Julho 15, 2025
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Por conta do Outubro Rosa e do Novembro Azul, o Banco Bradesco lançou uma campanha de prevenção ao câncer de mama, ao câncer de colo de útero e ao câncer de próstata.

Com isso, até dezembro os funcionários e dependentes não terão coparticipação nos seguintes exames: Mamografia, Papanicolau, Colonoscopia e Antígeno Prostático Específico (PSA).

 

 

A proposta construída a partir das negociações realizadas entre as representações dos trabalhadores da ativa e aposentados e da Caixa Econômica Federal para a gestão e modelo de custeio do plano de assistência à saúde dos empregados, o Saúde Caixa, está em fase de redação final.

“Não é proposta do banco e tampouco é uma proposta nossa. Foi uma construção da mesa de negociações, na qual cada um acaba cedendo um pouco. Se fosse só nossa, contemplaria como dependentes diretos os filhos maiores de 24 anos e os empregados admitidos a partir de 2018 teriam direito ao Saúde Caixa na aposentadoria. Mas, conseguimos barrar diversos ataques do banco e mantivemos os princípios do plano”, disse a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ao lembrar que o banco queria acabar com a proporcionalidade de 70/30 (70% do custo arcado pelo banco e 30% pelos participantes), com a solidariedade entre os participantes, com o pacto intergeracional e partir para a individualização total, implantando um sistema de mensalidades definidas a partir da idade e dos salários, encarecendo demasiadamente o plano para a grande maioria dos participantes.

A proposta que será levada às assembleias para a aprovação dos empregados é a manutenção do modelo atual, com a cobrança de uma mensalidade a mais sobre o 13º salário para suplantar a necessidade de aumento da arrecadação em virtude do aumento da tabela de custos médicos.

A representação dos trabalhadores ainda tentou, mais uma vez, manter a extensão do benefício após a aposentadoria para os novos empregados, mas a Caixa alegou que a proposta travaria as negociações, pois teriam que ser feitos novos estudos e cálculos de custeio que não foram considerados nos levantamentos realizados.

“Este é um ponto que voltaremos a tratar com o banco em uma nova oportunidade, quando tivermos no comando do país um governo que tenha compromisso com a classe trabalhadora”, ressaltou a coordenadora da CEE.

Outros pontos de pauta

Mas, a dirigente da Contraf-CUT destacou que apenas chegou-se a este consenso depois que a Caixa aceitou debater sobre outras pautas de interesse dos trabalhadores antes da realização das assembleias de aprovação da minuta de acordo sobre a gestão e modelo de custeio do Saúde Caixa.

“Existem outros assuntos que afetam diretamente o dia a dia de trabalho e a remuneração dos empregados que precisam ser retomados e debatidos. Se o banco não agendar mesa de negociação sobre as condições de trabalho e de valorização dos trabalhadores e não cumprir a promessa de contratação de mais empregados concursados, vai ser difícil discutirmos uma proposta do Saúde Caixa”, afirmou Fabiana ao apontar alguns dos temas que precisam ser debatidos, como o pagamento a menor da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), a Funcef, a promoção por mérito, a forma de se estabelecer metas e a garantia da segurança para o retorno ao trabalho presencial.

Após uma pausa na reunião, os representantes do banco aceitaram debater as demais reivindicações dos trabalhadores. A CEE vai levantar todos os pontos a serem debatidos e enviar para a Caixa até sexta-feira (15), na mesma data em que o banco fará a devolutiva sobre os acertos finais solicitados pela representação dos trabalhadores na proposta do Saúde Caixa.

Calendário

As assembleias para aprovação do acordo de gestão de custeio do Saúde Caixa estão previstas para ocorrerem nos dias 25 e 26 de outubro. A Contraf-CUT disponibilizará um sistema para votação eletrônica, mas os sindicatos que quiserem podem utilizar seus próprios sistemas. A Caixa deverá disponibilizar o banco de dados dos empregados da ativa e aposentados aos sindicatos em tempo hábil para que os mesmos sejam inseridos nos respectivos sistemas. Caso o banco não forneça os dados em tempo hábil haverá prorrogação das datas das assembleias.

