Maio 10, 2025
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A 24ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, com o tema “Um país + justo pra gente, este é o Brasil que a gente quer” começa nesta sexta-feira (10) e segue até domingo (12) tendo como principal missão a definição da minuta de reivindicações da Campanha Nacional dos bancários e o plano de lutas da categoria até 2023. As decisões serão tomadas a partir das propostas apresentadas pelas bases sindicais de todo o país, que vêm sendo debatidas pelas conferências estaduais e regionais, e nos congressos e encontros de bancários de bancos públicos e privados. Também foi feita uma Consulta Nacional, que mobilizou mais de 35 mil bancários e bancárias de todo o Brasil, para a definição das reivindicações mais importantes que estarão na pauta da categoria. O evento será realizado de forma híbrida, com participação no local, em São Paulo, e de forma remota, por uma plataforma eletrônica de videoconferência e de votação.

Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, a conferência é um momento estratégico. “Vamos definir a pauta de reivindicações da Campanha Nacional e o plano de lutas da categoria, neste que é um ano estratégico não apenas para nós, mas para todo o país”, disse. “Esperamos conseguir sintetizar os anseios de toda a categoria, que foram levantados em um processo, longo e consistente, com conferências em cada região do país, encontros dos trabalhadores de cada instituição financeira e a Consulta Nacional”, completou.

Durante as atividades que acontecem no sábado (11), o economista, ex-senador e ex-ministro da Educação e da Casa Civil, Aloízio Mercadante, contribuirá com reflexões, na segunda mesa de debates, sobre o tema “Reconstruir o Brasil que a gente quer”, a partir das 9h30 (veja abaixo a programação completa).

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Momento estratégico

Para Juvandia, o evento se torna ainda mais importante no atual momento do país. “Num cenário de inflação alta, desemprego crescente, crise dos combustíveis e carestia generalizada, a categoria tem que fortalecer a unidade e se mobilizar ainda mais, para garantir seus direitos nas questões sociais, de remuneração, de saúde e de condições de trabalho na negociação com os bancos”, disse Juvandia, que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários. “São coisas que afetam diretamente o cotidiano dos bancários, mas não conseguimos resolver em nossa mesa de negociações com os bancos. Por isso, precisamos debater o Brasil que a gente quer e como cada um, em seu dia a dia, pode atuar para eleger um presidente da República, governadores, senadores e deputados que tenham compromisso com a classe trabalhadora e que sejam capazes de tirar o país da situação crítica na qual se encontra”, completou.

Início das negociações

Depois que a Conferência Nacional definir a pauta de reivindicações, sindicatos da categoria realizarão assembleias em todo o país para aprová-la. Em seguida, a minuta será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para o início das negociações da Campanha Nacional dos Bancários. O objetivo é negociar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e os Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) específicos dos bancos públicos, uma vez que os mesmos têm vigência até o dia 31 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro.

Cuidados com a covid-19

Todas as delegadas e todos os delegados que participarem presencialmente deverão apresentar comprovação de vacinação contra a covid-19 (passaporte vacinal) no ato do credenciamento. Também deverão apresentar o comprovante de teste negativo, do tipo antígeno, contra a covid-19, realizado em até três dias antes do credenciamento.

Programação

24ª Conferência Nacional d@s Trabalhador@s do Ramo Financeiro 2022
“Um país + justo pra gente. Este é o Brasil que a gente quer!”
10, 11 e 12 de junho de 2022
Holiday Inn, Parque Anhembi

Dia 9 de junho – quinta-feira14h às 19h – Credenciamento presencial dos delegados e delegados

Dia 10 de junho – sexta-feira9h às 19h – Credenciamento presencial e eletrônico de delegados e delegadas inscritos
17h – Abertura solene da 24ª Conferência Nacional dos Bancários

Dia 11 de junho – sábado8h às 11h – Credenciamento presencial e eletrônico de delegados e delegadas inscritos
9h – Mesa 1 – Votação do Regimento Interno
9h30 às 12h – Mesa 2 – Reconstruir o Brasil que a gente quer
Convidado: Aloízio Mercadante (professor acadêmico, economista e político, fundador do Partido dos Trabalhadores (PT); foi ministro da Educação, da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Casa Civil no governo Dilma Rousseff; foi também senador e deputado federal por São Paulo; atualmente, é presidente da Fundação Perseu Abramo)

