Maio 16, 2025
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Relatório do Banco Mundial prevê que a pandemia de covid-19 deve provocar efeitos negativos sobre empregos e salários nos países da América Latina, o que inclui o Brasil, por nove anos. Divulgado nesta terça-feira (20), o documento faz um diagnóstico da crise econômica e chama a atenção para as “grandes sequelas” que tendem a persistir na região, com redução do emprego formal, aumento do desemprego e queda no nível salarial

Intitulado “Emprego em crise: Trajetórias para melhores empregos na América Latina pós-Covid-19”, o relatório ressalta que a análise leva em conta o histórico do continente de levar “muitos anos” para se recuperar de crises.

Enquanto os trabalhadores com ensino superior devem sofrer impactos de curta duração em termos de emprego, aqueles que estão na informalidade e não têm o ensino superior são prejudicados de forma severa e com efeitos mais duradouros, que podem chegar a até nove anos. 

Políticas de proteção social

No Brasil, a informalidade já é um problema, com uma taxa de 39,8% no mês de junho, segundo o IBGE. Em sua coluna no Jornal Brasil Atual, o Dieese alerta que, apesar da urgência, não há nenhum debate sobre o tema por parte do governo federal e do Legislativo brasileiro. 

“Para os informais teve o auxílio emergencial, mas ele foi primeiro interrompido, antes da superação da crise, depois retomado com um valor insuficiente. Agora tem que se pensar em como transformar iniciativas desse tipo em políticas permanentes que possam garantir o arcabouço institucional para o caso de novas crises que venham a acontecer no futuro”, adverte o supervisor do escritório do Dieese em São Paulo, Victor Pagani.

Impactos sobre os mais jovens

Ele também observa que a crise atinge com maior força os trabalhadores de localidades que têm menor número de grandes empresas. Isto é, regiões em que predomina o setor primário, extrativista ou de agricultura, com menos utilização de tecnologia. Para estes casos, afirma, o relatório também destaca a “importância de se fortalecer as redes de seguridade social”. 

O levantamento do Banco Mundial conclui ainda que a crise, ao agravar a desestruturação do mercado de trabalho, prejudica os mais jovens. Esta parcela da população passa a contar com proteção e remuneração menores. O que, sem políticas públicas, “pode acabar comprometendo a trajetória profissional desse trabalhador permanentemente”. “O jovem já estruturalmente sofre mais com o desemprego. Mas, em período de crise, é ainda mais afetado. É uma geração que vai sofrer os impactos dessa crise e da falta de políticas ativas para o mercado de trabalho que possam inserir esse jovem em melhores condições”, afirma Pagani. 

Fonte: Rede Brasil Atual

Portal CUT – A CUT organiza em conjunto com os movimentos sociais que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo um grande ato pelo ‘Fora, Bolsonaro’, contra o desemprego e a fome; pelo auxílio de R$ 600; vacina já para todos e todas e contra a reforma Administrativa e as privatizações, nas capitais e nas cidades do interior do país, no próximo sábado (24). 

Os dirigentes da central estão otimistas e acreditam que este ato será o maior dos três já realizados este ano, em 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho.  

E para fortalecer o ato e obrigar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a pautar um dos 120 pedidos de impeachment de Bolsonaro, inclusive o superpedido protocolado pela Central, partidos políticos e movimentos sociais, estão sendo organizadas plenárias estaduais com os participantes da campanha ‘Fora, Bolsonaro’. O objetivo é, inclusive, ampliar a participação de todos os segmentos que defendem o fim desse governo genocida.

A unidade política dos movimentos sociais e de outros setores da sociedade para que o ato seja o maior registrado até hoje é destacada pelo secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo, e pelo diretor da Executiva Nacional da CUT, Milton dos Santos Rezende, o Miltinho. Segundo eles, serão muito bem-vindos aqueles que quiserem se juntar à CUT e aos movimentos sociais na ocupação das ruas com a bandeira ‘fora, Bolsonaro’.

“Tem de ter unidade entre diversos setores, apesar das nossas opiniões diferentes. Neste momento, é preciso abandonar essas diferenças e caminhar no que é convergente, no que nos unifica, que é tirar Bolsonaro do poder” – Ariovaldo de Camargo

“Quem quer o fim deste governo, o fim das mortes, que traga a sua bandeira para as ruas, independentemente de ideologia”, complementa o diretor executivo Miltinho, que explica as razões para o povo ir às ruas.

“Este é um governo que não cuida da saúde, da educação, do emprego e da renda. A cada dia aumenta a fome e a miséria. Não dá mais para suportar. É preciso botar para fora Jair Messias Bolsonaro”, pontua o dirigente.

