Maio 11, 2025
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Em atendimento da reivindicação apresentada pela representação dos empregados em reunião realizada no dia 18 de fevereiro, durante reunião do Comitê de Relações Trabalhistas, a Caixa Econômica Federal prorrogou os prazos de apresentação das certificações profissionais série 10 e série 20 (CPA-10 e CPA-20), da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), para o dia 10 de abril.

“Solicitamos a prorrogação do prazo porque a Anbima havia suspendido a realização dos exames em decorrência da pandemia. Desta forma, não era possível que os trabalhadores atendessem a exigência do banco”, explicou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A exigência das certificações da Anbima faz parte do normativo interno da Caixa RH 040.

Também a pedido da representação dos empregados, o banco havia suspendido a exigência temporariamente, mas tinha voltado a exigir as certificações desde 10 de janeiro de 2022. Em seu comunicado, o banco informa que “com o objetivo de ampliar as opções de datas para que os profissionais realizem o exame de certificação, informamos a prorrogação do prazo para obtenção das certificações CPA-10, CPA-20 e CEA até 10/04/2022”. O CEA é a Certificação de Especialista em Investimentos, também fornecida pela Anbima.

Para a Certificação de Gestores (CGA) e para Certificação de Gestores para Fundos Estruturados (CGE) o prazo foi prorrogado para 10/07/2022.

Em seu comunicado, o banco informou ainda que os cursos CPA-10 e CPA-20 estão disponíveis no portal Universidade Caixa como forma de preparação para os exames ou para atualização da validade dessas certificações. A atualização é permitida desde que concluída até 180 dias anteriores ao vencimento da certificação.

O banco informou também que, após a aprovação no exame, as inclusões ou atualizações da certificação no currículo Universidade Caixa são realizadas semanalmente e de forma automática, em até 15 dias corridos depois da aprovação em exame, não sendo necessário nenhum procedimento por parte do empregado, e que os processos de seleção internos (PSI) passam a considerar os certificados.

“A prorrogação do prazo foi importante para permitir que todos tenham tempo hábil para a obtenção das certificações”, concluiu Fabiana.

Fonte: Contraf-CUT

Em pleno período eleitoral para diretorias da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), com votação entre os dias 18 e 28 de março, a presidência da Cassi tomou iniciativa ilegal, irregular e injustificada, segundo denuncia do membro do Conselho de Usuários da Cassi SP e representante da Fetec-CUT/SP na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Getúlio Maciel.

Nesta sexta-feira (25), foram criados grupos no WhastApp com todos os membros dos Conselhos de Usuários estaduais do Sudeste e do Nordeste, pela assessoria da presidência da Cassi, sem nenhum prévio aviso ou explicação inicial. “Os conselheiros foram colocados num grupo, sem saber o porquê, para quê, ou por quem”, explicou Getúlio Maciel.

A aparente justificativa era de tratar-se de mais um canal direto dos conselheiros com o presidente da Cassi. Porém, em nenhuma reunião nos conselhos estaduais houve pedido, pauta ou autorização para tal medida. Nem sequer o presidente da Cassi faz parte do grupo, sendo intermediado por um assessor, que até o presente momento, jamais se manifestou, adicionando membros no grupo sem autorização, aumentando a estranheza.

Outro fato curioso é que, enquanto muitos conselheiros demonstravam descontentamento com a inexplicável e desrespeitosa atitude, pessoas ligadas ao grupo Mais União, com relações próximas às atuais diretorias eleitas, defendiam a inclusão não autorizada dos conselheiros com o mote “quem não tiver contente peça pra sair”, sem ao menos explicar quais objetivos e qual intuito da existência daquele canal de conversas. Não é novidade que há claro alinhamento entre as atuais diretorias eleitas, o presidente da Cassi, e este último alinhado com o governo Bolsonaro.

“Além de aparentar populismo eleitoreiro, é ilegal, pois vai contra as regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). De onde vieram os dados e os contatos dos conselheiros? Quem autorizou?”, questionou o dirigente.

