Maio 16, 2025
Imprensa

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O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício para o Ministério Público do Trabalho (MPT) solicitando a mediação do órgão sobre o pagamento dos valores referentes à promoção por mérito na Caixa Econômica Federal.

O banco estipulou um critério que exclui os empregados que aderiram à paralisação/greve para reivindicar que o banco corrigisse os valores referentes à Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) pagos a menor.

“O banco lançou este dia como sendo uma falta injustificada, mas a Justiça reconheceu o direito de greve e, inclusive, determinou fosse mantido um percentual mínimo de funcionamento das agências”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também secretária de Cultura da Contraf-CUT. “E, além disso, o banco foi comunicado com antecedência prevista em lei sobre a paralisação. Ou seja, não se trata de uma falta injustificada, como o banco tenta alegar”, completou.

Negociação prevista no ACT

O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados da Caixa Econômica Federal 2020/2022 estabelece que as promoções por mérito (também conhecidas como deltas), referente ao ano base 2021, terão as regras negociadas com as entidades representativas dos empregados. Porém, a negociação chegou a um impasse, diante da insistência da Caixa de não conceder o delta para os trabalhadores que apresentarem “falta não justificada”.

“O que o banco quer é punir os empregados que participaram do movimento paredista. Nos anos anteriores, apenas não eram beneficiados pelas promoções no quesito de faltas àqueles que contavam com três ou mais faltas não justificadas”, ressaltou a coordenadora a CEE/Caixa, ao dizer que a alteração promovida pela Caixa mostra sua intenção de punir quem participou da paralisação/greve pela reivindicação das diferenças no valor da PLR Social paga aos empregados.

“Isso é perseguição política! É prática antissindical, condenada por lei”, concluiu Fabiana.

Fonte: Contraf-CUT

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), das quais o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense é filiado, repudia a liberação do uso de máscaras em locais fechados, anunciada por diversos estados e cidades.

“Com o aumento dos casos na Europa e na Ásia, é bom mantermos a atenção e os cuidados, principalmente, nas agências bancárias, que são lugares fechados e sem ventilação natural. A saúde de bancárias e bancários é nossa prioridade", afirmou Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

“Manter uso de máscara, especialmente em locais fechados, é essencial. Europa e Ásia voltam a preocupar. Ambientes bancários não têm ventilação natural. É irresponsabilidade liberar uso neste momento, principalmente sem qualquer embasamento científico”, afirma Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Para o cientista Miguel Nicolelis, remover as máscaras e tentar mascarar a verdade, seja sobre o estado real da pandemia no Brasil e no mundo, ou tentar confundir a sociedade com a falsa dicotomia epidemia x endemia é literalmente atentar contra a saúde e o bem-estar de dezenas de milhões de brasileiros. “Este é um vírus para não se ter nunca. Nem de forma assintomática, branda ou leve. Ele pode causar múltiplas complicações crônica graves que reduzem a qualidade de vida para sempre e podem ser fatais”, disse ao lembrar que todo o mundo vai ter que lidar nos próximos anos e décadas com milhões de pessoas sofrendo de consequências graves desta pandemia. “Como ela não acabou, quanto mais pessoas se infectarem pelo descaso das autoridades, mais casos de covid crônica ocorrerão no futuro”, completou.

Nicolelis acredita que todas essas medidas precoces são motivadas por estarmos num ano eleitoral. “Pelo seu bem e pelo bem dos seus familiares e da sociedade como um todo, mantenha o uso das máscaras, evite ao máximo aglomerações, vacine-se e não ceda à tentação de achar que o normal voltou só porque políticos incompetentes e irresponsáveis decretaram. O preço desta rendição incondicional é caro demais: a qualidade da sua vida futura – ou a falta dela – está em jogo. Use máscaras e diga não ao absurdo”, aconselha o cientista.



As eleições Cassi ocorrem até o dia 28 de março, segunda-feira.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense está apoiando as chapas “Unidos por uma Cassi Solidária”.
 
São duas votações: uma para a Diretoria de Risco Populacional, Saúde e Rede de Atendimento e Conselho Deliberativo e outra para o Conselho Fiscal, ambas com mandatos de junho de 2022 a maio de 2026.
 
Vote 6 para a primeira votação e 77 para a segunda.

É de extrema importância a participação de todas e todos que estão aptos a votar.

