Maio 11, 2025
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O Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil lucraram R$ 69,4 bilhões em 2021. Esse é o maior valor nominal da história. Cresceu 34,8% em comparação com 2020. Os maiores bancos privados do país haviam lucrado mais de R$ 51 bilhões no 1º ano da pandemia de covid-19. O levantamento leva em consideração o lucro líquido recorrente (ou gerencial) das empresas. O Itaú foi o banco com maior lucro: R$ 28,88 bilhões. Também registrou o maior crescimento em relação ao ano anterior, com 45% de alta. Os 3 bancos estão listados na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).

SANTANDER

O banco Santander obteve Lucro Líquido Gerencial de R$ 16,347 bilhões em 2021, alta de 7% em relação a 2020, com rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROAE) de 21,2%. O lucro mundial do banco foi de € 8,654 bilhões, crescimento de 70,3%.

 

O resultado no Brasil representa 26,9% do lucro global, segundo análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em contrapartida, o Santander contribui com o desemprego no país. O banco encerrou 2021 com 48.834 empregados. O saldo entre contratações e demissões foi positivo nos três primeiros trimestres, mas no quarto houve uma redução de 452 postos de trabalho. No ano, o saldo foi positivo, com a abertura de 4.235 postos de trabalho em doze meses. Se considerarmos o período de dez anos (2012 a 2021) houve uma redução de 5.198 postos de trabalho bancário no Santander.

Outro desfalque que o banco causa ao país é o fechamento de agências bancárias. Em 2021 foram fechadas 166 agências bancárias e 27 postos de atendimento bancário (PABs). Mas, ao analisarmos os balanços de todo o período da pandemia, vemos que foram fechadas 341 agências e 128 PABs do Santander. A maior parte destas unidades fechadas era localizada em cidades distantes dos grandes centros de poder econômico do país, ou nas periferias das grandes cidades.

A Carteira de Crédito Ampliada do banco no país teve alta de 11,8% em doze meses e de 1,9% no trimestre, atingindo R$ 536,5 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 20,6% em doze meses, chegando a R$ 210,2 bilhões, com crescimento em todas as linhas e impulsionadas, especialmente, pelo crédito pessoal / outros (+33,9%), crédito imobiliário (+20,5%), por Leasing / Veículos (+17,4%) e por Rural (+14,3%).

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias, incluindo Pessoa Física e Pessoa Jurídica, ficou em 2,7%, com alta de 0,6 pontos percentuais em comparação a 2020. Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) foram reduzidas em 6,8%, totalizando R$ 15,356 bilhões.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço do Santander, ou leia a íntegra da análise, ambos elaborados pelo Dieese.

BRADESCO

O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente, que exclui eventos extraordinários, de R$ 26,215 bilhões, em 2021. O resultado representa alta de 34,7% em relação ao ano de 2020 e queda de 2,3% na comparação do 4º trimestre (R$ 6,613 bilhões) em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 6,767 bilhões).

Em contrapartida, o banco encerrou o ano com 87,274 empregados, fechamento de 2,301 postos de trabalho em doze meses (no trimestre, foram fechados 452 postos de trabalho). No ano, foram encerradas ainda 448 agências, enquanto foram abertas e 273 unidades de negócio.

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

ITAÚ

O lucro líquido do Itaú foi de R$ 26,879 bilhões, um crescimento de 45% em relação ao ano de 2020. No 4º trimestre, o lucro líquido do banco foi de R$ 7,159 bilhões, uma alta de 5,6% em relação aos três meses anteriores, quando o valor foi de R$ 6,779 bilhões. No país, a rentabilidade (retorno recorrente consolidado sobre o patrimônio líquido anualizado – ROE) foi de 19,9%, elevação de 4,6 pontos percentuais (p.p.) no período.

De acordo com o Itaú Unibanco, o resultado se deve ao crescimento e à mudança do “mix” da carteira de crédito da carteira no segmento do varejo, que elevaram em 8,3% a margem financeira com clientes. O aumento dos juros, segundo a instituição, também ampliou a remuneração do capital de giro próprio e a margem de passivos, que se somam ao aumento na margem financeira com o mercado e à redução no custo do crédito no período.

