, divulgada nesta semana, na qual o ministro afirmou que não houve “captação de conteúdo”). O único papel do Intercept foi receber o material da fonte, que nos informou que já havia obtido todas as informações e estava ansioso para repassá-las a jornalistas. A declaração conjunta dos editores do The Intercept e do Intercept Brasil (clique para ler o texto completo) explica os critérios editoriais usados para publicar esses materiais, incluindo nosso método para trabalhar com a fonte anônima.

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‘NÃO É MUITO TEMPO SEM OPERAÇÃO?’

Exclusivo: chats privados revelam colaboração proibida de Sergio Moro com Deltan Dallagnol na Lava Jato

Sergio Moro e Deltan Dallagnol trocaram mensagens de texto que revelam que o então juiz federal foi muito além do papel que lhe cabia quando julgou casos da Lava Jato. Em diversas conversas privadas, até agora inéditas, Moro sugeriu ao procurador que trocasse a ordem de fases da Lava Jato, cobrou agilidade em novas operações, deu conselhos estratégicos e pistas informais de investigação, antecipou ao menos uma decisão, criticou e sugeriu recursos ao Ministério Público e deu broncas em Dallagnol como se ele fosse um superior hierárquico dos procuradores e da Polícia Federal.

“Talvez fosse o caso de inverter a ordem da duas planejadas”, sugeriu Moro a Dallagnol, falando sobre fases da investigação. “Não é muito tempo sem operação?”, questionou o atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro após um mês sem que a força-tarefa fosse às ruas. “Não pode cometer esse tipo de erro agora”, repreendeu, se referindo ao que considerou uma falha da Polícia Federal. “Aparentemente a pessoa estaria disposta a prestar a informação. Estou entao repassando. A fonte é seria”, sugeriu, indicando um caminho para a investigação. “Deveriamos rebater oficialmente?”, perguntou, no plural, em resposta a ataques do Partido dos Trabalhadores contra a Lava Jato.

Nota da defesa de Lula

Em diversos recursos e em comunicado formalizado perante o Comitê de Direitos Humanos da ONU em julho de 2016 demonstramos, com inúmeras provas, que na Operação Lava Jato houve uma atuação combinada entre os procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro com o objetivo pré-estabelecido e com clara motivação política, de processar, condenar e retirar a liberdade do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reportagem publicada hoje (09/06/2019) pelo portal “The Intercept” revela detalhes dessa trama que foi afirmada em todas as peças que subscrevemos na condição de advogados de Lula a partir dos elementos que coletamos nos inquéritos, nos processos e na conduta extraprocessual dos procuradores da Lava Jato e do ex-juiz Sergio Moro.

A atuação ajustada dos procuradores e do ex-juiz da causa, com objetivos políticos, sujeitou Lula e sua família às mais diversas arbitrariedades. A esse cenário devem ser somadas diversas outras grosseiras ilegalidades, como a interceptação do principal ramal do nosso escritório de advocacia para que fosse acompanhada em tempo real a estratégia da defesa de Lula, além da prática de outros atos de intimidação e com o claro objetivo de inviabilizar a defesa do ex-Presidente.

Ninguém pode ter dúvida de que os processos contra o ex-Presidente Lula estão corrompidos pelo que há de mais grave em termos de violações a garantias fundamentais e à negativa de direitos. O restabelecimento da liberdade plena de Lula é urgente, assim como o reconhecimento mais pleno e cabal de que ele não praticou qualquer crime e que é vítima de “lawfare”, que é a manipulação das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política.

Cristiano Zanin Martins

Fonte: Rede Brasil Atual

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (7) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de maio. A variação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 4,78%. Somado o aumento real de 1%, acordado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), o reajuste da categoria será 5,83%, no salário e nas demais cláusulas econômicas.

