Maio 23, 2025
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​Funcionários ficam sobrecarregados; clientes têm menos postos de atendimento e precisam esperar mais tempo nas filas

Uma reportagem publicada no jornal Valor Econômico nesta sexta-feira (3) atesta as afirmações do movimento sindical de que o Bradesco, assim como os demais bancos que atuam no país, tem usado a estratégia da redução de pessoal e de postos de atendimento para aumentar ainda mais seus lucros já astronômicos. O banco obteve um Lucro Líquido Ajustado de R$ 14,162 bilhões nos nove primeiros meses de 2017. O número representa um crescimento de 11,2%, em relação ao mesmo período de 2016 e de 2,3% no trimestre (leia mais sobre o lucro do Bradesco).

Segundo o jornal, o banco fechou 223 agências somente no terceiro trimestre de 2017, reduzindo sua rede para 4.845 unidades no final de setembro. Após a incorporação do HSBC, em setembro de 2016, o banco chegou a ter 5.337 agências.

A reportagem informa ainda que Alexandre Glüher, vice-presidente responsável pelas áreas de relações com investidores e gestão de riscos do banco, disse que "os ajustes continuarão a ocorrer para ajustar a estrutura à necessidade dos clientes".

Demissões
Além de fechar unidades, a redução do quadro de pessoal também faz parte desses “ajustes”. A holding encerrou setembro de 2017 com uma redução expressiva de 9.234 postos de trabalho em relação ao mesmo mês no ano passado, apesar da incorporação dos trabalhadores HSBC, que tinha aproximadamente 20 mil trabalhadores. Atualmente, o quadro de funcionários conta com 100.622 empregados.

O banco anunciou, em julho de 2017, um Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE) e o saldo pode cair ainda mais até dezembro de 2017, tendo em vista que no plano há o prazo de até 180 para o efetivo desligamento. O jornal informa que o PDVE contou com 7,4 mil adesões e que o banco deve economizar R$ 1,5 bilhão por ano somente com essa redução de funcionários.

Quando houve a incorporação do HSBC, o banco prometeu que não fecharia agências. O fechamento de agências e a redução de pessoal sobrecarrega os funcionários que permanecem e prejudica os clientes, que tem menos postos de atendimento e precisam esperar mais tempo nas filas.

Tem circulado mensagem entre bancários do Banco do Brasil, ativos e aposentados, com informações inverídicas sobre suposta intenção do banco em não pagar mais os planos da Cassi para os aposentados, chamados de pós-laborais, a partir de um plebiscito. O Sindicato esclarece que tal informação não procede, uma vez que existe negociação válida sobre a Cassi até 2019.

“A proposta de retirar o compromisso do banco com os aposentados foi a primeira apresentada pelo BB em 2016 em negociação sobre a Cassi. Tratava-se da criação de um fundo cujo valor correspondia as obrigações com os já aposentados e com funcionários da ativa quando aposentados. Sindicatos e outras entidades representativas uniram forças e esclareceram os perigos da proposta. Como resultado desta mobilização e de debates, conseguimos reafirmar o compromisso do BB com a saúde de seus funcionários, obrigando o banco a aumentar sua contribuição com a entidade na mesma proporção que os associados e funcionários do BB até 2019”, esclarece o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga.

“Lembrando que o acordo assinado, válido até 2019, nunca foi tratado como solução definitiva para a Cassi, e sim para evitar justamente a desresponsabilização do BB com a aposentadoria; a intervenção da Agência Nacional de Saúde (ANS); e como uma forma de pensar conjuntamente soluções mais perenes para nossa caixa de saúde”, acrescenta.

O diretor do Sindicato lembra que a ameaça real a Cassi, e todos os planos de saúde do funcionalismo público, parte do governo Temer. Duas resoluções não oficiais da CGPAR – órgão vinculado ao Ministério do Planejamento – descrevem propostas que na prática inviabilizam os planos de saúde de empresas públicas, como é o caso da Cassi.

Dentre as mudanças estão: a paridade de custeio entre a mantenedora (empresa estatal) e empregados (50% para cada parte); imposição de limite de gastos com assistência à saúde a 8% da folha de pagamento de ativos e aposentados; novas adesões aos planos existentes só poderão ser feitas se as contribuições forem distintas por faixa etária e faixa salarial; todo plano de empresa estatal deverá cobrir coparticipação nos serviços de saúde.

