Maio 20, 2025
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O assassinato do congolês Moïse Kabagambe a pauladas na Barra da Tijuca; a morte a tiros de Durval Teófilo Filho, em São Gonçalo, que implorou para que o seu vizinho militar não atirasse contra ele; a abordagem racista num shopping denunciada pelo dentista Igor Palhano, de 30 anos, filho do humorista Mussum; entre tantos outros casos que, com frequência estampam a mídia brasileira, não são casos isolados e precisam ser discutidos pela sociedade todos os dias.

No entanto, o Dia Internacional contra a Discriminação Racial, nesta segunda-feira, 21 de março, é oportunidade para se refletir profundamente sobre o tema. “Temos que nos indignar contra a banalização da morte e o extermínio de negros e pobres”, convoca Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A segregação também é forte no mercado de trabalho. Mesmo quando têm mais qualificação profissional e nível de escolaridade, negros e negras recebem salários inferiores e são os mais afetados pelo desemprego. Pesquisa feita no ano passado pelo Instituto Guetto revelou que quase metade das pessoas negras “não se sentem pertencentes ao seu ambiente de trabalho”, por sofrerem algum tipo de discriminação em sua atividade profissional.

Em outra pesquisa, feita em fevereiro deste ano pela empresa digital de colocação profissional Catho, 58% dos profissionais negros disseram não ter as mesmas oportunidades que os brancos. Esse sentimento pode ser conferido dentro da própria categoria dos bancários: dos cerca de 450 mil trabalhadores no setor, segundo o IBGE, apenas 24,7% são negros. “E também sabemos que nas demissões dos últimos anos, muitos negros e negras foram desligados; o sistema financeiro tem sim uma política discriminatória e a cor da pele é um dificultador na ascensão profissional”, denuncia Almir.


O dia contra racismo

O Dia Internacional contra a Discriminação Racial foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1966, em memória ao “Massacre de Shaperville”, ocorrido em 21 de março de 1960, em Johanesburgo, durante o regime Apartheid na África do Sul. Nessa data, cerca de 20 mil pessoas protestavam contra a “lei do passe”, que obrigava os negros a andar com identificações que limitavam os locais da cidade por onde poderiam circular. Tropas do regime baseado na discriminação racial atacaram os manifestantes e promoveram uma chacina: 69 pessoas foram assassinadas e 186, feridas.

“Esta é uma data para reflexão para que possamos, negros e brancos, lutar para banir o preconceito e o racismo. Esta mudança depende de nós, inclusive no voto das eleições de 2022, buscando representações de trabalhadores, mulheres, indígenas, negros e negras e LGBTQIA+. É a oportunidade de um recomeço da luta pela emancipação popular, igualdade de oportunidades e justiça social. Que nossa voz, ação, voto e participação sejam a voz contra toda a forma de opressão, intolerância e discriminação”, reforça Almir, que também é militante do Movimento Negro Unificado (MNU).

Fonte: Contraf-CUT

Quando a quinzena é boa para José Wathynson, ele tira cerca de R$ 1.500 como entregador de aplicativo. Essa poderia até ser uma boa média salarial, não fossem os gastos com gasolina, que nos últimos meses tem pesado no bolso do motoboy. “Você tem que trabalhar mais horas agora, né? Por que já que a gente é motoboy num tem salário fixo. Se trabalhar tem dinheiro, se não trabalhar não tem. Quando eu tinha que pagar minhas contas, normal, a gente trabalhava entre 7, 8 horas. Agora tem que trabalhar 10, 11 horas por dia só pra pagar as contas”, lamenta Wathynson. 

Já Francisco Alexandre Santos utiliza a moto como meio de transporte para se deslocar de casa até o condomínio onde trabalha como porteiro. Ele também tem sentido significativamente a escalada de preços dos combustíveis. “É triste, antes quando eu abastecia totalmente o tanque, eu botava R$ 60 reais, com esse aumento absurdo agora vou chegar a pagar uns R$70/ 80 reais. Isso vai fazer falta no final do mês. Infelizmente tem que dar aquele jeitinho brasileiro, né? Tentar tirar de um e botar em outro. Sempre vai faltar algo daquilo que não poderia faltar, mas infelizmente vai ficar apertado”, explica Alexandre. (Continua após o vídeo.) 