A atual conjuntura dramática, tanto do ponto de vista político quanto do sanitário por causa da pandemia, que deve contabilizar até o próximo mês, 600 mil mortos no país, pelo descaso de um governo negacionista, que demorou a comprar as vacinas, pelas suspeitas de corrupção de integrantes do Ministério da Saúde com o envolvimento de militares; os 14,7% de desempregados; os desalentados e a fome que atinge 25 milhões de brasileiros e brasileiras são mais do que motivos suficientes para o povo pedir ‘Fora, Bolsonaro’, ressalta Ariovaldo, listando algumas das tragédias do desgoverno.

O secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional  reforça que é fundamental que os sindicatos e os movimentos sociais organizados estejam nas ruas em peso para que o dia 24 supere as expectativas.

“A população já percebe que é preciso pôr um fim a este governo que faz escolhas desastrosas para a sociedade, e isto só será possível com manifestações nas ruas, para que Arthur Lira abra o processo de impeachment “, afirma Ariovaldo Camargo, referindo-se às pesquisas sobre o impeachment e a imagem de Bolsonaro.

A última pesquisa Datafolha, realizada nos dias 7 e 8 de julho, mostrou que 54% dos brasileiros são a favor do impeachment de Bolsonaro. Para 51%, ele é um presidente ruim ou péssimo.

A pesquisa também mostrou que para a maioria dos brasileiros Bolsonaro é desonesto, falso, incompetente, despreparado, indeciso, autoritário, favorece os ricos e mostra pouca inteligência.

Destruidor de políticas públicas

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, ressalta que o impeachment de Bolsonaro é para preservar as políticas públicas que estão garantidas na Constituição Cidadã, de 1988 e, para isso é preciso ir às ruas, se manifestar.

Segundo Heleno, com as propostas de privatização e cortes no orçamento em áreas essenciais, o governo quer que a população pague pelos serviços  que hoje são públicos, numa postura de destruição completa do papel do Estado no atendimento das políticas públicas.

“Se o povo permitir será o caos e, pior do que já está. Por isso, é preciso ocupar as ruas tanto os movimentos organizados, como a população em geral”.

“Tirar as pessoas da miséria, reduzir a pobreza é o mínimo que um Estado deve fazer, mas Bolsonaro acha que isto é transformar a bandeira brasileira de verde e amarela em vermelha”, acrescenta Heleno.

O dirigente cita como exemplo de desmonte os R$ 38 bilhões retirados da educação, a partir de 2015, e que o atual governo ainda privilegia os militares com mais verbas para a Defesa.

“O país não está em guerra para retirar recursos da educação para os militares. É um tratamento desigual. Este já é um grande motivo para os professores e educadores ocuparem as ruas”, convoca o presidente da CNTE.

Cuidados sanitários

O diretor da CUT Miltinho reforça que é importante o povo ir para as ruas no dia 24 de Julho tomando todos os cuidados necessários para se proteger do novo coronavírus, como o uso de máscaras, álcool em gel e evitar aglomeração sempre que possível.

“Vamos levar as nossas bandeiras de reivindicação e de luta, pedindo o fim deste governo, mas também vamos protegidos com álcool em gel, máscara e evitar aglomeração. Todo cuidado sanitário é muito importante”, reforça o diretor da CUT.

Organização dos atos

Faltando poucos dias para o ‘Fora, Bolsonaro’ algumas capitais e cidades já têm parte da programação agendada. Em breve outras localidades serão acrescidas à lista.

Confira onde já tem atos marcados

Alagoas

. Maceió – às 9h tem concentração na Praça dos Martírios

Bahia

. Salvador – às 10h tem início uma passeata em Campo Grande rumo Praça Castro Alves.

Ceará

. Fortaleza – às 15h, tem ato na Praça Portugal

Distrito Federal

. Brasília – às 15h, concentração no Museu da República, e às 16h marcha rumo ao Congresso Nacional

Goiás

. Goiânia – às 10h tem ato na Praça do Trabalhador

Maranhão

. São Luís – às 9h tem ato na Praça Deodoro

Mato Grosso do Sul

. Campo Grande – às 9h tem ato na Praça do Rádio

Pará

. Bragança, às 8h, na Praça das Bandeiras

. Altamira – 8h, em frente a Celpa Equatorial

Piauí

. Teresina – 8h tem concentração na Praça Rio Branco

Pernambuco

. Recife – às 10h, concentração no Derby, às 11h tem inicio a caminhada em direção a Avenida Guararapes

. Garanhuns – 9h Fonte Luminosa

. Palmares – 9h Praça Paulo Paranhos

. Petrolândia – 7h30 Polo e SRT

. Petrolina – 9h Praça da Catedral

. São José do Egito – 8h Feira Livre

. Serra Talhada – 10h Pátio da Feira

Rio de Janeiro

. Rio de Janeiro, às 10h, concentração no Monumento Zumbi dos Palmares, no centro da cidade, depois caminhada pela Avenida Presidente Vargas até a Candelária.