“Entendemos que se trata de franco ataque do governo aos direitos dos trabalhadores e que será necessário muita luta e organização dos trabalhadores para defendermos nossos direitos e entidades. Porém, o que vale especificamente para a Cassi é a carta de compromissos assinada pelo BB, Contraf e demais entidades representativas dos funcionários; e o acordo de aumento da contribuição de forma esporádica dos associados e do BB até 2019, aliado ao compromisso do BB em discutir medidas estruturantes na entidade que visem a sua perenidade”, conclui João.

Fonte: SPBancários

Pesquisa aponta para queda nas vagas de empregos com carteira assinada


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou, na terça-feira (31), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que mostra um avanço no número de trabalhadores informais no Brasil.

O levantamento é o primeiro após a aprovação da Reforma Trabalhista, dia 11 de julho de 2017, no Congresso Nacional. Dois dias depois, o presidente ilegítimo do Brasil, Michel Temer, sancionou o projeto.

De acordo com o estudo, houve um crescimento de 11% para 12% na quantidade de pessoas que estão trabalhando sem carteira assinada, os autônomos saíram de 24% para 25%. O emprego formal sofreu queda de 38% para 36% no último ano.

Em relação ao mês de setembro de 2016, o Brasil tem quase um milhão de desempregados a mais, chegando a 13 milhões de pessoas que não estão empregadas, ou 12,4% da população apta ao trabalho.

Em três meses (junho, julho e agosto), foram abertas 1,061 milhão de vagas, a maioria são trabalhadores autônomos (402 mil), seguidos pelos trabalhadores sem carteira, incorporados pelo setor privado (288 mil). Houve avanço, também, no setor público (191 mil).

De acordo com o IBGE, nos últimos doze meses, houve crescimento no número de vagas no comércio e serviços, com estagnação da indústria e queda na construção civil e agricultura.

Fonte: CUT

A Fenae defende que as investigações sejam conduzidas de forma isenta e célere, e que todas as apurações sejam feitas

Na última quarta-feira (1º), a Justiça transformou em réus dez acusados na Operação Greenfield por gestão temerária e fraudulenta na Funcef. A denúncia se refere à aprovação e aplicação de R$ 141 milhões em parceria com a Ecovix. Entre os réus, estão cinco ex-dirigentes da Funcef.

Com a decisão, do juiz Vallisney de Oliveira, passam a ser réus cinco ex-diretores da Funcef, entre eles: o ex-diretor-presidente, Carlos Alberto Caser; o ex-diretor de investimentos, Demosthenes Marques; e o ex-diretor de participações societárias e imobiliárias, Luiz Phillips Peres Torelly. Também viraram réus os sócios da Engevix, José Antunes Sobrinho, Cristiano Kok e Gérson Almada; Vitor Hugo dos Santos Pinto, ex-gerente Nacional de Fundos de Habitação da Caixa; e Walter Torres Júnior, da WTorre engenharia. Os réus terão dez dias para apresentar sua defesa.

A Fenae defende que as investigações sejam conduzidas de forma isenta e célere, e que todas as apurações sejam feitas. Isso é o que os participantes da Funcef esperam.

Fonte: Fenae

O saldo ainda pode cair mais até dezembro de 2017, já que o banco atravessa um processo de PDVE

O Bradesco obteve um Lucro Líquido Ajustado de R$ 14,162 bilhões nos nove primeiros meses de 2017. O número representa um crescimento de 11,2%, em relação ao mesmo período de 2016 e de 2,3% no trimestre.

Em contrapartida, a holding encerrou setembro de 2017 com uma redução expressiva de 9.234 postos de trabalho em relação ao mesmo período no ano passado, apesar da incorporação, em setembro de 2016 dos trabalhadores banco HSBC, que tinha aproximadamente 20 mil trabalhadores. Atualmente, o quadro de funcionários conta com 100.622 empregados.

Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e funcionária do Bradesco, critica o fato desses altos números virem sem nenhuma contrapartida social e com redução no pagamento de impostos, manobra que vem sendo investigada pela Receita Federal. “Num momento de crise econômica, política e social, o sistema financeiro está nadando de braçada com lucros exorbitantes e sem nenhuma contrapartida para a sociedade. O Bradesco fechou quase 500 agências e eliminou mais de 9000 postos de trabalho. Isso nem está contabilizado todo PDVE, já que o balanço é até setembro e tem pessoas que ainda estão sendo desligadas. Vamos cobrar do banco reposição das vagas e promoção dos funcionários que ficaram executando a função dos que saíram.”

O banco anunciou em julho de 2017 um Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE) e o saldo ainda pode cair mais até dezembro de 2017, tendo em vista que no plano há o prazo de até 180 para p efetivo desligamento. Foram fechadas 492 agências e abertos 6 novos postos de atendimento (PA).