Outros negócios do banco também tiveram crescimento sensível, como carteira de crédito (18,2%, subindo para R$ 1.027 bilhões), operações com pessoas físicas no país (30,2%, para R$ 331,7 bilhões) e operações com pessoas jurídicas (11,3%, para R$ 282,6 bilhões). O segmento de micro e pequenas empresas foi responsável pela movimentação de R$ 149,6 bilhões, valor que representa alta de 23,1%, enquanto a carteira de grandes empresas cresceu apenas 0,6% no período, com um total de R$ 133,1 bilhões. A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 9,3% e alcançou os R$ 43,3 bilhões. As despesas de pessoal, considerada a PLR, por sua vez, cresceram 10,8%, com um total de R$ 24,8 bilhões.

Ao final de 2021, a holding tinha 87.341 empregados no país, com abertura de 3.422 postos de trabalho em doze meses. Esse saldo, porém, se deve a contratações para a área de TI, visando a acelerar o processo de transformação digital, o que levou ao fechamento de 15 agências físicas, reduzidas a 3.026 unidades, e à abertura de 28 agências digitais, que agora são 223 no país. 

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatísticas de Estudos Socioeconômicos (Dieese).



Primeiro de janeiro, o sargento aposentado da Brigada Militar de Ijuí (RS) Vilmar Cabreira, de 57 anos, assassinou com tiros de arma de fogo a esposa Clairane dos Santos, de 40 anos, e a vizinha Fernanda Dornelles Coelho, de 24, durante a madrugada de 1º de janeiro, em São Borja (RS). 17 de janeiro, duas mulheres, mãe e filha, foram mortas a tiros pelo ex-companheiro da mais jovem, na cidade de Passo Fundo. 7 de fevereiro, uma mulher de 26 anos foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre

Cinco corpos de mulheres que tombaram em razão do gênero. No mês de janeiro de 2022, foram registrados 10 feminicídios consumados e 20 tentativas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Observatório Estadual de Segurança Pública do RS.

Uma pesquisa feita pela Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID), do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), divulgada em janeiro deste ano, aponta uma realidade já conhecida: a maioria dos feminicídios são cometidos por companheiros ou ex que não aceitam o fim do relacionamento e acontecem na casa da vítima.

Leia também: Feminicídios aumentam em 2021, e pesquisadora alerta sobre perigo para mulheres do RS

Em 2021, o estado registrou 97 feminicídios, em 2020 foram 80. Pelo levantamento feito pelo projeto Lupa Feminista contra o Feminicídio, foram registrados 99 casos, dois destes de mulheres trans. De acordo com a Associação Nacional dos Travestis e Transexuais (ANTRA), ocorreram cinco transfeminicídios no Rio Grande do Sul em 2021. 

Na última década (2012 até 10 de fevereiro de 2022), foram registrados 954 feminicídios no estado. “Os dados demonstram que o Estado mantém certa estabilidade, em altos patamares, em relação a esses números, com um pequeno recuo somente entre 2012 e 2014. Se tu for olhar o ano de 2018, por exemplo, ocorreram 116 feminicídios no estado”, destaca Thaís Pereira Siqueira, mestre em Psicologia Social e Institucional, psicóloga e consultora de projetos e integrante do Coletivo Feminino Plural, e coordenadora do Lupa.

Em 2020, ano que estourou a pandemia, o Rio Grande do Sul ocupou o 4º lugar no país em números de feminicídios. 

Levantamento TJ-RS

O levantamento realizado pelo TJ-RS analisou o perfil de vítimas e agressores envolvidos em 176 processos que tramitam na Vara Especializada de Feminicídios da Comarca da Capital.

:: Força-tarefa de combate a feminicídios organiza ações no Rio Grande do Sul ::
 
Segundo a pesquisa, dos 176 processos, 34 envolvem feminicídios consumados. Em 69% dos casos, as tentativas ou assassinatos de mulheres envolvem os ex ou companheiros atuais das vítimas.

