Maio 18, 2025
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A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que entrou em vigor em 18 de setembro de 2020, foi criada para garantir a privacidade e o uso consciente de informações particulares das pessoas. Isso porque elas têm o direito de saber como os registros armazenados são utilizados e, inclusive, solicitar a sua exclusão, caso assim desejarem. Por isso, é fundamental que os sindicatos e federações de todo o país se adequem às exigências o quanto antes. Para mostrar como as entidades devem fazer isso, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizou nesta terça-feira (17) o Seminário “A LGPD na perspectiva de trabalhadores e trabalhadoras”.

“O Seminário foi muito importante, atingindo nossos objetivos. Pudemos compreender melhor a importância da proteção dos dados pessoais, que exige a criação de uma nova cultura em nossa sociedade. Entendemos a importância da adequação das entidades sindicais à nova realidade, protegendo os dados da categoria profissional na atividade sindical, e também a importância da adequação de nossas entidades em seu papel de controladora de dados”, afirmou o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Lourival Rodrigues.

“Debater sobre a proteção dos dados dos trabalhadores é fundamental para nos defendermos diante da atuação dos bancos, mas também para que nossas entidades sindicais se adequem à Lei e, da mesma forma, respeitem a privacidade dos dados que temos em nosso poder. Este seminário superou nossa expectativa, tanto com relação à quantidade e nível de participação como pelo conteúdo transmitido”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

O secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Junior, enalteceu ainda o fato de o evento ser o primeiro webinar da instituição. “Inauguramos hoje um novo formato de evento digital, que nos proporciona abranger muito mais gente do que se fizéssemos no nosso auditório. Hoje, por exemplo, foram 367 inscritos. É um modelo que veio para ficar.”

A primeira mesa do evento explicou o que é LGPD. “A LGPD vem como um mecanismo de criação de limites e cultura. É uma ferramenta que constitui limites para a exploração dessas informações por empresas e pelo próprio governo. Ao mesmo tempo, faz parte da criação de uma cultura de segurança de informação e proteção de dados pessoais, propondo que exijamos a observação desses limites. É por isso, justamente, que a LGPD, ainda que traga também exigências aos sindicatos, deve ser encarada sem receio, deve ser apropriada pelo movimento sindical, constituindo uma ferramenta de disputa de direitos também para a classe trabalhadora”, explicou a advogada trabalhista e assessora sindical, especialista em Economia pela Escola de Ciências do Trabalho do Dieese, Paula Nocchi Martins. “E, considerando que a crise sanitária aprofundou a constituição de relações de trabalho intermediadas por meios digitais, aumentando consideravelmente o fluxo de informações em rede, a vigência da LGPD novamente assume uma posição importante, de criar limites ao uso de dados pessoais dos cidadãos”, completou Paula, que também é pesquisadora independente da proteção de dados nas relações de trabalho.

O seu colega de mesa, Guilherme Pereira Pinheiro, pós-doutor em Direito pela Universidade de Coimbra, professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e consultor Legislativo na Câmara dos Deputados, acredita que a importância da Lei é de três ordens. “A primeira é que representa uma extensão dos direitos do cidadão sobre seus dados, com sua participação ativa na atividade de tratamento. O segundo é que cria barreiras à atuação indevida do Estado sobre os dados pessoais, evitando manipulação e discriminações. A terceira é que a LGPD insere o Brasil no fluxo global e na economia de dados, permitindo que o país transfira e receba dados do exterior, fomentando um mercado ainda não tão desenvolvido no Brasil e que pode gerar receitas e empregos.”

Pinheiro acredita que a pandemia aumentou muito a importância da proteção de dados. “Exemplo são as tecnologias usadas em muitos países, inclusive no Brasil, para rastreamento de doentes e identificação de aglomerações. Ademais, na pandemia, questões como trabalho e ensino à distância potencializaram o abuso no uso de dados pessoais e, portanto, a LGPD vem em boa hora.”