O produto das reuniões dos Conselhos de Usuários estaduais é repassada à Cassi pra providencias no âmbito da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento. Pelo ineditismo, não se sabe se a intenção é realmente melhorar o canal de comunicação entre os usuários e a presidência, ou esvaziar os fóruns de debate dos conselheiros, com o rito adequado para discussão e encaminhamento de propostas, para migração de um ambiente tão difuso e desorganizado como um grupo de centenas em redes sociais, e esvaziar também o canal com a Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento. “A medida é ruim, arbitrária, ilegal e populista”, concluiu Getúlio.

Para o coordenador da CEBB, João Fukunaga, essa táctica de criação de grupos no WhatsApp é um modelo já conhecido e praticado por bolsonaristas. “Nada mais me espanta deste presidente da Cassi que, com certeza, só está no cargo por ser apoiador do presidente da República. O que é de se estranhar é que a instituição esteja sendo usada para práticas eleitoreiras”, disse. “Repudiamos esta prática e exigimos uma posição dos diretores eleitos contra uma medida que mancha o nome da instituição e usa o dinheiro dos associados e de uma instituição pública, como é o Banco do Brasil, para criação e utilização deste instrumento irregular. Exigimos retratação e o imediato encerramento destes grupos!” completou.

Fonte: Contraf-CUT

Na manhã desta quinta-feira (24), a direção da Caixa Econômica Federal divulgou os resultados de 2021, com um lucro líquido de R$ 17,3 bilhões, comemorado pela diretoria da instituição, que não mencionou, porém, as consequências das decisões tomadas pela administração para chegar aos números publicados, sobretudo para a saúde dos empregados. O resultado foi 31,1% superior em relação a 2020. Segundo a Caixa, esse desempenho foi alcançado pelo aumento na margem financeira (15,3%), que ocorreu em especial pela alta nas receitas das operações de crédito (10,02%); pelas receitas de prestação de serviços e tarifas (1,7%) e pela redução de 0,7% em despesas de provisão para perdas associadas ao risco de crédito.

Apesar do elevado lucro apresentado, é importante notar que R$ 7,2 bilhões (41,7% do valor) são de fontes não recorrentes e da venda de ativos rentáveis, como as ações do Banco Pan e da Caixa Seguridade. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 16,9% com crescimento de 1,7 pontos porcentuais (p.p.). Conforme Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), “a contrapartida destes pagamentos bilionários antecipados que a Caixa recebeu, e que aumentaram bastante seus resultados dos últimos anos, é o retorno do investimento para seus parceiros. Já para os empregados, a consequência é o crescimento das metas, a escalada da pressão por seu cumprimento e mais casos de ameaças e de assédio sobre os empregados”.

“A Tokio Marine, Icatu, VR, Fleetcor, CNP Assurances e Tempo não fizeram caridade ao antecipar, à Caixa, bilhões de reais. Por sua vez, a direção do banco espera que o empregado pague esta conta, e o faz aumentando as metas e a pressão, e piorando demais as condições de trabalho. Assim, na prática, a decisão da administração de Pedro Guimarães troca a saúde dos empregados pelo retorno financeiro prometido aos parceiros”, criticou o diretor-presidente da Associação do Pessoal da Caixa do Estado de São Paulo (APCEF/SP), Leonardo Quadros.

A carteira de crédito da instituição apresentou alta de 10,2% no ano, totalizando R$ 867,6 bilhões. Nesse negócio, as operações com pessoas físicas cresceram 18,9%, com total de R$ 107,6 bilhões. O segmento de pessoas jurídicas, por sua vez, teve crescimento de 10,2%, com operações totais de R$ 79,4 bilhões. Esses dados mostram que as famílias tiveram que recorrer mais aos empréstimos para conseguir pagar suas contas, enquanto o financiamento para empresas, que indica o movimento das atividades econômicas, apresentou um crescimento menor. O crédito imobiliário cresceu 9,2% (R$ 557,6 bi); o de saneamento e infraestrutura, 1,2% (R$ 91,6 bi); e o rural, 113,6% (R$ 16,5 bi). A inadimplência para atrasos superiores a 90 dias subiu 1,95%, alta de 0,22 p.p. em comparação com o ano anterior.