“Sabemos que os trabalhadores merecem muito mais, mas, na atual conjuntura, temos que comemorar um reajuste com aumento real de 1% em todas as cláusulas econômicas”, disse o dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT, Jair Alves, que coordena a representação dos trabalhadores mesa de negociações com a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi).

“Este reajuste é uma conquista da campanha realizada em 2018, quando firmamos um acordo de dois anos que garantiu o aumento real de 1% acima da inflação neste ano”, explicou o dirigente da Contraf-CUT.

PLR

A primeira parcela da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) pode ser paga até dia 20 de setembro. Pela regra básica os trabalhadores têm direito a receber o valor referente a 90% do salário, mais um valor fixo de R$ 2.826,60. Além deste valor, há um adicional de 20% do valor fixo, que será de R$ 565,32.

Além da primeira parcelada da PLR, os funcionários do Itaú ligados às financeiras receberão os valores correspondentes ao Programa Complementar de Resultados (PCR).

O reajuste também incide sobre vales alimentação e refeição, gratificações e demais cláusulas econômicas da CCT da categoria (veja tabela abaixo).

Fonte: Contraf-CUT

A “reforma” trabalhista brasileira, aprovada em 2017, estará novamente na pauta da Conferência Internacional do Trabalho, cuja 108ª edição começa na próxima segunda-feira (10) e vai até o dia 21, na sede da agora centenária OIT, em Genebra, reunindo 5.700 delegados dos 187 estados-membros. Mais uma vez, o Brasil foi incluído na lista preliminar de possíveis violadores de direitos sociais, conforme denunciam as centrais sindicais. A relação inclui 40 países com suspeita de violações. A questão é saber quais irão para a lista menor, ou “lista suja”, como tratam os sindicalistas, com 24 nomes, em que o país já figurou no ano passado.

Para o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa – que embarca nesta sexta (7) para a Suíça –, o país está no meio de uma “guerra”, visto pelos empregadores como exemplo virtuoso de desregulamentação trabalhista, o que na ótica dos trabalhadores pode ser chamado de desmonte de direitos. “Há uma pressão intensa das multinacionais para que o Brasil não entre (na “lista suja”)”, observa. “Para eles, o Brasil é um modelo de desregulamentação. Apesar da crise, ainda é uma das 10 economias do mundo.”

A discussão ocorre no momento em que a OIT propõe uma agenda para o futuro do trabalho “centrada no ser humano, que fortaleça o contrato social, colocando as pessoas e o trabalho que realizam no centro das políticas econômicas e sociais e das práticas empresariais”. Entre os valores defendidos pela organização, está o fortalecimento das instituições. “Desde a regulamentação e contratos de trabalho aos acordos coletivos e sistemas de inspeção do trabalho, estas instituições constituem os alicerces de sociedades justas. Forjam os caminhos que conduzem à formalização, reduzem a pobreza laboral e garantem um futuro de trabalho com dignidade, segurança econômica e igualdade.”

A OIT surgiu em 1919, como resultado do Tratado de Versalhes, acordo que pôs fim à 1ª Guerra Mundial. É a única do sistema das Nações Unidas que adota o tripartismo, com representações de governo, trabalhadores e empresários. O Brasil é um dos membros fundadores.

No caso brasileiro, o questionamento é especificamente a respeito de dois itens da nova lei: o que prevê o negociado sobre o legislado e a possibilidade de acordos individuais, sem presença da representação sindical. “A reforma trabalhista promove a possibilidade de negociar para rebaixar direitos”, afirma Lisboa. Os sindicalistas sustentam que as mudanças legais se chocam com a Convenção 98 da OIT, sobre o direito à negociação coletiva. “Nenhum país é obrigado a ratificar uma normal internacional. Mas na medida em que ratifica, essa norma é incorporada à legislação.”

Durante a conferência, a Comissão de Aplicação de Normas examinará informe da Comissão de Peritos, responsável pela lista preliminar, chamada também de long list, com os 40 países. O passo seguinte é definir quem ficará na short list, lista curta ou “lista suja” do desrespeito aos direitos trabalhistas.