A segunda mesa debateu o Direito à Privacidade e os Dados Pessoais. Mariana Rielli, coordenadora geral de projetos da Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa, garantiu que a proteção de dados é essencial em uma sociedade que é cada vez mais movida a dados pessoais e em que o uso desses dados passa a ter efeitos mais profundos e concretos sobre as nossas vidas. “Ela garante proteção contra usos inadequados e abusivos, impondo obrigações e responsabilidades às empresas e órgãos públicos, e também cria direitos específicos para o indivíduo (o titular dos dados), como de ter acesso aos dados que uma entidade tem sobre você ou de requerer o bloqueio ou exclusão de dados que sejam desnecessários ou estejam em desconformidade com a Lei. A LGPD é um ganho para a população, pois cria ‘regras do jogo’ mais claras sobre quando e como é adequado usar os seus dados pessoais e também porque ela vem desempenhando um papel de aumentar a discussão sobre o assunto e ajudar na conscientização mais ampla dos indivíduos sobre a importância dos dados pessoais e a necessidade de protegê-los.”

Para Paulo Rená da Silva Santarém, pesquisador do Centro Cultura Digital & Democracia e professor da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais (CEUB), a proteção de dados pessoais constitui um novo direito, cuja importância está em assegurar juridicamente o desenvolvimento das nossas personalidades diante dos muitos riscos decorrentes do desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação. “A população passa a ter um instrumento de defesa no contexto em que todos nossos dados digitais estão sendo coletados e processados o tempo todo, por diversas instituições públicas e privadas, e para objetivos que nem sempre conhecemos”, destacou.

A terceira mesa foi “A LGPD e as Entidades Sindicais”. O doutor em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas, Mário Vinícius Claussen Spinelli, que é professor da FGV e da Universidade Federal de Lavras, do Curso de especialização em Compliance do CPEC da Universidade de Castilla e La Mancha e do Curso de Extensão em Compliance da PUC-RJ, acredita que as entidades sindicais devem ter atenção com os dados que possui dos bancários e com a utilização destes dados. “Sua atuação deve garantir o tratamento de dados adequado dos bancários pelos empregadores, mas também o cumprimento da LGPD pelos próprios sindicatos quando tratam os dados de seus filiados. As duas frentes fazem com que os sindicatos tenham que montar um plano de ação para garantir a aplicação da LGPD”, disse.

Spinelli, que também é o Ouvidor-Geral da Petrobras e auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União, apresentou um plano de ações, que inclui 10 medidas recomendadas para a implementação da LGPD.

Gustavo Ramos, sócio de no escritório Mauro Menezes & Advogados, Mestre em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas pelo Centro Universitário UDF e professor em curso de pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho, buscar essa conformidade na LGPD vai demandar uma mudança cultural de toda a sociedade, sobretudo das entidades sindicais. “Buscar conformidade à LGPD demandará uma mudança cultural ampla de toda a sociedade, aí incluídas naturalmente as entidades sindicais. Será preciso a conscientização de que, uma vez na posse do dado pessoal de alguém, tal informação está sob sua responsabilidade, devendo ser protegida, por meios tecnológicos, administrativos e com ações juridicamente bem orientadas, sob pena de severas sanções administrativas e eventuais responsabilidades indenizatórias. A adequação à LGPD tem inegavelmente a perspectiva de tornar as organizações mais confiáveis, menos inoportunas e mais seguras, e constitui elemento importante para contribuir com esse movimento coletivo global de resistência à manipulação das pessoas por intermédio da utilização ilegítima de seus dados pessoais por grandes conglomerados empresariais e governos autoritários.”

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realiza na próxima terça-feira (23) um debate sobre a situação e as perspectivas da Pandemia do coronavírus (Covid-19) no Brasil.

O que é e devemos fazer lockdown? Qual a importância das medidas protetivas? Como está a situação dos serviços de saúde? Vacina é importante? Como está a vacinação? O Plano Nacional de Imunização (PNI) está sendo bem feito? Como ele deveria ter sido construído para que não estivéssemos nesta situação? Como devem serem tratados os setores e trabalhos essenciais em relação à vacinação? Essas são algumas das perguntas que serão respondidas durante a transmissão ao vivo, que será realizada nos perfis do Facebook e do Youtube da Contraf-CUT, a partir das 18h, pelo ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O programa vai contar também com a participação de Mauro Salles (RS), secretário de Saúde da Contraf-CUT; Rosângela Lorenzetti, dirigente do Sindicato dos Bancários de Araraquara e da Fetec/SP; Wellington Oliveira, dirigente do Sindidicato dos Bancários de Pernambuco e da Fetec NE; e Tatiana Oliveira, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará. Eles vão passar relatos da situação de suas regiões.