Para as mudanças sucessivas na bomba, a explicação vem do aumento de preços nas refinarias, que trouxe um reajuste de 24, 9% no preço do óleo diesel, de 18,7% na gasolina, e de 16% no gás de cozinha. Com mudanças tão drásticas, só recorrendo aos especialistas para entender essa dinâmica. O economista Fábio Sobral explica o que está por trás de tantas altas de preços nos últimos anos: “Ela é provocada pela política de preços da Petrobras, ela dolarizou seus preços. Ela optou inclusive por se desfazer de certas partes da Petrobras, optou por entregar os lucros para os acionistas e não reinvestir no processo de refino, de distribuição do petróleo e do gás, ela se tornou então uma empresa predatória em relação ao mercado nacional”.

“A Petrobras sobe os combustíveis, os combustíveis são a base da matriz energética e do transporte de pessoas e cargas, então isso vai provocando uma reação em cadeia. Reduz o número de movimentações das pessoas, aumenta o preço dos fretes. Isso faz com que as pessoas gastem mais em combustíveis. Se elas gastam mais em combustível, elas deixam de gastar em outras áreas do consumo. Então o comércio sofre, o comércio sofrendo a indústria sofre, e isso vai em cadeia até o começo do processo produtivo”, explica Sobral. 

E nessa reação sofre principalmente a grande parcela da população que ganha menos, como é o caso da diarista Maria Martins, que praticamente não vê o a cor do dinheiro que recebe: “Esse aumento é um absurdo, porque eu não sei como é que o gás aumenta pelo salário todinho. Porque nem o salário subiu desse tanto, vai subir só no gás. Só que não vai subir só gás, vai subir tudo o que a gente for comprar, vai estar com um preço bem mais alto. E como é que a gente vai fazer com o salariozinho que não aumentou nada?”, questiona.

Ana Sheila dos Santos, que trabalha como serviços gerais em uma academia, também tem sofrido para equilibrar o orçamento doméstico: “a gente já não ganha o salário digno, né? O salário aumenta cem reais e o e o gás aumenta um absurdo. Fora as outras coisas como a comida, que é o mais caro e que a gente tem que comer todo dia. Um absurdo! Você chega no supermercado com R$ 100 e não traz nada. Então a gente corta outras coisas. Corta internet, que a gente tem que ter por conta dos filhos, pra estudar, mas vai cortando nas coisas que são menos necessárias pra poder equilibrar essas contas”. 

Guerra na Ucrânia influencia, mas o problema é anterior

A pandemia e a guerra na Ucrânia, até tem sua parcela de culpa na situação, mas o problema enfrentado hoje já vem de antes. É o que defende o Diretor do Sindpetro Ceará/Piauí, Fernandes Neto: “Em 2016, depois do golpe contra a presidenta Dilma, a política de preços da Petrobras foi alterada. Ela hoje utiliza o que a gente chama da PPI, é o Preço de Paridade Internacional. Ele leva em conta, e não deveria levar, a cotação do dólar - o nosso câmbio. Como a nossa moeda está muito desvalorizada em relação ao dólar, então já é o primeiro impacto. Mas leva em conta também o preço do barril de petróleo internacional, apesar da gente produzir o nosso petróleo aqui em real. Além disso, todos os custos de importação desses produtos. Então a Petrobras está tendo um lucro exorbitante em cima dos seus combustíveis, porque ela está cobrando um preço bem acima do que ela deveria estar cobrando, devido a toda essa política que vincula preço dos combustíveis ao mercado internacional”. 

Fonte: BdF Ceará

Como médico infectologista e professor universitário que atende pacientes e supervisiona o atendimento dos meus alunos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) da periferia de São Paulo e Campinas, afirmo: ainda não é momento de suspender o uso de máscara. O mais importante princípio na área da saúde é a precaução.

Alguns estados do país flexibilizaram o uso e vejo a medida como um “complexo de vira lata” por parte de alguns governantes que tomaram a decisão baseada em países da Europa, mas estão se esquecendo que o hemisfério norte vive o início da primavera e, depois, o verão, estações em que os vírus se proliferam em menor velocidade.

No hemisfério sul, em breve entraremos no outono/inverno, que é o período de crescimento das doenças respiratórias, e neste ano teremos a combinação de três fatores importantes: as gripes sazonais, os procedimentos, tratamentos, cirurgias, diagnósticos represados por conta da pandemia que estão sobrecarregando os serviços de saúde e o surgimento de novas variantes da covid-19.

A mais recente cepa que está em circulação e que casos foram confirmados pelo Ministério da Saúde é da variante deltacron, que possivelmente está circulando há, no mínimo,15 dias no Brasil.

 Nossa taxa de vacinação ainda está baixa em um Brasil que sempre cumpriu rigorosamente as metas de imunização da Organização Mundial da Saúde (OMS). Quando estive no Ministério da Saúde recebemos certificados de controle de doenças como sarampo e rubéola.

A meta da OMS é que 95% da população idosa e pessoas com comorbidades estejam totalmente vacinados, com as três doses. O Brasil não tem 70% do grupo de risco imunizado e nem 80% da população totalmente vacinada e não vamos alcançar essas metas enquanto o ritmo da vacinação continuar lento.

Um levantamento divulgado apontou que mortes por covid em não vacinados em São Paulo entre dezembro e fevereiro foram 26 vezes maior do que em vacinados.

Nesse momento, o governo federal deveria estar reforçando a campanha de vacinação, fazendo o dia “D” da imunização, o que não está fazendo.

Ao invés disso, o Ministério da Saúde está passando a ideia de que a pandemia acabou e quer decretar seu fim, um absurdo! Quem decreta fim de pandemia é a OMS. É um escândalo.

A pedalada sanitária que quer dar o governo federal é muito preocupante, a pandemia não acabou e decretar o seu fim é irresponsabilidade.

Por isso, reforço a recomendação: permaneçam usando máscaras e vacinem-se.


*Alexandre Padilha é médico, professor universitário e deputado federal (PT-SP). Foi ministro da Coordenação Política de Lula e da Saúde de Dilma e secretário de Saúde na gestão Fernando Haddad na cidade de São Paulo

Em reunião com o banco Santander, na manhã desta sexta-feira (18), o movimento sindical bancário reforçou que é terminantemente contrário ao retorno ao presencial dos trabalhadores do grupo de risco para Covid-19. O comunicado do banco, divulgado nesta semana, convoca todos os trabalhadores que têm comorbidades, incluindo grávidas e funcionários não vacinados, para o trabalho presencial a partir de 4 de abril.

“Nessa reunião, que contou inclusive com a médica do trabalho que assessora o banco, deixamos claro que essa medida é uma temeridade, principalmente com a chegada da variante Deltacron no Brasil e no mundo. Ainda não podemos falar em fim da pandemia. Quem determina o fim da pandemia é a OMS (Organização Mundial da Saúde) e não o governo federal”, destacou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE Santander), Lucimara Malaquias, que é dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Diante da postura do banco, o movimento sindical orienta os bancários e bancárias que não se sentirem seguros em voltar ao presencial que procurem seus médicos assistentes para laudos que indiquem a condição de saúde do trabalhador e se há ou não segurança para o seu retorno. Pois o banco se comprometeu em avaliar individualmente os casos em que o médico do trabalhador não recomenda o retorno.

O banco também se comprometeu em analisar individualmente os casos de não vacinados que têm justificativa médica para não terem tomado a vacina contra o coronavírus.

Carta ao Santander e mobilização nacional

Ainda nesta sexta-feira, foi enviada uma carta ao banco reforçando a posição contrária ao retorno e elencando reivindicações do movimento sindical na tentativa de minimizar os impactos e riscos para esse grupo. Entre elas:

  • a reivindicação de que se mantenha a obrigatoriedade do uso de máscaras, independentemente da legislação local;
  • e que a equipe médica do Santander forneça um documento no qual especifique tecnicamente quais são as medidas que o banco está tomando para garantir a segurança, a saúde e a vida dos trabalhadores de maior risco.