As centrais defendem a revogação dos dois itens. No ano passado, lembra Lisboa, quando o Brasil entrou na “lista suja”, os peritos sugeriram que se instalasse um debate entre as partes – trabalhadores e empresários –, “e o governo não fez absolutamente nada”. Ele acrescenta que a aprovação da Lei 13.467, de “reforma” trabalhista, se ancorou em dois argumentos básicos: criação de empregos e fortalecimento da negociação coletiva.

Os empregos não vieram. E a edição da Medida Provisória (MP) 873, sobre financiamento sindical, demonstra “que eles querem tudo, menos negociação coletiva”, afirma o dirigente. Ele avalia que governo e empresários têm três objetivos fundamentais: desregulamentar, acabar com os sindicatos e “voltar as relações do trabalho a 1917”.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,13% em maio, abaixo de abril (0,57%) e no menor resultado para o mês desde 2006, segundo o IBGE, que divulgou o resultado na manhã de hoje (7). Com isso, a taxa oficial de inflação no país soma 2,22% no ano. Em 12 meses, cedeu e foi a 4,66%.

De acordo com o instituto, quatro dos nove grupos tiveram deflação no mês passado, com destaque para o de maior peso na composição do índice: Alimentação e Bebidas registrou -0,56%, após subir 0,63% em abril. Enquanto os preços dos alimentos caíram, registaram alta itens básicos como energia elétrica e gás de botijão, fazendo o grupo Habitação subiu 0,98%, com impacto de 0,15 percentual no resultado de maio.

Entre os produtos alimentícios em queda, o IBGE cita o tomate, que havia subido 28,64% e agora caiu 15,08%, além do feijão carioca (-13,04%) e frutas (-2,87%). Itens que haviam caído no mês anterior tiveram alta, casos do leite longa vida (2,37%) e da cenoura (15,74%).

Leia também: Economia do Brasil está em depressão, diz economista João Sicsú

Em Habitação, a energia elétrica registrou aumento de 2,18%, subindo em todas as áreas pesquisadas, de 0,23% (região metropolitana do Rio de Janeiro) a 7,32% (Grande Fortaleza). “De dezembro de 2018 a abril de 2019, havia vigorado a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz. Em maio, passou a vigorar a bandeira amarela, com custo adicional de R$ 0,01 para cada quilowatt-hora consumido. Além disso, vários reajustes de tarifas foram incorporados”, diz o IBGE. Ainda nesse grupo, a taxa de água e esgoto aumentou em 0,82%, o gás encanado caiu 0,84% e o gás de botijão aumentou 1,35%.

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais teve alta de 0,59% no mês, ante 1,51% em abril, e impacto de 0,07 ponto na taxa geral. Os preços dos remédios subiram menos (0,82%), enquanto os perfumes caíram 1,61%.

Transportes teve pequena variação, 0,07%, mas a gasolina subiu 2,60% e representou o maior impacto individual no IPCA: 0,11 ponto. O combustível subiu de 0,50% na região metropolitana de Porto Alegre a 7,17% na cidade de Goiânia. Já os preços das passagens aéreas caíram 21,82%, representando -0,10 ponto. As tarifas de ônibus intermunicipais aumentaram 0,45%, em média, enquanto as do ônibus urbano e do metrô tiveram altas de 0,18% e 0,17%, respectivamente.

Entre as regiões pesquisadas, o município de Rio Branco teve a maior variação do mês, com 0,67%. As menores foram registradas em Brasília e no Rio de Janeiro (-0,05%). Na região metropolitana de São Paulo, o IPCA foi de 0,13%. No acumulado em 12 meses, as taxas variaram de 3,66% (Campo Grande) a 5,66% (Rio Branco), chegando a 4,93% em São Paulo e a 4,67% no Rio.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,60%, em abril, para 0,15%, também a menor taxa para maio desde 2006. Está acumulado em 2,44% no ano e 4,78% em 12 meses.