Você tem dúvidas sobre o assunto? Mande suas perguntas para os convidados pelo Instagram da Contraf-CUT ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Com a pandemia da Covid-19 em seu mais grave momento no Brasil com os seguidos recordes de mortes pela doença, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não se comprometeu com a suspender as demissões na categoria bancária, medida tomada no ano passado, no início da propagação da doença. Foi a terceira reunião neste começo de 2021 com o Comando Nacional d@s Bancári@s, sem respostas sobre medidas de segurança contra o contágio. O Comando Nacional vai organizar atividades em defesa da vida e da saúde no dia 24.

A reunião desta terça-feira (16) era para os bancos responderem se iriam voltar a suspender as demissões, como no início da pandemia. “Esperávamos que os bancos atendessem à essa reivindicação tão necessária nesse momento. Eles disseram na reunião que a demissão na categoria era pequena. Desde 2013, eles cortaram 82 mil postos de trabalho. Isso é o tamanho de um grande banco”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional.

Na última reunião, dia 11 (sexta-feira), o Comando Nacional também apresentou as reivindicações de diminuição do horário nas agências, redução das metas e fim das visitas. A Fenaban também se comprometeu a dar respostas sobre as questões, mas nada apresentou desde então. Alguns bancos se comprometeram a suspender as visitas, mas a Fenaban disse que ainda não tem como se comprometer. O Comando Nacional não vai aceitar que bancári@s sejam mandados a fazer visitas.

“Não vamos aceitar que bancárias e bancários fiquem expostos nessas visitas. Vivemos o pior momento da pandemia que o país já viu, o número de mortes não para de crescer e está na casa dos milhares”, disse a presidenta da Contraf-CUT. O Comando Nacional não abre mão das cobranças e insiste nas respostas a serem apresentadas pela Fenaban. Também serão marcadas reuniões diretamente com os bancos para checar as medidas de segurança que estão sendo adotadas em cada instituição.

Dia 24

O Comando Nacional d@s Bancári@s e a Contraf-CUT aderiram à convocação da CUT e demais centrais sindicais para o Dia Nacional de Lockdown pela Vida e pela Saúde. No dia 22, os sindicatos da categoria bancária vão realizar plenárias em suas bases para discutir formas de ação em cada local. Os sindicatos bancários vão realizar ações em suas bases com a circulação de carros de som, avisando os clientes para não irem às agências.

“Estamos na luta com outras categorias e a população contra a pandemia. Queremos que a categoria bancária seja incluída na lista de prioridades da vacina, já que estamos na linha de frente no atendimento à população. Nessas plenárias, os bancários e bancárias precisam dizer se os protocolos de segurança estão sendo cumpridos em seus bancos, se eles estão sendo obrigados a fazer visitas. Vamos denunciar caso estejam sendo obrigados a fazer visitas”, alertou Juvandia Moreira.

Live

No dia 23, a página da Contra-CUT no Facebook vai transmitir uma live com o ex-ministro da Saúde e médico sanitarista Arthur Chioro. A live começa às 18h. Chioro vai debater o momento atual da pandemia, as medias de proteção contra a covid-19 e a necessidade da vacina para a população, inclusive para a categoria bancária.

Fonte: Contraf-CUT

A reunião da mesa de negociação permanente entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e a direção do banco público, realizada nesta terça-feira (16) por videoconferência, debateu melhores condições de trabalho aos empregados durante a pandemia de Coronavírus (Covid-19). “É sempre importante lembrar que esta mesa permanente é uma conquista dos empregados. A ideia é que consigamos construir, juntamente com a direção do banco, ações que priorizem os trabalhadores”, explicou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

Antes de iniciar o debate sobre os pontos da pauta, a coordenadora da CEE cobrou que a Caixa negocie e reforce junto ao governo a inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PIN). Na semana passada a Contraf-CUT encaminhou ofício ao Ministério da Saúde solicitando essa inclusão, visto que a atividade bancária é considerada essencial e se mantém ativa e em funcionamento em todo o território brasileiro.