“É importante ressaltar que o médico do trabalho tem responsabilidade legal em todas as assessorias e orientações que ele dá para o banco Santander”, observou Lucimara.

Além disso, o movimento sindical está tirando um calendário de lutas e denúncias contra o Santander. “Aumentaremos a mobilização nacional contra essas medidas e estamos estudando, inclusive, denúncias formais a órgãos competentes. O momento é de apreensão, a pandemia não acabou e a responsabilidade é de todos na prevenção contra o vírus”, concluiu.

Fonte: SPBancários, com edições da Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal negou a posse para aproximadamente 58 candidatos aprovados no concurso específico para pessoas com deficiência (PCDs) realizado em 2021 sob a justificativa de inaptidão para o exercício bancário ou descaracterização da deficiência. Candidatos aprovados que tiveram sua posse negada estão realizando diversas denúncias.

Para resolver o impasse, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) solicitaram, nesta sexta-feira (18), a mediação do Ministério Público do Trabalho, com a posse dos candidatos que preencherem os requisitos legais, e, caso não se chegue a uma solução, a investigação pelo MPT a respeito das denúncias e, sendo o caso, o ajuizamento de ação judicial.

Conforme previsto no edital do concurso (edital nº 4/2021/NM), antes do certame, os candidatos inscritos já tinham sido submetidos a junta médica. No entanto, após a prova, a Caixa submeteu os aprovados a nova junta médica e passou a eliminar inúmeros deles.

“Há denúncias de arbitrariedades no entendimento da Caixa do que se configura como deficiência, por vezes dando posse a candidatos com a mesma deficiência que candidato eliminado”, informou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretaria de Cultura da Contraf-CUT, ressaltando que as exigências pós-certame não constam no edital e a Caixa não demonstra as razões da falta de o tratamento não isonômico com o(s) candidato(s) sabatinado(s).

“Fazer exigências não previstas no edital, mais do que irregular, é uma atitude extremamente arbitrária e desrespeitosa. Esperamos uma solução”, pontuou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Mais contratações

A coordenadora da CEE destacou ainda a sobrecarga à qual estão submetidos os empregados da Caixa. “Estamos acompanhando os casos atentos aos absurdos cometidos para que se evite contratação destes colegas. Alguns foram contratados em concursos de outras empresas como PCDs e a Caixa está dizendo que eles não estão caracterizados como tal”, disse.

“Nossa luta é pela contratação de mais empregados de uma forma geral, pois há uma enorme sobrecarga sobre os que estão trabalhando atualmente. Então, é preciso contratar PCDs e também não PCDs para contribuir na divisão de tarefas”, concluiu.

A Comissão de Organização de Empresas (COE) do Bradesco se reuniu na manhã desta sexta-feira (18) para discutir um comunicado do banco sobre a volta ao trabalho presencial das funcionárias grávidas. No documento, o banco informou que irá convocar o seu retorno ao trabalho presencial de forma voluntária, apenas com o ciclo vacinal completo.

“Nossa cobrança é que o retorno das grávidas permaneça sempre de forma voluntária. Avaliamos que este retorno ainda é precoce, pois a pandemia não acabou. Entretanto, como o governo federal – que em momento algum desta pandemia se preocupou com a vida dos brasileiros – liberou, o banco se sentiu confortável para convocar. Nosso papel agora é garantir que nenhuma delas se sinta obrigada a colocar a vida dos filhos em risco”, declarou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco.

O comunicado abordou ainda o uso de máscara dentro das agências. Os funcionários permanecem obrigados a usar o equipamento de proteção em todo o Brasil. Porém, nas cidades em que houve a liberação da obrigatoriedade, a instituição não pode exigir o mesmo dos clientes.