Segundo o IBGE, os produtos alimentícios recuaram 0,59%. Já os não-alimentícios subiram 0,48%.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O racismo, além de um problema social, é também é econômico e leva boa parte da população ao desemprego, de acordo com pesquisas que embasaram o debate promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Brasília, ontem (6). O encontro, que reuniu especialistas em ações afirmativas para a inclusão da população negra, abordou as desigualdades que prejudicam principalmente as mulheres negras no acesso ao mercado de trabalho.

De acordo com um levantamento do Instituto Ethos, no país onde pretos e pardos representam mais da metade da população, apenas 6,3% dos negros ocupam cargos de gerência e somente 4,7% são executivos nas 500 maiores empresas do Brasil. A representante da ONU Mulheres Ana Carolina Querino alerta que a situação é ainda mais grave quando a desigualdade racial é combinada com a questão de gênero, com as mulheres negras ganhando menos do que as brancas ocupando o mesmo cargo, além de estarem mais suscetíveis ao desemprego.

“Temos três mulheres negras, de acordo a última pesquisa, ocupando cargos de poder e liderança nas empresas privadas. E isso é um somatório de fatores que estão na raiz das desigualdades de gênero e raça no mercado de trabalho em que as mulheres negras acumulam os piores indicadores”, explica a representante da ONU Mulheres.

A Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2014 indica ainda que 80% dos negros que entraram no ensino superior ganham o equivalente a 80% dos que recebem os brancos nas mesmas condições. Para a fundadora e diretora executiva do Instituto Identidades do Brasil (ID­­_BR) e autora do livro Sim à Igualdade Racial, Luana Génot,  o quadro só será alterado com uma mudança de mentalidade da sociedade. “À medida que as pessoas entenderem que a luta contra o racismo e pela igualdade racial pertence a cada um de nós, que precisamos combater piadas racistas e lutar para ter mais pessoas negras nos altos postos de trabalho, a gente entenderá que só assim o país cresce”, explica.

Assista à reportagem: https://www.youtube.com/watch?v=WICwLs8PzmY

Fonte: Rede Brasil Atual

O Banco Santander enviou, nesta quinta-feira (6), um comunicado para nove agências informando sobre a descontinuidade do projeto de “orientação financeira”, realizado aos sábados com funcionários “voluntários”. E a agência de Duque de Caxias, que em todas as ocasiões que tentaram abrir a agência teve a presença de diretoras e diretores do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, é uma delas. Resultado de um Sindicato forte e de luta, que também conta com o apoio de bancárias e bancários que acreditam em seu trabalho.

“As agências ficam às moscas. O banco percebeu que não teria o retorno, comercial ou não, que esperava. E nossa ação mostra as contradições da ação do banco, que se propunha a dar ‘orientação financeira’, mas cobra altas taxas e tarifas dos brasileiros”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia, que é funcionário do Banco Santander.

Sindicatos dos bancários realizaram protestos na frente das agências que o banco tentou abrir nos cinco últimos sábados. Nas atividades, dirigentes esclarecem funcionários “voluntários” sobre os riscos aos quais ficam expostos ao trabalhar “voluntariamente” para seu próprio empregador aos sábados e informam a população sobre as tarifas e juros cobrados pelo banco.

Os protestos também ganharam as redes sociais. Utilizando a hashtag #SantanderSábadoNão, bancários postaram fotos mostrando sua indignação com a iniciativa do banco e explicando porquê o banco não pode abrir aos sábados. Além denunciar que o “voluntariado” é forçado e que existem segundas intenções na “orientação” que o banco quer dar.

