Junho 07, 2025
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A Contraf-CUT retomou as negociações com a Caixa Econômica Federal sobre o plano de saúde dos empregados, o Saúde Caixa, durante reunião ocorrida na última quinta-feira (29), no Edifício Matriz II, em Brasília. Os representantes dos trabalhadores solicitaram esclarecimentos a respeito dos números fornecidos pela empresa, dado que a planilha encaminhada apresenta dados contraditórios com as regras constantes do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Outra questão colocada é que o relatório atuarial apresentado pelo banco considera, para efeito de elaboração das projeções para os três exercícios futuros, outras despesas que não as assistenciais, contrariando também os parâmetros constantes do ACT, que no parágrafo 2° da cláusula 26ª deixa claro que apenas as despesas assistenciais serão custeadas na proporção de 30% para os empregados e 70% para a Caixa, devendo todos os demais custos ser suportados 100% pela empresa. Caso esse não fosse o entendimento correto, os resultados do Saúde Caixa se transformariam em deficitários.

Ocorre que, na época do contingenciamento, a Caixa afirmava que o plano havia sido deficitário nos anos de 2004 a 2007. No entanto, quando os bancários tiveram acesso aos números, foi verificado que isso não era verdade: o Saúde Caixa sempre foi superavitário. 

“Essa avaliação só é possível com balanços ano a ano”, diz Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco. Ela completa: “Precisamos de relatórios em regime de competência para que possamos fazer uma avaliação da fórmula de custeio, checando se de fato ela é sustentável, o que tem sido demonstrado pelos números disponíveis”.

Na reunião do GT Saúde Caixa, a terceira depois do desfecho do ACT do ano passado, a Contraf-CUT solicitou esclarecimentos sobre alguns entendimentos da Caixa a respeito do funcionamento do Saúde Caixa. A expectativa é de que, concluída essa fase, ocorra o debate de forma mais objetiva sobre a destinação do superávit projetado para 2015. 

Isto é visto como fundamental para que uma assessoria técnica possa identificar a origem desse superávit, de modo a propor novas coberturas sem comprometer o equilíbrio financeiro do plano. A negociação sobre o tema representa uma das mais importantes conquistas da campanha salarial 2014 e da mesa permanente, graças à mobilização e luta do movimento nacional dos empregados.

Plínio Pavão, diretor e coordenador da representação da Contraf-CUT no GT, lembra que há uma cláusula no aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015 que garante uma discussão a respeito da série histórica de superávits consecutivos do Saúde Caixa, inclusive com o acompanhamento de assessoria especializada. Ele diz ainda que os valores acumulados precisam ser incorporados ao Fundo de Reserva de Contingência. 

Conforme consta na cláusula do ACT, o valor da reserva de contingência, em princípio 5% do total da arrecadação anual, deve ser remunerado pela Caixa pelo índice da taxa Selic, porém a regra diz também que eventual superávit é incorporado a essa reserva. Ocorre que a Caixa somente está remunerando a parte correspondente aos 5% da arrecadação. A Contraf-CUT solicitou que a Caixa proceda a regularização dessa remuneração.

A necessidade de que o superávit do Saúde Caixa seja consumido no próprio exercício é vista por Fabiana Matheus, que também é diretora de Administração e Finanças da Fenae, como vital para a melhoria do plano de saúde dos empregados da Caixa em nível de coberturas e de ampliação da rede credenciada e no setor de atendimento. Ela afirma ainda que “um superávit que acumula, e não é consumido no exercício, não traz benefícios concretos para os participantes”.

A questão relativa à proposta de metodologia para utilização do superávit do Saúde Caixa será objeto de novas reuniões do GT Saúde nos dias 20 e 26 de março, ambas agendadas para Brasília. O prazo de conclusão desse debate encerra-se em 15 de abril. 

Até lá, segundo Plínio Pavão, é preciso que haja uma definição sobre o destino dos recursos do Saúde Caixa, para que não ocorram mais acúmulos dos superávits anuais. Nesse sentido, mais urgente do que tratar o superávit acumulado, é dar um tratamento adequado para o superávit que o plano de saúde certamente apresentará no fim de mais este exercício anual.

Representantes dos empregados no GT Saúde 

O GT Saúde tem composição paritária. Nesse fórum, os representantes dos empregados são Plínio Pavão (Contraf-CUT), Jailson Bueno Prodes (Sindicato de Porto Alegre), Sérgio Wilson Lima de Amorim (Sindicato do Rio de Janeiro) e Laura Augusta Gatti Vitral (Fenacef e Apea/SP). 


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

O Santander Brasil, maior banco estrangeiro no país, anunciou nesta terça-feira (3) que obteve lucro líquido de R$ 1,521 bilhão no quarto trimestre de 2014, alta de 7,9% sobre igual período de 2013. No ano, o lucro do banco espanhol ficou em R$ 5,850 bilhões, uma alta de 1,8% frente a 2013.

A carteira de crédito total somou R$ 245,514 bilhões no final de dezembro de 2014, um avanço de 7,9% em 12 meses e 4,7% no trimestre. “Tanto em 12 meses como no trimestre, a variação do real frente ao dólar impactou a carteira de crédito em moeda estrangeira, que inclui também as operações indexadas em dólar”, informou o banco, conforme reportagem do G1.

O saldo das provisões para crédito de liquidação duvidosa totalizou R$ 14,582 bilhões em dezembro de 2014, redução de 2,8% em 12 meses e de 0,8% no trimestre.

O índice de inadimplência, superior a 90 dias, atingiu 3,3% do total da carteira de crédito, mostrando redução de 0,4 ponto percentual em 12 meses e em três meses. O índice de inadimplência entre 15 e 90 dias, atingiu 4,1% em dezembro de 2014, registrando redução de 0,6 ponto percentual em 12 meses e 0,2 ponto percentual quando comparado a setembro de 2014.

Lucro mundial

O Santander, principal banco da Eurozona, registrou em 2014 um lucro mundial de 5,82 bilhões de euros, uma alta de 39,3%, graças ao aumento da atividade e de uma redução das provisões.

Mas no quarto trimestre de 2014, o lucro líquido do banco, em processo de transformação estimulado por Ana Botín, sua nova presidente, caiu 9,3%, a 1,46 bilhão de euros.

No início de janeiro, o banco havia calculado o lucro em 5,8 bilhões de euros e procedeu um aumento do capital de 7,5 bilhões de euros para melhorar a solvência da instituição.

Por países, a maior participação no lucro veio outra vez do Brasil e do Reino Unido, ambos com 19%; seguidos por Espanha (14%), Estados Unidos (10%), México (8%), Chile e Polônia (6% cada um), Alemanha (5%), Argentina (4%) e Portugal (2%).

O produto líquido bancário, indicador do valor agregado obtido pelo banco, progrediu 4% no ano passado, a 29,55 bilhões de euros, segundo um comunicado do banco.

Ana Botin, que sucedeu o pai Emilio, falecido em setembro de 2014, adotou uma nova estratégia de crescimento.

Pela primeira vez desde o início da crise econômica, o lucro do banco aumentou nos 10 principais mercados, entre eles Brasil, Reino Unido, Espanha e México, segundo o Santander.

O banco reduziu em quase 1% seus custos e as provisões duvidosas em 14%, segundo o comunicado.

Análise do Dieese

A subseção do Dieese na Contraf-CUT já está analisando o balanço do Santander de 2014, cujo resultado será divulgado ao longo desta terça-feira.

Pagamento da PLR e do PPRS

Com a publicação do balanço, a Contraf-CUT reivindica também o pagamento da segunda parcela da PLR e do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS). O Bradesco já anunciou que o crédito da PLR será feito na próxima sexta-feira (6).


Fonte: Contraf-CUT com G1 e El País

O Itaú anunciou na manhã desta terça-feira (3) lucro líquido recorrente de R$ 20,6 bilhões em 2014, o que representa crescimento de 30,2% em relação ao ano anterior. O lucro no 4º trimestre do ano passado foi de R$ 5,7 bilhões, com alta de 3,7% em relação ao trimestre anterior.

> Clique aqui para ver a análise do Dieese.

Antecipação da PLR

Logo após a divulgação do balanço, a Contraf-CUT enviou ofício à diretoria do banco reivindicando a antecipação do pagamento da segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o mais breve possível.

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, ressalta que “esse lucro bilionário só foi alcançado com o empenho e a dedicação dos funcionários do banco”. Na carta, a entidade informou que o Bradesco já anunciou que vai antecipar o crédito da PLR para a próxima sexta-feira (6). 

Lucratividade em alta, emprego em queda

Segundo a análise do Dieese, a lucratividade (lucro líquido sobre patrimônio líquido) foi de 24,7%, uma alta de 0,8 ponto percentual (p.p.) em relação a dezembro de 2013.

Apesar disso, o número de empregados da holding do Itaú em dezembro de 2014 caiu para 93.175, uma redução de 2,6% do quadro de pessoal. Ao todo, foram fechados 2.521 postos de trabalho em 12 meses. 

“Com todo esse imenso lucro, é totalmente injustificável esse fechamento de vagas, enquanto o Brasil gerou 396.993 novos empregos em 2014. O Itaú caminha assim na contramão da economia do país”, critica Carlos Cordeiro.

A rede de atendimento do Itaú em 2014 passou a contar com 56 novas agências. Entretanto, foram fechados 11 PAB’s. 

Já o número de correspondentes bancários foi de 41.641 em dezembro de 2014, uma leve diminuição de 31 unidades, mostrando que o banco segue apostando na precarização do atendimento.

Mais crédito

A carteira de crédito do banco cresceu 8,0% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 559,7 bilhões. As operações com pessoas físicas aumentaram 10,4% em 2014, chegando a R$ 186,2 bilhões. 

Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 295,4 bilhões, com elevação de 7,2% em comparação a dezembro de 2013. 

Inadimplência cai

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,6 p.p. no ano, ficando em 3,1% no 4º trimestre de 2014. 

Apesar da redução da inadimplência, as provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD’s) subiram 4,5%, totalizando R$ 14,2 bilhões. 

Maiores ganhos com aumento da Selic

As receitas com Títulos e Valores Mobiliários e com Aplicações Compulsórias foram impactadas pelos sucessivos aumentos na taxa Selic. As receitas com TVM cresceram 54,5% e as receitas das aplicações compulsórias cresceram 33,1%, em doze meses.

“Esses índices de crescimento comprovam que os bancos e detentores de títulos públicos são os que saem ganhando com o aumento da Selic, enquanto a sociedade perde valiosos recursos que deveriam ser injetados no crescimento com desenvolvimento econômico e social do país”, aponta o presidente da Contraf-CUT.

Receitas de tarifas sobem 15,3% e cobrem despesas de pessoal

As receitas com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 15,3% no ano passado em relação a 2013, somando R$ 27,7 bilhões, enquanto as despesas de pessoal subiram 7,3%, totalizando R$ 16,4 bilhões. 

Diante disso, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 168,7%, o que representa 11,7 p.p. a mais que em dezembro de 2013.


Fonte: Contraf-CUT com Dieese

O Itaú Unibanco anunciou nesta terça-feira (3) que encerrou 2014 com lucro líquido de R$ 20,242 bilhões, 29% acima do resultado de R$ 15,696 bilhões registrado um ano antes.

No quarto trimestre de 2014, o banco teve lucro de R$ 5,52 bilhões, contra R$ 4,646 bilhões no mesmo período de 2013 e de R$ 5,404 bilhões nos três meses anteriores.

Em 2013, o lucro do Itaú foi o maior da história dos bancos brasileiros de capital aberto, de acordo com levantamento da consultoria Economatica.

No final de 2014, o índice de inadimplência das operações vencidas acima de 90 dias caiu 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 0,6 ponto percentual frente a dezembro de 2013, e “é, novamente, o menor nível histórico desde a fusão entre Itaú e Unibanco em novembro de 2008″, segundo o balanço.

Em 31 de dezembro de 2014, o saldo total dos ativos do banco atingiu R$ 1,2 trilhão, aumento de 4,4% em relação ao final do trimestre anterior e evolução de 9,3% sobre o ano anterior.

Bradesco

Na sexta-feira (30), o Bradesco, segundo maior banco privado do país, estreou a temporada de balanços das instituições financeiras brasileiras e informou ter registrado lucro líquido de R$ 15,089 bilhões, valor 25,6% superior aos R$ 12 bilhões registrados em 2013.

Análise do Dieese

A subseção do Dieese na Contraf-CUT já está analisando o balanço do Itaú de 2014, cujo resultado será divulgado ao longo desta terça-feira.

Pagamento da PLR

Com a publicação do balanço, a Contraf-CUT reivindica também o pagamento da segunda parcela da PLR. O Bradesco já anunciou que o crédito será feito na próxima sexta-feira (6).


Fonte: Contraf-CUT com G1

A CUT está conclamando a que Sindicatos, Federações e Confederações mobilizem a militância para participar do Dia Mundial em Defesa do Direito de Greve, 18 de fevereiro, convocado pela Confederação Sindical Internacional (CSI). Na mesma data, lideranças do sindicalismo brasileiro serão recebidas em audiência pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, em Brasília.

“O direito de greve é um direito humano que tem sido alvo de reiterados ataques por parte do grande capital e de governos autoritários, avessos ao diálogo. Por isso, em cada um dos 161 países onde está enraizada, a CSI reafirmará a importância desta conquista da classe trabalhadora para o aumento da renda, a manutenção de empregos e a garantia de direitos”, destacou João Felicio, presidente da entidade mundial. 

Em um momento de acirramento da crise, alertou o dirigente, “cresce a tendência, particularmente nas chefias das transnacionais e do sistema financeiro, de criminalizar o protesto e se fazer com que o trabalhador pague o pato”.

NÃO AO RETROCESSO 

Como o direito de greve está protegido pelo Convênio 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), explicou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, “desde 2012 tem sido alvo de reiterados ataques por parte de um grupo de empregadores que, para aplicar a lei da selva e deixar os trabalhadores à mercê de todo tipo de abusos e violências, busca sabotar o mínimo regramento existente”.

De acordo com Lisboa, as greves têm sido historicamente instrumentos de pressão para a elevação do poder de compra, passo fundamental para o avanço das sociedades no combate à desigualdade e à injustiça. 

“Mais do que uma demonstração de força, que ganha corpo como mobilização de dezenas, centenas ou milhares, as paralisações são fruto de organização, de tomada de consciência coletiva sobre problemas comuns, que constroem pautas e alternativas de solução”, acrescentou Felicio.


Fonte: Leonardo Severo – CUT

O Santander está desrespeitando o acordo coletivo aditivo dos trabalhadores de call center, menos de dois meses após assinar o documento. Em São Paulo, o banco emitiu comunicado aos bancários do Vila Santander com jornada de seis horas, informando que só poderá usufruir da pausa de dez minutos de descanso quem cumprir 20 minutos além da jornada de trabalho. 

O acordo, assinado em 28 de novembro de 2014, estabelece a concessão de duas pausas, sendo uma de 10 minutos e outra de 20 minutos, durante a jornada de trabalho. A pausa de 10 minutos será concedida antes dos últimos 60 minutos. As pausas também não podem ser fracionadas para que sejam utilizadas para o uso do banheiro. 

“O Santander está exigindo que o funcionário extrapole a sua jornada de trabalho para poder desfrutar de uma pausa que está garantida no acordo coletivo”, critica a diretora executiva do Sindicato Maria Rosani. 

“Dessa forma o banco age de má fé com o Sindicato e, principalmente, com os trabalhadores, que estão desapontados com a falta de ética e compromisso do banco em relação àquilo que foi estabelecido no acordo. Exigimos que o Santander cumpra aquilo que está determinado no documento”, ressalta a dirigente sindical.


Fonte: Seeb São Paulo

O primeiro debate sobre a promoção por mérito na Caixa Econômica Federal foi considerado insatisfatório pelos representantes dos trabalhadores na comissão paritária do Plano de Cargos e Salários (PCS), criada para debater e formular uma proposta de critérios para o exercício de 2015. Isto porque a empresa quer vincular a sistemática de promoções ao cumprimento de metas e às AREGs (Autorização de Regularização do Ponto Eletrônico). Os membros desse fórum se reuniram nesta quarta-feira (28), em Brasília, e uma nova reunião está agendada para o dia 4 de fevereiro.

“Lamentamos mais uma vez que a Caixa tente impor métodos utilizados em bancos privados, sem levar em conta o papel social da empresa. Não aceitamos, por exemplo, vincular a promoção ao AV Caixa, um instrumento de aferição de metas. Esperamos que a empresa reveja essa posição”, destacou Genésio Cardoso, representante dos empregados na comissão paritária.

A realização da sistemática de promoção por mérito neste ano, com as consequentes promoções em 2016, é uma conquista da campanha salarial 2014, que foi obtida após um árduo processo de negociação com o banco.

Outra crítica dos trabalhadores é quanto ao posicionamento da empresa de atrelar a concessão dos deltas por merecimento à resolução do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, de outubro de 1996, que estabelece que o valor total a ser investido pelas empresas públicas com promoção fica limitado a 1% da folha de pagamento. “Esta resolução é um entulho do governo FHC, e isso não vamos aceitar”, enfatizou Genésio.

Transparência

Os representantes dos empregados solicitaram mais informações à Caixa para subsidiar a próxima discussão. Foi solicitado, por exemplo, detalhamento sobre o quantitativo de promovíveis e os critérios de pontuação.

A expectativa dos trabalhadores é que as regras sejam definidas o mais rápido possível, a fim de que os empregados tomem conhecimento ainda no primeiro trimestre deste ano. 

“No entanto, não vamos aceitar que a Caixa utilize a questão do tempo como justificativa para estabelecer critérios que sejam prejudiciais aos trabalhadores”, avisou a coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa – Contraf/CUT), Fabiana Matheus, que também é diretora de Administração e Finanças da Fenae.

Representam os empregados na comissão: Elvira Ribeiro Madeira (Seeb/CE), Genésio Cardoso (Fetec/PR), Leonardo dos Santos Quadros (Fetec/SP), Silvio Antônio Kuniyoshi (Feeb/SP-MS), Vanessa Sobreira Pereira (Sindicato dos Bancários de Brasília) e Wandeir Souza Severo (Fetec/Centro Norte).


Fonte: Fenae

No mesmo dia em que anunciou o lucro líquido ajustado de R$ 15,359 bilhões (que desconsidera resultados não correntes ou extraordinários), o maior de sua história, o Bradesco informou a Contraf-CUT nesta quinta-feira 29 que vai pagar a segunda parcela da PLR no dia 6 de fevereiro. Será PLR cheia, equivalente a 2,2 salários, limitado a R$ 21.691,82, descontados os valores antecipados na primeira parcela, no ano passado. 

Também será paga no dia 6 a PLR adicional, correspondente à distribuição de 2,2% do lucro líquido entre todos os trabalhadores da empresa, limitado a R$ 3.675,98, também descontado o que foi adiantado em 2014.

Bancou fechou 5 mil postos de trabalho em 2014

Apesar do crescimento do lucro do Bradesco ter sido de 25,9% em relação a 2013, o banco fechou 4.969 postos de trabalho em 2014, andando mais uma vez na contramão da economia brasileira, que no ano passado gerou 396.993 novas vagas.

Conforme análise do Dieese, o número de empregados da holding em dezembro de 2014 foi de 95.520, contra 100.489 funcionários em dezembro de 2013 , representando uma queda de 4,9%. Segundo o banco, a redução inclui a transferência de 2.431 funcionários da Scopus Tecnologia para a IBM Brasil, vendida em novembro do ano passado.
Mas além dos 4.969 postos de trabalho fechados em 2014, o Bradesco também encerrou as atividades de 15 agências e 100 PA’s (Posto de Atendimento), enquanto os correspondentes bancários (Bradesco Expresso) cresceram em 3.155 unidades.

“O sistema financeiro brasileiro gera maior rentabilidade a cada ano, os números estão aí para comprovar. É inadmissível, portanto, o Bradesco fechar postos de trabalho e ainda trocar o profissional qualificado pelo correspondente bancário, que só engorda o lucro do banco com a terceirização, gerando prejuízos para a população e para os trabalhadores, com precariedade do trabalho e falta de segurança”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Em relação ao terceiro trimestre, o Bradesco registrou crescimento foi de 4,6%, com lucro de R$ 4,132 bilhões e retorno anual sobre o patrimônio líquido médio de 20,1% (2,1 pontos percentuais a mais do que em dezembro de 2013).

Operações de crédito

O levantamento do Dieese também aponta que as operações de crédito cresceram 6,5% em doze meses (2,5% no trimestre), atingindo um montante de R$ 455,1 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 8,2% em relação a 2013, chegando a R$ 141,4 bilhões, o que representa 31% do total das operações de crédito. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 313,7 bilhões, com elevação de 5,8% em comparação a dezembro de 2013, totalizando 69% do total do crédito.

Inadimplência

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias manteve-se estável em relação ao 4º trimestre de 2013, ficando em 3,5% , no trimestre houve queda de 0,1 ponto percentual. O banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 7,2% em 12 meses, atingindo montante de R$ 14,5 bilhões.

Receitas e despesas

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 12,0% em doze meses, totalizando R$ 21,8 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 10,7%, chegando a R$ 13,1 bilhões; com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco ficou em 150,74% no 4º trimestre de 2014 (1,75 ponto percentual a mais do que em 2013).

Veja aqui os principais dados do balanço do Bradesco analisados pelo Dieese.



Fonte: Contraf-CUT

Folha de S. Paulo
Eduardo Cucolo

As operações de crédito no Brasil registraram em 2014 o menor ritmo de crescimento em 11 anos, segundo levantamento do Banco Central.
A desaceleração provocada pela perda de fôlego da economia brasileira só não foi maior devido, mais uma vez, ao desempenho dos bancos públicos, que lideraram a liberação de recursos pelo sétimo ano consecutivo.

O estoque total de empréstimos a consumidores e empresas cresceu 11,3% no ano passado, menor percentual desde 2003. Para 2015, o BC espera um avanço de 12%, puxado novamente pelos bancos estatais, que devem registrar expansão de 14%.

O ritmo de crescimento das concessões de novos financiamentos caiu de 12% em 2013 para 5% em 2014, considerando todo o mercado.
Os bancos públicos terminaram o ano com 53% de participação de mercado, a maior desde 1998, época que precede a privatização de várias instituições.Eles devem terminar este ano com participação de 55%.

O freio no crédito nos bancos privados ajudou a reduzir a inadimplência, que passou de 4,3% para 4% nos nacionais e de 4,1% para 3,5% nos estrangeiros que atuam no Brasil. Nos estatais, subiu de 1,8% para 2,1%.

Reportagem da Folha de setembro mostrou que essa alta nos atrasos tem sido puxada pela Caixa, que apresenta resultado até piores que o setor privado nas linhas ao consumo.

Habitação

O avanço dos públicos tem sido impulsionado por modalidades com juros subsidiados, como o habitacional e o crédito do BNDES. Essa primeira linha mostrou desaceleração no ano passado, mas ainda cresce a um ritmo elevado, de quase 30% ao ano.

A alta nos juros da Caixa nessa linha deve contribuir para que esse crescimento seja um pouco menor em 2015.
Em relação ao BNDES, o governo já anunciou a disposição de reduzir a atuação dessa instituição.

No ano passado, o banco liberou menos crédito, com queda de 0,5% nos desembolsos. As concessões na principal linha para empresas a juros de mercado, o capital de giro, no entanto, recuaram ainda mais (-12%).

Veículos

A liberação de novos financiamentos para compra de veículos por pessoas físicas alcançou em dezembro do ano passado o maior valor desde dezembro de 2010. A concessão de R$ 10,1 bilhões foi influenciada, segundo o Banco Central, pelo fim do benefício do IPI reduzido, no final do mês.

Em dezembro, as concessões subiram 24% em relação a novembro. No ano, no entanto, o avanço foi de 2,6%.

O estoque de financiamentos para veículos caiu 4,4% no ano. Segundo o BC, o dado reflete a antecipação da compra desses bens em anos anteriores. Em 2010, por exemplo, essa carteira avançou 49%. Em 2011, 27%. Desde 2013 o saldo tem recuado.

Segundo o BC, a tendência é que a antecipação de compras para aproveitar o benefício (que ainda é oferecido por algumas montadoras) leve novamente a uma queda nos próximos meses.

Para o BC, o aumento do IOF no crédito às pessoas físicas que começou a valer semana passada deve ter impacto “modesto” sobre o crédito neste ano. Segundo a instituição, a alta de 1,5% para 3,0% no tributo pesa mais para os empréstimos de curto prazo, uma vez que a cobrança se dá nos 12 primeiros meses da operação.

Valor Econômico
Fabiana Lopes
Carolina Mandl


Os principais bancos brasileiros fecharam 2014 com chave de ouro, de acordo com a previsão de sete corretoras consultadas pelo Valor. Juntos, Banco do Brasil (BB), Itaú Unibanco, Bradesco e Santander vão apresentar um lucro líquido acumulado de R$ 52,54 bilhões no ano, com crescimento de 18,9% na comparação com 2013.Considerando-se apenas o quarto trimestre de 2014 em relação a igual intervalo no ano anterior, o lucro do quarteto se expandirá 16,4%, para R$ 13,7 bilhões. 

O brilho dos números, porém, deve marcar o início de tempos mais difíceis em 2015. É o que o Goldman Sachs define como o começo do “fim de um ciclo” durante o qual os bancos se beneficiaram de taxas de juros mais altas, custo de crédito mais baixo e despesas sob controle. 

Trimestre a trimestre, a desaceleração já é perceptível, segundo a projeção dos analistas. Do terceiro para o quarto trimestre, o lucro dos quatro bancos deve ter ficado praticamente estável, até com uma ligeira retração de 0,39%. Os números consideram apenas os eventos recorrentes aos balanços dos bancos. 

Daqui por diante, a principal preocupação entre os analistas está na inadimplência. O envolvimento de grandes companhias brasileiras investigadas na Operação Lava-Jato e os níveis de desemprego estão no radar dos investidores. “Acreditamos no aumento das provisões para créditos de liquidação duvidosa”, afirma Samuel Torres, analista da corretora Fator. 

A equipe do Goldman Sachs já projeta, por exemplo, uma deterioração na qualidade dos ativos de empresas no quarto trimestre de 2014. Os analistas da corretora Votorantim também projetam que a inadimplência do Bradesco mostre uma leve piora. 

Outro ponto de atenção de investidores e analistas recairá sobre as projeções para 2015. Diferentemente dos dois últimos anos, quando as instituições começaram o ano mais otimistas e depois revisaram suas perspectivas para baixo, em 2015 a previsão é que o pessimismo macroeconômico já pese sobre as expectativas iniciais. 

“Neste ano, a gente já parte da perspectiva de baixo crescimento da economia e deve ver projeções de crescimento de crédito abaixo de dois dígitos”, diz Carlos Daltozo, analista da BB Investimentos. Com tal dinâmica, ele espera que haja pressão sobre as ações dos bancos à medida que os balanços e as respectivas projeções sejam divulgados. 

Para parte dos analistas, porém, a maior cautela com o crédito é bem-vinda em um momento em que a inadimplência dá pistas de que pode subir. Em 2014, o BB começou o ano com a previsão de que sua carteira cresceria entre 14% e 18% e, em novembro, cortou a projeção para uma faixa entre 12% a 16%. O Bradesco seguiu o mesmo caminho e reduziu a projeção de 10% a 14% para 7% a 11%. O Itaú manteve a estimativa de 10% a 13%, mas destacou que esperava um desempenho mais próximo do piso da projeção. 

Entre os fatores que ajudaram o lucro dos bancos em 2014 e que devem persistir neste ano estão os negócios não relacionados ao crédito. Em recente encontro com investidores, Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco, afirmou que o banco tem olhado com especial atenção as receitas de prestação de serviços pelo fato de serem menos afetadas pelo ciclos econômicos. 

Amanhã, o Bradesco inaugura a temporada de balanços dos bancos. Pelas expectativas dos analistas, exibirá um lucro de R$ 3,96 bilhões no quarto trimestre, com alta de 23,85% ante igual período do ano anterior. O segundo maiorbanco privado do país deve ser a instituição com a maior expansão de lucro no trimestre. 

Segundo a média da previsão dos analistas, o Itaú Unibanco deve mostrar lucro líquido de R$ 5,45 bilhões no quarto trimestre, com alta de 16,5% em um ano. No período, o balanço ainda deve trazer o impacto da venda da operação de seguros de grande riscos, o que deve elevar o lucro em cerca de R$ 800 milhões, após impostos. 
Para o Santander Brasil, os analistas esperam lucro líquido ajustado de R$ 1,43 bilhão, com alta de 1,5%. A expectativa é que o banco comece a colher os frutos da parceria com o Banco Bonsucesso somente neste ano. 

No caso do BB, a perspectiva dos analistas é que o lucro líquido do banco cresça 15,1% e some R$ 2,857 bilhões. O resultado deve ser sustentado, principalmente, pelos spreads maiores que elevarão as margens da instituição. No fim do ano passado, os spreads dos bancos públicos começaram a se aproximar dos preços praticados pelas instituições privadas.