Dos crimes que acontecem nas casas das vítimas, 58% são motivados pela inconformidade com o fim dos relacionamentos e por sentimentos de posse e de ciúmes. Em 86% dos casos, as mulheres não contavam com Medidas Protetivas de Urgência (MPU). A maior parte são mulheres jovens de 18 a 38 anos, 63% brancas e 22% negras. Já os réus, 79% são brancos e 16% negros. As armas utilizadas nesse tipo de crime são as brancas (53%), de fogo (19%) ou as próprias mãos (17%).

“Os ex-companheiros serem os principais agressores, no caso assassinos (feminicidas), é uma questão de muito tempo já. A casa é identificada para as mulheres e crianças brasileiras como o local mais violento. Enquanto os homens estão vinculados à violência urbana, as mulheres nas suas mortes e diversos tipos de violência estão vinculadas à vida doméstica. Essa já é uma situação conhecida, o machismo aponta o quanto o corpo da mulher e suas vontades estão sujeitas à morrer em virtude do comportamento de companheiros”, salienta coordenadora da Força-Tarefa Interinstitucional de Combate aos Feminicídios, Ariane Leitão.

Conforme destaca Thais, é preciso estar atento aos feminicídios íntimos quanto a outros tipos de feminicídio. De acordo com o Anuário de Segurança Pública de 2021, ocorreram 3.913 homicídios de mulheres no país em 2020. Desse universo, 1.350 foram considerados feminicídios, os demais foram considerados homicídios de mulheres.

Leia também: Projeto Maria da Penha Vai à Escola vai integrar política nacional de combate ao feminicídio

“14,7% dos homicídios de mulheres foram cometidos por parceiro ou ex-parceiro e não foram considerados feminicídio. Foram em números brutos, 377 mulheres que foram mortas por alguém com quem possuíam um vínculo íntimo, mas que não foram situações consideradas feminicídio. Por isso as Diretrizes Nacionais para investigar, processar e julgar com perspectiva de gênero as mortes violentas de mulheres são tão importantes e devem ser seguidas pelos órgãos de segurança pública e justiça”, expõe. 

Casa de abrigo a local de risco 

Além das consequências sociais, econômicas, a pandemia aprofundou a violência doméstica. Como destaca o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as mulheres sofreram mais violência dentro da própria casa e os autores de violência são pessoas conhecidas da vítima. Uma em cada quatro mulheres brasileiras (24,4%) acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência ou agressão. 

O relatório anual da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS), divulgado ano passado, mostra que, de outubro de 2020 a setembro de 2021, o número de peticionamentos (pedidos feitos pelos defensores públicos à Justiça), envolvendo violência doméstica, aumentou 257%. No total, foram 25 mil peticionamentos na área. A violência doméstica também foi o sétimo assunto mais frequente dos atendimentos, sendo responsável por 17 mil registros, contra 10 mil do período anterior – um aumento de 70%.

“O que a gente sabe também é que aumento na verdade é a ponta do iceberg. Porque o número de subnotificações é muito alto. Estima-se que haja quatro subnotificações para cada caso que chegue no sistema de justiça, que entra pela porta da delegacia de polícia. Então se sabe que os números reais da violência doméstica lamentavelmente são muito maiores do que esses”, enfatiza a defensora pública Luciana Artus Schneider. 

Para a defensora, o isolamento resultante da pandemia agravou o quadro de conflitos domésticos. “O período pandêmico causou um empobrecimento das famílias gerado pelo alto índice de desemprego, pela inflação, a diminuição do poder de compra, aumento do preço das cestas básicas, gás de cozinha. Essa questão do empobrecimento também potencializou os conflitos dentro das famílias. A pandemia serviu então como um gatilho para o aumento de casos de violência doméstica. O excesso de convivência dentro de um ambiente acaba potencializando conflito ao invés de potencializar uma convivência sadia e harmoniosa dentro da família”, acredita.

Ausência de políticas para as mulheres

Com o advento da Lei Maria da Penha, uma rede para enfrentar à violência contra as mulheres foi se criando e sedimentando com as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), os Centros de Referência, que formam a porta de entrada para uma mulher em situação de violência buscar ajuda, assim como Unidades Básicas de Saúde, CRAS, CREAS, hospitais, Brigada Militar, defensoria pública. 