12h às 13h30 – Almoço
12h às 14h – Prazo para substituição de delegados ou delegadas por suplentes
13h30 às 15h30 – Mesa 3 – Apresentação de dados do setor bancário
15h30 às 17h30 – Mesa 4 – Apresentação do resultado da Consulta dos Bancários 2022; Organização e mobilização para reconstruir o Brasil que a gente quer; Acordo Nacional

19h – Jantar

Dia 12 de junho – domingo
9h às 9h40 – Apresentação e aprovação da arte da Campanha Nacional dos Bancários 2022
9h40 às 12h – Apresentação e aprovação das propostas recebidas das Conferências Estaduais e Regionais; aprovação das resoluções e moções; aprovação do Comando

12h – Almoço

Fonte: Contraf-CUT

O Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Itaú reuniu, nesta quinta-feira (9), bancários de todo o país para aprovar a pauta de reivindicações que serão levadas para o debate na 24ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizado entre os dias 10 a 12 de junho, e posteriormente apresentadas ao banco. O encontro foi realizado em formato híbrido, parte dos delegados participaram presencialmente, parte por videoconferência, em decorrência da pandemia gerada pelo novo coronavírus.

Alcendino Anderson dos Santos, membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados) Itaú e Diretor do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, e Elizabeth Paradela, Diretora do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, representaram a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), no evento.

Alcendino participou da mesa de abertura com representantes das Federações presentes. Já Elizabeth, da mesa de apresentação do Dieese, onde foi uma das coordenadoras.

“Construímos uma pauta que dialogue com os anseios dos trabalhadores após ser debatidas por sindicatos e federações de bancários do Itaú de todo o país. Agora vamos juntar com as contribuições dos trabalhadores de outros bancos e das conferências estaduais e regionais para definirmos a pauta de toda a categoria durante nossa Conferência Nacional”, disse o coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves.

O coordenador do Coletivo do Itaú no estado de São Paulo, Sérgio Francisco, ressaltou a importância para os trabalhadores dos debates realizados. “Debatemos sobre empregos, remuneração, saúde, previdência complementar, diversidade, segurança bancária, condições de trabalho e teletrabalho, todos temas muito importantes e que podem contribuir com soluções para questões que afetam o dia a dia de trabalho nas agências e departamentos do banco”, disse.

Para a secretária de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Valeska Pincovai, o debate muito rico e contribuiu para a elaboração da pauta com todos os eixos citados por Francisco. “Encerramos esse encontro e retiramos uma pauta muito importante, que dialoga com os trabalhadores, sobre mais contratações, o fechamento da agências, as demissões, um programa justo de remuneração e que todos recebam pelo que foi produzido”, disse. Valeska também destacou que o aumento da violência só cresce no país e a segurança dos funcionários e clientes é fundamental, ao falar sobre o debate sobre segurança bancária.

Teletrabalho, remuneração, segurança, saúde, previdência complementar, condições de trabalho, emprego e auxílio educação são os principais pontos da minuta específica de reivindicações definidas no Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco, realizado nesta quinta-feira (9), em formato híbrido. A parte presencial foi realizada na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo.

O documento será entregue à direção do banco na próxima terça-feira (14). “A participação de todos os trabalhadores foi fundamental para chegarmos à conclusão deste documento. Agora, esperamos contar com a união e a mobilização dos empregados para conseguimos conquistar todas nossas reivindicações”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

Concentração de renda

Em sua apresentação, Gustavo Cavarzan, técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), mostrou como o desempenho dos bancos no início de 2022 deixou de ser definido pela pandemia e passou a espelhar o modelo econômico concentrador de renda do país, com aumento da pobreza, da inflação e consequente endividamento das famílias em linhas de créditos caras que se tornam receita nos balaços do bancos. “Além do modelo do país, o resultado dos bancos é construído com base em um forte processo de digitalização, reestruturação e surgimento de novos modelos de negócios”, disse. O economista ainda deixou um desafio para os delegados do encontro: debater quais as consequências desse modelo para o emprego no ramo financeiro e para a organização sindical.

Segurança nas unidades de negócio

O Brasil terminou 2021 com 18.302 agências bancárias. São 2.351 a menos do que o registrado no início da pandemia, segundo dados do Banco Central (BC). Motivo: a covid-19 impulsionou os pagamentos e o atendimento bancário por meios digitais. Segundo dados do BC, a rede de agências bancárias está diminuindo no Brasil desde 2017. Mas os fechamentos aceleraram na pandemia de covid-19. Foram 1.334 de março a dezembro de 2020 e mais 1.017 em 2021. A queda acumulada na pandemia foi de 11% e levou a rede de agências bancárias ao menor patamar da série histórica, iniciada em 2007.

O banco que mais reduziu a rede de atendimento presencial na pandemia foi o Bradesco. A instituição fechou 1.527 agências desde março de 2020. Muitas delas, foram transformadas em Unidade de Negócios. Elias Jordão, secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, explicou como tem sido realizada a transição de uma agência tradicional para unidade de negócio. “É um modelo que veio para ficar, não tem retorno, pela competitividade com os bancos digitais, pelo baixo custo operacional”, explicou. “O problema não são as unidades de negócio em si, mas sim o formato em que elas estão funcionando, sem nenhum tipo de controle ou ferramentas de segurança, como portas de seguranças ou vigilantes”, completou.

Magaly lembrou também que o Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco debateu ainda a “defesa do emprego, da democracia e a reconstrução do Brasil que queremos”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT

Dados da pesquisa sobre a saúde do trabalhador da Caixa, encomendada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), nortearam o debate da Mesa 2, na tarde desta quinta-feira, no 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). O debate trouxe visões sobre as atuais dificuldades no enfrentamento ao adoecimento dos trabalhadores, principalmente diante do cenário de pandemia.

Coordenadora da Mesa 2, a diretora de Comunicação do SEEB BH e representante da Fetrafi Minas Gerais na CEE Caixa, e diretora executiva da Contraf/CUT, Eliana Brasil, destacou que os números apresentados pela pesquisa demonstram que a pandemia trouxe como consequência o adoecimento mental. “Esse resultado nos mostra a necessidade urgente de debater o adoecimento da categoria com tantas metas abusivas a cumprir”, avaliou.

Eliana Brasil observou ainda que o trabalhado do empregado Caixa no atendimento na linha de frente, com o pagamento do auxílio emergencial à população, o risco para os empregados foi potencializado. “Foi uma coisa que nós, empregados, nunca tínhamos vivido. A morte ficou muito próxima. Além das cobranças de metas abusivas que permaneceram na pandemia, ainda teve o contato muito próximo com a população, o risco era muito alto”, pontou.

Sérgio Wilson Lima de Amorim, dirigente sindical do SEEB Rio de Janeiro e representante suplente da Federa Rio de Janeiro na CEE-Caixa, lembrou que a defesa do SUS é fundamental para discutir saúde no país. “Apesar de termos plano de saúde próprio, a coisa mais importante que conquistamos no Brasil foi o SUS. Precisamos lutar para que o SUS continue existindo, público e gratuito.”, apontou.

Outro alvo de desmonte é a Caixa e o Saúde Caixa, pauta que reúne ativos e aposentados.

“A perspectiva de não ter Caixa pública e o plano de saúde é o que nos move todos os dias para estarmos juntos. É o elo que nos fortalece”, comentou Edgard Antônio Bastos Lima, presidente da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa Econômica Federal – Fenacef e representante da entidade na CEE-Caixa.

Em relação a planos como o Saúde Caixa, Alberto Alves Junior, Conselheiro Deliberativo da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, trouxe um forte depoimento sobre o cenário atual.

Segundo Alberto, desde 2015 houve uma grande quantidade de recursos externos que invadiram o mercado brasileiro, antes a assistência era mais familiar, com planos menores. As negociações eram mais equilibradas dentro dessa cadeia.

“A partir de 2012 e principalmente 2015 isso mudou. De lá para cá passamos a ter uma avalanche de fusões e aquisições tanto de forma horizontal quanto vertical. As autogestões, estão passando a ser compradores dos serviços dos grandes grupos. E eles têm objetivo de expandir seus negócios. A tendência é que vendam cada vez mais caro para nós”, explicou.

Alberto esclareceu que este movimento está trazendo dificuldades para as autogestões, hospitais e planos menores. “Cada dia que passa temos que negociar mais e os recursos são elevados. Por outro lado, a solidariedade está em jogo. Estamos no meio dessa encruzilhada. Teremos de discutir uma forma que leve a frente a assistência e ao mesmo tempo a questão econômica. Temos que juntar todas as nossas autogestões para dialogar.

Não há como avançar e mudar com o atual governo, não vejo como o governo não tem políticas públicas voltadas para este conceito. Não vejo como sair disso individualmente”, alertou.