Antes das assembleias serão realizadas negociações sobre teletrabalho e banco de horas (dia 18/10) e sobre condições de trabalho (dia 22/10).

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos  Bancários da Baixada Fluminense é um dos sindicatos que mais reintegra trabalhadores no país.

A demissão da bancária ocorreu em plena pandemia do novo coronavírus, contrariando o compromisso de não demissão que os grandes bancos assumiram.

E hoje, 14 de outubro, mais uma vez, outra trabalhadora do Banco Bradesco foi reintegrada.

A reintegração da bancária Jaqueline Leal Vasques ocorreu na agência 7028, em Piabetá, e foi acompanhada pelos diretores Ricardo Sá, Marco Antônio, Cláudio Leite, Pedro Batista e Roberto Domingos.

Jaqueline é sindicalizada e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi atendida, prontamente, pelos Departamentos Jurídico e de Saúde.

IMPORTANTE

É de fundamental importância que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

SINDICALIZE-SE

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa retoma, nesta quarta-feira (13), a partir das 16h, as negociações sobre o modelo de gestão e custeio do plano de assistência à saúde dos empregados, o Saúde Caixa.

“Precisamos avançar nesta discussão junto a Caixa, inclusive para podermos fazer um debate mais aprofundado com nossos colegas sobre o nosso plano de assistência à saúde”, afirmou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “O Saúde Caixa é uma conquista dos empregados e estamos trabalhando para que o plano permaneça viável a todos”, completou a dirigente da Contraf-CUT ao explicar que, de uma forma ou de outra, as plenárias serão realizadas para esclarecer aos empregados, principalmente aos participantes do Saúde Caixa, sobre a proposta, ou o andamento das negociações.

Plenárias

Sindicatos e federações da categoria bancária realizam plenárias nesta quarta e quinta-feira (13 e 14) para atualizarem os empregados sobre as negociações com o banco em relação ao Saúde Caixa. “Estamos em um processo de negociação e, neste momento, são apresentadas várias hipóteses de solução e pode haver mal-entendidos e até informações que desinformam e desunem os trabalhadores. Precisamos evitar estas informações desencontradas e nos manter unidos. Somente assim conseguiremos que a solução seja a melhor possível para os empregados”, disse a coordenadora da CEE.

“Além de atualizarmos as negociações e, se possível, apresentar a proposta, também temos outros pontos importantes a serem debatidos como as condições de trabalho”, concluiu.

Outras pautas pendentes

Fabiana lembrou que, além do Saúde Caixa, existem muitos outros assuntos pendentes de debates na mesa de negociações. Entre os assuntos pendentes estão o pagamento a menor da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), a Funcef, a promoção por mérito, a forma de se estabelecer metas, a garantia da segurança para o retorno ao trabalho presencial e a contração de mais empregados concursados.

Fonte: Contraf-CUT

Brasil de Fato – Bancos privados que atuam no Brasil são alvos de ações na Justiça que questionam o descumprimento do compromisso público de não demitir trabalhadores durante a pandemia de covid-19. Em meio à crise sanitária, os bancos reduziram despesas, tiveram lucro recorde e, ainda assim, fecharam cerca de 12 mil postos de trabalho no período, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em um ano, Bradesco, Caixa e Banco do Brasil fecharam juntos 16.439 postos de trabalho. A defasagem para o dado anterior deve-se ao fato de que, em bancos como o Itaú, houve reposição de vagas em outros setores, como tecnologia da informação, “amenizando” o balanço final.

“O Bradesco responde por praticamente 60% do fechamento de vagas em 12 meses”, observa Vivian Machado, mestre em Economia Política e técnica do Dieese, na subseção da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (CONTRAF-CUT).

A sentença judicial mais importante até o momento foi contra o banco espanhol Santander, em 3 de agosto. O juiz Jeronimo Azambuja Franco Neto, da 60ª Vara do Trabalho de São Paulo, condenou a instituição em R$ 50 milhões por danos morais, em ação aberta pelo Sindicato dos Empregados Estabelecimentos Bancários São Paulo.