:: Após 15 anos, Lei Maria da Penha ainda esbarra em dificuldades para sua execução ::

Apesar de haver uma estrutura, a rede de proteção foi sendo afetada pelo desmonte das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres. No estado, esse desmonte teve início em 2015 com a extinção da Secretaria de Políticas para Mulheres e a total desarticulação da Rede Lilás. 

“Alguns Centros de Referência e abrigos, por exemplo, foram ou estão sendo fechados. O Centro de Referência Estadual Vânia Araújo, por exemplo, foi fechado e a equipe se encontra trabalhando na garagem do CAFF (Centro Administrativo Fernando Ferrari). Hoje nós temos alguns serviços, mas não temos rede de fato, o que pressupõe um trabalho articulado que prevê estratégias efetivas de prevenção e políticas públicas com assistência qualificada às mulheres”, aponta Thais. 

Para Ariane, o aumento da violência como também dos casos de feminicídio refletem a ausência de políticas para as mulheres e uma rede de atendimento aqui no RS. “Infelizmente, perdemos 97 mulheres no ano passado, mesmo denunciando e fazendo todo um trabalho de enfrentamento, não foi possível identificar nenhuma ação concreta do governador para enfrentar os feminicídios, ao contrário, só mais desarticulação da Rede Lilás”, frisa. Ela também destaca a não aplicação de recursos públicos para garantia de direitos humanos de mulheres e crianças.

Saiba mais: Falta de recursos e de políticas para mulheres agravam violência na pandemia

“É uma opção politica e ideológica deste governo. O governo Eduardo Leite sabe bem o que faz: a não articulação das políticas públicas, a falta de posse para o Conselho Estadual da Mulher, a ausência de orçamento para este espaço que fiscaliza as políticas públicas”, enumera. Ela também alertou para o descaso do governo federal, que vem cortando verbas de forma permanente para as políticas públicas para as mulheres, sobretudo as que enfrentam violência.

“A Lei Maria da Penha e as Diretrizes Nacionais de acolhimento às vítimas de violência, que é um documento nacional que não foi revogado, elaborado durante a época da existência do Ministério das Mulheres, determinam a destinação de orçamento. Enquanto essas normativas não forem cumpridas nós vamos continuar tendo um aumento nos feminicídios no RS e de todas as formas de violência contra a mulher”, frisa Ariane.

"É urgente o aumento de casas de acolhimento para as mulheres"

Para a defensora Luciana, ainda há muito que crescer e evoluir em termos de rede. “Nós vemos na prática que para a mulher sair do ciclo de violência ela precisa desse empoderamento, desse apoio. Tem muitas mulheres que não separam, que não saem do relacionamento por medo, pelo risco de perder os filhos. E isso é uma ideia que precisa ser desconstruída. É ai que entra a educação em direitos, muito importante para que aquela mulher, através da informação saiba os seus direitos e não tenha receio, não tenha que se submeter a um relacionamento abusivo por medo”, enfatiza, destacando a urgência do aumento de casas de acolhimento para as mulheres, especialmente no Interior.

“Precisaria de um lugar para ficar, protegido e preparado para recebê-la. Muitos municípios fazem convênios com hotel, pousada para suprir aquilo que mais se tenta evitar, que eu mesma já presenciei, que é uma mulher, com seus filhos pequenos dormindo no chão de uma delegacia de polícia. Isso nós não podemos admitir”, finaliza. 

Do início deste ano até o momento, o Lupa Feminista contra o Feminicídio identificou através da imprensa, no mínimo 12 mulheres assassinadas por serem mulheres. “Somente com uma rede forte, articulada e estabelecida poderemos enfrentar de fato as situações de violência e realizar trabalho preventivo. Em nível nacional, temos um governo federal que não trabalha a favor das mulheres, ao contrário, quer revogar direitos e diminui cada vez mais o orçamento para as políticas para as mulheres”, afirma Thais. 

Clique aqui ara acessar os dados do Lupa Feminista

De acordo com a psicóloga, o trabalho vem sendo realizado de forma desarticulada entre os serviços existentes. “Os serviços direcionados às mulheres possuem cada vez menos importância. Vemos as equipes trabalhando e fazendo o que podem para manter os serviços em funcionamento. A política do governo estadual está concentrada na segurança pública, que é importantíssima, porém é insuficiente para o enfrentamento da violência contra as mulheres”, enfatiza. 