. Angra dos Reis –  10h, na Praça do Papão, Centro

. Barra do Piraí – 9h, na Praça Nilo Peçanha

. Búzios – 16h, na Praça da Escola Nicomedes (Em frente ao Porto da Barra)

. Campos – 10h, na Praça  São Salvador

. Nova Friburgo – 14h, na  Praça Getúlio Vargas

. Petrópolis – 11h, na Praça da Inconfidência

. Resende – 10h, no Mercado Popular

. São Fidélis, às 10h, na Praça Guilherme Tito de Azevedo 

. Teresópolis, 9h, concentração na Praça do Sakura, depois passeata na Calçada da Fama

Rio Grande do Sul

. Porto Alegre – às 15h: Marcha dos 100 mil, com concentração no Largo Glênio Peres.

Rondônia

. Porto Velho, às 8h30 tem ato na praca CEU (Centro de Esportes e artes unificado), Rua Antônio Fraga 8250, em frente à escola Daniel Néri.

E às 16h, tem ato no Campo Florestão, Avenida Jatuarana

Santa Catarina

. Florianópolis – Largo da Alfândega – 13h

. Blumenau – Praça Dr. Blumenau – 15h

. Brusque – 10h – Ponte Estaiada

. Chapecó – 14h – em frente à Catedral

. Criciúma – 9h30 – Rua da Arquibancada (ao lado do Parque das Nações) –

. Garopaba – 15h – Rua Álvaro E. dos Santos

. Jaraguá do Sul – 9h – Praça Ângelo Piazera

. Joinville – 9h30 – Praça da Bandeira

. Lages – Calçadão – 10h

. Rio do Sul – 9h30 – Praça da Catedral

. Tubarão – 14h – Praça da Igreja (Matriz das Oficinas)

São Paulo

. São Paulo, às 15h, tem ato na Avenida Paulista, em frente ao Masp

. Araraquara, às 14h, na Praça Scalamandré Sobrinho

. Osasco, 12h30, no Largo do Osasco

Sergipe

. Aracaju, às 14h, na Praça do Leite Neto, vizinho ao Palácio do Governo (Avenida Hermes Fontes)

Exterior

Portugal

. Porto – 16h30 – ( hora local) – em frente ao Centro Português de Fotografia

. Lisboa – 18h, na Praça Dom Pedro IV 

Fonte: Rede Brasil Atual

Nota de Falecimento

Julho 20, 2021

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense lamenta o falecimento do companheiro Marco Aurélio Hamellin, vítima de Covid-19. 

Marquinho, como era carinhosamente chamado, foi um guerreiro. Militava em defesa dos direitos dos trabalhadores e que emprestou seu talento artístico para ilustrar, inúmeras vezes, as reivindicações da categoria bancária, em atividades que reuniam diversos Sindicatos nas ruas e nas agências. Marco Hamellin era colaborador e prestador de serviços do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. 

Nossa solidariedade aos familiares e amigos.

Hamellin, presente!

O Banco do Brasil apresentou, nesta sexta-feira (16), à Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) um novo sistema de acompanhamento e gerenciamento de carteiras e um projeto de capacitação de funcionários. O piloto do Indução e o Evolution, respectivamente.

O novo vice-presidente do banco, Ênio Mathias, e o novo diretor de pessoas, Thiago Borsari, também participaram do início da reunião e foram apresentados à representação dos funcionários.

Indução

Criado com o objetivo de aprimorar os mecanismos de acompanhamento de desempenho dos funcionários, o “Projeto Indução” visa ampliar o alinhamento à estratégia corporativa, gerar maior foco no cliente, eficiência nos processos e trazer resultados sustentáveis para o banco.

Para o coordenador da CEBB, João Fukunaga o problema não está no mecanismo criado pelo banco para acompanhamento do desempenho, mas nas metas que são cobradas dos funcionários. “A intenção é boa. O problema é que, na prática, o banco cobra metas absurdas que massacram os funcionários. E estas metas são aplicadas ao projeto, o que deixa a boa intenção não tão boa assim”, avaliou. “Para que o indução fique bom, o banco tem que começar a definir as metas com a participação dos funcionários e de sua representação sindical. Aí sim será possível haver foco no cliente, aí sim os funcionários não serão obrigados a empurrar produtos para clientes que não precisam deles”, completou.

Para Fukunaga, o Banco do Brasil precisa ressaltar seu papel enquanto banco público. “Um banco público não pode focar sua atuação apenas em questão do mercado. Precisa cumprir seu papel social. Ao estabelecer metas não pode considerar apenas ‘pontuação de produto’ e retorno para o banco, tem que considerar também a questão social”, disse.

Como esta nova ferramenta visa, ao final, o pagamento das gratificações do Programa de Desempenho Gratificado (PDG), o movimento sindical reiterou que o atual PDG não é nada transparente, pois as regras mudam constantemente e que isso só pode ser superado com a definição de forma clara e transparente, juntamente com o movimento sindical, das regras que beneficiem os funcionários. O banco quer marcar uma reunião para ouvir mais sobre o tema.