As receitas com prestação de serviços e tarifas aumentaram 1,69% no período e totalizaram R$ 23,9 bilhões. Esse crescimento se deu principalmente em serviços de governo, com operações de crédito e de seguros. Apenas com essas receitas secundárias, o banco cobriu 95,3% de todas as suas despesas de pessoal, incluída a PLR, que cresceram 2,7% e somaram R$ 25,1 bilhões.

A Caixa encerrou 2021 com 86.004 empregados, assinalando um aumento de 4.059 postos de trabalho em doze meses. O número favorável, contudo, ocorreu em cumprimento à ordem judicial para convocação de aprovados em concurso de 2014, após importante atuação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Mesmo com essa medida, o banco repõe apenas em parte seu quadro de empregados, que já foi de 100.677 em 2014. Também não foi honrada a promessa do presidente da Caixa, feita em julho de 2021, quando anunciou que iria “contratar 10.000 pessoas”. O número de agências se manteve estável, e foram abertos 109 postos de atendimento, 239 unidades Caixa Aqui e 366 casas lotéricas. No ano, a Caixa captou 369 mil de novos clientes.

“Continuamos vigilantes na defesa da Caixa 100% Pública, na defesa dos direitos e condições de trabalho dignas para os colegas. A Caixa é o que é graças ao seu corpo funcional, que é aguerrido e mesmo com uma direção que não o valoriza, continua entregando resultados não só para a Caixa, mas para toda a sociedade”, finalizou Fabiana Uehara Proscholdt, que além de coordenadora da CEE é secretária de Cultura da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Os trabalhadores do Banco do Brasil conquistaram o retorno ao home office aos funcionários do grupo de risco e com mais de 60 anos. O avanço, que vinha sendo negociado entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e o banco nas últimas semanas, acabou de ser comunicado a todos os funcionários do BB, como compromisso assumido com o movimento sindical.

“Desde o ano passado, os sindicatos estão cobrando o direito ao home office para as pessoas do grupo de risco e cobrando questões que envolvem a segurança e manutenção dos postos de trabalho”, explica o coordenador da CEBB, João Fukunaga, comemorando a nova resolução.

Quem poderá solicitar o home office

  • Os funcionários que apresentam condições clínicas de risco para complicações da Covid-19 terão a opção de trabalhar de forma remota, mediante declaração e comprovação que se enquadram em alguns dos seguintes casos:
  • Cardiopatias graves ou descompensadas (insuficiência cardíaca, infartados, revascularizados, arritmias, hipertensão arterial sistêmica descompensada);
  • Neuropatias graves ou descompensadas (dependentes de oxigênio, portadores de asma moderada/grave, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC);
  • Imunodepressão;
  • Doenças renais crônicas em estágio avançado (graus 3, 4 e 5);
  • Diabetes, conforme juízo clínico;
  • Gestações de alto risco;
  • Os funcionários com 60 anos ou mais também terão a opção de trabalhar de forma remota.

Aqueles que se enquadrarem em algum desses casos deverão encaminhar documentação (pareceres médicos e exames), por meio de endereço eletrônico, aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt). “Após o envio, enquanto o banco não se manifestar sobre o enquadramento nas condições clínicas, o funcionário permanecerá em trabalho remoto”, explica Fukunaga. Caso o Sesmt conclua que o funcionário não possui condições clínicas para o desenvolvimento de complicações de Covid-19, ele automaticamente retornará ao trabalho presencial.

Trajetória das mobilizações No último trimestre de 2021, por decisão unilateral, o Banco do Brasil colocou em prática a retomada de 100% do trabalho presencial. Na ocasião, os movimentos que representam os trabalhadores pediam para que o home office fosse mantido aos trabalhadores com comorbidades, mas o banco negou.

Em mesa de negociação, realizada no dia 8 de dezembro, os trabalhadores obtiveram um pequeno avanço, com a manutenção do home office para grávidas, imunossuprimidos (indivíduos que possuem uma condição de saúde que faz com que seus corpos respondam menos a qualquer tipo de vacina), pessoas em tratamento contra o câncer e com deficiência auditiva. Também permaneceram em home office as pessoas que não se vacinaram por indicação médica.

“Entretanto, nós continuamos defendendo a retomada do trabalho remoto para todos enquadrados no grupo de risco. Nossa preocupação foi se tornando ainda maior quando vimos os números de contaminados por covid e, agora também por influenza, subindo em todo o país, entre o final do ano passado e o início deste”, relembra o coordenador da CEBB.

No dia 27 de janeiro, trabalhadores do BB em todo o país realizaram um Dia Nacional de Luta para exigir do banco respeito à saúde dos trabalhadores e clientes. No dia seguinte, a CEBB ainda se reuniu com o banco, quando cobrou a rápida implementação de medidas de proteção à saúde, entre elas o teletrabalho para locais de grande aglomeração e para todos dos grupos de risco. “Estamos felizes por, finalmente, conquistar esse direito do trabalhador de resguardar sua saúde num momento tão delicado como este que estamos vivendo”, pontua Fukunaga.

O BB sinalizou a possibilidade de retomar as negociações sobre o teletrabalho institucional, cujas premissas já foram contempladas em acordo específico assinado entre o BB e a Contraf-CUT. Reunião está agendada para a próxima quinta-feira (3).

Fonte: Contraf-CUT

O Brasil fechou o ano de 2021 com mais gente trabalhando, mas principalmente devido à informalidade. Com isso, a renda caiu (7%, na média) para o menor nível histórico, e assim menos R$ 5,6 bilhões circularam na economia. Os dados, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, foram divulgados na manhã desta quinta-feira (24) pelo IBGE.

Na média anual, o país teve 13,888 milhões de desempregados, a maior estimativa da série histórica, iniciada em 2012. Esse número é 59% maior do que o registrado em 2015, último ano antes do impeachment. A taxa média de desemprego foi de 13,8%, em 2020, para 13,2%.

De 2012 a 2021

Já os ocupados somam 91,297 milhões, 5% a mais do que em 2010 e 0,9% menos do que em 2015. O nível de ocupação (percentual de ocupados na população em idade de trabalho) cresceu para 53,2%, mas o resultado do ano anterior (51,2%) era o menor da série histórica. O melhor momento foi entre 2013 e 2014 (58,1%).

Os indicadores da Pnad mostram que o emprego no Brasil avançou pouco entre 2012 e 2021: o número de ocupados cresceu 1,8% nesse período. Já o de desempregados subiu 93,6%.

A taxa de subutilização foi a 27,2%, abaixo apenas de 2020 (28,2%). A população subutilizada, pessoas que gostariam de trabalhar mais, foi estimada em 31,3 milhões, queda de 1,2% em relação ao ano anterior. Já os desalentados somaram 5,3 milhões, pouco menos do que o recorde de 2020 (5,5 milhões). O percentual de desalentados na força de trabalho caiu de 5,4% para 4,3%.

Sem carteira e por conta própria

Segundo a Pnad Contínua, o número de empregados com carteira de trabalho assinada foi de 32,904 milhões, crescimento de 2,6% na média anual. Mas a média de empregados sem carteira (11,246 milhões) aumentou 11,1%. Foi o mesmo percentual de expansão dos trabalhadores por conta própria (24,902 milhões). O total de trabalhadores no serviço domésticos subiu 6,6%, para 5,2 milhões.

Leia também: Maioria dos reajustes salariais ainda perde da inflação em janeiro, diz Dieese

Com esses resultados, a taxa de informalidade voltou à casa dos 40% (40,1%), ante 38,3% em 2020. Ainda perde para 2018 (40,4%) e 2019 (40,7%).