Além disso, foi reforçada a necessidade de mais contratações, além do que já foi divulgado pelo banco, para ajudar na melhoria das condições de trabalho e possibilitar, ainda, um melhor atendimento para a sociedade.

Também foram cobradas respostas aos ofícios enviados pela Contraf-CUT, como o que pede a flexibilização da entrega das certificações Anbima e a manutenção das funções; esclarecimentos sobre a instabilidade dos sistemas; da reestruturação (pauta pendente já da última mesa ocorrida) e do canal de apoio para casos de violência contra a mulher.

Trabalho remoto

A Caixa fez uma apresentação da proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sobre teletrabalho e banco de horas. Entre os itens já apaziguados estão a disponibilização de equipamentos e cadeiras em comodato, atenção médica à saúde com avaliação específica, ação educacional sobre trabalho remoto para gestores e empregados, mudança do presencial para o remoto “por iniciativa do empregado”, entre outros.

Impasse, até então, no debate sobre o Teletrabalho, a Caixa atendeu a reivindicação dos trabalhadores e será possível a marcação do ponto. Na nova proposta há a previsão de duas modalidades para o trabalho remoto, mediante negociação entre o empregador e o gestor: sem controle da jornada de trabalho ou com controle da jornada de trabalho e banco de horas para compensação em até 12 meses.

A Comissão também reiterou a reivindicação feita na última mesa de negociação de uma ajuda de custo, pois as despesas do teletrabalho não devem ser arcados pelos trabalhadores e sim custeados pela empresa.

Sobre o banco de horas, a CEE/Caixa fez a crítica, pois, dependendo da forma que for escrito, pode impossibilitar o pagamento de horas extras aos empregados. Outro ponto importante foi a reivindicação que durante a pandemia não seja feita destituição de função e/ou rebaixamento.

O banco ficou de avaliar os apontamentos e irá disponibilizar a minuta do ACT para ser avaliada pelos representantes dos trabalhadores na próxima semana.

MFA

A Caixa fez uma apresentação sobre as medidas necessárias à conexão remota em “Virtual Private Network – VPN” da Caixa e as ações necessárias à segurança dos acessos para realização do trabalho através do “Múltiplo Fator de Autenticação – MFA”. E a importância do sistema da proteção do empregado.

O movimento sindical ressaltou que os empregados foram pegos de surpresa, o que gerou muitas dúvidas. O principal problema está no uso dos celulares próprios dos empregados, que compromete o funcionamento do aparelho, além dos gastos com internet, todos pagos pelos empregados.

“O movimento sindical não é contra as medidas de segurança para os clientes e empregados, mas essas mudanças não podem gerar custos aos trabalhadores”, explicou Fabiana. “O que será feito com os empregados que não conseguirem fazer a autenticação? Eles não podem ser penalizados por conta de mudanças no sistema”, questionou a coordenadora da CEE.

A Caixa respondeu que está avaliando a possibilidade de aplicar este reembolso aos empregados dentro do acordo de teletrabalho. Disse que a previsão é que seja, de fato, imprescindível para a realização do teletrabalho.

Os representantes dos trabalhadores salientaram o fato de que o empregado, na prática, já utiliza o aparelho celular pessoal em benefício da empresa. “A própria empresa, institucionalmente, produz comunicação para distribuição para os empregados pelo WhatsApp, que é usado como ferramenta de cobrança de metas e  meio de comunicação. Se a empresa pretende obrigar o uso do aparelho, deve fornecê-lo aos empregados, assumir os custos e regrar o uso, para que se dê dentro da jornada de trabalho e preservando o direito à desconexão.”, completou Leonardo Quadros, membro da CEE/ Caixa. “Além disso, lembramos que a cobrança de metas por mensagens eletrônicas nos telefones celulares dos empregados é pratica proibida pela CCT, e situações como o MFA acabam por encorajar esta prática”, conclui.