O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 18,1%, com aumento de 1,9 p.p. em doze meses. Segundo o Banco, o lucro líquido ajustado do período é composto de 70,9% de atividades financeiras e 29,1% de atividades de seguros, previdência e capitalização.

A Carteira de Crédito do banco apresentou queda de 6,7% em doze meses e atingiu R$ 486,9 bilhões. No trimestre a queda foi de 1,4%. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 0,7% em relação a setembro de 2016, chegando a R$ 172,2 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 314,7 bilhões, com queda de 10,3% em um ano. Os produtos que apresentaram maior destaque para PF foram o crédito pessoal consignado (11,6%) e o financiamento imobiliário (5,0%). Para PJ, as principais quedas ocorreram na conta garantida (-28,7%) e nas operações no exterior (-22,8%).  O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou redução de 0,6 p.p em doze meses, ficando em 4,8%. Já as despesas de provisão para devedores duvidosos (PDD) ampliaram-se em 9,7%, totalizando R$ 19,7 bilhões.

A receita com prestação de serviços mais tarifas bancárias cresceu 13,0% em doze meses, totalizando R$ 17,8 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 32,2%, em função, em parte da entrada dos funcionários oriundos do Banco HSBC, adquirido no segundo semestre de 2016, mas também pode ser em parte, reflexo do Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE), atingindo R$ 16,4 bilhões. Assim, em setembro de 2017, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 123,7%.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE-Caixa) enviou uma cobrança, nesta quarta-feira (1), à direção do banco de garantias aos empregados após as alterações no Saúde Caixa. Na última quinta-feira (26), durante a negociação da mesa permanente, o banco anunciou está empenhada em mudar o modelo de custeio do Saúde Caixa. Para isso, poderá, inclusive, mudar o estatuto da empresa, estabelecendo um teto de 6,5% da folha de pagamento anual como limitador para despesas com o plano.

“Recebemos a intenção da Caixa de fazer alterações drásticas. Porém, não é intenção dos empregados alterar o modelo de custeio do nosso plano. O Comando Nacional discutiu ontem as garantias que a Caixa colocou na mesa e considerou insuficiente”, afirmou Dionísio Reis, coordenador do CEE-Caixa.

Os representantes dos empregados cobram uma série de garantias aos trabalhadores da Caixa, como garantia de não aumento do Saúde Caixa e de manutenção do modelo de custeio, conselho de usuários deliberativo (exigência de debater aumentos com o conselho e com a CEE), Grupo de Trabalho entre Caixa e empregados para debater solução ao Contencioso, Incorporação das Funções, assinatura do Termo de Compromisso, entregue em mesa dia 26 de outubro, garantia de emprego e discussão dos superávits com melhoria do plano.

“Nós queremos debater também questões que tem chegado dos sindicatos importantes para os empregados, como o Porte para G3 e G4, efetivação da ajuda de custo para os gerentes de canais e vale-cultura, mesmo sem a isenção fiscal do governo federal”, finalizou Dionísio Reis.

A reunião com a Caixa está agendada para a próxima quarta-feira (8), em São Paulo.

Fonte: Contraf-CUT

Novembro Azul conscientiza homens para prevenção do câncer de próstata

Depois de o mês de outubro ser marcado pela campanha de mobilização para prevenção do câncer de mama, conhecida como Outubro Rosa, agora é a vez dos homens. O mês de novembro é internacionalmente dedicado às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem. O mês foi escolhido pois o próximo sábado (17) é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.

O câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no mundo e o de maior incidência nos homens. As taxas da manifestação da doença são cerca de seis vezes maiores nos países desenvolvidos.

Cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem em homens com mais de 65 anos. Quando diagnosticado e tratado no início, tem os riscos de mortalidade reduzidos. No Brasil, é a quarta causa de morte por câncer e corresponde a 6% do total de óbitos por este grupo.

A próstata é uma glândula que só o homem possui, localizada na parte baixa do abdômen. Situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Ela produz cerca de 70% do sêmen, e representa um papel fundamental na fertilidade masculina.

Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco do câncer. Especialistas recomendam pelo menos 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

Homens a partir dos 50 anos devem procurar um posto de saúde para realizar exames de rotina. Os sintomas mais comuns do tumor são a dificuldade de urinar, frequência urinária alterada ou diminuição da força do jato da urina, dentre outros. Quem tem histórico familiar da doença deve avisar o médico, que indicará os exames necessários.

Exames

O toque retal é o teste mais utilizado e eficaz quando aliado ao exame de sangue PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês), que pode identificar o aumento de uma proteína produzida pela próstata, o que seria um indício da doença. Para um diagnóstico final, é necessário analisar parte do tecido da glândula, obtida pela biópsia da próstata.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens com 45 anos de idade ou mais façam um exame de próstata anualmente, o que compreende o toque retal feito e o PSA. Segundo especialistas, o toque retal é considerado indispensável e não pode ser substituído pelo exame de sangue ou por qualquer outro exame, como o ultrassom, por exemplo.

Tratamento

Caso a doença seja comprovada, o médico pode indicar radioterapia, cirurgia ou até tratamento hormonal. Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento escolhido é a terapia hormonal.

A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

Rede pública

A Política Nacional de Atenção Oncológica garante o atendimento integral a todos aqueles diagnosticados com câncer, por meio das Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e dos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon).

Todos os estados brasileiros têm pelo menos um hospital habilitado em oncologia, onde o paciente de câncer encontrará desde um exame até cirurgias mais complexas. Mas para ser atendido nessas unidades e centros é necessário ter um diagnóstico já confirmado de câncer por laudo de biópsia ou punção.

 
Fonte:
Ministério da Saúde
Instituto Nacional do Câncer
Portal Brasil




O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve no Centro de Queimados, na campanha “vermelho de raiva” em protesto contra a decisão do governo de abrir o capital da Caixa para o setor privado, primeiro passo, junto ao processo de desmonte, para a privatização do banco. A manifestação recolheu assinaturas contra a Reforma da Previdência e é mais uma atividade em defesa da Caixa 100% pública.

Os desafios que se apresentam no âmbito das relações trabalhistas pedem que os dirigentes sindicais estejam cada vez mais qualificados e aptos a dirimir as dúvidas com relação a Reforma trabalhista, que terá vigor a partir de 11 de novembro de 2017. Pensando assim, a Secretaria de Formação do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, representada pela Diretora Renata Soeiro, juntamente com o Departamento Jurídico representado pelo Diretor Adjalmo Klein Class, convidaram a Assessoria do Escritório Batista e Reis, na pessoa do Dr. Murilo Cesar, que fez uma explicou um a um, os itens da Reforma que mais atingem a categoria bancária . Os Diretores liberados, receberam um material explicativo, de como eram e como serão algumas cláusulas na nova regra, como por exemplo: jornada de trabalho ,contrato intermitente, intervalo para almoço, férias fracionadas, home office e muitos mais.
O Encontro aconteceu na manhã do dia 31, na sede da Sindicato, em Duque de Caxias.

A defesa dos bancos públicos contra o risco de privatização também deve pautas as ações dos bancários daqui para frente

Uma análise de conjuntura sobre os dados de emprego no setor bancário e o levantamento das negociações efetuadas em 2017, feitos pela subseção do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT) abriu a reunião do Comando Nacional dos Bancários, na tarde desta terça-feira (31), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.

A economista Regina Camargos revelou um dado preocupante. Em 2017, o setor bancário teve a maior queda de postos de trabalho da história. De janeiro a setembro, foram fechados 16.879 empregos bancário em todo o Brasil. Regina destacou ainda que metade das negociações finalizadas no primeiro semestre de 2017 conseguiram reajuste acima do INPC, mas com ganhos modestos, entre 0,01% a 1,5%.

“Segundo os dados conjunturais apresentados pelo Dieese, o Comando avaliou que vivemos um momento muito difícil para os trabalhadores do sistema financeiro, o número de postos de trabalho vem caindo, os bancos públicos estão sendo desmontados a digitalização vem substituindo trabalhadores e a Reforma Trabalhista que vai entrar em vigor no dia 11 de novembro vai precarizar os empregos que restarem. Só a luta nos garante”, convocou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários

A discussão sobre a proposta apresentada pela Caixa à Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE-Caixa), em relação ao Saúde Caixa deu continuidade ao encontro. O Comando Nacional dos Bancários avaliou que as mudanças propostas são drásticas e definiu pela reivindicação de uma reunião na próxima semana. No encontro, os empregados querem mais garantias do que as apresentadas até então, como a necessidade do conselho ser deliberativo e um acordo que proíba o reajuste no Saúde Caixa para os empregados por um período mais longo, pois até janeiro de 2019 é muito pouco. “Precisamos de garantia de emprego para os empregados da Caixa, já que recebemos há denúncias de demissões sumárias em outras estatais”, afirmou Dionísio Reis, coordenador do CEE/ Caixa.