Magaly Fagundes lembrou que o banco tem um compromisso de chamar o movimento sindical para negociar o retorno do grupo de risco, antes de qualquer anúncio. “Esperamos que nosso acordo seja respeitado”.

A reunião da COE discutiu ainda a organização do Encontro Nacional dos Funcionários do Bradesco, que deve acontecer no formato híbrido, no início de junho.

Fonte: Contraf-CUT

A direção do Banco do Brasil apresentou para a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (17), a proposta de Trabalho Remoto Institucional (TRI) que será implementada ainda no mês de março.

Os funcionários só poderão trabalhar em home office por dois dias na semana. Para cada departamento ficará estabelecido, no máximo, 30% de ausências físicas programadas da dotação da dependência, incluindo-se férias, abonos e trabalhadores do grupo de risco que já estejam em home office. As ausências não programadas, como por exemplo ausências médicas, não estarão contempladas nesse cálculo.

“Embora haja esse percentual de ausências programadas, será possível colocar um percentual maior de bancários em home office, da ordem de 60 a 80%, desde que as diretorias e unidades façam opção pelo rodízio de funcionários que estariam semanalmente em teletrabalho nos seus departamentos”, avalia Getúlio Maciel, representante da Federação dos Bancários no Estado de São Paulo (Fetec-SP) na CEBB.

Inicialmente, esse projeto contemplava poucos locais de trabalho em departamentos. Porém, o modelo avançou para todas as áreas, como diretorias e unidades. Para tanto, será preciso respeitar os critérios já acordados anteriormente no acordo específico de teletrabalho do BB, aprovado pelos funcionários no final de 2020, como a voluntariedade e mútuo acordo entre o banco e o funcionário; elegibilidade do processo de trabalho para o teletrabalho e elegibilidade do funcionário para esse tipo de trabalho.

O coordenador da CEBB, João Fukunaga, lembrou que o teletrabalho institucional é a possibilidade de trabalhar um período, em modelo híbrido, de casa. “A proposta do banco não contempla o que desejamos, que seria uma abrangência maior das pessoas em home office; mas com o acompanhamento e a devida avaliação periódica pela empresa e representantes dos trabalhadores, poderemos conseguir mais avanços, e nesse momento, o teletrabalho virá ao encontro de muitos trabalhadores. Neste momento, depois de um ano e meio, temos de consolidar a implementação, ela não é perfeita mas queremos e podemos avançar muito e conseguir a melhor forma de termos um teletrabalho justo e coerente”, avaliou.

Os representantes dos funcionários cobraram ainda atenção e melhor avaliação em relação aos trabalhadores dos Escritórios Digitais e das Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB), que podem não ser contemplados nesse momento. “São colegas que fazem atendimento presencial externo, e conseguiriam fazer o trabalho remotamente. Nas CRBBs, os problemas vão além, já que muitos desses locais de trabalho aparentam insalubridade e precisam de melhorias. Portanto, é importante contemplar esses colegas nesse novo tipo de trabalho”, completou Fukunaga.

Conheça os principais prontos da proposta:

  • Autoriza o início do uso do Trabalho Remoto Institucional – TRI, mantendo as premissas do ACT Teletrabalho 2021-2023: Elegibilidade dos processos, Elegibilidade do funcionário e Mútuo Acordo.
  • Estabelece o percentual diário de ausências físicas dos funcionários (incluindo TRI) em no máximo 30% da dotação da unidade.
  • Estabelece a frequência de trabalho remoto em até dois dias na semana ou equivalente mensal caracterizando o trabalho remoto híbrido.
  • Excepcionalmente, para unidades onde as mudanças físicas em função de estratégias adotadas anteriormente impeçam a adoção do TRI na frequência e percentuais acordados com as áreas gestoras, essas condições poderão ser flexibilizadas temporariamente.

Fonte: Contraf-CUT

Com base em dados divulgados pelo próprio site oficial da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), as Chapas 6 e 77 – Unidos por uma Cassi Solidária -, denunciaram que a entidade apresentou resultado operacional negativo de R$ 124 milhões nos primeiros 11 meses de 2021, mesmo tendo recebido R$ 3,6 bilhões a mais em aportes do banco e dos associados nos últimos 3 anos.