Além da demissão de 3.220 trabalhadores na pandemia, considerou-se que o Santander perseguiu dirigentes sindicais.

O banco espanhol recorreu, e a indenização está suspensa até o julgamento do recurso. Se a condenação for confirmada, os R$ 50 milhões irão para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, destinado a reparar danos à sociedade como um todo.

Brasil de Fato entrou em contato com o Santander para comentar o caso, mas não houve retorno até o fechamento da matéria.

A promessa

Assim que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o início da pandemia, o Comando Nacional dos Bancários, que representa os trabalhadores da categoria, apresentou uma lista de demandas à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

“A gente solicitou uma reunião e cobrou da Fenaban que, primeiro, isolasse as pessoas de grupos de risco, que não podiam trabalhar presencialmente. Pedimos também EPIs – álcool em gel, máscaras –, que houvesse rodízio nas agências, uma série de reivindicações”, explica Neiva Ribeiro, secretária geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

“Dos bancos privados, um dos compromissos que a gente conseguiu era que não haveria demissões naquele período. Eles fizeram compromisso público, chamaram a imprensa, disseram que estavam fazendo a parte deles”, completa.

:: Proposta de estatuto pode restringir direito de greve dos bancários ::

No primeiro semestre de 2020, os bancos usaram diferentes canais de comunicação para propagandear essa promessa.

“O Bradesco faz parte do ‘Não Demita’, um movimento para evitar a demissão de milhares de pessoas nesse momento de quarentena. É nosso dever, como um dos maiores bancos brasileiros, cuidar das pessoas que nos ajudam diariamente”, escreveu o Bradesco em suas redes sociais.

Postagem do Bradesco nas redes sociais [esq.] contrasta com fechamento de agências; na imagem [dir.], sindicalistas protestam contra demissões em agência de SC / Reprodução / Divulgação

Na demonstração financeira publicada em abril, o Santander – que também aderiu ao ‘Não Demita’ – informou que “devido ao contexto atual da covid-19, o Santander firmou o compromisso de não demitir funcionários durante a crise.”

A promessa durou até julho de 2020. Foi quando Santander, Itaú e Bradesco, respectivamente, começaram a demitir.

O Dieese trabalha com estimativas a partir de dados informados pelos próprios bancos, uma vez que, desde a reforma trabalhista, as homologações não são feitas nos sindicatos.

Santander e Bradesco teriam fechado 10.933 postos de trabalho entre julho de 2020 e março de 2021. O Itaú foi o único dos grandes bancos privados que aumentou o número de funcionários, com 1,8 mil postos de trabalho a mais – resultado da incorporação de uma empresa de tecnologia.

Rotatividade

Presidenta da CONTRAF-CUT, Juvandia Moreira lembra que a “Mesa Covid”, envolvendo representantes dos trabalhadores e dos bancos, resultou em um compromisso verbal para manutenção do emprego. 

“O Santander começou a demitir em julho. O Itaú, no final de agosto, e o Bradesco, em outubro. A desculpa deles era que ninguém sabia quanto tempo iria durar a pandemia, e que não se tratava de um acordo coletivo, mas apenas de um compromisso”, conta.

“Na nossa visão, eles teriam condições de manter os empregos, com certeza. É só ver os lucros dos bancos no período. Não tem justificativa”, enfatiza Moreira.

De setembro de 2020 a agosto de 2021, os bancos cortaram 9.165 postos de trabalho. 

“Este ano, houve 27.642 contratações e 26.194 desligamentos até agosto. O saldo está positivo, mas só por causa da Caixa. Quando se analisa só Itaú, Santander, Bradesco e os que aposentaram do BB, temos um saldo negativo de 1.401 postos”, explica a presidenta da CONTRAF-CUT.

“O número de demissões e admissões é alto, o que mostra que eles fazem rotatividade, para reduzir o custo. Ou seja, demitem quem tem salário maior e contratam, no lugar, pessoas com salários menores.”

Mais lucro, menos despesa

Em plena migração para o formato digital, bancos privados fecharam ao menos 1.647 agências desde março de 2020.

