Maio 11, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

No último sábado, 8 de julho, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou da 25ª Conferência Interestadual dos Bancários e das Bancárias, realizada pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) em Macaé.

O evento definiu as pautas, prioridades e propostas que serão levadas para a Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada em agosto, em São Paulo.

Além disso, também foi definida a delegação que representará a Fetraf RJ/ES no evento. Pela Baixada Fluminense, foram eleitos: Roberto Domingos, Pedro Batista, Renata Soeiro, Elizabeth Paradela e Ricardo Santos de Sá.

A 25ª Conferência Interestadual foi presencial, e contou com uma participação expressiva da categoria bancária. Um fato a se destacar, foi a grande participação e número de mulheres, tanto nas mesas quanto no evento e intervenções.

O EVENTO

A Conferência começou com Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES, fazendo uma saudação à todas e todos os presentes e falando da importância de um evento grandioso, que faz jus ao tamanho e força da Federação.

Após a formação da mesa de abertura, composta pelo Presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Damião Esperança, pelo Secretário Geral da Fetraf RJ/ES, Claudio Merçon Vieira (Cacau) e por Nayana Barcelos, Diretora do Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, foi lido o Regimento Interno da 25ª Conferência Interestadual dos Bancários e das Bancárias, por Claudio Merçon, que também é diretor do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo. O regimento foi aprovado por unanimidade.

Em seguida, foram convocados para uma breve saudação, os representantes da CUT, representada por Beth Paradela, da Intersindical, representada por Carlos Pereira (Carlão), da Contraf-CUT, representada por Jeferson Meira, e do Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, representado por Nayana Barcelos.

CONVIDADOS

O evento contou com a participação e palestras de Paulo Jäger (Dieese – RJ), Cátia Uehara (Dieese – SP) e Rui Carlos Stockinger (Professor da UCP e Coordenador do setor de Saúde do Trabalhador da Prefeitura de Petrópolis).

A primeira palestra foi de Paulo Jäger, que dissertou e debateu sobre Conjuntura Nacional.

Já Cátia Uehara palestrou sobre o Papel do Sistema Financeiro Nacional e do Crédito para Geração de Emprego e Renda, onde apresentou dados e gráficos que ilustraram o debate.

Por fim, Rui Carlos falou sobre a Síndrome de Burnout, assédio moral e suas implicações na saúde e qualidade de vida dos bancários e das bancárias. Rui apresentou pesquisas onde demonstrou onde e quando a categoria é mais afetada.

Todos os palestrantes abriram suas apresentações para perguntas dos participantes do evento e puderam esclarecer todas as suas dúvidas.

MOÇÕES DE APOIO

Foram aprovadas duas moções de apoio na 25ª Conferência Interestadual dos Bancários e das Bancárias: uma em apoio às deputadas federais vítimas de perseguição no congresso nacional; outra em apoio à Presidenta da Caixa, Maria Rita Serrano.

PROPOSTAS

Lutar pelo fim das metas, por melhores condições de trabalho, pela saúde dos trabalhadores, em defesa do emprego e por mais contratações foram as propostas aprovadas na 25ª Conferência Interestadual dos Bancários e das Bancárias.

O Presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Damião explicou como seria a dinâmica para a aprovação da propostas.

Em seguida, as propostas foram lidas e apresentadas e foram à votação.

A delegação e as propostas foram aprovadas por unanimidade e irão para a Conferência Nacional.

Nilton Damião agradeceu o comprometimento da categoria: “Foi uma Conferência proveitosa, engrandecedora. E leve. Saímos maiores e a unidade prevaleceu. Cada vez mais me orgulho de estar Presidente desta Federação, que há 65 anos vem lutando pela categoria bancária, assim como a classe trabalhadora em geral. Agora é levar as propostas aprovadas para Conferência Nacional. Muito obrigado a todas e todos os presentes!”

O Banco do Brasil apresentou as novas regras de designação interina (substituição temporária) para gerentes de relacionamento, gerentes de serviços e supervisores de atendimento, quando os funcionários desses cargos tiverem que se ausentar para o cumprimento de férias, abonos ou por motivos de saúde. O pedido para acionar substitutos será possível somente para ausências programas para os períodos iguais ou maiores que 10 dias úteis consecutivos.      

“Desde 2007, nós reivindicamos um mecanismo de substituição temporária de funcionários que precisassem se ausentar, para não haver sobrecarga da equipe. Foi naquele ano que o BB retirou a regra, que até então havia para escalar um trabalhador que assumia temporariamente a função do afastado”, explica a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

A medida, que altera a Instrução Normativa (IN) 368-1, ampliando a designação interina para todas as funções de 3º nível gerencial, foi apresentada aos representantes da CEBB, nesta quarta-feira (5), alguns dias após a publicação na agência de notícias do banco. 

A aplicação da IN 368-1 começou pelas unidades de negócios, com potencial para atingir 21 mil funcionários, logo não vale para todas as áreas do banco ainda.

“O movimento sindical avalia que a mudança que a IN 368-1 traz é importante, mas queremos que seja ampliada para todas as áreas e demais cargos o mais rápido possível”, pontuou Fernanda Lopes, que também destacou como positivo o impacto da medida “para a formação de novos gestores, além de remunerar corretamente a pessoa que está desempenhando determinada função nas ausências do colega que precisou se afastar”.

Entenda

  • IN 368-1 amplia a designação interina para todas as funções de 3º nível.
  • As funções beneficiadas são: (1) gerente de relacionamento, (2) gerente de serviços e (3) supervisor de atendimento.
  • A norma valerá para ausências programadas: férias, licença-saúde, abonos e folgas, no período igual ou maior que 10 dias úteis consecutivos.
  • Por enquanto, a designação interina vale apenas para as unidades de negócios, então o movimento sindical segue pleiteando para que todas as áreas do banco sejam contempladas.

Fonte: Contraf-CUT

A bancária Cibele Lopes, empregada da Caixa Econômica Federal, foi vítima de um ato racista cometido por uma cliente, dentro da agência Boa Vista, no Recife. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco se solidarizou com ela e acionou a assessoria jurídica para representá-la. Em desabafo, Cibele disse que “só sabe a dor quem passa. Sou uma mulher negra e sofro muito preconceito”.

De acordo com a bancária e testemunhas, no dia 29 de junho, uma cliente, que atua como advogada, proferiu palavras carregadas de preconceito racial a Cibele, enquanto ela fazia suas tarefas no banco. O comentário ofensivo e discriminatório se referia a seu cabelo.

A bancária registou Boletim de Ocorrência na Central de Flagrantes e teve o testemunho de colegas e do cliente que estava atendendo. A assessoria jurídica do Sindicato acompanhou o depoimento e orientou a bancária no registro do crime.

“Não é a primeira vez que eu preciso do Sindicato, e todas as vezes sempre recebi muito apoio. O advogado foi para a delegacia para me acompanhar, ficou comigo até concluir tudo. O apoio que recebi foi muito importante para não ficar com medo, não me sentir sozinha”, afirmou Cibele.

Racismo é crime

O secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, observou que os casos de preconceito, na sociedade e no mercado de trabalho, têm ocorrido com muita frequência, o que se agravou como consequência da postura racista do governo anterior. “Por isso, é fundamental combater toda a forma de preconceito, seja através da contratação de negros e negras nos bancos, mas também com reações contrárias a essas atitudes racistas que percebemos no dia a dia”, afirmou.

O secretário disse que foi importante a iniciativa da bancária de procurar o Sindicato de Pernambuco, exemplo a ser seguido. “É fundamental também fazer a denúncia pública, além de registrar queixa na delegacia. São formas de avançar na luta antirracista e, principalmente, fazer cumprir a Lei 14.532, assinada em janeiro pelo presidente Lula, que equipara a injúria racial ao crime de racismo, que pode levar à prisão”, lembrou.

Almir também frisou que a sociedade tem de usar todas as formas para conter estes atos racistas. “A Contraf-CUT se solidariza com a bancária e coloca a sua estrutura à disposição para ajudá-la no que for preciso”, afirmou.

Cliente foi detida

“Essa situação é algo que se repete, não é um fato isolado. Não especificamente sobre o meu cabelo, mas como eu sou uma mulher negra, muitas vezes as pessoas não acham que eu sou gerente ou empregada da Caixa. Por isso, faço questão de usar sempre o crachá. Já deixei passar outras vezes, mas agora não. Desta vez, eu decidi denunciar para que a pessoa pague pelo que ela falou. Chamei a polícia, a viatura chegou rapidamente na agência e ela foi autuada e detida. Eu tive apoio das pessoas que estavam ao meu redor, que falaram para essa pessoa que isso é racismo. O apoio dos colegas da agência foi o que me fez dizer ‘não, não vou me calar desta vez’”, relatou Cibele.

A bancária disse ter decidido denunciar o caso por se sentir fortalecida por esta rede de apoio e pensar que outras pessoas, que passam pela mesma situação, muitas vezes não têm como se defender e chegam a acreditar nas ofensas proferidas por pessoas racistas. “Muita gente escuta essas ofensas e acredita no que essas pessoas dizem. Eu nunca acreditei que eu não poderia por conta da minha cor. Acho que agora ela vai pensar duas vezes antes de ofender qualquer pessoa”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que lança seu olhar a cerca de 45 milhões de pessoas com alguma forma de deficiência, completa oito anos nesta quinta-feira (6). Também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, a Lei 13.146/2015 garantiu autonomia e reafirmou a capacidade desses cidadãos em sua presença na vida civil em condições de igualdade com as demais pessoas.

A LBI colocou o Brasil em sintonia com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da Organizações das Nações Unidas, a ONU (veja aqui, versão comentada do documento). Os dispositivos da LBI versam sobre saúde, educação, trabalho, assistência social, esporte, previdência e transporte, entre outras áreas.

Avanços

A LBI garantiu às pessoas com deficiência (PCD) o direito de casar, constituir união estável e os direitos sexuais e reprodutivos nas mesmas condições de qualquer outra pessoa. Também foi instituída possibilidade de adesão à tomada de decisão apoiada, ou seja, receber auxílio de alguém de confiança para decisões da vida civil, o que trouxe restrições à designação de curador para atos vinculados a patrimônio, transações financeiras e negócios.

Na educação, a LBI prevê sistema inclusivo, com projeto pedagógico que considere atendimento especializado, com profissionais de apoio, com proibição a escolas particulares de cobrar pelos serviços. No campo do trabalho, foi criado o benefício assistencial para a pessoa com deficiência moderada ou grave, enquadrada como segurada obrigatória do Regime Geral de Previdência Social.

Ficou estabelecida a pena de um a três anos de reclusão, além de multa, para quem desconsiderar o reconhecimento ou impedir o exercício de direitos e liberdades fundamentais da PCD. A lei tornou prioritário o atendimento a elas em serviços de proteção ou socorro e na restituição do Imposto de Renda.

Entre outros avanços, no serviço público o Estatuto da Pessoa com Deficiência passou a considerar improbidade administrativa o desrespeito à acessibilidade e criou o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência, conhecido como Cadastro-Inclusão, um registro público com dados de identificação e socioeconômicos da PCD. A LBI também aumentou a parcela das loterias federais ao incentivo ao esporte, multiplicando por três os recursos destinados o esporte paralímpico.

Veja detalhes na reportagem feita pelo Senado Federal quando a LBI foi aprovada.

Bancários

Durante a Campanha Nacional de 2022, o Comando Nacional dos Bancários deu especial atenção à questão na rodada de negociação com os bancos do dia 6 de julho. As cláusulas relacionadas aos bancários com deficiência incluíram cursos de formação, conhecimento de Libras por pelo menos um funcionário por setor, promoção de acessibilidade universal, subsídio a aquisição de equipamentos (cadeiras de roda, muletas, prótese, bengala, óculos, aparelho auditivo, órteses) e a concessão de transporte especial e de financiamento de veículo.

Como assinala o secretário de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Jordão, “o movimento bancário trabalha constantemente pela plena inclusão e integração de trabalhadores e trabalhadoras com deficiência e contra qualquer forma de discriminação”. Elias lembra, ainda, que “também é dever de todos os cidadãos, sociedade e empresa, para que haja garantia para que o trabalho das PCDs seja feito em condições dignas e com respeito a suas limitações ou recomendações médicas. Isso torna toda a sociedade mais humana”.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense tem uma novidade para seus associados e associadas: o atendimento virtual previdenciário.

O atendimento ocorrerá às segundas-feiras, a partir das 17 horas, através do aplicativo Google Meet.

Nesta segunda-feira, 10 de julho, já começam os atendimentos.

COMO PROCEDER

O contato inicial será através do Telefone/WhatsApp da advogada: Dra. Anne Mejia - (24 99287-8065).

Após este primeiro contato, será feito um agendamento para o atendimento virtual, pelo Google Meet.

Nele, serão definidos os próximos passos.

A ADVOGADA

Dra. Anne Mejia, especialista em direito previdenciário e Direito do Trabalho e integrante da equipe do escritório Baptista e Reis, que atende o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense há 20 anos, e estará à disposição para esclarecimentos de dúvidas e promover ações previdenciárias.

Neste domingo, 9 de julho, Dia da Luta Operária, seis profissionais de várias áreas, ativistas com histórico relacionado à defesa das causas sociais e do movimento dos trabalhadores, receberão o Troféu José Martinez, criado para celebrar a data.

Dois deles estarão presentes, para receber o prêmio em pessoa: a militante Ana Dias e o jornalista Sérgio Gomes. Aos outros quatro será feita homenagem póstuma: o metalúrgico José Ibrahim, os professores João Felício (ex-presidente da CUT) e Oswaldo Barros e o bancário Dirceu Travesso. Placas em agradecimento a sua dedicação à luta dos trabalhadores e ao fortalecimento do movimento sindical serão entregues a seus familiares.

Ana é viúva do metalúrgico Santo Dias, assassinado pela ditadura militar em 1979, e tem longo trabalho pela emancipação feminina na política. Ela foi uma das líderes do Movimento do Custo de Vida no final dos anos 1970, em São Paulo, campanha popular pela redução do custo de vida das famílias, num período de profunda crise econômica no Brasil.

Sérgio Gomes é um dos fundadores da Oboré Comunicações, em 1978, que contribuiu para que dezenas de entidades sindicais criassem e estruturassem seu sistema de comunicação. Coordenou a produção do livro A Greve na Voz dos Trabalhadores e lançou o movimento pela fundação do Centro de Memória Sindical, em 1980. Foi responsável por dezenas de outros projetos, sempre ligados ao mundo do trabalho, como os livros Guia dos Aflitos da PrevidênciaMorte Lenta no Trabalho e Loucura do Trabalho.

A data e o troféu

O troféu homenageia o sapateiro anarco-sindicalista José Martinez, baleado e morto, há 106 anos, no dia 9 de julho de 1917, por soldados da antiga Força Pública na paralisação em várias empresas em São Paulo, considerada a primeira greve geral do Brasil. O Dia da Luta Operária foi instituído pela lei municipal 16.634/2017, proposta pelo então vereador Donato (PT).

A iniciativa é das centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, CSP-Conlutas, Pública e Intersindical Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora. Participam da organização do evento o Centro de Memória Sindical, o Instituto Astrojildo Pereira e Intercâmbio Informações Estudos Pesquisas (IIE).

O evento será no Galpão do Armazém do Campo do MST, na alameda Eduardo Prado, 474, Campos Elíseos, em São Paulo, às 9 horas.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião de negociação nesta segunda-feira (3), a Caixa apresentou à Comissão Executiva de Empregados (CEE) algumas mudanças elaboradas pelo banco no Programa de Qualidade de Vendas (PQV). Algumas alterações atendem às reivindicações dos representantes dos trabalhadores, informadas em reunião presencial que aconteceu no dia 19 de junho, em Brasília.

“Embora a Comissão não tenha participado da elaboração, o novo modelo certamente é uma evolução em comparação ao anterior. Pontuamos ao banco que vamos acompanhar a implementação, e qualquer distorção que houver vamos chamar a Caixa para discutir os ajustes necessários”, informou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt. A Caixa informou que o novo programa, agora chamado Negócios Sustentáveis, será implementado nesta terça-feira (4).

Um dos itens apontados pela Comissão, atendidos pela Caixa, é a exclusão do caráter punitivo da ferramenta ao empregado. O novo modelo não prevê encaminhamento de questões para a Corregedoria e não haverá penalização individual para participação em Processo de Seleção Interna (PSI). Está previsto, entretanto, bonificação e utilização da nota do programa no PSI. Em relação ao produto cartão de crédito, o empregado só será mensurado pelo bloco de reclamação e não mais pela não ativação, como no programa anterior.

Diante da apresentação das mudanças, a coordenadora da CEE reiterou a ausência de discussão sobre a causa do problema. “Vejo avanço na devolutiva após as nossas observações, mas avaliamos que a direção da Caixa ainda precisa atacar o que causa o problema de vendas indevidas. É uma cobrança absurda, e os empregados acabam obrigados a realizar uma série de vendas para manter o cargo comissionado e outros absurdos para atingir metas impostas pela Caixa”, alertou.

O representante da Federação dos Bancários do Estado do Rio de Janeiro (Federa/RJ) na CEE, Rogério Campanate, reconheceu os avanços, mas destacou a urgência de uma gestão humanizada efetiva no banco. “O reconhecimento que o empregado espera é ter condições dignas de trabalho”, observou.

Calendário de negociação

Fabiana Proscholdt cobrou do banco o calendário anual de negociação. “Precisamos avançar em diversos temas, como a suspensão da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), as questões dos Pessoas com Deficiência (PCDs), teletrabalho e outros assuntos”, disse a coordenadora. A Caixa informou que vai apresentar o calendário à Comissão.

Fonte: Fenae

Em função da grande procura de bancárias e bancários para atendimento jurídico, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense informa os novos horários do plantão dos advogados na Sede de Duque de Caxias e na Sub-Sede de Nova Iguaçu:

DUQUE DE CAXIAS

Quinta-feira - das 10 horas às 13 horas

NOVA IGUAÇU

Terça-feira - das 11 horas às 17 horas (intervalo para almoço das 13 horas às 14 horas)

*Fiquem ligados em nossas redes sociais e em nosso site: vem novidades por aí!

Em cerimônia realizada na tarde desta segunda-feira (3), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto de Lei 1.085, que muda a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para assegurar a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens. A sanção ocorre apenas quatro meses após a proposta ter sido apresentada, pelo próprio governo, ao Congresso Nacional, onde passou por aprovação nas duas casas do poder Legislativo.

“Nós, mulheres, aguardamos por esse dia há, pelo menos, 80 anos. A obrigatoriedade do salário igual, para trabalho igual entre mulheres e homens, existe desde 1943 no Brasil, com a implementação da CLT. Desde então, houve pouquíssimo avanço nesse sentido”, destacou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. “A igualdade traz dignidade e reconhecimento às mulheres como trabalhadoras, produtoras de bens e de conhecimento. Traz ainda esperança para as nossas meninas, futuras trabalhadoras, de terem emprego livre de discriminação”, disse, completando que, para mudar a cultura de desigualdade salarial no país, é preciso ir além da legislação, uma vez que as mulheres, hoje, dedicam o dobro de horas que os homens, por semana, nas funções de trabalho doméstico e de cuidado com os filhos, com os idosos e pessoas doentes.

“Quero chamar atenção dos nossos colegas empreendedores, empreendedoras, o empresariado brasileiro: busquem fazer com que nós não tenhamos que caminhar para um processo de autuação. Porque as condições para a autuação estão dadas. Nós usaremos a inteligência artificial, nós usaremos a fiscalização quando preciso”, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, completando que, sob a liderança do presidente Lula e coordenação da ministra da Gestão, Esther Dweck, o governo irá realizar um concurso para a contratação de mais 900 auditores e auditoras.

“Não existe essa de ‘lei que pegar’ e ‘lei que não pegar’ […]. Na verdade, tem governo que faz cumprir a lei, e governo que não faz cumprir a lei”, disse o presidente Lula, listado uma série de instituições que existem no Brasil para fiscalizar a aplicação da lei de igualdade. “O empresário que não cumprir terá que enfrentar a legislação brasileira”, completou.

“Essa é uma grande conquista na batalha por direitos iguais, dos movimentos feministas e do movimento sindical”, avaliou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes.  “Como o próprio presidente Lula destacou, quando anunciou a proposta, em 8 de março, desde 1943 a CLT prevê que mulheres e homens que exerçam a mesma função tenham equiparação salarial. A inovação do projeto de lei é o estabelecimento da obrigatoriedade da equiparação, a ser verificada por meio documental, ampliando as formas de fiscalização e multa”, completou. Logo, a lei sancionada nesta segunda, 3 de julho, atualiza uma lei que já existia na CLT, mas que não era suficiente para garantir a igualdade salarial.

A advogada e assessora jurídica da Contraf-CUT, Phamela Godoy, ressaltou que a lei valerá para todos os funcionários que trabalham pelo modelo de contrato CLT. “A medida estabelece mecanismos práticos para alcançar a igualdade salarial, como o relatório de transparência salarial que as empresas com mais de 100 funcionários passam a ser obrigadas a produzir. Por meio desse relatório será possível aferir, na prática, se as mulheres estão recebendo os mesmos salários que os homens. E os sindicatos terão papel fundamental no processo de acompanhamento e fiscalização, ao lado do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho”, destacou, lembrando ainda que “a sanção reforça o compromisso do atual governo em combater a desigualdade de gênero”.

Relatório divulgado em março pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que, no Brasil, as mulheres recebem em média 21% menos que os homens. “Na categoria bancária, as mulheres recebem cerca de 22,2% menos que os homens. Sendo que a mulher negra bancária recebe, em média, cerca de 40,6% a menos que o homem bancário que é branco”, completou Phamela Godoy.

Impacto no PIB

Durante a tramitação da lei por igualdade salarial no Congresso, a deputada Jack Rocha (PT-ES) chegou a ressaltar que a igualdade salarial entre mulheres e homens pode adicionar 0,2% à taxa anual do Produto Interno Bruto (PIB, indicador que representa a soma de todas as riquezas produzidas no país), pelo estímulo que dará para inserção com “isonomia da mulher trabalhadora nas estratégias de produtividade das empresas”.

Um estudo divulgado pelo Banco Mundial, em 2018, chamado “Mulheres, Empresas e o Direito: Igualdade de Gênero e inclusão econômica”, apontou um impacto ainda maior, de 3,3% sobre o PIB.

O resultado desse trabalho do órgão internacional foi lembrado recentemente pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves: “A igualdade salarial aumenta o PIB do país. Aumenta a atratividade das empresas, traz benefícios para todas as pessoas. Na hora que as empresas e a sociedade começarem a perceber isso, eu acredito na adesão. É uma política de curto, médio e longo prazo”, disse em entrevista recente.

Na cerimônia desta segunda, Lula também sancionou a lei que garante a manutenção do programa de bolsa à atleta gestante ou puérpera e, ainda, a mudança da Lei 8.906/94, o Estatuto da Advocacia, para incluir o assédio moral, o assédio sexual e a discriminação entre as infrações ético-disciplinares no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), representantes da direção do BB apresentaram a nova política para coibir desvios de comportamento leve. Esse tipo de comportamento no trabalho, que antes era conduzido no âmbito disciplinar, da Instrução Normativa (IN) 383, agora passa a ser tratado pela Ética Corporativa (IN 734).

“Essa iniciativa responde demandas nossas, do movimento sindical. Uma punição grave, a abertura de um processo administrativo, que fica ali registrado na carreira, tem um impacto muito ruim para a pessoa, inclusive para ascensão dentro da empresa. Nós entendemos que muitas coisas poderiam ser resolvidas numa conversa, num reposicionamento. Erros ocorrem, mas não dá para considerar que todos os erros são por má-fé. Então, é importante que essa recondução seja feita em forma de diálogo e não de forma punitiva, com um processo administrativo, que fica registrado e passa por uma apuração extensa e tem impactos na carreira”, avalia a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

Atualmente, o banco define como comportamento leve “condutas inadequadas, com baixo potencial lesivo, que não apresentam elevado risco de imagem, nem prejuízos, porém não estão de acordo com as premissas do Código de Ética”. A empresa também diz que o objetivo da mudança, para que esse tipo de comportamento seja tratado no âmbito da Ética Corporativa, “é oferecer aos funcionários oportunidades de reposicionamento por meio de orientações ofertadas por líderes”.

A ação inclui estímulo ao diálogo entre todos os funcionários e debate sobre o tema na formação dos gestores, sem, no entanto, gerar impactos na carreira dos funcionários. “A gente considera a iniciativa positiva, mas a mudança tem de ser cultural e formativa dentro da empresa, principalmente dos líderes e gestores que precisam, realmente, começar a dialogar com os funcionários”, completa Fernanda Lopes.

Pela dinâmica apresentada pelo banco, os passos para solucionar um desvio de comportamento leve passará por três etapas: (1) conversa com o funcionário responsável pela ação negativa, (2) seguido pela NI de Instrução Ética e (3) Termo de Ciência Ético. “A ausência de reposicionamento [ou seja, mudança de comportamento por parte do funcionário] poderá ser tratada por meio da abertura de Ação Disciplinar (IN 383)”, explicou o BB em nota compartilhada com os representantes dos trabalhadores.

Veja quais comportamentos são considerados pelo BB como de desvios leves:

Descortesia – Comunicação violenta com clientes, colegas, parceiros, terceirizados etc.

Descumprimento de jornada de trabalho – Não observância recorrente das regras de jornada de trabalho, mesmo após orientações.

Postura inadequada – Prática de atividades pessoais fora do interesse do serviço; envio de mensagens inadequadas; disseminação de ideologia partidária nas dependências do banco, subterfúgios em processos internos de encarreiramento e formação etc.

Fonte: Contraf-CUT