Em menos de 48 horas, os candidatos receberam da Comissão Eleitoral um comunicado de advertência para não divulgarem mais as informações. A Comissão ainda vazou a advertência à chapa da situação, formada pelo Grupo Mais, que passou a usá-la no contra-ataque da campanha.

Campanha velada

Desde que a disputa às Eleições Cassi 2022 começou oficialmente, no dia 11 de fevereiro, o site oficial da Cassi vem disparando uma série de notas em tom de elogio à atual gestão, que também disputa, através do Grupo Mais, a reeleição nos cargos à Diretoria de Risco Populacional, Saúde e Rede de Atendimento e para metade dos membros do Conselhos Deliberativo e Fiscal.

A principal manifestação do apoio aconteceu logo na primeira semana da disputa, quando a entidade divulgou a decisão de reduzir os percentuais de coparticipação para o Plano Associados, cobrança feita pelos funcionários do BB há, pelo menos, dois anos.

“Já nesta ocasião, por meio da Contraf-CUT e das entidades que representam os funcionários, nós levantamos as suspeitas de oportunismo praticados pela gestão da Cassi, com uso político da entidade e do seu site oficial em pleno período eleitoral”, lembrou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “E, como eu disse na ocasião, não podemos permitir a mistura institucional com a campanha eleitoral. O uso da máquina para fins particulares fragiliza a democracia e a governança da entidade”, completou.

Mas a página oficial da Cassi não parou por aí. Nas semanas seguintes, fez publicações sobre aumento de cobertura, balanço financeiro, telemedicina e atualização do modelo de organização da entidade para “melhorar a eficiência”.

“O surpreendente é que, em todas essas áreas, as chapas de oposição, durante a campanha, levantaram problemas que a Cassi precisa resolver. E, logo em seguida, o próprio portal oficial da Cassi, divulgava notas sobre esses mesmos pontos”, observou o coordenador da CEBB.

Na outra ponta, o BB tem usado sua própria estrutura de comunicação para escoar as informações elogiosas à atual gestão da Cassi – portanto, à chapa da situação – para as funcionárias e funcionários.

“O que estamos vendo é o uso da estrutura oficial da Cassi, do BB e até do próprio Comitê Eleitoral, que deveriam ser isentos nesta campanha, usando os canais de comunicação de maneira explícita ou velada, para os candidatos da situação”, alertou Fukunaga. “Nós já estamos acionando as entidades representativas dos funcionários do BB, aposentados e da ativa, para que fiquem atentos a este esquema. A Cassi é uma conquista dos associados e precisa estar a favor dos interesses de cada um deles. O Banco do Brasil já tem seus indicados na direção da entidade, inclusive o presidente. Não podemos permitir que continue tendo mais poder que, constatado nos últimos anos, aumenta os custos dos associados e afasta a responsabilidade do patrocinador”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

A Chapa 1 - "Bancário é Essencial”, foi eleita na noite desta quinta-feira, 17 de março de 2022, com 99% dos votos válidos, para administrar o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense pelos próximos quatro anos.

A votação começou na terça-feira (15), e se encerrou hoje (17), após a contagem de votos, na sede do Sindicato, em Duque de Caxias.

Urnas itinerantes percorreram as agências bancárias dos dez municípios que compõem a base territorial do Sindicato. Além disso, foram disponibilizadas urnas fixas em sua Sede e na SubSede, em Nova Iguaçu.

A participação de bancários e bancárias nos dias de votação foi bastante expressiva, mostrando o comprometimento da categoria com a entidade sindical.

Pedro Batista, Coordenador Geral, destacou a expressiva votação: "O resultado da eleição é o reflexo de um trabalho bem feito. Um trabalho que vem sendo feito há bastante tempo e que vem dando excelentes resultados em muitas áreas do Sindicato."

"Serão mais quatro anos para que a unidade seja fortalecida. Precisamos estar unidos. A começar, neste ano importante de 2022, onde teremos eleições", comentou José Laércio, Coordenador Geral do Sindicato.

Renata Soeiro, Coordenadora Geral eleita, também falou da importância do ano de 2022: "Este ano teremos eleições gerais, negociação coletiva dos bancários, entre outros acontecimentos importantes. Isso tudo, numa pandemia que, apesar de terem flexibilizado muitas medidas de segurança, ela ainda não acabou. A partir de agora é manter e reforçar nosso trabalho de base e o compromisso com a categoria. Deixo meu muito obrigada à todas e todos que votaram e acreditaram na Chapa 1. A luta continua."

 

 

Retorno ao trabalho dos afastados por licença médica, o programa de remuneração variável e o retorno sobre o banco de horas negativas foram os pontos da pauta da reunião entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco, na tarde desta quarta-feira (16).

Logo no início da negociação, os representantes do Itaú avisaram que não tiveram tempo hábil para o retorno da proposta de compensação das horas negativas. Na última reunião, realizada na semana passada, o movimento sindical propôs que, a partir de 31 de agosto, vencimento do acordo, quem ficar devendo as horas, seja abonado a todos os funcionários. A ideia surgiu por ser um grupo pequeno, que não conseguiu repor as horas por falta de equipamentos ou problemas pessoais.

Programa Recomece

A reunião continuou com a apresentação pelo banco do programa Recomece, que já está em fase de testes no Rio de Janeiro. Ele é voltado para todos os colaboradores que estão aptos a retornar ao trabalho, após afastamento por problemas de saúde, mas necessitam de um retorno gradual. Os trabalhadores que ficaram mais de 180 dias afastados entram no programa automaticamente e os que ficaram menos de 180 dias, só entram no programa com indicação médica.

O Recomece oferece curso de atualização, ajustes de metas, retorno gradativo, acompanhamento por assistente social e psicólogo. A duração é de 15 dias e pode ser ampliado por mais 15 dias. Se depois deste período o trabalhador não estiver apto, ele será encaminhado para o INSS.

Luciana Duarte, coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do banco, criticou a ausência da medicina ocupacional do banco no programa. “A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria prevê uma equipe interdisciplinar neste tipo de acompanhamento, na qual a equipe de medicina ocupacional do banco deve estar envolvida. Esta é a primeira falha”, apontou. “A recomendação do médico assistente, aquele que acompanha o dia a dia do trabalhador e a evolução dos seus casos de doenças, é muito importante para nós. A opinião dele neste processo é de suma importância e precisa constar no programa”, completou.

O movimento sindical também pediu transparência nos processos de testagens de novos projetos. “Nós ficamos sabendo da existência deste Recomece pela base”, denunciou Carlos Damarindo, membro do GT de Saúde. “Ninguém é contra o programa, só precisamos dar o ponto de vista do trabalhador, para contribuir com sua construção”.

O tema será debatido pelo GT de Saúde.

Remuneração

A COE Itaú cobrou uma negociação específica e exclusiva sobre remuneração. “O Gera já teve inúmeras mudanças, mas ainda não conseguimos chegar nem perto do ideal. Precisamos de um espaço específico para encaminhar nossos pontos de vista. Nós queremos poder discutir ponto a ponto”, afirmou o coordenador da COE Itaú, Jair Alves, ao lembrar que o ideal seria construir um programa em conjunto com o banco, com metas e remunerações determinadas por ambas as partes. “Entretanto, o banco apresentou o problema pronto e pra gente trabalhar em cima dos problemas que percebemos. É muito ruim quando o movimento sindical fica sendo apenas um telespectador. A gente quer a oportunidade de construir junto. Ser consultor é meio que apagar incêndio”, completou. “Remuneração não é só o programa Gera, envolve a mudança de nomenclatura, salários e diversos outros pontos que interferem no dia a dia dos trabalhadores”, finalizou Jair Alves.

A COE Itaú vai encaminhar, por intermédio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), um ofício com os principais pontos de mudanças sugeridas para o GERA.

Fonte: Contraf-CUT