“Eles aproveitaram a pandemia para fazer ajustes internos”, relata a sindicalista Neiva Ribeiro, trabalhadora do Bradesco.

No 1º trimestre de 2020, houve queda nos balanços, mas não por problemas na atividade financeira. Diante de um cenário imprevisível, com a pandemia decretada, os bancos elevaram o provisionamento, temendo uma explosão da inadimplência – não pagamento de empréstimos e outros compromissos.

Provisionamentos são reservas que os bancos criam para cobrir perdas futuras estimadas.

O cenário foi menos desastroso do que se imaginava, devido a planos emergenciais de crédito lançados pelo Banco Central. A inadimplência caiu, e o provisionamento excedente foi revertido, gerando crescimentos expressivos de lucros em 2021.

No primeiro semestre, o lucro dos cinco maiores – Itaú, Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Santander – atingiu R$ 54,7 bilhões, com alta média de 61,4% em doze meses.

O segundo trimestre de 2021 teve um dos maiores saltos da história recente do setor: 63,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Um dos fatores centrais para entender o crescimento da lucratividade é a redução das despesas, por meio do fechamento de agências e da demissão de trabalhadores.

A economia estimada pelo Dieese foi de R$ 766 milhões, entre água, luz, gás, materiais, vigilância e transporte.

“Não é justo socialmente, enquanto concessões públicas, eles estarem cada vez mais demitindo, fechando postos de trabalho, especialmente em um momento delicado como esse”, afirma Vivian Machado, técnica do Dieese, em entrevista ao Brasil de Fato.

“Os bancos alegam que estão digitalizando tudo porque é interesse do cliente, mas tem muita gente que precisa da agência. Se não tivesse essa procura, as lotéricas e a Caixa Econômica não estariam sempre cheias.”

Outros processos

A maioria dos processos contra bancos que demitiram na pandemia foram abertos individualmente por trabalhadores.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, por exemplo, não entrou com ação coletiva com esse objeto. O tema é apenas mencionado em ações referentes às alterações feitas pelo Banco do Brasil e à prática “antissindical” do Santander.

Parte significativa das ações individuais se concentram no Rio de Janeiro, ainda sem sentença definitiva.

Conforme levantamento do portal JOTA, a Justiça do Trabalho tem considerado, na maior parte dos casos, que as dispensas feitas por empresas que aderiram ao movimento “Não Demita” são ilegais. O portal identificou ao menos 15 ações referentes ao tema em Tribunais Regionais do Trabalho da 1ª (TRT1) e 2ª Regiões (TRT2).

Duas decisões do TRT1, por exemplo, ordenaram a reintegração de trabalhadores demitido pelo Bradesco, alegando violação do princípio da boa-fé objetiva, expresso no artigo 422 do Código Civil.

O banco alega que “não se imaginava que a pandemia tivesse a duração e os efeitos deletérios que até o momento perduram.”

A sindicalista Neiva Ribeiro espera que as decisões sejam confirmadas por tribunais superiores, formando jurisprudência e garantindo direitos a todos que foram demitidos em meio à crise sanitária.

“Como a nossa economia vai reaquecer sem emprego, sem crédito? As pessoas estão comendo pé de galinha como se fosse filé, e os bancos vão fazer o quê com todo esse dinheiro?”, questiona a sindicalista Neiva Ribeiro.

“As ações estão pipocando, e a gente espera que logo se crie jurisprudência. Os bancos precisam entender que o melhor caminho para ter uma economia forte, uma democracia forte, é com sindicatos fortes também. Precisamos fazer acordos que sejam bons para a sociedade como um todo, e não só para eles, se não eles vão ter que responder por anos na Justiça”, finaliza.

Juvandia Moreira, presidenta da CONTRAF-CUT, concorda que o caminho prioritário deve ser o negocial. 

“Se a gente não tivesse negociado esse compromisso, os trabalhadores teriam sido demitidos antes. Os acordos têm que valer, os bancos têm que cumprir. É isso que a gente cobra deles. Porque eles não falaram ‘não vamos demitir durante quatro meses’. Falaram que não iriam demitir na pandemia”, observa.