“Nós já sabemos onde essas mulheres estão, onde a violência acontece e o perfil desses agressores. Nós precisamos trabalhar também do ponto de vista da prevenção, atuando nas escolas, com os grupos reflexivos de gênero (que a Lei Maria da Penha determina), que faz com o que os homens pensem sobre a violência”, conclui Ariane.

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

O desgoverno de Jair Bolsonaro continua levando adiante a política do “passa boiada”, defendida pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Dessa vez, com o financiamento de tratores e de outras máquinas agrícolas para produtores rurais em dívida com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A descoberta foi feita pelo site Repórter Brasil.

Os financiamentos eram operados pelo Banco John Deere, divisão financeira da fabricante de equipamentos agrícolas do mesmo nome. As cifras chegam a R$ 28,6 milhões em empréstimos para cinco produtores com embargos junto ao Ibama, o que é expressamente proibido por determinação do Banco Central, através da Resolução CMN nº 4.883, de 23 de dezembro de 2020.

Mas, o descaso com a lei e a distribuição de benesses com o dinheiro público, que deveria estar financiando pequenos produtores e a agricultura familiar, não param. Além dos quase R$ 29 milhões distribuídos a embargados pelo Ibama, outros R$ 39,7 milhões foram emprestados a 11 fazendeiros, todos multados por desobediência aos códigos ambientais num total de R$ 31,4 milhões.

Num dos casos, o BNDES socorreu uma grande produtora de soja com nada menos do que R$ 4,5 milhões, entre os anos de 2016 e 2019. Em 2021, o Ibama embargou o imóvel da produtora após descobrir o desmatamento de 1.188,618 hectares de floresta nativa no Bioma Amazônico, em Área de Reserva Legal, sem a autorização do órgão ambiental competente. A mesma produtora, acumula cerca de R$ 18 milhões em multas por destruição do meio ambiente, montante que jamais foi pago.

Estudos mostraram que a regra do Banco Central impedindo financiamento para terras embargadas na Amazônia protegeu, entre 2008 e 2011, cerca de 2.700 km², que deixaram de ser devastados. Mas, com a chegada ao poder do capitão reformado, as normas e as regras de proteção ao meio ambiente passaram a ser ignoradas. Isto permitiu que o segundo maior devedor de multas ambientais fosse aquinhoado com quase R$ 7 milhões e empréstimos, mesmo que ele tenha sido responsável pelo desmatamento de 2 mil hectares de vegetação nativa no Cerrado, incluindo área na Unidade de Conservação Parque das Nascentes do Rio Parnaíba, na divisa dos quatro estados que formam o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a nova fronteira agrícola brasileira e condenado a 2 anos de cadeia em 2020, pena que foi substituída por multas e prestação de serviços comunitários.

As máquinas agrícolas adquiridas no Brasil são, em sua grande maioria, 65%, custeadas pelo dinheiro público vindo do BNDES e a John Deree é a líder mundial no segmento, tendo no mercado brasileiro seu segundo maior comprador. O Banco John Deree, que opera os empréstimos concedidos pelo BNDES foi o terceiro em financiamentos pelo Plano Safra nos últimos 10 anos. Todo este domínio do mercado agrícola e toda a tecnologia presente nas máquinas da empresa (segundo Paulo Herrmann, presidente da marca no Brasil, é possível saber onde está um equipamento com precisão de 2 centímetros) não foram suficientes para que a empresa descobrisse que estava vendendo para fazendeiros com histórico de sonegadores e crimes ambientais.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de questionamento da Comissão de Organização dos Empregados (COE/BMB), o Banco Mercantil do Brasil garante que não haverá demissões em massa por causa da transformação de agências em Postos de Atendimento. Funcionários, clientes e usuários do Banco Mercantil do Brasil foram surpreendidos, na última sexta-feira (10), com cartazes afixados nas unidades bancárias, com o anúncio de transformação de agências em Postos de Atendimento Avançado. As mudanças vão valer a partir do dia 14 de março de 2022. As unidades atingidas pelas transformações serão Juiz de Fora e Divinópolis, em Minas Gerais, e Araras, Limeira, Campinas e Bragança, em São Paulo.