Sistemas

O movimento sindical cobrou a regularização dos sistemas, que apresentam instabilidades constantemente, e a não responsabilização dos empregados pelos problemas decorrentes das falhas tecnológicas.

Foram dados exemplos como: quedas e travamentos durante o dia, operações que são ou não estornadas, transações que não aparecem na fita de caixa, inúmeros problemas causando diferenças de caixa.

Essa instabilidade não só tem prejudicado o desenvolvimento das atividades dos empregados, como também tem refletido nos clientes. O IBC tem tido problemas de lentidão e dificuldades de acesso até o momento.

Protocolos de prevenção da Covid-19

A CEE cobrou que a Caixa avance nos protocolos. Mesmo nos protocolos já existentes há denúncias de que não são cumpridos, como a higienização, que não está sendo realizada de forma tempestiva, constante ou de forma correta. Itens da pauta que tiveram avanço foram a questão de instalação de protetores de acrílico nas agências e a contratação de vigilantes externos e recepcionistas para o período de pagamento do auxílio emergencial. Segundo o banco isso já está em andamento.

Os representantes dos trabalhadores ainda cobraram a limitação da quantidade de clientes por vez nas agências, aferição de temperatura para entrada na agência, o retorno do rodízio, testagem para todos os empregados da unidade onde houver caso suspeito/confirmado, orientação de compra pelo pronto pagamento do tipo de máscaras eficazes (M 95, Pff 2, Tripla cirúrgica), manutenção e ampliação de empregados no Projeto Remoto e revisão da lista de “serviços essenciais”.

A CEE apontou ainda que as metas e o assédio moral tem adoecido sobremaneira os bancários, além de sobrecarregar a jornada já estafante dos trabalhadores. “Na pandemia o foco não pode ser metas e sim o atendimento digno da população. Além disso, estamos cobrando o compromisso que a Caixa fez durante a Campanha Nacional, de negociar com o governo a não abertura aos sábados. Se durante a semana o foco for o atendimento, agregado com o funcionamento dos sistemas, em especial do app Caixa Tem, não existe necessidade dos colegas trabalharem aos sábados” disse Fabiana.

Mobilidade dos Empregados

A CEE cobrou que a Caixa atenda as reivindicações dos trabalhadores de mobilidade entre as agências antes das contratações dos novos empregados. Também pediu que revise o Deu Match e Equaliza, uma vez que os sistemas não tem funcionado.

A reunião foi suspensa, devido ao adiantar da hora, por conta da reunião entre o Comando e a Fenaban, marcada para o início da tarde desta terça. Um novo encontro será agendado em breve.

Entretanto, a Comissão reforçou a cobrança para que a Caixa dê respostas sobre os pontos que ficaram pendentes como:

  • Reestruturação;
  • Não exposição de “Nome e Sobrenome” de funcionário em SMS de avaliação de atendimento;
  • Inibir que empregados atuem fora da agência (após a porta giratória);
  • CR444 (PQV);
  • Lives durante horário de atendimento;
  • PSIs (transparência).
  • Fim dos objetivos SMART da VIRED;
  • PSIs (transparência).

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reúne com a direção do banco na tarde desta quarta-feira (17), por videoconferência, para debater a substituição do Agir (programa de remuneração variável dos bancários da rede de agências) pelo GERA.

Jair Alves, coordenador da COE, explicou que a reunião foi marcada porque o assunto está levando muitas denúncias aos sindicatos de todo o país. “Na visão do banco, o novo programa traria ‘benefícios coletivos’ maiores e melhor resultado para o cliente, mas não é isso que dizem os bancários. O banco se comprometeu a explicar os motivos da mudança e como o trabalhador será afetado.”

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) solicitou, por ofício enviado na tarde de sexta-feira (12), a postergação da assistência à saúde aos ex-empregados do Bradesco, aderentes ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) de 2019.

Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, explicou que a pandemia do novo coronavírus (Covid-10) trouxe uma inesperada situação a estes ex-empregados, seja pela dificuldade de contratar um novo plano e ser impactado com períodos de carência, seja por estarem em pleno tratamento médico tanto para tratar da nova doença quanto para tratar de suas sequelas e outros tratamentos de longo períodos e/ou exames de acompanhamento, como os que tratam câncer.

“Este cenário, totalmente inesperado por todos, assim como a aproximação do fim dos 18 meses de cobertura do pagamento do seguro saúde, coloca muitas vidas em situação muito difícil. Solicitamos a compreensão da direção do Bradesco neste momento difícil e desafiador e que sejam postergados por mais 180 dias o benefício de saúde aos ex-empregados que aderiram ao PDV de 2019”, explicou Magaly.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com a Caixa Econômica Federal, se reúne com a direção do banco nesta terça-feira (16), às 10h. A reunião da mesa permanente de negociação vai discutir as medidas anunciadas para a utilização dos sistemas do banco em acesso remoto e fatores de autenticação próprios e o fortalecimento dos protocolos de saúde contra a Covid-19, para proteger os empregados e a população.

Em um comunicado interno, o banco elencou as medidas necessárias à conexão remota em “Virtual Private Network – VPN” da Caixa e as ações necessárias à segurança dos acessos para realização do trabalho através do “Múltiplo Fator de Autenticação – MFA”. Segundo a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Contraf-CUT, Fabiana Uehara Proscholdt, a Caixa desconsiderou a ocorrência de dispêndios gerados aos empregados, particularmente, com custeio de conexão própria à internet, utilização de aparelho celular ou smartphones próprios e outros custos intrínsecos.

“Manifestamos nossa inconformidade com medidas que repassam os custos do trabalho remoto para empregados e exigiremos na negociação a retificação da medida. É pleito nosso que a Caixa custeie eventuais gastos que os trabalhadores tenham para o desenvolvimento de suas atividades no teletrabalho”, afirmou Fabiana.

A reunião da mesa permanente de negociação será realizada por videoconferência. A proposta da Caixa é tratar de assuntos relacionados ao trabalho remoto, banco de horas e demais decorrências, mas a coordenadora da CEE/Caixa adiantou que solicitou a inclusão de outras questões relacionadas ao trabalho durante a pandemia.

“Defendemos que os bancários sejam incluídos nos grupos prioritários de vacinação; queremos debater formas de melhorias nos sistemas, para evitar problemas de lentidão e dificuldades de acesso como os ocorridos nos últimos dias e que os empregados não sejam responsabilizados por problemas decorrentes de falhas tecnológicas; além do aprimoramento dos protocolos de prevenção, debater o aumento do número de pessoas em projeto remoto e retorno do rodízio, diante do aumento no número de casos”, salientou a coordenadora.

Confira a pauta da CEE para a reunião:

  • Aprimoramento dos Protocolos de Prevenção ao Covid (implementação de anteparo de acrílico em todas as mesas de atendimento;
  • limitação da quantidade de clientes por vez nas agências; retorno de vigilante e recepcionistas para triagem de filas; revisão da lista de “serviços essenciais”;
  • testagem para todos os empregados da unidade onde houver caso suspeito/confirmado;
  • Aumento do número de pessoas em Projeto Remoto e retorno do rodízio (o decreto de Brasília prevê isso, por exemplo);
  • Não exposição de “Nome e Sobrenome” de funcionário em SMS de avaliação de atendimento;
  • Revogação da determinação de 20/01, que previa a ampliação do número de pessoas trabalhando presencialmente nas unidades, inclusive áreas meio;
  • CR444 (PQV);
  • Objetivos Smart – VIRED;
  • Exclusão de metas de produtos durante a Pandemia;
  • Uso de celular/equipamento pessoal;
  • Revisão/Suspensão de destituições de função e rebaixamentos durante a pandemia;
  • Mobilidade dos empregados antes das novas contratações;
  • Prorrogação do prazo para fruição dos dez dias de compensação dos GGRs;
  • Ampliação do prazo para certificações e manutenção das funções;
  • Lives durante horário de atendimento;
  • PSIs (transparência);
  • Inclusão dos bancários nos grupos prioritários da vacinação;
  • Melhorias nos sistemas, para evitar problemas de lentidão e dificuldades de acesso, como os ocorridos nos últimos dias;
  • Não responsabilização dos empregados em problemas decorrentes das falhas tecnológicas;
  • Reestruturação nas áreas meio;
  • Inibir que empregados atuem fora da agência (após a porta giratória).