Evolution

O banco também apresentou o projeto “Movimento Evolution”, criado para proporcionar a requalificação dos funcionários com foco no desenvolvimento de competências digitais. O objetivo é, basicamente, capacitar os funcionários para exercer suas, ou novas tarefas em um mundo cada vez mais digital.

O projeto disponibiliza a plataforma Alura para a formação e os cursos devem ser realizados durante o expediente de trabalho. As competências digitais adquiridas pelos funcionários serão consideradas na evolução de suas carreiras no banco.

O projeto recebeu elogios da representação dos funcionários, que destacou, porém, que a formação oferecida deve ser extensiva a todos os funcionários, inclusive aos das agências, para que eles também possam evoluir na carreira na medida em que realiza os cursos.

“É algo inovador de fato. A plataforma é interessante para cursos. Sabemos que as pessoas que trabalham nos departamentos vão conseguir aproveitar. Mas, como os funcionários que trabalham em agências com filas enormes vão fazer os cursos? O gerente vai deixar um funcionário fazer o curso enquanto a fila cresce? Vai deixar fazer o curso e não ficar cobrando metas? Se o banco não for claro nesta orientação, a capacitação ficará limitada ao pessoal dos departamentos”, observou o coordenador da CEBB.

O banco também informou que, agora no segundo semestre, voltam a ser oferecidas bolsas de estudo aos funcionários e que as mesmas haviam sido suspensas em decorrência da pandemia.

Próximas pautas

Ao final da reunião, a representação dos funcionários apresentou uma relação de questões a serem tratadas na próxima reunião com o banco, como o acerto no pagamento de caixa, questões de carreira e salário envolvendo gerentes de serviços de pequenas cidades do interior, a volta da ameaça de envio de funcionários para banco de horas negativo como forma de cobrança de metas e a oferta pela Cassi do novo plano Cassi Essencial para os novos funcionários.

Não foi definida data para a próxima reunião, mas os representantes do bancos disseram que alguns dos pontos já estão sendo discutidos e, assim que houver alguma novidade sobre eles a CEBB será informada.

Fonte: Contraf-CUT

As vacinas contra a covid-19 são feito histórico da ciência mundial, porque foram desenvolvidas e entraram em ação em velocidade nunca antes vista. Assim, imunizantes estudados em diferentes fases agora são aplicados na população e, hoje, salvam vidas e apontam para um futuro com a covid-19 sob controle.

Diferentes laboratórios obtiveram fármacos seguros através de diferentes tecnologias, em um movimento de inovação e dedicação dos cientistas. A velocidade tem relação com a necessidade. A pandemia é a crise sanitária global mais séria em mais de 100 anos, tanto que já fez mais de 4 milhões de mortos em todo o mundo.

Mas a ciência aponta que ainda há um longo um caminho a ser percorrido e que, portanto, além de vacinar com velocidade, medidas não farmacológicas (uso de máscaras, higiene e distanciamento social) seguem necessárias. As vacinas reduzem a circulação do vírus da covid-19, mas esses imunizantes ainda não estão disponíveis em número adequado. Enquanto isso, avançam os medos sobre mutações, novas cepas virais que se desenvolvem diante da ampla disseminação.

Variante delta

variante mais agressiva até o momento, chamada de delta, foi identificada pela primeira vez na Índia, o que levou o país ao colapso do sistema de saúde no início do ano. A partir daí, a cepa se espalhou e, assim, muitos países retomaram medidas intensivas de isolamento social, como na Ásia; enquanto na Europa, com atraso nesses cuidados, voltou a subir o número de casos, mesmo com vacinação avançada.

A variante delta também provocou uma corrida para antecipar as segundas doses das vacinas. No Brasil, ao menos sete estados já anunciaram menor tempo entre as duas doses. Isso porque estudos indicam que a cepa é de 50% a 70% mais contagiosa, além de derrubar o índice de eficácia para imunização com apenas uma dose para níveis inferiores a 50%. Como apontou estudo publicado na revista Lancet, mesmo com duas doses a eficácia cai sensivelmente. A Pfizer, analisada pelos cientistas, tem sua eficácia reduzida de 95% para 79%; a AstraZeneca, de 73% para 60%.

A covid-19 é um vírus novo e estudo atualizados são publicados diariamente. Até o momento, os cientistas são unanimes em afirmar que todas as vacinas contra a covid-19 disponíveis são eficientes em proteger a população. Especialmente contra casos mais graves. Portanto, o ponto essencial é que todos devem se vacinar o quanto antes, com qualquer vacina aprovada. Até porque, em termos de prevenção de casos graves e morte, todos os imunizantes disponíveis possuem taxas elevadas de sucesso, perto de 85% a 90%.

Tecnologia brasileira

Centenas de vacinas contra a covid-19 seguem em estudo em todo o mundo. São 184 em fase pré-clínica, 52 em Fase 1, com ensaios de segurança em pequena escala, 37 em Fase 2, com ensaios de segurança expandidos, 32 em Fase 3, com aplicação em maior escala em humanos, 8 aprovadas em diferentes países e 9 com aprovações limitadas.

Além da busca por novas tecnologias, pesquisadores atuam para aperfeiçoar as já existentes, como é o caso da AstraZeneca, que conduz estudos avançados de um novo imunizante com maior poder de cobertura entre variantes. Outro destaque importante neste campo é a vacina ButanVac, em desenvolvimento pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

Com tecnologia 100% nacional, a ButanVac utiliza experiências conhecidas pelos pesquisadores brasileiros. Trata-se de um molde seguro e com promessa de alta eficácia. A tecnologia em questão é de vetor viral não replicante. Desse modo, utiliza um vírus de aves (doença de Newcastle) que não provoca efeitos em humanos e inocula o vírus como vetor, “carregado” com características do coronavírus. Como resultado, estimula o organismo a produzir anticorpos, especialmente relacionados com a proteína Spike, um dos compostos do vírus ligado ao potencial de contágio com as células humanas.

Outro detalhe importante da ButanVac tem relação com o preço, pois a a vacina pronta para aplicação tenderá a ter valor significativamente inferior ao de todos os outros imunizantes disponíveis.

As vacinas contra a covid-19 no Brasil

Enquanto mais vacinas contra a covid-19 estão em desenvolvimento, quatro imunizantes estão em aplicação no Brasil e outros dois possuem autorização restrita para importação. Os fármacos em circulação são: AstraZeneca/Fiocruz, Pfizer, CoronaVac e Janssen. Com autorização restrita da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda sem aplicação em brasileiros, são: Sputnik V e Covaxin. Entenda as diferenças entre elas.

AstraZeneca/Fiocruz

Tecnologia: Vacina baseada em adenovírus (ChAdOx1). Desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em conjunto com a farmacêutica AstraZeneca. Utiliza um adenovírus de resfriado comum sem capacidade de se replicar no corpo humano, que por sua vez é modificado para transmitir informações do vírus da covid-19, Sars-Cov-2, ao sistema imunológico.

Esquema vacinal: Duas doses com intervalo recomendado de 12 semanas.

Eficácia: Diferentes estudos apontam para uma variação de eficácia entre 62% e 100%. Para previnir casos sintomáticos, a farmacêutica responsável aponta para 79%. Para impedir o contágio, 70%. Contra casos graves, 100%.

Brasil: O contrato da vacina com o Brasil envolve a Fiocruz, que participou dos estudos, e também prevê transferência de tecnologia. É esperado que neste semestre o imunizante seja 100% produzido no país; portanto, sem necessidade de importação de insumos. A unidade que fará a produção completa e envase das doses, a Bio-Manguinhos, fica no Rio de Janeiro.

Registro: No dia 12 de março, a Anvisa concedeu registro definitivo para uso em todo o país. Até o momento, de acordo com dados da plataforma Localiza SUS, do Ministério da Saúde, a vacina representa 46,6% das doses aplicadas no país.

CoronaVac

Tecnologia: Vírus (Sars-CoV-2) inativado (CoronaVac). Desenvolvida pela empresa farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. O imunizante utiliza o próprio vírus Sars-CoV-2 cultivado em laboratório e, então, através de calor ou reagentes químicos, é inativado. Assim, células do corpo capturam esses vírus e se adaptam a ele, provocando uma resposta imune.

Esquema vacinal: Duas doses com intervalo de 28 dias.

Eficácia: A eficácia geral da CoronaVac apontada por estudos de Fase 3 é de 50,28%. Esse número representa a efetividade do fármaco para prevenir o contágio. Já sobre casos graves, estudos avançados apontam para eficácia de 95% a 100%. Para prevenir casos leves, 78%. A vacina acumula sucessos práticos com aplicação em larga escala. É o caso do Projeto S, conduzido em Serrana, interio de São Paulo. Após vacinação em massa com a CoronaVac, mortes por covid-19 caíram 95%.

Brasil: A história da CoronaVac no Brasil contou com rejeição do governo federal, pois o presidente Jair Bolsonaro atacou a vacina com mentiras, bem como seus apoiadores. O país também recusou contratos ainda em 2020, o que poderia ter evitado milhares de mortes. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que com o imunizante, o Brasil poderia ser um dos primeiros países do mundo a vacinar, mas as barreiras do governo federal impediram. Mesmo com o desgaste, o governo de São Paulo e o Instituto Butantan apostaram em um contrato com transferência de tecnologia e a vacina foi a primeira a ser aplicada no país.

Registro: A Anvisa concedeu aprovação para uso emergencial no dia 17 de janeiro. Até o momento, a vacina do Butantan representa 4 em cada 10 doses aplicadas em todo o país.

Pfizer/BioNTech

Tecnologia: Vacina de mRNA, ou RNA mensageiro. Trata-se de uma tecnologia inovadora que aponta para um futuro promissor na elaboração de vacinas para outras doenças. Primeiro, os cientistas replicam sequências do material genético do vírus e, em seguida, essa informação obtida pela engenharia genética é aplicada em humanos para, assim, preparar o sistema imunológico a criar defesas robustas através da mimetização da proteína Spike. O imunizante é produzido pela farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com a empresa alemã BioNTech.