PARA VOTAR

Podem votar associados da Cassi, entre eles funcionários da ativa, aposentados e pensionistas. Os votos podem ser registrados via sistemas TAA e Sisbb, ou por meio do site e do aplicativo da Cassi.

As chapas são apoiadas pelo movimento sindical e incluem em seus princípios de defesa a solidariedade e a promoção de saúde sustentável.

 

Os acordos salariais têm mantido a tendência de ficar abaixo da inflação, que por sua vez segue sua trajetória de alta. De 119 reajustes com data-base em fevereiro analisados pelo Dieese, 60,5% ficaram abaixo da variação acumulada do INPC-IBGE. Segundo os dados, preliminares, outros 15,1% tiveram índice equivalente ao da inflação e 24,4% conseguiram aumento real.

Já a variação real (média dos reajustes após descontada a inflação) segue negativa. Em fevereiro, ficou em -0,98%.

Dieese aponta um “agravamento do quadro” após ligeira melhora em janeiro. O reajuste necessário para acordos com data-base em março subiu para 10,80%, ante 10,60% no mês anterior e 10,16% no primeiro mês de 2022. “A situação tende a piorar nos próximos meses, em função do impacto da guerra na Ucrânia sobre o preço dos combustíveis e da alimentação”, alerta o instituto.

Pisos superam salário mínimo em 13%

No total do primeiro bimestre, os resultados mostram algum equilíbrio. São 37% dos reajustes abaixo do INPC, 32% acima e 31% equivalentes à inflação. A variação média também é negativa: -0,48%.

A situação é um pouco melhor na indústria, setor em que 39% dos reajustes no bimestre tiveram ganho real e 34% empataram com a inflação. Nos serviços, os aumentos reais contemplaram 30%, enquanto 43% ficaram abaixo do INPC. No comércio, metade dos acordos equivaleram à inflação.

O valor médio dos pisos salariais registrados em acordos coletivos de fica, até agora, em R$ 1.370,84. Ou 13,1% acima do salário mínimo oficial (R$ 1.212).

Confira aqui a íntegra do boletim do Dieese.

Fonte: Rede Brasil Atual

O pagamento do abono salarial referente ao ano-base 2020 está sendo feito, por lotes, desde o dia 8 de fevereiro e será finalizado em 31 de março. O benefício vale para quem trabalhou formalmente durante pelo menos 30 dias no ano de referência, recebendo mensalmente a média de até dois salários mínimos.   

Quem deve sacar nesta segunda (21)?

No momento, os trabalhadores da iniciativa privada nascidos em agosto recebem pela Caixa Econômica Federal. Já o Banco do Brasil paga neste momento aos trabalhadores do setor público que têm o 7 como o último dígito da inscrição do servidor. O saque pode ser feito até esta segunda-feira (21). 

Novo lote

A partir de terça-feira (22), um novo lote será distribuído. Será a vez dos trabalhadores do setor privado nascidos em setembro e os do setor público cujo número de inscrição termina com 8. 

Calendário para trabalhadores da iniciativa privada: 


Do dia 17 ao 21 de março, podem sacar o abono aqueles que fazem aniversário no mês de agosto / Agência Brasil

Calendário para servidores públicos:


Os trabalhadores do serviço público com inscrição terminada em 7 têm até o dia 21 de março para sacar o abono / Agência Brasil

Quem pode sacar o abono salarial? 

O abono de até um salário mínimo é pago para trabalhadores inscritos no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há ao menos cinco anos.  

Têm direito ao benefício as pessoas com vínculo empregatício com uma empresa. Não estão incluídos, por exemplo, os jovens aprendizes ou trabalhadores domésticos que são empregados por pessoas físicas.  

São cerca de R$20 bilhões que, vindos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), devem ser distribuídos entre 22 milhões de pessoas no Brasil.

Fonte: Brasil de Fato

Em reunião entre o movimento sindical e o Santander, na manhã desta sexta-feira (18) foram tratados o retorno ao trabalho e horas extras negativas. A Comissão dos Empregados (COE) encaminhou ao RH do Santander uma carta com reivindicações fundamentais a serem consideradas no caso de retorno ao trabalho, sendo de muita preocupação o retorno de pessoas com comorbidades graves, grávidas, não vacinados entre outros.