Orientação de verdade

Para Mario, a verdadeira orientação financeira precisa informar para as pessoas que, para conseguir controlar melhor suas contas e não se endividar, elas devem evitar entrar no vermelho para não ter que pagar os altos juros cobrados pelos bancos. “A diferença entre a taxa que eles pagam pelo dinheiro que guarda de seus clientes, ou que tomam emprestado, é infinitamente menor do que a que cobram das pessoas que precisam de recursos do banco”, disse. “Ainda mais o Santander, que cobra mais dos brasileiros do que dos clientes de outros países onde atua”.

Reportagem publicada pelo Jornal do Brasil, a qual mostra que o banco cobra até 1.761% a mais dos brasileiros do que dos espanhóis pelos mesmos serviços realizados. O jornal mostrou também que, em empréstimos, o banco chega a cobrar até 20 vezes mais dos brasileiros do que dos espanhóis.

As agências onde o projeto foi descontinuado foram: Duque de Caxias – Centro (RJ), Curitiba – Emiliano (PR), Guarulhos (SP), São Paulo– Largo 13 de Maio (SP), Niterói – Praça do Rink (RJ), Porto Alegre – Osvaldo Aranha (RS), Salvador – Cabula (BA), Rio de Janeiro – Santa Cruz (RJ), São José do Campos – Centro (SP).

A luta continua

O dirigente da Contraf-CUT ressalta a importância das ações realizadas pelo sindicato, mas insiste na continuidade das ações. “A suposta ‘orientação financeira’ tinha sido programada para acontecer em 29 agências. O comunicado menciona nove agências onde ela será descontinuada. O movimento sindical vai continuar fazendo o que tem que fazer nas agências onde o banco insistir com essa ação”, concluiu.

PS: A matéria conta com informações da Contraf-CUT

De 2013 a 2017, a indústria brasileira fechou aproximadamente 1,3 milhão de postos de trabalho, diminuindo em quase 15% o seu efetivo. Só de 2014 a 2017, foram menos 1,1 milhão (-12,5%). De pouco mais 9,03 milhões de empregados em 2013, o setor foi para 7,695 milhões, de acordo com a Pesquisa Industrial Anual (PIA), divulgada nesta quinta-feira (6) pelo IBGE.

No período de 2008 a 2013, houve crescimento contínuo. Nesse intervalo, foram perto de 1,2 milhão de vagas criadas. Assim, o nível de 2017 está próximo, um pouco abaixo, de 10 anos atrás.

O levantamento do instituto mostra ainda que, em média, os salários reais sofreram perda de 14,7% desde 2014, variando de -13,9% no setor de transformação a 31,2% na indústria extrativa. O salário médio equivalia a 3,2 salários mínimos. A receita líquida de vendas caiu 7,7%.

Os dados mostram que a região Sudeste segue na liderança em termos de participação, mas perdendo um pouco de terreno. Em 2017, era responsável por 58% do valor de transformação industrial (VTI), calculado com base no valor bruto da produção menos os custos da operação – o Sudeste perdeu 4,2 pontos percentuais desde 2008. Em igual período, todas as outras cresceram: o Centro-Oeste avançou 1,9 ponto, para 5,6% e o Sul ganhou 1,3, atingindo 19,6%. A região Nordeste tem 9,9% de participação (tinha 9,7%) e a Norte, 6,9% (eram 6,2%).

“Esse deslocamento produtivo em direção ao Centro-Oeste se deu principalmente em razão da migração de plantas agroindustriais que eram dedicadas à fabricação de produtos alimentícios e passaram a participar da produção de biocombustíveis, fazendo com que essa atividade se tornasse uma das três mais relevantes da região”, diz o IBGE.

“Entre os destaques do Nordeste, está a fabricação de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, que assumiu a liderança da indústria do Rio Grande do Norte, com 25,6% do valor de transformação industrial desse estado. No Maranhão, a fabricação de celulose e papel já representa 22,6%, seguida pela extração de petróleo e gás (9,1%) outra estreante entre as três mais. Em Pernambuco, a fabricação de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis se junta à fabricação de veículos, assumindo respectivamente, 11,8% e 10,9% do valor de transformação industrial local”, destaca o IBGE em sua pesquisa.

De acordo com o instituto, são 318,3 mil empresas industriais ativas no país, que pagaram R$ 300,4 bilhões em salários em 2017. A receita líquida de vendas somou R$ 3 trilhões. O VTI foi calculado em R$ 1,2 trilhão, sendo 91,3% apenas das indústrias de transformação – e, nessa área, apenas oito empresas responderam por 19%. As empresas com 500 funcionários ou mais representam quase 70% da receita.

No recorte por setor, o segmento de produtos alimentícios aumentou sua participação, respondendo por 22,9% da receita líquida, ante 16,1% em 2008.  O setor que inclui veículos automotores, reboques e carrocerias perdeu 2,8 pontos percentuais, passando para de 11,7% para 8,9%.

Fonte: Rede Brasil Atual

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a “reforma” da Previdência, nesta terça-feira (4), como uma medida para equilibrar as contas públicas. Em debate na Comissão de Finanças e Tributação na Câmara dos Deputados, em que foi convocado para explicar os impactos econômicos e financeiros da proposta, o chefe da pasta comparou a situação do país a uma “baleia ferida, arpoada várias vezes, que foi sangrando e parou de se mover”.

O argumento reitera a visão do governo de que, gastando menos com a Previdência e a seguridade social, o Estado teria mais recurso para fazer investimentos, criando ainda confiança no mercado quando, na verdade, o que está sendo promovido é um corte que retira direitos, reduz benefícios e afasta o trabalhador do acesso à aposentadoria, como observa o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.

“Vamos equilibrar as contas fazendo cortes no benefício social. É como se uma família fizesse o equilíbrio do orçamento cortando alimentos, a escola dos filhos, ou o plano de saúde sem dar assistência. É isso que o governo está fazendo”, afirma o diretor técnico em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.  Ao contrário do que defende a equipe econômica, Clemente propõe que a reorganização do orçamento da União ocorra por meio de uma reforma Tributária, que seja mais justa no sentido de combater privilégios, e garanta o papel social e na distribuição de renda que são feitos pela Previdência.

“Esse corte tirará a capacidade de consumo das famílias que recebem os benefícios da Previdência. A reforma tem também um impacto regional porque esse corte afeta mais os trabalhadores de baixa renda do Norte e Nordeste. Creio que o resultado que (o ministro) espera, ele não vai encontrar. Se ele fez a comparação da baleia, talvez o governo esteja dando mais um tiro nela, comprometendo ainda mais a própria dinâmica da economia brasileira”, finaliza Clemente.

Ouça a entrevista: https://soundcloud.com/redebrasilatual

Fonte: Rede Brasil Atual

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, que assessora a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), enviou um ofício para pedir a imediata suspensão da transferência de empregados de áreas meio e da Matriz da Caixa para agências do banco até em outros estados.

Para Dionisio Reis, coordenador da CEE, esta é mais uma medida que visa o enfraquecimento da instituição. “Desde janeiro, a Caixa vem sofrendo um processo de precarização, simbolizado principalmente pela venda das áreas mais rentáveis, como a de cartões e seguros. Essa política de pressão e chantagem com os trabalhadores faz parte do processo de desmonte do banco.”

O plano de realocação de pessoal da Matriz foi lançado na quinta-feira (30), sem qualquer diálogo com as representações dos empregados e faltando poucos dias para o encerramento do prazo para adesão ao Programa de Demissão Voluntária (PDV), previsto para sexta-feira (7).

Na avaliação das entidades representativas dos trabalhadores da Caixa, o programa de realocação foi elaborado sem considerar os impactos que trará nas áreas envolvidas. Em videoconferência, realizada nessa segunda-feira (3), pela manhã, a direção do banco anunciou que serão afetados pela realocação para agências cerca de 1.050 empregados sem função ou com a gratificação já incorporada ao salário.

Fonte: Contraf-CUT