Renda despenca

Estimado em R$ 2.587, o rendimento médio caiu 7% (ou menos R$ 195) no ano. A massa de rendimentos (R$ 203,6 bilhões) recuou 2,4% – menos R$ 5,6 bilhões.

Apenas no trimestre encerrado em dezembro, a taxa de desemprego foi de 12,6%, com recuo em relação a igual período de 2020 (14,2%). Os desempregados no último trimestre do ano somaram 12 milhões.

Fonte: Rede Brasil Atual

Desde que o Brasil iniciou, atrasado, a imunização da população contra a covid-19, a eficácia das vacinas para prevenir mortes já está comprovada pelos números. Embora o número de vítimas siga elevado, o cenário seria muito pior sem elas. É o que atesta novo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Apenas no Rio de Janeiro, segundo o estudo, vacinas e isolamento social evitaram ao menos 66 mil mortes a mais.

A entidade conclui também que, além das vidas salvas, foram evitados ao menos 380 mil hospitalizações. As vacinas, além de preservarem vidas, resultam em economia de recursos para o sistema de Saúde. Segundo o estudo, a vacinação sozinha teria evitado cerca de 230 mil hospitalizações e de 43 mil mortes. Já as medidas não farmacológicas, como uso de máscaras e isolamento, foram responsáveis por aliviar o sistema de saúde em 150 mil hospitalizações e as famílias, em 23 mil mortes causadas pela doença.

 
reprodução/fiocruz
Além das vidas salvas, também foram evitados ao menos 380 mil hospitalizações. As vacinas, além de preservar vidas, resultam em economia de recursos para o sistema de Saúde

A Fiocruz reforça que cuidados seguem necessários. E reforça que o governo negacionista de Jair Bolsonaro contribuiu para o atual quadro de óbitos e contaminações. “O que aconteceu já foi uma tragédia, mas teríamos tido um número de casos e hospitalizações ainda maior, se não fossem as medidas adotadas”, , comenta o coordenador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do estudo, Daniel Villela.

Vacinas salvam

Nesta quinta-fera (24), foi registrada oficialmente a morte de mais 971 pessoas pela infecção. Desde o início da pandemia, em março de 2020, já são 647.349 vidas perdidas para o coronavírus. Os números são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)

Nas últimas 24 horas, além das mortes, foram notificados 93.757 novos casos da doença. Embora em ritmo de queda, a variante ômicron segue com força no país. Desde 15 de janeiro, o Brasil registrou recordes de infecções, que não resultaram em recordes de mortes. A média de vítimas diárias, calculada em sete dias, que hoje está em 784, já ultrapassou os 3 mil em agosto de 2021. Mais uma demonstração clara do poder das vacinas.

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Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

“Mesmo com a entrada de uma nova variante como essa, do aumento de casos decorrentes disso e das doses de reforço da vacina, temos que continuar tomando os cuidados. De certa forma, é uma repetição do mesmo filme, mas com outros elementos. A mensagem é a de que as políticas combinadas continuam sendo importantes e atingindo os melhores resultados”, completa Villela.

Não acabou

No boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz divulgado hoje, a entidade reforça que a pandemia segue preocupante. Os cientistas pedem cuidados para os cidadãos e avanço na vacinação, especialmente em relação às doses de reforço e às crianças. “Embora o cenário seja bastante promissor, tanto pela tendência de queda nos principais indicadores como pelo avanço da cobertura vacinal, o boletim sublinha que a pandemia ainda não acabou, com necessidade de proteger a população mais vulnerável e, considera que dentre os mais expostos estão os adultos que não completaram o esquema vacinal, como também crianças e adolescentes”, informa.

Os pesquisadores chamam a atenção para a chegada do carnaval. Embora estados sigam com restrições e cancelamentos de eventos, muitas festas privadas e até mesmo ilegais já estão sendo realizadas desde o início da semana. “Medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos devem ser mantidas, mesmo em ambientes abertos, onde possa ocorrer concentração de pessoas”, volta a alertar a Fiocruz.