Esquema vacinal: Duas doses com intervalo de 21 dias. No Brasil, a Anvisa autorizou intervalo maior, de 12 semanas. Com a ameaça da variante delta, estados estão reduzindo para oito semanas.

Eficácia: Informações da empresa apontam para eficácia geral entre 86% e 95% na prevenção da infecção. Para manifestações sintomáticas, a porcentagem sobe para 97% e casos graves, até 100%.

Brasil: As tratativas com a empresa foram negligenciadas pelo governo Bolsonaro. Mais de 50 e-mails com propostas de fornecimento não foram respondidos. Com isso, a acusação de prevaricação está em investigação pela Polícia Federal e na CPI da Covid. A comissão do Senado aponta que a empresa tinha, inclusive, intenção de tornar o país como modelo de vacinação no mundo, já que conta com a ampla estrutura do SUS.

Registro: Obteve registro definitivo da Anvisa no dia 23 de fevereiro, antes mesmo do governo Bolsonaro fechar as primeiras compras, em março. É a vacina mais aplicada no mundo e conta com aprovação definitiva em países da União Europeia e Estados Unidos. Representa 10,5% das doses já aplicadas no Brasil.

Janssen

Tecnologia: Trata-se de uma vacina baseada em vetor viral não replicante a partir de adenovírus, como a AstraZeneca. O fármaco é produzido pela Janssen, farmacêutica do grupo Johnson & Johnson. A tecnologia utilizada é composta pela introdução de “pedaços” de proteína Spike do coronavírus no vetor não replicante. Desta forma, o corpo assimila a informação e desperta o processo de imunidade.

Esquema vacinal: É a única vacina em aplicação no Brasil que conta com dose única.

Eficácia: A eficácia global informada pela farmacêutica é de 66% para contágio. Já contra formas graves, inclusive a variante de Manaus, gamma, a eficácia informada é de 87%.

Brasil: O imunizante foi testado em brasileiros em fase 3. Foi uma das últimas vacinas contra a covid-19 a serem adquiridas pelo governo. A maior parte delas veio a partir de doações de doses próximas ao vencimento pelo governo dos Estados Unidos.

Registro: No dia 19 de março a Anvisa aprovou o uso emergencial do fármaco. Existe um contrato para o recebimento de 38 milhões de doses, inicialmente. Representa 3,2% das aplicações vacinais até o momento.

Sputnik V

Tecnologia: A vacina desenvolvida pela farmacêutica do Fundo Soberano Russo, Instituto Gamaleya, também utiliza vetor viral não replicante. Ela utiliza um esquema de dois adenovírus diferentes entre si. Assim, uma vez combinados, oferecem uma resposta imune reforçada.

Esquema vacinal: Duas doses com intervalo de 21 dias. Necessita de maior atenção na aplicação, já que as doses são diferentes entre si.

Eficácia: A eficácia informada pelo instituto e reafirmada por pesquisa publicada na Lancet por cientistas independentes apontam para 91,6% de eficácia contra manifestações sintomáticas e até 100% contra casos graves.

Brasil: A Sputnik V, mais do que as demais vacinas contra covid-19, encontrou barreiras no Brasil. A Anvisa recusou conceder o registro para uso emergencial, já que a documentação encaminhada era frágil e havia suspeita de que uma porcentagem mínima dos vetores virais pudessem ser replicantes. A União Química, responsável pelo imunizante no Brasil, reenviou os dados e conseguiu autorização especial para importação e aplicação em público restrito de adultos saudáveis.

Registro: Ainda não existe registro para uso emergencial ou definitivo, mas sim uma autorização especial. Existem encomendas de doses diretamente por estados do Nordeste e, também, um contrato para recebimento de 10 milhões de doses do governo federal.

Covaxin

Tecnologia: Vírus Sars-CoV-2 inativado. A vacina indiana da empresa BharatBiotech utiliza tecnologia semelhante à CoronaVac.

Esquema vacinal: Duas doses com intervalo de 28 dias.

Eficácia: A farmacêutica responsável publicou estudos que apontam para 78% de eficácia contra casos moderados e 100% contra complicações graves.

Brasil: A aquisição da Covaxin está no centro de um dos escândalos de corrupção envolvendo compra de vacinas contra covid-19 que pairam o governo Bolsonaro. O caso está sob investigação na CPI da Covid. Grupos de militares, pastores e integrantes do governo estão envolvidos. Houve pressão para compra de doses com valor acima do preço de mercado. Isso, sem sequer o imunizante ter autorização de uso emergencial da Anvisa, apenas uma permissão restrita, como a Sputnik V.

Registro: Inspeções da Anvisa nos dias 1º e 5 de março apontaram para o descumprimento de normas no laboratório produtor da vacina. A agência apontou para problemas com a documentação, além de outros pontos relacionados aos métodos de produção, como “esterilização, desinfecção, remoção e inativação viral”.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Brasil registrou 1.584 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, e 538.942 brasileiros já morreram em decorrência do vírus desde o início da pandemia. Em relação ao número de novos casos de covid-19 confirmados, o último período foi marcado por 52.789, totalizando 19.262.518. O Brasil já consegue colher resultados positivos mesmo com um patamar de vacinação contra a covid-19 ainda considerado baixo, com 16% da população imunizada com duas doses. Com a demora, o país é o que contou mais mortos pelo coronavírus em 2021 e segundo no quadro geral, atrás apenas dos Estados Unidos.

Embora o nível da covid-19 siga elevado, as curvas epidemiológicas seguem em tendência de queda, especialmente a partir da segunda quinzena de junho. A média móvel de mortes diárias, calculada em sete dias, está em 1.252, alcançando o menor patamar desde o dia 1º de março, enquanto a média de novos, 42.822, é a menor desde o dia 7 de janeiro. “Vacinar ajuda, protege“, afirma o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marcelo Gomes.

Gomes é responsável técnico pela elaboração dos boletins InfoGripe da entidade, que medem a disseminação de vírus que se espalham por vias aéreas, como o Sars-CoV-2. Ele comemora os bons resultados obtidos com o avanço da vacinação, mas reafirma a necessidade de manter cuidados. “É isso que estamos vendo (a redução nos números). Mas ainda não é tudo. Precisamos baixar a transmissão”, disse.

Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

Tendências opostas

Quem está puxando os números do coronavírus para baixo no Brasil são os grupos de idade mais avançada, que em grande parte já passaram por etapas completas de vacinação contra a covid-19. “As curvas para os idosos caíram mas seguem num patamar próximos ao pico de 2020”, aponta o pesquisador da Fiocruz Leo Bastos.

Bastos observa que a tendência não é verificada entre os mais jovens. Ao contrário, nos grupos ainda não vacinados a covid-19 segue tendência de alta. “Vacinas funcionam! Se olharmos as curvas para as faixas etárias de 20 a 59 anos vemos uma segunda retomada em 2021, isso não acontece nos grupos com maior cobertura vacinal”, explica.

Dados da Fiocruz indicam alteração no padrão de internados por complicações da covid-19. Em maio de 2020, a faixa etária de 0 a 39 anos representava 15% dos internados, de 40 a 59, 32% e acima de 60, 53%. Em maio deste ano, o panorama se inverteu, com aumento de internações entre os mais jovens; de 0 a 39 anos representavam 20%, de 40 a 59, 51%, e acima de 60 anos, 29%.

vacinação covid-19
Curvas de mortes por covid-19 em relação à idade. Vacinação contra a covid-19 levou a queda brusca entre mais velhos e crescimento entre mais jovens. Fonte: Fiocruz

Falsa segurança

Como argumentam os cientistas, a situação segue inspirando cautela, porque bons resultados da vacinação levam a população a uma falsa, ou precipitada, sensação de segurança. Pesquisa divulgada na noite de ontem (14) pelo Datafolha confirma essa tendência. Mais da metade da população, 53%, acredita que a pandemia está parcialmente controlada. Os que acreditam estar totalmente controlada são 5%; que consideram fora de controle, 41% e 1% não soube responder.

Em março, quando o país passava pelo pior momento da pandemia até então, 79% acreditavam no descontrole. Outro dado levantado pelo instituto foi sobre a visão da população sobre a velocidade da vacinação. Em março, 76% afirmavam estar mais lenta do que deveria, este número caiu para 60%. Os que acreditam estar dentro do prazo foram de 19% para 25%. Quem acredita estar rápida, flutuou de 2% para 3%.

Escândalos envolvendo suposta prevaricação do governo Bolsonaro e também corrupção impediram a vacinação mais ágil dos brasileiros. Além disso, pesa o negacionismo do presidente que, desde o início da pandemia, adotou uma postura de negar a gravidade da doença, promover e estimular aglomerações e divulgar ataques mentirosos contra vacinas e uso de máscaras. Até o momento, 44,83% da população já recebeu uma dose de vacina e 16,06% duas doses. O número de doses aplicadas está em 119 milhões.


RBA utiliza informações do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados. As divergências, para mais ou para menos, são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (15) nota técnica que confirma a inclusão de bancários e trabalhadores dos Correios na lista de grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19. Com a publicação da nota, secretarias de saúde de Estados e Municípios já podem iniciar a vacinação das duas categorias. Na nota técnica, o Ministério da Saúde orienta que sejam destinados aos bancários e trabalhadores dos Correios 20% do total de doses de vacinas distribuídas às unidades da Federação.