“Os sindicatos estão recorrendo à Justiça para buscar o cumprimento do acordo. São iniciativas importantes. Já fizemos outros acordos verbais que eles [bancos] cumpriram. Se eles tivessem nos avisado antes que estavam planejando demitir, a gente poderia ter negociado. O problema, além da falta de justificativa para essas demissões, é não avisar e criar uma desconfiança para as próximas mesas de negociação”, completa.

Outro lado

Brasil de Fato apresentou as críticas e questionamentos à Fenaban, à Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ao Bradesco e ao Santander.

A Febraban respondeu por meio de nota. Confira:

“A Federação Nacional dos Bancos não negociou ou assinou nenhum acordo setorial sindical para a não realização de desligamentos durante a pandemia. A rotatividade de trabalhadores do setor bancário é tradicionalmente cerca de 3 vezes menor do que a média nacional. Os bancos se valem dos desligamentos voluntários, como pedidos de demissão, PDVs e aposentadorias, para adequar sua estrutura à nova realidade do mercado.

E o crescimento das operações digitais não tem como consequência a redução do número de pessoas que atuam no setor, pelo contrário. O avanço dos serviços digitais tem levado as instituições financeiras a contratar um grande volume de profissionais, especialmente em áreas como TI e segurança contra fraudes digitais, por exemplo.”

O Bradesco disse que não vai comentar o assunto. Os demais não responderam até o fechamento da reportagem.

Um dos vencedores do prêmio Nobel da Economia, cujos nomes foram anunciados nesta segunda-feira (11), já demonstrou que a elevação do salário mínimo não está necessariamente vinculada a um crescimento do desemprego. No Brasil, esta é, por exemplo, uma argumentação frequentemente repetida pelos contrários à política de valorização do piso nacional. O atual governo, por sinal, interrompeu essa política.

Além de perder uma regra sistemática de aumentos, o salário mínimo tem tido seu poder de compra reduzido com o avanço da inflação. Na semana passada, o Dieese demonstrou que o piso nacional, hoje, não consegue comprar meia cesta básica.

Pesquisa comparativa

O canadense David Card, 65 anos, é professor de Economia na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Ao lado do americano Alan Krueger (que morreu em 2019), ele desenvolveu pesquisas comparativas sobre o tema. E ajudou a mostrar, como assinala a Academia, “que aumentar o salário mínimo não necessariamente leva a menos postos de trabalho”.

A própria universidade, em nota divulgada hoje, lembra que os estudos desenvolvidos nos anos 1990 seguem relevantes, “pois questionaram suposições sobre o impacto da imigração sobre os trabalhadores nativos dos EUA e o efeito dos aumentos do salário mínimo no crescimento do emprego doméstico”. Card divide o prêmio com os também professores Joshua D. Angrist (do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT) e Guido W. Imbens (da Universidade de Stanford).

“Coisa horrível”

`Pesquisando duas regiões americanas, Card e Krueger concluíram que, na prática, a teoria de que o aumento do salário mínimo seria nocivo à economia e ao mercado de trabalho não se sustentava. Onde o piso aumentou, o emprego também cresceu. Em entrevista à revista Piauí, publicada em dezembro do ano passado, Card disse que os estudiosos sobre salário mínimo nos anos 1960 e 1970 eram muito conservadores. “Basicamente, eles queriam mostrar que fixar um salário mínimo era uma coisa horrível”, comentou.

As pesquisas de Card e outros contribuíram para abalar a ideia predominante da chamada escola de Chicago, de pensamento liberal, ou neoliberal, que desembocou na Consenso de Washington, na virada dos anos 1980 para os 1990. “Mas nós éramos vistos como gente que estava atrapalhando, dificultando as coisas”, disse ainda o professor, um dos autores do livro Myth and Measurement: The New Economics of the Minimun Wage (Mito e medição: a nova economia do salário mínimo), de 1995, que ganhou edição “de aniversário” em 2016.