Por fim, os pesquisadores recomendam que festas privadas, bailes em casas de festas ou clubes só aceitem participantes que apresentem comprovante de vacinação.

Fonte: Rede Brasil Atual

Depois de a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviar dois ofícios com pedido de antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos empregados, a Caixa Econômica Federal anunciou que o pagamento será efetuado nesta sexta-feira (25).

Durante o anúncio, o presidente da Caixa tentou, mais uma vez, capitalizar politicamente, uma conquista dos empregados. “Antecipar a PLR é uma reivindicação nossa e pagá-la é obrigação do banco, uma vez que isso é conquista de Campanha Nacional. O que se espera é que a PLR seja paga em sua integralidade, conforme está no acordo coletivo”, ressaltou a coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, ao lembrar que no ano passado o banco efetuou o pagamento com valor menor do que o acordado.

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho (GT) de Promoção por Mérito na Caixa Econômica Federal se reuniu, nesta quinta-feira (24), para tentar chegar a uma proposta final sobre o Plano de Cargos e Salários (PCS) e os critérios para pagamento dos valores referentes ao “delta” aos empregados.

“As negociações avançaram. A Caixa aceitou nossa proposta de pagar um delta para todos os funcionários elegíveis e manter o segundo delta de acordo com os critérios que eles haviam estabelecido no começo das negociações, levando em conta o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP)”, informou o coordenador da representação dos trabalhadores no GT, João Paulo Pierozan. “Mas, permaneceu o impasse com relação ao impeditivo para os empregados e empregadas que tiveram uma única falta injustificada de compor o grupo de elegíveis ao recebimento do primeiro delta”, lamentou Pierozan, ressaltando que a resolução, ou não, deste impasse deverá ser tratada em mesa de negociações entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e o banco, em data ainda não agendada.

“Já estamos muito próximos da data final para o pagamento do delta e vamos solicitar uma agenda para tratar sobre isso o quanto antes”, disse a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Compromisso com a Caixa

A representação dos empregados defende que o fato de haver apenas uma falta injustificada não configura falta de compromisso do empregado com o banco e, por isso, não pode ser considerado como critério que impeça a inclusão no grupo de trabalhadores elegíveis. “Em anos anteriores, o banco incluiu quem teve até três faltas injustificadas no grupo de elegíveis. Agora, se recusa a aceitar entre os elegíveis quem teve apenas uma falta injustificada. Isso traz incertezas sobre que critérios o banco vai utilizar”, observou o coordenador da representação dos empregados no GT. “É como criar a regra do jogo com a partida em andamento! Isso não pode acontecer”, completou.

“A demora nas negociações e, consequentemente, na divulgação dos critérios para a promoção por mérito é culpa da Caixa. O banco somente abriu as negociações no final do ano passado, depois de insistirmos muito na necessidade de início das negociações”, reforçou a coordenadora da CEE.

A proposta

  • Todos os empregados elegíveis recebem 1 delta;
    • Impedimentos de composição do grupo de elegíveis:
      • Menos de 180 dias de exercício efetivo;
      • Estar com o contrato de trabalho suspenso na data da apuração da promoção;
      • Ter penalidades no ano-base (advertência, suspensão, censura ética);
      • Apresentar falta não-justificada;
      • Estar na última referência salarial.
  • Pagamento do segundo delta aos empregados classificados como “desempenho excelente”, de acordo com o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP).

Fonte: Contraf-CUT

Discriminação nas candidaturas ao emprego, bloqueios às oportunidades e tratamento desigual para promoções são algumas das formas mais comuns de violência contra o trabalhador e a trabalhadora da comunidade LGBTQIA+ em todo o mundo. Essas informações foram confirmadas em uma pesquisa da Global Union (UNI), à qual a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) é afiliada. O levantamento foi feito com mais de 120 sindicatos de diferentes ramos profissionais, distribuídos em 51 países das quatros regiões de atuação da organização (Europa, Ásia e Pacífico, Américas e África).

No fundo, são duas sondagens que se complementam. A primeira busca compreender como as entidades associadas à UNI avaliam a situação e os avanços relacionados à comunidade, em seus respectivos países como um todo, bem como nos locais de trabalho. A segunda refere-se aos desafios enfrentados diretamente pela comunidade LGBTQIA+ no ambiente profissional. Ao todo, foram respondidos 1.327 questionários, sendo 958 para a primeira investigação e 373 para a segunda.

Avanços são imperceptíveis

Numa visão panorâmica, as entidades sindicais ligadas à UNI entendem que, nos últimos anos, houve avanços institucionais, que, de um modo geral, favorecem a proteção e a garantia dos direitos da comunidade LGBTQIA+ nas várias legislações nacionais. No entanto, quando se trata da manifestação direta dos trabalhadores e trabalhadoras que se identificam como LGBTQIA+, o progresso do arcabouço legal sobre o tema é visto como insuficiente, ou, na prática, sentido como insignificante ou invisível pelas pessoas.

É clara a percepção de que ainda há muito a se conquistar, e que a proteção jurídica precisa melhorar. Além disso, para que a lei se torne de fato efetiva, são necessárias campanhas educativas, que sensibilizem e conscientizem a respeito dos direitos LGBTQIA+, como caminho para eliminar as diferentes formas de discriminação e de violência de gênero e de orientação sexual. Segundo os entrevistados, essas ações devem, igualmente, abranger não apenas as legislações nacionais, como também tratados internacionais, para que esse movimento alcance as particularidades de cada país, bem como as de caráter cultural e religioso.

Conforme manifestação de Christy Hoffman, secretária-geral da UNI, “os sindicatos defendem e lutam pelos direitos da classe trabalhadora, pois é impossível ter salários justos ou trabalho digno sem sociedades justas e igualitárias, livres de qualquer forma de discriminação e de violência, para todas as pessoas. A discriminação com base na orientação sexual e na identidade de gênero não pode mais ser tolerada”.


Sindicatos precisam se mobilizar

Os dados levantados pela UNI mostram que, embora tenha havido progressos significativos para aumentar a visibilidade das questões LGBTQIA+, os sindicatos ainda devem trabalhar para mudar a situação e verdadeiramente representar todos os seus membros, e, assim, conseguir tratamento justo e a inclusão de todos trabalhadores e trabalhadoras, a despeito de sua identidade de gênero ou orientação sexual. Formação no tema, treinamento para entidades sindicais e medidas de inclusão universal são algumas das principais ações a serem empreendidas, para as quais os sindicatos devem estar de fato envolvidos com as redes LGBTQIA+, com o objetivo de entender os problemas enfrentados por elas. Tais questões continuarão a ganhar importância na agenda sindical.

Os resultados da pesquisa da UNI devem ser utilizados como ferramenta pelos membros afiliados como importante oportunidade para aprofundar as questões enfrentadas pela classe trabalhadora, para compartilhar as melhores práticas e buscar avanços na criação de sindicatos mais inclusivos e diversificados. Essa luta é de todos.

Na avaliação de Adilson Barros, membro da Executiva da Contraf-CUT e militante LGBTQIA+, “de fato o resultado da pesquisa, além de ser um marco para identificar o rosto dos trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIA+, passa a ser uma ferramenta fundamental para ampliar e conquistar mais direitos no âmbito do trabalho. Não basta apenas buscar suas certificações ou colocar a bandeira do arco íris em suas marcas, é importante priorizar as contratações, sem olhar a orientação e identidade de gênero como critério de exclusão. E mais: são necessárias campanhas efetivas para aceitar e respeitar os LGBTQIA+, tornando assim, o ambiente inclusivo e muito mais saudável”.

Acompanhe nos próximos dias, aqui no site da Contraf-CUT, novas matérias sobre a pesquisa da UNI. A próxima será sobre violência contra LBGTQIA+ no ambiente de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

Sem qualquer debate ou anúncio prévio aos associados, a atual gestão da Cassi altera regras para o reembolso de escolas especiais a pessoas com deficiência. A denúncia foi feita à Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) por Bianca Garbelini, uma associada e mãe de adolescente com dependência grau 3.

“Eu entrei em contato com a Cassi perguntando quais documentos precisava levar para fazer jus ao reembolso para escolas especiais, porque nossa filha já faz uso de outros reembolsos que fazem parte do Programa Bem Viver. Decidimos pedir agora, porque ela vai começar a frequentar um espaço de convivência, de atividades que se enquadram na escola especializada. Foi aí que tivemos essa informação, de que minha filha não estaria mais contemplada neste reembolso, porque ela é enquadrada no grau de dependência 3”, contou a associada. “Nós chegamos a questionar a razão de não ter o reembolso, porque essa possibilidade tinha sido apresentada para nós antes. Então, eles [da Cassi] falaram que houve uma mudança e que, inclusive, estariam revendo todos os benefícios já existentes, porque agora, a partir deste ano de 2022, somente as pessoas com grau 4 de dependência terão o direito ao reembolso da escola”, completou Bianca.

O Programa de Atenção à Pessoa com Deficiência da Cassi, ou “Programa Bem Viver”, foi lançado em dezembro de 2005. “A criação foi uma construção tripartite, entre o Banco do Brasil, Cassi e Apabb [Associação de Pais e Amigos de Pessoas Portadoras de Deficiências dos Funcionários do Banco do Brasil] e reconhecido em todos os fóruns do programa de assistência à pessoa com deficiência”, relembrou Claudio Said, ex-gerente executivo da Cassi. “O objetivo do Bem Viver é promover o acesso da pessoa com deficiência ao atendimento de saúde, na perspectiva de autonomia e inclusão social. Acabar com um dos seus princípios é um ataque direto e covarde à solidariedade existente entre os associados da Cassi”, lamentou.

Nas votações para o Estatuto da Cassi, em 2007, os associados aprovaram a isenção de coparticipação, além do acesso às terapias seriadas sem limite de atendimento, para os associados e seus dependentes com algum grau de deficiência. “A rede de prestadores tem um papel fundamental no complemento da assistência prestada às pessoas com deficiência com resultados fabulosos, se comparado aos gastos. Atualmente, nenhum plano de saúde do mercado garante um programa igual”, pontuou Said.

A Cassi divide em quatro os graus de dependência, do 1 (menor) ao 4 (maior). Os tipos de dificuldades variam entre visual, motor, auditivo, mental/intelectual e múltiplos, subdivididos ainda nas intensidades leve, moderada ou grave. O responsável por determinar em qual grau o associado ou dependente com deficiência se encaixa é o médico da equipe Estratégia Saúde da Família (ESF). “Uma pessoa com grau 3 não tem autonomia suficiente para passar, por exemplo, as tardes sozinha em casa, como é o caso da minha filha. Então, esse benefício do reembolso para garantir que seus filhos estejam em espaços seguros, se desenvolvendo e ganhando, inclusive, autonomia enquanto estamos trabalhando é muito importante para nós”, explica a associada que fez a denúncia.

Para o coordenador da CEBB, João Fukunaga, a alteração das regras de reembolso no Programa Bem Viver, sem publicidade alguma, é mais um sinal do desmonte que a atual direção da Cassi vem promovendo. “Ao longo dos últimos anos estamos recolhendo diversas denúncias de participantes que não receberam o devido tratamento na Cassi. Os atuais diretores e conselheiros apontam uma preocupação exagerada com a contenção de gastos, como se a entidade, que é dos trabalhadores do BB, fosse semelhante aos planos de saúde do mercado. Visão que viola o princípio de solidariedade e isonomia que fizeram da Cassi o maior plano de autogestão do país”, observa.

Fonte: Contraf-CUT