Na terça-feira (6) da semana passada, o Ministério da Saúde informou a inclusão da categoria bancária entre as prioridades do PNI contra a Covid-19. Na ocasião, o Ministério informou que a nota técnica seria divulgada até o final daquela semana, o que acabou não acontecendo. Desde então, sindicatos e federações de bancários de todo o Brasil começaram a pressionar prefeituras e governos estaduais para agilizarem o cumprimento da definição. Em várias cidades, prefeitos começaram a vacinar bancárias e bancários de agências locais.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários continua com todos os esforços para garantir vacinação prioritária para todos os bancários. A luta, que começou há muito tempo, conquistou – na semana passada – o anúncio do Ministério da Saúde da inclusão da categoria bancária entre as prioridades do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19.

Entretanto, a batalha continua, como explica Mauro Salles, secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Houve o compromisso do ministro da Saúde de emitir nota técnica até a última sexta-feira. Mas, até agora nada. Estamos cobrando o compromisso.”

Mauro lembrou ainda que os sindicatos e federações de bancários de todo o Brasil também estão dialogando com prefeituras e governos estaduais para que agilizarem o cumprimento desta definição. “Cada dia de atraso, pode significar prejuízos à saúde e à preservação da vida. Também estamos em contato permanente com os bancos para fornecer as informações necessárias para efetivar a vacinação”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

A proposta de reforma tributária do governo Bolsonaro pode comprometer direitos conquistados por várias categorias, inclusive a dos bancários. Entre as mudanças apresentadas pelo governo e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, está a possibilidade de extinção dos vales refeição e alimentação. Isso porque, pela proposta de reforma tributária, as empresas que concedem esses benefícios deverão deixar de abater a despesa no Imposto de Renda.

A ameaça aos vales refeição e alimentação foi divulgada nesta quarta-feira pelo portal UOL. A informação é de que o relator da reforma tributária, deputado federal Celso Sabino (PSDB-PA), encampou a sugestão do governo de acabar com esse benefício fiscal às empresas. Segundo o UOL, o Ministério da Economia calcula que, com essa medida que deve levar inúmeras categorias à perda destes direitos, o governo poderá arrecadar R$ 1,4 bilhão em 2022 e R$ 1,5 bilhão em 2023.

“Temos que impedir mais esse ataque aos nossos direitos. A categoria bancária conquistou o benefício do vale-refeição e do vale-alimentação com muita luta. Esse governo negocia aliviar o imposto sobre dividendos para atender aos mais ricos, para as grandes empresas e, ao mesmo tempo, retira direitos dos trabalhadores”, criticou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Cerca de 280 mil empresas em todo o país oferecem os benefícios para parte dos 22,3 milhões de trabalhadores. Sem a isenção fiscal, a tendência é que os empresários desistam desses benefícios. “Essa proposta mostra bem que o governo Bolsonaro, seus ministros e toda a equipe de governo aplicam, cada vez mais, políticas contra a classe trabalhadora, ignoram o diálogo, a não ser com a elite privilegiada. Por isso, não basta apenas tirar Bolsonaro, temos de mudar a política de governo e a linha neoliberal de Paulo Guedes”, destacou a presidenta da Contraf-CUT.

Para Juvandia Moreira, é fundamental que não só a categoria bancária se mobilize para barrar esses ataques aos direitos conquistados, mas que toda a sociedade tome consciência da importância de se mudar os rumos do país. “No dia 24, vamos novamente às ruas contra Bolsonaro, mas também contra essa política neoliberal que aumenta cada vez mais a miséria da população. Temos de mostrar que somos contra esse governo e que queremos outra forma de se administrar o país”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com a direção do banco, na manhã desta quarta-feira (14), para cobrar esclarecimentos sobre denúncias que os sindicatos dos bancários de todo o Brasil têm recebido de investigações em movimentações financeiras dos funcionários.

O Bradesco explicou que são duas situações diferentes. As normas do banco proíbem que o funcionário pague um boleto próprio, com a conta de um terceiro, mesmo que seja parente, sem o documento de autorização assinado pelo terceiro para o funcionário movimentar sua conta.

A segunda situação é sobre o pedido de esclarecimento quando um boleto no nome do funcionário é pago por um terceiro. Neste caso, o banco admitiu que a comunicação dos gestores na hora de pedir o esclarecimento pode estar sendo feito de forma equivocada. Por isso, o Bradesco assumiu o compromisso de reorientar os gestores na explicação.

“Nós precisamos ficar de olho neste tipo de monitoramento do CPF dos funcionários. Isso não pode ultrapassar os limites. A própria LGPD protege os dados de todo brasileiro. Temos que tomar cuidado com qualquer tipo de invasão de privacidade”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco.

Na reunião, também foi abordado o código de ética para os funcionários operarem na bolsa. O banco reforçou que o Day Trade é proibido e pode ser punido com demissão. “Apesar de termos recebido denuncias de bancários que foram pressionados por seus gestores de concentrar seus investimentos na Ágora, o banco negou essa orientação. Caso alguém passe por esta situação, procure o seu sindicato”, orientou Erica de Oliveira, integrante da COE Bradesco.

Fonte: Contraf-CUT