Perdendo amigos

Essa pesquisa foi destacada pelo economista Marcelo Neri, estudioso da desigualdade no Brasil. Em artigo publicado em 1997, ele comentou que o salário mínimo tinha impacto no rendimento do trabalho, mas não no nível de emprego. No Brasil, assinalou, poderia haver certo impacto não na quantidade, mas na qualidade do emprego. Ainda assim, o salário mínimo, “parece exercer um papel relevante no combate à pobreza”.

Card chegou a declarar que “perdeu um monte de amigos” devido a essa publicação. Chegaram, ele e Krueger, a ser vistos como “traidores” da questão econômica. Se fosse amigo dos dois, Paulo Guedes também romperia. No ano passado, o ministro da Economia disse que aumentar o salário mínimo elevaria o desemprego. Não foi o que aconteceu em anos anteriores.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou, na última segunda-feira, 11 de outubro, mais um trabalhador do Banco Bradesco.

A reintegração ocorreu na agência 544, em São João de Meriti.

Sydney André Esteves de Azevedo Junior foi demitido em plena pandemia do novo coronavírus, contrariando o compromisso de não demissão que os grandes bancos assumiram.

A reintegração foi acompanhada pelos diretores Martins, Solange Ribeiro, Rosangela Gonçalves, Ricardo Sá e Márcio Wanderley.

IMPORTANTE

Sidney é sindicalizado e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi atendido pelos Departamentos Jurídico e de Saúde.

É de fundamental importância que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

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A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) reagiu, com indignação, às novas denúncias de uso político do banco pela família Bolsonaro. Na edição desta sexta-feira (8), a revista Crusoé mostra que recursos da Caixa para patrocínios têm sido direcionados a pedido do filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro, e novamente pela primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, defende que o banco seja tratado como um bem público. “A Caixa Econômica Federal não é de um presidente, de uma família, de um governo. A Caixa é dos brasileiros e deve estar sempre a serviço do país”, afirmou Takemoto, ao ressaltar que os empregados da estatal atuam com responsabilidade, ética e honra ao papel social do banco.

De acordo com a reportagem de hoje da Crusoé, o senador Flávio Bolsonaro seria o responsável pelo direcionamento de mais de R$ 50 milhões [de um total de R$ 87,5 milhões] que a Caixa investiu em patrocínios, entre janeiro e agosto deste ano. Já Michelle Bolsonaro tem como foco beneficiar Organizações Não-Governamenais (ONGs) ligadas a igrejas evangélicas. Segundo a revista, uma associação beneficente [“Criança Cidadã”] recebeu dois aportes do banco público: um de R$ 1,75 milhão, em 2019, e outro de R$ 2,2 milhões em abril deste ano.

Na última semana, a Crusoé revelou que pessoas e empresários próximos à família Bolsonaro foram beneficiados ao serem passados na frente da fila de empréstimos da Caixa pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A concessão mais célere dos financiamentos ocorreu, conforme mostrou a revista, a pedido da primeira-dama junto ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

“Infelizmente, nas últimas semanas têm sido amplamente divulgados atos envolvendo a direção da Caixa que não condizem com o princípio da coisa pública, da democracia”, observou Sergio Takemoto. “São denúncias de tráfico de influência, uso indevido dos canais de comunicação da empresa para benefício próprio, autopromoção e obtenção de vantagens. Todos esses casos precisam ser apurados e os responsáveis, devidamente penalizados”, afirmou o presidente da Fenae, que acrescentou: “Nós, trabalhadores da Caixa, somos a força-motriz que move a instituição e não podemos tolerar o mau uso e o enfraquecimento deste patrimônio, que é do povo brasileiro. A Caixa Econômica Federal precisa seguir sendo pública, de todos e essencial para o desenvolvimento do país. Não podemos deixar que um mau governo coloque em risco a credibilidade do banco e dos empregados”.

Fonte: Fenae

 

A Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e representantes do banco se reuniram nesta quinta-feira (7) para uma nova rodada de negociação sobre o acordo de teletrabalho e banco de horas. Houve uma sinalização positiva do banco para avançar em alguns pontos, como a redução do prazo de compensação das horas-extras e o aumento do valor da ajuda de custo, como propuseram os representantes dos empregados na última minuta enviada ao banco.

Houve progresso também na discussão sobre o acesso dos sindicatos aos empregados em trabalho remoto. Para a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) é preciso estar claro no acordo que a Caixa vai garantir o acesso dos sindicatos aos empregados em teletrabalho. “Precisamos ter acesso aos trabalhadores para assegurar os direitos que eles possuem, mesmo realizando suas funções neste modelo, como a jornada de trabalho, a garantia das condições de saúde e de trabalho, entre outros itens”. Os representantes do banco informaram que vão viabilizar o acesso e este ponto estará na minuta.

Controle de jornada

A cláusula ainda em dificuldade de acordo é o controle da jornada no trabalho remoto. O banco quer estabelecer que o controle seja facultativo, mediante negociação entre o gestor e o empregado. Para Fabiana, este ponto é inegociável. “Para nós é extremamente importante e o acordo não avançará se não houver controle de jornada para todos os empregados que estão em teletrabalho ou home office”, disse ao lembrar que são diversas as situações em que a Caixa abusa da jornada de trabalho para quem não tem registro de ponto. “E o registro deve refletir o modelo de trabalho presencial, assim como é feito no Banco do Brasil e em outros bancos. “A Caixa é o único banco que adota teletrabalho sem controle de jornada”, completou a dirigente da Contraf-CUT.

Rogério Campanate, integrante da Comissão e presidente da Associação de Gestores da Caixa (Agecef) do Rio de Janeiro, acrescentou que o registro facultativo não dá garantias ao trabalhador. “Enquanto a gente não encontrar uma forma de garantir ao empregado que a opção é realmente dele, vamos nos manter contrários ao registro de ponto facultativo”, ressaltou.

Rogério explicou que, no ano passado, quando o sistema de rodízio começou a ser desfeito, os trabalhadores sofreram pressão para retornar ao trabalho presencial. “Houve uma pressão imensa para que o empregado solicitasse o retorno do rodízio. Isso não foi uma escolha, foi pressão e assédio. E é o que provavelmente pode acontecer se o ponto for ‘facultativo’”, destacou.

A CEE/Caixa e os representantes do banco vão ajustar a proposta de acordo para discutir o modelo na próxima reunião, marcada para o dia 18 de outubro.

Outras negociações

No início da reunião, a CEE cobrou datas para negociação de outras reivindicações que já foram passadas ao banco, como o novo modelo de gestão e custeio do Saúde Caixa, o pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), condições de trabalho, Promoção por Mérito e as mudanças no programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). “Precisamos avançar nesses assuntos que são tão importantes quanto teletrabalho e banco de horas. Enquanto o banco segura estas negociações, os trabalhadores continuam sobrecarregados, extrapolando, e muito, a jornada de trabalho e ainda sofrendo pressões por metas”, concluiu a coordenadora da CEE.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT

 

Neste mês de outubro, um alerta está sendo feito às mulheres. É a campanha do Outubro Rosa, que tem como objetivo principal chamar a atenção das mulheres e da sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e também do câncer de colo do útero.

O câncer de mama é um tumor maligno que ataca o tecido mamário e é um dos tipos mais comuns, segundo o Inca. Caso esse tipo de câncer seja diagnosticado precocemente, as chances de cura aumentam em 95%, de acordo com o Instituto Oncoguia.

O diagnóstico da doença é realizado por meio do autoexame e exames de imagem, como o ultrassom, a mamografia e a biópsia. É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal. Pode ser no banho, durante a troca de roupa ou em outro momento da rotina.

Para fazer o autoexame, a mulher precisa colocar uma das mãos atrás da cabeça. Usar os dedos da outra mão para tocar a mama. Também precisa fazer movimentos circulares iniciando no mamilo e estendendo-se até a axila. O autoexame permite que a mulher identifique prematuramente alterações presentes nas mamas, seja de tamanho ou a aparição de pequenos nódulos. É importante destacar que o autoexame não substitui a visita ao médico.

A realização de exames médicos para prevenir o câncer de mama ainda está abaixo do adequado no país. Em 2020, deveriam ter sido realizadas 11,5 milhões de mamografias no Brasil, mas apenas 2,7 milhões foram feitas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia.