Maio 23, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve no Centro de Magé, em mais um ato da campanha “vermelho de raiva” que protesta contra a decisão do governo de abrir o capital da Caixa para o setor privado, primeiro passo, junto ao processo de desmonte, para a privatização do banco. A manifestação é mais uma atividade em defesa da Caixa 100% pública.

Bancos foram capitalizados para ajudar a combater crise financeira; agora podem ser punidos

Depois de descapitalizar totalmente o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), ao exigir a devolução de R$ 100 bilhões ao Tesouro no ano passado e mais R$ 50 bilhões neste ano, além de mais R$ 130 bilhões para 2018, agora o governo Temer, por meio do Tribunal de Contas de União (TCU) quer que Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BB), Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Nordeste (BNB) devolvam ao Tesouro cerca de R$ 39 bilhões recebidos por meio de aporte de títulos nos governos Lula e Dilma.

A Caixa pode ser obrigada a devolver R$ 27 bilhões ao Tesouro, o BB R$ 9,6 bilhões, o BNB e o Basa R$ 1 bilhão cada. O TCU deve determinar a devolução integral dos recursos no mesmo processo que avaliou como irregulares as emissões de títulos em favor do BNDES.

“É a mais acabada apologia ao neoliberalismo. Os bancos públicos ‘concorreram’ com os bancos privados municiados por políticas públicas e recursos destinadas ao fomento do desenvolvimento e às medidas anticíclicas. Agora estão sendo punidos e enquadrados. Pouco importa a este governo se os bancos vão sobreviver. No mundo neoliberal, os bancos públicos são desnecessários. Isso até seria ideologicamente explicável se não tivessem sido eles mesmos (os empresários parlamentares golpistas) que tivessem sido beneficiados”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Para o TCU, entre 2009 e 2015, a Caixa recebeu R$ 27 bilhões por meio de emissão direta em títulos (e não em espécie), operações classificadas posteriormente como instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD), quando o tomador assume compromisso de pagamento de juros variáveis e não tem prazo para quitar o valor principal. Segundo avaliação do TCU, estas características, as definem como capital, segundo as regras internacionais de solvência bancária.

A medida foi tomada para capitalizar os bancos federais sem impactar o resultado primário das contas públicas. O objetivo do governo foi estimular a concessão de crédito subsidiado e amenizar os efeitos da crise financeira mundial de 2008 e 2009, que paralisara o crédito privado.

Já o BB, recebeu R$ 9,6 bilhões no mesmo período, uma parte via IHCD e outra para financiamento do Plano Safra.

Fonte: Contraf-CUT

​Com o lema “não é preciso ser para sentir”, campanha busca sensibilizar toda a sociedade

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lançaram no estado do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (6) a Campanha Nacional de Combate à Discriminação, com o lema “Não precisa ser para sentir”. A atividade foi realizada na sede do Fetrafi/RJ-ES.

As secretárias de políticas sociais da Fetraf RJ/ES, Adilma Nunes, e do Seeb/Rio de Janeiro, Kátia Branco, destacaram a importância do tema diante do momento conjuntural que estamos vivendo. “O preconceito e a discriminação tem ficado cada vez mais evidente em nosso país, o conservadorismo e a intolerância tem tomado proporções cada vez maiores, em contrapartida a ONU tem dado um destaque mundial na questão dos direitos humanos”, disse Adilma. “Por isso, nossa campanha veio num momento oportuno e vamos percorrer nossas bases, mobilizando a categoria e a sociedade para debater o tema” completou Katia.

Almir Aguiar, Elaine Cutis e Adilson Barros, dirigentes Contraf-CUT, participaram da mesa de abertura. “Estamos debatendo os temas da campanha com a Fenaban, já faz algum tempo, mas eles não aceitaram realizar uma campanha conjuntamente. Por isso, tomamos a iniciativa de discutir os temas da mulher, do negro, LGBT e PCDs, que para nós são fundamentais, tendo em vista que o preconceito no sistema financeiro é evidente e precisamos mudar esse quadro. Daí a importância de nossa iniciativa para mobilizar a categoria e a sociedade para combater a discriminação” afirmou Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

O advogado Lucas Bulgarelli, especialista nas causas LGBT, pontuou quanto a necessidade de debater o tema na atual conjuntura política. “A direita está se apropriando de nossas bandeiras com falsas propagandas. Precisamos deixar claro que discutir diversidade é compreender que estamos lutando contra um determinado grupo que há muito tenta nos tirar nossos direitos, nossa liberdade e acabar com a democracia”, disse. “É inaceitável que, nos dias atuais, as pessoas ainda façam ou riam de piadas racistas, misóginas ou homofóbicas”, completou o advogado.

Para o presidente da Fetraf/RJ-ES, Nilton Esperança, intensificar essa luta é fundamental para acabar com a intransigência dos bancos nas mesas de negociação. “Eles precisam reconhecer que existe preconceito e discriminação no sistema financeiro e criar mecanismos para mudar esse quadro”, afirmou o presidente da Fetrafi/RJ-ES.

Fonte: Contraf-CUT

​Quase 100 bancários foram demitidos por prática de vendas casadas; este tipo de operação, ilegal, é consequência da cobrança pelo cumprimento de metas

Na quarta-feira (1), após investigação interna, o Itaú demitiu de uma vez quase 100 bancários de agências digitais por prática de venda casada. O movimento sindical avalia que este tipo de venda, ilegal, é consequência direta de uma gestão baseada na pressão cada vez maior por metas abusivas. Para dialogar com os bancários e denunciar o problema, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizou protesto na segunda-feira (6) na maior concentração de agências digitais do banco, na Avenida Paulista, principal centro financeiro da América Latina.

“A cobrança exagerada por metas abusivas obviamente induz ao erro. A gestão do banco, focada na pressão por resultados cada vez mais altos, coloca os bancários contra a parede, sob níveis de estresse altíssimos, trabalhando sempre com a sombra da demissão à espreita. Para alcançar as metas impostas, e assim garantir a permanência no banco, o bancário é levado a cometer erros como a venda casada, que por fim pode custar o seu emprego”, destacou o dirigente do Sindicato e funcionário do Itaú, Sérgio Francisco.

“Durante o ato, dialogamos com os bancários da agência digital que concentrou o maior número de demissões. O clima é de total insegurança e está muito pesado. Esclarecemos estes trabalhadores para que não caiam na armadilha de realizar qualquer operação irregular para bater metas. O que aparenta ser a solução do momento pode custar seu emprego lá na frente. O papel do Sindicato é combater essa cultura institucional de cobrança por metas abusivas, o que é feito durante todo o ano e nas nossas campanhas nacionais. É fundamental que o bancário trabalhe com tranquilidade, evitando assim o seu adoecimento e proporcionando melhor atendimento ao cliente”, acrescentou.

O dirigente relatou ainda que parte dos demitidos tinha em sua posse atestados médicos não apresentados ao banco. “Quando o trabalhador não está em condições de saúde para desempenhar suas funções, com atestado médico, e omite isso do banco por medo de ser demitido ou de não bater metas, isso é chamado de presenteísmo. O adoecimento e o presenteísmo são outras consequências gravíssimas da pressão por metas abusivas”.

De acordo com Sérgio, o Itaú, que lucrou R$ 18,6 bilhões nos nove primeiros meses de 2017, elevação de 13% em relação ao mesmo período do ano passado, deveria contratar mais trabalhadores para reduzir a sobrecarga e mudar sua postura em relação à cobrança por metas.

“Este modelo de gestão prejudica bancários e clientes. O Sindicato cobra uma imediata mudança de postura por parte do banco em relação à cobrança de metas e que os bancários, especialmente aqueles que exercem cargo de gestão, sejam orientados de forma clara e objetiva sobre operações irregulares”, conclui o dirigente.

Denuncie
Caso o bancário sofra qualquer tipo de pressão para realizar vendas casadas – ou outra operação irregular – para bater metas, deve denunciar ao Sindicato de sua base.

Fonte: SPBancários

A Central Única dos Trabalhadores em seu Congresso Extraordinário aprovou o apoio a Campanha de Coleta de Assinaturas pela Anulação do Impeachment e, também, a coleta de assinaturas para um projeto de Lei de Iniciativa Popular que anule a Reforma Trabalhista.

Estas decisões importantes reafirmam a disposição da CUT de organizar e mobilizar a base dos trabalhadores para resistirem ao Golpe em curso e todas as suas consequências trágicas para os trabalhadores e trabalhadoras.

No Rio de Janeiro, A CUT-RIO e o Comitê Volta Dilma RJ, que já estava coletando assinaturas pela anulação do impeachment, vão juntar esforços para coletar assinaturas para as duas campanhas de enfrentamento contra o golpe.

Toda quarta-feira a partir das 16:00 o Comitê Volta Dilma está com uma tenda onde os abaixo-assinados estão disponíveis e a população tem demonstrado interesse em assinar e, ainda, muitos se oferecem também para ajudar a pegar mais assinaturas.

Organizar a resistência ao Golpe, defendendo os direitos dos trabalhadores é a saída para a difícil situação em que o país encontra-se.

Todos os trabalhadores e trabalhadoras sabem que nossa força vem da nossa unidade construída com aqueles que trabalham e constroem o país. Somos a maioria e organizados/as podemos virar o jogo e derrotar o golpe e os golpistas. Participe e organize postos de coleta.

Para maiores informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Durante o ato, foi entregue para a direção brasileira do banco espanhol uma carta a ser endereçada a direção mundial do banco sobre a situação dos trabalhadores naquele país

Nesta segunda-feira (6), os bancários do Santander foram às ruas para defender à Liberdade Sindical e o Direito a Sindicalização dos Bancários do Santander nos Estados Unidos da América. Durante o ato, foi entregue para a direção brasileira do banco espanhol uma carta a ser endereçada a direção mundial do banco sobre a situação dos trabalhadores naquele país.

A manifestação aconteceu em diversas regiões do mundo onde o banco opera, como uma demonstração de apoio aos bancários do Santander nos EUA e, ao mesmo tempo, uma reivindicação à direção mundial do Santander pela ratificação de um acordo de neutralidade com os trabalhadores norte-americanos, para que eles possam se organizar livremente em seus sindicatos.

“Os trabalhadores do Santander nos Estados Unidos querem a liberdade de expressão e união. Querem negociar melhor qualidade de vida, não somente para suas famílias, mas também para os clientes do Banco e a comunidade. E a CONTRAF-CUT é parceira de primeira hora nesse movimento de organização”, declarou Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT.

Hoje, nos EUA, os gestores do Santander ameaçam os bancários que tentam se organizar em sindicatos. Sem poder de mobilização, os empregados do banco ganham salários que não os permitem sobreviver dignamente. Diversas organizações, entre elas a UNI Finanças Mundial e todas as suas entidades afiliadas, como a Contraf-CUT, através da solidariedade internacional, têm atuado para ajudá-los na luta pelo direito à sindicalização. Para isso, reivindicam que o Santander assine um acordo de neutralidade que coloque fim a essa prática antissindical e permita o que é um direito básico de todo o trabalhador: lutar de forma organizada por melhores condições de trabalho e remuneração.

Nos Estados Unidos, o banco dá um péssimo exemplo de prática antissindical, ao impedir que seus trabalhadores se organizem em sindicatos.  Os gestores do Santander no país ameaçam bancários que tentam se organizar em sindicatos; sem poder de mobilização, empregados do banco ganham salários que não os permitem sobreviver dignamente.

Existem cerca de 2 milhões de bancários no país sem organização sindical e um terço deles recebe salário médio de US$ 15 por hora. O salário médio por hora de um caixa de banco é de US$ 13.10, e os representantes de serviço ao cliente – ou quem atende cobrança de dívidas – como é o caso dos bancários do Santander – recebem salário médio por de US$ 15.88 por hora.

No Santander, um trabalhador típico recebe entre somente US$ 14 e US$ 20 por hora. Valor muito abaixo de um salário sustentável nos EUA, o que leva com que muitos dos trabalhadores do banco espanhol recorram a programas de ajuda social financiados com fundos públicos. No país, a média salarial é de US$ 24 por hora. Muitos bancários dependem do pagamento de bônus vinculados a métricas injustas. No Santander, os gerentes qualificam o desempenho dos trabalhadores dos centros de atendimentos mensalmente para determinar o pagamento do bônus. Ganhar essa gratificação é fundamental para muitos trabalhadores de baixos salários, que dependem disso para chegar ao fim do mês com dinheiro.

Os trabalhadores do Santander lutam para se organizar em um sindicato associado ao Communications Workers of America (CWA) para terem o direito à negociação coletiva com o Santander sobre condições de trabalho justas e respeito aos direitos trabalhistas

Quase 15.000 empregados trabalham no Banco Santander e Santander Consumer, que é o maior credor de alto risco (sub-prime) em compra de automóveis nos Estados Unidos. Muitos são operadores de caixas com baixos salários e trabalhadores de centros de atendimento. Trabalham em um ambiente instável e com muita pressão, impulsionado pela competição entre colegas de trabalho em um sistema de pontuações da empresa que visa obtenção de pagamento por incentivo ou bônus que tanto precisam para complementação da renda.

Fonte: Contraf-CUT

Debate foi proposto pelo senador Lindbergh Farias, por meio da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve discutir, nesta segunda-feira (6), às 18h, em audiência pública, o impacto das privatizações para as políticas de desenvolvimento nacional, soberania e segurança energética. O pedido de audiência é do senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

No requerimento, o senador destaca que o governo federal anunciou no dia 23 de agosto de 2017 a pretensão de privatizar 57 (cinquenta e sete) empresas e projetos, incluindo a Eletrobrás, a Casa da Moeda, a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex) e os aeroportos de vários estados brasileiros. O governo também pretende vender a participação de 49% que tem, por meio da Infraero, de outros aeroportos. Está previsto a concessão da rodovia BR-364 e a relicitação do trecho da BR-153. No setor portuário, serão 15 terminais a serem privatizados.

Para Lindbergh, os processos de privatizações anteriores não trouxeram resultados esperados para o país. Segundo ele, a forma acelerada como se pretende privatizar o patrimônio nacional, sem planejamento de longo prazo, sem avaliação de impactos no desenvolvimento regional, sem estratégia de retomada do crescimento do país e sem que os interesses da população sejam preservados, necessita ser amplamente discutida e denunciada.

Também participaram da reunião, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT); a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae); Aluízio Júnior, Presidente do Sindicato Nacional dos Moedeiros; Carlos Alberto Lucio Bittencourt Filho, Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Clemente Ganz Lúcio, Diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e o professor Nelson José Hubner Moreira.

A reunião está prevista para acontecer na Sala 19 da ala senador Alexandre Costa.

Fonte: Agência Senado e Contraf-CUT

A antecipação do pagamento é motivada pelo feriado do Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro

O Santander informou, nesta segunda-feira (6), à coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani Gregorutti, e ao secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT e repesentante da Contraf-CUT nas negociações com o banco, Mario Raia, de que efetuará o pagamento para todo o Brasil do salário de novembro, do 13º salário, com os descontos antecipados em março, e da 13º cesta alimentação no dia 17 de novembro.

A antecipação do pagamento, que normalmente é realizado no dia 20 de todos os meses, é motivada pelo feriado do Dia da Consciência Negra, comemorado em algumas cidades no dia 20 de novembro.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense fechou mais uma nova e importante parceria, que seus associados poderão usufruir.

O Centro Educacional Santa Mônica conta com um serviço educacional de excelência, propiciando condições para desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais de forma sustentável.

Para maiores informações, entre em contato: http://www.santamonicace.com.br/

"É crescente a necessidade de se aprofundar o debate sobre o papel" do sistema financeira nacional, afirma o Dieese. "É preciso cobrar contrapartidas não só para os trabalhadores, mas para a sociedade"

Mesmo com a crise brasileira, os principais bancos continuaram registrando lucro crescente e ampliaram ativos. A conta foi paga na outra ponta: enxugaram estruturas fechando agências e eliminaram milhares de postos de trabalho, aponta o Dieese. "É crescente a necessidade de se aprofundar o debate sobre o papel desempenhado pelo Sistema Financeiro Nacional, especialmente em relação aos três maiores bancos privados, tendo em vista que, mesmo diante do forte quadro recessivo no Brasil, eles apresentaram resultados muito superiores aos de outras empresas dos mais diversos portes e setores. Mesmo assim, os bancos demitem e agravam a situação do desemprego no país", diz o instituto em estudo sobre o setor.

De acordo com a análise, os ativos das cinco maiores instituições bancárias do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander) somavam em junho R$ 6,1 trilhões, crescimento médio de 5,1% sobre o primeiro semestre do ano passado. O patrimônio líquido subiu mais, 7,9%, atingindo R$ 441,5 bilhões. E o lucro líquido somou R$ 35,6 bilhões, um montante 27,1% maior. Já o emprego caiu: foram eliminados 3.021 postos de trabalho (-0,7%), para um total de 422.795 empregados.

"O resultado só não foi pior porque considera a incorporação dos funcionários do HSBC pelo Bradesco. No entanto, após a aquisição, o Bradesco já eliminou 4.779 postos de trabalho, de setembro de 2016 a junho de 2017", lembra o Dieese. O instituto acrescenta que, em julho, o banco lançou um programa de demissões voluntárias que foi até 31 de agosto e tem prazo de até 180 dias para efetivar as rescisões. "Isso significa que, até o final do ano, o Bradesco deve reduzir significativamente o quadro funcional."

Com um plano de incentivo à aposentaria, o BB fechou 10.012 postos de trabalho no primeiro semestre em relação a igual período de 2016 (-9,1%), de 109.615 para 99.603. A Caixa, que também mantém programas de redução de pessoal, cortou 5.486 (-5,7%), para 90.201. Entre os privados, com a exceção pontual do Bradesco, o Santander fechou 2.281 (-4,7%) e o Itaú Unibanco, 961 (-1,2%) – ficaram com 46.596 e 81.252 empregados, respectivamente.

O Dieese destaca uma mudança de comportamento no setor público, resultado de mudanças de orientação política e econômica. "Os bancos públicos que, em outras ocasiões, atuaram de forma anticíclica, visando incentivar a atividade econômica, atualmente seguem a mesma lógica das instituições privadas, com restrição ao crédito e alta de juros e spreads."

Entre os bancos, o maior lucro, mais uma vez, foi do Itaú Unibanco: R$ 12,3 bilhões, crescimento de 15% em 12 meses. A maior alta no período foi da Caixa, cujo lucro subiu 69,2%, para R$ 4,1 bilhões.

O instituto atribuiu boa parte do lucro crescente à redução de despesas de captação, influenciada pela diminuição dos juros básicos (taxa Selic): R$ 17,8 bilhões em termos nominais. "Esta é a principal despesa das instituições financeiras e, portanto, tem grande influência no resultado. Além disso, vale destacar a retração nos valores pagos com impostos e contribuições", acrescentando o Dieese, citando Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Entre junho do ano passado e junho deste ano, Itaú, BB e Santander fecharam 838 agências: 184, 543 e 11, respectivamente. "No Banco do Brasil, em novembro de 2016, foi anunciado um plano de 'reorganização institucional' que projetava o fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos de atendimento (PA). No entanto, o saldo de agências fechadas em 12 meses foi superior ao número anunciado. Também nos pontos da rede própria houve redução de 1.083 unidades no período (o balanço da instituição não divulga o número de PAs, especificamente)."

Além disso, a Caixa anunciou fechamento de 100 a 120 agências em 2017. Por enquanto, aparece com sete a mais. O Bradesco também tem acréscimo, mas devido à incorporação do HSBC. No total dos cinco bancos pesquisados, eram 19.145 agências no final do semestre, 146 a menos (-0,8%).

O Dieese enfatiza a necessidade de cobrar contrapartidas, "não apenas para os trabalhadores, mas para o conjunto da sociedade brasileira". E cita o artigo 192 da Constituição: "O sistema financeiro nacional é estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem".

Com base nesse dispositivo constitucional, conclui: "O sistema segue concentrando cada vez mais a renda nacional e muito longe de promover qualquer tipo de desenvolvimento".

Confira aqui a íntegra do estudo: https://www.dieese.org.br/desempenhodosbancos/2017/desempenhoDosBancos1Semestre2017.html

Fonte: Rede Brasil Atual