Fernanda Souza Duarte, doutora e mestre em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, apresentou os resultados da pesquisa realizada pela Fenae sobre a saúde dos empregados. A pesquisa encomendada pela Fenae teve como foco conhecer a relação entre trabalho e adoecimento pensando nos aspectos jurídico, psicológico e político.

“Somente com essas áreas integradas podemos pensar intervenções e prevenção. A categoria bancária teve papel importante no debate desta questão desde os anos 80. Contribuíram para a legislação e para os estudos teóricos”, indicou.

Já haviam sido realizadas duas pesquisas anteriores à última de 2021. “O que esses dados querem dizer? Fomos investigar o que está acontecendo. Investigar condições de saúde e suas relações com o trabalho dos ativos e aposentados da Caixa”, esclareceu.

Fernanda apresentou dados importantes para exemplificar a situação e como hoje os problemas de transtorno mental já ultrapassam as chamadas LER/Dort. Segundo a pesquisa, 47% dos que responderam afirmaram que o trabalho afeta a saúde e 42% disseram ter problemas de saúde relacionados ao trabalho.

A pesquisa ainda apontou maior incidência de ansiedade e depressão. Por outro lado, também indica um baixo número de afastamentos e que a maioria dos empregados que procurou tratamento psiquiátrico e psicológico foi por causa do trabalho.

“Com a pandemia começaram a aparecer mais queixas de depressão. As pessoas sentem obrigação de serem gratas e pensam que não podem se afastar, ficam trabalhando doentes. Temos a cultura da ameaça, silêncio e medo”, ressaltou. Fernanda encerrou afirmando que, para lutar contra este cenário, devemos transcender explicações individuais, compreender características sistêmicas e dar continuidade do GT de saúde do trabalhador.

Texto: Fenae

Leandro Aresta, Diretor do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, participou nesta quinta-feira, 9 de junho, da Mesa de Abertura composta pelos representantes das Federações dos bancários, no 33° Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil.

O evento está sendo realizado no Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo.

O tema do Congresso é “BB público sim, BB mais social sempre!”, e abriga mesas de debate sobre melhores condições de trabalho no banco e sobre o papel da instituição no desenvolvimento econômico e social, no combate à fome e na reconstrução do país. 

Leandro, que está representando a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), além da representação, também fez uma saudação, onde pôde falar sobre o evento e sua importância.




Funcionários do Banco Santander realizaram nesta quinta-feira (9) o Encontro Nacional para debater e definir a minuta de reivindicações específicas e nortear a estratégia de negociações com o banco.

“Iniciamos nossos debates com uma análise de conjuntura feita pela médica e deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) e ao longo do dia analisamos as informações do balanço do Santander, que mostram que o banco pode atender todas nossas reivindicações e nos garantir uma participação justa nos resultados e nas cláusulas sociais, reconhecendo a imensa contribuição dos brasileiros no lucro do banco”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Lucimara Malaquias. 

Acordo atual e novas propostas

Os delegados do Encontro debateram sobre as cláusulas do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos funcionários do Santander, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Também foram apresentadas as propostas de novos direitos a serem incluídos no ACT.

“Todos nossos direitos, desde o vale-refeição até a PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados), são fruto de muita organização e luta dos trabalhadores e suas representações sindicais. Precisamos manter nossa união e nos mobilizarmos para garantir os direitos atuais e buscar avançar rumo a novos direitos”, ressaltou a coordenadora da COE/Santander. 

Centro das atenções

Para Lucimara, o alerta de mobilização e união dos empregados se faz ainda mais importante com relação ao Santander. “Entre todos os bancos, o Santander tem sido o que mais tem tomado de medidas que prejudicam e tem sido o mais de difícil de negociar com os trabalhadores, seja nas demissões, cobranças de metas ou na tentativa de corte de direitos, chegando a demitir funcionários e recontratá-los por empresas do grupo para deixar de pagar direitos da categoria. É uma terceirização forçada, apenas para reduzir direitos e salários”, criticou. “Todo o Comando Nacional está atento e preocupado com esta movimentação do Santander e vai propor que a atuação de todo o movimento sindical se contraponha a elas, para evitar que outros bancos sigam o mesmo caminho”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quinta-feira, 9 de junho, funcionários do Bancos Bradesco se reuniram para seu Encontro Nacional. O evento ocorre no formato híbrido. A parte presencial está sendo realizada na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) está sendo representada pela Diretora de Bancos Privados e Coordenadora Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Renata Soeiro, que participou da mesa de abertura.

Além dela, Luiz Gabriel Almeida Velloso, representante da Fetraf RJ/ES na COE (Comissão de Organização dos Empregados) Bradesco e atual Presidente do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo e Região, também representou a entidade, virtualmente.

No Encontro, está sendo debatida a pauta de reivindicações da categoria para a Campanha Nacional do Bancários. Os debates do dia serão convergidos na minuta específica dos trabalhadores, que será entregue ao Bradesco, posteriormente.

“Neste momento pós pandemia, onde os bancários trabalharam sem parar, é preciso lutar pelo emprego, pela saúde, segurança e aumento real. E esse encontro serve para aprovarmos as propostas debatidas em nossas bases, nos Encontros Estaduais. Além disso, precisamos estar atentos às Unidades de Negócios, implementadas pelo Bradesco, que instauraram um caos no atendimento e na segurança, tanto para os bancários, como para os clientes.”, declarou Renata Soeiro.

Fonte: Fetraf RJ/ES

Cinco anos depois da aprovação da reforma trabalhista, trabalhadores perderam direitos, grandes empresários mantêm seus lucros e a taxa de desemprego não caiu, após bater recorde em 2020 e 2021. A análise é de Lucia Garcia, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

“Além disso, o mercado interno foi desintegrado e a renda pública foi colocada em risco, principalmente o orçamento da Previdência Social”, afirma a especialista em mercado de trabalho. “Quem ganhou com as reformas foram os setores exportadores e financeiro, aprofundando nossa vocação de entregar o sangue de povo para luxúria da elite”, complementa.

:: "Reforma" trabalhista não criou empregos como prometido, diz estudo da USP ::

O projeto que alterou ou revogou mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi apresentado, votado e aprovado em menos de um ano após o golpe que tirou Dilma Rousseff (PT) da presidência, no bojo do programa “Ponte para o futuro” lançado pelo então vice-presidente Michel Temer (MDB).

“Ponte para o abismo”

Chamado por sindicatos de “Ponte para o abismo”, o projeto foi formulado pelo então PMDB com amplo apoio do setor empresarial brasileiro, a exemplo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nem mesmo greves gerais e intensos protestos impediram sua implantação.

A precarização não parou por aí. Foi aprofundada por Jair Bolsonaro com diversas medidas provisórias. Uma delas, que cria o Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário, está prestes a virar lei. A MP 1099/22 foi aprovada pelo Senado no dia 25 de maio.


Arte: Brasil de Fato RS / Fonte: IBGE

Modelo espanhol que inspirou reforma no Brasil não deu certo e foi revisto

Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP), assinado pelos pesquisadores Gustavo Serra, Ana Bottega e Marina da Silva Sanches, concluiu que, ao contrário do que prometiam os defensores da reforma trabalhista, cortar direitos do trabalhador não teve impactos positivos no mercado de trabalho. A pesquisa cita, ainda, que reformas semelhantes adotadas na Europa também não entregaram o que prometiam. 

Um exemplo é o da Espanha, que serviu de inspiração para a reforma no Brasil. O estudo “A desregulamentação diminui o desemprego?: uma análise empírica do mercado de trabalho na Espanha” constata que as alterações de 2010 e 2012, visando flexibilizar as leis trabalhistas e estimular contratos temporários, tiveram efeito zero sobre o desemprego. Acabaram apenas reduzindo a capacidade de negociação dos trabalhadores.

Um terceiro levantamento, abrangendo vários países europeus que desregulamentaram as leis trabalhistas, indicou, em vez de avanços, uma elevação da taxa de desemprego.

No início de 2022, a reforma espanhola foi parcialmente revogada pelo governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez, do partido socialista. Caminho que pode ser seguido no Brasil, a depender do resultado das eleições deste ano. Entre os pré-candidatos à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) propõem rever a legislação, enquanto Jair Bolsonaro (PL) defende medidas que favorecem os empresários.

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

A Unión Nacional de Empleados Bancarios (Uneb), da Colômbia, denuncia que o Itaú vem adotando grave política de demissão, sem respeitar acordos com a categoria nem a legislação do país. Em 2021 foram 190 desligamentos e outros 130 neste ano. Nos últimos dias, o banco também anunciou que já informou o Ministério do Trabalho local que desligará outros 288 trabalhadores, entre os quais, segundo a Uneb, vários que possuem estabilidade por questão de saúde ou por estarem em funções sindicais, que têm garantia de emprego por força constitucional.

A entidade dos bancários colombianos afirma que o Itaú está desrespeitando “os direitos fundamentais dos trabalhadores”, bem como os sindicatos, aos quais deve informar sobre o alcance das medidas que afetam seus funcionários. A Uneb também diz que o banco não se mostrou interessado em “promover realocação de locais de trabalho nem requalificação da mão de obra (…), ao mesmo tempo em que também informa a contratação de 150 novos funcionários, com novas funções”.

Menosprezo

Para a entidade representativa dos bancários, o comportamento omisso do Itaú em relação aos diretos dos trabalhadores “demonstra não apenas o menosprezo pela dignidade humana dos trabalhadores, como também ao direito ao trabalho e aos casos de estabilidade”, em especial neste momento crítico decorrente da pandemia da covid-19.

Várias organizações sindicais do país anunciaram que, junto com a Uneb, estão se organizando, tanto para dar apoio aos funcionários demitidos como também para agir junto ao Ministério do Trabalho, a fim de cobrar ações contra a atitude do Itaú, que chamam de “atentado contra os direitos dos trabalhadores, de associação e de convenção coletiva”.

Assédio moral

A Uneb, em nota conjunta do presidente Juan Francisco Sanchez e da secretária geral María Consuelo Bautista, denunciou ainda que o Itaú tem cometido assédio moral contra os funcionários demitidos ao forçá-los a assinar a rescisão com a informação falsa de que o desligamento ocorreu de modo pacífico e consensual.

Para a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, que também é presidenta da UNI Finanças Global, “é inaceitável a postura do banco Itaú na Colômbia. Realizar demissão em massa, mesmo tendo obtido um grande lucro, é, no mínimo, falta de responsabilidade social”.

Fonte: Contraf-CUT

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), solicitou uma audiência com o Bradesco, para obter explicações sobre o vídeo em que seu diretor-presidente, Octavio de Lazari Junior, elogia o Exército Brasileiro. Na mensagem, que veio a público no último sábado (4), o executivo conta que no quartel se apresentava como “soldado 939 Lazari”, que aprendeu que “missão dada é missão cumprida” e que “o soldado Lazari continua de prontidão”.

O pronunciamento faz referências ao banco como “um dos maiores do mundo”, com “90 mil funcionários”, e o vídeo traz a logomarca do Bradesco na abertura e no encerramento, o que lhe dá características de peça institucional. O CEO diz ainda que no Exército reforçou valores e que “esses princípios foram fundamentais para que eu pudesse construir minha carreira”.

O pronunciamento de Octavio de Lazari Junior causou estranheza e indignação ao movimento sindical, pois o presidente capitão do Exército Jair Bolsonaro ataca insistentemente o sistema eleitoral, o Poder Judiciário, a imprensa, as entidades sindicais, as universidades e os movimentos sociais. A fala de Lazari, portanto, pode ser entendida como um apoio do Bradesco a esses ataques à democracia.

Na audiência com o Bradesco, a Contraf-CUT debaterá em especial se o CEO falou em nome da entidade e qual o posicionamento do banco sobre a democracia, pois essas informações interessam a seus mais de 90 mil trabalhadores e a seus clientes, bem como a toda a sociedade brasileira, pois uma instituição financeira é uma concessão pública. Trata-se de uma regra fundamental do estado de direito, e democracia exige o pleno respeito às regras.

Durante a ditadura militar, de 1964 a 1985, quando a Constituição em vigor foi rasgada, os sindicatos – inclusive vários da categoria bancária – sofreram intervenções, muitos de seus dirigentes foram perseguidos, presos, torturados e até mortos por forças da repressão. Os direitos trabalhistas não eram respeitados e muitas conquistas foram retiradas. Hoje, o que se vê do governo Bolsonaro é um esforço para que o país volte a essa página infeliz da história, com o desmantelamento do patrimônio nacional, a venda de bancos e empresas públicas, a desvalorização dos acordos trabalhistas, altos índices de inflação e desemprego. O movimento sindical, portanto, defende incondicionalmente a democracia, por se tratar de um valor fundamental e inegociável, pois somente com ele a classe trabalhadora pode se mobilizar para defender os seus direitos.

Fonte: Contraf-CUT