Veja trechos da carta e suas reivindicações

Retorno do Grupo de Risco Os bancários do grupo de risco têm recebido convocação de retorno ao trabalho presencial, para até 04/04/2022. A pandemia continua e não há indícios de que a Organização Mundial de Saúde decretará o seu fim em futuro próximo. Portanto, todos os cuidados devem ser mantidos.

Apesar das mortes terem sido bastante controladas, graças à vacinação, não se pode dizer o mesmo quanto ao número de casos. Esse fato é importante, pois termos cada vez mais evidências de ocorrência de efeitos tardios e sequelas das mais variadas ordens.

Não podemos banalizar a possível contaminação e proliferação da doença, mesmo que o número de mortos tenha caído. Segundo a Portaria 14 do Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho e Previdência, as empresas devem definir protocolos atualizados, que contemplem:

• Medidas que visem à prevenção da ocorrência de COVID-19, bem como à detecção precoce dos casos; afastamento imediato dos infectados e contactantes; testagem dos contactantes e suspeitos; e monitoramento dos doentes. Ademais, deve conter a estratégia de testagens periódicas de maneira a identificar infectados assintomáticos que disseminem o vírus entre os colegas e clientes.

• Os protocolos devem incluir medidas que propiciem a adequada ventilação e renovação do ar nos ambientes de trabalho, incluindo áreas de pausas e banheiros, dimensionamento do número de pessoas em cada ambiente de trabalho de forma a se evitar aglomerações ou pessoas próximas umas das outras. Máscaras PFF2 ou N95 devem ser fornecidas e/ou custeadas pelas empresas. Grupo de Risco Mesmo com a dose de reforço da vacina, as pessoas inseridas e ou classificadas como grupo de maior risco para a Covid-19 podem ter agravamento da doença e inclusive a morte. Portanto, os protocolos de prevenção para estas pessoas devem se manter reforçados e continuados até o fim da pandemia.

O Movimento Sindical é contrário ao retorno presencial destes trabalhadores, uma vez que sua condição de saúde não está em sua governabilidade pessoal e cabe ao Santander, como empregador, garantir segurança no ambiente de trabalho. Os representantes dos funcionários reivindicam entre outras medidas:

1. Os trabalhadores portadores das doenças classificadas na Portaria 14 (conforme abaixo descrito) sejam dispensados do trabalho presencial, pois nestes casos, a contaminação pode resultar em óbito e ou sequelas gravíssimas e irreversíveis;

2. São consideradas condições clínicas de risco para desenvolvimento de complicações da COVID-19: cardiopatias graves ou descompensadas (insuficiência cardíaca, infartados, revascularizados, portadores de arritmias, hipertensão arterial sistêmica descompensada); pneumopatias graves ou descompensadas (dependentes de oxigênio, portadores de asma moderada/grave, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC); imunodeprimidos; doentes renais crônicos em estágio avançado (graus 3, 4 e 5); diabéticos, conforme juízo clínico, e gestantes de alto risco.

3. O trabalho remoto deve ser mantido para o máximo de pessoas possível;

4. As pessoas não vacinadas e/ou grávidas e puérperas devem ser mantidas em trabalho remoto;

5. Que o banco suspenda a obrigatoriedade de assinatura e adesão ao termo de responsabilidade, imposta aos trabalhadores NÃO vacinados, pois não se trata de responsabilidade individual e sim coletiva e institucional;

6. As pessoas em trabalho presencial infectadas devem ter a CAT emitida, com exceção dos casos em que a relação entre o trabalho e a doença possa ser descartada e devidamente comprovada;

7. O banco deve manter campanha interna permanente de estímulo à vacinação; • Todos os trabalhadores convocados para retornar devem apresentar laudo do médico assistente que defina as condições de retorno. Caso o laudo impeça o retorno, o mesmo deve ser respeitado e estes trabalhadores mantidos em trabalho remoto;

8. Todos os trabalhadores devem ser submetidos ao exame periódico com o médico do trabalho, antes do retorno;

9. Solicitamos número atualizado, por unidade da federação, de funcionários classificados como grupo de risco. Não é necessário identificar o trabalhador nem a doença que porta.

Horas extras negativas

O acordo assinado com o movimento sindical prevê compensação das horas negativas até Setembro 2022, porém o acúmulo de horas por parte dos funcionários é superior a possibilidade de compensação diária permitida.

O banco sinaliza com extensão do prazo de compensação, e a COE pede anistia das horas restantes ou pelo menos parte delas.