Fonte: Contraf-CUT

Um ano após a aprovação do canal de atendimento às bancárias vítimas de violência, a mesa bipartite temática de Igualdade de Oportunidades fez uma avaliação da conquista. Nesse tempo, mais de 120 casos foram atendidos. Representantes da Comissão de Gênero, Raça, Orientação Sexual e Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência (CGROS), do Coletivo de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniram para discutir o canal e também outras pautas como a desigualdade salarial e os problemas de ascensão profissional para as mulheres.

“O canal de atendimento é trabalho que o movimento sindical bancário vinha fazendo bem antes. Está em construção, mas já é importante porque está fazendo mulheres vítimas de violência se sentirem acolhidas. Foram 128 casos desde abril. Se formos somar ao Projeto Basta, do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Osasco, o total chega a 226 casos”, informou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que participou da mesa.

Além do canal de atendimento, faz parte do acordo negociado com os bancos um programa de treinamento para os funcionários. “Esse programa também prevê a formação do quadro dos gestores. O objetivo é que eles saibam identificar o que é a violência, seja psicológica, patrimonial ou física”, ressaltou a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

Quase um século

Outra parte do debate da mesa foi sobre cobranças feitas à Fenaban. Apesar das bancárias terem obtidos conquistas importantes ao longo de anos de luta da categoria, a desigualdade entre homens e mulheres ainda perdura. Estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) mostra que, no ritmo atual, as mulheres bancárias levarão 88 anos para que seus rendimentos se equiparem ao dos colegas homens.

No estudo, apresentado durante a reunião, está registrado que em 2003, a diferença da remuneração média entre homens e mulheres no setor bancários era de 26,08%. Em 2018, a diferença era menos, mas estava em 21,75% No mercado de trabalho brasileiro, a diferença é de 18%, menor do que no setor bancário. “Esse tema é debatido há mais de 20 anos. Não queremos esperar 88 anos para que os salários se equiparem. Não é justo a gente ganhar menos. Essa é uma injustiça que precisa ser corrigida nos bancos”, afirmou Juvandia Moreira.

Exclusão

A desigualdade também afeta as bancárias na ascensão profissional. O estudo do Dieese mostra que é maior a proporção de homens com mais de três promoções na carreira, de 31,7%, contra 19,9% das bancárias. Na reunião foi cobrado também mais informações sobre o aceso das mulheres aos novos empregos na área de tecnologia. No Itaú, por exemplo foram contratadas em 2020 cerca de 4 mil pessoas entre cientistas de dados, engenheiros e equipes de Tecnologia da Informação (TI).

“Quantas dessas novas contratações na área de tecnologia são de mulheres? Precisamos estimular que elas tenham maior acesso a essa área, senão vamos manter a exclusão”, destacou a presidenta da Contraf-CUT. Os representantes da Fenaban se comprometeram, na nova reunião da mesa de Igualdade de Oportunidades, a ser realizada ainda em março, a trazer esses dados.

O estudo do Dieese também mostra que as mulheres negras são as maiores vítimas da desigualdade. Em 2020, a taxa de desocupação das mulheres não negras era de 13,5%, enquanto que a das mulheres negras era de 19,8%. A mulher negra precisa trabalhar o dobro do tempo do que um homem branco para ter a mesma renda.

Pandemia

A pandemia também foi tema da reunião. “As mulheres foram as mais afetadas na pandemia. Existe a cultura que o trabalho doméstico é da mulher.  Os homens precisam compartilhar todas as responsabilidades. Além disso tem o aumento da violência doméstica nesse período da pandemia. As mulheres sofreram mais com a violência e ficaram com sobrecarga de trabalho em casa”, ressaltou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis.

Causa de vários problemas para as mulheres, a pandemia tem de ser combatida com isolamento social e a vacina. Por isso, as representantes da Contraf-CUT destacaram a necessidade de se lutar pela vacina já. A Contraf-CUT enviou carta ao Ministério da Saúde reivindicando que os bancários da linha de frente no atendimento á população durante a pandemia estejam na lista de prioridade para a vacinação.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da qual o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense faz parte, solicitou ao Ministério da Saúde a inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19.

Esta é uma das ações definidas no planejamento do Coletivo de Saúde Contraf-CUT e ganhou apoio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última reunião, realizada na semana passada, que se comprometeu a reforçar o pedido.

“A atividade bancária é considerada essencial desde o início da pandemia. Ou seja, este tempo todo a categoria bancária correu risco à saúde para atender toda a sociedade. Eles merecem ter essa prioridade. Mas, é fundamental lembrar, que nossa luta é pela vacina para todos”, declarou Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT. “Cabe destacar que a execução das políticas públicas de caráter social passa, invariavelmente, pelo atendimento bancário. Desta forma, considerando o cenário, a categoria bancária tem passado por momentos de forte apreensão ao prestar o serviço de atendimento a toda a população, porém, receosos pela preservação de sua saúde e de seus entes familiares próximos”, completou

O texto do ofício explica que a tipificação da categoria bancária dentre aquelas listas no escopo das consideradas essenciais e prioritárias deve se estender ao Plano Nacional de Imunização – PNI contra a COVID-19. “Não raras são as situações em que contingentes de clientes, usuários dos serviços bancários e beneficiários das políticas públicas buscam atendimento nas agências bancárias e propiciam aglomerações, como demonstrado nas imagens anexas a este ofício”, diz um trecho do documento.

A reivindicação pede ainda que, além da inclusão da categoria bancária no PNI contra a COVID-19, devem considerar o escalonamento de horários de atendimento ao público, o que levará à redução das aglomerações nas agências bancárias, levando em conta, ainda, a necessidade de regramento do atendimento com distanciamento social e disponibilização de equipamentos de proteção individual aos trabalhadores. “As proposições foram levadas ao conhecimento da presidência do Banco Central do Brasil (BCB) e aos representantes das instituições financeiras na Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)”, aponta o texto.

Mauro Salles lembra ainda que cotidianamente são relatados casos de fechamento de agências bancárias para realização de processos de sanitização, quando constatada a contaminação pelo novo coronavírus naquele ambiente. “O número de bancários contaminados, internados em unidades hospitalares e falecidos é crescente”, lamenta.

Fonte: Contraf-CUT

Será na segunda-feira (15) a mesa bipartite temática de Igualdade de Oportunidades com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Participam os representantes da Comissão de Gênero, Raça, Orientação Sexual e Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência (CGROS) e do Coletivo de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O tema do encontro serão questões relativas às mulheres.

“Vamos ver com os bancos como estão algumas conquistas que tivemos no último período. Como está a implementação do canal de apoio às bancárias vítimas de violência doméstica? Queremos mais visibilidade sobre esse canal nos bancos. Não podemos deixar de mencionar que ainda temos problemas de assédio sexual e queremos que seja respeitada a clausula de ampliação da licença maternidade aprovada na Convenção Coletiva”, afirmou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis.

Este ano, a Contraf-CUT desenvolve uma campanha para marcar março como o Mês da Mulher e situa a luta de gênero à atual conjuntura do país. “Além de questões ainda resolvidas como a desigualdade salarial entre bancárias e bancários que ocupam o mesmo cargo, as mulheres são as maiores vítimas dessa crise econômica e da pandemia, diante de um governo que nada faz. Queremos vacina já para todos”, lembrou a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

O debate da reunião de segunda-feira também vai abordar segmentos como o das mulheres negras, LGBTs e PCDs. “Temos que lembrar que esses segmentos sempre sofrem uma carga maior de desigualdades e preconceitos. Temos dados, por exemplo, que mostram que as bancárias negras sofrem mais com as desigualdades na categoria”, ressaltou o secretário de Combate ao Racismo, Almir Aguiar.

Fonte: Contraf-CUT