“Os trabalhadores e os sindicatos estão alertas e mobilizados para cobrar da direção do Mercantil do Brasil que mantenha a sua palavra de que a transformação de agências em PAAs não acarretará em demissões em massa de pais e mães de família, o que, consequentemente, poderia impactar negativamente o atendimento aos milhares de clientes e usuários, que diariamente necessitam de ajuda dos funcionários nas transações bancárias nas agências”, garantiu Marco Aurélio Alves, coordenador Nacional da Comissão de Organização dos Empregados do Banco (COEBMB).

A COE/BMB também denunciou à direção do banco que os funcionários das agências do Mercantil do Brasil estão sendo obrigados a cobrir horário de almoço dos vigilantes e a controlar acesso de porta giratória, desviando totalmente sua função bancária, o que é proibido por lei. A Comissão aguarda pronunciamento oficial do banco sobre a regularização e volta dos vigilantes para cobrir a demanda nesse horário.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região

Banco Central (BC) voltou a disponibilizar um site para a consulta de dinheiro esquecido em bancos e instituições financeiras. Desde a meia-noite desta segunda-feira (14), é possível fazer a pesquisa no Sistema Valores a Receber (SVR) por meio do endereço — valoresareceber.bcb.gov.br.

Com o novo site, as pessoas que tiverem valores a receber, informados no momento da consulta, podem confirmar o montante e solicitar a transferência em março, dependendo da sua data de nascimento ou de criação da empresa (no caso de CNPJ).

Para ajudar a encontrar esse dinheiro que nem sabia que existia, o CNN Brasil Business preparou um passo a passo para auxiliar na hora da consulta. Confira:

Como consultar se tem dinheiro esquecido nos bancos

Ao fazer a consulta no site do Banco Central, se tiver dinheiro esquecido em bancos e instituições financeiras, o consumidor será informado da data e período para solicitar o resgate do saldo existente e saber o montante.

As datas serão agendadas de acordo com o ano de nascimento da pessoa ou da criação da empresa. Confira o calendário abaixo:

Se não comparecer na data e período informado, será necessário voltar no sábado da repescagem, de acordo com o calendário acima. A repescagem vai funcionar durante todo o dia, das 4h às 24h, informou o BC.

Se o usuário também perder o sábado de repescagem, poderá consultar ou solicitar o resgate do saldo existente a partir de 28 de março.

Mesmo se você não consultar ou solicitar o resgate do saldo existente em todas essas datas, isso não afeta o direito sobre os recursos a devolver. Eles continuarão guardados pelas instituições financeiras, esperando a solicitação do resgate.

Como resgatar os valores

  1. Será preciso se cadastrar no site Gov.br. O cadastro é feito no site ou pelo aplicativo Gov.br
  2. A conta Gov.br tem três níveis de segurança e acesso: bronze, prata e ouro. Será necessário ter nível prata ou ouro para consultar e solicitar os recursos
  3. Depois, volte ao site valoresareceber.bcb.gov.br na data e período informados e use seu login Gov.br para acessar o sistema, consultar e solicitar o resgate do saldo existente

Fonte: CNN

De 14 a 17 de fevereiro estará disponível o site https://eleicaoca.caixa.gov.br/siele/ para a escolha do representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa.
 
A votação será pela internet, e todos os empregados ativos podem participar.
 
O pleito ocorre das 8 horas do dia 14 de fevereiro até as 19 horas do dia 17 de fevereiro (horário de Brasília).
 
Siga o passo a passo e saiba como votar.

O lucro líquido do Itaú foi de R$ 26,879 bilhões, um crescimento de 45% em relação ao ano de 2020. No 4º trimestre, o lucro líquido do banco foi de R$ 7,159 bilhões, uma alta de 5,6% em relação aos três meses anteriores, quando o valor foi de R$ 6,779 bilhões. No país, a rentabilidade (retorno recorrente consolidado sobre o patrimônio líquido anualizado – ROE) foi de 19,9%, elevação de 4,6 pontos percentuais (p.p.) no período.