O assunto não se encerrou e será discutido em reuniões futuras.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos e Região

 

O assassinato do congolês Moïse Kabagambe a pauladas na Barra da Tijuca; a morte a tiros de Durval Teófilo Filho, em São Gonçalo, que implorou para que o seu vizinho militar não atirasse contra ele; a abordagem racista num shopping denunciada pelo dentista Igor Palhano, de 30 anos, filho do humorista Mussum; entre tantos outros casos que, com frequência estampam a mídia brasileira, não são casos isolados e precisam ser discutidos pela sociedade todos os dias.

No entanto, o Dia Internacional contra a Discriminação Racial, nesta segunda-feira, 21 de março, é oportunidade para se refletir profundamente sobre o tema. “Temos que nos indignar contra a banalização da morte e o extermínio de negros e pobres”, convoca Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A segregação também é forte no mercado de trabalho. Mesmo quando têm mais qualificação profissional e nível de escolaridade, negros e negras recebem salários inferiores e são os mais afetados pelo desemprego. Pesquisa feita no ano passado pelo Instituto Guetto revelou que quase metade das pessoas negras “não se sentem pertencentes ao seu ambiente de trabalho”, por sofrerem algum tipo de discriminação em sua atividade profissional.

Em outra pesquisa, feita em fevereiro deste ano pela empresa digital de colocação profissional Catho, 58% dos profissionais negros disseram não ter as mesmas oportunidades que os brancos. Esse sentimento pode ser conferido dentro da própria categoria dos bancários: dos cerca de 450 mil trabalhadores no setor, segundo o IBGE, apenas 24,7% são negros. “E também sabemos que nas demissões dos últimos anos, muitos negros e negras foram desligados; o sistema financeiro tem sim uma política discriminatória e a cor da pele é um dificultador na ascensão profissional”, denuncia Almir.


O dia contra racismo

O Dia Internacional contra a Discriminação Racial foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1966, em memória ao “Massacre de Shaperville”, ocorrido em 21 de março de 1960, em Johanesburgo, durante o regime Apartheid na África do Sul. Nessa data, cerca de 20 mil pessoas protestavam contra a “lei do passe”, que obrigava os negros a andar com identificações que limitavam os locais da cidade por onde poderiam circular. Tropas do regime baseado na discriminação racial atacaram os manifestantes e promoveram uma chacina: 69 pessoas foram assassinadas e 186, feridas.

“Esta é uma data para reflexão para que possamos, negros e brancos, lutar para banir o preconceito e o racismo. Esta mudança depende de nós, inclusive no voto das eleições de 2022, buscando representações de trabalhadores, mulheres, indígenas, negros e negras e LGBTQIA+. É a oportunidade de um recomeço da luta pela emancipação popular, igualdade de oportunidades e justiça social. Que nossa voz, ação, voto e participação sejam a voz contra toda a forma de opressão, intolerância e discriminação”, reforça Almir, que também é militante do Movimento Negro Unificado (MNU).

Fonte: Contraf-CUT

Quando a quinzena é boa para José Wathynson, ele tira cerca de R$ 1.500 como entregador de aplicativo. Essa poderia até ser uma boa média salarial, não fossem os gastos com gasolina, que nos últimos meses tem pesado no bolso do motoboy. “Você tem que trabalhar mais horas agora, né? Por que já que a gente é motoboy num tem salário fixo. Se trabalhar tem dinheiro, se não trabalhar não tem. Quando eu tinha que pagar minhas contas, normal, a gente trabalhava entre 7, 8 horas. Agora tem que trabalhar 10, 11 horas por dia só pra pagar as contas”, lamenta Wathynson. 

Já Francisco Alexandre Santos utiliza a moto como meio de transporte para se deslocar de casa até o condomínio onde trabalha como porteiro. Ele também tem sentido significativamente a escalada de preços dos combustíveis. “É triste, antes quando eu abastecia totalmente o tanque, eu botava R$ 60 reais, com esse aumento absurdo agora vou chegar a pagar uns R$70/ 80 reais. Isso vai fazer falta no final do mês. Infelizmente tem que dar aquele jeitinho brasileiro, né? Tentar tirar de um e botar em outro. Sempre vai faltar algo daquilo que não poderia faltar, mas infelizmente vai ficar apertado”, explica Alexandre. (Continua após o vídeo.) 

Para as mudanças sucessivas na bomba, a explicação vem do aumento de preços nas refinarias, que trouxe um reajuste de 24, 9% no preço do óleo diesel, de 18,7% na gasolina, e de 16% no gás de cozinha. Com mudanças tão drásticas, só recorrendo aos especialistas para entender essa dinâmica. O economista Fábio Sobral explica o que está por trás de tantas altas de preços nos últimos anos: “Ela é provocada pela política de preços da Petrobras, ela dolarizou seus preços. Ela optou inclusive por se desfazer de certas partes da Petrobras, optou por entregar os lucros para os acionistas e não reinvestir no processo de refino, de distribuição do petróleo e do gás, ela se tornou então uma empresa predatória em relação ao mercado nacional”.

“A Petrobras sobe os combustíveis, os combustíveis são a base da matriz energética e do transporte de pessoas e cargas, então isso vai provocando uma reação em cadeia. Reduz o número de movimentações das pessoas, aumenta o preço dos fretes. Isso faz com que as pessoas gastem mais em combustíveis. Se elas gastam mais em combustível, elas deixam de gastar em outras áreas do consumo. Então o comércio sofre, o comércio sofrendo a indústria sofre, e isso vai em cadeia até o começo do processo produtivo”, explica Sobral. 

E nessa reação sofre principalmente a grande parcela da população que ganha menos, como é o caso da diarista Maria Martins, que praticamente não vê o a cor do dinheiro que recebe: “Esse aumento é um absurdo, porque eu não sei como é que o gás aumenta pelo salário todinho. Porque nem o salário subiu desse tanto, vai subir só no gás. Só que não vai subir só gás, vai subir tudo o que a gente for comprar, vai estar com um preço bem mais alto. E como é que a gente vai fazer com o salariozinho que não aumentou nada?”, questiona.

Ana Sheila dos Santos, que trabalha como serviços gerais em uma academia, também tem sofrido para equilibrar o orçamento doméstico: “a gente já não ganha o salário digno, né? O salário aumenta cem reais e o e o gás aumenta um absurdo. Fora as outras coisas como a comida, que é o mais caro e que a gente tem que comer todo dia. Um absurdo! Você chega no supermercado com R$ 100 e não traz nada. Então a gente corta outras coisas. Corta internet, que a gente tem que ter por conta dos filhos, pra estudar, mas vai cortando nas coisas que são menos necessárias pra poder equilibrar essas contas”. 

Guerra na Ucrânia influencia, mas o problema é anterior

A pandemia e a guerra na Ucrânia, até tem sua parcela de culpa na situação, mas o problema enfrentado hoje já vem de antes. É o que defende o Diretor do Sindpetro Ceará/Piauí, Fernandes Neto: “Em 2016, depois do golpe contra a presidenta Dilma, a política de preços da Petrobras foi alterada. Ela hoje utiliza o que a gente chama da PPI, é o Preço de Paridade Internacional. Ele leva em conta, e não deveria levar, a cotação do dólar - o nosso câmbio. Como a nossa moeda está muito desvalorizada em relação ao dólar, então já é o primeiro impacto. Mas leva em conta também o preço do barril de petróleo internacional, apesar da gente produzir o nosso petróleo aqui em real. Além disso, todos os custos de importação desses produtos. Então a Petrobras está tendo um lucro exorbitante em cima dos seus combustíveis, porque ela está cobrando um preço bem acima do que ela deveria estar cobrando, devido a toda essa política que vincula preço dos combustíveis ao mercado internacional”. 

Fonte: BdF Ceará

Como médico infectologista e professor universitário que atende pacientes e supervisiona o atendimento dos meus alunos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) da periferia de São Paulo e Campinas, afirmo: ainda não é momento de suspender o uso de máscara. O mais importante princípio na área da saúde é a precaução.

Alguns estados do país flexibilizaram o uso e vejo a medida como um “complexo de vira lata” por parte de alguns governantes que tomaram a decisão baseada em países da Europa, mas estão se esquecendo que o hemisfério norte vive o início da primavera e, depois, o verão, estações em que os vírus se proliferam em menor velocidade.

No hemisfério sul, em breve entraremos no outono/inverno, que é o período de crescimento das doenças respiratórias, e neste ano teremos a combinação de três fatores importantes: as gripes sazonais, os procedimentos, tratamentos, cirurgias, diagnósticos represados por conta da pandemia que estão sobrecarregando os serviços de saúde e o surgimento de novas variantes da covid-19.

A mais recente cepa que está em circulação e que casos foram confirmados pelo Ministério da Saúde é da variante deltacron, que possivelmente está circulando há, no mínimo,15 dias no Brasil.

 Nossa taxa de vacinação ainda está baixa em um Brasil que sempre cumpriu rigorosamente as metas de imunização da Organização Mundial da Saúde (OMS). Quando estive no Ministério da Saúde recebemos certificados de controle de doenças como sarampo e rubéola.

A meta da OMS é que 95% da população idosa e pessoas com comorbidades estejam totalmente vacinados, com as três doses. O Brasil não tem 70% do grupo de risco imunizado e nem 80% da população totalmente vacinada e não vamos alcançar essas metas enquanto o ritmo da vacinação continuar lento.

Um levantamento divulgado apontou que mortes por covid em não vacinados em São Paulo entre dezembro e fevereiro foram 26 vezes maior do que em vacinados.

Nesse momento, o governo federal deveria estar reforçando a campanha de vacinação, fazendo o dia “D” da imunização, o que não está fazendo.

Ao invés disso, o Ministério da Saúde está passando a ideia de que a pandemia acabou e quer decretar seu fim, um absurdo! Quem decreta fim de pandemia é a OMS. É um escândalo.

A pedalada sanitária que quer dar o governo federal é muito preocupante, a pandemia não acabou e decretar o seu fim é irresponsabilidade.

Por isso, reforço a recomendação: permaneçam usando máscaras e vacinem-se.


*Alexandre Padilha é médico, professor universitário e deputado federal (PT-SP). Foi ministro da Coordenação Política de Lula e da Saúde de Dilma e secretário de Saúde na gestão Fernando Haddad na cidade de São Paulo

Em reunião com o banco Santander, na manhã desta sexta-feira (18), o movimento sindical bancário reforçou que é terminantemente contrário ao retorno ao presencial dos trabalhadores do grupo de risco para Covid-19. O comunicado do banco, divulgado nesta semana, convoca todos os trabalhadores que têm comorbidades, incluindo grávidas e funcionários não vacinados, para o trabalho presencial a partir de 4 de abril.

“Nessa reunião, que contou inclusive com a médica do trabalho que assessora o banco, deixamos claro que essa medida é uma temeridade, principalmente com a chegada da variante Deltacron no Brasil e no mundo. Ainda não podemos falar em fim da pandemia. Quem determina o fim da pandemia é a OMS (Organização Mundial da Saúde) e não o governo federal”, destacou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE Santander), Lucimara Malaquias, que é dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Diante da postura do banco, o movimento sindical orienta os bancários e bancárias que não se sentirem seguros em voltar ao presencial que procurem seus médicos assistentes para laudos que indiquem a condição de saúde do trabalhador e se há ou não segurança para o seu retorno. Pois o banco se comprometeu em avaliar individualmente os casos em que o médico do trabalhador não recomenda o retorno.

O banco também se comprometeu em analisar individualmente os casos de não vacinados que têm justificativa médica para não terem tomado a vacina contra o coronavírus.

Carta ao Santander e mobilização nacional

Ainda nesta sexta-feira, foi enviada uma carta ao banco reforçando a posição contrária ao retorno e elencando reivindicações do movimento sindical na tentativa de minimizar os impactos e riscos para esse grupo. Entre elas:

  • a reivindicação de que se mantenha a obrigatoriedade do uso de máscaras, independentemente da legislação local;
  • e que a equipe médica do Santander forneça um documento no qual especifique tecnicamente quais são as medidas que o banco está tomando para garantir a segurança, a saúde e a vida dos trabalhadores de maior risco.

“É importante ressaltar que o médico do trabalho tem responsabilidade legal em todas as assessorias e orientações que ele dá para o banco Santander”, observou Lucimara.

Além disso, o movimento sindical está tirando um calendário de lutas e denúncias contra o Santander. “Aumentaremos a mobilização nacional contra essas medidas e estamos estudando, inclusive, denúncias formais a órgãos competentes. O momento é de apreensão, a pandemia não acabou e a responsabilidade é de todos na prevenção contra o vírus”, concluiu.

Fonte: SPBancários, com edições da Contraf-CUT