Ele informa que a Caixa reverteu os reflexos dos dias parados pelas manifestações da Greve-Geral, às paralisações de 15 de março, 28 de abril e 30 de junho, após luta dos trabalhadores. Porém, os maiores impactos são dos descontos dos dias, que também precisam ser revertidos. Dionísio lembrou da entrega do termo de compromisso, realizado na última reunião, que revertem diversas questões maléficas e garantem direitos dos trabalhadores (Veja abaixo o termo de compromisso).

“Na Funcef, a Caixa tem de fazer a discussão do contencioso, como realmente é. Tem que ser feito um GT entre empregados e Caixa para discutir soluções do contencioso”, disse o coordenador da CEE/ Caixa. “Outros pontos que os sindicatos trouxeram foram a manutenção do RH 151 e 184, garantindo a incorporação de função para os empregados com mais de dez anos e pagamento de porte para todos os trabalhadores que tem nomenclatura de gerente nas agências, e a implantação do vale-cultura independente da isenção fiscal feita pelo governo. Além disso, a Comissão vai cobrar mais informações da Caixa na mesa sobre a evolução dos gastos com Saúde Caixa”, finalizou.

O Dia Nacional de Paralisações contra a Reforma Trabalhista, marcado para o dia 10 de novembro, também esteve na pauta. A orientação do Comando Nacional dos Bancários é que os sindicatos realizam paralisações e retardamentos nas agências bancárias e que participem ativamente das manifestações convocadas pelas centrais sindicais.

Para finalizar, os coordenadores das COEs dos bancos (Bradesco, Santander, Itaú-Unibanco, Caixa, BB, BNB) passaram informes sobre a discussão da implementação da cláusula 62 da CCT – Centro de Realocação e Requalificação (CCT 2016-2018) – e da entrega dos Termos de Compromisso, banco a banco.

Confira a íntegra da proposta de termo de compromisso da Caixa:

Termo de Compromisso

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DO RAMO FINANCEIRO CONTRAF

As partes ajustam entre si:

1º. Todas as negociações dos bancários serão feitas exclusivamente com os sindicatos.

2º. O Acordo Coletivo de Trabalho é válido e aplicável a todos os empregados da Caixa Econômica Federal, independente de faixa de escolaridade e de salário em que se enquadram.

3º. A CAIXA não contratará trabalhadores terceirizados em atividades fim, bem como não empregará por intermédio de contratos de autônomos, intermitentes, temporários, a tempo parcial e 12x36, assim resguardando pelo cumprimento do artigo 37, II da Constituição Federal e do artigo 224 da CLT.

4º. Todas as homologações de desligamentos serão feitas nos sindicatos, reiterando a cláusula quadragésima primeira do Acordo Coletivo de Trabalho.

5º. Todos os trabalhadores que prestam serviço em favor da cadeia de valores, em que integrante a Caixa Econômica Federal, são representados pelos sindicatos de bancários.

6º. O empregador é responsável pelas condições de saúde e segurança no ambiente de trabalho, seja ele interno ou externo.

7º. A jornada de trabalho, pausas e intervalos são consideradas como norma de saúde, higiene e segurança do trabalho.

8º. Os dirigentes sindicais terão livre acesso a todos os locais de trabalho.

9º. Todas as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho estarão asseguradas após a data base e permanecerão as suas vigências até a celebração de nova acordo coletivo.

10º. A Caixa Econômica Federal respeitará e garantirá a aplicação das normas internas, RH 151 e RH 184, quanto as hipóteses de incorporações da gratificação de função quando do descomissionamento da função, preservando os direitos adquiridos.

11. A PLR não será parcelada em mais de duas vezes.

12. Não será feita rescisão de contrato de trabalho de comum acordo no formato previsto na lei 13.467/2017.

13. Não haverá compensação de banco de horas, sem negociação coletiva.

14. A Caixa Econômica Federal respeitará e exigirá o cumprimento os intervalos de repouso e de alimentação, de quinze minutos e mínimo de uma hora, respectivamente, para aos jornadas de até seis e acima de seis horas.

15. As férias anuais não serão parceladas em mais de duas vezes.

16. Não será utilizado o artigo 223 e incisos da Lei 13.467/2017 que limita a liberdade de expressão dos sindicatos e dos trabalhadores.

17. O salário não será pago em prêmios ou por produtividade.

18. Não farão a quitação anual de passivos na forma prevista na lei 13.467/2017.

19. Não será constituída comissão de representantes de empregados não vinculadas ao sindicato, haja vista a previsão em Acordo Coletivo de Trabalho dos delegados sindicais.

 

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DO RAMO FINANCEIRO CONTRAF

COMISSÃO EXECUTIVA DE EMPREGADOS DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Fonte: Contraf-CUT