De acordo com o Itaú Unibanco, o resultado se deve ao crescimento e à mudança do “mix” da carteira de crédito da carteira no segmento do varejo, que elevaram em 8,3% a margem financeira com clientes. O aumento dos juros, segundo a instituição, também ampliou a remuneração do capital de giro próprio e a margem de passivos, que se somam ao aumento na margem financeira com o mercado e à redução no custo do crédito no período.

Outros negócios do banco também tiveram crescimento sensível, como carteira de crédito (18,2%, subindo para R$ 1.027 bilhões), operações com pessoas físicas no país (30,2%, para R$ 331,7 bilhões) e operações com pessoas jurídicas (11,3%, para R$ 282,6 bilhões). O segmento de micro e pequenas empresas foi responsável pela movimentação de R$ 149,6 bilhões, valor que representa alta de 23,1%, enquanto a carteira de grandes empresas cresceu apenas 0,6% no período, com um total de R$ 133,1 bilhões. A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 9,3% e alcançou os R$ 43,3 bilhões. As despesas de pessoal, considerada a PLR, por sua vez, cresceram 10,8%, com um total de R$ 24,8 bilhões.

Ao final de 2021, a holding tinha 87.341 empregados no país, com abertura de 3.422 postos de trabalho em doze meses. Esse saldo, porém, se deve a contratações para a área de TI, visando a acelerar o processo de transformação digital, o que levou ao fechamento de 15 agências físicas, reduzidas a 3.026 unidades, e à abertura de 28 agências digitais, que agora são 223 no país. “Esse resultado do banco que parece excelente, na verdade reflete a difícil situação econômica do Brasil; a alta dos juros, por exemplo, foi um dos fatores responsáveis pela elevação do lucro da instituição”, explica Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú. Outro ponto que ele ressalta é com relação ao aumento de empregados. “As contratações estão vinculadas ao crescimento de agências digitais, voltadas para a área de tecnologia. Nas agências houve diminuição de funcionários, e aqueles ficaram estão com acumulo de funções, assim, esse lucro é também fruto da sobrecarga de trabalho que funcionários do Itaú estão tendo”, completa o coordenador.

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatísticas de Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco cobrou, da entidade, mais rigor no protocolo de segurança sanitária para garantir a saúde e a vida da categoria, além de reduzir a propagação e o contágio da população pelo vírus da Covid-19 e suas variantes. A representação dos trabalhadores também solicitou a suspensão de visitas a clientes neste momento de alta de casos de infecção; o controle de acesso às agências bancárias, para garantir o distanciamento dos clientes e funcionários; o fornecimento de máscaras N95, que são compatíveis com o alto índice de contágio; e a testagem de todos os trabalhadores da agência, bancários e terceirizados.

A coordenadora da COE Bradesco, Magaly Fagundes, lembrou que a pandemia não acabou. “Precisamos manter a atenção nos protocolos obtidos graças à atuação do movimento sindical. Por isso, cobramos do banco mais rigor nas medidas de segurança para garantir a saúde e a vida dos bancários e clientes, além de evitar a disseminação da doença para a sociedade.”

A COE Bradesco cobra ainda o cumprimento do protocolo de afastamento e o fechamento de agências e a sanitização adequada em casos de contaminação de bancários e terceirizados.

O banco informou que medidas estão sendo revistas – como o processo de sanitização, que está mais célere, devido à utilização de um novo produto que permite a abertura da agência 45 minutos após sua aplicação – e firmou o compromisso de responder às demandas apresentadas. O Bradesco se comprometeu também a reforçar a importância com a atenção aos protocolos a todos os funcionários do banco.

Grupo de risco

O Bradesco solicitou o início das tratativas para o retorno ao trabalho presencial do grupo de risco. O movimento sindical conquistou a manutenção do grupo de risco em home office até a primeira semana de março. O banco assumiu o compromisso de se reunir com os representantes      dos trabalhadores, após o carnaval, para negociar o tema.

A COE voltou a reivindicar também o acordo de teletrabalho, que até o momento não foi aplicado pelo Bradesco.

Fonte: Contraf-CUT

A Faculdade 28 de Agosto oferece seu primeiro curso totalmente à distância sobre os conceitos de Inteligência Emocional, Mindset e Psicologia Positiva aplicados ao cotidiano do ambiente profissional e pessoal. O curso, que acontece nos dias 15, 17, 22 e 24/02, é oferecido com desconto para todos os sócios de sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que é o caso do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense. 

Para fazer inscrições, abertas até 14 de fevereiro, o interessado deve acessar o site. Para tirar dúvidas deve entrar em contato via WhatsApp. O curso será realizado mediante o número mínimo de inscritos.

Maurício Lambiasi é quem ministra as aulas. Além de professor, hoje ele atua como consultor, já tendo trabalhado 37 anos no Banco do Brasil nas áreas de processos, negócios e gestão de pessoas. Lambiasi também é pós-graduado em Administração Geral pela FEA-USP, mestre em Recursos Humanos pela Mackenzie, graduado em Psicologia Clínica pela Universidad Latinoamericana de México e, por fim, doutorando em Ciencias Empresariales y Sociales pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales de Buenos Aires.

Veja a grade

R$100,00 – R$200,00.
Carga horária: 8 horas.
04 encontros virtuais de 2h cada, às terças e quintas-feiras, das 19h30 às 21h30.
Certificado com 75% de frequência.
Pré-requisitos: Não há.

Módulo I – Inteligência Emocional

  • O cérebro humano
  • O cérebro emocional
  • A natureza da inteligência emocional
  • Como expandir sua inteligência emocional.
  • Como usar sua inteligência emocional nas relações com as outras pessoas
  • Atenção Plena – Mindfulness
  • Exercícios

Módulo II – Mindset

  • Os mindsets
  • Por dentro dos mindsets
  • A verdade sobre aptidão e realização
  • Mindset: negócios, esporte, relacionamentos
  • Mudança de mindset
  • Exercícios

Módulo III – Psicologia Positiva

  • O que é Psicologia Positiva
  • Psicologia Positiva em contexto
  • Estados e processos emocionais positivos
  • Estados e processos cognitivos positivos
  • Comportamento pró-social
  • Compreendendo e mudando o comportamento humano
  • Ambientes positivos
  • Exercícios
  • Objetivos Proporcionar ao interessado a compreensão dos conceitos de Inteligência Emocional, Mindset e Psicologia Positiva, bem como sua aplicabilidade para a realidade atual, uma vez que as intensas e rápidas transformações que vem ocorrendo na sociedade, em escala global, indicam as necessidades das pessoas agirem com equilíbrio e postura positiva perante a vida para poder evoluir pessoal e profissionalmente, com qualidade de vida.
  • Compreender como desenvolver a Inteligência Emocional e a sua aplicação para conhecer a si mesmo e o outro de forma a garantir, além do próprio crescimento nos âmbitos pessoal e profissional, o desenvolvimento de relações interpessoais saudáveis e duradouras.
  • Compreender como desenvolver um Mindset de crescimento para a superação de desafios e obtenção de êxito pessoal e profissional.
  • Compreender a importância da Psicologia Positiva para a obtenção de emoções positivas, qualidade das relações humanas aplicando a empatia, altruísmo, gratidão, vínculos e amor, de modo a desenvolver uma postura positiva perante a vida, com consequente desenvolvimento pessoal e profissional.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente, que exclui eventos extraordinários, de R$ 26.215 bilhões, em 2021. O resultado representa alta de 34,7% em relação ao ano de 2020 e queda de 2,3% na comparação do 4º trimestre (R$ 6.613 bilhões) em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 6.767 bilhões).

Em contrapartida, o banco encerrou o ano com 87.274 empregados, fechamento de 2.301 postos de trabalho em doze meses (no trimestre, foram fechados 452 postos de trabalho). No ano, foram encerradas ainda 448 agências, enquanto foram abertas e 273 unidades de negócio.

“O banco continua aumentando seus lucros em plena pandemia do coronavírus graça aos esforços dos trabalhadores. Mesmo assim, ao invés de reconhecimento, eles recebem muita cobrança de metas altíssimas e, quando não consegue atingi-las, correm o risco de demissão. O Bradesco precisa rever sua política de metas e ter mais responsabilidade social”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organiza dos Empregados (COE) Bradesco. Ela lembrou que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) terá o pagamento do teto na próxima sexta-feira (11).

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT